Banca de QUALIFICAÇÃO: RONILSON CORREA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RONILSON CORREA
DATA : 19/12/2025
LOCAL: Posneuro
TÍTULO:

ASSOCIAÇÕES ENTRE FATORES PERINATAIS E INDICADORES DE TRANSTORNOS ALIMENTARES EM NUTRICIONISTAS: uma abordagem baseada na Teoria DOHaD

 


PALAVRAS-CHAVES:

transtornos alimentares; insatisfação corporal; fatores perinatais;
aleitamento materno; nutricionistas.

 


PÁGINAS: 67
RESUMO:

Os transtornos alimentares (TA) apresentam etiologia multifatorial e podem ser
influenciados por fatores perinatais e pós-natais associados ao desenvolvimento
precoce dos sistemas de regulação alimentar e emocional. Este estudo observacional,
transversal e analítico avaliou 107 nutricionistas residentes no estado de Pernambuco,
com idade média de 33,7 ± 9,7 anos, sendo 86,8% do sexo feminino. Foram utilizados
os instrumentos Eating Attitudes Test (EAT-26), Body Shape Questionnaire (BSQ),
Binge Eating Scale (BES) e um questionário de histórico perinatal e pós-natal.
Observou-se prevalência de 30,8% de risco para transtornos alimentares (EAT-26 ≥
20), 39,3% de algum nível de insatisfação corporal (BSQ > 80) e 17,8% de compulsão
alimentar moderada ou grave (BES ≥ 18). Em relação às associações entre fatores
perinatais e indicadores psicológicos, identificou-se correlação positiva entre idade
gestacional e escore do EAT-26 (ρ = 0,24; p = 0,0138), bem como correlação negativa
entre histórico de abandono/negligência e EAT-26 (ρ = −0,32; p = 0,0008), resultado
interpretado com cautela devido ao reduzido número de participantes nessa categoria.
Quanto à insatisfação corporal, observou-se correlação negativa de pequeno efeito
entre a ausência de aleitamento materno e os escores do BSQ (ρ = −0,20; p = 0,0365).
O desmame precoce apresentou associação caracterizada como tendência estatística
(ρ = −0,10; p = 0,08), e o histórico de abandono/negligência mostrou correlação
negativa de pequeno efeito com o BSQ (ρ = −0,24; p = 0,014). Não foram observadas
correlações estatisticamente significativas entre compulsão alimentar e variáveis
perinatais. De forma geral, os resultados sugerem que fatores perinatais,
especialmente idade gestacional e aleitamento materno, podem estar associados a
dimensões específicas da vulnerabilidade aos transtornos alimentares,
particularmente às atitudes alimentares de risco e à insatisfação corporal, mas não à
compulsão alimentar. Esses achados devem ser interpretados de maneira
exploratória, reforçando o caráter multifatorial dos TA e a necessidade de estudos
longitudinais futuros.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ERIKA VANESA CADENA BURBANO - UFPE
Externa ao Programa - 1144757 - NATHALIA CAROLINE DE OLIVEIRA MELO - nullPresidente - 1461329 - SANDRA LOPES DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 18/12/2025 14:18
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