Clandestinidades, memórias e testemunhos de mulheres na Ditadura Militar Brasileira. (1969-1979).
Memória, Testemunhos, Ditadura Militar, Clandestinidades.
A proposta dessa tese é narrar e compreender as experiências de clandestinidades durante a Ditadura Militar, vividas por quatro mulheres de diferentes regiões do Brasil. Ao observar como suas atuações na clandestinidade serviram para estratégia de luta, estabelecidas pelas organizações de esquerdas das quais faziam parte, observou-se que tais condutas serviram para esconder os e as militantes da polícia e ainda lhes dar uma função, a qual seria se “camuflar” entre os trabalhadores (as) urbanos e rurais na tentativa de organizarem movimentos de resistência. Essas experiências marcaram a construção da subjetividade ou os modos de subjetivação dos e das militantes de esquerda. Utilizando como recorte temporal os anos de: 1969 a 1979, esta tese intenta contribuir com a revisão e ampliação da história das mulheres na Ditadura Militar brasileira após sessenta anos do golpe. As fontes utilizadas são entrevistas produzidas através da metodologia da história oral, jornais, documentos pessoais das mulheres estudadas, literatura e documentos do DOP ́s. Penso essa discussão dentro da história do presente, pois trata-se de um período ainda recente e que ecoa forte na história, memória e discursos políticos do cenário brasileiro.