Desenvolvimento de compostos indol-tiazol como candidatos promissores para o tratamento do transtorno depressivo maior: síntese, caracterização, avaliação in silico e in vitro.
indol-tiazol; depressão; 5HT-2A; síntese orgânica; docking molecular; farmacocinética; neuroplasticidade.
O transtorno depressivo maior constitui um dos principais desafios de saúde mental atualmente, afetando milhões de pessoas e apresentando elevada taxa de tolerância às terapias tradicionais, o que impulsiona a busca por novas abordagens farmacológicas capazes de modular mecanismos neurobiológicos envolvidos na neuroplasticidade e na sinalização serotoninérgica. Neste contexto, o trabalho busca o desenvolvimento de uma série inédita de compostos indol-tiazol, concebidos como candidatos promissores à atuação no receptor serotoninérgico 5-HT2A, combinando etapas de síntese, caracterização estrutural, predições in silico e avaliação biológica in vitro. Inicialmente, nove derivados da série LPSF/PP foram obtidos e caracterizados por análises espectroscópicas. As análises in silico revelaram parâmetros farmacocinéticos compatíveis com compostos destinados ao sistema nervoso central, como alta absorção intestinal prevista, permeabilidade à barreira hematoencefálica e propriedades físico-químicas adequadas ao perfil de fármacos neuroativos. Os estudos de docking molecular demonstraram interações estáveis dos derivados com aminoácidos chave do sítio ativo do receptor 5-HT2A, apoiando o potencial agonista. Ademais, nos ensaios in vitro realizados em células de neuroblastoma SH-SY5Y permitiram verificar citotoxicidade dos compostos, modulação do estresse oxidativo e ativação de proteínas relacionadas à neuroplasticidade, como pCREB reforçando o potencial funcional dos compostos. Em conjunto, os achados demonstram que os derivados indol-tiazol desenvolvidos apresentam atributos estruturais, farmacocinéticos e biológicos que sustentam sua investigação contínua como candidatos inovadores na terapia do transtorno depressivo maior.