ATIVIDADE ANTICÂNCER DE EXTRATOS E PEPTÍDEOS DERIVADOS DE VENENO DE SERPENTES
Produtos bioativos; Biotecnologia; Câncer de mama; Leucemia.
O câncer já emerge como uma das principais causas de morte no mundo. O câncer de mama se destaca como um dos cânceres mais frequentes em adultos e a leucemia como uma mais frequente entre crianças. Apesar de grandes avanços dos últimos 40 anos, as falhas no tratamento por resistência a drogas quimioterápicas é um dos principais desafios para o tratamento do câncer na atualidade. Para superar esse desafio, faz-se necessário o desenvolvimento de novas drogas e produtos naturais são uma grande fonte de moléculas bioativas com potencial anticâncer. Venenos de serpente possuem moléculas citotóxicas particularmente promissoras para o
desenvolvimento de novas drogas para o câncer. O presente estudo tem por objetivo avaliar o potencial anticâncer de venenos extraídos de diferentes espécies de serpente da fauna nativa brasileira, assim como peptídeos isolados do veneno de Crotalus durissus terificus. Venenos de 15 serpente dos gêneros Brothops e Crotalus foram testados em linhagens leucêmicas 4 peptídeos foram testados me linhagens leucêmicas de câncer de mama e em células saudáveis de sangue periférico. A viabilidade foi mensurada através de ensaio MTT, e os peptídeos mais promissores foram encapsulados em lipossomos e testados quanto a sua citotoxicidade nas
linhagens de câncer. Entre os venenos, Bothrops brazili e Brothops marajiensis se mostraram mais promissores para futuros estudos de composição do veneno, pois apresentaram redução tanto em células leucêmicas Bcr-Abl+ como em células que não apresenta esta mutação. A CB-PLA2 mostrou potencial citotóxico tanto em células leucêmicas quanto em câncer de mama. Quando encapsulada em lipossomos, esse peptídeo mostrou-se altamente tóxico para células de câncer de mama.