Banca de QUALIFICAÇÃO: TACIANA SALES DE OLIVEIRA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TACIANA SALES DE OLIVEIRA
DATA : 17/12/2025
LOCAL: remotoi
TÍTULO:

TERRITORIALIDADE E DIREITOS - DESAFIOS NA CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE QUILOMBOLA EM ANGELIM/PE


PALAVRAS-CHAVES:

Tedrritorialidade, Anglim, Castainho, Quilombolas, Territorialização


PÁGINAS: 110
RESUMO:

A tese analisa os desafios e as possibilidades das comunidades quilombolas de Chapéu de Palha e Poço de Boi, localizadas na zona rural da cidade de Angelim, no agreste pernambucano, a 217 km da capital, Recife, diante de sua peculiaridade territorial marcada pela fragmentação. Esse fenômeno, pode influenciar diretamente na construção identitária e na luta de direitos dessas comunidades, ou seja, na sua territorialização. Para isso, utilizo como referência as comunidades quilombolas do Castainho e Timbó, ambas localizadas na cidade de Garanhuns, a aproximadamente 25km de distância da cidade lócus da pesquisa. As comunidades acima citadas foram reconhecidas como quilombos pela Fundação Cultural Palmares em 20 de novembro de 2023[1]. Suas trajetórias históricas estão interligadas ao Sítio Santa Rita, localizado no município de São João[2], onde antigamente residiam em terras de terceiros, em troca de moradia e trabalho. Com o passar dos anos, as famílias foram migrando para diferentes sítios, diante da redução das oportunidades de trabalho nas antigas fazendas da região, em busca de melhores condições de vida. Atualmente, as famílias vivem espalhadas por diversos sítios do município. Algumas residem em terras pertencentes aos patrões, outras, em pequenos lotes de até 5 hectares, onde estão estabelecidos o patriarca (vivo ou falecido), seus filhos, noras, genros e netos, morando na mesma residência ou em diferentes casas dentro do mesmo território, adquirido por compra, herança ou posse concedida. A discussão sobre a temática territorial quando se fala sobre quilombos é um ponto bastante discutido. De acordo com Raffestin (2009), o território é resultado da junção entre o espaço (matéria-prima) e a produção resultante da ação social humana. Portanto, espaço e território não são sinônimos. Esse pensamento também é defendido por Souza (2009), que complementa afirmando que um território se dá a partir das relações de poder, as quais se expressam na capacidade de estabelecer e fazer cumprir normas. Dessa maneira, esta tese discute territorilaidade como resultante de todas as dimensões das relações sociais historicamente desenvolvidas que acontecem num determinado espaço geográfico, sendo isso o processo de territorialização (Raffestin, 2009). E que, de acordo com Haesbarert (2014), a territorialidade é fruto de processos que envolvem e constroem a identificação, pertencimento e poder do indivíduo sobre seu território, representado pelas suas práticas culturais. Assim, para que um espaço se torne um território, será necessário que se estabeleça relações de poder (interna e externo), a identidade, o pertencimento e o controle sobre esse espaço. Sendo esses os elementos do processo territorialização e, quando esse território for estabelecido, esses passam a integrar a territorialidade.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1311347 - RENATO AMRAM ATHIAS
Interna - ***.120.784-** - VÂNIA FIALHO - UFPE
Externo à Instituição - JOÃO ROBERTO BORT JUNIOR - UNICAMP
Notícia cadastrada em: 15/12/2025 15:33
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