NARRATIVAS ESCREVIVIDAS E TRANSGRESSOES FORMATIVAS: A EXPERIENCIA PEDAGOGICA DO QUILOMBANDO
autoetnografia; decolonialidade; diários de campo; memória;
Nesta pesquisa desejei investigar a relação entre narrativas escritas e a transgressão
formativa, com foco na experiência do e no QUILOMBANDO como um movimento
decolonial, uma autoetnografia de pesquisa e memória. Como as memórias podem contribuir
na construção de práticas educacionais decoloniais? Esta foi a pergunta orientadora. Para
respondê-la utilizei dos meus diários de campo como fontes primárias para desenhar como a
memória pode ser ferramenta de resistência e descolonização. Desafiando desse lugar que
tradicionalmente desconsidera saberes ancestrais e constrói margens na construção do
conhecimento, perpetuando uma perspectiva eurocêntrica. Através da autoetnografia, que
valoriza a experiência vivida e a memória, o estudo busca construir a resposta do mover e seu
potencial decolonial para promover uma educação que valorize a diversidade epistêmica.
Busquei destacar a importância da memória, da experiência, do afeto e da troca de saberes na
construção de uma educação decolonial, enfatizando a necessidade de reconhecer e valorizar
as narrativas de vivências. A opção pela primeira pessoa do singular na escrita do texto é
parte do fazer decolonial investigativo.