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Dissertações |
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ANNE CAROLINE BARBOSA DOS PASSOS
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Tecnologia Lítica Do Sítio Cuó-Rn: Um Olhar Sobre As Indústrias No
Vale Do Açu
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Orientador : DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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MEMBROS DA BANCA :
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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JULIANA DE RESENDE MACHADO
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LÍVIA DE OLIVEIRA E LUCAS
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Data: 28/02/2023
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Os materiais líticos identificados no estado do Rio Grande do Norte vêm sendo estudados desde meados da década de 1980, porém foram abordados de forma superficial e compreendidos a partir de um viés tipológico. Estudos recentes têm procurado abordar esses materiais a partir de uma perspectiva tecnológica, buscando compreender o sistema técnico de produção lítica dos grupos que habitavam a região. Partindo da necessidade de construir um conhecimento sólido acerca do material lítico identificado no território potiguar, o presente trabalho tem como objetivo contribuir com a construção desse conhecimento a partir da caracterização tecnológica da indústria lítica identificada no sítio arqueológico Cuó, localizado na microrregião do Vale do Açu, Oeste Potiguar. O sítio Cuó é compreendido enquanto um sítio de superfície, no qual o material foi identificado exposto, estando sujeito aos processos tafonomicos naturais, culturais e mistura cronológica de material. Para abordar a indústria utilizamos o método de análise tecnológico e o conceito de cadeia operatória, buscando compreender as etapas de produção presentes na indústria lítica do sítio Cuó, as técnicas de lascamento e possíveis estratégias de aquisição de matérias-primas utilizadas pelos grupos que habitavam o local. Esta pesquisa nos permitiu identificar uma indústria de instrumentos plano-convexos, baseada na debitagem de lascas e posterior façonagem unifacial, além de instrumentos retocados marginalmente produzidos a partir da debitagem de lascas pouco modificadas e instrumentos sobre blocos e seixos. Consideramos que a caracterização tecnológica do material lítico do sítio Cuó, e sua
correlação com outras pesquisas realizadas no território potiguar pode ampliar o conhecimento acerca dos modos de vida e tecnologia dos grupos pretéritos que habitavam o atual território do estado do Rio Grande do Norte.
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Os materiais líticos identificados no estado do Rio Grande do Norte vêm sendo estudados desde meados da década de 1980, porém foram abordados de forma superficial e compreendidos a partir de um viés tipológico. Estudos recentes têm procurado abordar esses materiais a partir de uma perspectiva tecnológica, buscando compreender o sistema técnico de produção lítica dos grupos que habitavam a região. Partindo da necessidade de construir um conhecimento sólido acerca do material lítico identificado no território potiguar, o presente trabalho tem como objetivo contribuir com a construção desse conhecimento a partir da caracterização tecnológica da indústria lítica identificada no sítio arqueológico Cuó, localizado na microrregião do Vale do Açu, Oeste Potiguar. O sítio Cuó é compreendido enquanto um sítio de superfície, no qual o material foi identificado exposto, estando sujeito aos processos tafonomicos naturais, culturais e mistura cronológica de material. Para abordar a indústria utilizamos o método de análise tecnológico e o conceito de cadeia operatória, buscando compreender as etapas de produção presentes na indústria lítica do sítio Cuó, as técnicas de lascamento e possíveis estratégias de aquisição de matérias-primas utilizadas pelos grupos que habitavam o local. Esta pesquisa nos permitiu identificar uma indústria de instrumentos plano-convexos, baseada na debitagem de lascas e posterior façonagem unifacial, além de instrumentos retocados marginalmente produzidos a partir da debitagem de lascas pouco modificadas e instrumentos sobre blocos e seixos. Consideramos que a caracterização tecnológica do material lítico do sítio Cuó, e sua
correlação com outras pesquisas realizadas no território potiguar pode ampliar o conhecimento acerca dos modos de vida e tecnologia dos grupos pretéritos que habitavam o atual território do estado do Rio Grande do Norte.
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LUCAS ALVES DA ROCHA
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VISUALIZAR PARA PRESERVAR: UMA PROPOSTA DE PROTOCOLO DE RECONHECIMENTO DE ESTRUTURAS EM TERRA, ATRAVÉS DO ESTUDO DO FORTE REAL DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ, PARQUE METROPOLITANO ARMANDO DE HOLANDA CAVALCANTI, PE-BRASIL.
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Orientador : HENRY SOCRATES LAVALLE SULLASI
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANO MÁRCIO DOS SANTOS
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ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS
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FERNANDO ANTONIO GUERRA DE SOUZA
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HENRY SOCRATES LAVALLE SULLASI
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Data: 09/03/2023
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Na região do município do Cabo de Santo Agostinho, PE, na área que engloba o parque metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, na área central da vila de Nazaré, entre os anos de 1632 a 1625, estabeleceu-se uma vasta fortaleza, erguida por ordem de Mathias de Albuquerque para defender o porto de Nazaré. Após a rendição em 1635, pensou-se que o forte tinha sido completamente destruído, porém será que realmente foi? O presente trabalho tem como meta a elaboração de uma proposta de protocolo para auxiliar o estudo e evidenciação do forte real de Nossa Senhora de Nazaré, considerado, segundo diversas fontes, como destruído e que não existiria nenhum vestígio acerca deste bem. A proposta foi elaborada com fontes documentais e na metodologia da arqueologia da guerra, da arquitetura e outros métodos de identificação e preservação de estruturas defensivas em terra, como é o caso desse estudo.
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Na região do município do Cabo de Santo Agostinho, PE, na área que engloba o parque metropolitano Armando de Holanda Cavalcanti, na área central da vila de Nazaré, entre os anos de 1632 a 1625, foi ocupada por uma vasta fortaleza, erguida por ordem de Mathias de Albuquerque para defender o porto de Nazaré, agora porto principal que recebi o auxílio das forças ibéricas e aliadas, pois a cidade de Olinda e seu porto, Recife, estava
sob julgo dos invasores neerlandeses. Após a rendição em 1635, pensou- se que o forte tinha sido complemente destruído, porém será que
realmente foi? O presente trabalho tem como meta, através do caso do sítio arqueológico forte real de Nossa Senhora de Nazaré (Forte de Nazaré), que muitas vezes foi considerado como totalmente arrasado, propor um protocolo para não só estudo como evidenciação em campo, através das fontes documentais e da metodologia da arqueologia da guerra, da arquitetura e outros métodos de identificação e preservação de estruturas defensiva em terra, como o caso do objeto de estudo.
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MAURILIO AMANCIO DE MORAES
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ESTUDO SISTEMÁTICO DOS PIGMENTOS NAS PINTURAS RUPESTRES DO SÍTIO TOCA BAIXÃO DO PERNA I, PARQUE NACIONAL SERRA DA CAPIVARA, PI BRASIL
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Orientador : ANNE MARIE PESSIS
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIA GABRIELA MARTIN AVILA
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ANNE MARIE PESSIS
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EUDES DE ARIMATÉA ROCHA
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Data: 12/07/2023
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As pinturas rupestres pré-históricas no Nordeste se caracterizam por uma variedade de cores, como vermelho, amarelo, preto e branco, que foram obtidas através de diferentes fontes minerais. Essas pinturas representam cenas da vida cotidiana, animais , seres humanos, e grafismos não reconhecíveis, desempenhando um papel importante na comunicação e expressão sociocultural dos grupos humanos pré-históricos. Através do trabalho sistemático, essa pesquisa busca testar a hipótese de que perfis cenográficos diferentes são constituídos por perfis técnicos diferentes. Esta hipótese é testada nas manchas gráficas presentes no único sítio do tipo abrigo que estava soterrado e foi escavado no Nordeste do Brasil, o Sítio Toca do Baixão do Perna I.
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No final do século XIX e Início do século XX, investigações arqueológicas a cerca de pigmentos utilizados em pinturas pré-históricas identificaram os primeiros componentes químicos mineralógicos sendo predominantes os óxidos de ferro e manganês que são os elementos químicos dos minerais, hematita e pirolusita nas pinturas paleolíticas de cor vermelha e preta.
Os estudos analíticos de pigmentos das pinturas rupestres têm como principal finalidade a identificação dos seus componentes químicos e mineralógicos.
A determinação das matérias-primas que foram utilizadas no processamento dos pigmentos permite conhecer as tecnologias utilizadas na sua preparação.
O estudo aqui apresentado busca expor de modo sistemico, a partir das dimensões técnicas, os parâmetros qualitativos e quantitativos da tinta utilizada na produção da arte rupestres no sítio toca baixão perna I.
Tinta é uma composição líquida pigmentada ou não, geralmente viscosa, com uma dispersão de partículas sólidas, constituídas por quatro componentes principais: o aglutinante, o solvente, o pigmento e os aditivos (Matos, 2017).
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AMANDA DE AZEVEDO CAVALCANTI TAVARES
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ORGANIZAÇÃO ESPACIAL DE UNIDADES PRODUTIVAS AGROINDUSTRIAIS: O estudo da Fazenda Mulata, Itapissuma, Pernambuco.
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Orientador : CLAUDIA ALVES DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDIA ALVES DE OLIVEIRA
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DEMETRIO DA SILVA MUTZENBERG
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MARIA DO AMPARO ALVES DE CARVALHO
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Data: 28/07/2023
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Compreende-se que a produção açucareira teve um importante papel no processo de formação territorial e econômica do Estado. Logo, o estudo de engenhos e usinas é essencial para o entendimento de parte da história industrial e agroindustrial do Estado. O patrimônio industrial abrange estudos sobre a memória do trabalho, gestão e reconhecimento de bens industriais materiais e edificados em meios urbanos e rurais. Na Arqueologia, esta área pode ser estudada a partir de relações entre aspectos da arquitetura, organização espacial e paisagem como uma forma de analisar determinado contexto social e cultural atuantes em espaços como fábricas, engenhos, usinas e fazendas. Em Itapissuma, Pernambuco, localiza-se o sítio histórico Fazenda Mulata que, possivelmente funcionou entre o final do século XIX e primeiras décadas do século XX, e que hoje preserva um significativo conjunto construtivo constituído por uma casa grande e ruínas de uma antiga unidade agrofabril. Dessa forma, esta pesquisa buscou analisar a organização espacial do sítio Fazenda Mulata, bem como esclarecer parte da historiografia da propriedade, verificando possíveis hierarquias sociais a partir da paisagem construída, bem como a recorrência de critérios de organização espacial semelhante ao contexto de antigos engenhos e propriedades rurais produtivas. Para tanto, foram efetuados levantamentos bibliográficos, documentais e atividades de campo afim de resgatar, contextualizar e evidenciar a história; transformações tecnológicas; aspectos culturais, além de características espaciais relacionadas ao sítio. Em suma, apesar de algumas lacunas informativas, estes primeiros estudos evidenciam a Fazenda Mulata como um importante remanescente agrofabril para o entendimento de parte do contexto econômico açucareiro em Pernambuco no momento de transição e transformações dos espaços fabris dos engenhos e usinas.
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Compreende-se que a produção açucareira teve um importante papel no processo de formação territorial e econômica do Estado. Dessa forma, o estudo de engenhos e usinas é essencial para o entendimento de parte da história industrial e agroindustrial do Estado. O patrimônio industrial abrange estudos sobre a memória do trabalho, gestão e reconhecimento de bens industriais materiais e edificados em meios urbanos e rurais. Na Arqueologia, esta área pode ser estudada a partir de relações entre aspectos da arquitetura, organização espacial e paisagem como uma forma de analisar determinado contexto social e cultural atuantes em espaços como fábricas, engenhos, usinas e fazendas. Logo, em Itapissuma, Pernambuco, localiza-se o sítio histórico Fazenda Mulata que contém um significativo conjunto construtivo constituído por uma casa grande e ruínas de uma antiga unidade agrofabril. Portanto, esta pesquisa buscou analisar a organização espacial do sítio Fazenda Mulata, bem como esclarecer parte da historiografia da propriedade, verificando possíveis hierarquias sociais a partir da paisagem construída, bem como a recorrência de critérios de organização espacial semelhante ao contexto de antigos engenhos e propriedades rurais produtivas. Para tanto, foram efetuados levantamentos bibliográficos, documentais e atividades de campo afim de resgatar, contextualizar e evidenciar a história; transformações tecnológicas; aspectos culturais, além de características espaciais relacionadas ao sítio. Em suma, apesar de algumas lacunas informativas, estes primeiros estudos evidenciam a Fazenda Mulata como um importante remanescente agrofabril para o entendimento de parte do contexto econômico açucareiro em Pernambuco no momento de transição e transformações dos espaços fabris dos engenhos e usinas.
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PAULO CESAR BEZERRA NERI JUNIOR
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MARCADORES DE ESTRESSE NA INTERPRETAÇÃO ARQUEOLÓGICA DAS ATIVIDADES DE TRABALHO DOS INDIVÍDUOS SEPULTADOS NO ENGENHO JAGUARIBE ABREU E LIMA-PE, SÉCS XVII-XIX
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Orientador : SERGIO FRANCISCO SERAFIM MONTEIRO DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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SERGIO FRANCISCO SERAFIM MONTEIRO DA SILVA
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DANIELA CISNEIROS SILVA MUTZENBERG
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RENATA CRISTINNY DE FARIAS CAMPINA
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OLIVIA ALEXANDRE DE CARVALHO
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Data: 30/08/2023
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Os termos marcadores de estresse ocupacional (MEO) vêm sendo
utilizado para designar conjunto de evidências potencialmente
capazes de informar acerca das solicitações biomecânicas ocorridas durante vida do individuo, principalmente as relacionadas a atividades repetitivas e cotidianas. Dessa forma, as atividades de trabalho a partir dos marcadores de estresse nos ossos humanos vêm sendo algo muito recorrente na bioarqueologia. Contudo, a construção das análises passou a ser elaborada de forma a responder, quais as formas de atividades exercidas por dois indivíduos humanos do cemitério do engenho Jaguaribe, Abreu e Lima-PE ao longo da vida sobre um contexto de produção do engenho. E essas, são demonstradas através das análises sobre os marcadores mecânico- postural, musculoesquelético, além dos desgastes degenerativos.
Para obtenção dos dados foram realizadas análises macroscópicas das superfícies articulares dos membros superiores e inferiores, assim como na superfície dos ossos para verificação das inserções musculares, obtendo resultado das possíveis ações praticadas por esses indivíduos.
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Estudo sobre as atividades de trabalho a partir dos marcadores de estresse nos ossos humanos vem sendo algo muito recorrente na bioarqueologia, principalmente em sítios arqueológicos do litoral (NEVES, 1984; KENNEDY, 1989,2000; CARVALHO, 2004; STABILE, 2017; ALMEIDA, 2013; LESSA, 2013). A contribuição da pesquisa se da a partir da premissa da lei de Wolf, onde o “tecido ósseo responde com aumento ou diminuição de sua massa em resposta as forças mecânicas sobre ela exercidas”. Dessa forma, a construção das análises passou a ser elaborada de forma a responder, quais as formas de atividades exercidas pelos indivíduos humanos ao longo da vida. E essas, são demonstradas através dos marcadores mecânico-postural, musculo- esquelético, além dos desgastes degenerativos. Para obtenção dos dados foram realizadas análises macroscópicas das superfícies articulares dos membros superiores e inferiores, assim como na superfície dos ossos para verificação das inserções musculares.
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LUCIO FLÁVIO SANTOS DE OLIVEIRA
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Fragmentos do Tempo: A Cerâmica indígena do Sítio Guaibituguçu em Japaratinga, Alagoas
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Orientador : SCOTT JOSEPH ALLEN
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDIA ALVES DE OLIVEIRA
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SCOTT JOSEPH ALLEN
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VIVIAN KARLA DE SENA
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Data: 04/09/2023
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Do litoral ao Sertão, é conhecida a presença de grupos ceramistas da dita tradição Tupiguarani no Nordeste brasileiro. No estado de Alagoas, porém, apesar de ser conhecida a presença de sítios arqueológicos com os artefatos caracterizadores destes grupos, a cerâmica de decoração policroma vermelha sobre fundo branco, poucos estudos aprofundados que caracterizem os vasilhames destes sítios existem além daqueles que falem brevemente de sua pasta e de seu tratamento de superfície. Partindo desta lacuna, este trabalho procurou caracterizar o modo de fazer cerâmica do grupo ceramista que ocupou o sítio Guaibituguçu localizado no litoral norte de Alagoas através do estudo de seu perfil cerâmico que foi associado a subtradição Tupinambá. O estudo constatou a predominância de formas abertas, de borda reforçada, pasta com antiplástico de areia média e decoração com linhas horizontais vermelhas, típicos da tradição Tupiguarani no estado. Foram consideradas a pasta,
manufatura, formas, tratamento de superfície e decoração que resultam em uma série de dados que contribuirão para compreensão das atividades do sítio e servirão de referência para demais investigações sobre grupos ceramistas no estado ainda pouquíssimo estudados.
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Do litoral ao Sertão, é conhecida a presença de grupos ceramistas da dita tradição Tupiguarani no Nordeste brasileiro. No estado de Alagoas, porém, apesar de ser conhecida a presença de sítios arqueológicos com presença da materialidade caracterizadora destes grupos, a cerâmica de decoração policroma vermelha sobre fundo branco, poucos estudos aprofundados que caracterizem os vasilhames destes sítios existem além daqueles que falem brevemente de sua pasta e de seu tratamento de superfície. Partindo desta lacuna, este trabalho procurou caracterizar o modo de fazer cerâmica do grupo ceramista que ocupou o sítio Guaibituguçu localizado no litoral norte de Alagoas através do estudo de seu perfil cerâmico que foi associado a subtradição Tupinambá. O estudo constatou a predominância de formas abertas, de borda reforçada, pasta com antiplástico de areia média e decoração com linhas horizontais vermelhas, típicos da tradição Tupiguarani no estado. Foram consideradas a pasta, manufatura, formas, tratamento de superfície e decoração que resultam em uma série de dados que contribuirão para compreensão das atividades do sítio e servirão de referência para demais investigações sobre grupos ceramistas no estado.
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FERNANDA CISNEIROS SILVA
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Arqueologia Preventiva em Pernambuco: Da Prática Arqueológica à Produção e Divulgação do Conhecimento Científico.
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Orientador : PAULO MARTIN SOUTO MAIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ALENCAR DE MIRANDA AMARAL
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BARTIRA FERRAZ BARBOSA
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PAULO MARTIN SOUTO MAIOR
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Data: 27/11/2023
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Este trabalho tem por propósito promover o debate sobre as práticas da Arqueologia Preventiva em Pernambuco, posicionando as discussões em torno dos resultados e produtos desse campo arqueológico para o desenvolvimento da pesquisa acadêmica, da divulgação científica e da Educação Patrimonial. A discussão inicial compreende, para além das normativas e instrumentações legais, e infralegais exigidas pela Arqueologia Preventiva, os debates em torno da Arqueologia Pública, como campo da Arqueologia destinado a promover o diálogo com a sociedade através de práticas colaborativas e métodos dialógicos. A discussão dos conceitos e do escopo da Arqueologia Pública, tem por enfoque as questões de preservação e gestão do patrimônio; educação e extroversão do conhecimento arqueológico. Tomando por base esses debates, a presente pesquisa partiu do questionamento: Quais os produtos de conhecimento científico e educação Patrimonial gerados, e quais critérios de avaliação foram utilizados para dar garantias que as empresas que trabalham com Arqueologia Preventiva em Pernambuco, atuem de maneira a cumprirem com os princípios da Educação Patrimonial? Para responder a essa questão foram analisados os relatórios dos projetos de Arqueologia Preventiva no estado de Pernambuco, e os produtos gerados por eles em termos científicos (artigos, monografias, dissertações e teses), e de educação e extroversão patrimonial (livretos, exposições e palestras). Ao considerar o resultado da análise dos dados, foi possível vislumbrar que o potencial socioeducativo da Arqueologia Preventiva, apesar das diretrizes e normativas aplicadas, ainda se encontra projetada com poucos produtos de benefícios públicos e científicos.
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Este trabalho tem por propósito fomentar o debate sobre as práticas da Arqueologia Preventiva em Pernambuco, posicionando as discussões em torno dos resultados e produtos desse campo arqueológico para o desenvolvimento da pesquisa acadêmica, da divulgação científica e da educação patrimonial. A discussão inicial compreende, para além das normativas e instrumentações legais e infralegais exigidos pela Arqueologia Preventiva, os debates em torno da Arqueologia Pública como campo da Arqueologia destinado a fomentar o diálogo com a sociedade através de práticas colaborativas e métodos dialógicos. Segue-se com a discussão dos conceitos e do escopo de abrangência da Arqueologia Pública, tendo por enfoque as questões de preservação e gestão do patrimônio arqueológico; e educação e extroversão patrimonial. Tomando por base essas discussões, a presente pesquisa partiu do questionamento: Quais os produtos de conhecimento científico e educação Patrimonial gerados e quais critérios de autoavaliação foram utilizados para dar garantias que as empresas que trabalham com Arqueologia Preventiva em Pernambuco atuem de maneira a cumprirem com os princípios da Educação Patrimonial? Para responder a essa questão foram analisados os relatórios dos projetos de Arqueologia Preventiva no estado de Pernambuco e os produtos gerados por eles em termos científicos (artigos, monografias, dissertações e teses) e de educação e extroversão patrimonial (livretos, exposições e palestras). Ao considerar o resultado da análise dos dados, foi possível vislumbrar que o potencial socioeducativo da Arqueologia Preventiva, apesar das diretrizes e normativas aplicadas, ainda se encontra projetada com poucos produtos de benefícios públicos e científicos.
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ANNE NOEMI FRANÇA MIRANDA
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O Estudo da tecnologia lítica do sítio arqueológico Pendências II, Vale do Açu, Rio Grande do Norte/Brasil
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Orientador : GISELE DALTRINI FELICE
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MEMBROS DA BANCA :
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GISELE DALTRINI FELICE
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JULIANA DE RESENDE MACHADO
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LÍVIA DE OLIVEIRA E LUCAS
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Data: 30/11/2023
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O sítio arqueológico Pendências II, localizado na microrregião do
Vale do Açu, município de Pendências (RN) foi identificado e resga- tado durante os trabalhos da arqueologia preventiva entre os anos de
2010 e 2011, em uma área de planície aluvial do rio Amargoso e de uma colina suave de relevo aplainado. Compreendido como um sítio arqueológico a céu aberto, multicomponencial, foram identificados e coletados em superfície e subsuperfície quantidades significativas de
materiais líticos, e em menor quantidade fragmentos cerâmicos, ví- treos e louças. Neste sentido, a presente pesquisa teve por objetivo
caracterizar tecnologicamente o conjunto lítico do sítio arqueológico
Pendências II levando também em consideração os contextos arqueo- lógicos e ambientais da área de estudo. A pesquisa buscou por meio
da análise tecnológica e do entendimento das cadeias operatórias com- preender as etapas de produção identificadas na indústria lítica do sítio
em questão. De acordo com os resultados, foi observada uma predominância de instrumentos elaborados façonados unifacialmente de suportes alongados, embora também tenham sido identificados instrumentos unifaciais pouco elaborados, instrumentos simples ou marginalmente retocados e apenas um instrumento bifacial. Através
dos estudos sistematizados na microrregião do Vale do Açu, as pers- pectivas são de que futuramente seja possível chegar a um entendi- mento sobre a tecnologia lítica dos grupos humanos que outrora habi- taram a região.
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O sítio arqueológico Pendências II localizado na microrregião do Vale do Açu, município de Pendências (RN), foi identificado e resgatado durante os trabalhos da arqueologia preventiva entre os anos de 2010 e 2011, em uma área de planície aluvial do rio Amargoso e de uma colina suave de relevo aplainado. Compreendido como um sítio arqueológico a céu aberto, multicomponencial, foram identificados e coletados em superfície e subsuperfície quantidades significativas de materiais líticos, e em menor quantidade fragmentos cerâmicos, vítreos e louças. Neste sentido, a presente pesquisa teve por objetivo caracterizar tecnologicamente o conjunto lítico do sítio arqueológico Pendências II levando também em consideração os contextos arqueológicos e ambientais da área de estudo. A pesquisa buscou por meio da análise tecnológica e do entendimento das cadeias operatórias compreender as etapas de produção identificadas na indústria lítica do sítio em questão. De acordo com os resultados, foi observada uma predominância de instrumentos façonados unifacialmente (plano-convexos), embora também tenham sido identificados instrumentos unifaciais pouco elaborados, instrumentos marginalmente retocados e apenas um instrumento bifacial. Através dos estudos sistematizados na microrregião do Vale do Açu, as perspectivas são de que futuramente seja possível chegar a um entendimento sobre a tecnologia lítica dos grupos humanos que outrora habitaram a região.
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DANIEL PIUMA DODE
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O PASSADO NA TELA: a pesquisa arqueológica como narrativa audiovisual
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Orientador : ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ALENCAR DE MIRANDA AMARAL
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ANA CATARINA PEREGRINO TORRES RAMOS
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EDUARDO GÓES NEVES
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Data: 22/12/2023
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A presente pesquisa busca ampliar o conhecimento disponível sobre a presença da arqueologia brasileira na programação audiovisual exibida no Brasil através dos principais serviços de streaming e canais de televisão e aprofundar o entendimento acerca do panorama de produção no qual estão inseridos os produtos audiovisuais em questão, além de elevar o patamar de conhecimento acerca da relação entre os arqueólogos brasileiros e a produção de conteúdo audiovisual sobre arqueologia. Através de um estudo quantitativo do conteúdo audiovisual sobre temáticas arqueológicas exibido no Brasil e de uma análise qualitativa baseada em entrevistas semiestruturadas com arqueólogos e com executivos e diretores atuantes na indústria audiovisual brasileira, buscamos aprofundar a compreensão acerca das razões pelas quais a arqueologia brasileira é tão raramente retratada em produtos audiovisuais com grande alcance de audiência. Nosso intuito último é fomentar uma relação de entendimento mútuo que seja mais produtiva entre os pesquisadores responsáveis pela produção do conhecimento
arqueológico no Brasil e os entes potencialmente capazes de produzir conteúdo audiovisual sobre tal conhecimento, bem como identificar e explorar possíveis nichos e oportunidades para a divulgação da arqueologia brasileira através de produtos audiovisuais destinados ao grande público.
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A presente pesquisa busca ampliar o conhecimento disponível sobre a presença da arqueologia brasileira na programação audiovisual exibida no Brasil através dos principais serviços de streaming e canais de televisão e aprofundar o entendimento acerca do panorama de produção no qual estão inseridos os produtos audiovisuais em questão, além de elevar o patamar de conhecimento acerca da relação entre os arqueólogos brasileiros e a produção de conteúdo audiovisual sobre arqueologia. Através de um estudo quantitativo do conteúdo audiovisual sobre temáticas arqueológicas exibido no Brasil e de uma análise qualitativa baseada em entrevistas semiestruturadas com arqueólogos e com executivos e diretores de televisão brasileiros, buscamos aprofundar a compreensão acerca das razões pelas quais a arqueologia brasileira é tão raramente retratada em produtos audiovisuais voltados para uma audiência de grande alcance, com o intuito último de fomentar uma relação de entendimento mútuo que seja mais produtiva entre os pesquisadores responsáveis pela produção do conhecimento arqueológico no Brasil e os entes potencialmente capazes de produzir conteúdo audiovisual sobre tal conhecimento, bem como identificar e explorar possíveis nichos e oportunidades para a divulgação da arqueologia brasileira através de produtos audiovisuais destinados ao grande público.
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Teses |
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LUCAS BONALD PEDROSA DE SOUZA
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Distribuição espacial dos sítios arqueológicos com grafismos rupestres na Bacia Hidrográfica do Pajeú, PE: um estudo de caso para aplicação de modelos preditivos baseados em algoritmos de aprendizagem de máquina
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Orientador : DEMETRIO DA SILVA MUTZENBERG
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MEMBROS DA BANCA :
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ALENCAR DE MIRANDA AMARAL
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DEMETRIO DA SILVA MUTZENBERG
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FRANCISCO DE ASSIS SOARES DE MATOS
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GRÉGOIRE ANDRÉ HENRI MARIE GHISLAIN VAN HAVRE
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LEONARDO GOLIATT DA FONSECA
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Data: 27/02/2023
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As análises espaciais têm um destaque nos trabalhos arqueológicos, já que são fundamentais na compreensão dos contextos e na delimitação de áreas de estudos em Arqueologia. Os sítios de grafismos rupestres vêm sendo estudados no contexto espacial, desde uma escala mais abrangente até o nível específico, fazendo com que novas hipóteses possam ser traçadas a respeitos dos grupos pré-históricos que as produziram. Ultimamente, no Nordeste brasileiro, os trabalhos têm buscado observar padrões estilísticos e técnicos nas pinturas e gravuras rupestres estudadas, de modo a tentar melhor entender a dinâmica populacional do semiárido pretérito. Esta tese terá o intuito de observar esses padrões, porém a partir de uma escala macro, buscando elementos ambientais e sociais. Para realizar tal análise, serão aqui criados os chamados modelos preditivos arqueológicos (MPA), com o intuito não só de buscar os padrões, mas também, a partir deles, encontrar novos sítios arqueológicos, usando para isso uma base de dados com localidades registradas dentro da Bacia Hidrográfica do Pajeú, em Pernambuco. A modelagem aqui proposta possui um diferencial técnico, pois serão executados modelos computacionais os quais usarão de algoritmos da aprendizagem de máquina (AM), com o intuito de fornecer respostas mais graduadas e menos enviesadas aos pesquisadores. Foram criados diversos modelos, divididos em fase pré-campo, em que se usou um produto inicial para montar as estratégias para um campo, o qual teve o intuito de testar o modelo na prática e coletar mais informações. Após isso novos modelos foram criados, já com os novos dados coletados e com a inserção de novas variáveis. Os dois modelos tiveram resultados satisfatórios quando avaliadas as métricas estatísticas e ao nos debruçarmos sobre os mapas, podemos ver áreas de alta probabilidade aparecendo como destaque, tais como a Serra do Umã, do Arapuá, Vermelha, Negra e da Baixa Verde. Para além disso, observou-se que a orientação das encostas, somada com a proximidade de áreas de grande densidade de redes de caminhos ótimos que usaram a declividade e a insolação como superfície de custo, tiveram uma importância significativa nos resultados do modelo. Por fim fica claro que o uso dos MPA contribuiu para um melhor entendimento acerca dos padrões associados aos sítios arqueológicos desta natureza, porém para se ter melhores resultados, mais informações precisam ser coletadas e inseridas a base.
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As análises espaciais têm um destaque nos trabalhos arqueológicos, já que são fundamentais na compreensão dos contextos e na delimitação de áreas de estudos em Arqueologia. Os sítios de grafismos rupestres vêm sendo estudados no contexto espacial, desde uma escala mais abrangente até o nível específico, fazendo com que novas hipóteses possam ser traçadas a respeitos dos grupos pré-históricos que as produziram. Ultimamente, no Nordeste brasileiro, os trabalhos têm buscado observar padrões estilísticos e técnicos nas pinturas e gravuras rupestres estudadas, de modo a tentar melhor entender a dinâmica populacional do semiárido pretérito. Esta tese terá o intuito de observar esses padrões, porém a partir de uma escala macro, buscando elementos ambientais e sociais. Para realizar tal análise, serão aqui criados os chamados modelos preditivos arqueológicos (MPA), com o intuito não só de buscar os padrões, mas também, a partir deles, encontrar novos sítios arqueológicos, usando para isso uma base de dados com localidades registradas dentro da Bacia Hidrográfica do Pajeú, em Pernambuco. A modelagem aqui proposta possui um diferencial técnico, pois serão executados modelos computacionais os quais usarão de algoritmos da aprendizagem de máquina (AM), com o intuito de fornecer respostas mais graduadas e menos enviesadas aos pesquisadores. Foram criados diversos modelos, divididos em fase pré-campo, em que se usou um produto inicial para montar as estratégias para um campo, o qual teve o intuito de testar o modelo na prática e coletar mais informações. Após isso novos modelos foram criados, já com os novos dados coletados e com a inserção de novas variáveis. Os dois modelos tiveram resultados satisfatórios quando avaliadas as métricas estatísticas e ao nos debruçarmos sobre os mapas, podemos ver áreas de alta probabilidade aparecendo como destaque, tais como a Serra do Umã, do Arapuá, Vermelha, Negra e da Baixa Verde. Para além disso, observou-se que a orientação das encostas, somada com a proximidade de áreas de grande densidade de redes de caminhos ótimos que usaram a declividade e a insolação como superfície de custo, tiveram uma importância significativa nos resultados do modelo. Por fim fica claro que o uso dos MPA contribuiu para um melhor entendimento acerca dos padrões associados aos sítios arqueológicos desta natureza, porém para se ter melhores resultados, mais informações precisam ser coletadas e inseridas a base.
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ANDREIA OLIVEIRA MACEDO
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O PALEOAMBIENTE E AS OCUPAÇÕES HUMANAS PRÉ-HISTÓRICAS NA REGIÃO DA SERRA DA CAPIVARA: ANÁLISE GEOARQUEOLÓGICA DOS DEPÓSITOS QUATERNÁRIOS
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Orientador : GISELE DALTRINI FELICE
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MEMBROS DA BANCA :
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ANNE MARIE PESSIS
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ANTONIO CARLOS DE BARROS CORREA
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BRUNO DE AZEVEDO CAVALCANTI TAVARES
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GISELE DALTRINI FELICE
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LEANDRO ELIAS CANAAN MAGESTE
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MARIA GABRIELA MARTIN AVILA
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Data: 15/03/2023
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A presente pesquisa propôs estudar distintos ambientes onde a presença de sedimentos depositados, de vestígios arqueológicos e de formações carbonáticas foram os elementos comuns para a escolha dos sítios arqueológicos Toca do Serrote das Moendas, Estrada da Lagoa do Aldemar e Lagoa do Porcos localizados no entorno do Parque Nacional Serra da Capivara no sudeste do Piauí. O propósito da investigação foi o de verificar a relação entre a formação dos depósitos quaternários e os registros arqueológicos em ambientes cárstico, paleodrenagem e lacustre. Utilizando diferentes escalas de análise propostas para estudos geoarqueológicos, foi possível obter dados que auxiliam na compreensão das indissociáveis dinâmicas ambiental/cultural. Verificou-se que fluxos de lama e detritos foram os principais agentes de deposição no sítio Toca do Serrote das Moendas, tendo ocorrido a ocupação humana holocênica neste sítio após o último evento desta deposição, enquanto para o sítio Estrada da Lagoa do Aldemar a ocupação também holocênica ocorre sobre a deposição do pedimento dissecado e por fim na Lagoa dos Porcos dois momentos formaram o registro arqueológico, o primeiro durante o Pleistoceno, quando em ambiente fluvial
peças líticas foram carreadas junto com ossos da paleofauna para dentro da lagoa e um segundo momento, quando após períodos de aporte de sedimentos e preenchimento da paleolagoa, eventos holocênicos pluviais e de colúvio deslocaram mais uma vez os vestígios para a porção interna e superficial da lagoa. Verificou-se ainda que nos três sítios estudados, diferentes calcretes foram formados e servem como indicativos paleoambientais.
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O estudo dos depósitos sedimentares quaternários nas áreas de entorno do Parque Nacional Serra da Capivara-PI, utilizando o enfoque da geoarqueologia, pretende auxiliar no conhecimento dos contextos ambientais e culturais e verificar os processos que influenciaram na formação dos registros arqueológicos nos ambientes cárstico, de paleodrenagem e lacustre, especificamente nos sítios Toca do Serrote das Moendas, Estrada da Lagoa do Aldemar e Lagoa dos Porcos, o que permitirá obter dados sobre os processos dinâmicos paleoambientais e as ocupação humana nestes ambientes.
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CLARA DIANA FIGUEIRÔA SANTOS
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A Moradia do Século XVII ao XIX em Pernambuco: uma proposta metodológica da arqueometria para a arqueologia da arquitetura em contribuição à conservação do patrimônio edificado
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Orientador : HENRY SOCRATES LAVALLE SULLASI
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MEMBROS DA BANCA :
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CLAUDIA ALVES DE OLIVEIRA
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FERNANDO ANTONIO GUERRA DE SOUZA
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HENRY SOCRATES LAVALLE SULLASI
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MARCOS ANTONIO GOMES DE MATTOS DE ALBUQUERQUE
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VIVIANE MARIA CAVALCANTI DE CASTRO
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Data: 11/12/2023
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A presente tese buscou discutir e apresentar os mais diversos tipos de moradia colonial em Pernambuco através de um diálogo entre as ferramentas metodológicas disponíveis a Arqueologia da Arquitetura e a Arqueometria, visando uma efetiva contribuição à Conservação do Patrimônio Edificado. Nesse sentido, foram selecionados estudos de caso em avançados processos de arruinamento e situados em zonas significativas da história do Estado, apresentando o Arqueomagnetismo como um estudo promissor na construção de uma abordagem que através das variáveis tecnológicas, estilísticas e funcionais, permita identificar câmbios operacionais nas formas de pensar e construir a moradia, os situando cronologicamente e contextualmente com os diversos momentos histórico-sociais que a região viveu. O objetivo principal desta tese foi entender quais foram os parâmetros tecnológicos que mais variaram conforme os séculos XVII ao XIX presentes nessas moradias, sendo, portanto, caracterizadores de cada período construtivo. Dessa forma, as variáveis trabalhadas foram a espacialidade, o estilo arquitetônico, as técnicas construtivas e os materiais construtivos com foco nos tijolos e argamassas, considerando a importância do reconhecimento destas características nos processos de conservação e restauro. Como método, buscou-se utilizar diferentes ferramentas de caracterização e datação em Arqueometria, de modo que todos os dados fossem corroborados entre si, respeitando também as diferentes narrativas que circundam cada espaço estudado através da oralidade de moradores, considerando os saberes populares sobre as formas de construir e pensar as moradias que resistiram através do tempo. Como resultado, demonstramos as diferentes perspectivas sobre a moradia durante o período colonial em seus espaços e estilos, bem como, através da identificação de diferentes idades e parâmetros, como por exemplo, as variações no tamanho, na cor, no antiplástico e na queima dos materiais construtivos, apontando as diferentes formas de produzir estes materiais para cada século estudado, atestando a singularidade histórica de cada moradia estudada. Por fim, destacamos a necessidade premente de políticas públicas mais ativas no que cerne a preservação deste patrimônio, que narra a história de Pernambuco e suas diferentes influências culturais, demonstrando a pluriculturalidade que está presente na forma de habitar, e proporcionando uma reflexão sobre as identidades e sobre o impacto que os espaços cotidianos exercem sobre as pessoas.
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A presente tese buscou discutir e apresentar os mais diversos tipos de moradia colonial em Pernambuco, através de um diálogo entre as ferramentas metodológicas disponíveis a Arqueologia da Arquitetura e a Arqueometria, apresentando o Arqueomagnetismo como um estudo promissor na construção de uma abordagem que visualize as mudanças sociais vivenciadas pelo povo pernambucano durante os séculos XVII ao XIX, no seu modo de viver, operacionalizar e construir. As variáveis aqui trabalhadas foram: espacialidade, estilo arquitetônico, tecnologias construtivas, e os materiais construtivos com foco nos tijolos e argamassas, buscando entender quais foram os parâmetros tecnológicos que mais variaram conforme cada século, sendo, portanto, caracterizadores de cada período construtivo como um reflexo destas mudanças. Para isso, buscou-se utilizar diferentes ferramentas de caracterização e datação em Arqueologia, de modo que todos os dados fossem corroborados entre si. Para uma discussão mais completa dos dados, esta tese também traz as diferentes narrativas para cada grupo estudado, através da oralidade, respeitando os saberes populares e os conhecimentos tradicionais sobre as formas de construir e pensar as moradias que resistiram com o tempo. Como resultado, entendemos que as diferentes perspectivas sobre o conceito de moradia, narram a história do Estado e suas diferentes influências culturais, demonstrando a singularidade histórica que está presente na forma de habitar, onde a materialidade é pluricultural e proporciona uma reflexão sobre as identidades e sobre o impacto que os espaços cotidianos exercem sobre as pessoas.
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VANESSA RODRIGUES DA SILVA
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Arqueologia da Alimentação: Análise de Isótopos Estáveis para a identificação da dieta dos antigos moradores do Engenho Jaguaribe, Litoral Norte de Pernambuco, século XVI-XIX.
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Orientador : CLAUDIA ALVES DE OLIVEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALENCAR DE MIRANDA AMARAL
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CLAUDIA ALVES DE OLIVEIRA
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FABIANA COMERLATO
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OLIVIA ALEXANDRE DE CARVALHO
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VIVIANE MARIA CAVALCANTI DE CASTRO
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Data: 20/12/2023
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O estudo da alimentação possibilita diferentes enfoques e permite cada vez mais o encontro de diversas áreas de conhecimento. Na arqueologia, investigamos hábitos alimentares para reconstruir a história cultural dos povos antigos, uma vez que a comida está intrinsicamente ligada às práticas culturais de uma sociedade. O objetivo desta pesquisa é identificar os padrões alimentares dos antigos moradores do Engenho Jaguaribe, localizado no litoral norte do estado de Pernambuco. Partindo do pressuposto que durante o período de funcionamento do Engenho, entre os séculos XVI e XIX, os seus habitantes tinham acesso a alimentos de origem marinha e a uma variedade de alimentos frescos, devido à proximidade do Engenho com a área estuarina do Rio Timbó. Trata-se de uma área rica em recursos naturais. Para conduzir o estudo, além de uma extensa revisão bibliográfica de documentos históricos relacionados à área e à temática, realizamos também análises de isótopos estáveis de carbono e nitrogênio em dez indivíduos sepultados no Engenho Jaguaribe. Destes, dois foram submetidos à análise de microresíduos de cálculos dentários e nove a análise isotópica do colágeno das costelas. Os resultados obtidos e apresentados sugerem a ingestão de alimentos com plantas que apontam padrões fotossintéticos C 3 (soja, feijão, leguminosas) e C 4 (cana de açúcar, milho). A análise isotópica do nitrogênio evidencia o consumo de
alimentos de origem marinha. Tais resultados viabilizaram a compreensão e identificação da base alimentar e sua influência na formação de hábitos alimentares que podem ter sido vigentes em outros engenhos pernambucanos.
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Essa pesquisa trata do estudo da alimentação dos moradores do antigo Engenho Jaguaribe, localizado no município de Abreu e Lima, litoral norte do Estado de Pernambuco. Localizadonas proximidades da área estuarina do Rio Timbó e resquícios de mata atlântica, verifica-se no seu entorno recursos naturais abudantes onde estes moradores poderiam obter alimento. A escassez de alimentos é um dos aspectos mais preocupantes em nossa sociedade e um dos principais motivos que obrigavam grupos a se deslocarem em busca de comida. No Período Colonial Gilberto Freyre, no seu livro Casa Grande & Senzala relata as dificuldades encontradas para obtencao de alimentos para compor a mesa e receitas, podemos considerar que os moradores do Engenho Jaguaribe possuiam dificuldades na obtenção de alimentos similar aos moradores dos engenhos instalados? Qual seria a dieta alimentar dos moradores do Engenho Jaguaribe? Os moradores do engenho tinham acesso aos alimentos frescos, por exemplo, alimentos de origem marinha, visto que nas proximidades encontrava-se a área estuarina do Rio Timbó? Haveria alguma distinção alimentar entre os moradores do Engenho Jaguaribe? Acredita-se, que devido à boa localização do engenho e por está inserido em um ambiente rico de recursos naturais e alimentícios o mesmo possuía uma variedade alimentar que engloba elementos essenciais da base alimentar: fontes de carboidratos, fonte de proteínas de origem animal, vitaminas, minerais e fibras. Foram identificados a presença de remanescentes humanos durante as escavações, os quais passaram por análises de isótopos estáveis os microvestígios de cálculos dentários dos indivíduos 3 e 11 e, também, fragmentos de costelas dos indivíduos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9, apresentando dados indicativos de alimentação de plantas com via fotossintética C3 e C4.
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