PPGH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CFCH DEPARTAMENTO DE HISTORIA - CFCH Telefone/Ramal: (81) 98676-7258

Banca de DEFESA: ANNY CAROLINE SILVA DE ALBUQUERQUE

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANNY CAROLINE SILVA DE ALBUQUERQUE
DATA : 29/08/2024
HORA: 10:00
LOCAL: videoconferênvia
TÍTULO:

NA TRAMA DAS ROUPAS:

As vestimentas de mulheres negras em Recife (1850-1884)


PALAVRAS-CHAVES:

escravidão, vestimentas, mulheres, fugas


PÁGINAS: 186
RESUMO:

Vestir-se é utilizar uma das linguagens mais antigas do mundo: a linguagem das roupas. Contudo, ao longo dos séculos, os estudos sobre modo e modas de grupos sociais fora do Ocidente foram negligenciados e por vezes invisibilizados. A roupa, enquanto ferramenta e linguagem, era exclusividade da Europa? Este trabalho tem como objetivo compreender os usos e significados das vestimentas das mulheres negras entre 1850 e 1884. Buscamos identificar como a linguagem da indumentária foi utilizada por mulheres africanas e afrodescendentes como ferramenta para pertencer e criar um novo lugar, distante do estigma da escravidão. Partimos da análise de que não existia um modo fechado, um padrão de vestimenta dos escravizados, mesmo diante da escravização, ou da pobreza para livres e libertos. Homens e mulheres conseguiam adquirir roupas que tinham diversos significados materiais e simbólicos que também eram construídos por eles. Entender a agência dos nossos sujeitos em todas as suas dimensões estratégicas é perceber a relevância da imagem no caminho da resistência e da liberdade. O estudo das vestimentas de mulheres negras durante a escravidão nos possibilita perceber como essas mulheres subverteram a sua condição jurídica, expressando a sua agência enquanto sujeitos que construíam suas visualidades por meio do vestir. É necessário perceber que os traços da colonização, do racismo e da subjugação da população negra também podem ser visualizados na falta das análises da indumentária negra. Os sujeitos que viveram de algum modo sob o jugo da escravidão foram agentes da sua história e, assim como a população branca europeia, construíam a sua visualidade por meio do vestir. O que pretendemos investigar é a possibilidade de composição individual de uma imagem que fazia consonância, de um lado, com as origens étnicas dessas mulheres, bem como com as construções culturais promovidas pela diáspora, e do outro lado, uma dissimulação da condição cativa.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - JACIMARA SOUZA SANTANA - UNEB
Presidente - 1678361 - JOSE BENTO ROSA DA SILVA
Interna - 2312098 - LUIZA NASCIMENTO DOS REIS
Externo à Instituição - MACIEL HENRIQUE CARNEIRO DA SILVA - IFPE
Notícia cadastrada em: 23/08/2024 10:57
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