ESTUDO DA EXPRESSÃO DO GENE APR1 E SUA RELAÇÃO COM OS FATORES DE VIRULÊNCIA EM Candida albicans E Candida auris
proteinase A; estresse térmico; biofilme; Candida.
Candida albicans e C. auris são leveduras patogênicas associadas a altas taxas de morbimortalidade em pacientes críticos, em parte devido à resistência antifúngica. Fatores como termotolerância e formação de biofilme contribuem para sua virulência, sendo essencial compreender os mecanismos que regulam esses processos. O gene APR1, que codifica uma aspartil protease vacuolar, pode estar envolvido na adaptação metabólica ao estresse. Nessse contexto, investigamos o papel do APR1 na virulência de C. albicans e C. auris. Ensaios de crescimento e biofilme foram conduzidos sob diferentes temperaturas, utilizando os reagentes MTT e Cristal Violeta para avaliar atividade metabólica e biomassa celular, respectivamente. A expressão do gene APR1 foi analisada por real-time PCR em condições de estresse térmico e formação de biofilme sob as faixas de temperatura 37, 40 e 42°C. De acordo com nossos resultados, ambas as espécies cresceram até 42°C, mas C. auris demonstrou maior capacidade de formação de biofilme, exibindo um aumento da atividade metabólica e redução da biomassa celular em temperaturas elevadas. A expressão do gene APR1 foi induzida em C. auris a 42°C, tanto na condição de estresse térmico como na ausência de formação de biofilme sob aumento de temperatura, sugerindo um papel adaptativo nesse contexto. Em C. albicans, a expressão sob estresse térmico foi cepa dependente e durante a formação de biofilme sob aumento de temperatura observou-se uma regulação negativa do do gene. Esses achados podem contribuir para a compreensão dos mecanismos moleculares associados à virulência em leveduras patogênicas.