PPGFILO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM FILOSOFIA - CFCH DEPARTAMENTO DE FILOSOFIA - CFCH Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: LIDYANE CARLA LUZ DOS SANTOS

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LIDYANE CARLA LUZ DOS SANTOS
DATA : 24/02/2025
HORA: 18:00
LOCAL: Sala Virtual
TÍTULO:

O MAL BANAL EM HANNAH ARENDT: UMA ANÁLISE FILOSÓFICA DA OBRA EICHMANN EM JERUSALÉM



PALAVRAS-CHAVES:

Banalidade do mal; Hannah Arendt; Adolf Eichmann; Totalitarismo.


PÁGINAS: 92
RESUMO:

Esta dissertação tem como objetivo analisar o conceito de “banalidade do mal” de Hannah Arendt tal como formulado na obra “Eichmann em Jerusalém”, de 1963. Inicialmente, fazemos uma análise mais abrangente do conceito de “mal” na História da Filosofia, notadamente em dois autores cujas concepções acerca deste termo traçam uma espécie de trajetória teórica para a compreensão arendtiana, a saber, Santo Agostinho e Immanuel Kant. Partindo da análise agostiniana sobre o mal, que este compreende como ausência do bem, vemos uma transição da discussão para o plano moral e não mais unicamente metafísico/religioso. Em Kant, a relação com o conceito arendtiano é mais explícita, já que a própria autora se refere à noção de mal radical kantiano antes de formular sua concepção de mal banal. Analisaremos tal noção em Kant e em seguida, analisaremos a transição deste conceito para o âmbito político, quando Arendt descreve As Origens do Totalitarismo, e é nesse contexto político que iremos perceber também a decorrente ruptura que Arendt estabelecerá em relação à noção de mal radical. No capítulo seguinte, buscaremos aprofundar nossa análise na obra Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal, a fim de ponderar sobre o julgamento de Adolf Eichmann, ex-soldado nazista responsável pelo deslocamento dos judeus à campos de concentração e extermínio, e sobre o relato feito por Arendt acerca de sua “postura” aparentemente incoerente com a expectativa de indescritível monstruosidade. No julgamento de Eichmann, Arendt percebe um novo tipo de mal, praticado por indivíduos comuns, que têm como principal característica a ausência do pensar e do julgar. Eichmann alegava apenas obedecer a ordens, colocando a vontade de Hitler acima de tudo, mesmo sabendo que estava encaminhando milhares para a morte. Assim, no último capítulo, exploraremos mais a fundo o conceito de culpa e responsabilidade, assim como a maneira que tais noções impactam a construção reflexiva de Hannah Arendt no que tange ao problema do mal banal. Frente a isso, pretendemos compreender como, mesmo fora de um contexto de guerra, a banalidade do mal pode ser um mecanismo para compreender o surgimento e as ações de pessoas que se abstém de pensar.



MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ALEXANDRINA PAIVA DA ROCHA - IFPI
Interno - 2143028 - FILIPE AUGUSTO BARRETO CAMPELLO DE MELO
Presidente - ***.076.830-** - JULIELE MARIA SIEVERS - UFAL
Notícia cadastrada em: 24/02/2025 13:20
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