Banca de DEFESA: CLAUDIA CRISTINA DE LIRA SANTANA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CLAUDIA CRISTINA DE LIRA SANTANA
DATA : 18/08/2025
HORA: 09:00
LOCAL: Posneuro
TÍTULO:

PERFIL SOCIO-DEMOGRAFICO E CLINICO DOS PACIENTES COM CEFALEIA QUE PROCURAM O SERVICO DE EMERGENCIA EM UM HOSPITAL PRIVADO


PALAVRAS-CHAVES:

cefaleia; características da população; transtornos de cefaleia primária.

 


PÁGINAS: 45
RESUMO:

Introdução: A cefaleia é uma das condições mais comuns na população geral,
apresentando alta prevalência entre homens e mulheres. Representa um
importante problema de saúde pública e pode comprometer significativamente
a qualidade de vida dos indivíduos. Devido à intensidade da dor, muitos
pacientes procuram frequentemente os serviços de emergência para
tratamento. Diante da alta incidência desses atendimentos, este estudo busca
avaliar os diagnósticos, as características demográficas e a satisfação dos
pacientes atendidos por cefaleia em um serviço de emergência. Objetivo:
Avaliar os diagnósticos, características demográficas e satisfação dos
pacientes atendidos por cefaleia em um serviço de emergência hospitalar.
Método: Trata-se de um estudo transversal, realizado na emergência de um
hospital privado em Recife, Pernambuco. A amostra foi composta por 233
pacientes atendidos entre novembro de 2023 e dezembro de 2024,
diagnosticados conforme a Classificação Internacional de Doenças (CID) para
cefaleia. Os dados foram coletados por meio de um questionário
semiestruturado elaborado pelos pesquisadores. As variáveis foram
apresentadas de forma descritiva em tabelas de contingência, contendo
frequências absolutas e relativas. Resultados: Dos 233 pacientes
entrevistados, 189 (81,1%) receberam o diagnóstico de cefaleia (R-51) e 16
(6,9%) de enxaqueca sem aura (G43.0). O perfil sociodemográfico
predominante foi o sexo feminino (183/233; 78,5%), com idade média de 37
anos. Em relação à renda familiar, 152 (65,2%) tinham renda entre 1 e 7
salários-mínimos, e 75 (32,2%) possuíam ensino superior completo. Quanto à
carga horária de trabalho, 93 (39,9%) trabalhavam entre 21 e 40 horas
semanais. Entre os medicamentos utilizados antes da procura pela

emergência, os mais comuns foram analgésicos (80/233; 26,8%) e anti-
inflamatórios (11/233; 3,7%). Durante o atendimento, os medicamentos mais

administrados foram cetoprofeno (156/233; 27,3%), dipirona (107/233; 18,7%),
dexametasona (100/233; 17,5%), dimenidrinato (59/233; 10,3%), além de
opioides e antipsicóticos (15/233; 2,6%). A maioria dos pacientes não realizava
acompanhamento ambulatorial (205/233; 87,6%), e apenas 27 (11,5%) eram
acompanhados por um neurologista. Em relação aos exames na emergência,
97 (41,6%) realizaram exames de imagem, sendo a tomografia
computadorizada de crânio o exame mais solicitado (83/233; 34,6%). Na
avaliação da satisfação com o tratamento, a intensidade da dor foi quantificada
antes e após a terapia medicamentosa. Ao chegarem à emergência, 44
pacientes (18,9%) relataram dor forte, 103 (44,2%) dor muito forte e 67 (28,7%)
dor máxima. A redução da dor foi superior a 50% em todos os pacientes com
dor forte ou muito forte, enquanto aqueles com dor máxima apresentaram
redução limitada a 50%. Conclusão: Os resultados indicam que a cefaleia na
emergência requer uma abordagem individualizada, levando em consideração
aspectos demográficos e clínicos para otimizar o atendimento e melhorar a
satisfação dos pacientes. A baixa frequência de acompanhamento ambulatório
sugere a necessidade de maior intervenção preventiva e educação em saúde
para reduzir a recorrência dos atendimentos emergências.

 


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 2779450 - DANIELLA ARAUJO DE OLIVEIRA
Presidente - 1132496 - MARCELO MORAES VALENCA
Externo à Instituição - SAULO MONTEIRO DOS SANTOS - UFPE
Notícia cadastrada em: 15/08/2025 09:37
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa03.ufpe.br.sigaa03