PPGBA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA ANIMAL - CB DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA - CB Telefone/Ramal: (81) 8164-1131/3045

Banca de DEFESA: FRANCYANNE MARIA MARTINS DE SOUZA GODOY TORRES

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: FRANCYANNE MARIA MARTINS DE SOUZA GODOY TORRES
DATA : 30/01/2025
HORA: 09:00
LOCAL: VIDEOCONFERÊNCIA
TÍTULO:

EFEITOS DO TAMANHO E COMPOSIÇÃO DE CARDUMES E DE ÁREAS MARINHAS PROTEGIDAS NA HERBIVORIA POR PEIXES RECIFAIS DO ATLÂNTICO SUDOESTE


PALAVRAS-CHAVES:

Comportamento alimentar. Unidades de conservação. Forrageamento. Áreas protegidas. Ecologia. Pressão de herbivoria.


PÁGINAS: 61
RESUMO:

Os peixes herbívoros desempenham um papel crucial nos recifes de corais, moldando a comunidade bentônica e regulando a competição entre algas e corais por meio da herbivoria. Com base em fatores como disponibilidade de recursos alimentares, tamanho corporal e presença de cardumes, seus comportamentos e padrões de forrageamento podem variar. No Brasil, a baixa diversidade e o alto grau de endemismo dos recifes tornam essas funções ainda mais relevantes, especialmente diante da redução das populações de herbívoros devido à pressão pesqueira. Uma solução para a recuperação dessas populações é a criação de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs). Este estudo investigou dois aspectos principais: (1) como a formação de cardumes de diferentes tamanhos afeta o comportamento de forrageamento dos herbívoros, e (2) como diferentes estratégias de manejo de pesca em AMPs influenciam a herbivoria. A espécie Sparisoma axillare foi usada como modelo para analisar 303 vídeos de comportamento alimentar, avaliando se taxas de alimentação, mordidas e tempo de forrageamento variam conforme o tamanho do cardume. O estudo revelou que o tamanho do grupo influencia a intensidade da herbivoria e a escolha de habitats. Peixes em grupos maiores tendem a forragear em áreas mais expostas à predação. Estes achados oferecem uma nova perspectiva sobre a dinâmica alimentar dos peixes-papagaio e seus papéis ecossistêmicos. Em relação ao segundo ponto, o estudo comparou duas categorias de proteção em AMPs: no-take (sem pesca, como no Parque Nacional Marinho dos Abrolhos) e desprotegidas (com pesca, como na Área de Proteção Ambiental Ponta da Baleia). Analisou-se como as taxas de alimentação e habitats utilizados para forrageamento por espécies-modelo de cada guilda (Scarus trispinosus, Sparisoma axillare, Acanthurus bahianus e Stegastes fuscus) mudam em diferentes tipos de AMPs. Observouse que áreas protegidas apresentam maior disponibilidade e variabilidade de recursos, enquanto áreas desprotegidas têm maior dominância de corais moles, que não são usados para alimentação. As densidades de peixes herbívoros são geralmente maiores em áreas protegidas da pesca. Indivíduos de herbívoros podadores (Acanthurus bahianus) e raspadores (Sparisoma axillare) apresentam maiores taxas de mordida e tempo de forrageamento em áreas desprotegidas, mas a pressão exercida pela herbivoria é semelhante entre as áreas, variando apenas nos habitats utilizados. Os herbívoros territorialistas (Stegastes fuscus) dedicam mais tempo ao forrageamento dentro das AMPs, onde sua abundância é seis vezes maior, aumentando a pressão de herbivoria. Os herbívoros escavadores (S. trispinosus, acima de 40 cm) apresentam densidades muito baixas fora das áreas protegidas, desempenhando seu papel funcional apenas em áreas de proteção. Esses padrões evidenciam a importância da conservação e do manejo adequado das AMPs para preservar os papéis funcionais dos peixes e a saúde dos recifes de corais.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DRÁUSIO PINHEIRO VÉRAS
Presidente - 2320121 - JOAO LUCAS LEAO FEITOSA
Externa à Instituição - LUISA VALENTIM MELO DE VASCONCELOS QUEIROZ VÉRAS
Notícia cadastrada em: 21/01/2025 09:34
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