AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE ANSIEDADE, DEPRESSÃO E ATIVIDADE FÍSICA EM SOBREVIVENTES DA COVID-19
Saúde mental. Pandemia. Sobreviventes da COVID-19.
Devido as incertezas envolvendo as consequências da pandemia vigente, o presente estudo tem o objetivo de avaliar o impacto de médio a longo prazo da COVID-19 na saúde mental e no nível de atividade física em sobreviventes que necessitaram de internamento hospitalar para manejo da doença. Para isso, foram entrevistados via contato telefônico 181 voluntários que tiveram alta do Hospital de Campanha Aurora (Recife, Pernambuco) após tratamento da COVID-19. Foi utilizado um formulário eletrônico para registro das respostas, constituído pelo Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), questões sociodemográficas e de história clínica, além de questionários validados para avaliação dos sintomas de ansiedade e depressão (Escala Hospitalar de Ansiedade e Depressão – EHAD-A e EHAD-D) e nível de atividade física (Questionário Internacional de Atividade Física – IPAQ versão curta). Foi observado através da análise geral dos dados da EHAD, ausência de sintomas de ansiedade e depressão, onde a pontuação média nas subescalas EHAD-A e EHAD-D foram de 5,13 (± 4,07) e 4,88 (± 4,06), respectivamente. No entanto, foi evidenciado que o sexo feminino apresentou uma pontuação média maior na subescala EHAD-D quando comparado ao sexo masculino (p = 0,015), e aqueles com um tempo de alta de 7-8 meses apresentaram níveis mais elevados de sintomas de ansiedade e depressão, com pontuação média de 8,50 (± 7,78) na EHAD-A e 9 (± 12,73) na EHAD-D, apesar de não apresentar diferença estatística quando comparado aos indivíduos com tempo de alta mais longo. Na avaliação do nível de atividade física, 33,7% dos entrevistados classificaram-se como ativo, 21,5% como irregularmente ativo A e 20,4% como sedentários.