MACROALGAS DO LITORAL PERNAMBUCANOS: Do extrato bruto a caracterização e atividades dos fitoquímicos destinados a aplicações biotecnológicas.
algas, inseticida, Aedes aegypti, metabólitos, migração celular.
As algas marinhas são fontes de metabólitos naturais bem diversificados permitem desempenhar uma variedade de atividades biológicas, que podem ser usadas para a obtenção de novas formulações de produtos naturais com aplicações biotecnológicas e serem alternativas para a resolução de problemas de saúde pública. Este estudo identificou os principais metabólitos presentes nas macroalgas Sargassum vulgare, Alsidium triquetrum e Caulerpa racemosa do litoral de Pernambuco por meio de diferentes técnicas como, colorimétrica, espectrométricas Uv-vis, infravermelho - FTIR e cromatográfica - LCMS e avaliou citotoxicidade in vitro dos extratos SA, SH, SE, AA, AH, AE, CA, CH e CE. O potencial inseticida foi avaliado sobre o Aedes aegypti, observando os efeitos tóxicos provocados pelos extratos nas larvas, por meio da análise da morfologia externa e da atividade da amilase, tripsina e acetilcolinesterase nas larvas. O efeito proliferativo celular dos extratos SA, SH, AA e AE foi avaliado por meio de teste de cicatrização in vitro bem como testes preliminares de encapsulamento e eletrofiação com extrato. Os resultados demonstraram que os extratos apresentaram metabólitos bem diversificados como clorofila, aminoácidos, ácidos graxos, flavonoides, carotenoides, vitamina, alcaloide, esteroide e outros, confirmados por análise cromatográficas (HPLC e LCMS) e em concordância com outras análises; como a colorimétrica de determinação de flavonoides totais, que confirmou a presença de compostos flavonólitos em todos os extratos; a análise de UV-vis mostrou bandas indicativas de presença de aminoácidos, compostos fenólicos. e clorofilas para a maiorias dos extratos; o FTIR mostrou estiramentos presença de grupos contendo OH de álcoois, fenóis e aminas primárias e secundárias, e de presença de C-H de compostos aromáticos. Os extratos das algas não apresentaram toxicidade e foram biocompatíveis com células testadas. O sinergismo dos metabólitos presentes pode estar relacionado com o potencial larvicida dos extratos contra o Aedes Aegypti que alcançaram 100 % de mortalidade em 24 horas para as amostras AE e AH e 95% e 50% de mortalidade em 48 horas para as SA e CH nos bioensaios inseticidas. O induzimento tóxico dos extratos provocou alterações nos segmentos no tórax, abdome, brânquias anais, sifão e perda cílios, além de estimularem a atividade das enzimas testadas. O efeito proliferativo celular observado nas amostras SA, SH, AA e AE, foi confirmado no pré teste de cicatrização in vitro de ranhura, observado pelo o fechamento da fenda e migração celular em 24 horas e pode estar relacionado a composição química. A liberação do extrato encapsulado com alginato de sódio foi abaixo de 40% sugerindo reajuste nos parâmetros e novos testes de liberação. A análise de FTIR do filme eletrofiado mostrou possível incorporação do extrato de alga na matriz, esses resultados sugerem que os extratos brutos das macroalgas investigadas do litoral pernambucano são fontes de novas formulações para o uso de inseticidas natural a materiais de uso biotecnológicos.