PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ENFRENTAMENTO AO RACISMO, COM VISTAS AO ANTIRRACISMO DE PROFESSORES(AS) INICIANTES E EXPERIENTES DA EDUCAÇÃO BÁSICA DAS REDES PÚBLICAS MUNICIPAIS DO INTERIO PERNAMBUCANO
Racismo. Enfrentamento ao racismo. Práticas pedagógicas antirracistas.
Professores(as) da educação básica. Professores(as) iniciantes e experientes
Esta pesquisa, desenvolvida no Programa de Pós-graduação em Educação Contemporânea-
PPGEduC, linha 2 Docência e Ensino e Aprendizagem, toma como objeto de estudo as práticas
pedagógicas de professores(as) iniciantes e experientes para o enfrentamento ao racismo, numa
perspectiva antirracista. Problema de pesquisa: quais as contribuições das práticas
pedagógicas de professores(as) iniciantes e experientes no enfrentamento do racismo, numa
perspectiva antirracista, em escolas públicas do interior de Pernambuco? Objetivo geral:
Analisar as contribuições das práticas pedagógicas de professores(as) iniciantes e experientes
no enfrentamento do racismo, numa perspectiva antirracista. Para fundamentar a pesquisa, foi
discutido o racismo em Moura (1994b); Almeida (2021) e Moreira (2019); práticas pedagógicas
antirracistas em Cavalleiro (2001, 2005); e Gomes e Jesus (2013); para conceituar
professores(as) da educação básica, Freire (2004), Gatti (2010, 2012, 2019), Tardif e Nunez
(2018) e Fernandes (2020); professores(as) iniciantes e experientes, Tardif (2002, 2013);
Garcia (2010), Príncepe e André (2019), Gouveia (2020), Reali et al. (2008), Sousa (2015) e
Souza et al. (2018). O caminho metodológico fundamenta-se na abordagem qualitativa, em
André (1983, 2005) e Lüdke e André (2018). Foram eleitos como participantes 18
professores(as) de 11 escolas municipais de Caruaru-PE e Bonito-PE. Com relação aos
procedimentos e instrumentos de produção de dados que respondem aos objetivos específicos,
foi utilizada análise documental em Lüdke e André (2018) e Severino (2013); questionário por
meio de Lakatos e Marconi (2003); grupo de discussão em Weller (2006); Meinerz (2011) e
Gouveia (2020); além das rodas de diálogo numa perspectiva reflexiva, com base em Silva, M.
B da, (2023); Freire (1980; 2004). Os dados serão tratados de acordo com a análise de prosa,
segundo André (1983). Os resultados revelam que os “princípios orientadores das práticas
pedagógicas antirracistas no contexto escolar”, estão na promoção e valorização dos(as)
africanos(as) e do(a) afro-brasileiro(a), no fortalecimento dos mecanismos de acompanhamento
às vítimas de racismo, o que contribui para feituras de práticas antirracistas em sala de aula.
No que se refere aos “indícios de temáticas que emergem na escola e evidenciam possibilidades
de enfrentamento do racismo”, foram identificados a consciência e os atos opostos ao racismo,
formas de trabalhar o enfrentamento a esse antagonismo e o respeito à diferença. Quanto às
“necessidades formativas de professores(as) iniciantes e experientes para construção de práticas
pedagógicas antirracistas”, evidenciam-se as demandas de espaços formativos e a
materialização de processos formativos, numa perspectiva antirracista, entre outras. Com
relação a “subsidiar os(as) professores(as) iniciantes e experientes nas práticas pedagógicas do
enfrentamento ao racismo, com vistas ao antirracismo”, foi tratado do reconhecimento das
temáticas como racismo, enfrentamento ao racismo e antirracismo, e as violências produzidas
pelo racismo. As contribuições dos(as) professores(as) no enfrentamento ao racismo se dão
através das rodas de diálogo, na busca de valorizar e promover os artefatos culturais dos(as)
afro-brasileiros(as) e africanos(as), a partir do trabalho com a boneca Abayomi, os provérbios
africanos, as religiões de matrizes africanas, ainda que seja esporadicamente, quando se
manifesta o racismo na escola.