PPGH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CFCH DEPARTAMENTO DE HISTORIA - CFCH Telefone/Ramal: (81) 98676-7258

Banca de QUALIFICAÇÃO: JOSÉ CARLOS SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOSÉ CARLOS SILVA
DATA : 29/08/2024
LOCAL: videoconferência
TÍTULO:
Uma História Cultural do Bioma Caatinga no Semiárido Brasileiro: 
Práticas alimentares e medicinais de uso dos cactos e das bromélias no ensino de história em Boqueirão-PB (2002-2023)

PALAVRAS-CHAVES:

História Cultural.  Ensino de História. Ambiente. Alimentação. Cura. Bioma Caatinga. Semiárido.


PÁGINAS: 290
RESUMO:

Esta pesquisa tem por objetivo analisar as memórias da comunidade escolar (estudantes, professores, diretores, pais, mães, avós etc.) da rede municipal de ensino de Boqueirão-PB sobre as práticas ambientais, alimentares e medicinais provenientes do uso dos cactos e das bromélias no campo de investigação do ensino de história. Problematizamos como essas práticas fizeram parte das experiências desses sujeitos e como a escola, por meio do ensino de história, pode contribuir para a formação da Consciência Histórica (Rüsen, 2006; 2012; 2015) sobre o Semiárido brasileiro. Este trabalho argumenta que o estudo dessas memórias colabora para a segurança e a diversidade alimentar de forma sustentável, contribui para a compreensão dos usos das propriedades medicinais das plantas da Caatinga e combate as mudanças climáticas. Além disso, desnaturaliza no ambiente escolar, pelo ensino de história, o discurso que associa as práticas de uso dos cactos e das bromélias à fome, à miséria, à pobreza e ao exótico (Silva, 2008, 2019, 2020; 2021; Silva e Oliveira, 2022, 2023). Para termos acesso a essas memórias (Candau, 2019, Nora, 1996), usamos a História Oral (Alberti, 2004; 2019) e como metodologia, utilizamos a cartografia sentimental (Rolnik, 2016; Guatarri e Rolnik, 1996) para ler os documentos. Pautados em Certeau (1982; 2019; 2023), construímos uma história do cotidiano, dando destaque às sensibilidades (Pesavento, 2007; 2008) e aos afetos (Espinosa, 2009) presentes nas experiências (Larrosa, 2019) ambientais, alimentares e medicinais da comunidade escolar boqueirãoense sobre os usos dos cactos e das bromélias. Ao término das análises, constatamos que essas práticas, além de problematizarem o sistema atual de produção de alimentos (devastação ambiental, agrotóxico, fertilizante, conservante, hormônio entre outros), podem ser uma alternativa para a diversidade e para a segurança alimentar de forma saudável e servir como aporte para futuras pesquisas, principalmente na área das Ciências Humanas, em especial, no campo da história das práticas de cura. Portanto, o estudo cultural e histórico das memórias  sobre o bioma Caatinga, especificamente sobre o uso dos cactos e das bromélias no ensino de história no ambiente escolar (por meio de entrevista, receitas, cartazes, poesias, palestras, história em quadrinhos, contação de história, oficinas e aula de campo), leva o estudante a formar a sua consciência histórica sobre o Semiárido e consequentemente a amenizar os problemas socioambientais (efeito estufa, desmatamento, queimadas, enchentes, fome, doenças etc.) que prejudicam a natureza e a humanidade na contemporaneidade.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - FÁBIO PESSOA VIEIRA - UFBA
Interno - 3142803 - ARNALDO MARTIN SZLACHTA JUNIOR
Presidente - ***.188.494-** - IRANILSON BURITI DE OLIVEIRA - UFPE
Notícia cadastrada em: 25/07/2024 15:44
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa08.ufpe.br.sigaa08