ENSINO DE HISTÓRIA EM TRANSIÇÃO: Currículos de Estudos Sociais e de História - 1978 a 1997
Ditadura Militar; Ensino de História; Currículo; Memória
Esta tese apresenta um estudo sobre a Ditadura Militar em Pernambuco por meio do Ensino de História entre os anos de 1978 e 1997. Acompanhamos a Redemocratização a partir dos indícios que os Currículos, as leis, os projetos políticos e os documentos educacionais ofereceram. Ou seja, a pesquisa guiou-se pelas diretrizes presentes nos Currículos de Estudos Sociais, de 1978, e de História, de 1986, 1992 e 1997. Vinculamos, nesse sentido, a trajetória do Ensino de História à produção historiográfica sobre a estrutura política da Ditadura Militar, inspirados em novas análises do político e/ou da política (Julliard, 1995; Rémond, 1996). A fim de fundamentar nossas análises sobre os documentos curriculares, dialogamos com os pensamentos de, entre outros, Tomás Tadeu da Silva (2018) e Ivor Goodson (1997; 2018). Além deles, produzimos nossas críticas sobre Memória a partir de Montenegro (2010), Ricoeur (2007), Sarlo (2007); sobre a Redemocratização com leituras de Lemos (2002), Rodeghero (2020) Reis Filho (2004; 2014); sobre ensino de Estudos Sociais e História por meio das reflexões de Boclin (2009) Oliveira (2013), Nadai (1988), Nascimento (2019) Cruz (1984), Fenelon (2012), da Silva (1990). Nesse sentido, a tese indicou que o Ensino de História e o Ensino da Ditadura Militar, durante a Redemocratização, foram atravessados pelo projeto de conciliação, produzindo esquecimentos e avaliações controversas sobre a experiência autoritária. Essa dinâmica provoca desafios contemporâneos para o ensino e o estudo da temática, além de ser fundamental para a construção da Democracia.