Fatores que influenciam a perda e retenção de carbono em florestas manejadas seletivamente na Amazônia oriental
extração seletiva de madeira, biomassa acima do solo, características funcionais, manejo florestal, carbono.
Florestas tropicais desempenham um papel essencial na provisão de serviços ecossistêmicos para a regulação climática global, sequestrando e armazenando carbono. Os estoques de carbono são moldados por condições ambientais, práticas de manejo florestal e atributos da comunidade de árvores. Estudos focam na quantificação do carbono perdido ou no tempo de recuperação após a exploração seletiva. Este artigo visa compreender os fatores que impulsionam perdas e estoques de carbono em florestas manejadas na Amazônia. Utilizamos 156 dados de inventário florestal de planos de manejo em florestas úmidas na Amazônia Oriental, Pará, Brasil. O estoque médio inicial foi de 180,6 ± 74 t ha-1, sendo que a exploração madeireira extraiu aproximadamente 77,3 ± 22 t ha-1 (42,05% do total), resultando em um estoque remanescente de 103,27 ± 62 t ha-1 (57,95% do inicial). Encontramos um modelo onde a precipitação, a estrutura da comunidade e os atributos funcionais foram fortes preditores da perda de carbono (R² = 0,83). Em contraste, o estoque de carbono (R² = 0,49) foi mais bem explicado pelas espécies colhidas, DAP (diâmetro à altura do peito) e traços foliares. Nossos achados sugerem que modelos que incluem condições ambientais e atributos da comunidade explicaram mais variação tanto na perda quanto no estoque de carbono no manejo florestal em florestas da Amazônia Oriental.