A OPERAÇÃO HISTÓRICO-FILOSÓFICA DE ALBERT CAMUS E DE JEAN-PAUL SARTRE EM TORNO DA GUERRA DA ARGÉLIA (1954 - 1962): ENGAJAMENTO E O PAPEL DO INTELECTUAL
Teoria da História; Albert Camus; Jean-Paul Sartre; Simone de Beauvoir; Revolução Argelina.
O objetivo da presente dissertação, com base no fio condutor que nos guiou nesse processo investigativo - a operação historiográfica de Michel de Certeau (2010), é desenvolver acerca do papel do intelectual no decurso de uma conjuntura de revolução, a fim de compreender como determinado acontecimento pode ser estudado sob perspectivas distintas a depender da fonte escolhida para tal. Para isso, tomamos como enredo as lutas pela independência da Argélia (1954-1962) a partir da leitura dos filósofos Albert Camus e Jean-Paul Sartre. A primeira seção busca explorar como a dupla nacionalidade de Albert Camus influenciou na sua escrita sobre a Revolução da Argélia; a segunda objetiva investigar a reação francesa contra Jean-Paul Sartre, que apoiava os insurgentes argelinos em detrimento de sua própria nação, abordando os debates acerca de nacionalismo e ideologia; e, por fim, a terceira seção, visa além de compreender o papel do intelectual em uma situação de guerra, com base nas
análises do filósofo húngaro György Lukács, busca, também, analisar o impacto global do conflito entre Albert Camus e Jean-Paul Sartre nos domínios acadêmico e social, considerando as contribuições de outros intelectuais proeminentes da época, como Simone de Beauvoir, Franz Fanon e Mario Vargas Llosa.