Banca de DEFESA: TAINA MARIA SANTOS DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAINA MARIA SANTOS DA SILVA
DATA : 29/10/2024
HORA: 10:00
LOCAL: Anfiteatro do PPGCB
TÍTULO:

EFEITO DO ÍNDIGO NO DESENVOLVIMENTO E BIOLOGIA REPRODUTIVA DE Aedes aegypti.


PALAVRAS-CHAVES:

Índigo. Fecundidade. Fertilidade. Controle de vetores. Arboviroses.


PÁGINAS: 109
RESUMO:

O aumento da incidência de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, em países tropicais, como o Brasil, ressalta a necessidade de novas estratégias para o controle do Aedes aegypti, vetor dessas doenças. Este estudo avaliou os efeitos do índigo, um alcaloide bis-indólico, na biologia reprodutiva e na estrutura celular do A. aegypti. Fêmeas expostas ao índigo durante a fase larval apresentaram uma redução significativa na fecundidade e fertilidade, com produção média de 150 ± 41 ovos em comparação aos 204 ± 42 ovos no grupo controle. A viabilidade dos ovos também diminuiu em todas as concentrações testadas (50, 100 e 150 µg/mL), com taxas de ovos viáveis de 71%, 62% e 61%, respectivamente, enquanto o grupo controle apresentou 86%. O número de adultos emergidos foi reduzido nas concentrações de 100 e 150 µg/mL, com taxas de metamorfose de 64% e 53%, em comparação aos 80% do grupo controle. Machos expostos ao índigo apresentaram redução na motilidade, viabilidade e produção de espermatozoides, com os grupos expostos a 150 µg/mL mostrando motilidade de 5% e vitalidade de 4%, comparado aos 78% e 84%, respectivamente, do grupo controle. A modelagem molecular indicou que o índigo tem afinidade por proteínas-chave do A. aegypti, como a dopamina N-acetiltransferase (DAT) e a proteína de ligação ao hormônio juvenil (JHBP), sugerindo uma interferência nos processos de neurotransmissão e regulação hormonal. Nas análises microscópicas (óptica e de transmissão), revelou desorganização celular, formação de vacúolos e desestruturação das cristas mitocondriais, desorganização significativa no epitélio do intestino médio de larvas expostas ao índigo, com perda da borda estriada e da membrana peritrófica, além de pigmentação escura nas células epiteliais. No grupo controle, o epitélio intestinal foi preservado, com células epiteliais cúbicas intactas e mitocôndrias com cristas organizadas. Essas alterações estruturais foram associadas à redução significativa na fecundidade e fertilidade observadas nos testes biológicos. Em testes de oviposição, fêmeas preferiram recipientes tratados com concentrações mais altas de índigo, com um índice de atividade de oviposição (IAO) de +0,58 em 200 µg/mL. Resultados em campo simulado mostraram que recipientes tratados com 400 µg/mL de índigo coletaram 70% dos ovos, sugerindo que o composto pode ser uma ferramenta eficaz no controle integrado de vetores. Assim, o índigo se mostrou uma alternativa promissora no controle populacional de A. aegypti e, consequentemente, na redução da transmissão de arboviroses.




MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANA PAULA DE ARAUJO
Externa à Instituição - CLAUDIA MARIA FONTES DE OLIVEIRA
Presidente - 1526147 - MARCIA VANUSA DA SILVA
Interna - 1134040 - MARIA TEREZA DOS SANTOS CORREIA
Interno - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Notícia cadastrada em: 14/10/2024 15:10
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