Banca de DEFESA: FELIPE SANTANA DE SOUZA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FELIPE SANTANA DE SOUZA
DATA : 30/07/2024
HORA: 09:30
LOCAL: Plataforma Google Meet
TÍTULO:

INVESTIGAÇÃO FITOQUÍMICA, ATIVIDADE ANTIOXIDANTE, TOXICIDADE ORAL AGUDA E ATIVIDADE ANTIESCORPIÔNICA DO LÁTEX DE Jatropha mutabilis (Pohl.) Baill. (Euphorbiaceae) FRENTE A PEÇONHA DE Tityus stigmurus (Thorell, 1876) (Buthidae)


PALAVRAS-CHAVES:

Plantas medicinais, Caatinga, Antiveneno, Antinociceptivo, Antiedematogênico.


PÁGINAS: 90
RESUMO:

O uso de plantas medicinais para o tratamento de picadas de escorpiões é comum na medicina popular de vários países. Essa abordagem pode ser considerada útil nos primeiros socorros para o escorpionismo, principalmente em comunidades onde o soro antiescorpiônico e/ou antiaracnidico não é acessível. Jatropha mutabilis (Pohl.) Baill. (Euphorbiaceae), popularmente conhecida como “pinhão-de-seda”, é uma planta endêmica da Caatinga. O látex que exsuda do seu caule é utilizado em casos de envenenamento por animais peçonhentos e para cicatrização de feridas. Desta forma, este trabalho determinou o perfil fitoquímico do látex de J. mutabilis (JmLa) e avaliou a atividade antioxidante, toxicidade oral aguda e atividade antiescorpiônica frente à peçonha de Tityus stigmurus (TstiV). O perfil fitoquímico do JmLa obtido por HPLC-ESI-qTOF revelou a presença de 77 compostos, pertencentes às classes de peptídeos cíclicos, megastigmanos glicosilados, compostos fenólicos, flavonoides, alcaloides, cumarinas, terpenoides, dentre outros. Para atividade antioxidante, o JmLa apresentou IC50 de 43,66 ± 1,26 μg/mL para o teste do radical DPPH e de 842,32 ± 50,25 μg/mL no ensaio do radical ABTS. Nenhum sinal agudo de toxicidade foi observado na dose de 2.000 mg/kg (v.o.) durante os 14 dias de observação dos animais. Na avaliação da atividade anti-escorpiônica, observou-se que o JmLa interagiu com o perfil proteico do TstiV, inibindo totalmente as atividades fibrinogenolítica e hialuronidásica da peçonha. O látex foi capaz de neutralizar o envenenamento local, reduzindo a nocicepção em até 56%, e o edema de pata em até 50% em relação ao grupo não-tratado. Conclui-se que o látex de J. mutabilis apresenta uma composição fitoquímica diversa, contendo inúmeras classes de metabólitos, não apresentando efeitos tóxicos agudos em camundongos, tendo a capacidade de inibir in vitro os efeitos enzimáticos do TstiV, além de reduzir a nocicepção e o edema in vivo. Esses dados corroboram relatos populares sobre a atividade antiveneno dessa planta medicinal, além de indicar que o látex tem potencial para tratar o escorpionismo.



MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2726820 - RAFAEL MATOS XIMENES
Externa à Instituição - ROBERTA JEANE BEZERRA JORGE - UFC
Interno - 1960817 - THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
Notícia cadastrada em: 12/06/2024 21:57
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa07.ufpe.br.sigaa07