Vidas acidentadas, vinculos de trabalho e adocao de comportamento de risco de motociclistas no transito
Motocicleta, acidente de trânsito, emprego, setor informal, comportamento de risco à saúde.
Este estudo teve como objetivo analisar a associação entre o vínculo empregatício e
comportamentos de risco no trânsito entre motociclistas acidentados. Trata-se de um estudo
transversal com condutores de motocicletas internados na enfermaria de trauma de um
hospital público de referência no estado de Pernambuco, Região Nordeste do Brasil. As
informações foram obtidas por meio de questionário para identificar as condições
sociodemográfico e os comportamentos de risco no trânsito no momento do acidente. Foram
realizadas análises descritiva e bivariada para verificar as associações entre vínculo
empregatícios e demais variáveis categóricas, utilizando qui-quadrado como teste de
independência. Aplicou-se regressão logística múltipla para estimar odds ratio (OR) bruta e
ajustada. Observou-se associação estatisticamente significativa entre vínculo informal de
trabalho e as variáveis “dirigir com sono ou fadiga” (OR=2,46), “não possuir habilitação”
(OR=4,13), “não utilizar capacete” (OR=0,44) e “excesso de velocidade” (OR=0,49). Os
resultados evidenciaram que motociclistas acidentados em situação de informalidade laboral
registraram maior propensão à adoção de condutas inseguras no trânsito, o que reforça a
necessidade de políticas públicas que considerem as condições de trabalho como
determinantes da segurança viária