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Dissertações |
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LUÍS HENRIQUE FRANCA DE CARVALHO LINS
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INTERAÇÕES OCEANOGRÁFICAS NA BORDA OESTE DO ATLÂNTICO EQUATORIAL: impactos na dinâmica de populações da albacorinha Thunnus atlanticus no nordeste do Brasil
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Orientador : MARCELO FRANCISCO DE NOBREGA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO FRANCISCO DE NOBREGA
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GUELSON BATISTA DA SILVA
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RAMILLA VIEIRA DE ASSUNÇÃO
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Data: 16/02/2024
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Áreas de ressurgências costeiras são responsáveis por aproximadamente 20% da produção pesqueira global. Há evidências de ressurgências ao longo da borda oeste do Oceano Atlântico Equatorial, exercendo impacto direto nos recursos pesqueiros. A albacorinha Thunnus atlanticus, uma espécie de atum de pequeno porte, é um importante recurso pesqueiro na costa brasileira, especialmente no Nordeste. Esta espécie apresenta preferências específicas em relação às condições oceanográficas, tornando-se um excelente indicativo das interações entre as características oceanográficas e a dinâmica de populações de recursos pesqueiros. O objetivo do presente estudo é identificar os padrões espaço-temporais dos processos oceanográficas no extremo nordeste do Brasil, no Oceano Atlântico Equatorial e entender como estes padrões influenciam na abundância e estrutura populacional da albacorinha nesta região. Para alcançar esses objetivos, entre os anos de 2016 e 2020 foram utilizados dados que incluem informações sobre as pescarias da albacorinha, peso total desembarcado, esforços, comprimentos dos exemplares e identificação do sexo. Além disso, a profundidade e a temperatura da superfície do mar foram registradas e georreferenciadas, em intervalos de 2,5 minutos, durante as operações de pesca, por meio de uma ecossonda com GPS. Estes dados foram coletados no período de agosto a janeiro, que corresponde ao período da safra da albacorinha nesta região. As variáveis oceanográficas temperatura do mar em 200 metros e velocidade da corrente foram obtidas de dados de satélites para os períodos da safra da albacorinha (agosto a janeiro) e fora da safra (abril a junho), sendo utilizadas para identificar padrões oceanográficos que favoreçam a presença de ressurgências nesta região. A abundância e estrutura de tamanho da albacorinha foi modelada em função do tempo, utilizando os Modelos Aditivos Generalizados, enquanto as variáveis abióticas foram espacializadas através de softwares e técnicas de geoprocessamento. A temperatura da superfície da água apresentou valores em torno de 20°C na superfície entre os meses de outubro e novembro, indicando um processo de intrusão de água fria na superfície da região de estudo, correspondendo ao período com as maiores abundâncias da albacorinha na região. O perfil horizontal da velocidade da corrente neste período, apresenta um núcleo que se desloca para próximo da costa, o que aumenta sua relação com o relevo da área, favorecendo um possível transporte vertical. A abundância da albacorinha foi maior a partir de setembro, com auge entre outubro e novembro, seguido por um declínio em dezembro. Os anos mais recentes do estudo (2016 e 2017) apresentaram maiores abundâncias. Observou-se uma segregação de tamanhos em relação ao tempo, com a captura de exemplares maiores nos meses de agosto e setembro, enquanto a frequência de jovens foi maior a partir de novembro. A presença das fêmeas aumenta ao longo da safra, sendo mais evidenciadas no mês de dezembro. De uma maneira geral, O estudo identifica a presença de um evento de ressurgência relacionado a quebra da plataforma, no extremo nordeste do Brasil no Atlântico Sudoeste Equatorial. Estas características demonstram a importância dos eventos oceanográficos e ambientes propícios as migrações sazonais da população do atum albacorinha na área de estudo. Os resultados destacam a importância das interações dos eventos oceanográficos físicos com a distribuição dos organismos vivos e, consequentemente, na importância para as medidas de gestão e manejo pesqueiro. Compreender as relações e impactos das variações oceanográficas na dinâmica populacional das espécies de relevância comercial e ecológica é essencial para o planejamento eficiente da exploração pesqueira, à medida que as pescarias em todo o mundo enfrentam crescentes pressões de fatores ambientais e antropogênicos.
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Áreas de ressurgências costeiras são responsáveis por aproximadamente 20% da produção pesqueira global. Há evidências de ressurgências ao longo da borda oeste do Oceano Atlântico Equatorial, exercendo impacto direto nos recursos pesqueiros. A albacorinha Thunnus atlanticus, uma espécie de atum de pequeno porte, é um importante recurso pesqueiro na costa brasileira, especialmente no Nordeste. Esta espécie apresenta preferências específicas em relação às condições oceanográficas, tornando-se um excelente indicativo das interações entre as características oceanográficas e a dinâmica de populações de recursos pesqueiros. O objetivo do presente estudo é identificar os padrões espaço-temporais dos processos oceanográficas no extremo nordeste do Brasil, no Oceano Atlântico Equatorial e entender como estes padrões influenciam na abundância e estrutura populacional da albacorinha nesta região. Para alcançar esses objetivos, entre os anos de 2016 e 2020 foram utilizados dados que incluem informações sobre as pescarias da albacorinha, peso total desembarcado, esforços, comprimentos dos exemplares e identificação do sexo. Além disso, a profundidade e a temperatura da superfície do mar foram registradas e georreferenciadas, em intervalos de 2,5 minutos, durante as operações de pesca, por meio de uma ecossonda com GPS. Estes dados foram coletados no período de agosto a janeiro, que corresponde ao período da safra da albacorinha nesta região. As variáveis oceanográficas temperatura do mar em 200 metros e velocidade da corrente foram obtidas de dados de satélites para os períodos da safra da albacorinha (agosto a janeiro) e fora da safra (abril a junho), sendo utilizadas para identificar padrões oceanográficos que favoreçam a presença de ressurgências nesta região. A abundância e estrutura de tamanho da albacorinha foi modelada em função do tempo, utilizando os Modelos Aditivos Generalizados, enquanto as variáveis abióticas foram espacializadas através de softwares e técnicas de geoprocessamento. A temperatura da superfície da água apresentou valores em torno de 20°C na superfície entre os meses de outubro e novembro, indicando um processo de intrusão de água fria na superfície da região de estudo, correspondendo ao período com as maiores abundâncias da albacorinha na região. O perfil horizontal da velocidade da corrente neste período, apresenta um núcleo que se desloca para próximo da costa, o que aumenta sua relação com o relevo da área, favorecendo um possível transporte vertical. A abundância da albacorinha foi maior a partir de setembro, com auge entre outubro e novembro, seguido por um declínio em dezembro. Os anos mais recentes do estudo (2016 e 2017) apresentaram maiores abundâncias. Observou-se uma segregação de tamanhos em relação ao tempo, com a captura de exemplares maiores nos meses de agosto e setembro, enquanto a frequência de jovens foi maior a partir de novembro. A presença das fêmeas aumenta ao longo da safra, sendo mais evidenciadas no mês de dezembro. De uma maneira geral, O estudo identifica a presença de um evento de ressurgência relacionado a quebra da plataforma, no extremo nordeste do Brasil no Atlântico Sudoeste Equatorial. Estas características demonstram a importância dos eventos oceanográficos e ambientes propícios as migrações sazonais da população do atum albacorinha na área de estudo. Os resultados destacam a importância das interações dos eventos oceanográficos físicos com a distribuição dos organismos vivos e, consequentemente, na importância para as medidas de gestão e manejo pesqueiro. Compreender as relações e impactos das variações oceanográficas na dinâmica populacional das espécies de relevância comercial e ecológica é essencial para o planejamento eficiente da exploração pesqueira, à medida que as pescarias em todo o mundo enfrentam crescentes pressões de fatores ambientais e antropogênicos.
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ALEXANDRE RICARDO DOS SANTOS JUNIOR
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Revisão do estado de conhecimento do beijupirá Rachycentron canadum e o repovoamento na área marinha do Rio Grande do Norte, Brasil
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Orientador : MARCELO FRANCISCO DE NOBREGA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO FRANCISCO DE NOBREGA
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GUELSON BATISTA DA SILVA
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JORGE EDUARDO LINS OLIVEIRA
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Data: 19/02/2024
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O Beijupirá (Rachycentron canadum) é uma espécie de peixe marinho de importância global, fundamental para a pesca e a aquicultura. Embora tenha recebido considerável atenção científica nas últimas décadas, revisões anteriores careciam de uma análise quantitativa de contribuições e motivações para a pesquisa. Este estudo realiza a primeira análise global de desempenho de pesquisa sobre R. canadum por meio da cienciometria, revelando um total de 577 documentos publicados entre 1964 e 2023, provenientes de diversos países e fontes. Apesar dos esforços de pesquisa em todo o mundo, alguns países dominam a maioria dos estudos, com tópicos relacionados à piscicultura marinha sendo o foco dos artigos mais citados. Alguns países fortemente envolvidos na captura de beijupirá direcionam uma parte substancial de sua produção científica para fontes relacionadas à piscicultura. Curiosamente, países com pesca significativa de beijupirá apresentam pouca ou nenhuma pesquisa associada. O aumento nas taxas de publicação desde os anos 2000 está alinhado com o crescimento na produção da piscicultura, indicando sua proeminência como o principal impulsionador de pesquisa para R. canadum. Após a análise bibliométrica, a avaliação de um projeto de repovoamento no litoral do Rio Grande do Norte utilizando o beijupirá foi realizada. Com a capacitação e participação dos pescadores artesanais da região foi possível diferenciar nas capturas peixes selvagens e recapturados da atividade de repovoamento. As análises investigaram o impacto do repovoamento na estrutura populacional do beijupirá e as relações com os ambientes marinhos. Foi realizada a soltura de 48.728 exemplares na costa do Rio Grande do Norte, sendo identificada a recaptura de 1.332 espécimes, representando 2,73% do total repovoado. A captura pós-repovoamento mostrou um aumento na frequência de exemplares capturados, assim como tamanhos significativamente menores, indicando proporções de jovens superiores as observadas na área de estudo em períodos anteriores ao repovoamento. A espécie apresentou segregação de tamanhos em relação as profundidades e geomorfologia dos substratos, onde os exemplares maiores preferem áreas mais profundas e substratos mais consolidados. Relações peso comprimento entre selvagens e repovoados demonstraram diferenças entre o crescimento em peso e comprimento para os dois grupos, com repovoados apresentando características próximas a isometria, embora as taxas de captura possam aumentar pós-repovoamento, a maioria dos beijupirás foram capturados ainda imaturos. O estudo destaca a necessidade de estratégias de manejo antes e após o repovoamento, incorporando contribuição dos pescadores em campanhas de conscientização. Além disso, destaca-se o papel do Conhecimento Ecológico Local no gerenciamento do repovoamento e pesca.
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O Beijupirá (Rachycentron canadum) é uma espécie de peixe marinho de importância global, fundamental para a pesca e a aquicultura. Embora tenha recebido considerável atenção científica nas últimas décadas, revisões anteriores careciam de uma análise quantitativa de contribuições e motivações para a pesquisa. Este estudo realiza a primeira análise global de desempenho de pesquisa sobre R. canadum por meio da cienciometria, revelando um total de 577 documentos publicados entre 1964 e 2023, provenientes de diversos países e fontes. Apesar dos esforços de pesquisa em todo o mundo, alguns países dominam a maioria dos estudos, com tópicos relacionados à piscicultura marinha sendo o foco dos artigos mais citados. Alguns países fortemente envolvidos na captura de beijupirá direcionam uma parte substancial de sua produção científica para fontes relacionadas à piscicultura. Curiosamente, países com pesca significativa de beijupirá apresentam pouca ou nenhuma pesquisa associada. O aumento nas taxas de publicação desde os anos 2000 está alinhado com o crescimento na produção da piscicultura, indicando sua proeminência como o principal impulsionador de pesquisa para R. canadum. Após a análise bibliométrica, a avaliação de um projeto de repovoamento no litoral do Rio Grande do Norte utilizando o beijupirá foi realizada. Com a capacitação e participação dos pescadores artesanais da região foi possível diferenciar nas capturas peixes selvagens e recapturados da atividade de repovoamento. As análises investigaram o impacto do repovoamento na estrutura populacional do beijupirá e as relações com os ambientes marinhos. Foi realizada a soltura de 48.728 exemplares na costa do Rio Grande do Norte, sendo identificada a recaptura de 1.332 espécimes, representando 2,73% do total repovoado. A captura pós-repovoamento mostrou um aumento na frequência de exemplares capturados, assim como tamanhos significativamente menores, indicando proporções de jovens superiores as observadas na área de estudo em períodos anteriores ao repovoamento. A espécie apresentou segregação de tamanhos em relação as profundidades e geomorfologia dos substratos, onde os exemplares maiores preferem áreas mais profundas e substratos mais consolidados. Relações peso comprimento entre selvagens e repovoados demonstraram diferenças entre o crescimento em peso e comprimento para os dois grupos, com repovoados apresentando características próximas a isometria, embora as taxas de captura possam aumentar pós-repovoamento, a maioria dos beijupirás foram capturados ainda imaturos. O estudo destaca a necessidade de estratégias de manejo antes e após o repovoamento, incorporando contribuição dos pescadores em campanhas de conscientização. Além disso, destaca-se o papel do Conhecimento Ecológico Local no gerenciamento do repovoamento e pesca.
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CAROLINE CAVALCANTI DA SILVA
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QUALIDADE ECOTOXICOLÓGICA DO SEDIMENTO EM UM SISTEMA ESTUARINO COM ATIVIDADES INDUSTRIAIS E PORTUÁRIAS NOS ÚLTIMOS 20 ANOS
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Orientador : LILIA PEREIRA DE SOUZA SANTOS
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MEMBROS DA BANCA :
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FIAMMA EUGÊNIA LEMOS ABREU
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LILIA PEREIRA DE SOUZA SANTOS
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RODRIGO BRASIL CHOUERI
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Data: 23/02/2024
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Os estuários são ecossistemas costeiros vitais para a proteção contra a erosão, promoção da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas. Assim devido ao desenvolvimento costeiro, poluição e alterações climáticas, a preservação dessas áreas torna-se crucial. O Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS) em Pernambuco é um importante centro econômico, mas também como fonte de impactos negativos para a região estuarina, como alteração da dinâmica sedimentar e liberação de poluentes. O estudo proposto teve como objetivo avaliar a evolução temporal da qualidade sedimentar no CIPS desde 2003 a 2023, com foco na toxicidade para as fêmeas e os náuplios do copépodo Tisbe biminiensis, visando oferecer uma análise abrangente das condições ambientais e possíveis impactos no ecossistema estuarino na Baía de Suape. Durante o período de 2003 a 2023, o sedimento de Suape apresentou toxicidade em várias campanhas. Ao longo dos anos o sedimento apresentou impacto baixo na mortalidade das fêmeas do copépodo, com média de 11,2% ± 13, porém causou redução significativa da fecundidade, com média de 26% ± 29 na foz do rio Massangana e 24% ± 31 na foz do rio Tatuoca. Entre 2003 a 2008 observa-se uma melhora na qualidade do sedimento com média de 14,05% ± 24, porém a partir de 2009 a toxicidade subletal volta aos valores anteriores (34,7% ± 30,1 no rio Massangana e 22,2% ± 26,3 no rio Tatuoca) e se mantém estável até 2023. Entre 2016 e 2023, efeitos letais e subletais foram observados nos náuplios do copépodo, com aumento significativo na mortalidade ao longo do tempo chegando a 49,21% ± 27,5, principalmente durante o período chuvoso apresentando valores aproximados de 50,9% ± 26. A inibição do desenvolvimento, apresentou uma leve tendência de aumento (p= 0,054), com médias chegando a 62,2% ± 31,5. Em relação as amostras coletadas na calha dos rios ou nas margens, nota-se que as amostras da calha se encontram com tendências a piora, com médias de mortalidade aproximadas a 46,6% ± 27,2 e inibição do desenvolvimento chegando a 62,9% ± 29,3. Quanto a análise de metais nos sedimentos observou-se que, em geral, os níveis permaneceram dentro dos limites aceitáveis. Embora alguns metais tenham variado ao longo dos anos, em 2023 apresentaram valores mais baixos, com exceção de Cu e Zn, que aumentaram, mas ainda assim permaneceram dentro dos padrões de referência. Tais resultados em comparação à literatura indicam que outros contaminantes além dos metais devem estar envolvidos na toxicidade do sedimento e que precisam ser avaliados e controlados. Por isso sugere-se a necessidade melhorar o monitoramento da área, sobretudo da matriz sedimentar que é insuficientemente controlada pela legislação ambiental brasileira atual. E paralelamente aprimorar as medidas preventivas para preservação e cuidado de ambientes estuarinos.
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Os estuários são ecossistemas costeiros vitais para a proteção contra a erosão, promoção da biodiversidade e mitigação das mudanças climáticas. Assim devido ao desenvolvimento costeiro, poluição e alterações climáticas, a preservação dessas áreas torna-se crucial. O Complexo Industrial e Portuário de Suape (CIPS) em Pernambuco é um importante centro econômico, mas também como fonte de impactos negativos para a região estuarina, como alteração da dinâmica sedimentar e liberação de poluentes. O estudo proposto teve como objetivo avaliar a evolução temporal da qualidade sedimentar no CIPS desde 2003 a 2023, com foco na toxicidade para as fêmeas e os náuplios do copépodo Tisbe biminiensis, visando oferecer uma análise abrangente das condições ambientais e possíveis impactos no ecossistema estuarino na Baía de Suape. Durante o período de 2003 a 2023, o sedimento de Suape apresentou toxicidade em várias campanhas. Ao longo dos anos o sedimento apresentou impacto baixo na mortalidade das fêmeas do copépodo, com média de 11,2% ± 13, porém causou redução significativa da fecundidade, com média de 26% ± 29 na foz do rio Massangana e 24% ± 31 na foz do rio Tatuoca. Entre 2003 a 2008 observa-se uma melhora na qualidade do sedimento com média de 14,05% ± 24, porém a partir de 2009 a toxicidade subletal volta aos valores anteriores (34,7% ± 30,1 no rio Massangana e 22,2% ± 26,3 no rio Tatuoca) e se mantém estável até 2023. Entre 2016 e 2023, efeitos letais e subletais foram observados nos náuplios do copépodo, com aumento significativo na mortalidade ao longo do tempo chegando a 49,21% ± 27,5, principalmente durante o período chuvoso apresentando valores aproximados de 50,9% ± 26. A inibição do desenvolvimento, apresentou uma leve tendência de aumento (p= 0,054), com médias chegando a 62,2% ± 31,5. Em relação as amostras coletadas na calha dos rios ou nas margens, nota-se que as amostras da calha se encontram com tendências a piora, com médias de mortalidade aproximadas a 46,6% ± 27,2 e inibição do desenvolvimento chegando a 62,9% ± 29,3. Quanto a análise de metais nos sedimentos observou-se que, em geral, os níveis permaneceram dentro dos limites aceitáveis. Embora alguns metais tenham variado ao longo dos anos, em 2023 apresentaram valores mais baixos, com exceção de Cu e Zn, que aumentaram, mas ainda assim permaneceram dentro dos padrões de referência. Tais resultados em comparação à literatura indicam que outros contaminantes além dos metais devem estar envolvidos na toxicidade do sedimento e que precisam ser avaliados e controlados. Por isso sugere-se a necessidade melhorar o monitoramento da área, sobretudo da matriz sedimentar que é insuficientemente controlada pela legislação ambiental brasileira atual. E paralelamente aprimorar as medidas preventivas para preservação e cuidado de ambientes estuarinos.
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THALES JEAN VIDAL
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Variação espacial da mortalidade e recuperação de Millepora alcicornis após evento de branqueamento no complexo recifal costeiro de Tamandaré, Atlântico Sul Oriental
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Orientador : MARIUS NILS MULLER
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MEMBROS DA BANCA :
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BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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RODRIGO LEAO DE MOURA
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ZELINDA MARGARIDA DE ANDRADE NERY LEAO
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Data: 26/02/2024
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Os recifes de corais estão sofrendo globalmente com o aumento da frequência e intensificação dos grandes eventos de anomalias térmicas nos oceanos. Neste contexto, até recifes que antes eram considerados mais resistentes a tais oscilações térmicas, apresentaram elevadas taxas de mortalidade no último grande evento de branqueamento em massa (2019/2020). Dessa forma, a compreensão e gestão das características ambientais locais vem se tornando uma das principais alternativas para aumentar a resiliência e promover a recuperação desses ecossistemas. Condições de qualidade da água, taxa de sedimentação, características geomorfológicas (e.g. profundidade, distância da costa), competição com outros organismos e regime de proteção nas quais os organismos estão inseridos, podem ser determinantes nos impactos pós branqueamento, influenciando nas taxas de mortalidade ou recuperação dos corais. Sendo assim importante a compreensão integrada das mesmas, em conjunto com a quantificação dos impactos gerados pelo branqueamento. Buscando colaborar com o esforço científico voltado para tal problemática, no presente estudo, apresentamos uma visão ampla sobre os padrões de mortalidade e recuperação do hidrocoral Millepora alcicornis, pós evento de branqueamento em massa de 2019/2020, associados a variáveis espaciais e ambientais em um complexo recifal costeiro localizado na costa nordeste do Brasil. Os percentuais de mortalidade foram apresentados e correlacionados com variáveis espaciais (profundidade, distância da costa e zona), morfológica (tamanho das colônias) e de regime de proteção (área fechada x área aberta). Além disso, descrevemos por quais organismos os esqueletos mortos estão sendo colonizados e como a perda da cobertura viva de Millepora alcicornis interage com as populações de peixes e ouriços. Unido a isso, tendo conhecimento sobre os padrões de mortalidade, apresentamos uma caracterização da qualidade da água e taxa de sedimentação, ao longo de um gradiente de distanciamento das principais fontes fluviais da região, discutindo de que forma as mesmas interferem nos processos de resistência e recuperação das populações de corais em situações de estresse térmico. Foi possível identificar que, colônias localizadas no topo dos recifes, em menores profundidades, mais próximas da costa e fora de áreas de proteção permanente, sofreram mais com o evento de branqueamento de 2019/2020, apresentando taxas de mortalidade que chegaram a mais de 90% em alguns recifes. Os nutrientes dissolvidos e clorofila-a, apresentaram baixa variação espacial e alta variação sazonal no complexo recifal, sendo relatada água com características oligotróficas durante todo o período de amostragem. A razão N:P mostrou potencial de moldar as espécies de algas colonizadoras dos esqueletos mortos, podendo impulsionar a colonização de organismos não formadores de recife e dificultar a recuperação dos corais e hidrocorais. Em relação às taxas de sedimentação, foram encontrados valores elevados, porém, não foi identificada variação significativa de tal variável, em um intervalo de 17 anos, na área de proteção integral do complexo recifal (baseado no estudo de Cavalcante de Macedo, 2009). Foi observada alta sazonalidade dos padrões de sedimentação, fortemente associados à ressuspensão de partículas pelas ondas e aporte de novo material terrígeno com o aumento das chuvas e descargas fluviais. O sedimento coletado pelas armadilhas apresentou altos teores de CaCO3 e maior presença de grãos com característica lamosa (<63 mm). Segundo análises de LABs no sedimento, também foi possível identificar aporte de efluentes domésticos durante todo o ano para o complexo recifal, sendo este mais expressivo nos recifes mais atingidos pela pluma dos rios. A partir dos resultados encontrados, destacamos a vulnerabilidade ao estresse térmico de corais e hidrocorais inserido em um complexo recifal costeiro com elevada turbidez, sendo também levado em consideração que os mesmos são atingidos por impactos crônicos locais que diminuem sua capacidade de recuperação natural e eficiente após elevadas taxas de mortalidade. Se tornando assim necessário o investimento e implementação de técnicas de manejo ativo e passivo, em conjunto com o monitoramento e mitigação de fonte de impactos crônicos pela gestão local, para o maior fortalecimento destes ecossistemas e mantimento de seus importantes serviços ecossistêmicos para a região.
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Os recifes de corais estão sofrendo globalmente com o aumento da frequência e intensificação dos grandes eventos de anomalias térmicas nos oceanos. Neste contexto, até recifes que antes eram considerados mais resistentes a tais oscilações térmicas, apresentaram elevadas taxas de mortalidade no último grande evento de branqueamento em massa (2019/2020). Dessa forma, a compreensão e gestão das características ambientais locais vem se tornando uma das principais alternativas para aumentar a resiliência e promover a recuperação desses ecossistemas. Condições de qualidade da água, taxa de sedimentação, características geomorfológicas (e.g. profundidade, distância da costa), competição com outros organismos e regime de proteção nas quais os organismos estão inseridos, podem ser determinantes nos impactos pós branqueamento, influenciando nas taxas de mortalidade ou recuperação dos corais. Sendo assim importante a compreensão integrada das mesmas, em conjunto com a quantificação dos impactos gerados pelo branqueamento. Buscando colaborar com o esforço científico voltado para tal problemática, no presente estudo, apresentamos uma visão ampla sobre os padrões de mortalidade e recuperação do hidrocoral Millepora alcicornis, pós evento de branqueamento em massa de 2019/2020, associados a variáveis espaciais e ambientais em um complexo recifal costeiro localizado na costa nordeste do Brasil. Os percentuais de mortalidade foram apresentados e correlacionados com variáveis espaciais (profundidade, distância da costa e zona), morfológica (tamanho das colônias) e de regime de proteção (área fechada x área aberta). Além disso, descrevemos por quais organismos os esqueletos mortos estão sendo colonizados e como a perda da cobertura viva de Millepora alcicornis interage com as populações de peixes e ouriços. Unido a isso, tendo conhecimento sobre os padrões de mortalidade, apresentamos uma caracterização da qualidade da água e taxa de sedimentação, ao longo de um gradiente de distanciamento das principais fontes fluviais da região, discutindo de que forma as mesmas interferem nos processos de resistência e recuperação das populações de corais em situações de estresse térmico. Foi possível identificar que, colônias localizadas no topo dos recifes, em menores profundidades, mais próximas da costa e fora de áreas de proteção permanente, sofreram mais com o evento de branqueamento de 2019/2020, apresentando taxas de mortalidade que chegaram a mais de 90% em alguns recifes. Os nutrientes dissolvidos e clorofila-a, apresentaram baixa variação espacial e alta variação sazonal no complexo recifal, sendo relatada água com características oligotróficas durante todo o período de amostragem. A razão N:P mostrou potencial de moldar as espécies de algas colonizadoras dos esqueletos mortos, podendo impulsionar a colonização de organismos não formadores de recife e dificultar a recuperação dos corais e hidrocorais. Em relação às taxas de sedimentação, foram encontrados valores elevados, porém, não foi identificada variação significativa de tal variável, em um intervalo de 17 anos, na área de proteção integral do complexo recifal (baseado no estudo de Cavalcante de Macedo, 2009). Foi observada alta sazonalidade dos padrões de sedimentação, fortemente associados à ressuspensão de partículas pelas ondas e aporte de novo material terrígeno com o aumento das chuvas e descargas fluviais. O sedimento coletado pelas armadilhas apresentou altos teores de CaCO3 e maior presença de grãos com característica lamosa (<63 mm). Segundo análises de LABs no sedimento, também foi possível identificar aporte de efluentes domésticos durante todo o ano para o complexo recifal, sendo este mais expressivo nos recifes mais atingidos pela pluma dos rios. A partir dos resultados encontrados, destacamos a vulnerabilidade ao estresse térmico de corais e hidrocorais inserido em um complexo recifal costeiro com elevada turbidez, sendo também levado em consideração que os mesmos são atingidos por impactos crônicos locais que diminuem sua capacidade de recuperação natural e eficiente após elevadas taxas de mortalidade. Se tornando assim necessário o investimento e implementação de técnicas de manejo ativo e passivo, em conjunto com o monitoramento e mitigação de fonte de impactos crônicos pela gestão local, para o maior fortalecimento destes ecossistemas e mantimento de seus importantes serviços ecossistêmicos para a região.
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JÚLIO CESAR CÂNDIDO DA SILVA
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AVALIAÇÃO DO ESTADO TRÓFICO NO ESTUÁRIO DO RIO SANTO ANTÔNIO GRANDE E NOS RECIFES DE CORAIS ADJACENTES, ALAGOAS - APA COSTA DOS CORAIS
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Orientador : MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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MEMBROS DA BANCA :
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MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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BRUNO VARELA MOTTA DA COSTA
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FERNANDO ANTONIO DO NASCIMENTO FEITOSA
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Data: 29/02/2024
Ata de defesa assinada:
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O Sistema Estuarino do Rio Santo Antônio Grande (SERSAG), localizado no litoral norte de Alagoas (NE-Brasil), está inserido na área de proteção ambiental Costa dos Corais - APACC, que é a maior unidade de conservação marinha costeira do Brasil. Ao longo do percurso do SERSAG, o sistema recebe difusas fontes de matéria orgânica (MO) e nutrientes de origem antrópica, que são carreadas para a região costeira, onde estão localizados os recifes adjacentes. Apesar da importância ambiental e socioeconômica existem poucos estudos da oceanografia abiótica para a localidade. Desta forma, o objetivo deste trabalho é determinar o estado trófico e a qualidade da água no sistema estuarino do Rio Santo Antônio Grande e nos seus recifes adjacentes. Coletas sazonais de águas superficiais e pontuais de sedimento superficial, material orgânico de origem vegetal e algal, em sete pontos ao longo do sistema estuarino e na região recifal, foram realizadas entre junho de 2022 e abril de 2023. O estado trófico dos sistemas analisados foi determinado utilizando o índice trófico e de qualidade da água TRIX. Além disso, foram conduzidas análises elementares e isotópicas para identificar as fontes de MO. Paralelamente, avaliamos parâmetros físicos e químicos da água para caracterizar o SERSAG e investigar os impactos das atividades humanas sobre o sistema. Os resultados revelaram níveis tróficos significativamente altos, indicativos de eutrofização (5,29) e hipereutrofização (6,14), cujos efeitos se estendem para a região costeira, resultando em águas mesotróficas na área, com valores médios de 4,72 para o TRIX. Observou-se uma diversidade de fontes de MO, onde as δ13C estiveram entre -19,15‰ a -26,94‰, o fitoplâncton e o material orgânico de origem terrígena, proveniente das plantas de mangue, são os principais contribuintes para o estuário. Já no material sedimentar da região recifal, registrou uma razão C/N de 8,89, mostrando uma predominância das macroalgas. Somado a MO de origem natural, contribuições antrópicas potencializam processos de eutrofização. Como consequência dos altos níveis tróficos, identificou-se uma redução nos teores de oxigênio dissolvido e na saturação do OD, especialmente na região estuarina, com mínimos de 0,97 ml L-1 e 12,35%, respectivamente, e um valor mínimo de 7,848 na escala total de pH na região costeira, o que intensifica o processo de acidificação costeira local. Concluímos que, o sistema tem recebido influência antrópica, principalmente durante o período chuvoso na região estuarina e mantendo o estado trófico na região recifal em mesotrófico. Além disso, ocorre um processo de acidificação costeira, em resposta ao que chamamos de “o outro problema do dióxido de carbono”, que é a chegada de material continental à região costeira, podendo causar perda da cobertura coralínea e aumento da cobertura algal. Destacando assim, a necessidade de medidas mitigatórias dos impactos ambientais nas regiões estuarinas e costeiras adjacentes.
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O Sistema Estuarino do Rio Santo Antônio Grande (SERSAG), localizado no litoral norte de Alagoas (NE-Brasil), está inserido na área de proteção ambiental Costa dos Corais - APACC, que é a maior unidade de conservação marinha costeira do Brasil. Ao longo do percurso do SERSAG, o sistema recebe difusas fontes de matéria orgânica (MO) e nutrientes de origem antrópica, que são carreadas para a região costeira, onde estão localizados os recifes adjacentes. Apesar da importância ambiental e socioeconômica existem poucos estudos da oceanografia abiótica para a localidade. Desta forma, o objetivo deste trabalho é determinar o estado trófico e a qualidade da água no sistema estuarino do Rio Santo Antônio Grande e nos seus recifes adjacentes. Coletas sazonais de águas superficiais e pontuais de sedimento superficial, material orgânico de origem vegetal e algal, em sete pontos ao longo do sistema estuarino e na região recifal, foram realizadas entre junho de 2022 e abril de 2023. O estado trófico dos sistemas analisados foi determinado utilizando o índice trófico e de qualidade da água TRIX. Além disso, foram conduzidas análises elementares e isotópicas para identificar as fontes de MO. Paralelamente, avaliamos parâmetros físicos e químicos da água para caracterizar o SERSAG e investigar os impactos das atividades humanas sobre o sistema. Os resultados revelaram níveis tróficos significativamente altos, indicativos de eutrofização (5,29) e hipereutrofização (6,14), cujos efeitos se estendem para a região costeira, resultando em águas mesotróficas na área, com valores médios de 4,72 para o TRIX. Observou-se uma diversidade de fontes de MO, onde as δ13C estiveram entre -19,15‰ a -26,94‰, o fitoplâncton e o material orgânico de origem terrígena, proveniente das plantas de mangue, são os principais contribuintes para o estuário. Já no material sedimentar da região recifal, registrou uma razão C/N de 8,89, mostrando uma predominância das macroalgas. Somado a MO de origem natural, contribuições antrópicas potencializam processos de eutrofização. Como consequência dos altos níveis tróficos, identificou-se uma redução nos teores de oxigênio dissolvido e na saturação do OD, especialmente na região estuarina, com mínimos de 0,97 ml L-1 e 12,35%, respectivamente, e um valor mínimo de 7,848 na escala total de pH na região costeira, o que intensifica o processo de acidificação costeira local. Concluímos que, o sistema tem recebido influência antrópica, principalmente durante o período chuvoso na região estuarina e mantendo o estado trófico na região recifal em mesotrófico. Além disso, ocorre um processo de acidificação costeira, em resposta ao que chamamos de “o outro problema do dióxido de carbono”, que é a chegada de material continental à região costeira, podendo causar perda da cobertura coralínea e aumento da cobertura algal. Destacando assim, a necessidade de medidas mitigatórias dos impactos ambientais nas regiões estuarinas e costeiras adjacentes.
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SANTIAGO GONZALEZ BRAVO
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PADRÃO DE DISTRIBUIÇÃO DO ÓLEO VIA MODELAGEM NUMÉRICA NOS ECOSSISTEMAS PRAIA-ESTUÁRIO-RECIFE: LITORAL SUL DE PERNAMBUCO/PE
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Orientador : MIRELLA BORBA SANTOS FERREIRA COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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MIRELLA BORBA SANTOS FERREIRA COSTA
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ROBERTO LIMA BARCELLOS
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EDUARDO SIEGLE
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Data: 27/03/2024
Ata de defesa assinada:
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O desastre ambiental ocorrido no litoral brasileiro entre agosto de 2019 e março de 2020, devido a um derramamento de óleo, foi o maior em extensão que o país já enfrentou. Este não foi o único aspecto singular do desastre, passados 4 anos não se sabem as características iniciais do vazamento, como tampouco os responsáveis. Diante disso, utilizando modelagem numérica, este trabalho investigou o padrão de dispersão do óleo, com especial atenção ao Complexo Industrial Portuário de Suape e seu entorno, em Pernambuco. Foram avaliadas as condições meteo-oceanográficas e sua influência na dinâmica do derramamento, aplicando simulações para prever as trajetórias de dispersão do óleo e seu impacto nos ecossistemas costeiros. Assim, foram considerados dois cenários que abrangessem o período com registros de óleo em 2019 feitos pelo IBAMA na área de estudo. Os cenários foram caracterizados por diferentes regimes de maré (quadratura e sizígia) e condições meteo-oceanográficas. Os resultados evidenciaram a variabilidade na dispersão do óleo nos diferentes cenários modelados e destacaram a importância das forçantes físicas, principalmente o vento, nesta variabilidade. Os ecossistemas costeiros mais impactados em área foram os recifes e os ambientes estuarinos, enquanto as praias e os recifes foram os mais afetados em termos de massa total de óleo sedimentado. Embora os modelos apresentem limitações e incertezas, a pesquisa sublinha sua importância crítica para o desenvolvimento de estratégias de resposta e preparação para desastres ambientais futuros, enfatizando a necessidade de planos de contingência robustos e a relevância da modelagem hidrodinâmica na gestão de crises ambientais.
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RHAYSSA DANNYELA DA SILVA CAVALCANTI
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ECOLOGIA DA CONTAMINAÇÃO POR MERCÚRIO TOTAL (HgT) EM BAGRES MARINHOS EM FUNÇÃO DO DESENVOLVIMENTO ONTOGENÉTICO E DA FLUTUAÇÃO SAZONAL DAS VARIÁVEIS AMBIENTAIS EM UM ESTUÁRIO TROPICAL
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Orientador : MARIO BARLETTA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIO BARLETTA
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DAVID VALENCA DANTAS
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MARIA INES BRUNO TAVARES
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Data: 28/03/2024
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Estudos em estuários tropicais demonstraram que Cathorops spixii e C. agassizii contribuem com mais de 50% da densidade total e 70% da biomassa total do ecossistema estuarino, respectivamente. Estas espécies desempenham um papel importante na cadeia alimentar como recurso alimentar para espécies predadoras de topo, como o peixe fraco Acoupa (Cynoscion acoupa). A distribuição das diferentes fases ontogenéticas de C. spixii e C. agassizii nos ecossistemas estuarinos é influenciada pelas flutuações sazonais da ecoclina salina. Neste estuário, cada fase ontogenética destes bagres marinhos responde de forma diferente à flutuação sazonal destas variáveis ambientais. Sugere que pela exposição às flutuações sazonais do gradiente de salinidade, as fases ontogenéticas destas espécies podem refletir as condições ambientais da porção do estuário que utilizam naquele momento. Estudo sobre contaminação por T-Hg em adultos de C. spixii no estuário do Rio Goiana indicou que durante o período seco houve maior concentração do metal (600-1400 µgT-Hg. kg-1) na porção inferior do estuário. O coeficiente de determinação da regressão linear entre a concentração de T-Hg no músculo dos espécimes vs. peso total sugere que outras variáveis poderiam ajudar a explicar a contaminação por T-HG nesta espécie. Com base nessas informações, a hipótese testada neste estudo foi que a flutuação sazonal do gradiente de salinidade e precipitação no estuário tropical poderia influenciar a concentração de T-Hg em indivíduos da espécie bagre marinho ao longo do seu desenvolvimento. No alto estuário, os menores valores de contaminação por Hg-T foram encontrados para ambas as espécies. Nesta porção do estuário, a maior concentração de T-Hg foi encontrada em indivíduos subadultos e adultos de C. spixii. Ambas as espécies seguiram o mesmo comportamento, onde os indivíduos desta última fase ontogenética foram mais contaminados por mercúrio do que as demais fases. No médio estuário ocorre uma interação em que indivíduos subadultos de C. spixii apresentam maior Hg-T que adultos e juvenis. Os subadultos de C. agassizii; apresentou a menor contaminação por T-Hg em relação aos juvenis e adultos. Nesta parte do estuário ocorreu a maior concentração de mercúrio nos adultos de C. agassizii (240 μg T-Hg.kg). A abundância de C. spixii e C. agassizii indica a importância destas espécies na costa brasileira. Assim, poderão ser úteis em todas as fases ontogenéticas, como bioindicadores de contaminação por T-Hg, em função do espaço-tempo em ecossistemas estuarinos, fornecendo informações sobre os níveis de contaminação por T-Hg destes estuários.
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Estudos em estuários tropicais demonstraram que Cathorops spixii e C. agassizii contribuem com mais de 50% da densidade total e 70% da biomassa total do ecossistema estuarino, respectivamente. Estas espécies desempenham um papel importante na cadeia alimentar como recurso alimentar para espécies predadoras de topo, como o peixe fraco Acoupa (Cynoscion acoupa). A distribuição das diferentes fases ontogenéticas de C. spixii e C. agassizii nos ecossistemas estuarinos é influenciada pelas flutuações sazonais da ecoclina salina. Neste estuário, cada fase ontogenética destes bagres marinhos responde de forma diferente à flutuação sazonal destas variáveis ambientais. Sugere que pela exposição às flutuações sazonais do gradiente de salinidade, as fases ontogenéticas destas espécies podem refletir as condições ambientais da porção do estuário que utilizam naquele momento. Estudo sobre contaminação por T-Hg em adultos de C. spixii no estuário do Rio Goiana indicou que durante o período seco houve maior concentração do metal (600-1400 µgT-Hg. kg-1) na porção inferior do estuário. O coeficiente de determinação da regressão linear entre a concentração de T-Hg no músculo dos espécimes vs. peso total sugere que outras variáveis poderiam ajudar a explicar a contaminação por T-HG nesta espécie. Com base nessas informações, a hipótese testada neste estudo foi que a flutuação sazonal do gradiente de salinidade e precipitação no estuário tropical poderia influenciar a concentração de T-Hg em indivíduos da espécie bagre marinho ao longo do seu desenvolvimento. No alto estuário, os menores valores de contaminação por Hg-T foram encontrados para ambas as espécies. Nesta porção do estuário, a maior concentração de T-Hg foi encontrada em indivíduos subadultos e adultos de C. spixii. Ambas as espécies seguiram o mesmo comportamento, onde os indivíduos desta última fase ontogenética foram mais contaminados por mercúrio do que as demais fases. No médio estuário ocorre uma interação em que indivíduos subadultos de C. spixii apresentam maior Hg-T que adultos e juvenis. Os subadultos de C. agassizii; apresentou a menor contaminação por T-Hg em relação aos juvenis e adultos. Nesta parte do estuário ocorreu a maior concentração de mercúrio nos adultos de C. agassizii (240 μg T-Hg.kg). A abundância de C. spixii e C. agassizii indica a importância destas espécies na costa brasileira. Assim, poderão ser úteis em todas as fases ontogenéticas, como bioindicadores de contaminação por T-Hg, em função do espaço-tempo em ecossistemas estuarinos, fornecendo informações sobre os níveis de contaminação por T-Hg destes estuários.
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ÁGATHA NAIARA NINOW
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COMUNIDADE DE MACROALGAS MARINHAS DE RECIFES TROPICAIS RASOS: DISTRIBUIÇÃO E OCORRÊNCIA EM RELAÇÃO A FORÇANTES AMBIENTAIS E HUMANAS
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Orientador : BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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JOAO LUCAS LEAO FEITOSA
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MUTUE TOYOTA FUJII
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Data: 28/03/2024
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Os recifes de corais vêm sofrendo com pressões globais e locais, levando ao declínio na cobertura de corais e aumento de macroalgas. Tais mudanças podem alterar significativamente a saúde e funcionamento destes ecossistemas. A herbivoria tem amplo papel estruturador no crescimento e desenvolvimento desses organismos, tendo as áreas marinhas protegidas como fundamental ferramenta para sua manutenção. Os recifes do complexo recifal de Tamandaré, atualmente, são dominados por macroalgas e situam-se em três Unidades de Conservação: APA Costa dos Corais (APACC), APA Guadalupe e Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré (PNMFT), que coincide com a Zona de Preservação (ZPRE), uma área de acesso fechado. O objetivo do trabalho foi investigar a distribuição, frequência relativa e ocorrência dos grupos morfofuncionais bentônicos, com ênfase na diversidade de macroalgas, a partir do método de foto quadrado, raspagem e análise de material biológico em laboratório. As zonas recifais foram consideradas quanto ao regime de proteção (área aberta x área fechada) e a possíveis regimes dinâmicos de circulação e energia (back reef x canal). Além disso, foram realizados censos visuais de peixes herbívoros itinerantes, a fim de analisar a relação da sua abundância com a estruturação da comunidade de macroalgas, sobre o efeito da área fechada (ZPRE). O turf calcário foi o grupo mais abundante em todos os recifes estudados (>60%), não sendo afetado pelo regime de proteção. Entretanto, na zona de back reef foi registrada uma queda significativa de quase 20% na sua frequência, dando espaço para Halimeda spp. se desenvolver. As análises apresentam claramente uma diferença significativa na estruturação da comunidade de macroalgas, tendo o turf calcário relacionado às zonas de canais e Halimeda spp. aos back reefs. Ao mesmo tempo, as algas mais palatáveis (folhosas corticadas e turf de algas corticadas) foram significativamente mais abundantes na área aberta, onde a pesca é permitida. O turf calcário revelou ser composto principalmente pelos táxons de Jania spp./ Amphiroa spp., e diferentes grupos morfofuncionais de algas envolto a essa matriz de algas calcárias. A análise das espécies associadas mostrou que as algas corticadas apareceram em todas as amostras de material biológico, sendo a principal espécie associada ao turf calcário. Enquanto, as algas filamentosas foram influenciadas pelo regime de proteção, sendo mais abundante na zona de canal da área aberta, indicando efeitos causados pela baixa herbivoria. A biomassa média de indivíduos adultos por 100 m², de peixes da família Acanturidae e Scaridae, foi significativamente maior na área fechada, onde estas espécies formam grandes cardumes mistos. Essas agregações são frequentemente observadas alimentando-se sobre os recifes. Nossos resultados indicam que o efeito da herbivoria influencia a composição e distribuição das espécies de algas calcárias, corticadas, folhosas corticadas e filamentosas. Somado à constante perda na cobertura de corais e ao aumento na frequência e força dos eventos climáticos extremos, ocasionados pelas mudanças climáticas, as funções ecológicas nos recifes seguem fortemente ameaçadas. O aumento da dominância por macroalgas é resultado de efeitos sinérgicos entre a diminuição da herbivoria, causada pela sobrepesca, e a frequência dos fatores que favorecem a competição para as macroalgas nos recifes, como o aumento de nutrientes, sedimentação e ondas de calor. Sendo assim, faz-se necessário a compreensão mais detalhada das espécies e grupos funcionais de macroalgas que estruturam as comunidades recifais atualmente, tal como seu papel na evolução e serviços ecológicos prestados aos ambientes. As previsões futuras mostram cenários preocupantes sobre o funcionamento dos recifes de corais, identificar as funções e relações ecológicas em curso, principalmente sobre a estruturação dos grupos formadores de turfs, pode auxiliar nas futuras tomadas de decisões e estratégias para conservação dos recifes de corais.
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Os recifes de corais vêm sofrendo com pressões globais e locais, levando ao declínio na cobertura de corais e aumento de macroalgas. Tais mudanças podem alterar significativamente a saúde e funcionamento destes ecossistemas. A herbivoria tem amplo papel estruturador no crescimento e desenvolvimento desses organismos, tendo as áreas marinhas protegidas como fundamental ferramenta para sua manutenção. Os recifes do complexo recifal de Tamandaré, atualmente, são dominados por macroalgas e situam-se em três Unidades de Conservação: APA Costa dos Corais (APACC), APA Guadalupe e Parque Natural Municipal do Forte de Tamandaré (PNMFT), que coincide com a Zona de Preservação (ZPRE), uma área de acesso fechado. O objetivo do trabalho foi investigar a distribuição, frequência relativa e ocorrência dos grupos morfofuncionais bentônicos, com ênfase na diversidade de macroalgas, a partir do método de foto quadrado, raspagem e análise de material biológico em laboratório. As zonas recifais foram consideradas quanto ao regime de proteção (área aberta x área fechada) e a possíveis regimes dinâmicos de circulação e energia (back reef x canal). Além disso, foram realizados censos visuais de peixes herbívoros itinerantes, a fim de analisar a relação da sua abundância com a estruturação da comunidade de macroalgas, sobre o efeito da área fechada (ZPRE). O turf calcário foi o grupo mais abundante em todos os recifes estudados (>60%), não sendo afetado pelo regime de proteção. Entretanto, na zona de back reef foi registrada uma queda significativa de quase 20% na sua frequência, dando espaço para Halimeda spp. se desenvolver. As análises apresentam claramente uma diferença significativa na estruturação da comunidade de macroalgas, tendo o turf calcário relacionado às zonas de canais e Halimeda spp. aos back reefs. Ao mesmo tempo, as algas mais palatáveis (folhosas corticadas e turf de algas corticadas) foram significativamente mais abundantes na área aberta, onde a pesca é permitida. O turf calcário revelou ser composto principalmente pelos táxons de Jania spp./ Amphiroa spp., e diferentes grupos morfofuncionais de algas envolto a essa matriz de algas calcárias. A análise das espécies associadas mostrou que as algas corticadas apareceram em todas as amostras de material biológico, sendo a principal espécie associada ao turf calcário. Enquanto, as algas filamentosas foram influenciadas pelo regime de proteção, sendo mais abundante na zona de canal da área aberta, indicando efeitos causados pela baixa herbivoria. A biomassa média de indivíduos adultos por 100 m², de peixes da família Acanturidae e Scaridae, foi significativamente maior na área fechada, onde estas espécies formam grandes cardumes mistos. Essas agregações são frequentemente observadas alimentando-se sobre os recifes. Nossos resultados indicam que o efeito da herbivoria influencia a composição e distribuição das espécies de algas calcárias, corticadas, folhosas corticadas e filamentosas. Somado à constante perda na cobertura de corais e ao aumento na frequência e força dos eventos climáticos extremos, ocasionados pelas mudanças climáticas, as funções ecológicas nos recifes seguem fortemente ameaçadas. O aumento da dominância por macroalgas é resultado de efeitos sinérgicos entre a diminuição da herbivoria, causada pela sobrepesca, e a frequência dos fatores que favorecem a competição para as macroalgas nos recifes, como o aumento de nutrientes, sedimentação e ondas de calor. Sendo assim, faz-se necessário a compreensão mais detalhada das espécies e grupos funcionais de macroalgas que estruturam as comunidades recifais atualmente, tal como seu papel na evolução e serviços ecológicos prestados aos ambientes. As previsões futuras mostram cenários preocupantes sobre o funcionamento dos recifes de corais, identificar as funções e relações ecológicas em curso, principalmente sobre a estruturação dos grupos formadores de turfs, pode auxiliar nas futuras tomadas de decisões e estratégias para conservação dos recifes de corais.
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MATTHEUS NORÕES PEREIRA DE ALMEIDA
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INTERAÇÃO MACROFAUNA X MACROALGAS EM RECIFES COSTEIROS COMO INDICADOR DE URBANIZAÇÃO NA COSTA PERNAMBUCANA
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Orientador : JOSE SOUTO ROSA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE SOUTO ROSA FILHO
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GIULIANO BUZÁ JACOBUCCI
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MÔNICA LÚCIA BOTTER CARVALHO
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Data: 17/04/2024
Ata de defesa assinada:
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Ecossistemas recifais possuem alta complexidade e produtividade, além de uma alta diversidade , servindo como áreas de alimentação, substrato para o estabelecimento de organismos sésseis, desenvolvimento, reprodução e berçário para diversas espécies marinhas, bem como prestam diversos serviços ecossistêmicos. Apesar da sua elevada importância social e económica, os recifes têm sofrido diversos impactos antropogénicos, devido à intensa e desordenada ocupação urbana. Portanto, este estudo teve como objetivo caracterizar as comunidades macrobênticas associadas às macroalgas em praias do litoral de Pernambuco com diferentes graus de urbanização e utilizar a relação macrofauna X macroalgas como indicador de urbanização. Para tal, foram coletadas amostras da macrofauna epifítica associadas a Gelidium spp., Gelidiella acerosa e Palisada perforata em seis praias em diferentes graus de urbanização no litoral pernambucano, bem como foram coletados os parâmetros ambientais a fim auxiliar na caracterização desses ambientes. Atributos morfológicos das macroalgas também foram medidos através da dimensão fractal. Em regiões altamente urbanizadas foram registradas maiores concentrações de nutrientes. A complexidade estrutural das macroalgas não variou significativamente entre os níveis de urbanização e períodos sazonais, tendo uma baixa explicação sobre a macrofauna. A estrutura da macrofauna variou significativamente entre os graus de urbanização e período sazonal, a abundância da macrofauna foi maior em áreas altamente urbanizadas. Diversidade e riqueza de espécies foram menores nas áreas altamente urbanizadas, o que reforça que a macrofauna pode ser utilizada como uma ferramenta para bioindicação de perturbações ambientais antrópicas, como a urbanização.
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Ecossistemas recifais possuem alta complexidade e produtividade, além de uma alta diversidade , servindo como áreas de alimentação, substrato para o estabelecimento de organismos sésseis, desenvolvimento, reprodução e berçário para diversas espécies marinhas, bem como prestam diversos serviços ecossistêmicos. Apesar da sua elevada importância social e económica, os recifes têm sofrido diversos impactos antropogénicos, devido à intensa e desordenada ocupação urbana. Portanto, este estudo teve como objetivo caracterizar as comunidades macrobênticas associadas às macroalgas em praias do litoral de Pernambuco com diferentes graus de urbanização e utilizar a relação macrofauna X macroalgas como indicador de urbanização. Para tal, foram coletadas amostras da macrofauna epifítica associadas a Gelidium spp., Gelidiella acerosa e Palisada perforata em seis praias em diferentes graus de urbanização no litoral pernambucano, bem como foram coletados os parâmetros ambientais a fim auxiliar na caracterização desses ambientes. Atributos morfológicos das macroalgas também foram medidos através da dimensão fractal. Em regiões altamente urbanizadas foram registradas maiores concentrações de nutrientes. A complexidade estrutural das macroalgas não variou significativamente entre os níveis de urbanização e períodos sazonais, tendo uma baixa explicação sobre a macrofauna. A estrutura da macrofauna variou significativamente entre os graus de urbanização e período sazonal, a abundância da macrofauna foi maior em áreas altamente urbanizadas. Diversidade e riqueza de espécies foram menores nas áreas altamente urbanizadas, o que reforça que a macrofauna pode ser utilizada como uma ferramenta para bioindicação de perturbações ambientais antrópicas, como a urbanização.
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JULIA DE ARAGAO SOARES GRIZ
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AVALIAÇÃO DA TOXICIDADE DO LIXIVIADO DE BITUCAS DE CIGARRO SOBRE O MEXILHÃO Mytella charruana
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Orientador : ELIETE ZANARDI LAMARDO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELIETE ZANARDI LAMARDO
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GILVAN TAKESHI YOGUI
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RODRIGO BRASIL CHOUERI
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Data: 18/04/2024
Ata de defesa assinada:
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Estudos têm indicado que a bituca de cigarro (BC) é um dos detritos mais recorrentes na composição geral do lixo descartado irregularmente em zonas costeiras acarretando potenciais fontes de contaminação. Embora alguns estudos tenham sido realizados, os riscos associados a esse tipo de contaminação ainda não foram amplamente estudados e muitas lacunas no entendimento dos efeitos potenciais sobre a biota aquática precisam ser preenchidas. O presente estudo teve como objetivo avaliar os danos induzidos pela exposição a BCs sobre moluscos bivalves. Foram realizados experimentos de exposição à lixiviados de BCs, utilizando mexilhões da espécie Mytella charruana, com dois tempos de exposição (24 e 120h). Para obtenção das bitucas, os cigarros foram artificialmente fumados pelo emprego de uma bomba de vácuo de baixa pressão, com um ciclo de 8s de queima ativa e 45s de queima passiva. Cinco diferentes tratamentos foram considerados nos experimentos, que foram realizados em aquários de 20 L, contendo 16 mexilhões adultos em cada. No tratamento controle (TC), os organismos foram expostos apenas à água do mar utilizada para diluição. Os demais tratamentos foram preparados com diluições progressivas dos lixiviados nas concentrações 0,01%, 0,1%, 1% e 10%. Amostras de água dos aquários foram coletadas ao final de cada tratamento para posterior quantificação química de HPAs e elementos traço. Ao final do período de exposição, 7 organismos de cada aquário foram aletoriamente selecionados para obtenção de amostras para a avaliação da estabilidade da membrana lisossômica, através dos tempos de retenção do corante vermelho neutro (TRCVN). Ao longo de todos os tratamentos e tempos de exposição, foram analisados 160 organismos adultos. Foi medido o TRCVN pelos lisossomos através da estimativa da proporção de células exibindo “vazamento” do corante ou exibindo alguma característica anormal dos lisossomos. Em ambos os tempos de exposição, os TRCVN variaram do 0 a 120 min. Foram encontradas diferenças significativas em todos os tratamentos em relação ao controle, exceto para a diluição de 1% no T1. No T2, foi observada uma clara tendencia de diminuição dos TRCVN com o aumento da concentração do lixiviado. Nas águas dos aquários, foram analisadas as concentrações de 7 elementos traço em três momentos diferentes - T0, T1 e T2. também foi analisado o lixiviado bruto. No lixiviado, 4 elementos apresentaram concentrações abaixo de seus respectivos limites de quantificação e 4 não foram detectados. Cu, Fe, e Zn apresentaram concentrações variando de 0,045, 0,053 e 0,060 ng L-1, respectivamente. Não foram identificadas grandes variações entre as diluições, nem entre os tempos de exposição, sugerindo que as alterações observadas nos TRCVN não foram resultantes da contaminação por elementos traço. Os HPAs de baixo peso molecular foram predominantes em comparação com os compostos de alto peso molecular, provavelmente em função de suas solubilidades. O naftaleno foi o composto de maior concentração em ambas as matrizes analisadas. Além da absorção pelos organismos, outros processos físico-químico atuaram na degradação dos HPAs ao longo dos experimentos. A continuidade de estudos com bitucas de cigarro é imprescindível para a plena compreensão dos reais efeitos que a poluição por BCs podem causar no meio ambiente.
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Estudos têm indicado que a bituca de cigarro (BC) é um dos detritos mais recorrentes na composição geral do lixo descartado irregularmente em zonas costeiras acarretando potenciais fontes de contaminação. Embora alguns estudos tenham sido realizados, os riscos associados a esse tipo de contaminação ainda não foram amplamente estudados e muitas lacunas no entendimento dos efeitos potenciais sobre a biota aquática precisam ser preenchidas. O presente estudo teve como objetivo avaliar os danos induzidos pela exposição a BCs sobre moluscos bivalves. Foram realizados experimentos de exposição à lixiviados de BCs, utilizando mexilhões da espécie Mytella charruana, com dois tempos de exposição (24 e 120h). Para obtenção das bitucas, os cigarros foram artificialmente fumados pelo emprego de uma bomba de vácuo de baixa pressão, com um ciclo de 8s de queima ativa e 45s de queima passiva. Cinco diferentes tratamentos foram considerados nos experimentos, que foram realizados em aquários de 20 L, contendo 16 mexilhões adultos em cada. No tratamento controle (TC), os organismos foram expostos apenas à água do mar utilizada para diluição. Os demais tratamentos foram preparados com diluições progressivas dos lixiviados nas concentrações 0,01%, 0,1%, 1% e 10%. Amostras de água dos aquários foram coletadas ao final de cada tratamento para posterior quantificação química de HPAs e elementos traço. Ao final do período de exposição, 7 organismos de cada aquário foram aletoriamente selecionados para obtenção de amostras para a avaliação da estabilidade da membrana lisossômica, através dos tempos de retenção do corante vermelho neutro (TRCVN). Ao longo de todos os tratamentos e tempos de exposição, foram analisados 160 organismos adultos. Foi medido o TRCVN pelos lisossomos através da estimativa da proporção de células exibindo “vazamento” do corante ou exibindo alguma característica anormal dos lisossomos. Em ambos os tempos de exposição, os TRCVN variaram do 0 a 120 min. Foram encontradas diferenças significativas em todos os tratamentos em relação ao controle, exceto para a diluição de 1% no T1. No T2, foi observada uma clara tendencia de diminuição dos TRCVN com o aumento da concentração do lixiviado. Nas águas dos aquários, foram analisadas as concentrações de 7 elementos traço em três momentos diferentes - T0, T1 e T2. também foi analisado o lixiviado bruto. No lixiviado, 4 elementos apresentaram concentrações abaixo de seus respectivos limites de quantificação e 4 não foram detectados. Cu, Fe, e Zn apresentaram concentrações variando de 0,045, 0,053 e 0,060 ng L-1, respectivamente. Não foram identificadas grandes variações entre as diluições, nem entre os tempos de exposição, sugerindo que as alterações observadas nos TRCVN não foram resultantes da contaminação por elementos traço. Os HPAs de baixo peso molecular foram predominantes em comparação com os compostos de alto peso molecular, provavelmente em função de suas solubilidades. O naftaleno foi o composto de maior concentração em ambas as matrizes analisadas. Além da absorção pelos organismos, outros processos físico-químico atuaram na degradação dos HPAs ao longo dos experimentos. A continuidade de estudos com bitucas de cigarro é imprescindível para a plena compreensão dos reais efeitos que a poluição por BCs podem causar no meio ambiente.
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EMANUELLY PAULINY MODESTO DOS SANTOS
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Taxonomia de Bopyridae (Isopoda: Epicaridea) associados a camarões-pistola (Decapoda: Caridea: Alpheidae) em regiões estuarinas e praias rochosas de Pernambuco, Brasil
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Orientador : JESSER FIDELIS DE SOUZA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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JESSER FIDELIS DE SOUZA FILHO
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PAULA BEATRIZ ARAUJO
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CRISTIANA SILVEIRA SEREJO
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Data: 01/07/2024
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This paper presents a study of parasitic isopods of the Bobyridae family infesting shrimp of the genus Alpheus in estuarine regions and rocky beaches of Pernambuco. Manual collections were carried out between 2017 and 2023 in the mangrove plains of the Massangana River, Suape - PE, obtaining a total number of 1,715 shrimp (1,362 Alpheus estuariensis, 353 Salmoneus carvachoi), of which 13 A. estuariensis, five S. carvachoi had gill parasites. Three A. formosus and one A. carlae, both shrimps collected at Praia do Paraíso, Suape - PE, were also infested with gill parasites. The parasites were separated and labeled, and measurements of the parasites (total length) and hosts (carapace length) were taken. Photographs were taken using a LEICA stereomicroscope and the final figures were assembled using Photoshop. The drawings of the parasites were produced with the aid of a lucid camera installed in a stereomicroscope (Leica DME), then vectorized with CorelDRAW. In order to arrive at the lowest taxonomic level of the bopyrids, the most up-to-date dichotomous keys available in the literature were consulted, as well as the original descriptions of the taxa identified. Statistical analyses were appropriate according to the literature (prevalence, linear regression, ANOVA, Kruskal-Wallis). The results revealed a new record of Parabobyrella richardsonae for Brazil, infesting A. estuariensis, S. carvachoi in an estuarine environment and A. formosus on a rocky beach, where possible changes in the biological aspects of the relationship between A. estuariensis and the parasite P. richardsonae were reported. Finally, the description of a new species of the genus Ovobopyrus Markham, 1985, parasitizing A. carlae Anker, 2012, the second species of the genus in the world and the first record of the genus in Brazil. The adult female of Ovobopyrus sp. nov. is diagnosed by the head produced in small anterolateral projections; antenna 1 with three articles; subquadrate maxilliped with a non-articulated palpus with nine long simple setae; oostegite 1 with a sinuous internal crest with five small lobes; carpus of the pereopods with tufts of bristles distally; bilobed terminal pleomere. Dichotomous keys to the genera of the Bopyrinae for Brazil, identification keys to the species of Ovobopyrus and the species of Parabopyrella recorded in Brazil, have been made available.
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This paper presents a study of parasitic isopods of the Bobyridae family infesting shrimp of the genus Alpheus in estuarine regions and rocky beaches of Pernambuco. Manual collections were carried out between 2017 and 2023 in the mangrove plains of the Massangana River, Suape - PE, obtaining a total number of 1,715 shrimp (1,362 Alpheus estuariensis, 353 Salmoneus carvachoi), of which 13 A. estuariensis, five S. carvachoi had gill parasites. Three A. formosus and one A. carlae, both shrimps collected at Praia do Paraíso, Suape - PE, were also infested with gill parasites. The parasites were separated and labeled, and measurements of the parasites (total length) and hosts (carapace length) were taken. Photographs were taken using a LEICA stereomicroscope and the final figures were assembled using Photoshop. The drawings of the parasites were produced with the aid of a lucid camera installed in a stereomicroscope (Leica DME), then vectorized with CorelDRAW. In order to arrive at the lowest taxonomic level of the bopyrids, the most up-to-date dichotomous keys available in the literature were consulted, as well as the original descriptions of the taxa identified. Statistical analyses were appropriate according to the literature (prevalence, linear regression, ANOVA, Kruskal-Wallis). The results revealed a new record of Parabobyrella richardsonae for Brazil, infesting A. estuariensis, S. carvachoi in an estuarine environment and A. formosus on a rocky beach, where possible changes in the biological aspects of the relationship between A. estuariensis and the parasite P. richardsonae were reported. Finally, the description of a new species of the genus Ovobopyrus Markham, 1985, parasitizing A. carlae Anker, 2012, the second species of the genus in the world and the first record of the genus in Brazil. The adult female of Ovobopyrus sp. nov. is diagnosed by the head produced in small anterolateral projections; antenna 1 with three articles; subquadrate maxilliped with a non-articulated palpus with nine long simple setae; oostegite 1 with a sinuous internal crest with five small lobes; carpus of the pereopods with tufts of bristles distally; bilobed terminal pleomere. Dichotomous keys to the genera of the Bopyrinae for Brazil, identification keys to the species of Ovobopyrus and the species of Parabopyrella recorded in Brazil, have been made available.
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STEPHAN CARTY PACHECO
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ECOLOGIA ALIMENTAR E DA CONTAMINAÇÂO POR MICROPLÁSTICOS DE ANCHOVIA CLUPEOIDES E CETENGRAULIS EDENTULUS (SWAINSON, 1839) NO ESTUÁRIO DO RIO GOIANA – RESEX ACAÚ-GOIANA (PE/PB)
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Orientador : MARIO BARLETTA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARIO BARLETTA
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DAVID VALENCA DANTAS
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MARIA INES BRUNO TAVARES
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Data: 01/08/2024
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Este estudo descreve a distribuição, ecologia alimentar e contaminação nas diferentes fases ontogenéticas de A. clupeoides e C. edentulus no estuário, onde a espécie estuarina A. cluepoides apresentou maior densidade na porção superior do estuário durante o final da seca em adultos, em juvenis a maior densidade foi na porção inferior do estuário durante o final da chuva onde essa área é considerada berçário para essa espécie. A espécie marinha C. edentulus, apresentou maior densidade na porção superior do estuário durante o final da seca, com a ausência de juvenis se sugere que o berçário fica na região costeira, eles aproveitam a temporada da seca para ingressar ao estuário e completar seu ciclo de vida. A dieta de A. cluepoides consistiu principalmente por espécimenes de Copepodas, Larvas de Gastropoda, Larvas de Anomalocardia sp e Larvas de Decapoda Zoe onde houve uma preferência alimentar por zooplâncton em todas as fases ontogenéticas. Segundo a Frequência de Ocorrência (FO%) para essa espécie os maiores valores foram copepoda na porção inferior do estuário durante o início da chuva em adultos, Larvas de Anomalocardia sp na porção inferior do estuário durante o início da seca em subadultos e em juvenis foram larvas de Gastropoda na porção intermediária durante o início da seca. Em C. edentulus a alimentação consistiu principalmente em Coscinodiscus sp, Actinopthycus sp, Chaetoceros sp e Copepoda, onde a preferência desta espécie foi pelo fitoplâncton em todas as fases ontogenéticas estudadas. Os maiores valores de FO% para essa espécie foram Coscinodiscus sp e Actinopthycus sp na porção inferior do estuário no final da chuva em adultos; Coscinodiscus sp e Actinopthycus sp na porção inferior do estuário no final da seca e copepoda na poção superior do estuário durante o final da seca em subadultos. A contaminação por microplásticos (MPs) em A. clupeoides mostrou uma contaminação de fibras pretas, azuis, vermelhas e verdes onde as fibras pretas e azuis foram de maios prevalência. Para C. edentulus apresentou uma prevalência de MPs de fibras azuis e vermelhas.
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Este estudo descreve a distribuição, ecologia alimentar e contaminação nas diferentes fases ontogenéticas de A. clupeoides e C. edentulus no estuário, onde a espécie estuarina A. cluepoides apresentou maior densidade na porção superior do estuário durante o final da seca em adultos, em juvenis a maior densidade foi na porção inferior do estuário durante o final da chuva onde essa área é considerada berçário para essa espécie. A espécie marinha C. edentulus, apresentou maior densidade na porção superior do estuário durante o final da seca, com a ausência de juvenis se sugere que o berçário fica na região costeira, eles aproveitam a temporada da seca para ingressar ao estuário e completar seu ciclo de vida. A dieta de A. cluepoides consistiu principalmente por espécimenes de Copepodas, Larvas de Gastropoda, Larvas de Anomalocardia sp e Larvas de Decapoda Zoe onde houve uma preferência alimentar por zooplâncton em todas as fases ontogenéticas. Segundo a Frequência de Ocorrência (FO%) para essa espécie os maiores valores foram copepoda na porção inferior do estuário durante o início da chuva em adultos, Larvas de Anomalocardia sp na porção inferior do estuário durante o início da seca em subadultos e em juvenis foram larvas de Gastropoda na porção intermediária durante o início da seca. Em C. edentulus a alimentação consistiu principalmente em Coscinodiscus sp, Actinopthycus sp, Chaetoceros sp e Copepoda, onde a preferência desta espécie foi pelo fitoplâncton em todas as fases ontogenéticas estudadas. Os maiores valores de FO% para essa espécie foram Coscinodiscus sp e Actinopthycus sp na porção inferior do estuário no final da chuva em adultos; Coscinodiscus sp e Actinopthycus sp na porção inferior do estuário no final da seca e copepoda na poção superior do estuário durante o final da seca em subadultos. A contaminação por microplásticos (MPs) em A. clupeoides mostrou uma contaminação de fibras pretas, azuis, vermelhas e verdes onde as fibras pretas e azuis foram de maios prevalência. Para C. edentulus apresentou uma prevalência de MPs de fibras azuis e vermelhas.
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VICTÓRIA SINCORÁ XAVIER
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INTERAÇÕES OCEANOGRÁFICAS NA DINÂMICA POPULACIONAL DO POLVO OCTOPUS INSULARIS (LEITE & HAIMOVICI, 2008), EXPLORADO NO RIO GRANDE DO NORTE
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Orientador : MARCELO FRANCISCO DE NOBREGA
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MEMBROS DA BANCA :
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MARCELO FRANCISCO DE NOBREGA
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JOSE SOUTO ROSA FILHO
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HELENA MATTHWES CASCON NUNES
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BRUNO BRAULINO BATISTA
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ILKA SIQUEIRA LIMA BRANCO NUNES
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Data: 12/08/2024
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A espécie Octopus insularis (Leite & Haimovici, 2008) é ecologicamente importante e tem relevância socioeconômica no Nordeste do Brasil, sendo pescada com potes de cimento em Rio do Fogo, RN, por mergulho livre e com compressor. A falta de dados pesqueiros e regulamentação específica motiva este estudo, que investiga a estrutura populacional, o padrão reprodutivo, e a influência de variáveis ambientais na abundância e distribuição da espécie. Entre outubro de 2019 e janeiro de 2022, foram registrados 607 desembarques, resultando em 23.413 toneladas e 35.821 exemplares capturados. Uma subamostra (n=1.265) foi medida e pesada. Utilizou-se o Índice de Abundância Relativo, estimado pela Captura por Unidade de Esforço (CPUE= kg/100 potes), e um Modelo Linear Generalizado foi aplicado para analisar a CPUE em relação às variáveis mês, profundidade e tipo de substrato. Adicionalmente, amostras foram coletadas mensalmente de janeiro a dezembro de 2020, medidas (comprimento do manto e total) e pesadas, com gônadas sexadas, classificadas quanto ao estágio maturacional e processadas histologicamente. Um Modelo Linear Generalizado foi aplicado para modelar o Índice Gonadossomático (IGS) em função de mês, sexo e peso total. Dos 234 polvos coletados, 54% eram fêmeas e 46% machos, com uma proporção sexual de 1M:1,17F, sem diferenças significativas. O Índice Gonadossomático (IGS) variou ao longo do ano, com picos em janeiro, julho e outubro, e indivíduos maduros foram encontrados na maioria dos meses. O desenvolvimento assíncrono dos ovócitos indicou desova repetida durante um único evento reprodutivo, evidenciando a estratégia reprodutiva da espécie. Os tamanhos (L50) e pesos (P50) de primeira reprodução foram estimados em 11,46 cm e 526 g para machos, e 13,67 cm e 732 g para fêmeas evidenciando que os machos maturam mais cedo que as fêmeas. A população de O. insularis é composta principalmente por indivíduos jovens, com fêmeas maiores em comprimento e peso médios. A abundância relativa foi maior entre agosto e janeiro, nos meses mais quentes, quando o mar está calmo e as águas são mais transparentes. Observou-se segregação de tamanhos por profundidade, com exemplares maiores encontrados em águas profundas, especialmente na restinga (10-15 m). A distribuição observada sugere migração reprodutiva para áreas profundas, onde a deposição dos ovos é mais segura. As informações geradas visam subsidiar normativas para a conservação e uso sustentável, e regulamentar a exploração de polvo na região.
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A espécie Octopus insularis (Leite & Haimovici, 2008) é ecologicamente importante e tem relevância socioeconômica no Nordeste do Brasil, sendo pescada com potes de cimento em Rio do Fogo, RN, por mergulho livre e com compressor. A falta de dados pesqueiros e regulamentação específica motiva este estudo, que investiga a estrutura populacional, o padrão reprodutivo, e a influência de variáveis ambientais na abundância e distribuição da espécie. Entre outubro de 2019 e janeiro de 2022, foram registrados 607 desembarques, resultando em 23.413 toneladas e 35.821 exemplares capturados. Uma subamostra (n=1.265) foi medida e pesada. Utilizou-se o Índice de Abundância Relativo, estimado pela Captura por Unidade de Esforço (CPUE= kg/100 potes), e um Modelo Linear Generalizado foi aplicado para analisar a CPUE em relação às variáveis mês, profundidade e tipo de substrato. Adicionalmente, amostras foram coletadas mensalmente de janeiro a dezembro de 2020, medidas (comprimento do manto e total) e pesadas, com gônadas sexadas, classificadas quanto ao estágio maturacional e processadas histologicamente. Um Modelo Linear Generalizado foi aplicado para modelar o Índice Gonadossomático (IGS) em função de mês, sexo e peso total. Dos 234 polvos coletados, 54% eram fêmeas e 46% machos, com uma proporção sexual de 1M:1,17F, sem diferenças significativas. O Índice Gonadossomático (IGS) variou ao longo do ano, com picos em janeiro, julho e outubro, e indivíduos maduros foram encontrados na maioria dos meses. O desenvolvimento assíncrono dos ovócitos indicou desova repetida durante um único evento reprodutivo, evidenciando a estratégia reprodutiva da espécie. Os tamanhos (L50) e pesos (P50) de primeira reprodução foram estimados em 11,46 cm e 526 g para machos, e 13,67 cm e 732 g para fêmeas evidenciando que os machos maturam mais cedo que as fêmeas. A população de O. insularis é composta principalmente por indivíduos jovens, com fêmeas maiores em comprimento e peso médios. A abundância relativa foi maior entre agosto e janeiro, nos meses mais quentes, quando o mar está calmo e as águas são mais transparentes. Observou-se segregação de tamanhos por profundidade, com exemplares maiores encontrados em águas profundas, especialmente na restinga (10-15 m). A distribuição observada sugere migração reprodutiva para áreas profundas, onde a deposição dos ovos é mais segura. As informações geradas visam subsidiar normativas para a conservação e uso sustentável, e regulamentar a exploração de polvo na região.
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MARCELA ROCHA CINTRA CARVALHO
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POPULARIZAÇÃO CIENTÍFICA: uma análise da divulgação, para o público não especializado, das ciências do mar produzidas pelos departamentos de oceanografia das universidades públicas brasileiras
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Orientador : MIRELLA BORBA SANTOS FERREIRA COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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MIRELLA BORBA SANTOS FERREIRA COSTA
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MARIANA GUENTHER SOARES
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CATARINA DA ROCHA MARCOLIN
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Data: 14/08/2024
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A divulgação científica (DC) é uma importante ferramenta de educação e empoderamento social. Quando voltada para as ciências do mar, pode exercer um papel conscientizador em prol da preservação oceânica. O presente trabalho foi desenvolvido com o objetivo de avaliar como, e se, pesquisadores dos departamentos de oceanografia das universidades públicas do Brasil estão atuando na popularização científica de suas pesquisas para o público geral, com foco no uso das redes sociais digitais como ferramentas para realizar estes trabalhos. Tendo em vista que a maior parte das pesquisas científicas é financiada por recursos públicos geridos por instituições públicas de ensino no país, incluindo as universidades, considera-se que essa análise pode contribuir para o debate sobre a importância da aproximação entre academia e sociedade, além de incentivar a promoção de uma cultura de divulgação das ciências do mar. Para este levantamento, um questionário virtual com 30 perguntas de múltipla escolha e dissertativas, hospedado na plataforma Formulários Google, foi enviado aos docentes dos mencionados departamentos, por e-mail. As respostas foram coletadas e analisadas através do programa Excel, que permite uso de filtros para melhor cruzamento de dados. Dos 288 potenciais participantes, 40 respostas válidas foram coletadas, o que representa 13,8% do público-alvo. As informações obtidas a partir do questionário mostraram que 92,5% dos respondentes afirmaram ter interesse pela divulgação das ciências do mar para o público geral, 85% afirmaram realizar algum tipo de atividade de popularização científica e 72,5% informaram utilizar as redes sociais como uma das ferramentas para tais trabalhos. Como obstáculos encontrados pelos participantes para a não realização de divulgação científica, foram apontados a falta de tempo, de investimentos e valorização e de conhecimento técnico. Estas informações sugerem que não há, ao longo da formação acadêmica e profissional dos oceanógrafos, incentivo à popularização científica como parte do escopo de trabalho do cientista acadêmico interessado em realizá-lo. Ampliar e fortalecer o debate sobre a divulgação das ciências do mar produzidas na academia a fim de se estimular uma cultura neste sentido é essencial para aproximar a sociedade da academia, informando-a e conscientizando-a, com base no conhecimento científico, sobre o papel do oceano para a sobrevivência humana.
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IONARA FREITAS SILVA
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AVALIAÇÕES GENOTÓXICAS DE ESPÉCIES DO GÊNERO Callinectes spp. EM ESTUÁRIOS AFETADOS POR DERRAMAMENTO DE ÓLEO NO LITORAL DE PERNAMBUCO, BRASIL
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Orientador : JESSER FIDELIS DE SOUZA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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JESSER FIDELIS DE SOUZA FILHO
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ALEXANDRE OLIVEIRA DE ALMEIDA
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ROXANNY HELEN DE ARRUDA SANTOS
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Data: 30/08/2024
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O presente estudo teve como objetivo analisar, através da alimentação e de testes genotóxicos, o potencial de três espécies do gênero Callinectes como bioindicadoras de condições do ambiente. Para o estudo de genotoxicidade foram avaliados siris nos anos de 2022 a 2023, em que durante este período houve o registro do ressurgimento de petróleo no Nordeste do Brasil, em forma de “tar balls”. As coletas foram realizadas em três áreas: Atapuz, Carneiros e Suape nos meses de maio e novembro de 2022 e maio de 2023. Para análise de macrolesões ao DNA foi utilizado o teste de Micronúcleo (MN). Foi detectada a ingestão de óleo por parte dos siris durante o estudo, além de expresso uma alta porcentagem de lesões em seu material genético. No estudo com a alimentação dos espécimes, as coletas foram realizadas nos mesmos pontos do estudo anterior, sendo uma avaliação durante os anos de 2020 a 2023. Para este foram realizadas coletas de sedimento nos estuários e posteriormente a extração e análise do HPA, além da análise de microlesões no material genético através do Ensaio Cometa (ID). Após observação dos itens presentes em sua dieta, foi visto que dos 173 espécimes coletados, aproximadamente 20% continham material oleoso em seu estômago. No período dos derramamentos os resultados apontam um aumento nos níveis de HPAs, que coincidem com as maiores médias do índice de danos (ID). A ingestão desses contaminantes pode ser explicada por alguns fatores. Maior ingestão de sedimentos pelas espécies, por fatores pluviométricos, processos naturais, como a lixiviação e alta predação. Os danos genéticos apontam que as espécies expostas à contaminação tem correlação com os períodos de derramamento de petróleo.
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O presente estudo teve como objetivo analisar, através da alimentação e de testes genotóxicos, o potencial de três espécies do gênero Callinectes como bioindicadoras de condições do ambiente. Para o estudo de genotoxicidade foram avaliados siris nos anos de 2022 a 2023, em que durante este período houve o registro do ressurgimento de petróleo no Nordeste do Brasil, em forma de “tar balls”. As coletas foram realizadas em três áreas: Atapuz, Carneiros e Suape nos meses de maio e novembro de 2022 e maio de 2023. Para análise de macrolesões ao DNA foi utilizado o teste de Micronúcleo (MN). Foi detectada a ingestão de óleo por parte dos siris durante o estudo, além de expresso uma alta porcentagem de lesões em seu material genético. No estudo com a alimentação dos espécimes, as coletas foram realizadas nos mesmos pontos do estudo anterior, sendo uma avaliação durante os anos de 2020 a 2023. Para este foram realizadas coletas de sedimento nos estuários e posteriormente a extração e análise do HPA, além da análise de microlesões no material genético através do Ensaio Cometa (ID). Após observação dos itens presentes em sua dieta, foi visto que dos 173 espécimes coletados, aproximadamente 20% continham material oleoso em seu estômago. No período dos derramamentos os resultados apontam um aumento nos níveis de HPAs, que coincidem com as maiores médias do índice de danos (ID). A ingestão desses contaminantes pode ser explicada por alguns fatores. Maior ingestão de sedimentos pelas espécies, por fatores pluviométricos, processos naturais, como a lixiviação e alta predação. Os danos genéticos apontam que as espécies expostas à contaminação tem correlação com os períodos de derramamento de petróleo.
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LUIZA PEREIRA GOMES
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Variação diária do uso do espaço e alimentação do peixe-papagaio-cinza (Sparisoma axillare) em um recife de coral do Atlântico Sul
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Orientador : BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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SIGRID NEUMANN LEITAO
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JOAO LUCAS LEAO FEITOSA
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MAURO MAIDA
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LEONARDO SCHLOGEL BUENO
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Data: 26/09/2024
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Os peixes herbívoros recifais, tais como os peixes-papagaio, são mediadores importantes na dinâmica competitiva entre corais e algas, sendo essenciais para a saúde e resiliência dos recifes de coral. Os padrões diários de movimentação, abundância e distribuição desses animais no recife são influenciados por diversos fatores, tais como complexidade do habitat, composição bentônica, qualidade e disponibilidade de recursos, competições intra e interespecíficas e risco de predação. O Sparisoma axillare é um peixe herbívoro-detritívoro errante e abundante nos recifes de Tamandaré, sendo uma peça-chave na estruturação, resiliência e equilíbrio desse ecossistema. É uma espécie endêmica do Atlântico Sul Ocidental, extremamente pescada na região e considerado vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN. O objetivo do estudo foi compreender os padrões de movimentação diurna de uma espécie de peixe recifal herbívoro, o Sparisoma axillare, assim como os fatores que influenciam essa movimentação, através da análise de dados de telemetria acústica, herbivoria e abundância. Os dados de telemetria foram coletados entre os anos de 2016 e 2018 e analisados entre os anos de 2023 e 2024. 14 peixes foram levados em consideração para o estudo. O período diurno foi dividido em cinco blocos, sendo: B1 05:00 – 06:59; B2 07:00 – 09:59; B3 10:00 – 12:59; B4 13:00 – 15:59; B5 16:00 – 18:00. O número de detecção por bloco de hora foi obtido para cada indivíduo e calculados os centros de atividade (COAs). A partir desses valores, foi possível calcular as áreas de core range e os índices de sobreposição (Overlap Index – OI) individuais. Para análise da variação no número de detecções, tamanho do core range e OI por bloco de hora, foi aplicada uma ANOVA de medida repetidas com post-hoc em cada variável. O maior valor de core range entre os 14 peixes foi de 0,266 km², no B5 e o menor, de 0,042 km², no B3. Em média, os menores valores de core range e número de detecções, foram nos B1 e B5. Já os maiores valores, no B3. Os três testes ANOVA de medidas repetidas se mostraram significativos (p<0,05), indicando que há variação entre os blocos de hora para as variáveis aplicadas. Nossos resultados sugerem que, no meio do dia, os peixes estão no pico da movimentação e exploram áreas maiores que nos outros horários ao passo que, nos crepúsculos, acontece o oposto. Esse padrão pode ser explicado, muito provavelmente, pelos seguintes aspectos: (1) fidelidade aos sítios de descanso (2) valor nutricional das algas e estratégias de forrageamento; (3) busca por abrigos noturnos e (4) interações inter- e intraespecíficas. Os dados de herbivoria e abundância foram coletados, respectivamente, utilizando o método de amostragem focal do animal adaptada (com câmera GoPro) e censos visuais pela metodologia do Reef Check Brasil. Durante a análise dos vídeos, foram levados em consideração três comportamentos: taxa de mordida, tipo de substrato consumido (itens alimentares preferenciais) e relações antagonistas com indivíduos do gênero Stegastes. Os dados da taxa de mordida geral e nos substratos preferenciais foram analisados a partir de testes de ANOVA de uma via com post-hoc. Para o fator “interação com Stegastes spp.”, foi aplicado um teste ANCOVA. Cinco regressões lineares (referentes aos cinco blocos de hora) foram realizadas para verificar a tendência da combinação entre taxa de mordida e interação com Stegastes spp. Para os dados de abundância, foi utilizado o teste Kruskal-Wallis, tanto para todos os peixes quanto apenas para aqueles com tamanho corporal ≥20 cm. Para todos os testes, o intuito foi verificar alterações nas variáveis entre os blocos de hora. A taxa de mordida não se mostrou significativa entre os blocos de hora (p=0,184), mas nota-se variações sutis. Nos blocos um e cinco (crepúsculos), as taxas foram, em média, as mais baixas e, nos blocos três e quatro (meio-dia e meio da tarde), as mais altas. Foram encontrados quatro itens alimentares preferenciais, divididos nesse estudo, da seguinte forma: Turf (mix de algas corticadas e calcárias) – TURF, areia – AR, algas do gênero Halimeda spp – HAL e algas pardas (Sargassum spp, Dictyopteris spp e Dictyota spp) – AP. As categorias mais e menos consumidas foram, respectivamente, TURF e HAL. Os testes Kruskal-Wallis não foram significativos (p>0,05), com exceção para a categoria AP (p=0,002). O teste ANCOVA não se mostrou significativo para bloco de hora (p=2,02) mas teve efeito para o fator “interação com Stegastes spp.” (p=0,015). As cinco regressões lineares se mostraram todas negativamente proporcionais. O resultado do teste Kruskal-Wallis para abundância da espécie não foi significativo entre os blocos de hora (p=0,394), porém quando separado na categoria ≥20cm, foi significativo (p=0,000). Nossos resultados sugerem que a herbivoria desses peixes é maior no meio do dia e a tarde, coincidindo com o pico da fotossíntese e valor nutricional das algas. Já a abundância, é menor ao longo dos recifes no meio do dia, muito provavelmente pela alta atividade de forrageamento ativo. Por fim, os valores nos crepúsculos se mostraram baixos em todos os aspectos (telemetria, herbivoria e abundância), sugerindo uma alta fidelidade aos sítios de descanso. O estudo destaca a importância de conhecer os padrões de movimentação de animais extremamente importantes para o equilíbrio de um sistema frágil, tal como o recife de coral. Esses resultados fornecem subsídios importantes para a gestão de áreas protegidas e para políticas de conservação, contribuindo para o manejo sustentável de espécies vulneráveis nos recifes.
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Os peixes herbívoros recifais, tais como os peixes-papagaio, são mediadores importantes na dinâmica competitiva entre corais e algas, sendo essenciais para a saúde e resiliência dos recifes de coral. Os padrões diários de movimentação, abundância e distribuição desses animais no recife são influenciados por diversos fatores, tais como complexidade do habitat, composição bentônica, qualidade e disponibilidade de recursos, competições intra e interespecíficas e risco de predação. O Sparisoma axillare é um peixe herbívoro-detritívoro errante e abundante nos recifes de Tamandaré, sendo uma peça-chave na estruturação, resiliência e equilíbrio desse ecossistema. É uma espécie endêmica do Atlântico Sul Ocidental, extremamente pescada na região e considerado vulnerável pela Lista Vermelha da IUCN. O objetivo do estudo foi compreender os padrões de movimentação diurna de uma espécie de peixe recifal herbívoro, o Sparisoma axillare, assim como os fatores que influenciam essa movimentação, através da análise de dados de telemetria acústica, herbivoria e abundância. Os dados de telemetria foram coletados entre os anos de 2016 e 2018 e analisados entre os anos de 2023 e 2024. 14 peixes foram levados em consideração para o estudo. O período diurno foi dividido em cinco blocos, sendo: B1 05:00 – 06:59; B2 07:00 – 09:59; B3 10:00 – 12:59; B4 13:00 – 15:59; B5 16:00 – 18:00. O número de detecção por bloco de hora foi obtido para cada indivíduo e calculados os centros de atividade (COAs). A partir desses valores, foi possível calcular as áreas de core range e os índices de sobreposição (Overlap Index – OI) individuais. Para análise da variação no número de detecções, tamanho do core range e OI por bloco de hora, foi aplicada uma ANOVA de medida repetidas com post-hoc em cada variável. O maior valor de core range entre os 14 peixes foi de 0,266 km², no B5 e o menor, de 0,042 km², no B3. Em média, os menores valores de core range e número de detecções, foram nos B1 e B5. Já os maiores valores, no B3. Os três testes ANOVA de medidas repetidas se mostraram significativos (p<0,05), indicando que há variação entre os blocos de hora para as variáveis aplicadas. Nossos resultados sugerem que, no meio do dia, os peixes estão no pico da movimentação e exploram áreas maiores que nos outros horários ao passo que, nos crepúsculos, acontece o oposto. Esse padrão pode ser explicado, muito provavelmente, pelos seguintes aspectos: (1) fidelidade aos sítios de descanso (2) valor nutricional das algas e estratégias de forrageamento; (3) busca por abrigos noturnos e (4) interações inter- e intraespecíficas. Os dados de herbivoria e abundância foram coletados, respectivamente, utilizando o método de amostragem focal do animal adaptada (com câmera GoPro) e censos visuais pela metodologia do Reef Check Brasil. Durante a análise dos vídeos, foram levados em consideração três comportamentos: taxa de mordida, tipo de substrato consumido (itens alimentares preferenciais) e relações antagonistas com indivíduos do gênero Stegastes. Os dados da taxa de mordida geral e nos substratos preferenciais foram analisados a partir de testes de ANOVA de uma via com post-hoc. Para o fator “interação com Stegastes spp.”, foi aplicado um teste ANCOVA. Cinco regressões lineares (referentes aos cinco blocos de hora) foram realizadas para verificar a tendência da combinação entre taxa de mordida e interação com Stegastes spp. Para os dados de abundância, foi utilizado o teste Kruskal-Wallis, tanto para todos os peixes quanto apenas para aqueles com tamanho corporal ≥20 cm. Para todos os testes, o intuito foi verificar alterações nas variáveis entre os blocos de hora. A taxa de mordida não se mostrou significativa entre os blocos de hora (p=0,184), mas nota-se variações sutis. Nos blocos um e cinco (crepúsculos), as taxas foram, em média, as mais baixas e, nos blocos três e quatro (meio-dia e meio da tarde), as mais altas. Foram encontrados quatro itens alimentares preferenciais, divididos nesse estudo, da seguinte forma: Turf (mix de algas corticadas e calcárias) – TURF, areia – AR, algas do gênero Halimeda spp – HAL e algas pardas (Sargassum spp, Dictyopteris spp e Dictyota spp) – AP. As categorias mais e menos consumidas foram, respectivamente, TURF e HAL. Os testes Kruskal-Wallis não foram significativos (p>0,05), com exceção para a categoria AP (p=0,002). O teste ANCOVA não se mostrou significativo para bloco de hora (p=2,02) mas teve efeito para o fator “interação com Stegastes spp.” (p=0,015). As cinco regressões lineares se mostraram todas negativamente proporcionais. O resultado do teste Kruskal-Wallis para abundância da espécie não foi significativo entre os blocos de hora (p=0,394), porém quando separado na categoria ≥20cm, foi significativo (p=0,000). Nossos resultados sugerem que a herbivoria desses peixes é maior no meio do dia e a tarde, coincidindo com o pico da fotossíntese e valor nutricional das algas. Já a abundância, é menor ao longo dos recifes no meio do dia, muito provavelmente pela alta atividade de forrageamento ativo. Por fim, os valores nos crepúsculos se mostraram baixos em todos os aspectos (telemetria, herbivoria e abundância), sugerindo uma alta fidelidade aos sítios de descanso. O estudo destaca a importância de conhecer os padrões de movimentação de animais extremamente importantes para o equilíbrio de um sistema frágil, tal como o recife de coral. Esses resultados fornecem subsídios importantes para a gestão de áreas protegidas e para políticas de conservação, contribuindo para o manejo sustentável de espécies vulneráveis nos recifes.
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LUCAS CAVALCANTI DE MENDONCA
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CORRENTES DE RETORNO EM PRAIAS CONTROLADAS POR RECIFES (PERNAMBUCO, BRASIL)
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Orientador : MIRELLA BORBA SANTOS FERREIRA COSTA
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MEMBROS DA BANCA :
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MIRELLA BORBA SANTOS FERREIRA COSTA
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TEREZA CRISTINA MEDEIROS DE ARAUJO
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JUNIA KACENELENBOGEN GUIMARÃES
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Data: 30/09/2024
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A presença de recifes influencia diretamente a morfologia de praia uma vez que eles afetam as características das ondas que atingem à costa. Este tipo de influência é capaz de gerar pontais arenosos nas zonas de sombra dos recifes e baías nas áreas expostas, que se intercalam entre si ao longo do litoral Pernambucano. Este trabalho teve como objetivo realizar um mapeamento do litoral sul de Pernambuco das áreas de ocorrência de correntes de retorno e a persistência destas correntes ao longo do tempo, considerando as variações sazonais de incidência de ondas e as condições morfológicas de praias em função dos recifes. Os resultados mostraram que as correntes de retorno ocorrem em maior quantidade e frequência nas praias expostas em formato de baía. Um total de 9 % da linha de costa apresentou correntes de retorno persistente ao longo de todo o ano sob qualquer condição de incidência de onda, ao passo que, 25 % apresentou correntes de retorno sazonalmente e 66 % não apresentaram correntes de retorno em nenhuma época do ano. Estas últimas são caracterizadas por praias sob efeito de uma forte zona de sombra provocada pelos recifes, criando uma zona de baixa energia de onda mesmo nas marés altas. Para as praias onde não foram encontradas correntes de retorno foi realizada uma análise morfológica através de RPAS e GNSS, demonstrando que elas apresentaram um perfil de declividade suave estágio praial dissipativo e as ondas do tipo deslizantes. Os resultados do mapeamento e frequência das correntes de retorno foi ainda utilizado para definir áreas seguras para o banho ao longo do litoral. Foram identificados 29 trechos de praia do litoral pernambucano que atendem o critério de segurança para banhos, com relação as condições de correntes de retorno. Os resultados dessa pesquisa mostraram que a ocorrência e frequência das correntes de retorno ao longo do tempo em costas controladas por recifes pode ser bastante heterogêneo em resposta as mesmas condições de incidência de ondas ao largo,permitindo assim, indicar os trechos mais seguros para banhos ao longo do litoral.
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LUCAS ALVES DE ANDRADE
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MACROFAUNA BENTÔNICA DO FITAL DE MACROALGAS COMO INDICADORADE EUTROFIZAÇÃO EM RECIFES COSTEIROS DE PERNAMBUCO
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Orientador : JOSE SOUTO ROSA FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE SOUTO ROSA FILHO
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JESSER FIDELIS DE SOUZA FILHO
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ADILMA DE LOURDES MONTENEGRO COCENTINO
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Data: 30/10/2024
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Aproximadamente 0,02% dos oceanos é ocupado por recifes, ambientes de grande complexidade e biodiversidade, que abrigam aproximadamente 1⁄4 das espécies marinhas, a proximidade com a costas torna os recifes muito vulneráveis a impactos causados por ações humanas na zona costeira, globalmente estes ambientes vêm sofrendo fortes impactos negativos, proveniente dos distúrbios antropogênicos como urbanização descontrolada, exploração excessiva dos recursos naturais, lançamentos de efluentes urbanos e industriais e turismo Por tanto esse trabalho teve como objetivo descrever o impacto da descarga de efluentes urbanos na estrutura das comunidades macrobentônicas associadas a macroalgas em recifes costeiros de Pernambuco. Para tal, foram coletadas amostras da macrofauna epifítica associadas a Centroceras clavulatum, Chondracanthus acicularis e Caulerpa racemosa em duas praias em recifes costeiros próximos (praia do Pina) e afastados (praia de Boa Viagem) de pontos de lançamento de efluentes urbanos em diferentes graus de urbanização no litoral pernambucano, bem como foram coletados os parâmetros ambientais a fim auxiliar na caracterização desses ambientes. Na Praia do Pina foram registradas maiores concentrações de nutrientes. A estrutura da macrofauna variou significativamente entre locais e período sazonal. Abundância da macrofauna foi maior na Praia do Pina. Diversidade e riqueza foram maiores na Praia da Boa viagem, o que reforça que a macrofauna pode ser utilizada como uma ferramenta para bioindicação de perturbações ambientais antrópicas, como contaminação por efluentes.
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Aproximadamente 0,02% dos oceanos é ocupado por recifes, ambientes de grande complexidade e biodiversidade, que abrigam aproximadamente 1⁄4 das espécies marinhas, a proximidade com a costas torna os recifes muito vulneráveis a impactos causados por ações humanas na zona costeira, globalmente estes ambientes vêm sofrendo fortes impactos negativos, proveniente dos distúrbios antropogênicos como urbanização descontrolada, exploração excessiva dos recursos naturais, lançamentos de efluentes urbanos e industriais e turismo Por tanto esse trabalho teve como objetivo descrever o impacto da descarga de efluentes urbanos na estrutura das comunidades macrobentônicas associadas a macroalgas em recifes costeiros de Pernambuco. Para tal, foram coletadas amostras da macrofauna epifítica associadas a Centroceras clavulatum, Chondracanthus acicularis e Caulerpa racemosa em duas praias em recifes costeiros próximos (praia do Pina) e afastados (praia de Boa Viagem) de pontos de lançamento de efluentes urbanos em diferentes graus de urbanização no litoral pernambucano, bem como foram coletados os parâmetros ambientais a fim auxiliar na caracterização desses ambientes. Na Praia do Pina foram registradas maiores concentrações de nutrientes. A estrutura da macrofauna variou significativamente entre locais e período sazonal. Abundância da macrofauna foi maior na Praia do Pina. Diversidade e riqueza foram maiores na Praia da Boa viagem, o que reforça que a macrofauna pode ser utilizada como uma ferramenta para bioindicação de perturbações ambientais antrópicas, como contaminação por efluentes.
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TULIO RODRIGUES FEITOSA SILVA
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Microplásticos e peixes-lanterna de uma bacia ocidental do Atlântico Sul
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Orientador : PEDRO AUGUSTO MENDES DE CASTRO MELO
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MEMBROS DA BANCA :
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PEDRO AUGUSTO MENDES DE CASTRO MELO
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ANDRE RICARDO DE ARAUJO LIMA
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CYNTHIA DAYANNE MELLO DE LIMA
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Data: 31/10/2024
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A poluição por microplásticos (MP) nos oceanos é um problema crescente, impulsionado pelo aumento exponencial da produção de plásticos e pelo descarte inadequado de resíduos sólidos. Essas partículas, devido ao seu tamanho e aparência, podem ser ingeridas por plâncton e outros pequenos organismos, como larvas de peixes. A bacia de Sergipe-Alagoas (SEAL), uma região de alta biodiversidade e produtividade planctônica, está sob risco crescente de poluição por MP devido a atividades humanas, como urbanização, turismo e empreendimentos, além da influência de rios fortemente urbanizados, como o rio São Francisco e o rio Sergipe. Os MP estão entrando na cadeia alimentar local, um único registro foi feito em amostras de fitoplâncton. Este estudo tem como objetivo investigar a poluição por MP na bacia SEAL, analisando sua variação sazonal e espacial, além da disponibilidade para larvas de peixes da família Myctophidae. As amostragens ocorreram durante os períodos chuvoso e seco de 2014 a bordo do Navio Seward Johnson, no âmbito do Projeto MARSEAL. Foram coletadas amostras em dois transectos (A – sob influência do rio São Francico e B – sob influência do rio Sergipe) com quatro estações: 25 (região costeira), 400 (quebra da plataforma), 1000 e 1900 metros (áreas oceânicas). As coletas ocorreram na superfície e no Ponto Máximo de Clorofila (PMC – 60 a 120 m), exceto na estação de 25 metros, somente a superfície foi amostrada. Foram registradas 565 larvas, sendo 430 no período chuvoso e 135 no seco. O gênero mais abundante foi Diaphus spp. Durante o período chuvoso, as larvas se concentraram mais próximo à superfície, especialmente na região costeira, sob a influência do Rio São Francisco. No período seco, as larvas se dispersaram em áreas mais profundas, com maior abundância no PMC em áreas oceânicas. Um total de 823 partículas de MP foram registrado, 574 partículas no período seco e 277 no período chuvoso. Todas essas partículas foram validado através de digestão alcalina-oxidativa e microscopia Raman. Os tipos mais encontrados foram fibras translúcidas de PET (16,8%) e fragmentos de PA (10%). A maior abundância de MPs ocorreu na superfície das regiões costeiras e na quebra da plataforma continental durante o período seco. Em áreas oceânicas, os MPs foram encontrados com maior abundância no PMC. A maior biodisponibilidade de MP para as larvas a MPs ocorreu durante o período seco, na superfície em região costeira e PMC em regiões oceânicas. Com base no tamanho da abertura máxima da boca, as fibras foram identificadas como os MP com maior probabilidade de serem ingeridos pelas larvas. A maior quantidade de larvas no período chuvoso pode estar ligada ao aumento da oferta de nutrientes transportados pelos rios, como o Rio São Francisco, o que favorece o desenvolvimento larval. Neste período, a Corrente Norte do Brasil (CNB) influencia o continente, podendo favorecer a retenção das larvas na costa. Por outro lado, a maior abundância de MP no período seco pode ser atribuída à menor diluição, devido à redução no fluxo hidrológico oriundo do continente Além disso, CNB durante este período se expande, tornando-se uma corrente de contorno mais larga e profunda, o que pode favorecer o transporte de MP vindos de regiões ao norte ou do próprio Oceano Atlântico, concentrando esses poluentes na costa do nordeste brasileiro ou plásticos maiores que exposto a fatores de intemperismos ocorrendo à fragmentação em MP. Em termos de biodisponibilidade, os MPs, especialmente fibras, podem ser facilmente ingeridos pelas larvas devido à semelhança com seu alimento natural. Isso representa uma ameaça direta ao desenvolvimento desses organismos, uma vez que a ingestão de MPs pode afetar sua alimentação, crescimento e sobrevivência. A poluição por MP na bacia SEAL representa uma ameaça crescente para a biodiversidade marinha, especialmente para as larvas de Myctophidae. A maior presença de MPs no período seco e em regiões costeiras podem estar ocorrendo pela influência das variações sazonais e correntes oceânicas na distribuição desses poluentes. As larvas, especialmente na superfície e no PMC, estão vulneráveis à ingestão de MPs, o que reforça a necessidade de políticas de controle da poluição e preservação dos ecossistemas marinhos nesta região.
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A poluição por microplásticos (MP) nos oceanos é um problema crescente, impulsionado pelo aumento exponencial da produção de plásticos e pelo descarte inadequado de resíduos sólidos. Essas partículas, devido ao seu tamanho e aparência, podem ser ingeridas por plâncton e outros pequenos organismos, como larvas de peixes. A bacia de Sergipe-Alagoas (SEAL), uma região de alta biodiversidade e produtividade planctônica, está sob risco crescente de poluição por MP devido a atividades humanas, como urbanização, turismo e empreendimentos, além da influência de rios fortemente urbanizados, como o rio São Francisco e o rio Sergipe. Os MP estão entrando na cadeia alimentar local, um único registro foi feito em amostras de fitoplâncton. Este estudo tem como objetivo investigar a poluição por MP na bacia SEAL, analisando sua variação sazonal e espacial, além da disponibilidade para larvas de peixes da família Myctophidae. As amostragens ocorreram durante os períodos chuvoso e seco de 2014 a bordo do Navio Seward Johnson, no âmbito do Projeto MARSEAL. Foram coletadas amostras em dois transectos (A – sob influência do rio São Francico e B – sob influência do rio Sergipe) com quatro estações: 25 (região costeira), 400 (quebra da plataforma), 1000 e 1900 metros (áreas oceânicas). As coletas ocorreram na superfície e no Ponto Máximo de Clorofila (PMC – 60 a 120 m), exceto na estação de 25 metros, somente a superfície foi amostrada. Foram registradas 565 larvas, sendo 430 no período chuvoso e 135 no seco. O gênero mais abundante foi Diaphus spp. Durante o período chuvoso, as larvas se concentraram mais próximo à superfície, especialmente na região costeira, sob a influência do Rio São Francisco. No período seco, as larvas se dispersaram em áreas mais profundas, com maior abundância no PMC em áreas oceânicas. Um total de 823 partículas de MP foram registrado, 574 partículas no período seco e 277 no período chuvoso. Todas essas partículas foram validado através de digestão alcalina-oxidativa e microscopia Raman. Os tipos mais encontrados foram fibras translúcidas de PET (16,8%) e fragmentos de PA (10%). A maior abundância de MPs ocorreu na superfície das regiões costeiras e na quebra da plataforma continental durante o período seco. Em áreas oceânicas, os MPs foram encontrados com maior abundância no PMC. A maior biodisponibilidade de MP para as larvas a MPs ocorreu durante o período seco, na superfície em região costeira e PMC em regiões oceânicas. Com base no tamanho da abertura máxima da boca, as fibras foram identificadas como os MP com maior probabilidade de serem ingeridos pelas larvas. A maior quantidade de larvas no período chuvoso pode estar ligada ao aumento da oferta de nutrientes transportados pelos rios, como o Rio São Francisco, o que favorece o desenvolvimento larval. Neste período, a Corrente Norte do Brasil (CNB) influencia o continente, podendo favorecer a retenção das larvas na costa. Por outro lado, a maior abundância de MP no período seco pode ser atribuída à menor diluição, devido à redução no fluxo hidrológico oriundo do continente Além disso, CNB durante este período se expande, tornando-se uma corrente de contorno mais larga e profunda, o que pode favorecer o transporte de MP vindos de regiões ao norte ou do próprio Oceano Atlântico, concentrando esses poluentes na costa do nordeste brasileiro ou plásticos maiores que exposto a fatores de intemperismos ocorrendo à fragmentação em MP. Em termos de biodisponibilidade, os MPs, especialmente fibras, podem ser facilmente ingeridos pelas larvas devido à semelhança com seu alimento natural. Isso representa uma ameaça direta ao desenvolvimento desses organismos, uma vez que a ingestão de MPs pode afetar sua alimentação, crescimento e sobrevivência. A poluição por MP na bacia SEAL representa uma ameaça crescente para a biodiversidade marinha, especialmente para as larvas de Myctophidae. A maior presença de MPs no período seco e em regiões costeiras podem estar ocorrendo pela influência das variações sazonais e correntes oceânicas na distribuição desses poluentes. As larvas, especialmente na superfície e no PMC, estão vulneráveis à ingestão de MPs, o que reforça a necessidade de políticas de controle da poluição e preservação dos ecossistemas marinhos nesta região.
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ANDRÉ LUCAS SANTANA CAMPOS
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CARACTERIZAÇÃO DO TERRITÓRIO E ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA PESCA DE CAMBOA NO NORDESTE DO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2000 E 2023
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Orientador : BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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MATHUES OLIVEIRA FREITAS
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CAMILA BRASIL LOURO DA SILVEIRA
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Data: 29/11/2024
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A dissertação aborda a caracterização e análise espaço-temporal da pesca artesanal de camboa no complexo estuarino do Rio Formoso, localizado no litoral sul de Pernambuco, Brasil na Bacia Hidrográfica do Estuário do Rio Formoso (BHERF). Uma abordagem de paisagem foi utilizada, na qual foi inicialmente delimitada e quantificada a área de alterações de uso e ocupação do solo da BHF ao longo das últimas três décadas. O objetivo foi compreender a dinâmica das alterações no território e a dinâmica da pesca de camboa, avaliando as influências de fatores ambientais, espaciais, estruturais e antrópicos no desempenho da atividade, considerando variáveis como uso do solo, esforço de pesca, captura e Captura por Unidade de Esforço (CPUE) a partir de dados de monitoramento de pesca disponíveis para o período entre 2000 e 2023.
Entender e gerenciar as crescentes ameaças de diversas pressões antropogênicas em estuários requer índices para avaliação e monitoramento de impactos que forneçam quantificação precisa das mudanças e sejam facilmente comunicáveis. Para tanto, foram aplicados métodos de sensoriamento remoto, SIG (Sistemas de Informação Geográfica) que permitiram identificar mudanças significativas na paisagem, incluindo aumento de áreas urbanas e expansão de pastagens, o que, juntamente com o turismo, pressiona a sustentabilidade da pesca. A análise da BHERF, cobrindo 175,25 km², identificou mudanças significativas no uso e ocupação do solo entre 1990 e 2022. O Estuário do Rio Formoso (ERF) localiza-se na Área de Proteção Ambiental de Guadalupe (APAG), abrangendo os municípios de Sirinhaém, Tamandaré, Barreiros e Rio Formoso, no litoral sul de Pernambuco. Esse território cobre aproximadamente 2.724 hectares e é formado por três rios principais: o Rio Formoso, o Rio dos Passos e o Rio Ariquindá.
Observou-se uma transformação da paisagem impulsionada por fatores socioeconômicos e ambientais, com destaque para o crescimento urbano, a expansão agropecuária e, em menor escala, a recuperação ambiental. A análise temporal da dinâmica de uso e ocupação do solo revelou padrões de estabilidade em alguns tipos de uso e significativas transformações em outros. O aumento mais expressivo foi o de áreas urbanas, indo de menos de 1% do território, para 5,3%, com crescimento mais expressivo na região costeira de Tamandaré, impulsionada após os anos 1990 pelo Prodetur. As áreas de pastagem passaram de 2,42% para 5,95%, especialmente após 2010, o que pode refletir uma intensificação da atividade pecuária, e consequente aumento da pressão sobre o solo e vegetação nativa. Por outro lado, a categoria mosaico de usos diminuiu significativamente, de 47,95% para 33,60%, sugerindo uma expansão das atividades de uso do solo, com áreas anteriormente diversificadas sendo transformadas para usos específicos ou uma possível reclassificação dos dados de satélite.
As áreas de floresta aumentaram de 9,14% em 1990 para 15,35% em 2022, sugerindo uma recuperação da cobertura vegetal, principalmente em áreas ocupadas por comunidades tradicionais, como evidenciado na região da Comunidade Quilombola do Engenho Siqueira. A redução dos corpos d’água, que passou de 7,5% em 1990 para 5,8% em 2022, pode estar associada a processos de assoreamento, que é intensificado por vários fatores, dentre eles a expansão da carcinicultura, agropecuária e urbana. Esse processo pode estar relacionado com a pequena expansão da vegetação de mangue, que avançam sobre áreas assoreadas que se tornaram mais rasas ao longo do tempo. Esse fenômeno ocorre à medida que o acúmulo de sedimentos reduz a profundidade de certas regiões, criando condições favoráveis para a colonização por espécies de mangue. O cultivo de cana-de-açúcar em Pernambuco possui uma longa tradição, que atravessa séculos e molda a paisagem e economia da região. O último grande impulso econômico para essa atividade ocorreu com o Programa Proálcool, lançado na década de 1970, que incentivou a produção de etanol a partir da cana e aumentou significativamente a demanda por áreas de cultivo. Como resultado, a cana-de-açúcar consolidou-se de forma abrangente e, antes mesmo dos anos 1990, já ocupava praticamente todas as áreas ideais para seu plantio, não sendo evidenciado nenhum aumento expressivo em área destinadas a esse fim.
Modelos estatísticos foram aplicados para avaliar as relações entre essas variáveis e a dinâmica da atividade pesqueira. Durante o período 2000-2023, como parte dos esforços conjuntos do Projeto Recifes Costeiros e Projeto Meros do Brasil, foram registrados 345 desembarques de camboas no ERF, onde foram identificados 65 pontos tradicionais de pesca usados pelos camboeiros. A camboa é uma arte de pesca tradicional, semi fixa, que consiste na instalação de redes fixadas ao longo do manguezal ou atravessando canais que operam de acordo com o regime de meso-marés na região. O tamanho das redes variou de 115 a 3000 metros. O Rio dos Passos destacou-se com as maiores médias de esforço e capturas, especialmente próximo à confluência dos rios Frade e Rosa. Ao longo do período amostral, que teve descontinuidades, foi possível agrupar os dados em cinco blocos temporais: Bloco 1 anos 2000; Bloco 2 de 2007 a 2009; Bloco 3 de 2012 a 2013; Bloco 4 de 2015 a 2019 e Bloco 5 de 2021 a 2023. No rio dos Passos foram registradas as maiores capturas , enquanto no rio Formoso foi observada a maior eficiência (CPUE). Regressões lineares mostraram uma correlação positiva significativa entre captura e esforço (R² variando de 0,5785 a 0,7139), indicando que o esforço explica uma parte substancial da captura, especialmente nos rios Ariquindá e Passos.
Análises adicionais com o teste Kruskal-Wallis indicaram diferenças significativas na captura em função das estações, blocos temporais, tipos de armação e rios (p < 0,05), mas não em relação às fases da lua ou amplitude de maré. Diferenças significativas foram observadas entre os tipos de armação das camboas, como Costa e Canal (p < 0,05), e entre pares de blocos temporais, como Bloco amostral 3 e 4 (p < 0,05), porém não foram observados efeitos significativos entre períodos secos e chuvosos utilizando os testes de Mann-Whitney.
Modelos Aditivos Generalizados (GAMs) foram aplicados para investigar a relação entre CPUE e variáveis ambientais (lua e amplitude de maré), espaciais (rios) e operacionais (tamanho das redes). Para isso, foram selecionados os três pontos de camboa mais representativos na amostragem (um em cada rio), ou seja os que tiveram uma série temporal de amostragem continuada. Para a camboa Gorcana (Formoso, N=26), foi identificado uma redução significativa de CPUE no bloco 4 em relação ao bloco de referência (p < 0,05). Na camboa Porto Alegre (Ariquindá, N=51), a fase minguante da lua teve um efeito positivo significativo na CPUE (coeficiente de 0,57636; p < 0,05), enquanto o tamanho da rede apresentou uma relação negativa com CPUE (p < 0,005). No modelo para a camboa As Cobra (Passos, N=31), apenas a amplitude de maré foi significativa (p < 0,05), com efeitos não lineares que sugerem uma maior eficiência de captura em marés intermediárias, que ocorrem entre as maré de quadratura e de sizígia.
O estudo foi pioneiro na caracterização da BHERF e análise das alterações do uso e cobertura do solo para essa região. Além disso, mostramos que a dinâmica da pesca de camboa no ERF é complexa e recomenda políticas de manejo que considerem as particularidades de cada território e das dinâmicas que nele ocorrem, com atenção especial ao controle do esforço em áreas mais sensíveis. A pesquisa destaca a importância da gestão integrada do território para a conservação dos recursos pesqueiros e para o fortalecimento das comunidades tradicionais locais.
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A dissertação aborda a caracterização e análise espaço-temporal da pesca artesanal de camboa no complexo estuarino do Rio Formoso, localizado no litoral sul de Pernambuco, Brasil na Bacia Hidrográfica do Estuário do Rio Formoso (BHERF). Uma abordagem de paisagem foi utilizada, na qual foi inicialmente delimitada e quantificada a área de alterações de uso e ocupação do solo da BHF ao longo das últimas três décadas. O objetivo foi compreender a dinâmica das alterações no território e a dinâmica da pesca de camboa, avaliando as influências de fatores ambientais, espaciais, estruturais e antrópicos no desempenho da atividade, considerando variáveis como uso do solo, esforço de pesca, captura e Captura por Unidade de Esforço (CPUE) a partir de dados de monitoramento de pesca disponíveis para o período entre 2000 e 2023.
Entender e gerenciar as crescentes ameaças de diversas pressões antropogênicas em estuários requer índices para avaliação e monitoramento de impactos que forneçam quantificação precisa das mudanças e sejam facilmente comunicáveis. Para tanto, foram aplicados métodos de sensoriamento remoto, SIG (Sistemas de Informação Geográfica) que permitiram identificar mudanças significativas na paisagem, incluindo aumento de áreas urbanas e expansão de pastagens, o que, juntamente com o turismo, pressiona a sustentabilidade da pesca. A análise da BHERF, cobrindo 175,25 km², identificou mudanças significativas no uso e ocupação do solo entre 1990 e 2022. O Estuário do Rio Formoso (ERF) localiza-se na Área de Proteção Ambiental de Guadalupe (APAG), abrangendo os municípios de Sirinhaém, Tamandaré, Barreiros e Rio Formoso, no litoral sul de Pernambuco. Esse território cobre aproximadamente 2.724 hectares e é formado por três rios principais: o Rio Formoso, o Rio dos Passos e o Rio Ariquindá.
Observou-se uma transformação da paisagem impulsionada por fatores socioeconômicos e ambientais, com destaque para o crescimento urbano, a expansão agropecuária e, em menor escala, a recuperação ambiental. A análise temporal da dinâmica de uso e ocupação do solo revelou padrões de estabilidade em alguns tipos de uso e significativas transformações em outros. O aumento mais expressivo foi o de áreas urbanas, indo de menos de 1% do território, para 5,3%, com crescimento mais expressivo na região costeira de Tamandaré, impulsionada após os anos 1990 pelo Prodetur. As áreas de pastagem passaram de 2,42% para 5,95%, especialmente após 2010, o que pode refletir uma intensificação da atividade pecuária, e consequente aumento da pressão sobre o solo e vegetação nativa. Por outro lado, a categoria mosaico de usos diminuiu significativamente, de 47,95% para 33,60%, sugerindo uma expansão das atividades de uso do solo, com áreas anteriormente diversificadas sendo transformadas para usos específicos ou uma possível reclassificação dos dados de satélite.
As áreas de floresta aumentaram de 9,14% em 1990 para 15,35% em 2022, sugerindo uma recuperação da cobertura vegetal, principalmente em áreas ocupadas por comunidades tradicionais, como evidenciado na região da Comunidade Quilombola do Engenho Siqueira. A redução dos corpos d’água, que passou de 7,5% em 1990 para 5,8% em 2022, pode estar associada a processos de assoreamento, que é intensificado por vários fatores, dentre eles a expansão da carcinicultura, agropecuária e urbana. Esse processo pode estar relacionado com a pequena expansão da vegetação de mangue, que avançam sobre áreas assoreadas que se tornaram mais rasas ao longo do tempo. Esse fenômeno ocorre à medida que o acúmulo de sedimentos reduz a profundidade de certas regiões, criando condições favoráveis para a colonização por espécies de mangue. O cultivo de cana-de-açúcar em Pernambuco possui uma longa tradição, que atravessa séculos e molda a paisagem e economia da região. O último grande impulso econômico para essa atividade ocorreu com o Programa Proálcool, lançado na década de 1970, que incentivou a produção de etanol a partir da cana e aumentou significativamente a demanda por áreas de cultivo. Como resultado, a cana-de-açúcar consolidou-se de forma abrangente e, antes mesmo dos anos 1990, já ocupava praticamente todas as áreas ideais para seu plantio, não sendo evidenciado nenhum aumento expressivo em área destinadas a esse fim.
Modelos estatísticos foram aplicados para avaliar as relações entre essas variáveis e a dinâmica da atividade pesqueira. Durante o período 2000-2023, como parte dos esforços conjuntos do Projeto Recifes Costeiros e Projeto Meros do Brasil, foram registrados 345 desembarques de camboas no ERF, onde foram identificados 65 pontos tradicionais de pesca usados pelos camboeiros. A camboa é uma arte de pesca tradicional, semi fixa, que consiste na instalação de redes fixadas ao longo do manguezal ou atravessando canais que operam de acordo com o regime de meso-marés na região. O tamanho das redes variou de 115 a 3000 metros. O Rio dos Passos destacou-se com as maiores médias de esforço e capturas, especialmente próximo à confluência dos rios Frade e Rosa. Ao longo do período amostral, que teve descontinuidades, foi possível agrupar os dados em cinco blocos temporais: Bloco 1 anos 2000; Bloco 2 de 2007 a 2009; Bloco 3 de 2012 a 2013; Bloco 4 de 2015 a 2019 e Bloco 5 de 2021 a 2023. No rio dos Passos foram registradas as maiores capturas , enquanto no rio Formoso foi observada a maior eficiência (CPUE). Regressões lineares mostraram uma correlação positiva significativa entre captura e esforço (R² variando de 0,5785 a 0,7139), indicando que o esforço explica uma parte substancial da captura, especialmente nos rios Ariquindá e Passos.
Análises adicionais com o teste Kruskal-Wallis indicaram diferenças significativas na captura em função das estações, blocos temporais, tipos de armação e rios (p < 0,05), mas não em relação às fases da lua ou amplitude de maré. Diferenças significativas foram observadas entre os tipos de armação das camboas, como Costa e Canal (p < 0,05), e entre pares de blocos temporais, como Bloco amostral 3 e 4 (p < 0,05), porém não foram observados efeitos significativos entre períodos secos e chuvosos utilizando os testes de Mann-Whitney.
Modelos Aditivos Generalizados (GAMs) foram aplicados para investigar a relação entre CPUE e variáveis ambientais (lua e amplitude de maré), espaciais (rios) e operacionais (tamanho das redes). Para isso, foram selecionados os três pontos de camboa mais representativos na amostragem (um em cada rio), ou seja os que tiveram uma série temporal de amostragem continuada. Para a camboa Gorcana (Formoso, N=26), foi identificado uma redução significativa de CPUE no bloco 4 em relação ao bloco de referência (p < 0,05). Na camboa Porto Alegre (Ariquindá, N=51), a fase minguante da lua teve um efeito positivo significativo na CPUE (coeficiente de 0,57636; p < 0,05), enquanto o tamanho da rede apresentou uma relação negativa com CPUE (p < 0,005). No modelo para a camboa As Cobra (Passos, N=31), apenas a amplitude de maré foi significativa (p < 0,05), com efeitos não lineares que sugerem uma maior eficiência de captura em marés intermediárias, que ocorrem entre as maré de quadratura e de sizígia.
O estudo foi pioneiro na caracterização da BHERF e análise das alterações do uso e cobertura do solo para essa região. Além disso, mostramos que a dinâmica da pesca de camboa no ERF é complexa e recomenda políticas de manejo que considerem as particularidades de cada território e das dinâmicas que nele ocorrem, com atenção especial ao controle do esforço em áreas mais sensíveis. A pesquisa destaca a importância da gestão integrada do território para a conservação dos recursos pesqueiros e para o fortalecimento das comunidades tradicionais locais.
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ISABELLE MARIA VILELA DE OLIVEIRA
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PROCESSOS DE INTERAÇÃO OCEANO-ATMOSFERA EM RESPOSTA ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NA BORDA OESTE DO ATLÂNTICO TROPICAL: IMPACTOS NO LESTE DO NORDESTE DO BRASIL
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Orientador : DORIS REGINA AIRES VELEDA
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MEMBROS DA BANCA :
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DORIS REGINA AIRES VELEDA
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MARCUS ANDRE SILVA
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GBEKPO AUBAINS HOUNSOU-GBO
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EDVANIA PEREIRA DOS SANTOS
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CRISTIANO PRESTRELO DE OLIVEIRA
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Data: 15/03/2024
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A Célula de Revolvimento Meridional do Atlântico (CRMA) é uma das principais unidades de transporte meridional de calor no Atlântico do hemisfério sul para o hemisfério norte. O braço superior da CRMA no Atlântico Sul tem um caminho leste- oeste caracterizado pelo ramo sul da Corrente Equatorial Sul (sCSE ), que transporta calor para a Piscina Quente do Atlântico Sudoeste (PQAS). O PQAS fornece Fluxo de Calor Latente que os ventos alísios do Sudeste carregam para o Leste do Nordeste do Brasil (LNEB), o que induz fortes precipitações na região costeira, deslizamentos de terra e inundações repentinas. Este estudo tem como objetivo investigar as mudanças de longo prazo da CRMA, a temperatura da superfície do mar (TSM) do Atlântico Tropical (AT) e a precipitação média e extrema sobre o L NEB considerando dados históricos e projeções futuras do CIMP6, sob o cenário 585-SSP. Espera-se que as alterações nos padrões superiores da TSM no AT e do PQAS sejam mais quentes de acordo com os resultados dos modelos do CIMP6, como resposta ao efeito do enfraquecimento da CRMA no transporte de calor, o que por sua vez aumenta os padrões extremos de precipitação no NEB . A precipitação nessa região está positivamente correlacionada com a TSM do sudeste do AT até a PQAS.
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The Atlantic Meridional Overturning Circulation (AMOC) is one of the major drivers of meridional heat transport in the Atlantic from the southern to the northern hemisphere. The AMOC upper branch in the South Atlantic has an east-to-west path characterized by the southern branch of the South Equatorial Current (sSEC), which transports heat to the Southwestern Atlantic Warm Pool (SAWP). The SAWP provides Latent Heat Flux that the southeast trade winds carry into Eastern Northeast Brazil (ENEB), which induces heavy precipitation in the coastal region of ENEB and causes landslides and flash floods. This study investigates the long-term changes of the AMOC, Tropical Atlantic (TA) sea surface temperature (SST), and mean and extreme precipitation over ENEB for historical and future projections of the CIMP6 under the 585 SSP scenario. Changes in the upper TA SST patterns and the SAWP projection are expected to be warmer according to the CIMP6 output models due to the AMOC weakening effect on heat transport, increasing extreme precipitation patterns in the ENEB. The precipitation in ENEB is positively correlated with SST from the southeastern TA to the southwestern SAWP offshore of Brazil.
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ANNE KAROLLINE RIBEIRO COSTA
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Conectividade e Ecologia do Aratu-da-pedra Plagusia depressa (Fabricius, 1775) no Oceano Atlântico Tropical.
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Orientador : RALF SCHWAMBORN
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CARLA ASFORA EL DEIR
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PATRICIO ALEJANDRO HERNAEZ BOVE
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PEDRO AUGUSTO MENDES DE CASTRO MELO
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RALF SCHWAMBORN
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RENATA AKEMI SHIMOZAKI MENDES
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Data: 27/03/2024
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O presente trabalho investigou padrões de variações morfométricas populacionais do aratu-da-pedra, Plagusia depressa e seu papel na estrutura trófica de ambientes marinhos costeiros e ilha oceânica no Atlântico Tropical Ocidental através de abordagens com ferramentas de analises morfométricas, isótopos estáveis de δ13C e δ15N e de conteúdo estomacal. Testamos hipóteses de plasticidade fenotípica, mudanças na composição alimentar e enriquecimento trófico em resposta a fatores ambientais, geográficos e biogeoquímicos. Os indivíduos foram coletados entre 2019 e 2022 conduzidos para as duas investigações distintas da seguinte forma: primeira, os indivíduos foram amostrados em três ambientes costeiros e uma região insular brasileira: Baia de Suape- Pernambuco (SB), Praia de Tamandaré- Pernambuco (TM), Barra Grande- Ceará (BG) e Arquipélago de Fernando de Noronha- Pernambuco (FN); para o segundo, os espécimes foram amostrados em um ambiente marinho costeiro (TM) e outro insular (FN). Foram utilizadas analises morfométricas linear e geométrica através de marcos específicos nas carapaças, abdomens e quelipodes direitos de machos e fêmeas dos aratus. Importantes diferenças significativas foram observadas na região mais ocidental (BG) da costa brasileira em relação às demais estudadas como alongamento das regiões da carapaça de machos e estreitamento abdominal, telson mais longo e quelas afinadas e alongadas das fêmeas nesta área, indicando a possível influência de uma barreira biogeográfica presente nesta área costeira, até então pouco considerada, juntamente com os padrões nas correntes oceânicas atuantes nesse ambiente. Em contraste, foi observado que fêmeas insulares (FN) apresentaram região lateral posterior da carapaça mais alargada. Por estar mais afastado do continente, FN apresenta características ambientais distintas, afetando a população através da dessecação e maior exposição solar. As quelas direitas dos machos apresentaram diferenças significativas entre as áreas estudadas, indicando um impacto significativo da captura de alimentos e da interação com outros organismos na sua plasticidade fenotípica. Os resultados da ecologia alimentar indicaram que a espécie apresenta preferência por macroalgas marinhas de acordo com o conteúdo estomacal analisado, com um total de 25 taxons de algas marinhas encontradas nos indivíduos em FN e 21 táxons em TM. Foram observados em TM valores mais elevados no fracionamento de δ13C do que no ambiente mais oceânico (FN) nos grupos estudados de algas, tecidos e conteúdos estomacais de P. depressa e Eriphia gonagra, espécie simpátrica, indicando a influência de sistemas de manguezais e estuarinos fortemente presentes nessa area costeira. Entretanto, um padrão de enriquecimento de δ15N no ambiente insular (FN) nos grupos estudados com valores de enriquecimento de 2,8‰, 2,1‰ e 1‰ de δ15N para macroalgas e tecidos de P. depressa e E. gonagra, respectivamente, evidenciando que nos sistemas biogeoquímicos, o ciclo de nitrogênio em grande escala são distintos em ambientes oceânicos e costeiros. Também foi observado enriquecimento entre consumidores (P. depressa e E. gonagra) e fontes alimentares (macroalgas), com enriquecimento de δ15N em P. depressa de 3‰ e 3,8‰ em FN e TM, respectivamente e de 2,5‰ e 4,5‰ para E. gonagra. Estes resultados, fornecem novas informações ecológicas e perspectivas para populações de Plagusia depressa, com implicações importantes para a biogeografia do Atlântico tropical e no desenvolvimento de planos de gestão baseados em ecossistemas marinhos.
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The present study investigated patterns of population morphometric variations of the reef tidal spray crab, Plagusia depressa and its role in the trophic structure of coastal marine environments and oceanic islands in the Western Tropical Atlantic through approaches using morphometric analysis tools, stable isotopes of δ13C and δ15N and stomach contents. We tested hypotheses regarding phenotypic plasticity, changes in dietary composition and trophic enrichment in response to environmental, geographic and biogeochemical factors. Individuals were collected between 2019 and 2022 conducted for the two distinct investigations as follows: first, individuals were sampled in three coastal environments and a Brazilian island region: Baia de Suape- Pernambuco (SB), Praia de Tamandaré- Pernambuco (TM ), Barra Grande- Ceará (BG) and Archipelago of Fernando de Noronha- Pernambuco (FN); for the second, the specimens were sampled in a coastal marine environment (TM) and an island environment (FN). Linear and geometric morphometric analyzes were used using specific landmarks on the carapaces, abdomens and right chelipods of male and female aratus. Important significant differences were observed in the westernmost region (BG) of the Brazilian coast in relation to the others studied, such as elongation of the carapace regions of males and abdominal narrowing, longer telson and thinned and elongated chelae of females in this area, indicating the possible influence of a biogeographic barrier present in this coastal area, previously little considered, along with the patterns in ocean currents acting in this environment. In contrast, it was observed that island females (FN) had a wider posterior lateral region of the carapace. As it is further away from the continent, FN has distinct environmental characteristics, affecting the population through desiccation and greater sun exposure. The right chelae of males showed significant differences between the areas studied, indicating a significant impact of food capture and interaction with other organisms on their phenotypic plasticity. The results of feeding ecology indicated that the species has a preference for marine macroalgae according to the stomach contents analyzed, with a total of 25 taxa of marine algae found in individuals in FN and 21 taxa in TM. Higher values in δ13C fractionation were observed in TM than in the more oceanic environment (FN) in the studied groups of algae, tissues and stomach contents of P. depressa and Eriphia gonagra, a sympatric species, indicating the influence of mangrove and estuarine systems strongly present in this coastal area. However, a pattern of δ15N enrichment in the island environment (FN) in the studied groups with enrichment values of 2.8‰, 2.1‰ and 1‰ of δ15N for macroalgae and tissues of P. depressa and E. gonagra, respectively , showing that in biogeochemical systems, the large-scale nitrogen cycle is distinct in oceanic and coastal environments. Enrichment was also observed between consumers (P. depressa and E. gonagra) and food sources (macroalgae), with δ15N enrichment in P. depressa of 3‰ and 3.8‰ in FN and TM, respectively, and 2.5‰ and 4.5‰ for E. gonagra. These results provide new ecological information and perspectives for populations of Plagusia depressa, with important implications for the biogeography of the Tropical Atlantic and the development of management plans for marine ecosystems.
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THAYANE ROBERTA COSTA DE ARAÚJO
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INTRASEASONAL AND INTERANNUAL VARIABILITY OF SALINITY AND TEMPERATURE SEA SURFACE ON WESTERN BOUNDARY OFF NORTHEAST BRAZIL
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Orientador : ALEX COSTA DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ALEX COSTA DA SILVA
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MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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CARMEN MEDEIROS LIMONGI
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RAMILLA VIEIRA DE ASSUNÇÃO
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YURI ONÇA PRESTES
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Data: 28/03/2024
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Dois parâmetros físico-químicos de grande importância para a circulação oceânica e manutenção do clima foram analisados na região da borda oeste do Atlântico Tropical Sul (plataforma continental e região oceânica adjacente), na costa leste do Nordeste brasileiro (NEB), são eles: a Temperatura (SST) e Salinidade da Superfície do Mar (SSS). Para isto foram usados dados in situ, oriundos de termosalinógrafos (TSGs) instalados em navios mercantes voluntários (VOS) e em embarcações de pesquisa das campanhas ABRACOS I (set/out de 2015) e II (abr/mai de 2017), levantamento de dados obtidos por satélites (SMOS para a SSS e Global Ocean OSTIA para SST) durante um período de coletar de 10 anos (2010 a 2019). Também foram analisadas as correntes de superfície (GEKCO) em conjunto com dados de SSS. Os resultados mostraram que há uma variabilidade sazonal típica da SST na área de estudo, com os menores valores durante a primavera e os maiores valores durante o outono, com gradientes termal meridional na Plataforma Continental (PC) e gradientes termal zonal na PC ao norte de 8°S. A região offshore apresentou um perfil senoidal sazonal de SST com um tempo de defasagem de um mês comparada ao da PC. Anualmente, a SST apresentou anomalia positiva (2011-2013, 2015-2016 e 2018-2019) e negativa (2010, 2013 e 2014). Estas variações podem estar relacionadas aos eventos ENSO, Dipolo do Atlântico Tropical e de outros sistemas meteorológicos de interação oceano-atmosfera no Atlântico Tropical Sul, como a ZCIT, VCANs e intensificação de ventos alísios. A SSS não apresentou um padrão sazonal. Apenas uma maior intensidade durante o inverno (julho) na porção ao sul de 9°S (abaixo da posição do Platô de Pernambuco) e uma “pluma” de maior SSS dispersando-se por toda a região a partir do Sul, durante o verão, e recuando até 8°S no inverno (até julho), devido a presença da ZCIT (ao norte de 5°S), e das ondas de leste. Outra região, centrada no Platô de Pernambuco, também apresentou baixa SSS no início da década e passou a ter alta SSS a partir de 2016. As anomalias de SSS mostraram um aumento de 2010 a 2013, mantendo positivas em 2014 e 2015, e em 2016 a 2019 houve um decréscimo de SSS, com exceção da latitude 8°S que manteve anomalia de SSS positiva. Através das correntes superficiais, pôde-se observar a presença de possíveis vórtices (ciclônicos e anticiclônicos) na região de menor ou maior intensidade.
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Dois parâmetros físico-químicos de grande importância para a circulação oceânica e manutenção do clima foram analisados na região da borda oeste do Atlântico Tropical Sul (plataforma continental e região oceânica adjacente), na costa leste do Nordeste brasileiro (NEB), são eles: a Temperatura (SST) e Salinidade da Superfície do Mar (SSS). Para isto foram usados dados in situ, oriundos de termosalinógrafos (TSGs) instalados em navios mercantes voluntários (VOS) e em embarcações de pesquisa das campanhas ABRACOS I (set/out de 2015) e II (abr/mai de 2017), levantamento de dados obtidos por satélites (SMOS para a SSS e Global Ocean OSTIA para SST) durante um período de coletar de 10 anos (2010 a 2019). Também foram analisadas as correntes de superfície (GEKCO) em conjunto com dados de SSS. Os resultados mostraram que há uma variabilidade sazonal típica da SST na área de estudo, com os menores valores durante a primavera e os maiores valores durante o outono, com gradientes termal meridional na Plataforma Continental (PC) e gradientes termal zonal na PC ao norte de 8°S. A região offshore apresentou um perfil senoidal sazonal de SST com um tempo de defasagem de um mês comparada ao da PC. Anualmente, a SST apresentou anomalia positiva (2011-2013, 2015-2016 e 2018-2019) e negativa (2010, 2013 e 2014). Estas variações podem estar relacionadas aos eventos ENSO, Dipolo do Atlântico Tropical e de outros sistemas meteorológicos de interação oceano-atmosfera no Atlântico Tropical Sul, como a ZCIT, VCANs e intensificação de ventos alísios. A SSS não apresentou um padrão sazonal. Apenas uma maior intensidade durante o inverno (julho) na porção ao sul de 9°S (abaixo da posição do Platô de Pernambuco) e uma “pluma” de maior SSS dispersando-se por toda a região a partir do Sul, durante o verão, e recuando até 8°S no inverno (até julho), devido a presença da ZCIT (ao norte de 5°S), e das ondas de leste. Outra região, centrada no Platô de Pernambuco, também apresentou baixa SSS no início da década e passou a ter alta SSS a partir de 2016. As anomalias de SSS mostraram um aumento de 2010 a 2013, mantendo positivas em 2014 e 2015, e em 2016 a 2019 houve um decréscimo de SSS, com exceção da latitude 8°S que manteve anomalia de SSS positiva. Através das correntes superficiais, pôde-se observar a presença de possíveis vórtices (ciclônicos e anticiclônicos) na região de menor ou maior intensidade.
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TAINA GUIMARAES JULIO
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Avaliação do impacto antrópico em peixes costeiros de Pernambuco e Bahia através de análises de contaminantes traço
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Orientador : GILVAN TAKESHI YOGUI
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MEMBROS DA BANCA :
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GILVAN TAKESHI YOGUI
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MONICA FERREIRA DA COSTA
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BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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ROSANGELA PAULA TEIXEIRA LESSA
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GLAUBER PEREIRA DE CARVALHO SANTOS
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FRANCISCO MARCANTE SANTANA DA SILVA
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NILSON SANTANNA JUNIOR
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Data: 24/07/2024
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Os peixes apresentam diversidade na morfologia, comportamento, habitat e biologia. Há conhecimento suficiente de suas taxonomias e ciclos de vida, caracterizando-os como bons indicadores de qualidade ambiental e contaminação em organismos marinhos. Algumas espécies de peixe têm importância econômica e a presença de contaminantes pode ser usada para investigar riscos ecológicos e para a saúde humana devido ao consumo de pescado. Investigar os níveis de contaminantes no pescado é importante para assegurar a segurança alimentar da população consumidora. Poluentes orgânicos persistentes (POPs) e metais estão entre os contaminantes mais estudados e preocupantes no meio ambiente, pois seus efeitos podem ameaçar a diversidade biológica dos ecossistemas impactados e a saúde humana. As concentrações de POPs (bifenilas policloradas - PCBs - e pesticidas organoclorados) e metais (As, Cd, Pb, Cu, Cr, Ni, Zn e Hg) foram analisadas em amostras de músculo e/ou fígado nas espécies: Scomberomorus cavalla, Hypanus berthalutzae e Epinephelus itajara. As concentrações de PCBs no fígado foram maiores do que no músculo. Os grupos homólogos de PCBs mais representativos nas amostras foram hexa, hepta e pentaclorobifenilas, respectivamente. Em relação ao pesticida DDT, quando presente, apenas p,p'-DDT, p,p'-DDD e p,p'-DDE foram detectados nas amostras. Os pesticidas HCHs e CHLs não foram encontrados nas amostras. Apenas os metais Cu, As, Cd, Pb e Hg foram detectados nas amostras acima do limite de quantificação (LQ). Apesar da contaminação presente, as três espécies estão seguras para consumo pela população adulta, pois apresentaram concentrações abaixo do limite de segurança estabelecidos pelas legislações de saúde vigentes. Dessa forma, conclui-se que os níveis de contaminação podem divergir em diferentes espécies de peixes devido à influência de fatores ambientais e biológicos. Além disso, indivíduos diferentes também acumulam concentrações distintas de contaminantes (na mesma população) em função da sua própria história de vida, que pode ser influenciada por inúmeros fatores, tais como sexo e estágio de desenvolvimento gonadal.
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Fishes exhibit diversity in morphology, behavior, habitat and biology. Their taxonomy and life cycle is sufficiently known, making them as good indicators for contamination and environmental quality. Some species are economically important and studies of contamination can be used for assessing ecological and human health risks as a consequence of seafood consumption. Persistent organic pollutants (POPs) and metals are among the most studied contaminants in the environment since they threaten biological diversity of impacted ecosystems and the human health. In this study, concentrations of POPs (polychlorinated biphenyls - PCBs - and organochlorine pesticides - OCP) and metals (As, Cd, Pb, Cu, Cr, Ni, Zn and Hg) were investigated in muscle and/or liver samples of the following species: Scomberomorus cavalla, Hypanus berthalutzae and Epinephelus itajara. Concentration of PCBs in liver were higher than in muscle. The most representative PCB homologous groups in the samples were hexa-, hepta and penta-CBs, respectively. Regarding OCPs, just p,p'-DDT, p,p'-DDD and p,p'-DDE were detected in the samples. HCHs, CHLs and mirex were not found above the limits of quantitation (LQ). Cu, As, Cd, Pb and Hg were the metals found in fish tissues. Despite contamination, all three species are safe for consumption of adults since they exhibit levels below the safety limits set by seafood safety regulations. It is concluded that contamination levels may differ among fish species due to environmental and/or biological factors. In the same fish population, different individuals can accumulate different levels of contaminants depending on their own life history that can be influenced by numerous variables such as sex and gonad development stage.
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MARCOS DE ALMEIDA
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USO DE INDICADORES DO ESTADO DO SISTEMA CARBONATO DA ÁGUA DO MAR NA REGIÃO DO ATOL DAS ROCAS, ATLÂNTICO SUL OCIDENTAL
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Orientador : MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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MEMBROS DA BANCA :
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MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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GILVAN TAKESHI YOGUI
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MARIUS NILS MULLER
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LUIS HENRIQUE BEZERRA ALVES
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HUMBERTO LAZARO VARONA GONZALEZ
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BRENNO JANUARIO DA SILVA
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CYBELLE MENOLLI LONGHINI
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Data: 30/07/2024
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A região oceânica do Atlântico Sul Ocidental é uma região oligotrófica, sujeita principalmente aos processos oceânicos e atmosféricos. Nessa área localiza-se a reserva biológica do Atol das Rocas (REBIO Atol das Rocas), uma Área Marinha Protegida reconhecida cientificamente por sua importância na compreensão dos efeitos das mudanças climáticas e por sua relevância biológica. O principal objetivo deste estudo foi analisar a estrutura do sistema carbonato da região interna e externa do atol, e identificar fatores que indiquem a influência do aumento das emissões antrópicas de CO2 no estado ecológico desta REBIO. Na área interna do atol, foram realizados o monitoramento contínuo de pH e temperatura, além de amostragens periódicas para a caracterização da química do carbonato. Para área externa do atol, foram utilizados os dados obtidos em 2012 durante o cruzeiro Camadas Finas II, abrangendo desde a superfície até 500 m de profundidade. A região interna do atol apresentou alta variabilidade diária de pH, H+ e temperatura, com variações ocorrendo principalmente em periodicidades de aproximadamente 24 horas, relacionadas ao ciclo diário de luz, e de aproximadamente 12 horas, associadas aos ciclos de marés semi-diurnas do local. A química do carbonato foi modulada principalmente pelo balanço entre a fotossíntese e respiração (produção líquida da comunidade - NCP). A coluna de água no entorno do atol foi caracterizada por uma forte estratificação vertical, não sendo observadas diferenças significativas entre os lados do atol. Entretanto, o efeito ilha em pequena alterou a distribuição de clorofila a no lado sudoeste do atol, sem causar influências significativas nos parâmetros do sistema carbonato. Desde a era pré-industrial (~1750) até 2012, as camadas subsuperficial (ASS) e fundo (ACAS) apresentaram altas concentrações de carbono antropogênico (Cant). Isso resultou no início do processo de acidificação nessa região. Os resultados desta pesquisa destacam a importância de realizar registros contínuos para elucidar os principais processos que afetam o equilíbrio do sistema carbonato nessa região da REBIO Atol das Rocas.
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Mostrar Abstract
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The oceanic region of the Western South Atlantic is an oligotrophic region, mainly subject to oceanic and atmospheric processes. The Rocas Atoll Biological Reserve (REBIO Atol das Rocas), a marine protected area scientifically recognized for its importance in understanding the effects of climate change and for its biological relevance, is located in this area. The main objective of this study was to analyze the structure of the carbonate system in the inside and outside of the atoll, and to identify factors that indicate the influence of increased anthropogenic CO2 emissions on the ecological state of this REBIO. In the area inside the atoll, continuous monitoring of pH and temperature was carried out, as well as periodic sampling to characterize the carbonate chemistry. For the area outside the atoll, data collected during the Camadas Finas II cruise in 2012 were used, which covered the surface to a depth of 500 m. The inside of the atoll showed high daily variability in pH, H+ and temperature, with variations occurring mainly at intervals of about 24 h, related to the daily light cycle, and about 12 h, related to the semi-diurnal tidal cycles of the site. Carbonate chemistry was mainly modulated by the balance between photosynthesis and respiration (net community production - NCP). The water column around the atoll was characterized by strong vertical stratification, and no significant differences were observed between the sides of the atoll. However, the small island effect altered the distribution of chlorophyll a on the southwestern side of the atoll without causing significant effects on the parameters of the carbonate system. From the pre-industrial era (~1750) to 2012, the subsurface (ASS) and bottom (ACAS) layers showed high concentrations of anthropogenic carbon (Cant). This resulted in the beginning of the acidification process in this region. The results of this research highlight the importance of carrying out continuous records to elucidate the main processes affecting the balance of the carbonate system in this region of the REBIO Atol das Rocas.
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LUCAS MEDEIROS GUIMARÃES
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VARIABILIDADE INTERANUAL DA pCO2 NA INTERFACE OCEANO-ATMOSFERA DO ATLÂNTICO TROPICAL ENTRE AS LATITUDES 3ºS E 14ºS
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Orientador : MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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MEMBROS DA BANCA :
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MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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ALEX COSTA DA SILVA
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DORIS REGINA AIRES VELEDA
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FERNANDO ANTONIO DO NASCIMENTO FEITOSA
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ELISABETE DE SANTIS BRAGA
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CARLOS ESTEBAN DELGADO NORIEGA
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IOLE BEATRIZ MARQUES ORSELLI
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Data: 31/07/2024
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O Atlântico Tropical é o segundo oceano mais importante em termos de fonte de CO2 para a atmosfera, depois do Pacífico tropical. Poucos estudos em relação ao fluxo ar-mar do CO2 foram realizados próximo à costa da região Nordeste do Brasil. O presente trabalho teve como objetivo principal: determinar os fluxos de CO2 na região Nordeste do Brasil para compreender os fatores que influenciam sobre as variações temporais e espaciais da pCO2 na borda oeste do Atlântico tropical. Foram analisadas as tendências de 2008 a 2020 da fugacidade de CO2 em águas superficiais do mar (fCO2sw) e do fluxo marítimo de CO2 entre as latitudes 3° e 14° S. Os dados de pCO2 foram coletados por navios mercante voluntários equipados com sistema autônomo de navegação. Foi utilizado de base de dados de parâmetros de carbono, temperatura, salinidade, ventos, correntes marítimas e clorofila a para identificar quais fatores físicos, químicos e biológicos influenciam na variabilidade pCO2. Foi possível determinar a variabilidade do fluxo do CO2 entre o oceano e a atmosfera, como fonte ou sumidouro, através da diferença entre as fugacidades do CO2 desses compartimentos. Os resultados mostraram que há contraste aparente entre as áreas 3°S – 8°S e 8°S – 14°S com maior fCO2sw e fluxo de CO2 observado acima de 8ºS do que abaixo de 8ºS. As concentrações de clorofila a são muito baixas em cada região e não podem explicar a diferença norte-sul de fCO2sw. Essa diferença é causada principalmente por processos físicos, como Temperatura da Superfície do Mar, Salinidade da Superfície do Mar, Vento, Precipitação e correntes superficiais, que são distintos em cada região. No geral, toda região é fonte de CO2 para a atmosfera. A área sul é geralmente uma fonte durante todo o ano, exceto de julho a setembro, quando atua como um fraco sumidouro de CO2, com valores negativos do fluxo. Foi possível perceber que há anos de anomalias na distribuição de CO2 devido aos eventos do fenômeno El Niño que influenciam a posição da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT). Essa mudança na ZCIT, altera a temperatura e a salinidade da região do Atlântico Tropical, principalmente na área norte deste estudo. A falta de dados em alguns meses não coletados levanta dúvidas sobre a distribuição do CO2, mas estas informações trazem importantes elucidações da variabilidade sazonal e espacial da pCO2 para a região da borda oeste do Atlântico Tropical Sul adjacente à região Nordeste brasileira. Porém, mostra também, a importância da continuação para aprimoramento dos estudos do ciclo do carbono e a monitoramento contínuo do CO2, não só nesta área, mas nas zonas costeiras, para ajudar a documentar e investigar a variabilidade do fluxo de CO2.
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The Tropical Atlantic is the second most important ocean in terms of source of CO2 to the atmosphere, after the tropical Pacific. Few studies regarding the air-sea flow of CO2 have been carried out near the coast of the Northeast region of Brazil. The main objective of this work was to determine CO2 fluxes in the Northeast region of Brazil to understand the factors that influence the temporal and spatial variations of pCO2 on the western border of the tropical Atlantic. Trends from 2008 to 2020 in CO2 fugacity in sea surface waters (fCO2sw) and maritime CO2 flux between latitudes 3° and 14° S were analyzed. pCO2 data were collected by volunteer merchant ships equipped with an autonomous system navigation. A database of carbon parameters, temperature, salinity, winds, maritime currents and chlorophyll a were used to identify which physical, chemical and biological factors influence pCO2 variability. It was possible to determine the variability of the CO2 flux between the ocean and the atmosphere, as a source or sink, through the difference between the CO2 fugacity of these compartments. The results showed that there is an apparent contrast between the areas 3°S – 8°S and 8°S – 14°S with greater fCO2sw and CO2 flux observed above 8°S than below 8°S. Chlorophyll a concentrations are very low in each region and cannot explain the north-south difference in fCO2sw. This difference is mainly caused by physical processes, such as Sea Surface Temperature, Sea Surface Salinity, Wind, Precipitation and surface marine currents, which are different in each region. In general, every region is a source of CO2 to the atmosphere. The southern area is generally a year-round source, except from July to September, when it acts as a weak CO2 sink, with negative flux values. It was possible to notice that there have been years of anomalies in the distribution of CO2 due to the El Niño phenomenon events that influence the position of the Intertropical Convergence Zone (ITCZ). This change in the ITCZ alters the temperature and salinity of the Tropical Atlantic region, mainly in the northern area of this study. The lack of data in some uncollected months raises doubts about the distribution of CO2, but this information brings important elucidations of the seasonal and spatial variability of pCO2 for the region on the western border of the South Tropical Atlantic adjacent to the Brazilian Northeast region. However, it also shows the importance of continuing to improve studies of the carbon cycle and continuous monitoring of CO2, not only in this area, but in coastal areas, to help document and investigate the variability of CO2 flux.
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WALTER DENNIS MENEZES DE OLIVEIRA
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Dinâmica de populações da guarajuba (Caranx bartholomaei, cuvier, 1833), distribuição espaço-temporal e interações com as variáveis oceanográficas na região nordeste do Brasil
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Orientador : BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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RALF SCHWAMBORN
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CAROLINE VIEIRA FEITOSA
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GEORGE OLAVO MATTOS E SILVA
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JORGE EDUARDO LINS OLIVEIRA
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Data: 23/08/2024
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Os peixes da família Carangidae são importantes para os ambientes costeiros, tanto pela diversidade de espécies quanto pela abundância. Eles são ecologicamente relevantes em recifes e demonstram resistência a mudanças ambientais. Espécies do gênero Caranx, especialmente Caranx bartholomaei, são predadores importantes e possuem valor econômico e ecológico, ocupando desde estuários até a plataforma continental. C. bartholomaei é importante recurso para a pesca artesanal, mas há uma carência de estudos científicos sobre essa espécie, refletindo uma ausência de dados pesqueiros no Brasil por mais de uma década. A falta de dados impede a avaliação adequada dos estoques pesqueiros, incluindo C. bartholomaei. O presente trabalho tem três objetivos principais: revisar estudos sobre Carangidae no Atlântico, avaliar o estoque de C. bartholomaei com dados históricos, e modelar a composição das capturas e a CPUE (captura por unidade de esforço) para entender a distribuição e os fatores ambientais que influenciam essa espécie na costa nordeste do Brasil. A revisão bibliográfica mostrou que há relação entre importância econômica e publicações científicas para algumas espécies. Entretanto, para C. bartholomaei, no Basil apenas sete trabalhos foram publicados. Essas publicações tratam da ictiofauna, não sendo C. bartholomaei o principal ponto de discussão. A captura de C. bartholomaei teve um crescimento em 2000, atingindo mais de 1200 toneladas. A estimativa de r e K. O modelo JABBA mostrou que a mortalidade por pesca foi maior que o nível de rendimento sustentável. O estoque, no final da série histórica foi descrito como sobrepescado, com chance de sobrexplorado. A modelagem da composição de captura de C. bartholomaei na pesca artesanal é influenciada por profundidade, distância da costa, latitude e longitude, mês e ano, aparelho de pesca e estado. Para a CPUE o modelo identificou apenas a latitude, distância da costa e ano A produção científica geralmente se alinha com a importância econômica das espécies, mas C. bartholomaei é pouco estudada, com apenas alguns trabalhos até 2021, principalmente no Brasil. A ausência de um programa nacional de monitoramento pesqueiro no Brasil agrava a situação, especialmente para a pesca artesanal, que é dispersa e multiespecífica. Modelos de avaliação mostraram que a produção de C. bartholomaei aumentou no final dos anos 2000, sugerindo uma mudança nas espécies pescadas devido ao declínio de outros recursos. A espécie parece estar em sobrepesca, requerendo ações de manejo para recuperar os estoques. Modelos GAM identificaram variáveis ambientais que afetam a CPUE e a composição das capturas. Os resultados indicam que C. bartholomaei distribuição por tamanho ao longo dos ambientes costeiros e que a espécie se distribui nesses espaços costeiros a ponto de ser capturado ao longo da plataforma e da costa do nordeste do Brasil. O monitoramento contínuo e a realização de análises de avaliação das pescarias são essenciais para manejar a espécie de forma sustentável, garantindo a viabilidade das pescarias artesanais.
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A família Carangidae apresenta um grande número de espécies com ampla distribuição geográfica, entre regiões tropicais e subtropicais, que ocupam ambientes estuarinos, costeiros e oceânicos. Algumas dessas espécies sofrem grande pressão pesqueira de diferentes níveis. Esse trabalho desenvolveu uma revisão bibliográfica sistemática, que demonstra o desenvolvimento científico desse grupo no Oceano Atlântico, além de jogar luz em duas espécies de grande interesse econômico no Brasil (Caraqngoides bartholomaie e Caranx crysos). Foram feitas duas buscas por artigos na plataforma Web of Science, a primeira com os termos “Carangid*” e “Atlantic”, a segunda com o nome dos gêneros e “Atlantic”. A busca gerou 410 resultados que foram triados seguindo o fluxograma do Protocolo PRISMA. Após a verificação foram revisados 259 trabalhos científicos publicados. Os artigos levantados estão compreendidos entre os anos de 1967 e 2021, sendo os anos de 2018 a 2021 com o maior número de publicações. A grande maioria dos trabalhos cita apenas uma espécie. A maior parte dos estudos está relacionada à distribuição espacial, ictiofauna, pesca e biogeografia. Foram citadas 48 espécies, sendo Trachurus trachurus e T. picturatus as mais frequentes. A costa de Portugal e Espanha foi a mais estudada. C. bartholomaie e C. crysos foram citados em 9 e 26 trabalhos, respectivamente. A predominância de trabalhos com espécies de Trachurus e no mar da península Ibérica reflete a importância pesqueira. Há um elevado número de trabalhos de levantamento da ictiofauna que não se aprofunda nos aspectos das espécies de Carangidae. Espécies de grande importância econômica para o Brasil, entre elas C. bartholomaie e C. crysos são pouco estudadas nas publicações científicas. A falta de conhecimento sobre essas espécies é agravada pela ausência de dados de estatística pesqueira. A revisão bibliográfica mostrou que o conhecimento científico é impulsionado pela importância econômica das espécies, embora existam lacunas de informação em escala geográfica e com espécies de importância local. No Brasil, a ausência de publicações e informações pesqueira dificulta o manejo e medidas de controle de exploração dos recursos.
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LUIS FELIPE DE MELO TASSINARI
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Modelagem de Dados Geofísicos para o Estudo de Aspectos Oceanográficos ao largo do Litoral de Pernambuco,
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Orientador : TEREZA CRISTINA MEDEIROS DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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TEREZA CRISTINA MEDEIROS DE ARAUJO
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ROBERTO LIMA BARCELLOS
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JEFFERSON TAVARES CRUZ OLIVEIRA
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ALEX CARDOSO BASTOS
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LUIGI JOVANE
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Data: 26/09/2024
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A presente tese tem como foco a investigação do uso de dados sísmicos 2D, inicialmente adquiridos pela indústria petrolífera, para analisar aspectos oceanográficos ao longo do litoral de Pernambuco, no Nordeste do Brasil. Este estudo visa aprofundar o entendimento sobre as massas de água e a morfologia do fundo marinho, utilizando dados geofísicos para identificar e correlacionar estruturas oceanográficas, como ondas internas, intrusões e diferentes massas de água, com a morfologia do fundo oceânico. O mapeamento de feições fisiográficas também é um dos objetivos principais. A metodologia empregada inclui a interpretação e o processamento de dados sísmicos através de técnicas avançadas, como empilhamento, migração, ganho e filtragem. A pesquisa enfatiza a importância dos dados sísmicos legados, que se mostram eficazes na identificação de feições geomorfológicas e na caracterização das massas de água. Os resultados obtidos confirmam a validade desses dados para a análise geomorfológica e demonstram a eficácia da abordagem na caracterização da picnoclina e da zona de mistura. As descobertas realizadas têm implicações diretas para o planejamento espacial marinho e a mitigação de riscos geológicos, contribuindo para um maior entendimento dos processos oceanográficos na região. As conclusões indicam que a metodologia aplicada é eficaz na identificação de estruturas oceanográficas e geomorfológicas, proporcionando novos insights sobre a morfologia do fundo oceânico e a dinâmica das massas de água. O estudo recomenda a integração de dados sísmicos com outras técnicas geofísicas para aprimorar a resolução e a precisão dos mapeamentos, sugerindo que futuras pesquisas se concentrem em análises detalhadas de áreas específicas com alta concentração de feições geomorfológicas.
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A Oceanografia Sísmica (OS) é uma inovadora ramificação metodológica do método sísmico de reflexão. A OS propõe uma forma até então não usual de interpretação e processamento de dados advindos de levantamentos sísmicos, para se obter informações das propriedades da coluna de água, e assim, estudar feições oceanográficas. Objetivando-se analisar a (1) evolução, (2) o estado da arte, (3) o tipo de processamento utilizado e (4) quais feições oceanográficas são mais analisadas nesta metodologia, foi executado um levantamento bibliográfico e uma revisão sistemática de todos os artigos indexados nas plataformas Web of Science (WOS) e Scopus que utilizavam o termo “Seismic Oceanography”. Este levantamento e revisão foram executados de acordo com os parâmetros propostos pelo método “Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis” (PRISMA). Com o termo pesquisado dentro das plataformas de indexação, e posteriormente filtrados de acordo com o PRISMA, foram obtidos 164 artigos no período de 2008 a 2021. Estes trabalhos compuseram, através de seus documentos e metadados, a base para se discutir as 4 perguntas objetivadas anteriormente por tratar a metodologia pelo nome de “Oceanografia sísmica”. A leitura e análise dos documentos foi feita de acordo com o PRISMA e os metadados dos documentos foram processados nos softwares VOSVIWER e Bibliometrix. A análise dos resultados evidenciou que, como metodologia, a OS está diversificando seus campos de aplicação, campos inéditos com poucos pesquisadores e trabalhos desenvolvidos, necessitando, ainda, de mais desenvolvimento e discussão. Um bom exemplo disso são métodos de inversão de dados sísmicos para obtenção de “pseudotemperatura” e “pseudosalinidade” da água. Foram analisados os eixos temáticos dentro da OS sendo assim propostas 4 novas subáreas que a OS abrange, quias sejam: 1 a análise de feições de fundo oceânico com dados sísmicos; 2 O mapeamento de feições oceanográficas físicas na água; 3 A inversão de dados sísmicos e processamento; 4 interações de feições oceanográficas físicas com o fundo. Através do cruzamento de referências, se verificou que o termo pesquisado não abrangia todos os artigos publicados de interesse desta metodologia, pois o termo “Seismic Oceanography” não estava consolidado até o ano de 2008. Através da análise de citações dos artigos da base original em busca de trabalhos que utilizavam OS, mas não a nomeavam assim, foram encontrados mais 15 artigos, e muitos destes não eram indexados na WOS e Scopus e algumas vezes sem metadados. Com todos os artigos publicados de 1974 a 2022 foi possível subdividir 3 períodos no desenvolvimento da metodologia que são os artigos ligados à: Estudos Pioneiros (1979-2002), Reflexões Sísmica na água (2003 -2007) e Oceanografia Sísmica (2008-2022). Ao final da revisão sistemática, através da verificação do processamento em comum entre os artigos analisados e literatura, é proposto um guia base de trabalho para OS com um fluxograma introdutório de processamento para diferentes tipos de dados sísmicos, diferentes dados que podem ser obtidos com processamento mais rebuscado e banco de dados adicionais que possam corroborar com o processamento. Tal organograma de trabalho é proposto para que profissionais interessados na Oceanografia Sísmica possam obter uma referência base para iniciarem seus trabalhos.
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ENATIELLY ROSANE GOES
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ESPACIALIZAÇÃO DE HABITATS BENTÔNICOS EM UMA PLATAFORMA CONTINENTAL TROPICAL
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Orientador : TEREZA CRISTINA MEDEIROS DE ARAUJO
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MEMBROS DA BANCA :
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ROBERTO LIMA BARCELLOS
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TEREZA CRISTINA MEDEIROS DE ARAUJO
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HELENICE VITAL
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JOÃO LUIZ NICOLODI
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PEDRO MENANDRO
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Data: 17/10/2024
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Variável essencial da geodiversidade, a geomorfologia captura dimensões do mundo não vivo e permite o monitoramento dos níveis de geodiversidade em um determinado ecossistema para orientar tomadas de decisões ambientais. A caracterização geomorfológica do fundo marinho pode ser utilizada no desenvolvimento de várias abordagens, como por exemplo na determinação de associações sobre habitats bentônicos e para avaliação de risco. Enquanto as áreas costeiras possuem critérios geomorfológicos bem definidos para avaliação da sensibilidade ambiental a derramamento de óleo, esse tipo de avaliação geralmente não contempla os habitats submersos. O presente estudo tem como objetivo caracterizar a diversidade morfológica dos habitats bentônicos, a fim de avaliar a sensibilidade do fundo marinho a derramamentos de óleo, em uma área localizada ao sul da plataforma continental pernambucana, adjacente ao município de Tamandaré. Para isto, técnicas de geomorfometria e geoprocessamento foram aplicadas em um conjunto de dados batimétricos adquirido por meio de ecossonda monofeixe. Além disso, foi desenvolvido um índice para categorizar o fundo marinho em classes de sensibilidade a derramamento de óleo. A diversidade morfológica da área de estudo foi analisada em escalas de megahabitat e mesohabitat. Em escala de megahabitat, foram identificadas as seguintes estruturas bentônicas: áreas planas, cristas, encostas e depressões. Já em escala de mesohabitat, foram reconhecidas onze estruturas bentônicas que compõem os vales de plataforma de Tamandaré e seus arredores, entre elas: pináculos, escarpas, flancos e fundo dos vales. Além disso, a escala de mesohabitat também foi utilizada na avaliação da sensibilidade do fundo marinho a derramamentos de óleo. Os resultados obtidos através do índice de sensibilidade demonstraram que 12,7% do fundo marinho na área dos vales de plataforma de Tamandaré apresenta alta sensibilidade, 28,7% sensibilidade moderada e 58% baixa sensibilidade a derramamentos de óleo. A fim de assegurar a replicabilidade deste estudo, foi criada a ferramenta SSOS – Seafloor Score for Oil Sensitivity - para um software de sistemas de informação geográfica. A partir da aplicação da SSOS, foi possível avaliar a sensibilidade do fundo marinho em uma outra área ao norte da costa pernambucana, adjacente aos municípios de Paulista e Olinda. Os resultados deste estudo de caso demonstraram que 8,3% desta área apresenta alta sensibilidade, 14% sensibilidade moderada e 77,5% baixa sensibilidade a derramamentos de óleo. A abordagem para mapeamento da sensibilidade do fundo marinho apresentada neste estudo pode ser aplicada para preparar operações de recuperação, planos de monitoramento ou outras formas de planejamento ambiental. Para melhorar a robustez desta abordagem é necessário a expansão dos estudos sobre a sensibilidade a derramamento de óleo em habitats submersos, considerando outros parâmetros geológicos, hidrodinâmicos e biológicos.
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SYUMARA QUEIROZ DE PAIVA E SILVA
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Interações Fluxo-Topografia e Físico-Biológicas em uma Margem Continental no Sudoeste do Atlântico Tropical
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Orientador : MOACYR CUNHA DE ARAUJO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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MOACYR CUNHA DE ARAUJO FILHO
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TEREZA CRISTINA MEDEIROS DE ARAUJO
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CARLOS ALESSANDRE DOMINGOS LENTINI
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FABRICE HERNANDEZ
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LUIS FELIPE FERREIRA DE MENDONÇA
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Data: 18/10/2024
Ata de defesa assinada:
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Este trabalho investiga as interações de fluxo-topografia (FTIs) e as resultantes interações Biofísicas (BPI) no Sudoeste do Atlântico Tropical (SWTA). Utilizando uma combinação de dados hidrodinâmicos, análise de séries temporais de temperatura e dados acústicos ecossistêmicos registrados na Margem Continental de Pernambuco Sul, a pesquisa oferece uma compreensão integrada dos processos dinâmicos da região. O Capítulo 3 revisa os mecanismos que governam as FTIs na transição entre a quebra da plataforma e o talude continental (SBS), enfatizando processos como fluxos cross-shelf, ressurgência forçada pelo vento, ondas internas e retificação de marés. O Capítulo 4 apresenta os métodos usados para analisar os dados de séries temporais ambientais, particularmente a Ensemble Empirical Mode Decomposition (EEMD) e a Time-dependent Intrinsic Correlation (TDIC). A EEMD permite a identificação dos principais modos de variabilidade das séries temporais analisadas enquanto a TDIC correlaciona modos de variabilidade de forma a identificar padrões ligados ao forçamento externo, como o estresse do vento e as marés. O Capítulo 5 examina as contribuições a dinâmica da quebra da plataforma no SWTA, utilizando dados do experimento Multiple Rectangles Transect (MRT). A análise revelou a importância do forçamento de marés para a variabilidade das correntes na SBS e seus possíveis impactos sobre correntes cross-shelf e o uplift previamente reportado. O papel da Corrente Subsuperficial Norte do Brasil (NBUC) e como principal forçante do uplift também foi destacado, particularmente durante períodos de aumento da velocidade da corrente. O Capítulo 6 foca nas interações biológicas ao longo do talude continental no SWTA, examinando como a NBUC influencia a distribuição do micronekton, particularmente seus padrões de migração vertical diária. Dados do MRT revelaram que o micronekton evita áreas de altas velocidades de corrente enquanto aproveita águas ricas em nutrientes. O capítulo enfatiza como estruturas físicas como a NBUC moldam as distribuições biológicas, revelando importantes ligações entre processos oceanográficos e padrões biológicos na região. O Capítulo 7 explora a variabilidade de temperatura dentro do vale submarino Zieta. A análise de séries temporais mostrou que a variabilidade no vale é impulsionada por forças externas e remotas, como ondas de Rossby, e propagação de ondas internas induzidas pelo cisalhamento do vento. Esses processos impactam significativamente a entrada de águas mais frias dentro do vale, e consequentemente na plataforma, conectando as interações vale- talude à dinâmica mais ampla do SWTA. De forma geral, os processos de FTI são cruciais para as trocas de água, nutrientes e energia entre o oceano profundo e a plataforma continental. O SWTA é caracterizado por uma batimetria complexa, incluindo cânions e vales, que aumentam a mistura vertical e o transporte de nutrientes. Essas interações ajudam a sustentar a produtividade marinha, fitoplâncton e cadeias alimentares tróficas em uma região tipicamente marcada por condições oligotróficas. Ao combinar dados observacionais com métodos avançados de séries temporais, este trabalho aprofunda a compreensão da complexa interação entre correntes, topografia e ecossistemas marinhos. Pesquisas futuras devem se concentrar em experimentos orientados para processos específicos de forma a elucidar melhor os mecanismos as FTIs nesta região
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Os processos da quebra da plataforma contribuem para fluxos de massa e de calor no sistema oceano-atmosfera, que são importantes para a variabilidade do tempo e do clima. No sudoeste do Atlântico Tropical, a subcorrente do Norte do Brasil (NBUC) é o principal fluxo de borda oeste atuando no talude. Para investigar os fluxos cross-shelf e a variabilidade hidrodinâmica de alta frequência na quebra da plataforma/talude utilizamos medições hidrográficas de alta frequência obtidas a partir de uma campanha oceânica orientada para esses processos. Medições contínuas de correntes, temperatura da superfície do mar e salinidade cruzando a quebra da plataforma foram repetidas quinze vezes ao longo de um transecto retangular durante um período de 26 horas. A variabilidade dos dados contínuos foi investigada por meio de métodos adaptativos de decomposição de sinais e correlação intrínseca dependente do tempo. Os principais modos de variabilidade observados estavam relacionados a gradientes cross-shore da NBUC e variabilidade da corrente cross-shelf modulados pelas marés. Períodos de uplift de águas mais frias foram observados próximos à quebra da plataforma, associados às interações entre a NBUC, marés e a topografia local. O efeito combinado da forçante das marés com a NBUC resulta em um uplift cíclico e fortes correntes cross-shelf em direção ao oceano/plataforma, resultantes em padrões cíclicos de convergência/divergência. Na maré baixa, a corrente de maré se propaga na direção oposta à NBUC, contribuindo para diminuir a intensidade da corrente e o efeito de uplift. Na maré alta, a forçante da maré induz a NBUC para águas mais rasas, aumentando o cisalhamento horizontal em relação à região da quebra da plataforma e o oceano adjacente, e respectivamente aumentando o efeito do uplift. O processo combinado de maré/corrente de borda oeste pode resultar em fornecimento vertical e mistura de nutrientes, além do importante transporte horizontal subsuperficial em direção à plataforma dentro de um ciclo de marés. Por último, evidenciamos a presença de fortes bandas de cisalhamento turbulento dentro do núcleo NBUC derivadas de interações de fluxo com a topografia.
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SAYONARA RAIZA RODRIGUES DE MEDEIROS LINS
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PROCESSOS DE CIRCULAÇÃO E MISTURA NO ESTUÁRIO DO RIO IPOJUCA: IMPLICAÇÕES PARA A QUALIDADE AMBIENTAL
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Orientador : CARMEN MEDEIROS LIMONGI
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MEMBROS DA BANCA :
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CARMEN MEDEIROS LIMONGI
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MANUEL DE JESUS FLORES MONTES
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ISABELLE MARIA VILELA DE OLIVEIRA
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HUMBERTO LAZARO VARONA GONZALEZ
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CARLOS ESTEBAN DELGADO NORIEGA
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Data: 28/10/2024
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O presente estudo investigou os processos de circulação e de mistura no estuário do rio Ipojuca, como eles influem no transporte e distribuição de poluentes e contaminantes de origens naturais e antropogênicas e assim na qualidade da água e sedimentos ao longo daquele sistema. O estuário do rio Ipojuca, localizado no litoral sul do estado de Pernambuco, Brasil, foi significativamente impactado por atividades antropogênicas a montante e localmente, como práticas agrícolas, barragens e tomadas de água, instalação de indústrias, urbanização ao longo de sua bacia de drenagem e aterro e modificação de sua foz para a construção do complexo Industrial Portuário de Suape. Essas atividades modificaram os padrões naturais de fluxo e trocas com as águas costeiras, levando ao acúmulo de poluentes e à degradação da saúde ambiental do estuário. Os trabalhos realizados incluíram a caracterização morfobatimétrica do estuário do rio Ipojuca, dos forçantes meteorológicos e oceânicos, dos padrões e variabilidade sazonal do transporte e distribuição de sal, sólidos totais em suspensão e de parâmetros de qualidade da água. Os parâmetros físico-químicos analisados foram a temperatura, a condutividade elétrica/salinidade, a concentração de oxigênio dissolvido, a demanda bioquímica de oxigênio (DBO), teores de amônia, fósforo total e a concentração coliformes fecais. As análises dos dados indicou que a sazonalidade desempenha um papel crucial na variabilidade da qualidade da água no estuário. Durante a estação seca, temperaturas e níveis de condutividade elétrica/salinidade mais elevados foram observados, juntamente com concentrações elevadas de DBO e coliformes fecais, indicando um declínio na qualidade da água devido à redução do fluxo do rio e ao aumento da concentração de poluentes. Em contraste, a estação chuvosa é marcada por maior vazão do rio, o que ajuda a diluir os poluentes e melhorar temporariamente a qualidade da água, mas também introduz escoamento agrícola, aumentando os níveis de nutrientes e promovendo a eutrofização. A formação e localização de zonas de máximos de turbidez para os períodos chuvoso e de estiagem foram também investigadas. Essas zonas servem como pontos críticos para acumulação de poluentes, especialmente para sedimentos finos e metais pesados, representando riscos à biodiversidade local. A dinâmica sazonal da vazão do rio e as influências das marés moldam ainda mais a extensão e a distribuição dessas zonas de turbidez, afetando o transporte de sedimentos e contaminantes. Intervenções humanas, como dragagem e alterações na morfologia natural do estuário, exacerbam ainda mais a interrupção dos processos hidrodinâmicos naturais. A dinâmica de transporte de sal e sedimentos no estuário é controlada principalmente pela interação entre as marés e a descarga fluvial, resultando em diferentes padrões de mistura e estratificação conforme as variações sazonais. O cálculo do tempo de residência (1,43 dias) revelou que o estuário possui um ciclo de renovação relativamente curto, o que favorece a troca de água entre as diferentes regiões do estuário e contribui para a autodepuração do sistema. As descobertas destacam a necessidade urgente de monitoramento ambiental contínuo e a implementação de estratégias de gestão integrada para mitigar os efeitos adversos das atividades antropogênicas no estuário. A restauração de áreas de manguezais é recomendada como uma medida natural para conter a erosão e controlar o transporte de sedimentos. Além disso, uma regulamentação mais rigorosa da descarga de poluentes e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis são necessárias para melhorar a qualidade da água. Esta pesquisa ressalta que entender a interação entre os processos estuarinos naturais e as atividades humanas é essencial para a gestão sustentável e a conservação do estuário do Rio Ipojuca, garantindo que suas funções e serviços ecológicos sejam mantidos.
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SARA DE CASTRO LOEBENS
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ESTRUTURA E USO DO HABITAT PELA ICTIOFAUNA NA ZONA DE ARREBENTAÇÃO DE PRAIAS ARENOSAS DO LITORAL DO ESTADO DE PERNAMBUCO, BRASIL
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Orientador : BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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BEATRICE PADOVANI FERREIRA
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CAROLINE VIEIRA FEITOSA
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CASSIANO MONTEIRO NETO
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MAURICIO HOSTIM SILVA
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SIGRID NEUMANN LEITAO
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Data: 31/10/2024
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A ictiofauna da zona de arrebentação de praias arenosas é composta principalmente por larvas e juvenis que utilizam o local como berçário, espécies de pequeno porte que podem fechar seu ciclo de vida no local e predadores. Porém, os fatores que influenciam no padrão de distribuição e ocorrência desses organismos ainda são pouco estudados em regiões tropicais. A região nordeste do Brasil possui a maior linha de costa litorânea do país e é altamente reconhecida por suas praias, porém estudos sobre a ictiofauna encontrada nesses ambientes ainda são considerados escassos. Para auxiliar no preenchimento dessas lacunas, coletas de arrasto de praia mensais foram realizadas nas zonas de arrebentação internas (ISZ) de quatro praias localizadas no estado de Pernambuco, nordeste do Brasil, entre os anos de 2011 e 2014. A influência da sazonalidade, da conectividade e de variáveis físico-químicas, de padrões ontogenéticos e distribuição de tamanho foram investigadas. Esta tese está organizada em três capítulos. No primeiro capítulo a dinâmica espaço-temporal das assembleias de peixes da zona de arrebentação de uma região tropical foi analisada. Os resultados encontrados revelaram que a proximidade com ambientes recifais resulta em um conjunto de peixes mais abundante, rico, diversificado e temporalmente estável e que salinidade e temperatura possuem menor influência sobre essa assembleia. Os juvenis provavelmente utilizam as ISZ como um “habitat transitório de espera”. No segundo capítulo foi examinada a relação peso-comprimento (LWR) e comprimento-comprimento (LLR) de espécies encontradas na zona de arrebentação do litoral de Pernambuco. Os resultados encontrados para o parâmetro b para LWR na maioria das espécies ficaram dentro da faixa esperada de 2,5 a 3,5. O crescimento alométrico positivo foi observado em todas as espécies para LLR devido a quantidade de juvenis nas amostras. Foram apresentados os primeiros valores de LWR para Atherinella cf. blackburni e Sardinella brasiliensis no nordeste do Brasil e registrados os primeiros valores de LLR biológicos para 23 espécies. O terceiro capítulo propôs avaliar o padrão sazonal e o uso do habitat pela ictiofauna da ISZ tropical. Os resultados revelaram que a ISZ desempenha um papel significativo como berçário no uso temporal de espécies marinhas e estuarinas. Além disso, o método de passo-a-passo proposto para a classificação de grupos ecológicos e uso sazonal de habitat permitiu a classificação ontogenética das espécies em recrutas, juvenis e adultos e a definição de três grupos principais: residentes durante todo o ano, juvenis em berçário e visitantes adultos. Por fim, os resultados permitiram uma melhor definição ecológica sobre as ISZ enquanto “subhabitat”. Este estudo demonstra que as zonas de arrebentação em praias tropicais têm alta riqueza e estabilidade de espécies de peixes ao longo do tempo, funcionando como áreas cruciais de conectividade entre ecossistemas costeiros, como recifes e estuários. A proximidade com habitats mais complexos influencia diretamente a diversidade e abundância de espécies, reforçando o papel dessas zonas como berçários e fontes de recrutamento para outras áreas costeiras, essenciais para a manutenção da biodiversidade e das pescarias locais. Esses resultados evidenciam a importância de considerar as zonas de arrebentação em projetos de Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) e planos de gestão, priorizando a conectividade ecológica e a conservação de espécies ameaçadas e de recursos pesqueiros.
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A zonas de arrebentação são consideradas ambientes de baixa complexidade estrutural fortemente influenciadas por fatores ambientais estressantes. Apesar disso, a conectividade com outros ambientes pode influenciar na composição de espécies em um ambiente. Com isso, caracterizamos as variações espaciais e temporais ao longo de um ano de estudo e determinamos de forma integrativa quais características ambientais moldam as assembleias de peixes capturadas na zona de arrebentação da praia de Serrambi, Pernambuco. As coletas foram realizadas com rede de arrasto do tipo picaré com 20 m de comprimento e 2 m de altura, e fio multifilamento com malha de 5 mm entre nós opostos. As amostragens foram realizadas mensamente (julho de 2012 a junho de 2013), em três pontos de coleta, durante as fases da lua nova e crescente, no período diurno e noturno perfazendo um total de 144 amostras. Foi coletado um total de 19.026 indivíduos pertencentes a 84 taxa, 62 gêneros, 34 famílias e 20 ordens. Modelos lineares generalizados demonstraram que as variáveis categóricas baseadas no desenho amostral (meses do ano, pontos de coleta, fases da lua, período diário) influenciam diretamente nas assembleias em termos de riqueza e abundância, e que variáveis ambientais (salinidade e temperatura da água) aparentemente são proxys para a organização das assembleias de peixes encontradas nessa praia. Vinte espécies foram classificadas como abundantes e frequentes, indicando assim uma baixa dominância e alta similaridade em termos de tempo e espaço evidenciando um perfil de estabilidade, com boa parte das espécies ocorrendo ao longo de todo o ano, principalmente em estágio juvenil, indicando uma possível utilização desse ambiente como berçário. Nossos resultados demonstram ainda que a proximidade com outros ambientes, como o ambiente recifal, influenciam na agregação de espécies e na abundância disponível. Por fim, a utilização de ferramentas de integralização de variáveis aparenta ser de grande ajuda para o melhor entendimento dos efeitos que regem as assembleias de zona de arrebentação dessa praia e possivelmente de outras praias na região nordeste do país.
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ALYSSA THAYNA PEDROSA CARDOSO
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Distribuição e composição de Appendicularia no Atlântico tropical (ambientes nerítico e oceânico) e relações com o ciclo do carbono.
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Orientador : SIGRID NEUMANN LEITAO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRÉ LUIZ PEREZ MAGALHÃES
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FERNANDO DE FIGUEIREDO PORTO NETO
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JOSÉ EDUARDO MARTINELLI FILHO
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RENATA POLYANA DE SANTANA CAMPELO
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SIGRID NEUMANN LEITAO
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Data: 14/11/2024
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Appendicularia são tunicados planctônicos que constroem inúmeras casas gelatinosas todos os dias, sendo uma importante fonte de alimento e transporte vertical de carbono em ambientes pelágicos. No entanto, são organismos pouco conhecidos e estudados no Oceano Atlântico. Este estudo teve como objetivo fornecer uma visão geral do estado da pesquisa da classe Appendicularia no sudoeste do Atlântico, além de avaliar a distribuição e composição de apendiculários no Atlântico Sul, inferindo o papel trófico desses organismos por meio da relação dos teores de carbono encontrados e variáveis ambientais. Para o levantamento bibliográfico revisamos o estado da arte do conhecimento deste grupo em plataformas acadêmicas, selecionando 83 publicações. As coletas biológicas foram realizadas em nove pontos no Recife e sete na ilha principal do Arquipélago de Fernando de Noronha, por meio de arrastos horizontais a superfície com redes de malhas variadas. Os resultados encontrados no levantamento bibliográfico mostraram que apenas 13,3% corresponderam a estudos focados em Appendicularia, e a grande maioria dos trabalhos se referiu ao zooplâncton. Foram encontradas 34 espécies registradas nas ecorregiões brasileiras, predominando: Oikopleura dioica, Oikopleura fusiformis, Oikopleura longicauda e Oikopleura rufescens. Não foram encontrados grupos de especialistas no Brasil, enquanto a Argentina possui um forte grupo de pesquisa para o Atlântico Sudoeste, desenvolvendo pesquisas em ecologia, estrutura trófica, taxonomia e outras áreas. Para os dados amostrados em Recife e Fernando de Noronha as espécies da família Oikopleuridae foram mais abundantes nas duas áreas, e Fritillaria não teve representantes em Recife. Quanto aos parâmetros abióticos, Fernando de Noronha registrou menores valores de temperatura, clorofila – a e precipitação. A nMDS mostrou que muitas espécies apresentam distribuição sobreposta, e que algumas tem preferências por área e sazonalidade específicas. Quanto a contribuição de biomassa de carbono, não houve diferença estatística entre áreas. As espécies que tiveram maior contribuição de produção secundária foram O. dioca e O. longicauda, corroborando com os dados da literatura que mostram que além de copépodes, os appendiculários são importantes indicadores de processos ambientais e eventos climáticos. Os índices de diversidade e equitabilidade mostraram que poucas espécies dominam numericamente os ambientes e muitas espécies são encontradas em menor abundância. No geral, os Oikopleuridae foram mais abundantes e com maior frequência do que os Fritillaridae, um padrão esperado para esses organismos, uma vez que as espécies de Oikopleuridae preferem águas mais quentes, e Fritillaridae tem preferência por locais de temperaturas mais frias. Acreditamos que um conjunto de fatores abióticos e possíveis influências de eventos climáticos atuaram sobre a biodiversidade da área, resultando em valores baixos na estação costeira e valores altos em direção à estação oceânica. É conhecido que espécies neríticas não costumam derivar para a regiões oceânicas devido às condições hidrográficas da região costeira. Entretanto, podem ser encontradas em águas oceânicas vizinhas, porém não conseguindo sobreviver em condições oceânicas. Em contrapartida, as espécies oceânicas apresentam fluxos regulares para ambientes costeiros. A baixa diversidade na área costeira parece estar associada à instabilidade ambiental, resultante das variações físico-químicas associadas aos múltiplos usos indiscriminados dessas áreas. Diante do exposto, foi possível verificar que são necessários incentivos financeiros para as Norte e Nordeste do Brasil, além de melhor gestão dos dados coletados, possibilitando pesquisas futuras e a formação de pesquisadores especialistas nessa área. As estimativas de biomassa e produtividade demonstraram a importância das espécies O. dioica e O. longicauda como produtores secundários para os ambientes costeiro e oceânico. Entretanto, considerando a escassa informação disponível, são necessários mais estudos a fim de avaliar a trofodinâmica geral desses organismos, particularmente a influência como produtores secundários em ecossistemas pelágicos neste cenário de mudanças climáticas.
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Dentre os animais que compõem o zooplâncton estão os Appendicularia ou Larvacea, organismos planctônicos hermafroditas, herbívoros, comuns e cosmopolitas que ocupam um importante papel no processo de ciclagem do carbono ecossistêmico e fluxo energético. O presente estudo teve por objetivo realizar uma revisão sistemática da classe Appendicularia para a região do Oceano Atlântico, analisando as principais espécies e as perspectivas para o Brasil. Para esse trabalho foram realizadas três buscas documentais isoladas em plataformas acadêmicas, no período de 2020 e 2021. Dos trabalhos analisados apesar 21, 1% do percentual correspondeu a estudos focados em Appendicularia, a grande maioria era referente ao zooplâncton. A escolha da linha de pesquisa e da localidade dos estudos depende basicamente do interesse dos pesquisadores, da infraestrutura para o trabalho de campo e do incentivo financeiro dos órgãos de fomento, resultando na concentração de estudos em algumas áreas marinhas, como as regiões sudeste e sul, região amazônica e áreas com importantes centros de pesquisa no Nordeste, viabilizando maiores chances de serem amostradas. Um total de 48 espécies de Appendicularia foram encontradas, destacando-se: Oikopleura dioica, O. fusiformis, O. longicauda, O. rufescens e Fritillaria haplostoma. Esses dados corroboram com estudos anteriores que demonstra uma maior riqueza dessas espécies na porção sul da América do Sul. De forma geral, no Brasil não foram encontrados grupos de especialistas, em contrapartida, a Argentina conta com um forte grupo de pesquisa para o Atlântico Sul, desenvolvendo pesquisas de ecologia, estrutura trófica, taxonomia e outras áreas. Diante do exposto, se fazem necessários incentivos em áreas pouco contempladas com fomento, como Norte e Nordeste, além de uma melhor gestão dos dados coletados, possibilitando pesquisas futuras e a formação de pesquisadores especialistas na classe.
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