Banca de DEFESA: VITORIA CAMILO DE SOUZA SILVA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: VITORIA CAMILO DE SOUZA SILVA
DATA : 26/03/2025
HORA: 10:00
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

ATIVIDADES ANTIOXIDANTE, ANTIMICROBIANA E INSETICIDA DE EXTRATOS DA CASCA DO FRUTO DE Bixa orellana L.


PALAVRAS-CHAVES:

urucum; Bixaceae; fitoquímica; atividade antimicrobiana; atividade larvicida.


PÁGINAS: 75
RESUMO:

A utilização de plantas medicinais, como a Bixa orellana (urucum), é uma prática ancestral que continua a ganhar relevância científica. Este estudo teve como objetivo caracterizar o perfil fitoquímico dos extratos aquoso e salino da casca do fruto de B. orellana e avaliar suas atividades antioxidante, antimicrobiana e larvicida. Os extratos aquoso (EA) e salino (ES) foram preparados e submetidos à análise fitoquímica por cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Foram identificadas a presença de flavonoides, taninos hidrolisáveis (ácido elágico) e derivados antracênicos como compostos majoritários. A atividade antioxidante dos extratos foi avaliada pelos ensaios ABTS+ e DPPH, revelando uma atividade moderada. O extrato aquoso apresentou valores de CI50 de 138,5 µg/mL (ABTS+) e 379 µg/mL (DPPH), enquanto o extrato salino mostrou CI50 de 16,9 µg/mL (ABTS+) e 371,3 µg/mL (DPPH). Em contraste, a atividade antimicrobiana dos extratos foi limitada. Apenas o extrato salino apresentou atividade, inibindo o crescimento de Enterococcus faecalis (CIM = 2160 µg/mL) e Candida auris (CIM = 1000 µg/mL). Os extratos aquoso e salino demonstraram atividade contra larvas de Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Para o extrato aquoso, a mortalidade variou de 10,8% (25%) a 58,3% (100%) em 24 horas, aumentando para 65,8% após 48 horas na concentração máxima. Já o extrato salino apresentou mortalidade de 13,35% (25%) a 50,8% (100%) em 24 horas, atingindo 58,3% após 48 horas na concentração máxima. A atividade larvicida pode estar relacionada à presença de flavonoides e taninos hidrolisáveis, que atuam no sistema digestivo e no metabolismo das larvas, além da possível interferência física da viscosidade do extrato na troca gasosa das larvas. Esses achados destacam o potencial dos extratos de casca do fruto de B. orellana como inseticidas naturais e sustentáveis, que podem ser utilizados no controle de vetores de doenças. Em conclusão, a casca dos frutos de B. orellana também é uma fonte rica em bioativos, como flavonoides, taninos e ácido elágico, que podem estar associados às atividades antioxidante e larvicida.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - LIVIA LAIS DE SANTANA SILVA - UFPE
Externa à Instituição - POLLYANNA MICHELLE DA SILVA - UFPE
Presidente - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Notícia cadastrada em: 20/03/2025 10:12
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