Banca de QUALIFICAÇÃO: ALMIR ANTONIO BEZERRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: ALMIR ANTONIO BEZERRA
DATA : 17/10/2025
LOCAL: Sala virtual do CAA
TÍTULO:

TRAÇOS E DOBRAS DE POLÍTICAS CURRICULARES NOS MOVIMENTOS DE TRADUÇÕES EM ESCOLA DE ENSINO MÉDIO EM TEMPO INTEGRAL NO AGRESTE DE PERNAMBUCO

 


PALAVRAS-CHAVES:

Políticas Curriculares; Ensino Médio; Desconstrução; Traços; Dobras/criação.

 


PÁGINAS: 214
RESUMO:

Partindo do questionamento de quais traços e dobras nas traduções curriculares são
perceptíveis e seus sentidos no âmbito do Ensino Médio em escolas no Agreste de Pernambuco,
essa pesquisa se inscreve nos debates das políticas curriculares. Nesse sentido, toma-se traços
como linhas que tocam sentidos da racionalidade neoliberal e dobras como movimentos de
desvios, de criações, de (des)construção, permeados por rastros. Nessa direção, elegeu-se como
objetivo geral de pesquisa, compreender traços e dobras de políticas curriculares nos
movimentos de traduções em escola de Ensino Médio em tempo Integral no Agreste de
Pernambuco. Nessa direção, estabelecemos como objetivos específicos problematizar
discursividades de políticas curriculares no âmbito do Ensino Médio no tange a traços presentes
na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) enquanto uma herança-disputa em aberto;
explorar sentidos de políticas curriculares no tocante ao Currículo de Pernambuco, um arquivo
que guarda e localiza uma promessa de futuro para o Ensino Médio como uma dobra da BNCC;
analisar movimentos de traduções de políticas curriculares no âmbito do Ensino Médio em
escolas em tempo integral localizadas no Agreste de Pernambuco e mapear recorrências e
insurgências, que denotam conservação de uma racionalidade e rompimento nas políticas
curriculares observáveis em escolas em tempo integral do Agreste. Enquanto movimento
teórico-metodológico, tomamos como inspirações teóricas perspectivas pós-fundacional a
partir do pensamento de Jacques Derrida (1967; 1994; 2001a; 2002; 2004; 2005), assim como
estudos de cunho pós-estruturalista de Ernesto Laclau e Chantal Mouffe (2015) e pós-marxista
de Wendy Brown (2028;2019), Pierre Dardot, Christian Laval (2016; 2019; 2020) e Vladimir
Safatle (2018; 2022; 2023). Sendo assim, movemo-nos a partir de um pensamento
desconstrucionista, onde as políticas curriculares são dobras/criações dadas em decisões
políticas. São discursos desconstrucionistas, que perturbam e negam a ordem imposta, mas sem
perderem rastros (espécie de reanimação de vínculo perdido). Nessa direção, filiamo-nos
também a Teoria do Discurso como lente que nos permite olhar e compreender parcialmente os
jogos nos traços e dobras dessas políticas curriculares no âmbito do Ensino Médio a partir de
identificação de significantes, que se articulam e alteram a ordem vigente (a racionalidade
neoliberal), por meio da tradução/criação/dobras, visto que as políticas curriculares são sempre
instáveis, contaminadas pelo antagonismo, pela precariedade e pela contingência. No aspecto
metodológico, analisemos a Base Nacional Comum Curricular (Brasil, 2017a), a política
nacional regulamentada pela Lei no 14.945/2024 (Brasil, 2024c), o Currículo de Pernambuco
(Pernambuco, 2021), entendido como um arquivo que “guarda, põe em reserva, economiza [...]
fazendo a lei (nomos) ou fazendo respeitar a lei” (Derrida, 2001a, p.17); sendo o que se sabe, o
que “imediatamente se abre para e resiste à experiência” (Derrida, 2004, p. 100, grifos do autor)
nos cruzamentos (traduções) entre a lei e as singularidades, interpelações contextuais, como
também utilização de questionário, entrevista e diário de campo na perspectiva de perceber
dobras nos movimentos de traduções de políticas nas escolas, que não são apenas espaços de
recepção de políticas, mas de criação a partir de demandas/insurgências contextuais. Nessa
direção, temos como tese a ideia de que mesmo diante de sintagmas como Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), Currículo de Pernambuco e reforma do Ensino Médio (Lei no
14.945/2024), instrumentos político-normativos, que visam forjar uma ordem social, arquivos

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que guardam e põem em reserva uma racionalidade (Derrida, 2001a; 2010; Brown, 2018; 2019),
há desdobramentos deles, uma vez que ao mesmo tempo que essas políticas tocam sentidos da
racionalidade neoliberal, conservando seus sentidos, existem desvios, criações,
(des)construções de outras políticas no âmbito do Ensino Médio em Escolas do Agreste de
Pernambuco.

 

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo ao Programa - 2331083 - ALEXANDRE SIMAO DE FREITAS - nullExterna à Instituição - ANA PRISCILA DE LIMA ARAÚJO AZEVÊDO
Interna - 1328163 - CARLA PATRICIA ACIOLI LINS GUARANA
Presidente - 1651275 - LUCINALVA ANDRADE ATAIDE DE ALMEIDA
Externo à Instituição - RAFAEL FERREIRA DE SOUZA HONORATO
Notícia cadastrada em: 16/10/2025 16:17
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