Banca de QUALIFICAÇÃO: LEANDRO MOURA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: LEANDRO MOURA SILVA
DATA : 27/06/2025
LOCAL: Posneuro
TÍTULO:

COMPARACAO INTERPOPULACIONAL DA MORFOLOGIA CRANIANA: UMA PERSPECTIVA SOBRE A INVAGINACAO BASILAR TIPO B


PALAVRAS-CHAVES:

COMPARAÇÃO INTERPOPULACIONAL DA MORFOLOGIA CRANIANA: UMA PERSPECTIVA SOBRE A INVAGINAÇÃO BASILAR TIPO B


PÁGINAS: 78
RESUMO:

A junção craniovertebral (JCV) representa a zona de transição entre o crânio e
a coluna cervical. Dentre as alterações osteoarticulares que podem ocorrer nessa
região, destaca-se a invaginação basilar (IB), uma condição capaz de afetar o clivo e
a porção superior da coluna cervical, notadamente o dente do áxis. A IB é classificada
em dois tipos principais: o tipo A, caracterizado pela luxação anterior da articulação
atlantoaxial, e o tipo B, definido pela hipoplasia de estruturas da base do crânio,
resultando na elevação da coluna cervical superior (GOEL, 2004). Os sintomas
associados à IB podem incluir distúrbios motores e de sensibilidade, decorrentes da
compressão do tronco encefálico e do cerebelo pela JCV (LAN et al., 2018; SILVA et
al., 2011).
Embora estudos epidemiológicos específicos sobre a IB sejam escassos,
alguns países, como Brasil, Índia e China, apresentam um número significativo de
casos registrados na literatura (GOEL; JAIN; SHAH, 2018; QI et al., 2024; SILVA et
al., 1994). No Brasil, a região Nordeste se destaca pela alta incidência dessa condição
(CAETANO DE BARROS et al., 1968; SILVA et al., 1994). A prevalência de
braquicefalia (crânios largos e curtos) nessa população levantou a hipótese de uma
possível associação com a IB. Contudo, essa teoria ainda é inconclusiva, visto que
apenas quatro estudos exploraram essa relação, apresentando resultados conflitantes
(BOTELHO et al., 2023; CAETANO DE BARROS et al., 1968; NASCIMENTO et al.,
2018, 2022).
Adicionalmente, a redução da altura craniana é uma característica
frequentemente observada em indivíduos com IB (GOEL, 2017). No contexto do
Nordeste brasileiro (NE), as associações identificadas entre a altura e a largura dos
crânios com IB tipo B levaram à proposição do índice altura-largura como uma
ferramenta de investigação para essa condição (NASCIMENTO et al., 2022). A
avaliação desse índice demonstrou sua superioridade em relação ao índice cefálico
(IC) na identificação da IB tipo B (NASCIMENTO et al., 2022).
As investigações conduzidas no NE revelam que o valor médio da distância do
ápice do dente do áxis à linha de Chamberlain (DOLC) nessa população tende a ser
mais elevado, e o comprimento do clivo menor em comparação com outras

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populações, tanto em indivíduos com IB tipo B quanto nos grupos controle (SILVA et
al., 2024). Além disso, o valor de corte da DOLC utilizado para o diagnóstico da IB tipo
B nessa população é mais alto do que em outros grupos populacionais
(NASCIMENTO et al., 2019).
Os estudos até então realizados no NE concentraram-se na análise de crânios
de indivíduos com e sem IB tipo B dentro da própria região, sem realizar comparações
com dados de outras localidades. Essa comparação poderia fornecer informações
relevantes e potencialmente explicar as divergências observadas em algumas
medidas da base craniana entre o NE e outras populações. Diante disso, o presente
estudo tem como objetivo comparar as medidas da base craniana e o perfil craniano
de indivíduos do NE, com e sem IB tipo B, e confrontar esses dados com os de
indivíduos da América do Norte, Ásia, Europa e Oceania.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externa ao Programa - 2612831 - RENATA CRISTINNY DE FARIAS CAMPINA - nullPresidente - 3527808 - ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
Externo à Instituição - SEVERINO AIRES DE ARAÚJO NETO - UFPB
Notícia cadastrada em: 26/06/2025 09:26
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