Banca de QUALIFICAÇÃO: INGRID HARMONY CABRAL DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: INGRID HARMONY CABRAL DA SILVA
DATA : 31/10/2025
LOCAL: remota, via google meet
TÍTULO:

DA INVISIBILIDADE DO DANO À DILACERAÇÃO PSÍQUICA: aspectos da violência psicológica contra a mulher no âmbito da Lei Maria da Penha em Caruaru/PE

PALAVRAS-CHAVES:

Gênero. Violência psicológica. Mulheres. Lei Maria da Penha. Direitos Humanos.

PÁGINAS: 40
RESUMO:

A violência contra a mulher é uma grave violação aos direitos humanos, e a sua matriz é composta por uma estrutura social milenar, calcada no patriarcado, no machismo e na misoginia. Perfaz-se uma modalidade de violência de gênero, e pode ser cometida na esfera pública ou privada. Esta última limita-se ao ambiente doméstico, familiar, ou qualquer relação íntima de afeto. Para o presente trabalho, é o que importará. Nesse sentido, destaca-se a Lei Maria da Penha, que prevê cinco modalidades de violência contra a mulher: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. A pesquisa ater-se-á, tão somente, à psicológica. Embora mencionada na legislação, somente no ano de 2021 fora criado um tipo penal para tal forma de agressão. Esta, por sua vez, em virtude de sua sutileza e invisibilidade de marcas, acaba por ser naturalizada e normalizada, não se enquadrando naquilo que se reputa culturalmente como violência. Ela produz consequências nefastas nas vítimas, vez que mina sua autoestima, gerando um sentimento de impotência e incapacidade. Ademais, há que se falar no elevado índice de cometimento a nível nacional, sobretudo no ano de 2023, quando figurou como a mais praticada, perdendo até para a física. Neste ínterim, tem-se como objetivo principal analisar os aspectos inerentes à ocorrência de casos de violência psicológica contra a mulher, sob uma perspectiva local, no município de Caruaru/PE. Para isso, realizar-se-á um estudo de natureza qualitativa, que terá como norte dois pressupostos: a análise documental dos dados oriundos do Centro de Referência da Mulher (CRM) e a análise das narrativas, frutos de entrevistas semiestrutradas, sob a ótica da epistemologia feminista, a fim de elencar aspectos inerentes à ocorrência da violência psicológica. Para tal, proceder-se-á a criação de categorias, por meio da Análise de Conteúdo. Ainda, far-se-á uso do Diário de Campo como ferramenta complementar. Ao final, espera-se dar concretude às práticas quase sempre invisíveis das agressões psicológicas vivenciadas pelas mulheres.

MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1999257 - BERNADETE PEREZ COELHO
Interna - ***.050.384-** - CAROLINA VALENÇA FERRAZ - PUC - SP
Externa ao Programa - 2461713 - EUDA KALIANI GOMES TEIXEIRA ROCHA - UFPE