AVALIAÇÃO CLÍNICA DA DIMENSÃO DE DIFERENTES FORMAS ANATÔMICAS DO PALATO DURO
Palato duro; Anatomia; Enxerto ósseo
O palato duro, formado pela fusão dos processos palatinos da maxila e das lâminas horizontais do osso palatino, é essencial na separação das cavidades oral e nasal. Sua anatomia é relevante para procedimentos clínicos, como a colheita de enxertos periodontais, devido à proximidade com estruturas neurovasculares, como a artéria e o nervo palatino maior. As variações anatômicas do palato podem, entretanto, impactar a execução desses procedimentos, uma vez que a localização e a proximidade dessas estruturas podem aumentar o risco de lesões durante as intervenções cirúrgicas. Este estudo visou mensurar, em termos de medidas das margens gengival até o fundo do palato e altura, as dimensões da área doadora da abóbada palatina em brasileiros, focando nas diferenças de sexo e classificar os tipos de palato em raso, médio ou profundo. O estudo envolveu 291 participantes, sendo 189 homens (65%) e 102 mulheres (35%), com média de idade de 26,1 anos. A maioria dos participantes tinha até 30 anos (83,7%). As mulheres apresentaram maior prevalência de condições clínicas, como doenças diagnosticadas, uso de medicamentos e histórico de cirurgias, o que teve impacto nas dimensões palatinas (p < 0,001). A localização do forame palatino maior variou entre os sexos, sendo mais próximo à junção cemento-esmalte na região dos primeiros molares nos homens, enquanto nas mulheres a distribuição foi mais homogênea ao longo da arcada dentária. A prevalência da localização do forame palatino maior, conforme as variações anatômicas individuais, revelou uma variabilidade significativa nas distâncias entre o forame e os dentes adjacentes. As análises mostraram que os homens apresentaram dimensões significativamente maiores na abóbada palatina, especialmente nos dentes 17, 25, 26 e 27. A classificação do tipo de palato foi predominante para o tipo médio (56%), seguido pelo tipo raso (33%) e profundo (11%).