Banca de DEFESA: ANA DOLORES FIRMINO SANTOS DO NASCIMENTO

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ANA DOLORES FIRMINO SANTOS DO NASCIMENTO
DATA : 29/11/2024
HORA: 13:00
LOCAL: Posneuro
TÍTULO:

PERFIL DE UMA EMERGÊNCIA NEUROLÓGICA PÚBLICA NA CIDADE DO RECIFE: o acidente vascular encefálico e a pandemia de COVID19


PALAVRAS-CHAVES:

acidente vascular cerebral; terapia trombolítica; COVID-19; serviço hospitalar de emergência; neurologia.


PÁGINAS: 117
RESUMO:

O período da pandemia de Covid19 foi desafiador para a humanidade. Gestores de serviços de
saúde precisaram se adaptar a uma nova e impactante demanda de pacientes graves que se
somaram às patologias já existentes, sobretudo nos serviços de emergência. Dentre as últimas,
os pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) impactam no setor seja pela agilidade com
que devem ser atendidos e seja por onerar o sistema de saúde com complicações e
sequelas.Estudar o efeito da pandemia de COVID19 em uma emergência pública do Nordeste
brasileiro e seus efeitos nos atendimentos de pacientes neurológicos, sobretudo dos acometidos
por acidente vascular cerebral, foi o objetivo desta tese. Trata-se de um estudo observacional,
transversal, com dados extraídos dos 1.779 prontuários de pacientes atendidos em períodos
anteriores e durante a pandemia de coronavírus. Os dados foram analisados no IBM SPSS
versão 25 e a margem de erro utilizada foi de 5%.Os resultados foram divididos em 3 etapas.
Na etapa 1 evidenciou-se que não houve diferença entre o número de atendimentos por AVC
nos dois períodos (41,8% vs 43,6%). Esta patologia foi a maior responsável por internamentos
neurológicos de urgência. O período pandêmico teve associação apenas no número de pacientes
atendidos por cefaleia primária, que reduziu pela metade. E os fatores significativos que
levaram a óbito nos pacientes neurológicos internados no setor foram: idade > 60 anos, ter sido
transferido do interior e apresentar tempo de internamento > 7 dias. Na etapa 2, destacou-se que
a pandemia não apresentou associação com tipo de AVC, continuando o AVCI como o mais
prevalente. Os casos de AVCH, em seus dois subtipos, também permaneceram sendo mais
letais. Independente do período avaliado, os pacientes não conseguiram receber uma
investigação etiológica adequada e consequentemente apenas 30% dos pacientes com AVCI
receberam alta com causa definida de terem desenvolvido um evento isquêmico. Por fim, a
terceira etapa destacou a importância de manter uma unidade de AVC funcionando. No período
pandêmico, com a unidade de AVC fechada, os pacientes tratados com trombólise para AVCI
apresentaram de maneira significativa o óbito como desfecho. A pandemia de COVI19 levou a
medidas restritivas sociais e de protocolos institucionais ao redor do mundo. Na cidade do
Recife tais medidas foram associadas a atraso na busca pelo atendimento de emergências, não
tratamento adequado de pacientes (sobretudo no sistema público), acarretando desfecho letal
maior entre os pacientes com AVC.


MEMBROS DA BANCA:
Interna - 1132498 - BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
Externo à Instituição - JOAO EUDES MAGALHAES - UPE
Externo à Instituição - JOSE JAILSON COSTA DO NASCIMENTO - UFPE
Externa à Instituição - PRISCILA MAIA FERREIRA SILVA
Presidente - 3527808 - ROSANA CHRISTINE CAVALCANTI XIMENES
Notícia cadastrada em: 27/11/2024 11:10
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