Banca de DEFESA: JEAN SOARES DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JEAN SOARES DA SILVA
DATA : 27/08/2025
HORA: 15:00
LOCAL: Virtual
TÍTULO:

(RE)PENSANDO A INOVACAO ENQUANTO UM PROCESSO COLETIVO: UM ESTUDO A PARTIR DAS PRATICAS DA COMARU E SEUS ENTRELACAMENTOS NA REDE SOCIOTECNICA DO EXTRATIVISMO DA CASTANHA-DO-BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

Inovação; Inovação Coletiva; Teoria Ator-Rede; Performatividade; Redes sociotécnicas.


PÁGINAS: 288
RESUMO:

O interesse em explorar novas abordagens para compreender a inovação motivou o desenvolvimento desta tese. Ao problematizá-la como um campo de estudo em constante transformação, buscou-se ampliar o olhar para as discussões contemporâneas que têm valorizado as dinâmicas em rede, os contextos sociais e as experiências comunitárias. Nesse sentido, a pesquisa teve como objetivo analisar como a inovação pode ser compreendida como um processo coletivo, a partir das práticas da Cooperativa COMARU e dos seus entrelaçamentos na rede sociotécnica vinculada ao extrativismo da castanha-do-brasil na Amazônia Oriental. Ancorada nos pressupostos da Teoria Ator-Rede (TAR), a tese desloca o foco da análise para as conexões, evidenciando os vínculos entre atores humanos e não humanos, bem como os modos pelos quais essas relações são constituídas, sustentadas e transformadas ao longo do tempo. Ao considerar a COMARU como um nó transitório de uma rede mais ampla, o percurso metodológico desta tese mobilizou a noção de hinterlands, proposta por Law (2004), como chave para acessar outros territórios que sustentam a produção das realidades e se articulam na rede sociotécnica. O estudo desenvolveu-se a partir da articulação entre observação empírica, análise documental e entrevistas semiestruturadas. Essas técnicas foram mobilizadas de forma não linear e responsiva, acompanhando os deslocamentos e reconfigurações da própria rede. Com base na análise, argumenta-se que a inovação deve ser repensada como um processo coletivo, performativo e situado, que emerge das relações e articulações entre os diversos elementos da rede. Trata-se de um fenômeno enraizado nas condições sociomateriais do território, entendido como expressão viva de identidades, experiências e modos de existência. Longe de seguir lógicas lineares ou planejadas, a inovação se configura por meio de improvisações, negociações e adaptações a dispositivos externos, sem romper com seus contextos de origem. Nesse processo, revela-se também seu caráter político e organizativo, marcado pela capacidade dos sujeitos de construir formas autônomas de governança e criar condições para o surgimento de outras inovações.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - CESAR AUGUSTO TURETA DE MORAIS - UFES
Interno - 1133764 - FERNANDO GOMES DE PAIVA JUNIOR
Presidente - 258336 - JACKELINE AMANTINO DE ANDRADE
Externo ao Programa - 2807573 - JOSE ROBERTO FERREIRA GUERRA - nullExterno à Instituição - JOSÉ DE ARIMATÉIA DIAS VALADÃO
Notícia cadastrada em: 20/08/2025 16:06
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa03.ufpe.br.sigaa03