Banca de DEFESA: ESDRAS SANTOS MACEDO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ESDRAS SANTOS MACEDO
DATA : 11/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: UNIVASF
TÍTULO:

FILME POLIMERICO COM PECTINA DA CASCA DO MARACUJA (Passiflora edulis): POTENCIAL ANTIMICROBIANO E CICATRICIAL


PALAVRAS-CHAVES:

Cicatrização de Feridas. Maracujá Amarelo. Polissacarídeo


PÁGINAS: 100
RESUMO:

O processo de cicatrização de feridas envolve uma interação complexa de mediadores, com o objetivo de promover o reparo rápido, minimizando o desconforto e a formação de cicatrizes. Avanços recentes concentram-se no em alternativas que maximizem o processo mais eficazmente. O desenvolvimento de filmes poliméricos bioativos é uma proposta inovadora e tem despertado interesse da comunidade científica. Busca-se avaliar um filme polimérico à base desenvolvimento de filmes poliméricos bioativos, à base de pectina extraída da casca do maracujá, um subproduto da agroindústria rico em compostos bioativos como polifenóis e polissacarídeos, que podem potencializar a cicatrização e servir como adesivo e/ou sistemas de administração de medicamentos. A utilização da casca do maracujá como matéria-prima está alinhada às práticas sustentáveis e à economia circular, abordando o desperdício ambiental e apoiando os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, especialmente o ODS 3 (Saúde e Bem-Estar). O objetivo deste estudo visa avaliar o potencial cicatrizante e antimicrobiano dos filmes desenvolvidos a partir da pectina da casca do maracujá amarelo (FPCM), Passiflora edulis, nas concentrações de 2% e 5% em feridas cutâneas de camundongos e em cepas de bactérias multirresistentes. Para avaliar a atividade antimicrobiana, realizaram-se ensaios de Concentração Inibitória Mínima (CIM), Concentração Bactericida Mínima (CBM) e disco-difusão em ágar. Nos testes in vitro, empregou-se a Concentração Citotóxica 50% (CC₅₀) e ensaios de citotoxicidade, ambos pelo método colorimétrico Alamar Blue. Para os ensaios in vivo, utilizaram-se os testes de Toxicidade Oral Aguda (OECD) e hemólise para avaliar a segurança da pectina. No estudo de cicatrização, feridas de 4 mm foram induzidas em camundongos fêmeas Swiss, que foram tratadas por até 21 dias, com avaliação da taxa de cicatrização nos dias 0, 1, 7, 14 e 21. Os dados foram expressos como média ± erro padrão (p < 0,05). A pectina extraída da casca do maracujá demonstrou excelente biocompatibilidade e potencial cicatrizante em estudos experimentais. Nos ensaios de citotoxicidade, concentrações entre 125-500 μg/mL apresentaram CC50 superior a 500 μg/mL em fibroblastos murinos L929, confirmando sua biocompatibilidade e baixa citotoxicidade. Os filmes poliméricos contendo pectina (FPCM) nas concentrações de 2% e 5% não apenas mantiveram este perfil não tóxico, como também estimularam significativamente a proliferação celular, um efeito corroborado por testes adicionais de toxicidade oral aguda e hemólise. A avaliação da atividade cicatrizante revelou resultados promissores: o FPCM 5% destacou-se com 94,44±0,47% de fechamento da ferida no 14° dia de tratamento, desempenho superior aos demais grupos testados. Já o FPCM 2% equiparou-se ao controle positivo Dersani® no 21° dia, com valores de 91,20±0,65% e 91,56±1,81%, respectivamente, mostrando diferenças estatisticamente significativas em relação aos controles negativo (PBS) e filme branco. Contudo, tanto a pectina isolada quanto os FPCMs não apresentaram atividade antimicrobiana relevante nos ensaios de CIM, CBM e disco-difusão. Estes resultados sugerem que o FPCM 5%, embora não possua ação antimicrobiana direta, apresenta potencial como agente cicatrizante, capaz de acelerar o processo de reparo tecidual por meio do estímulo à proliferação de queratinócitos, células essenciais para a reepitelização. As propriedades biológicas da pectina de maracujá, aliadas à segurança comprovada, apontam para uma promissora aplicação em terapias de cicatrização, merecendo novos estudos para elucidar seus mecanismos de ação.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA - UNIVASF
Presidente - ***.048.686-** - ROSEMAIRY LUCIANE MENDES - UNIVASF
Externa à Instituição - VIRGINIA MICHELLE SVEDESE
Notícia cadastrada em: 04/08/2025 13:48
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