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Dissertações |
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RAVENA BARBOSA MACHADO DE SOUZA
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SALVAGUARDANDO UM ACERVO: Diagnóstico de Conservação e Documentação de Vestígios Metálicos do Sítio Cruz do Patrão, Recife-PE
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Orientador : ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS
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HENRY SOCRATES LAVALLE SULLASI
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NEUVANIA CURTY GHETTI
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Data: 25/02/2022
Ata de defesa assinada:
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A salvaguarda do patrimônio arqueológico requer uma série de esforços interligados e complementares que envolvem a conservação e documentação de todo tipo possível de informação presente nos vestígios arqueológicos. As pesquisas arqueológicas objetivam entender aspectos sociais da humanidade a partir de sua cultura material e os estudos de conservação buscam identificar meios que retardem ou minimizem o processo natural de degradação e, consequentemente, a perda das informações contidas nesses vestígios. Para a conservação de acervos arqueológicos, ações preventivas devem ser priorizadas, visando a sua gestão, dentro de um contexto que considera ambiente, materiais, logística, equipe e capacidade de atuação. Aprimorar o processo de documentação e desenvolver diagnósticos de conservação, que mapeiam o acervo para orientar as atividades a curto, médio e longo prazo, tornam-se ações de grande importância para subsidiar a elaboração de um plano de gestão, pois são de fácil execução e os resultados obtidos contribuem sobremaneira para este fim. Nesse sentido, o objetivo geral dessa pesquisa é discutir e apresentar estratégias para a salvaguarda de peças metálicas por meio da elaboração de um protocolo de guarda. Os objetivos específicos são a caracterização, documentação e a definição do estado de conservação do acervo metálico do sítio Cruz do Patrão e a indicação de práticas para o acondicionamento, armazenamento e tratamento do material. Os métodos utilizados foram a elaboração de uma ficha de documentação para acervos metálicos e a produção de um diagnóstico de conservação do acervo metálico do sítio estudado. A partir do resultado dessas análises, articulando-os com os dados obtidos em uma revisão bibliográfica sobre os tipos de acondicionamentos e armazenamentos recomendados para acervos metálicos arqueológicos, apresentou-se um protocolo de guarda compatível com as possibilidades do Lacor/UFPE. Com isso, conclui-se que as práticas de salvaguarda abordadas nessa pesquisa apresentam resultados satisfatórios e podem ser adotadas como primeiras estratégias para se atingir o objetivo último de preservar o patrimônio arqueológico.
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A salvaguarda do patrimônio arqueológico requer uma série de esforços interligados e complementares que envolvem a conservação e documentação de todo tipo possível de informação presente nos vestígios arqueológicos. As pesquisas arqueológicas objetivam entender aspectos sociais da humanidade a partir de sua cultura material e os estudos de conservação buscam identificar meios que retardem ou minimizem o processo natural de degradação e, consequentemente, a perda das informações contidas nesses vestígios. Para a conservação de acervos arqueológicos, ações preventivas devem ser priorizadas, visando a sua gestão, dentro de um contexto que considera ambiente, materiais, logística, equipe e capacidade de atuação. Aprimorar o processo de documentação e desenvolver diagnósticos de conservação, que mapeiam o acervo para orientar as atividades a curto, médio e longo prazo, tornam-se ações de grande importância para subsidiar a elaboração de um plano de gestão, pois são de fácil execução e os resultados obtidos contribuem sobremaneira para este fim. Nesse sentido, o objetivo geral dessa pesquisa é discutir e apresentar estratégias para a salvaguarda de peças metálicas por meio da elaboração de um protocolo de guarda. Os objetivos específicos são a caracterização, documentação e a definição do estado de conservação do acervo metálico do sítio Cruz do Patrão e a indicação de práticas para o acondicionamento, armazenamento e tratamento do material. Os métodos utilizados foram a elaboração de uma ficha de documentação para acervos metálicos e a produção de um diagnóstico de conservação do acervo metálico do sítio estudado. A partir do resultado dessas análises, articulando-os com os dados obtidos em uma revisão bibliográfica sobre os tipos de acondicionamentos e armazenamentos recomendados para acervos metálicos arqueológicos, apresentou-se um protocolo de guarda compatível com as possibilidades do Lacor/UFPE. Com isso, conclui-se que as práticas de salvaguarda abordadas nessa pesquisa apresentam resultados satisfatórios e podem ser adotadas como primeiras estratégias para se atingir o objetivo último de preservar o patrimônio arqueológico.
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NATALIA JULIA FELIPE DA SILVA
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O OLHAR DA ARQUEOLOGIA DA PAISAGEM SOBRE O FORTE DE SÃO FRANCISCO, RECIFE, PE, BRASIL: DO SÉCULO XVII AO XX
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Orientador : CARLOS CELESTINO RIOS E SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS CELESTINO RIOS E SOUZA
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MARCOS ANTONIO GOMES DE MATTOS DE ALBUQUERQUE
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MARILIA PERAZZO VALADARES DO AMARAL
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Data: 29/08/2022
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A presente dissertação busca contribuir com os estudos das fortificações brasileiras, a partir do viés arqueológico, se propondo a estudar os acontecimentos que resultaram na construção e modificação do formato do Forte de São Francisco, localizado na cidade do Recife, PE. Recebeu esse nome quando foi construído pelos portugueses entre os anos de 1606 e 1614. Localizado sobre os arrecifes de arenito, o forte fazia parte da paisagem avistada quando se chegava por mar para o Porto do Recife. Ele é apresentado de diversas formas em diferentes momentos da história pernambucana, fazendo aparições no Brasão do Estado de Pernambuco, no primeiro mapa e na primeira fotografia registrada no estado. Essas representações diferem bastante quando se analisa o aspecto físico do forte, pois o mesmo já foi retratado com diversos formatos. Sendo assim a pesquisa teve como objetivo analisar os processos construtivos e remodelação que aconteceram no Forte de São Francisco, associando essa formatação a funcionalidade e a utilização na paisagem. Empregando a metodologia que incluiu levantamento imagético e bibliográfico, assim como a pesquisa de campo com realização da planimetria associado à análise dos fatores geoambientais da área e que compõem a paisagem, foi possível explicar os aspectos relacionados as fases construtivas que fizeram parte desse marco pernambucano. Sendo possível constatar a base de forma hexagonal do Forte, assim como identificar as diversas funções que o mesmo desempenhou ao longo dos anos, que inclui a própria função defensiva, prisão, farol de sinalização e posto aduaneiro.
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A presente dissertação busca contribuir com os estudos das fortificações brasileiras, a partir do viés arqueológico, se propondo a estudar os acontecimentos que resultaram na construção e modificação do formato do Forte de São Francisco, localizado na cidade do Recife, PE. Recebeu esse nome quando foi construído pelos portugueses entre os anos de 1606 e 1614. Localizado sobre os arrecifes de arenito, o forte fazia parte da paisagem avistada quando se chegava por mar para o Porto do Recife. Ele é apresentado de diversas formas em diferentes momentos da história pernambucana, fazendo aparições no Brasão do Estado de Pernambuco, no primeiro mapa e na primeira fotografia registrada no estado. Essas representações diferem bastante quando se analisa o aspecto físico do forte, pois o mesmo já foi retratado com diversos formatos. Sendo assim a pesquisa teve como objetivo analisar os processos construtivos e remodelação que aconteceram no Forte de São Francisco, associando essa formatação a funcionalidade e a utilização na paisagem. Empregando a metodologia que incluiu levantamento imagético e bibliográfico, assim como a pesquisa de campo com realização da planimetria associado à análise dos fatores geoambientais da área e que compõem a paisagem, foi possível explicar os aspectos relacionados as fases construtivas que fizeram parte desse marco pernambucano.
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FERNANDA CORREIA DE ANDRADE SILVA
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MARCADORES BIOARQUEOLOGICOS DE TRAUMAS E LESÕES ÓSSEAS NOS INDIVÍDUOS DO SÍTIO PILAR RECIFE- PE: Homens de guerra?
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Orientador : SERGIO FRANCISCO SERAFIM MONTEIRO DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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CARLOS ALBERTO CUNHA MIRANDA
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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RENATO PINTO
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SERGIO FRANCISCO SERAFIM MONTEIRO DA SILVA
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Data: 02/09/2022
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Esta pesquisa apresenta uma abordagem da Bioarqueologia da violência e antropologia forense, com foco nas lesões traumáticas encontradas em esqueletos do sítio do Pilar. Descoberto durante o Projeto de Requalificação Urbanística do Pilar, no Bairro do Recife, em 2012, foi datado do início do séc. XVII. No sítio foram recuperados materiais arqueológicos diversos, inclusive esqueletos humanos, alguns com lesões. A partir desses achados ósseos, o estudo levanta o seguinte questionamento: através dos traumas observados é possível identificar se estes indivíduos participaram de conflitos? O objetivo geral desse trabalho é o estudo arqueológico, para o conhecimento do contexto de vida dessas pessoas do passado. O objetivo específico é entender o que aconteceu com esses homens através do estudo das suas lesões ósseas. A ocorrência das lesões traumáticas justifica a necessidade de identificação de suas cronologias, tipos e das categorias de instrumentos lesivos a elas associados, para a sua compreensão e interpretação. Entre 28 esqueletos, de um total de cerca de 65, 7 indivíduos apresentaram lesões observáveis nos crânios e alguns ossos. A metodologia considerou métodos e técnicas da antropologia forense e da traumatologia forense aplicados à arqueologia, onde as lesões foram analisadas de acordo com o tipo, número, localização, dimensões, se causadas em vida, durante ou após a morte e instrumentos associados; elaboração e aplicação de fichas de variáveis, com mapeamento das lesões, análise, comparação e interpretação dos possíveis tipos de instrumentos causadores das lesões. As características dos traumas indicam presença de momentos de violência interpessoal e associadas a possíveis eventos de guerra e as deposições funerárias no contexto da escavação, de indivíduos masculinos, indicam inumações duplas ou individuais ordenadas, similares as de outros cemitérios militares do período.
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Esta pesquisa apresenta uma abordagem da bioarqueologia da violência e antropologia forense, com foco nas lesões traumáticas encontradas em esqueletos do sítio do Pilar. Descoberto durante o Projeto de Requalificação Urbanística do Pilar, no Bairro do Recife, em 2012, foi datado do início do séc. XVII. No sítio foram recuperados materiais arqueológicos diversos, inclusive esqueletos humanos, alguns com lesões. A partir desses achados ósseos, o estudo levanta o seguinte questionamento: através dos traumas observados é possível identificar se estes indivíduos participaram de conflitos?O objetivo geral desse trabalho é o estudo arqueológico, para o conhecimento do contexto de vida dessas pessoas do passado. O objetivo específico é entender o que aconteceu com esses homens através do estudo das suas lesões ósseas. A ocorrência das lesões traumáticas justifica a necessidade de identificação de suas cronologias, tipos e das categorias de instrumentos lesivos a elas associados, para a sua compreensão e interpretação. Entre 28 esqueletos, de um total de cerca de 65, 7 indivíduos apresentaram lesões observáveis nos crânios e alguns ossos. A metodologia considerou parâmetros e critérios da antropologia forense e da traumatologia forense aplicados à arqueologia, onde as lesões foram analisadas de acordo com o tipo, número, localização, dimensões, se causadas em vida, durante ou após a morte e instrumentos associados; elaboração e aplicação de fichas de variáveis, com mapeamento das lesões, análise, comparação e interpretação dos possíveis tipos de instrumentos causadores das lesões. As características dos traumas indicam presença de momentos de violência interpessoal e associadas a possíveis eventos de guerra e as deposições funerárias no contexto da escavação, de indivíduos masculinos, indicam inumações duplas ou individuais ordenadas, similares as de outros cemitérios militares do período.
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LAURA CIRNE COIMBRA
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A RELAÇÃO ENTRE SÍTIO E CONTEXTO ARQUEOLÓGICO: UM ESTUDO DE CASO DA DRAGUINHA NO MAR ADJACENTE A PRAIA DE BOA VIAGEM, RECIFE – PE
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Orientador : CARLOS CELESTINO RIOS E SOUZA
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MARILIA PERAZZO VALADARES DO AMARAL
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SILVIO EDUARDO GOMES DE MELO
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Data: 05/09/2022
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A pesquisa trata do estudo de caso da Draguinha, possível carga do navio Sulamita, localizada no mar adjacente à praia da Boa Viagem, Recife, PE, a 16 metros de profundidade, nas coordenadas geográficas 08°09'303" S 034°51' 238"W, composto por partes estruturais que provavelmente compunham uma ou mais locomotivas e duas âncoras. Por meio de mergulhos não interventivos, foram observadas diferentes características de materiais associados a esses artefatos que levaram a questionamentos acerca de sua identificação e possível associação ao Sulamita. Dessa forma, este trabalho buscou identificar, por meio da Planimetria, do Registro Imagético e realizando um estudo comparado da análise tipológica das rodas, se os vestígios identificados realmente fazem parte da carga perdida do referido naufrágio. A análise dos vestígios, no entanto, não permitiu chegar a resultados conclusivos acerca da sua identificação devido à variedade de materiais identificados a área, associado a ausência do relato de carga do navio Sulamita, uma vez que não pode ser feita a confirmação de alguns dados. A materialidade presente ainda é um forte indicador de que esses artefatos são remanescentes da carga do navio Sulamita.
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A pesquisa trata do estudo de caso da possível carga do navio Sulamita, localizada no mar adjacente à praia de Boa Viagem, Recife, PE, a 16 metros de profundidade, nas coordenadas geográficas 08°09'303" S 034°51'238" W, caracterizada por partes estruturais de uma locomotiva e duas âncoras. Por meio de mergulhos não interventivos, foi possível observar diferentes vestígios materiais associados à locomotiva que levaram a questionamentos acerca da sua identificação e possível associação ao Sulamita. Dessa forma, este trabalho buscou identificar, por meio da Planimetria, do Registro Imagético e efetuando um estudo comparado da análise tipológica das rodas da locomotiva, no corte cronológico do período de 1950-1960, se os vestígios encontrados realmente fazem parte da carga perdida do referido naufrágio. Conclusão em andamento: na dependência de dados que ainda estão sendo coletados e analisados.
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DAYSE OLIVEIRA DE CARVALHO
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ARQUEOLOGIA EXPERIMENTAL: A REPRODUÇÃO DE PINTURAS RUPESTRES COMO MEIO DE REFLETIR AS TÉCNICAS
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Orientador : DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MARILIA PERAZZO VALADARES DO AMARAL
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VIVIANE MARIA CAVALCANTI DE CASTRO
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Data: 14/09/2022
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A Região Nordeste do Brasil dispõe de uma das maiores concentrações de sítios Rupestre do mundo. As diversidades temáticas e cenográficas são representativas da diversidade cultural dos grupos que primeiro ocuparam a atual região árida. No estudo das técnicas é possível estimar quais as etapas e materiais usados nas composições das pinturas. Com a aplicação da Arqueologia Experimental, a presente pesquisa tem por objetivo identificar variações técnicas na execução de pinturas rupestres. Os métodos aplicados foram a captação e caracterização das matérias-primas, escolha de aglutinantes naturais, tratamento térmico e análise microscópica das superfícies pintadas. Os resultados demonstram que a maior variedade de tons está relacionada ao aglutinante, sendo esse, principal responsável pela aderência do pigmento ao suporte. Foi possível identificar agentes primários de degradação nas tintas orgânicas, dando a possibilidade de entender quais elementos iniciam o processo de deterioração por agentes biológicos, o que, associado a capacidade do aglutinante em fixar o pigmento, garantem a longevidade das representações rupestres.
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A Região Nordeste do Brasil dispõe de uma das maiores concentrações de sítios de Arte Rupestre do mundo. Além da diversidade técnica, as diversidades temática e representativa são indicativas de variedade cultural dos grupos humanos Pré-Históricos. No estudo das técnicas é possível estimar quais as etapas e materiais usados nas composições das pinturas. Com a aplicação da Arqueologia Experimental, a presente pesquisa tem por objetivo identificar variações técnicas na execução de pinturas rupestres. Os métodos aplicados contaram com imersão teórica e construção de modelos para a recriação de tintas a partir de elementos naturais, com base em pesquisas já realizadas em outras regiões do mundo. Uma das etapas adotadas foi o tratamento térmico com a intenção de melhoramento ou variação cromática, o que permitiria relacionar a presença de ocres encontrados em contexto de estruturas de combustão presentes em diversos sítios arqueológicos. A caracterização previa seguida de análise por FRX permitiria, com base nos resultados, identificar variações técnicas nos experimentos e compor modelos comparativos para as pinturas rupestres pré-históricas. Os resultados demonstraram que não foi possível identificar diferenças entre ocre queimado e o in natura a partir da análise por FRX, ou diferenças cromáticas entre tratamentos térmicos distintos. Foi possível, porém, perceber e estimar a capacidade de fixação do pigmento e a absorção do aglutinante pelo suporte, o que influi diretamente na longevidade das pinturas rupestres.
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ANDERSON LUIZ SILVA DE OLIVEIRA
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FORMAS GRÁFICAS PINTADAS E GRAVADAS DO VALE DO CATIMBAU: SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS PRESENTES NO PLANO DE EXPRESSÃO
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Orientador : DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MARILIA PERAZZO VALADARES DO AMARAL
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VIVIANE MARIA CAVALCANTI DE CASTRO
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Data: 15/09/2022
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O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise gráfica relacionada as técnicas utilizadas e temáticas morfológicas de pinturas e gravuras rupestres localizadas em sítios arqueológicos no Parque Nacional do Catimbau, área de transição entre o Agreste e Sertão pernambucano. A região dispõe de um significativo acervo gráfico, que comporta distintas manifestações rupestres que se diferem em realizações técnicas (pinturas e gravuras), escolhas temáticas e cenográficas, de caráter reconhecível e não-reconhecível, que podem ser consideradas por sua vez, indicadores gráficos de levas ocupacionais na área ou mesmo, diferenças funcionais dentro de grupos culturais. Essa pesquisa tem por meta a identificação de semelhanças e diferenças do significante gráfico dos chamados grafismos puros presentes em dezesseis (16) sítios arqueológicos. Estando inseridos dentro do universo analítico da arte rupestre, os grafismos puros podem ser considerados como registros gráficos dotados de características visuais e morfológicas próximas a elementos abstratos e em tese não relacionados com elementos visíveis do mundo real, tal como os reconhecíveis, sua presença é identificada e catalogada nos mais variados sítios arqueológicos incluindo morfologias universais como círculos, setas, sequência de pontos. Para dar cumprimento a essa meta, foram aplicados critérios de ordem cenográfica e técnica na escolha das variáveis trabalhadas, entre elas: tamanho, forma, cor (para pinturas), profundidade (para gravuras), arranjo e disposição. A partir dos dados obtidos foi possível identificar dentro do conjunto trabalhado diferentes composições gráficas, que embora represente um mesmo conjunto de formas, apresentam tamanho e arranjos diferenciados.
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O presente trabalho tem como objetivo realizar uma análise gráfica relacionada as técnicas utilizadas e temáticas morfológicas de pinturas e gravuras rupestres localizadas em sítios arqueológicos no Parque Nacional do Catimbau, área de transição entre o Agreste e Sertão pernambucano. A região dispõe de um significativo acervo gráfico, que comporta distintas manifestações rupestres que se diferem em realizações técnicas (pinturas e gravuras), escolhas temáticas e cenográficas, de caráter reconhecível e não-reconhecível, que podem ser consideradas por sua vez, indicadores gráficos de levas ocupacionais na área ou mesmo, diferenças funcionais dentro de grupos culturais. Essa pesquisa tem por meta a identificação de semelhanças e diferenças do significante gráfico dos chamados grafismos puros presentes em dezesseis (16) sítios arqueológicos. Estando inseridos dentro do universo analítico da arte rupestre, os grafismos puros podem ser considerados como registros gráficos dotados de características visuais e morfológicas próximas a elementos abstratos e em tese não relacionados com elementos visíveis do mundo real, tal como os reconhecíveis, sua presença é identificada e catalogada nos mais variados sítios arqueológicos incluindo morfologias universais como círculos, setas, sequência de pontos. Para dar cumprimento a essa meta, foram aplicados critérios de ordem cenográfica e técnica na escolha das variáveis trabalhadas, entre elas: tamanho, forma, cor (para pinturas), profundidade (para gravuras), arranjo e disposição. A partir dos dados obtidos foi possível identificar dentro do conjunto trabalhado diferentes composições gráficas, que embora represente um mesmo conjunto de formas, apresentam tamanho e arranjos diferenciados.
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Teses |
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MARIA FERNANDA VAN ERVEN
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A CERÂMICA PINTADA TUPIGUARANI NO ESTADO DE PERNAMBUCO: questões de mudanças e continuidades entre o Litoral e o Semiárido
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Orientador : CLAUDIA ALVES DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALENCAR DE MIRANDA AMARAL
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CARLOS ALBERTO ETCHEVARNE
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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LEANDRO ELIAS CANAAN MAGESTE
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MARCOS ANTONIO GOMES DE MATTOS DE ALBUQUERQUE
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Data: 10/05/2022
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O objetivo do presente trabalho é compreender as semelhanças e as diferenças presentes na pintura da cerâmica Tupiguarani no Litoral e Semiárido de Pernambuco em uma perspectiva diacrônica. Consideramos a pintura como parte de um sistema de comunicação estilístico/funcional e os motivos pintados e gráficos como os signos que compõem a linguagem visual iconográfica dos grupos pretéritos que ocuparam o Litoral e o Semiárido Pernambucano. A metodologia utilizada consistiu na análise dos atributos presentes nas pinturas cerâmicas e na aplicação de diversos testes estatísticos averiguando as possibilidades interpretativas dos dados. Dessa forma, visando à aplicação da estrutura evolucionária darwiniana ao registro arqueológico, utilizamos os conceitos de estilo, função e transmissão cultural. Em termos práticos, os atributos funcionais seriam aqueles afetados pela seleção natural, possuindo características de desempenho que afetam a utilidade de artefatos seletivamente importantes. Por sua vez, a quantidade de variação é limitada e os traços estilísticos são definidos como seletivamente neutros, devendo demonstrar mais variação ao longo do tempo e espaço, pois não são limitados pela seleção natural. Já a Transmissão cultural consiste em um meio para compreender continuidades e mudanças, ou seja, estilo e função partindo da ideia de que as semelhanças no comportamento e nos artefatos podem ser causadas pela troca de informações utilizando-se outro mecanismo e não a genética. Ao fim, encontramos sítios do Litoral intercalados com os do Semiárido, o que nos levou a conjeturar que temos um compartilhamento de características específicas que aproximam sítios localizados em áreas fisiográficas distintas. Outrossim, encontramos agrupamentos formados por sítios exclusivamente do Litoral e também agrupamentos de sítios tão somente do Semiárido. Portanto, é possível pensar movimentos no sentido Litoral-Semiárido, o que é corroborado até o momento pelas datações disponíveis para a área.
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O objetivo do presente trabalho é compreender as semelhanças e as diferenças presentes na pintura da cerâmica Tupiguarani no Litoral e Semiárido de Pernambuco em uma perspectiva diacrônica. Consideramos a pintura como parte de um sistema de comunicação estilístico/funcional e os motivos pintados e gráficos como os signos que compõem a linguagem visual iconográfica dos grupos pretéritos que ocuparam o Litoral e o Semiárido Pernambucano. A metodologia utilizada consistiu na análise dos atributos presentes nas pinturas cerâmicas e na aplicação de diversos testes estatísticos averiguando as possibilidades interpretativas dos dados. Dessa forma, visando à aplicação da estrutura evolucionária darwiniana ao registro arqueológico, utilizamos os conceitos de estilo, função e transmissão cultural. Em termos práticos, os atributos funcionais seriam aqueles afetados pela seleção natural, possuindo características de desempenho que afetam a utilidade de artefatos seletivamente importantes. Por sua vez, a quantidade de variação é limitada e os traços estilísticos são definidos como seletivamente neutros, devendo demonstrar mais variação ao longo do tempo e espaço, pois não são limitados pela seleção natural. Já a Transmissão cultural consiste em um meio para compreender continuidades e mudanças, ou seja, estilo e função partindo da ideia de que as semelhanças no comportamento e nos artefatos podem ser causadas pela troca de informações utilizando-se outro mecanismo e não a genética. Ao fim, encontramos sítios do Litoral intercalados com os do Semiárido, o que nos levou a conjeturar que temos um compartilhamento de características específicas que aproximam sítios localizados em áreas fisiográficas distintas. Outrossim, encontramos agrupamentos formados por sítios exclusivamente do Litoral e também agrupamentos de sítios tão somente do Semiárido. Portanto, é possível pensar movimentos no sentido Litoral-Semiárido, o que é corroborado até o momento pelas datações disponíveis para a área.
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NATHALIA CRISTINY SILVA NOGUEIRA
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MOMENTOS CENOGRÁFICOS DO SÍTIO ARQUEOLÓGICO CASA SANTA: UMA ANÁLISE DAS SOBREPOSIÇÕES
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Orientador : DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MEMBROS DA BANCA :
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ANNE MARIE PESSIS
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CARLOS ALBERTO ETCHEVARNE
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MARIA GABRIELA MARTIM AVILA
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VALDECI DOS SANTOS JUNIOR
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Data: 09/09/2022
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Esta investigação propõe, através da perspectiva diacrônica, contribuir para as pesquisas sobre as pinturas rupestres situadas na área arqueológica do Seridó, a partir da identificação das camadas gráficas no painel com sobreposições gráficas do sítio Casa Santa. Para tanto, foi realizado a sistematização de um método que teve por finalidade, o ordenamento dos momentos pictóricos e a avalição das condutas humanas em relação as suas escolhas na marcação do espaço rupestre. Assim, foi proposto discutir sob a luz do conceito de território como espaço comunicativo das condutas humanas, a relação do posicionamento das imagens com as escolhas no tipo de sobreposição no suporte, em uma região que apresenta ocupação com mais de 9.000 anos B.P. Com isso, o painel foi analisado em três etapas sistemáticas: a primeira foi para a identificação do sequenciamento estratigráfico; a segunda foi para a identificação do ordenamento sincrônico, através das propriedades formais; a terceira foi para aspectos de repertório gráfico com o propósito de discutir a variabilidade das imagens. Os resultados sugeriram a existência de 4 momentos gráficos para o painel, onde os produtores demonstraram comportamento e reciclar, obliterar, de manutenção e de respeitar considerando as intersecções mínimas entre imagens pré-existentes, apresentando em cada camada características gráficas particulares através das similaridades e diferenças. Contribuindo na ampliação das investigações para as análises das propriedades formais, condutas humanas gráficas, regras de comunicação visual, construções de paisagens rupestres, composições e particularidades culturais, entre outros sob a perspectiva diacrônica.
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Esta investigação propõe, através da perspectiva diacrônica, contribuir para as pesquisas sobre as pinturas rupestres situadas na área arqueológica do Seridó, a partir da identificação das camadas gráficas no painel com sobreposições gráficas do sítio Casa Santa. Para tanto, foi realizado a sistematização de um método que teve por finalidade, o ordenamento dos momentos pictóricos e a avalição das condutas humanas em relação as suas escolhas na marcação do espaço rupestre. Assim, foi proposto discutir sob a luz do conceito de território como espaço comunicativo das condutas humanas, a relação do posicionamento das imagens com as escolhas no tipo de sobreposição no suporte, em uma região que apresenta ocupação com mais de 9.000 anos B.P. Com isso, o painel foi analisado em três etapas sistemáticas: a primeira foi para a identificação do sequenciamento estratigráfico; a segunda foi para a identificação do ordenamento sincrônico, através das propriedades formais; a terceira foi para aspectos de repertório gráfico com o propósito de discutir a variabilidade das imagens. Os resultados sugeriram a existência de 4 momentos gráficos para o painel, onde os produtores demonstraram comportamento e reciclar, obliterar, de manutenção e de respeitar considerando as intersecções mínimas entre imagens pré-existentes, apresentando em cada camada características gráficas particulares através das similaridades e diferenças. Contribuindo na ampliação das investigações para as análises das propriedades formais, condutas humanas gráficas, regras de comunicação visual, construções de paisagens rupestres, composições e particularidades culturais, entre outros sob a perspectiva diacrônica.
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ILANA ELISA CHAVES SILVA
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ORIGEM BIOGEOGRÁFICA: ESTUDO MULTI-ISOTÓPICO DE REMANESCENTES HUMANOS EXUMADOS DO CEMITÉRIO DO PILAR NO RECIFE-PE
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Orientador : SERGIO FRANCISCO SERAFIM MONTEIRO DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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SERGIO FRANCISCO SERAFIM MONTEIRO DA SILVA
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ALBERICO NOGUEIRA DE QUEIROZ
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MURILO QUINTANS RIBEIRO BASTOS
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OLIVIA ALEXANDRE DE CARVALHO
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ROBERTO VENTURA SANTOS
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Data: 12/09/2022
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Nesta pesquisa, foram realizadas análises isotópicas de carbono (δ13C), oxigênio (δ18O) e estrôncio (87Sr/86Sr) do esmalte dentário extraído de indivíduos exumados do Cemitério do Pilar, buscando observar aspectos da paleodieta e origem geográfica dos indivíduos. A partir dos dados prévios obtidos sobre o Cemitério do Pilar, indagamos se esse teria sido destinado aos integrantes da companhia das Índias Ocidentais que se estabeleceram em Recife durante a ocupação neerlandesa (1624-1654). Os resultados do δ13C da apatita, relacionados à dieta total, indicam que os 14 indivíduos teriam uma dieta predominantemente baseada em recursos com caminho fotossintético do tipo C3, adaptados à climas temperados. Sendo esse composto por arroz, trigo, cevada e tubérculos. Em relação aos valores indicativos do δ18O, a média apresentada pelas amostras humanas foi de -5,33679‰ sugerindo uma baixa probabilidade de a origem destes indivíduos ter se dado no Nordeste do Brasil. Observamos que a área de interesse histórico na Europa exibe valores entre -6,8 e -11,4‰, não sendo possível fazer uma associação entre ambos. Contudo, ponderando que as taxas de δ18O obtidas da apatita dos remanescentes humanos apresentaram uma variação considerável, entre -1,916‰ e - 7,693‰, as amostras 17, 19, 20 e 21 apresentaram valores condizentes aos observados nos Países Baixos. Através da razão entre os isótopos 87Sr /86Sr, podemos apontar que os indivíduos teriam uma origem geográfica comum e possivelmente teriam habitado regiões litorâneas durante o período da infância. Os valores mais díspares obtidos foram os das amostras treze e dezenove, sugerindo uma diversidade, mas não sugerindo uma grande dispersão geográfica do grupo. As taxas obtidas nas amostras da apatita do Pilar, oscilaram entre 0,7087‰ e 0,71075‰, intervalo este que está compreendido entre os valores obtidos no estudo do Países Baixos. O que nos permite não descartar a possibilidade desse grupo humano ser de proveniência da referida área e seu entono
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Nesta pesquisa, foram realizadas análises isotópicas de carbono (δ13C), oxigênio (δ18O) e estrôncio (87Sr/86Sr) do esmalte dentário extraído de indivíduos exumados do Cemitério do Pilar, buscando observar aspectos da paleodieta e origem geográfica dos indivíduos. A partir dos dados prévios obtidos sobre o Cemitério do Pilar, indagamos se esse teria sido destinado aos integrantes da companhia das Índias Ocidentais que se estabeleceram em Recife durante a ocupação neerlandesa (1624-1654). Os resultados do δ13C da apatita, relacionados à dieta total, indicam que os 14 indivíduos teriam uma dieta predominantemente baseada em recursos com caminho fotossintético do tipo C3, adaptados à climas temperados. Sendo esse composto por arroz, trigo, cevada e tubérculos. Em relação aos valores indicativos do δ18O, a média apresentada pelas amostras humanas foi de -5,33679‰ sugerindo uma baixa probabilidade de a origem destes indivíduos ter se dado no Nordeste do Brasil. Observamos que a área de interesse histórico na Europa exibe valores entre -6,8 e -11,4‰, não sendo possível fazer uma associação entre ambos. Contudo, ponderando que as taxas de δ18O obtidas da apatita dos remanescentes humanos apresentaram uma variação considerável, entre -1,916‰ e - 7,693‰, as amostras 17, 19, 20 e 21 apresentaram valores condizentes aos observados nos Países Baixos. Através da razão entre os isótopos 87Sr /86Sr, podemos apontar que os indivíduos teriam uma origem geográfica comum e possivelmente teriam habitado regiões litorâneas durante o período da infância. Os valores mais díspares obtidos foram os das amostras treze e dezenove, sugerindo uma diversidade, mas não sugerindo uma grande dispersão geográfica do grupo. As taxas obtidas nas amostras da apatita do Pilar, oscilaram entre 0,7087‰ e 0,71075‰, intervalo este que está compreendido entre os valores obtidos no estudo do Países Baixos. O que nos permite não descartar a possibilidade desse grupo humano ser de proveniência da referida área e seu entono
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