Banca de DEFESA: RAISSA EMILY GODOY LAUREANO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAISSA EMILY GODOY LAUREANO
DATA : 31/07/2025
HORA: 13:30
LOCAL: Google meet - https://meet.google.com/jyi-vfcf-yku
TÍTULO:

Percepcoes sobre o trabalho infantil na Sustentabilidade da cadeia de suprimentos: um estudo no Polo de Confeccoes do Agreste de Pernambuco.


PALAVRAS-CHAVES:

Polo de confecções têxteis; trabalho infantil; cadeia de suprimentos têxtil; sustentabilidade.

 


PÁGINAS: 72
RESUMO:

O presente estudo mostra que o trabalho infantil é um desafio a ser enfrentado no Polo de
Confecções do Agreste de Pernambuco, especialmente quando se trata de famílias mais carentes
que vivem da confecção. Para a grande maioria, colocar a criança para trabalhar desde cedo é
uma questão cultural, para forjar o caráter do indivíduo. Contudo, acredita-se que a subsistência
e a dependência financeira são as principais razões para este tipo de trabalho. Ainda, é preciso
considerar a falta de políticas públicas para fiscalização desse problema. Esta pesquisa justificou-
se já que estudar desenvolvimento sustentável é importante para o entendimento da geração atual
e continuidade das gerações futuras. O estudo teve como principal objetivo compreender as
percepções dos empresários sobre o trabalho infantil e sua relação com a sustentabilidade social
na cadeia de suprimentos de um Polo de Confecções têxtil. Metodologicamente, foi feita uma
coleta de dados qualitativa através de trinta entrevistas, por meio de um roteiro semiestruturado.
Para escolha dos entrevistados, utilizou-se a técnica de bola de neve, já a análise dos dados
ocorreu pela técnica de análise de conteúdo. Os principais resultados mostraram que as
percepções dos entrevistados sobre o trabalho infantil refletem influências culturais, econômicas
e sociais. Muitos o associam à responsabilidade, disciplina e proteção contra influências
negativas, baseando-se em experiências pessoais e em valores transmitidos entre gerações. Em
contextos de vulnerabilidade, o trabalho infantil é visto como uma estratégia de sobrevivência,
apesar de comprometer direitos fundamentais. Poucos entrevistados reconhecem que essa prática
pode comprometer a sustentabilidade social a longo prazo, ao perpetuar ciclos de pobreza e
limitar o acesso à educação e ao desenvolvimento pleno das crianças. Viu-se que o trabalho
infantil na cadeia de suprimentos reduz custos e agiliza a produção, especialmente em núcleos
familiares informais. A subcontratação torna essa prática invisível, mas funcional. Conclui-se
que há uma visão amplamente naturalizada do trabalho infantil como forma de disciplina e
proteção social. Essa percepção reforça padrões culturais que dificultam a problematização
crítica dessa prática na região.

 


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3890814 - NELSON DA CRUZ MONTEIRO FERNANDES
Interna - 1032744 - JAQUELINE GUIMARAES SANTOS
Externo à Instituição - MARCOS ROBERTO GOIS DE OLIVEIRA MACEDO - UFPE
Notícia cadastrada em: 31/07/2025 09:27
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