Banca de DEFESA: THIAGO DA SILVA BARBOSA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: THIAGO DA SILVA BARBOSA
DATA : 29/05/2025
HORA: 14:00
LOCAL: pelo Meet (https://meet.google.com/oqm-mzds-vyt)
TÍTULO:

UM ESPELHO, UMA CONCHA E UM SACOLÉ DE ÁGUA: CINEMA DE PERNAMBUCO, ENSINO DE HISTÓRIA E A EXPERIÊNCIA DO VER-FAZER.


PALAVRAS-CHAVES:

cinema de Pernambuco, dispositivos de cinema, ensino de História, experiência.


PÁGINAS: 154
RESUMO:

Resumo: Este trabalho propõe o cinema produzido em Pernambuco como linguagem que, ao alcance do ensino de História, figura como meio para partilha e criação visual voltada à aprendizagem, delineando temas e cenários presentes em algumas produções da nossa cinematografia para o debate, em sala de aula, de questões do tempo presente (Lohn, 2019). Tem como principal objetivo pensar ações e estratégias para ver e fazer cinema nas aulas de História a partir do cinema de Pernambuco como possibilidade pedagógica de abertura ao sensível e construção de conhecimentos históricos pautados pela experiência, entendida esta a partir do que Larrosa (2022) constrói como um não-conceito. Ao sondar a linguagem do cinema como espaço de partilha de experiências estético-visuais que se dá pelo contato com a cidade, busca compreender de que modo as experiências
individuais e coletivas podem fundamentar a construção de saberes sensíveis sobre o espaço urbano, refletindo sobre o nosso lugar e as relações que estabelecemos com ele e os outros, reorganizando política e esteticamente o sistema de divisa daquilo o que é dado a sentir no mundo (Rancière, 2005). Investiga de que maneira o cinema, para além de sua função tradicional, pode configurar-se como espaço inventivo de novas imagens e narrativas históricas (White, 2001) a partir de dois movimentos fundamentais para a prática de um cinema que se aproxime de um ato de criação (Deleuze, 1999): o ver e o fazer. Ver/fazer o espaço urbano como lugar que habitamos, mas também como criação e invenção visual daquilo que imaginamos dele, num processo de feitura e refeitura de imagens que nascem como intervenção criativa no mundo a partir de dispositivos de criação, conceito discutido por Migliorin (2016) como estratégias capazes de ativar o real para a criação de novas imagens no mundo. Partindo do pressuposto de que ver e fazer filmes participam do mesmo processo criativo-imagético que produz espectadores e criadores de cinema (Bergala, 2008), e de que o trabalho com o cinema na escola não pode ser concebido sem a experiência do fazer, a metodologia seguida incluiu uma curadoria que buscou no acervo filmográfico da Cinemateca Pernambucana Jota Soares olhares para a cidade – do Recife e seus arredores – em forma de filmes produzidos pela segunda geração pós retomada do cinema contemporâneo local. Justifica-se este critério de escolha pela aproximação temática de tais obras com algumas questões do nosso tempo, assim como pelos aspectos que comungam entre si e as fazem ser reconhecidas como um conjunto cujas concepções se distanciam do cinema hegemônico produzido no eixo Rio-São Paulo: independência criativa, liberdade produtiva, diversidade estilística, autoralidade, e auto-referencialidade. As obras fílmicas selecionadas compuseram as sessões de exibição com turmas do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Oscar Moura, rede pública do município do Jaboatão dos Guararapes, nos anos de 2023 e 2024, como operação do olhar para desnaturalizar o filme como verdade pronta e acabada sobre uma dada realidade, possível de ser pensado criativamente através do exercício ver-rever-transver (Fresquet, 2020). Essas sessões inspiraram a criação de pequenos filmes realizados por meio de dispositivos exibidos como forma de partilhar visualidades e impressões sensíveis acerca de suas imagens, também como espaço de reflexão a partir de temas transversais/integradores elencados no referencial curricular do município. O trabalho desenvolvido pode sugerir caminhos a serem trilhados onde aprender e ensinar História através do cinema não se reduz à assimilação tecnicista de conhecimentos a serviço de uma educação pautada em transmitir e adquirir habilidades. Ademais, como proposição pedagógica que reúne as discussões e ações aqui desenvolvidas, registra e compartilha em um catálogo digital as atividades vivenciadas na escola como estímulos criativos aos educadores e educadoras de História, um convite à multiplicação e re-invenção dos caminhos do cinema aqui propostos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2228667 - MARIA THEREZA DIDIER DE MORAES
Interno - ***.141.534-** - GUSTAVO MANOEL DA SILVA GOMES - UFAL
Interna - ***.201.074-** - LÚCIA FALCÃO BARBOSA - UFPE
Externa ao Programa - 1030666 - AMANDA MANSUR CUSTODIO NOGUEIRA - UFPE
Notícia cadastrada em: 22/05/2025 08:32
SIGAA | Superintendência de Tecnologia da Informação (STI-UFPE) - (81) 2126-7777 | Copyright © 2006-2025 - UFRN - sigaa06.ufpe.br.sigaa06