PPGH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CFCH DEPARTAMENTO DE HISTORIA - CFCH Telefone/Ramal: (81) 98676-7258

Banca de DEFESA: PAULO LUCIO BATISTA DE SOUSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: PAULO LUCIO BATISTA DE SOUSA
DATA : 23/08/2024
HORA: 09:30
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:

O SERTÃO NOTICIADO: O MASSACRE DA COMUNIDADE PAU DE COLHER E A PRODUÇÃO DISCURSIVA DA POLÍCIA E DA IMPRENSA BAIANA (1934-1938)


PALAVRAS-CHAVES:

Pau de Colher. Sertão. Espacialidade. Discursos. Violência


PÁGINAS: 126
RESUMO:

Pau de Colher, comunidade no interior da Bahia, enfrentou a brutalidade das forças policiais, exemplificando como a violência estatal se manifestava de várias formas, destinadas a silenciar e controlar as manifestações populares nos anos de 1934-1938. Contextualizar os acontecimentos de Pau de Colher em um panorama mais amplo permite uma compreensão mais profunda e significativa de sua importância. Esses eventos não são isolados, mas fazem parte de um movimento maior de violência, repressão e autoritarismo que marcou a história do Brasil durante o Estado Novo, período em que a desproporção da utilização da violência se fazia presente principalmente contra os mais vulneráveis – populações periféricas e pobres – ou qualquer manifestação que desafiasse os cânones e a vigilância do Estado Novo. As discussões em torno desse tema ajudam a entender as condições históricas que proporcionaram a formação de Pau de Colher, as relações de seus moradores com o catolicismo popular e os conflitos que levaram à sua extinção. Partindo de um repertório de fontes, livros de memórias, pesquisas já desenvolvidas e discussões sobre Pau de Colher, e considerando outras possibilidades que o tema oferece, nos interessamos em analisar os discursos sobre a comunidade e as relações que o Estado e a imprensa estabeleceram entre os conflitos existentes e os possíveis perigos que os sertanejos representavam. O Estado utilizou a violência para aniquilar qualquer forma de dissidência ou manifestação popular que desviasse das normas estabelecidas. Pau de Colher foi representada nos discursos como um lugar no sertão, uma espacialidade marcada pelo atraso, banditismo social, revoltas populares, e sujeitos perigosos, entre outros, que não se adequavam às perspectivas de ideia de nação e de cidadão fomentadas nos anos de 1930. Essas representações "oficiais" corroboraram para a efetivação de medidas autoritárias da polícia dos estados do Nordeste. Aqui, discute-se a comunidade Pau de Colher e o conflito de 1938, problematizando-a enquanto uma espacialidade que foi definida a partir do olhar do outro, do olhar externo, onde predominaram discursos carregados de estigmas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1184646 - PABLO FRANCISCO DE ANDRADE PORFIRIO
Externo à Instituição - ANTONIO JORGE DE SIQUEIRA - UFPE
Externo à Instituição - HELDER REMIGIO DE AMORIM - UNICAP
Notícia cadastrada em: 12/08/2024 15:58
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