ARQUEOLOGIA DE UMA FRONTEIRA NO MÉDIO ARAGUARI - AMAPÁ
Arqueologia Amazônica. Tecnologia Cerâmica. Fronteiras Arqueológicas. Transmissão Cultural.
O rio Araguari foi descrito pelas primeiras pesquisas
arqueológicas do Amapá como uma fronteira desabitada. Em
2013, novos achados as margens da Cachoeira Caldeirão
permitiram um questionamento sobre a fronteira proposta. A
análise da expressiva variedade de material cerâmico localizada
permitiu vislumbrar os possíveis grupos do passado que
habitaram a região. Para isso, realizamos um estudo da
tecnologia cerâmica de três sítios e testamos um possível fluxo
cultural expresso nessa materialidade. Buscamos, assim,
compreender de que forma a fronteira cultural, descrita nos
trabalhos anteriores, estava estabelecida na fronteira geográfica,
o rio Araguari. Os dados analisados indicaram um fluxo
estilístico/tecnológico com maior plasticidade que as categorias
fase e Tradição parecem comportar. Deste modo, propomos,
através da revisita a fronteira arqueológica do rio Araguari, como
um lugar de encontro, confluência de ideias, pessoas e coisas,
assim, uma zona de fronteira.