RESULTADOS PRELIMINARES DA ESTIMULAÇÃO MAGNÉTICA TRANSESPINAL NA REABILITAÇÃO DE MARCHA EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL CRÔNICO
Acidente Vascular Cerebral, Estimulação Magnética, Medula Espinal, Marcha
Introdução: o acidente vascular cerebral (AVC) é uma causa significativa de mortalidade e morbidade mundialmente. Quando não é fatal, o AVC pode causar diversas disfunções sensoriomotoras importantes, sendo o comprometimento da marcha uma das mais debilitantes. Essa alteração da marcha pode gerar restrições importantes na independência funcional dos indivíduos após o AVC, diminuindo consideravelmente sua participação comunitária. A estimulação magnética transespinal (tsMS) demonstrou benefício no tratamento das alterações da marcha em outras populações neurológicas, como na Doença de Parkinson. No entanto, até o momento não foi testada sua eficácia nas alterações da marcha pós-AVC. Objetivos: investigar a segurança e a eficácia da tsMS na recuperação da marcha em indivíduos pós-AVC. Métodos: um ensaio clínico randomizado, sham controlado e duplo-cego foi realizado com com distúrbios de marcha pós-AVC crônico. Os pacientes participaram de 10 sessões de tsMS ou tsMS sham, seguidas por treinamento de marcha na esteira. Como desfecho primário foi utilizada a mobilidade funcional avaliadas através do teste de caminhada de 6 minutos (TC6M) e Timed Up and Go - TUG. O desfecho secundário consistiu na independência funcional (mensurada pela Functional Ambulation Categories - FAC). As avaliações foram realizadas em dois momentos: antes das sessões (AV) e imediatamente após (AV1). Resultados: A técnica mostrou-se segura, já que nenhum efeito adverso foi relatado. Em comparação ao baseline, o grupo ativo de tsMS apresentou maiores melhorias no 6MWT e FAC, enquanto ambos os grupos melhoraram no teste TUG. Não foi encontrada diferença entre os grupos. Conclusão: Os resultados fornecem evidências preliminares que sugerem os potenciais efeitos da tsMS na mobilidade funcional pós-AVC. No entanto, devido ao pequeno tamanho da amostra, são necessários ensaios clínicos maiores e bem delineados para validar esses achados e explorar melhor seu potencial terapêutico.