Banca de DEFESA: RAONI NERI DA SILVA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: RAONI NERI DA SILVA
DATA : 04/11/2024
HORA: 14:00
LOCAL: REMOTO
TÍTULO:

A RELIGIÃO E O PÚBLICO: mobilização das religiões de matriz afro-indo-brasileiras no sistema de justiça


PALAVRAS-CHAVES:

Religiões afro-indo-brasileiras; Esfera Pública; Judicialização; Comunidades Emocionais.


PÁGINAS: 200
RESUMO:

O presente trabalho se estrutura no bojo das eleições presidenciais de 2018, a crescente tensão política e social me fez
refletir acerca das formas de mobilização empregadas pelos adeptos das religiões afro-indo-brasileiras. Como essas
religiões historicamente se colocam no debate público? Quais são suas estratégias, formas, procedimentos e afins para
reivindicar seus direitos e lutar contra o racismo? Qual seria o papel das instituições de justiça e seus agentes neste
processo? Quais categorias são utilizadas para produzir os laços de reconhecimento entre os diferentes grupos e
indivíduos? Essas foram algumas das questões que mobilizaram minhas reflexões e as quais tento responder neste
trabalho. Para isso, lanço mão do trabalho de campo no desencadear do processo etnográfico, o qual estende-se do ano
de 2018 até meados de 2023. O trabalho então é pensado a partir de três eixos principais. O primeiro, é intitulado “O
Afro-Indo-Brasileiro e a Esfera Pública” e tem por objetivo refletir acerca da presença das religiões afro-indo-brasileiras
na esfera pública, trazendo um apanhado histórico sobre os elementos que influenciaram na construção da esfera pública
brasileira. É partindo deste contexto que construo um panorama a respeito dos estudos que pensaram a presença pública
dessas religiões. Sigo então para a produção de um esboço de classificação dessas formas de presença. Concluindo a
primeira parte com uma discussão a respeito dos tensionamentos do Campo Jurídico e a abordagem bourdieusiana,
pensando nos limites e possibilidades empíricas do conceito. No segundo eixo, intitulado “Judicialização", passo por
uma debate mais amplo sobre a judicialização como parte de um processo mais geral de formação e transformação dos
sentidos sociais do Direito. É neste capítulo também onde tento mostrar como as articulações pelo e no Direito,
envolvem o lugar ocupado por pessoas que, a partir de sua trajetória e compreensão sobre o papel das instituições, se
tornam vetores do acesso dos grupos aos tribunais e, mais importante, à política que os rodeia. O terceiro eixo, por sua
vez, tem por objetivo discutir a construção de “comunidades emocionais” e como a noção vítima ajuda a construir uma
noção de comunidade, produzindo laços de reconhecimento entre os diferentes grupos e indivíduos.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ALOIZIO LIMA BARBOSA
Externo à Instituição - CLEONARDO GIL DE BARROS MAURICIO JUNIOR - UFRJ
Externo à Instituição - PATRÍCIO CARNEIRO ARAÚJO - UNILAB
Externo à Instituição - PEDRO HENRIQUE DE OLIVEIRA GERMANO DE LIMA - UFPE
Presidente - 435775 - ROBERTA BIVAR CARNEIRO CAMPOS
Externa à Instituição - ZULEICA DANTAS PEREIRA CAMPOS - UNICAP
Notícia cadastrada em: 18/10/2024 08:29
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