CARTOGRAFANDO OS DIZERES, OS FAZERES, OS APRENDERES E AS
EXPERIÊNCIAS PRODUZIDOS E VIVENCIADOS PELAS CRIANÇAS E
PROFESSORES NO CURRÍCULO ORGANIZADO EM CAMPOS DE
EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: das prescrições às irrupções e acontecimentos.
Infância; Educação Infantil; Currículo em Campos de Experiência
O que pode nos dar a pensar a infância no espaço-tempo da Educação Infantil no
contexto do currículo organizado em campos de experiência? Que encontros se fazem
presentes entre as experiências de crianças e professores nesse contexto? Que
experiências, irrupções, dizeres, fazeres e aprenderes são produzidos, inventados e
experienciados pelos professores e as crianças, enquanto micropolíticas tecidas no/com
o cotidiano da Educação Infantil, produzidos em meio aos códigos e as prescrições
macropolíticas do currículo? A partir desses questionamentos buscamos, em nosso
estudo, destacar a experiência da infância dentro do espaço-tempo da Educação Infantil,
no contexto da Pré-Escola, nas vivências dos professores e crianças dentro do currículo
organizado em campos de experiência. Nessa perspectiva nossa pesquisa passa pelo
acompanhamento de processos, dentro das vivências dos professores e crianças em um
CMEI do município de Toritama, no agreste de Pernambuco, assim adotamos uma
metodologia qualitativa de inspiração cartográfica (ROLNIK, 2017). Como
procedimentos para a produção dos nossos dados optamos pela conversa (SILVA;
RIBETTO, 2019) e a observação e registro em diário de campo (BARROS; KASTRUP,
2015), de modo a permitir o acompanhar dos processos, encontros e construções de
significados vivenciados nas vivências experienciadas dentro da realidade que
pesquisamos. Para fundamentar nosso estudo, dentre outros autores, nos apoiamos em
Kohan (2007, 2010, 2020), Skliar (2018), Larrosa (2002, 2006), Masschelein e Simons
(2014) Abramowicz, Lovcovitz e Rodrigues (2009), Kramer e Nunes (2007), Corazza
(2016) e Campos e Barbosa (2015). Assim nosso estudo se volta para a infância dentro
dos encontros com a infância que se fazem presentes na vivência dos professores e
crianças no espaço-tempo da Pré-escola, visando vislumbrar os dizeres, fazeres,
aprenderes, experiência, irrupções e linhas de fuga que são construídas nesse, dentro das
vivências desses sujeitos.