EFEITO DO CONSUMO PERINATAL DA DIETA RICA EM ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS E ÔMEGA-3 SOBRE MARCADORES SÉRICOS, INFLAMATÓRIOS E MORFOLÓGICOS EM TECIDO HEPÁTICO E ADIPOSO DA PROLE DE RATOS
Ômega-3; Bioquímica; Histologia; Fígado; Tecido Adiposo.
Devido às grandes mudanças alimentares decorrente da transição nutricional é evidente a crescente predominância de distúrbios metabólicos decorrentes da má alimentação. Este fato também pode se relacionar com a alta ingestão de alimentos ricos em ácidos graxos saturados (AGS). Por outro lado, é mostrado através de evidências científicas que o ômega-3 (ω3) é capaz de atenuar os processos deletérios relacionados a esse tipo de alimentação. Nesse sentido, hipotetizamos que o enriquecimento do ômega-3 na dieta hiperlipídica é capaz de atenuar prejuízos metabólicos trazidos por essa dieta e consequentemente prevenir doenças cardiometabólicas. Objetivamos avaliar os efeitos da dieta materna com alto teor em AGS e na dieta com alto teor em AGS enriquecida com ω3 durante a gestação e lactação sobre o perfil murinométrico, metabólico e inflamatório da prole de ratos. Ratas Wistar foram separadas em 3 grupos C (Controle, 19% de lipídeos), HL (Hiperlipídica, 33% de lipídeos), Hlω3 (Hiperlipídica enriquecida com ômega-3, 33% de lipídeos e Eω3). Para avaliação foram feitas na prole as medidas murinométricas, o peso dos órgãos (Fígado e Tecidos adiposos Epididimal, mesentérico, Retroperitoneal e subcutâneo), a bioquímica e a histologia do fígado e tecido adiposo epididimal. Será feito a avaliação da expressão gênica por rt-PCR de marcadores inflamatórios e contagem de NF- kB também no fígado e tecido adiposo. A análise de normalidade foi realizada pelo teste de Kolmogorov-Smirnov, os grupos foram comparados com a ANOVA One-Way, seguido do pós-teste de Bonferroni. O nível de significância foi considerado quando p<0,05. Os protocolos foram aprovados pelo CEUA de no 23076.049500/2016-37. Foi observado resultados obtidos referentes a murinometria, onde nas idades iniciais os animais apresentaram aumento de peso, de circunferência abdominal e cumprimento naso-anal, já no peso dos orgãos não foi possível observar diferenças entre os grupos. Na bioquímica foi mostrado que nos dias analisados houve uma maior incidência de aumento dos níveis lipêmicos, glicose e transaminases hepáticas no grupo HL, do contrário aconteceu com o grupo enriquecido com ômega-3, onde foi apresentado redução de tais níveis, equiparando-se ao grupo controle. Diante da histologia as contagens mostraram que à nível microscópico que os hepatócitos se mostraram em maior quantidade no grupo enriquecido com ômega-3, mas por outro lado o grupo HL apresentou aumento da quantidade de células binucleadas, na área dos hepatócitos e também na contagem das células de Kupffer, mostrando os efeitos deletérios deste tipo de dieta e o efeito protetor do ômega-3 frente à tais problemas.