Banca de DEFESA: EDJANE VIEIRA BENTZEN DE PAULA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDJANE VIEIRA BENTZEN DE PAULA
DATA : 15/08/2025
HORA: 14:00
LOCAL: GOOGLE MEET
TÍTULO:

“ME FORMEI, E AGORA?”: a dinamica imaginativa de adolescentes negros(as) sobre a escolha profissional


PALAVRAS-CHAVES:

Imaginação. Adolescência. Escolha profissional. Negritude. Núcleos de significação.


PÁGINAS: 120
RESUMO:

Durante sua trajetória de vida, o ser humano está a todo o tempo fazendo escolhas, seja entre duas ou mais opções, trazidas de contextos reais ou imaginados. Tanto para uma quanto para a outra situação, nos distanciamos do aqui e agora e imaginamos como seria cada uma das opções. Dentre os múltiplos cenários em que os processos imaginativos atuam na vida humana, a escolha profissional ganha destaque como uma etapa que marca fortemente o período da adolescência. Em face a esse contexto, a situação do adolescente negro, é ainda mais desafiadora considerando o cenário que se constitui a partir do que a literatura denomina de racismo estrutural. Diante disso, a presente dissertação se ancorou nos pressupostos teórico-metodológicos da Psicologia histórico cultural para investigar de que maneira a dinâmica imaginativa dos adolescentes negros, sobre sua inserção no mercado de trabalho, repercute na sua escolha profissional. A metodologia adotada foi de natureza qualitativa, por meio da abordagem do estudo de caso, tendo como participantes dois adolescentes, terceiranistas de escola pública da Região Metropolitana do Recife, que se autodeclararam negros. Para a construção dos dados foram realizadas entrevistas semiestruturadas e o recurso denominado caixa de surpresas como ferramenta para acessar a dinâmica imaginativa dos adolescentes negros sobre a escolha profissional. Foram realizados quatro encontros, gravados, transcritos literalmente e interpretados à lente analítica dos núcleos de significação, formulados por Aguiar e Ozella (2006, 2013), que destacam a apreensão dos sentidos presentes na narrativa do sujeito. Ademais, foram consideradas as seguintes categorias teóricas de análise sobre o processo imaginativo: na primeira foram identificados todos os conteúdos em que a atividade imaginativa possibilitou uma expansão da experiência dos participantes (Zittoun; Gillespie, 2016); na segunda categoria teórica de análise, foram elencados os momentos em que os processos imaginativos restringiram as possibilidades do adolescente, no sentido de trabalharem de forma a inibir a capacidade de ação deles (Andrade, 2022), na terceira, conteúdos em que a atividade imaginativa se expressou de forma reprodutiva, ou seja, se voltou para o passado, repetindo experiências anteriores (Vigotski, 2018) e, a quarta categoria, conteúdos em que a atividade imaginativa se expressou de forma criativa, a saber, se projetou para o futuro, resultando em um produto absolutamente novo (ibidem, 2018). A partir da análise dos dados construídos foi observado que o adolescente negro imagina sobre a escolha profissional uma profissão que rompe com a repetição da história laboral da família, marcada pelo racismo estrutural, com vistas a conquistar estabilidade financeira, valorização profissional e reconhecimento pessoal.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - FABIOLA MONICA DA SILVA GONCALVES - UEPB
Externo à Instituição - JULIO RIBEIRO SOARES - UERN
Interno - 1461835 - LUIS FELIPE RIOS DO NASCIMENTO
Notícia cadastrada em: 13/08/2025 19:05
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa08.ufpe.br.sigaa08