RELAÇÕES INVISÍVEIS
processo criativo, pintura, crítica de processo, complexidade, autopoiese.
Esta pesquisa investiga o meu processo criativo entre os anos de 2024 e 2025. Por meio
da análise de pinturas, textos, esboços e rastros do processo, são investigadas as redes
invisíveis que atravessam a prática artística. A metodologia combina a documentação do
ateliê com fundamentos da Crítica de Processo e teorias da complexidade (Morin) e
autopoiese (Maturana & Varela). Esta abordagem permite compreender a criação artística
como um sistema dinâmico e relacional, no qual cada gesto – consciente ou acidental –
ativa novas conexões e sentidos. As obras são entendidas não como fins em si, mas
como fragmentos de um processo maior, que inclui hesitações, repetições, desvios e
silêncios. Ao deslocar o foco do produto final para os vestígios do fazer, a pesquisa revela
como a poética se constrói em camadas visíveis e invisíveis. Assim, esta investigação
não busca respostas definitivas, mas aposta nas perguntas que emergem do próprio ato
de criar, reconhecendo a prática artística como um modo de conhecimento sensível e em
constante transformação.