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Dissertações |
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LUCIANA TAVARES DE SOUTO
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DISPOSITIVOS MÉDICOS IMPLANTÁVEIS: UMA ANÁLISE DE ASPECTOS ECONÔMICOS RELACIONADOS À SUA AQUISIÇÃO POR INSTITUIÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS
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Orientador : FABIOLA SULPINO VIEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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EVERTON NUNES DA SILVA
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FABIO HENRIQUE CAVALCANTI DE OLIVEIRA
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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Data: 23/02/2024
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Mostrar Resumo
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O envelhecimento da população ao redor do mundo contribuiu para o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e, consequentemente, da utilização de dispositivos médicos implantáveis, popularmente conhecidos no meio hospitalar brasileiro por OPME – que são órteses, próteses e materiais especiais. Tais dispositivos têm peso significativo nos custos dos procedimentos cirúrgicos, dado os seus altos preços, sendo geralmente importados ou fabricados com matéria-prima importada. Considerando a escassez de estudos sobre as compras públicas desses dispositivos e a relevância deles tanto do ponto de vista terapêutico quanto orçamentário, este trabalho tem por objetivo analisar aspectos econômicos relacionados à aquisição de dispositivos médicos implantáveis por instituições públicas federais no período de 2019 a 2022. Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo e exploratório com duas abordagens. A primeira foi uma análise da aplicação do princípio da economicidade às aquisições de dispositivos médicos implantáveis por hospitais universitários federais (HUFs) entre 2019 e 2022. A segunda foi uma análise comparativa entre os preços praticados nas compras de instituições federais e os valores de ressarcimento definidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para um conjunto de dispositivos médicos implantáveis em 2022. Os dados de aquisição desses produtos foram extraídos do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e os valores de ressarcimento obtidos do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPME do SUS (SIGTAP), conhecida como Tabela SUS. Os principais resultados do estudo realizado considerando a primeira abordagem são os que seguem: i) houve variação importante nos preços de aquisição pelos HUFs de alguns dispositivos médicos, por região geográfica, em um mesmo ano; ii) a maioria das aquisições foi feita pelos HUFs a preços iguais ou maiores que o menor preço praticado em compra realizada por hospital universitário de sua região; e iii) o indicador de economicidade nas compras do conjunto dos doze dispositivos médicos analisados variou acentuadamente na região Nordeste, em relação à variação observada nas outras regiões, nos anos da pandemia da Covid-19 (2020-2022). Quanto aos resultados da segunda abordagem, foram os seguintes: i) os valores de ressarcimento constantes da Tabela SUS, para a maioria dos dispositivos médicos implantáveis analisados, não foram suficientes para cobrir os preços de aquisição desses produtos por órgãos federais, que são, basicamente, hospitais vinculados ao Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e Ministério da Educação; e ii) os valores de ressarcimento se mostraram mais defasados no caso dos
filtros intravasculares e próteses cardíacas. Em conclusão, os resultados deste trabalho apontam para a
necessidade de implantação de medidas pelo governo federal que promovam a economicidade nas aquisições de dispositivos médicos implantáveis pelos HUFs, paralelamente à revisão de valores de ressarcimento da Tabela SUS para alguns desses dispositivos.
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O envelhecimento da população ao redor do mundo contribuiu para o aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e, consequentemente, da utilização de dispositivos médicos implantáveis, popularmente conhecidos no meio hospitalar brasileiro por OPME – que são órteses, próteses e materiais especiais. Tais dispositivos têm peso significativo nos custos dos procedimentos cirúrgicos, dado os seus altos preços, sendo geralmente importados ou fabricados com matéria-prima importada. Considerando a escassez de estudos sobre as compras públicas desses dispositivos e a relevância deles tanto do ponto de vista terapêutico quanto orçamentário, este trabalho tem por objetivo analisar aspectos econômicos relacionados à aquisição de dispositivos médicos implantáveis por instituições públicas federais no período de 2019 a 2022. Realizou-se um estudo quantitativo, descritivo e exploratório com duas abordagens. A primeira foi uma análise da aplicação do princípio da economicidade às aquisições de dispositivos médicos implantáveis por hospitais universitários federais (HUFs) entre 2019 e 2022. A segunda foi uma análise comparativa entre os preços praticados nas compras de instituições federais e os valores de ressarcimento definidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para um conjunto de dispositivos médicos implantáveis em 2022. Os dados de aquisição desses produtos foram extraídos do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e os valores de ressarcimento obtidos do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e OPME do SUS (SIGTAP), conhecida como Tabela SUS. Os principais resultados do estudo realizado considerando a primeira abordagem são os que seguem: i) houve variação importante nos preços de aquisição pelos HUFs de alguns dispositivos médicos, por região geográfica, em um mesmo ano; ii) a maioria das aquisições foi feita pelos HUFs a preços iguais ou maiores que o menor preço praticado em compra realizada por hospital universitário de sua região; e iii) o indicador de economicidade nas compras do conjunto dos doze dispositivos médicos analisados variou acentuadamente na região Nordeste, em relação à variação observada nas outras regiões, nos anos da pandemia da Covid-19 (2020-2022). Quanto aos resultados da segunda abordagem, foram os seguintes: i) os valores de ressarcimento constantes da Tabela SUS, para a maioria dos dispositivos médicos implantáveis analisados, não foram suficientes para cobrir os preços de aquisição desses produtos por órgãos federais, que são, basicamente, hospitais vinculados ao Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e Ministério da Educação; e ii) os valores de ressarcimento se mostraram mais defasados no caso dos
filtros intravasculares e próteses cardíacas. Em conclusão, os resultados deste trabalho apontam para a
necessidade de implantação de medidas pelo governo federal que promovam a economicidade nas aquisições de dispositivos médicos implantáveis pelos HUFs, paralelamente à revisão de valores de ressarcimento da Tabela SUS para alguns desses dispositivos.
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FLÁVIA JACQUELINE OLIVEIRA DA SILVA
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FINANCIAMENTO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS PELA UNIÃO NO BRASIL (2018 - 2022)
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Orientador : FABIOLA SULPINO VIEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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EVERTON NUNES DA SILVA
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ROBERTA DE SOUZA PEREIRA DA SILVA RAMOS
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Data: 26/02/2024
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Os Hospitais Universitários Federais (HUFs) são unidades dedicadas à formação de recursos humanos na área da saúde, vinculadas a instituições federais de ensino superior no Brasil, que realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como de assistência à saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). Considerando a relevância desses hospitais para a formação profissional e para a prestação de serviços especializados no SUS, assim como a escassez de estudos sobre a alocação de recursos financeiros para sua manutenção, realizou-se este estudo com o objetivo de discutir o modelo atual de financiamento dos HUFs no período de 2018 a 2022. Foi realizada uma análise da execução orçamentário-financeira dos 51 HUFs, utilizando-se dados obtidos do sistema Siga Brasil, que é mantido pelo Senado Federal. Foram identificadas as unidades gestoras (UGs) e unidades orçamentárias (UOs) vinculadas aos HUFs nos relatórios de execução do orçamento do Ministério da Saúde (MS) e do Ministério da Educação (MEC). Foram obtidos os valores empenhados, liquidados e pagos, assim como as despesas por subfunções e grupos de natureza de despesa. Verificou-se que, entre 2018 e 2022, a despesa total média dos 51 HUFs foi de R$ 16,0 bilhões, sendo de R$ 13,2 bilhões o gasto médio dos filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Atividades assistenciais representaram 87,7% dos gastos em 2022, sendo o MEC o principal financiador dos hospitais, com participação média de 83,9% no seu financiamento entre 2018 e 2022. As despesas empenhadas pelos HUFs, a partir de subfunções, mostram que a subfunção 302 - Assistência hospitalar e ambulatorial apresentou uma participação média de execução de 82,6% dos valores empenhados em cada ano. Em contrapartida, as subfunções 364 - Ensino superior e 128 – Formação de recursos humanos, que também apresentam uma relação direta com o objeto social dos HUFs, obtiveram apenas 3,09% e 0,04%, respectivamente, dos valores empenhados em 2022. Não houve grandes variações na participação dos gastos entre hospitais filiados e não filiados à Ebserh quanto às despesas com pessoal e outras despesas correntes. Contudo, a participação das despesas de capital (investimentos) no total das despesas foi ligeiramente maior para os HUFs vinculados à Ebserh entre 2018 e 2022. No geral, houve estabilidade nas despesas dos HUFs no período analisado, com pouca variação nos anos do auge da pandemia da Covid-19 (2019-2021). Em conclusão, o estudo mostra que o MEC é o responsável principal pelo financiamento dos HUFs e que a assistência à saúde absorve a maioria dos recursos, levantando preocupações sobre possível insuficiência do financiamento das atividades de ensino e pesquisa, bem como para a modernização dessas unidades. A constância observada na despesa desses hospitais pode ter sido influenciada pelo ajuste realizado com a implantação do Novo Regime Fiscal, que passou a vigorar em 2017, por meio do qual se estabeleceu um teto de gastos para as despesas primárias da União. A implementação de políticas para garantir a sustentabilidade financeira e a efetividade dessas instituições no cenário do sistema de saúde e educacional brasileiro se faz necessária.
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Os Hospitais Universitários Federais (HUFs) são unidades dedicadas à formação de recursos humanos na área da saúde, vinculadas a instituições federais de ensino superior no Brasil, que realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como de assistência à saúde para o Sistema Único de Saúde (SUS). Considerando a relevância desses hospitais para a formação profissional e para a prestação de serviços especializados no SUS, assim como a escassez de estudos sobre a alocação de recursos financeiros para sua manutenção, realizou-se este estudo com o objetivo de discutir o modelo atual de financiamento dos HUFs no período de 2018 a 2022. Foi realizada uma análise da execução orçamentário-financeira dos 51 HUFs, utilizando-se dados obtidos do sistema Siga Brasil, que é mantido pelo Senado Federal. Foram identificadas as unidades gestoras (UGs) e unidades orçamentárias (UOs) vinculadas aos HUFs nos relatórios de execução do orçamento do Ministério da Saúde (MS) e do Ministério da Educação (MEC). Foram obtidos os valores empenhados, liquidados e pagos, assim como as despesas por subfunções e grupos de natureza de despesa. Verificou-se que, entre 2018 e 2022, a despesa total média dos 51 HUFs foi de R$ 16,0 bilhões, sendo de R$ 13,2 bilhões o gasto médio dos filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Atividades assistenciais representaram 87,7% dos gastos em 2022, sendo o MEC o principal financiador dos hospitais, com participação média de 83,9% no seu financiamento entre 2018 e 2022. As despesas empenhadas pelos HUFs, a partir de subfunções, mostram que a subfunção 302 - Assistência hospitalar e ambulatorial apresentou uma participação média de execução de 82,6% dos valores empenhados em cada ano. Em contrapartida, as subfunções 364 - Ensino superior e 128 – Formação de recursos humanos, que também apresentam uma relação direta com o objeto social dos HUFs, obtiveram apenas 3,09% e 0,04%, respectivamente, dos valores empenhados em 2022. Não houve grandes variações na participação dos gastos entre hospitais filiados e não filiados à Ebserh quanto às despesas com pessoal e outras despesas correntes. Contudo, a participação das despesas de capital (investimentos) no total das despesas foi ligeiramente maior para os HUFs vinculados à Ebserh entre 2018 e 2022. No geral, houve estabilidade nas despesas dos HUFs no período analisado, com pouca variação nos anos do auge da pandemia da Covid-19 (2019-2021). Em conclusão, o estudo mostra que o MEC é o responsável principal pelo financiamento dos HUFs e que a assistência à saúde absorve a maioria dos recursos, levantando preocupações sobre possível insuficiência do financiamento das atividades de ensino e pesquisa, bem como para a modernização dessas unidades. A constância observada na despesa desses hospitais pode ter sido influenciada pelo ajuste realizado com a implantação do Novo Regime Fiscal, que passou a vigorar em 2017, por meio do qual se estabeleceu um teto de gastos para as despesas primárias da União. A implementação de políticas para garantir a sustentabilidade financeira e a efetividade dessas instituições no cenário do sistema de saúde e educacional brasileiro se faz necessária.
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ALBERTO JOSE LOPES DE MENDONCA
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GANHOS DE EFICIÊNCIA COM A IMPLANTAÇÃO DO PARECER REFERENCIAL NA REDUÇÃO DO TEMPO DE TRAMITAÇÃO DO PROCESSO LICITATÓRIO: O CASO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO
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Orientador : JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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DAVID RICARDO COLACO BEZERRA
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FABIOLA SULPINO VIEIRA
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PAULO GLICIO DA ROCHA
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Data: 26/02/2024
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O funcionamento dos órgãos públicos depende da realização de licitações para selecionar os fornecedores dos bens e serviços que atenderão à sociedade, isso está previsto na legislação em vigor no Brasil. Mas, geralmente, o prazo para a conclusão de um certame não é rápido e, em alguns casos, compromete o funcionamento das instituições. Nesse sentido, uma iniciativa da Ebserh flexibilizou a análise individualizada dos processos licitatórios pelo setor jurídico para aquisição de bens comuns por pregão eletrônico. Essa mudança no fluxo do processo foi possível com a implementação do parecer referencial. Dessa forma, o presente trabalho foi elaborado para avaliar o impacto da implementação do parecer referencial no processo de compras públicas de um hospital universitário, com vistas a identificar suas possíveis melhorias efetivas e suas eventuais dificuldades e prejuízos relacionados à ausência da análise jurídica. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza documental. Foram utilizados dados das planilhas internas de acompanhamento dos pregões eletrônicos que ocorreram entre os anos de 2017 e 2022, ao todo 819 processos avaliados. A partir desse conjunto de informações foi gerado um banco de dados com algumas variáveis de análise. Os resultados encontrados revelam o quanto é demorado o andamento do processo licitatório no órgão estudado. O tempo médio de conclusão de um processo é de 246 dias. Contudo, ao selecionar os processos que continham parecer jurídico, o prazo foi ainda maior, em média 265 dias. Esse prazo foi reduzido para 191 dias com a implementação do parecer referencial no órgão a partir de 2021. Apesar do ganho de eficiência com o parecer referencial (74 dias), medido por meio de regressão linear, a taxa de insucesso dos itens nas licitações com parecer jurídico foi de 16,7% e com o parecer referencial subiu para 27,2%. Utilizou-se, suplementarmente, de um questionário para avaliar a percepção dos servidores do órgão em relação ao parecer referencial. Reconhece-se a maior agilidade do processo, mas 44,4% dos entrevistados, responderam que a legalidade administrativa dos processos licitatórios foi prejudicada. Além disso, foi identificada uma carência de capacitações dos agentes públicos e a influência de outros fatores que interferem no tempo de duração dos processos. É imprescindível que a gestão hospitalar monitore a utilização do parecer referencial e promova uma avaliação das condições de governança. A discussão deve ser ampliada para outros hospitais da rede Ebserh.
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O funcionamento dos órgãos públicos depende da realização de licitações para selecionar os fornecedores dos bens e serviços que atenderão à sociedade, isso está previsto na legislação em vigor no Brasil. Mas, geralmente, o prazo para a conclusão de um certame não é rápido e, em alguns casos, compromete o funcionamento das instituições. Nesse sentido, uma iniciativa da Ebserh flexibilizou a análise individualizada dos processos licitatórios pelo setor jurídico para aquisição de bens comuns por pregão eletrônico. Essa mudança no fluxo do processo foi possível com a implementação do parecer referencial. Dessa forma, o presente trabalho foi elaborado para avaliar o impacto da implementação do parecer referencial no processo de compras públicas de um hospital universitário, com vistas a identificar suas possíveis melhorias efetivas e suas eventuais dificuldades e prejuízos relacionados à ausência da análise jurídica. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza documental. Foram utilizados dados das planilhas internas de acompanhamento dos pregões eletrônicos que ocorreram entre os anos de 2017 e 2022, ao todo 819 processos avaliados. A partir desse conjunto de informações foi gerado um banco de dados com algumas variáveis de análise. Os resultados encontrados revelam o quanto é demorado o andamento do processo licitatório no órgão estudado. O tempo médio de conclusão de um processo é de 246 dias. Contudo, ao selecionar os processos que continham parecer jurídico, o prazo foi ainda maior, em média 265 dias. Esse prazo foi reduzido para 191 dias com a implementação do parecer referencial no órgão a partir de 2021. Apesar do ganho de eficiência com o parecer referencial (74 dias), medido por meio de regressão linear, a taxa de insucesso dos itens nas licitações com parecer jurídico foi de 16,7% e com o parecer referencial subiu para 27,2%. Utilizou-se, suplementarmente, de um questionário para avaliar a percepção dos servidores do órgão em relação ao parecer referencial. Reconhece-se a maior agilidade do processo, mas 44,4% dos entrevistados, responderam que a legalidade administrativa dos processos licitatórios foi prejudicada. Além disso, foi identificada uma carência de capacitações dos agentes públicos e a influência de outros fatores que interferem no tempo de duração dos processos. É imprescindível que a gestão hospitalar monitore a utilização do parecer referencial e promova uma avaliação das condições de governança. A discussão deve ser ampliada para outros hospitais da rede Ebserh.
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DILMA MARIA DA SILVA DIAS
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ESTRUTURA FAMILIAR E CUIDADOS COM A SAÚDE DA CRIANÇA: UMA ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL
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Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ELIANE MARIA MEDEIROS LEAL
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ELLEN CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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Data: 01/03/2024
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O conhecimento da influência das diferentes estruturas familiares no cuidado com a saúde das crianças é um tema relevante e complexo. A estrutura familiar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e saúde das crianças, e compreende como diferentes arranjos familiares podem fornecer insights importantes para a criação de ambientes saudáveis e apoio ao crescimento das crianças. Este estudo tem como objetivo verificar se as estruturas familiares, sejam elas biparentais ou monoparentais, com chefe de ambos os gêneros, influenciam o cuidado com a saúde dessas crianças. É essencial considerar o contexto socioeconômico e cultural em que as diferentes estruturas familiares estão incorporadas, uma vez que fatores como renda, acesso a recursos, apoio social e cultural pode influenciar significativamente o cuidado com a saúde das crianças, desta forma, além da estrutura familiar, foi observado número de indivíduos adultos e crianças com até doze anos, localização, renda, raça e escolaridade dos chefes dessas famílias. Os resultados mostram que famílias biparentais tendem a oferecer uma melhor atenção à saúde do que as monoparentais, independentemente do gênero do líder familiar. Observou-se que famílias biparentais apresentam resultados mais favoráveis em consultas de rotina e uso de serviços de saúde nos últimos 12 meses. Isso destaca a importância do arranjo familiar, independentemente do gênero do líder, na promoção do cuidado à saúde infantil, corroborando achados de pesquisas anteriores sobre a influência do nível educacional nesse contexto.
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O conhecimento da influência das diferentes estruturas familiares no cuidado com a saúde das crianças é um tema relevante e complexo. A estrutura familiar desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e saúde das crianças, e compreende como diferentes arranjos familiares podem fornecer insights importantes para a criação de ambientes saudáveis e apoio ao crescimento das crianças. Este estudo tem como objetivo verificar se as estruturas familiares, sejam elas biparentais ou monoparentais, com chefe de ambos os gêneros, influenciam o cuidado com a saúde dessas crianças. É essencial considerar o contexto socioeconômico e cultural em que as diferentes estruturas familiares estão incorporadas, uma vez que fatores como renda, acesso a recursos, apoio social e cultural pode influenciar significativamente o cuidado com a saúde das crianças, desta forma, além da estrutura familiar, foi observado número de indivíduos adultos e crianças com até doze anos, localização, renda, raça e escolaridade dos chefes dessas famílias. Os resultados mostram que famílias biparentais tendem a oferecer uma melhor atenção à saúde do que as monoparentais, independentemente do gênero do líder familiar. Observou-se que famílias biparentais apresentam resultados mais favoráveis em consultas de rotina e uso de serviços de saúde nos últimos 12 meses. Isso destaca a importância do arranjo familiar, independentemente do gênero do líder, na promoção do cuidado à saúde infantil, corroborando achados de pesquisas anteriores sobre a influência do nível educacional nesse contexto.
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ADEMILTON DE FREITAS SANTOS
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ANÁLISE DE CUSTOS DE UM LABORATÓRIO DE PATOLOGIA ORAL E SEU IMPACTO PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: um estudo de caso
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Orientador : ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA PAULA VERAS
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CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
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ELAINE JUDITE DE AMORIM CARVALHO
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Data: 11/03/2024
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A contabilidade de custos desempenha um papel fundamental na gestão das atividades de saúde, especialmente no laboratório de patologia oral, um importante centro de diagnóstico de doenças em cabeça e pescoço. Esta pesquisa investigou os custos fixos, variáveis, diretos e indiretos do Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco, utilizando dados públicos de infraestrutura, compras e finanças para avaliar seu impacto financeiro, especificamente em relação ao subsídio da tabela SUS. Os resultados indicaram um déficit de receita nas parcerias baseadas na tabela SUS ou valores de mercado, pois são insuficientes para cobrir os custos totais, evidenciando a necessidade de um gerenciamento de custos eficaz. Além disso, a metodologia do custeio por absorção revelou que os valores pagos pelo SUS ou pelo mercado atual não cobrem o custo unitário dos exames histopatológicos. Embora seja a primeira análise de custos no laboratório, destacou-se a importância de um registro e controle rigorosos dos dados, bem como a implementação de um sistema de informação de custos, servindo como referência para o desenvolvimento de um sistema de custos na instituição, contribuindo para análises gerenciais e aprimoramento do processo de gestão. Recomenda-se que as metodologias de apuração de custos sejam utilizadas como modelo para investigações periódicas dos custos laboratoriais, visando aprimorar ferramentas contábeis e promover tomadas de decisões eficazes, pois, estes dados são cruciais para fortalecer a gestão eficiente dos serviços públicos de saúde.
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A contabilidade de custos desempenha um papel fundamental na gestão das atividades de saúde, especialmente no laboratório de patologia oral, um importante centro de diagnóstico de doenças em cabeça e pescoço. Esta pesquisa investigou os custos fixos, variáveis, diretos e indiretos do Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco, utilizando dados públicos de infraestrutura, compras e finanças para avaliar seu impacto financeiro, especificamente em relação ao subsídio da tabela SUS. Os resultados indicaram um déficit de receita nas parcerias baseadas na tabela SUS ou valores de mercado, pois são insuficientes para cobrir os custos totais, evidenciando a necessidade de um gerenciamento de custos eficaz. Além disso, a metodologia do custeio por absorção revelou que os valores pagos pelo SUS ou pelo mercado atual não cobrem o custo unitário dos exames histopatológicos. Embora seja a primeira análise de custos no laboratório, destacou-se a importância de um registro e controle rigorosos dos dados, bem como a implementação de um sistema de informação de custos, servindo como referência para o desenvolvimento de um sistema de custos na instituição, contribuindo para análises gerenciais e aprimoramento do processo de gestão. Recomenda-se que as metodologias de apuração de custos sejam utilizadas como modelo para investigações periódicas dos custos laboratoriais, visando aprimorar ferramentas contábeis e promover tomadas de decisões eficazes, pois, estes dados são cruciais para fortalecer a gestão eficiente dos serviços públicos de saúde.
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MIKAELLA CAVALCANTE FERREIRA
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IMPACTO DA PRESCRIÇÃO INFORMATIZADA NA UNIDADE DE TRATAMENTO AO QUEIMADO DE UM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS
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Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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MEMBROS DA BANCA :
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ERIKA DA SILVA BEZERRA DE MENEZES
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MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
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MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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Data: 12/03/2024
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As queimaduras são uma lesão resultante da ação do calor exagerado sobre o tecido orgânico. A prescrição médica hospitalar do paciente queimado é extensa e tem por fim a reposição proteica e de eletrólitos, sedoanalgesia e outros medicamentos de suporte. A implantação de prescrições informatizadas é uma medida capaz de reduzir os erros de medicação e eventos adversos, haja vista que eliminam a dificuldade de entendimento de letras ilegíveis presentes em prescrições manuais, com isso, diminui os gastos com medicamentos. Este estudo transversal levantou e avaliou os custos das prescrições médicas hospitalares antes e após o processo de informatização e verificou se houve benefícios financeiros a instituição de estudo. Foram selecionadas 200 prescrições, 100 do tipo manual e 100 do tipo informatizada colhidas de forma aleatória. Os pacientes componentes da amostra foram agrupados e as características como sexo, idade, grau da queimadura, agente etiológico, tempo de permanência hospitalar, motivação e desfecho clínico foram analisados conforme medidas de frequência. Os custos foram avaliados através de relatórios gerados na plataforma CEOS ALCLOG, que reúne o preço médio dos medicamentos adquiridos através de diversas modalidades de licitação financiados pelo SUS. Para essas avaliações comparativas aplicou-se o teste não paramétrico U de Mann-Whitney para avaliar a hipótese nula de que não há diferenças significativas entre os grupos para as variáveis envolvidas.Com o objetivo de avaliar se o custo total por prescrição sofreu influência de fatores externos, construiu-se um modelo de regressão múltiplo utilizando como variável dependente o custo total e como preditoras as variáveis sexo, idade, tempo de internação, tipo de queimadura, desfecho clínico, causas, grau e motivação das queimaduras. Os dados epidemiológicos revelaram que o sexo feminino foi mais frequente nos casos de queimadura, as principais causas das queimaduras estiveram atreladas em sua maior parte aos acidentes, em seguida, vieram os casos de autoextermínio, a queimadura de segundo grau foi mais prevalente neste estudo, com o intervalo de idade de 51-60 anos e alta hospitalar como desfecho clínico. Ao comparar as prescrições manuais e informatizadas, notou-se que as prescrições informatizadas reduziram significativamente a quantidade de medicamentos diferentes bem como a quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e o custo total das prescrições médicas (p-valor < 0,05). Ao avaliar a influências de fatores externos na variável dependente (custo das prescrições) variáveis com P-valor < 0,05 foram consideradas significantes e desta forma foi observado que as prescrições informatizadas apresentam em média um custo R$ 24,88 menor do que as manuais. Além disso, em comparação com as prescrições em que houve queimadura por explosão, notam-se em média, reduções de custo de R$123,09 nos casos de escaldadura, R$ 103,37 nos casos de eletricidade e R$ 100,68 nos casos de queimaduras por chamas. A pesquisa concluiu que a inclusão de prescrições informatizadas no Setor de Queimados provocou impacto significativo na redução da variabilidade de medicamentos, bem como na quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e no custo total prescrições. A aplicação do modelo de regressão múltipla reuniu variáveis preditoras do custo total e identificou que além do tipo de prescrição, algumas motivações foram consideradas significativas para aplicar o comportamento do custo total, esses resultados, sugerem que de fato, essas variáveis contribuem com o custo final das prescrições.
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As queimaduras são uma lesão resultante da ação do calor exagerado sobre o tecido orgânico. A prescrição médica hospitalar do paciente queimado é extensa e tem por fim a reposição proteica e de eletrólitos, sedoanalgesia e outros medicamentos de suporte. A implantação de prescrições informatizadas é uma medida capaz de reduzir os erros de medicação e eventos adversos, haja vista que eliminam a dificuldade de entendimento de letras ilegíveis presentes em prescrições manuais, com isso, diminui os gastos com medicamentos. Este estudo transversal levantou e avaliou os custos das prescrições médicas hospitalares antes e após o processo de informatização e verificou se houve benefícios financeiros a instituição de estudo. Foram selecionadas 200 prescrições, 100 do tipo manual e 100 do tipo informatizada colhidas de forma aleatória. Os pacientes componentes da amostra foram agrupados e as características como sexo, idade, grau da queimadura, agente etiológico, tempo de permanência hospitalar, motivação e desfecho clínico foram analisados conforme medidas de frequência. Os custos foram avaliados através de relatórios gerados na plataforma CEOS ALCLOG, que reúne o preço médio dos medicamentos adquiridos através de diversas modalidades de licitação financiados pelo SUS. Para essas avaliações comparativas aplicou-se o teste não paramétrico U de Mann-Whitney para avaliar a hipótese nula de que não há diferenças significativas entre os grupos para as variáveis envolvidas.Com o objetivo de avaliar se o custo total por prescrição sofreu influência de fatores externos, construiu-se um modelo de regressão múltiplo utilizando como variável dependente o custo total e como preditoras as variáveis sexo, idade, tempo de internação, tipo de queimadura, desfecho clínico, causas, grau e motivação das queimaduras. Os dados epidemiológicos revelaram que o sexo feminino foi mais frequente nos casos de queimadura, as principais causas das queimaduras estiveram atreladas em sua maior parte aos acidentes, em seguida, vieram os casos de autoextermínio, a queimadura de segundo grau foi mais prevalente neste estudo, com o intervalo de idade de 51-60 anos e alta hospitalar como desfecho clínico. Ao comparar as prescrições manuais e informatizadas, notou-se que as prescrições informatizadas reduziram significativamente a quantidade de medicamentos diferentes bem como a quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e o custo total das prescrições médicas (p-valor < 0,05). Ao avaliar a influências de fatores externos na variável dependente (custo das prescrições) variáveis com P-valor < 0,05 foram consideradas significantes e desta forma foi observado que as prescrições informatizadas apresentam em média um custo R$ 24,88 menor do que as manuais. Além disso, em comparação com as prescrições em que houve queimadura por explosão, notam-se em média, reduções de custo de R$123,09 nos casos de escaldadura, R$ 103,37 nos casos de eletricidade e R$ 100,68 nos casos de queimaduras por chamas. A pesquisa concluiu que a inclusão de prescrições informatizadas no Setor de Queimados provocou impacto significativo na redução da variabilidade de medicamentos, bem como na quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e no custo total prescrições. A aplicação do modelo de regressão múltipla reuniu variáveis preditoras do custo total e identificou que além do tipo de prescrição, algumas motivações foram consideradas significativas para aplicar o comportamento do custo total, esses resultados, sugerem que de fato, essas variáveis contribuem com o custo final das prescrições.
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LAISA DARLEM DA SILVA NASCIMENTO
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ANÁLISE ESTATÍSTICA DA REINSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO DE TRANSPLANTADOS DE FÍGADO ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DE TRANSPLANTE HEPÁTICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO ENTRE 2012 E 2021
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Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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FILIPE CARRILHO DE AGUIAR
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PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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Data: 15/03/2024
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O transplante de fígado pioneiro no mundo ocorreu em 1º de Março de 1963. O transplante hepático só deverá ser indicado quando estiverem esgotados os métodos terapêuticos convencionais, sendo a probabilidade de sobrevida e a qualidade de vida maiores com a realização do procedimento. Nesta perspectiva, a pesquisa objetiva analisar estatística e econometricamente a reinserção no mercado de trabalho de pacientes pós-transplante hepático acompanhados em uma Unidade de Transplante de Fígado do Estado de Pernambuco que realizaram o procedimento entre 2012 e 2021. Realizou-se um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, na Unidade de Transplante de Fígado (UTF) / Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Para análise dos dados coletados foi utilizada a técnica estatística Diff-in-Diff. O estudo concluiu que o Transplante Hepático reduziu em 20% as chances de empregabilidade dos pacientes acompanhados na Unidade de Transplante de Fígado do HUOC, apesar do aumento da sobrevida dos pacientes após o procedimento, visto que eles chegam a alcançar uma melhoria de vida significativa, a ponto de tentarem se reinserir no mercado de trabalho. O estudo propõe a necessidade de haver um incentivo às empresas em contratarem os doentes hepáticos após o transplante, na perspectiva de proporcioná-los mais dignidade, diminuindo a situação de miséria e vulnerabilidade a que alguns são submetidos, por, muitas vezes, não conseguirem acesso a benefícios sociais, mesmo em face de sua condição clínica de saúde.
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O transplante de fígado pioneiro no mundo ocorreu em 1º de Março de 1963. O transplante hepático só deverá ser indicado quando estiverem esgotados os métodos terapêuticos convencionais, sendo a probabilidade de sobrevida e a qualidade de vida maiores com a realização do procedimento. Nesta perspectiva, a pesquisa objetiva analisar estatística e econometricamente a reinserção no mercado de trabalho de pacientes pós-transplante hepático acompanhados em uma Unidade de Transplante de Fígado do Estado de Pernambuco que realizaram o procedimento entre 2012 e 2021. Realizou-se um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, na Unidade de Transplante de Fígado (UTF) / Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Para análise dos dados coletados foi utilizada a técnica estatística Diff-in-Diff. O estudo concluiu que o Transplante Hepático reduziu em 20% as chances de empregabilidade dos pacientes acompanhados na Unidade de Transplante de Fígado do HUOC, apesar do aumento da sobrevida dos pacientes após o procedimento, visto que eles chegam a alcançar uma melhoria de vida significativa, a ponto de tentarem se reinserir no mercado de trabalho. O estudo propõe a necessidade de haver um incentivo às empresas em contratarem os doentes hepáticos após o transplante, na perspectiva de proporcioná-los mais dignidade, diminuindo a situação de miséria e vulnerabilidade a que alguns são submetidos, por, muitas vezes, não conseguirem acesso a benefícios sociais, mesmo em face de sua condição clínica de saúde.
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WÁLYSSA CHEIZA FERNANDES SANTOS
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ANÁLISE DE CUSTOS DOS PROCEDIMENTOS DE PARTO VAGINAL E CESÁREA EM UM HOSPITAL DE ALTO RISCO DE PERNAMBUCO
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Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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BÁRBARA DE OLIVEIRA SILVA
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FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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ROBERTA DE SOUZA PEREIRA DA SILVA RAMOS
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Data: 28/03/2024
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O conhecimento de informações de qualidade sobre controle de custos financeiros acerca de procedimentos como tipos de partos, é de fundamental importância para que os gestores do Sistema Único de Saúde tomem medidas que possam melhorar o processo de assistência às parturientes. Desta forma este estudo objetiva analisar os custos de procedimentos de parto vaginal e cesárea em um hospital de alto risco de Pernambuco entre os anos de 2019 e 2020. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, retrospectivo, de avaliação econômica e viabilidade financeira, conduzido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). Utilizando o método de custeio por absorção, a pesquisa envolveu coleta de dados documental, entrevistas e consultas ao DATASUS. Foram analisados indicadores sociodemográficos e financeiros, com ênfase na comparação entre custos hospitalares diretos e repasses do SUS. Os dados foram processados via Microsoft Excel e SPSS, garantindo precisão e confiabilidade na análise estatística, sob aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do HC-UFPE. Verificou-se que um total de 4006 partos foram realizados na instituição de saúde do estudo entre 2019 e 2020, com maior frequência de idade na faixa de 18 a 34 anos, abrangendo 75,87% e 74,21% para os partos vaginais e cesáreos, respectivamente. Constatou-se que 41.51% dos partos foram vaginais enquanto os partos cesáreos representaram cerca de 58.49% do total, com aumento de 21,6% das cesarianas de 2019 para 2020 (período da pandemia de COVID-19). Em 2019, o custo total do parto vaginal foi de R$ 37.900,00, enquanto o custo total para o parto cesáreo alcançou R$ 234.895,50. Em 2020, esses números aumentaram significativamente durante a pandemia de COVID-19, com o parto normal custando R$ 50.888,15 e o cesáreo R$ 411.603,69. Os custos médios tanto para partos vaginais quanto para cesáreos permaneceram substancialmente inferiores aos valores financiados pelo SUS, quando comparados apenas aos custos diretos. Assim, este estudo verificou um aumento nos custos dos partos, especialmente cesáreas, com leve aumento no período pandêmico, evidenciando desafios financeiros e operacionais. A gestão eficiente foi demonstrada pela diferença entre os custos hospitalares e os repasses do Sistema Único de Saúde. As descobertas realçam a importância de estratégias focadas na otimização de recursos e melhorias na saúde materna.
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O conhecimento de informações de qualidade sobre controle de custos financeiros acerca de procedimentos como tipos de partos, é de fundamental importância para que os gestores do Sistema Único de Saúde tomem medidas que possam melhorar o processo de assistência às parturientes. Desta forma este estudo objetiva analisar os custos de procedimentos de parto vaginal e cesárea em um hospital de alto risco de Pernambuco entre os anos de 2019 e 2020. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, retrospectivo, de avaliação econômica e viabilidade financeira, conduzido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). Utilizando o método de custeio por absorção, a pesquisa envolveu coleta de dados documental, entrevistas e consultas ao DATASUS. Foram analisados indicadores sociodemográficos e financeiros, com ênfase na comparação entre custos hospitalares diretos e repasses do SUS. Os dados foram processados via Microsoft Excel e SPSS, garantindo precisão e confiabilidade na análise estatística, sob aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do HC-UFPE. Verificou-se que um total de 4006 partos foram realizados na instituição de saúde do estudo entre 2019 e 2020, com maior frequência de idade na faixa de 18 a 34 anos, abrangendo 75,87% e 74,21% para os partos vaginais e cesáreos, respectivamente. Constatou-se que 41.51% dos partos foram vaginais enquanto os partos cesáreos representaram cerca de 58.49% do total, com aumento de 21,6% das cesarianas de 2019 para 2020 (período da pandemia de COVID-19). Em 2019, o custo total do parto vaginal foi de R$ 37.900,00, enquanto o custo total para o parto cesáreo alcançou R$ 234.895,50. Em 2020, esses números aumentaram significativamente durante a pandemia de COVID-19, com o parto normal custando R$ 50.888,15 e o cesáreo R$ 411.603,69. Os custos médios tanto para partos vaginais quanto para cesáreos permaneceram substancialmente inferiores aos valores financiados pelo SUS, quando comparados apenas aos custos diretos. Assim, este estudo verificou um aumento nos custos dos partos, especialmente cesáreas, com leve aumento no período pandêmico, evidenciando desafios financeiros e operacionais. A gestão eficiente foi demonstrada pela diferença entre os custos hospitalares e os repasses do Sistema Único de Saúde. As descobertas realçam a importância de estratégias focadas na otimização de recursos e melhorias na saúde materna.
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FELIPE MESQUITA DA SILVA
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ANÁLISE DE CUSTOS COM PLANTÕES EXTRAS E QUALIDADE ASSISTENCIAL DEVIDO ABSENTEÍSMO NA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA UTI DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.
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Orientador : UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
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RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES
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Data: 04/04/2024
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Introdução: O absenteísmo pode ser definido como a ausência ao local de trabalho por um funcionário previamente escalado para trabalhar e na enfermagem, esse tipo de ocorrência é considerado um problema bastante complexo. No Brasil, no ano de 2019, o impacto financeiro para uma instituição de saúde no estado do Rio de Janeiro, em relação ao adicional de plantão hospitalar (plantão extra) pela falta do profissional de enfermagem ao serviço foi de R$ 431.625,60. Objetivo: analisar os custos com plantões extras e avaliar a qualidade da assistência de enfermagem, decorrentes do absenteísmo Metodologia: estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada na UTI do Hospital Miguel Arraes (HMA), situado no Município do Paulista-PE. A população do estudo foi composta por profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem) ativos, lotados na UTI, em todos os turnos de trabalho. A coleta de dados foi realizada entre setembro e outubro de 2023. As informações foram retrospectivas, referente aos meses de janeiro a dezembro de 2022. Resultados: A maior parte dos profissionais de enfermagem são do gênero feminino, com faixa etária entre 31 a 40 anos. Em relação ao absenteísmo, foram identificados 712 episódios de faltas na equipe técnica e 201 episódios entre os enfermeiros. O número total 429 plantões extras e/ou dobras de plantões. O custo total para a unidade referente a necessidade desses plantões foi R$ 120.258,38 durante o ano de 2022. Discussão: o absenteísmo feminino está diretamente atrelado a prática da profissão de enfermagem, na qual têm um número maior de profissionais mulheres. Os dados da pesquisa de Grejo et al., (2022), demonstram que, independentemente do sexo, a maior frequência de afastamentos foi registrada na faixa etária de 31 a 40 anos, contribuindo com a pesquisa atual. Conclusão: O absenteísmo é um problema que tem consequências como o custo elevado para a organização, a sobrecarga de trabalho, insatisfação dos colaboradores assíduos e a queda na qualidade da assistência de enfermagem.
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Introdução: O absenteísmo pode ser definido como a ausência ao local de trabalho por um funcionário previamente escalado para trabalhar e na enfermagem, esse tipo de ocorrência é considerado um problema bastante complexo. No Brasil, no ano de 2019, o impacto financeiro para uma instituição de saúde no estado do Rio de Janeiro, em relação ao adicional de plantão hospitalar (plantão extra) pela falta do profissional de enfermagem ao serviço foi de R$ 431.625,60. Objetivo: analisar os custos com plantões extras e avaliar a qualidade da assistência de enfermagem, decorrentes do absenteísmo Metodologia: estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada na UTI do Hospital Miguel Arraes (HMA), situado no Município do Paulista-PE. A população do estudo foi composta por profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem) ativos, lotados na UTI, em todos os turnos de trabalho. A coleta de dados foi realizada entre setembro e outubro de 2023. As informações foram retrospectivas, referente aos meses de janeiro a dezembro de 2022. Resultados: A maior parte dos profissionais de enfermagem são do gênero feminino, com faixa etária entre 31 a 40 anos. Em relação ao absenteísmo, foram identificados 712 episódios de faltas na equipe técnica e 201 episódios entre os enfermeiros. O número total 429 plantões extras e/ou dobras de plantões. O custo total para a unidade referente a necessidade desses plantões foi R$ 120.258,38 durante o ano de 2022. Discussão: o absenteísmo feminino está diretamente atrelado a prática da profissão de enfermagem, na qual têm um número maior de profissionais mulheres. Os dados da pesquisa de Grejo et al., (2022), demonstram que, independentemente do sexo, a maior frequência de afastamentos foi registrada na faixa etária de 31 a 40 anos, contribuindo com a pesquisa atual. Conclusão: O absenteísmo é um problema que tem consequências como o custo elevado para a organização, a sobrecarga de trabalho, insatisfação dos colaboradores assíduos e a queda na qualidade da assistência de enfermagem.
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MARIA CLARA MELO DE SOUZA
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ANALISANDO OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DA SAÚDE DOS MUNICÍPIOS DA VI REGIONAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO
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Orientador : PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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FABIOLA SULPINO VIEIRA
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JOSE RODOLFO MENDONCA DE LUCENA
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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WILLIANS EMANUEL DA SILVA MELO
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Data: 26/04/2024
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O planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma função gestora classificada como requisito legal e um mecanismo para assegurar os princípios constitucionais do SUS. Para isso, o Plano de Saúde (PS), a Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG) são considerados instrumentos obrigatórios, básicos e norteadores do processo de planejamento. Assim, o presente estudo objetiva analisar os instrumentos de planejamento da saúde elaborados pelas secretarias municipais de saúde dos municípios da VI Regional de Saúde de Pernambuco do ciclo 2018-2021. Para tanto, foi realizada uma análise da estrutura mínima dos PS e PAS a partir de um checklist com os itens que devem constituí-los conforme as normativas do SUS. Em seguida foi analisada a coerência interna do PS e o alcance das metas anuais estabelecidas para o setor saúde em cada município através dos RAGs. Como resultados, foi possível observar que a prática de construção dos instrumentos de planejamento na região estudada está aquém do potencial da mesma, visto que faltam elementos-chave na estrutura de 79,6% dos instrumentos. Em relação aos PS, nenhum deles é considerado totalmente coerente em todos os eixos da análise e 87% dos RAG’s demonstram que a execução total das metas traçadas pelo setor saúde não foi realizada. Visando a melhoria do cenário encontrado, são apresentadas proposições que contribuam para a elaboração dos instrumentos de planejamento do SUS
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O planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma função gestora classificada como requisito legal e um mecanismo para assegurar os princípios constitucionais do SUS. Para isso, o Plano de Saúde (PS), a Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG) são considerados instrumentos obrigatórios, básicos e norteadores do processo de planejamento. Assim, o presente estudo objetiva analisar os instrumentos de planejamento da saúde elaborados pelas secretarias municipais de saúde dos municípios da VI Regional de Saúde de Pernambuco do ciclo 2018-2021. Para tanto, foi realizada uma análise da estrutura mínima dos PS e PAS a partir de um checklist com os itens que devem constituí-los conforme as normativas do SUS. Em seguida foi analisada a coerência interna do PS e o alcance das metas anuais estabelecidas para o setor saúde em cada município através dos RAGs. Como resultados, foi possível observar que a prática de construção dos instrumentos de planejamento na região estudada está aquém do potencial da mesma, visto que faltam elementos-chave na estrutura de 79,6% dos instrumentos. Em relação aos PS, nenhum deles é considerado totalmente coerente em todos os eixos da análise e 87% dos RAG’s demonstram que a execução total das metas traçadas pelo setor saúde não foi realizada. Visando a melhoria do cenário encontrado, são apresentadas proposições que contribuam para a elaboração dos instrumentos de planejamento do SUS
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ANDREA PAULA DOURADO VASCONCELOS
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Avaliação da Eficiência da Teleconsulta de Enfermagem: Pré-exames de Colonoscopias em um Hospital Universitário
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Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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CLAUDINALLE FARIAS QUEIROZ DE SOUZA
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MARIANA LUIZA DE OLIVEIRA SANTOS RAMOS
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Data: 30/04/2024
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A colonoscopia é um exame utilizado para o rastreamento e a prevenção do câncer colorretal, considerado o exame padrão-ouro mundial para investigação desses casos. No Brasil, o câncer colorretal está como o terceiro tipo de câncer mais prevalente entre os homens e o segundo entre as mulheres. Com a preparação inadequada, o exame torna-se mais demorado, maior risco de complicações, atrasando o diagnóstico e impedindo uma terapêutica adequada, levando, a uma remarcação, e incremento da carga de trabalho e do custo com a assistência à saúde. O uso da Telenfermagem no Setor de Endoscopia, garante benefícios tanto para os pacientes quanto para a instituição. Objetivo: Avaliar a eficiência da Telenfermagem nas orientações dos pacientes que serão submetidos a colonoscopia no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem quantitativa, que teve como participantes 164 pacientes que realizaram o exame de colonoscopia. Destes, foram analisados dois grupos, um deles orientado de forma presencial (grupo 1) e outro por teleconsulta ( grupo 2). A partir da avaliação da qualidade do preparo nos dois grupos, foi verificado se a suficiência das informações repassadas por telenfermagem, garantiram o entendimento por parte do paciente, e foram analisados estatisticamente, através da tabulação dos dados em planilha do Microsoft Excel e por meio do programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). Resultados: A qualidade do preparo do cólon no grupo 1 foi considerada boa (59,96 %), ruim (25,3%) e inadequada (15,2%) e não apareceu nenhum exame com a qualidade excelente. Já o grupo 2 mostrou-se boa (64,4%), ruim (18,6 %) e (10,2%) inadequada, mostrando também a qualidade do preparo como excelente em (6,8 %). Conclusão: Foi verificado no estudo, a excelência nos exames do grupo orientado por telenfermagem, mostrando que foi significativo o uso desta modalidade para os serviços de saúde nas orientações dos exames.
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Colonoscopy is an exam used for screening and prevention of colorectal cancer, considered the global gold standard test to investigate these cases. In Brazil, colorectal cancer is the third most prevalent type of cancer among men and the second among women women. With inadequate preparation, the exam becomes longer, greater risk of complications, delaying diagnosis and preventing a adequate therapy, leading to a rescheduling and an increase in the burden of work and health care costs. The use of Telenursing in Endoscopy sector, guarantees benefits for both patients and the institution. Objective: Evaluate the efficiency of Telenursing in guidelines of patients who will undergo colonoscopy at Hospital das Clínicas from the Federal University of Pernambuco. Method: This is a survey descriptive with a quantitative approach, which had 164 participants patients who underwent colonoscopy examination. Of these, we analyzed two groups, one of them guided in person (group 1) and the other by teleconsultation (group 2). Based on the evaluation of the quality of preparation in both groups, it was verified whether the sufficiency of the information passed on by telenursing, ensured understanding on the part of the patient, and were statistically analyzed, through data tabulation in a spreadsheet Microsoft Excel and through the Statistical Package for the Social program Sciences (SPSS). Results: The quality of colon preparation in group 1 was considered good (59.96%), bad (25.3%) and inadequate (15.2%) and not No exam appeared with excellent quality. Group 2, on the other hand, showed good (64.4%), bad (18.6%) and (10.2%) inadequate, also showing the quality of preparation as excellent in (6.8%). Conclusion: It has been verified in the study, excellence in the exams of the group guided by telenursing, showing that the use of this modality for health services was significant. health in exam guidelines.
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WAGNER DE LIMA CORDEIRO
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PROGRAMA NACIONAL DE GESTÃO DE CUSTOS EM HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS - EBSERH: CARACTERÍSTICAS E ESTRATÉGIAS PARA IMPLANTAÇÃO
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Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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EVERTON NUNES DA SILVA
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JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
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UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
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Data: 07/05/2024
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O Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC) foi criado pelo Ministério da Saúde do Brasil, com o objetivo de promover a gestão de custos na saúde pública, adotando o método de custeio por absorção. Mesmo sendo uma ferramenta gratuita, dos 41 hospitais integrantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), apenas 11 haviam efetivado a sua adesão ao PNGC até agosto de 2022. Objetivo: Analisar os fatores que interferem na adesão ao Programa Nacional de Gestão de Custos nos Hospitais da rede EBSERH. Metodologia: Estudo descritivo e exploratório de campo de abordagem qualitativa (análise de conteúdo) a partir das respostas obtidas de 33 dos 38 chefes dos setores de contabilidade (SCONT) no âmbito da EBSERH. Foi utilizada a plataforma Microsoft Forms, onde o instrumento de coleta dos dados foi disponibilizado no período de 11 de setembro de 2023 a 13 de outubro de 2023. Resultados: 87,9% dos respondentes são chefes titulares do respectivo setor, 81,8% estão há mais de um ano na função, 75,8% possuem como titulação máxima especialização. 42,42% declararam que o hospital ao qual estão vinculados aderiu voluntariamente ao PNGC, enquanto 57,58% declararam a não adesão voluntária. As principais dificuldades relatadas quando da adesão voluntária ao PNGC foram relacionadas à falta de dados precisos e confiáveis, à necessidade de recursos financeiros e operacionais, ao próprio ApuraSUS e ao PNGC e à resistência à mudança organizacional. Os principais resultados relatados após a adesão ao PNGC estão relacionados à melhoria da qualidade dos serviços prestados, ao aumento da eficiência operacional, à tomada de decisão embasada em dados e à sustentabilidade financeira do hospital universitário. Conclusão: Para estimular a adesão ao PNGC, sugerimos medidas que envolvam: divulgação e treinamento, melhorias na ferramenta, implementação de incentivos e premiações e institucionalização do PNGC.
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O Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC) foi criado pelo Ministério da Saúde do Brasil, com o objetivo de promover a gestão de custos na saúde pública, adotando o método de custeio por absorção. Mesmo sendo uma ferramenta gratuita, dos 41 hospitais integrantes da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), apenas 11 haviam efetivado a sua adesão ao PNGC até agosto de 2022. Objetivo: Analisar os fatores que interferem na adesão ao Programa Nacional de Gestão de Custos nos Hospitais da rede EBSERH. Metodologia: Estudo descritivo e exploratório de campo de abordagem qualitativa (análise de conteúdo) a partir das respostas obtidas de 33 dos 38 chefes dos setores de contabilidade (SCONT) no âmbito da EBSERH. Foi utilizada a plataforma Microsoft Forms, onde o instrumento de coleta dos dados foi disponibilizado no período de 11 de setembro de 2023 a 13 de outubro de 2023. Resultados: 87,9% dos respondentes são chefes titulares do respectivo setor, 81,8% estão há mais de um ano na função, 75,8% possuem como titulação máxima especialização. 42,42% declararam que o hospital ao qual estão vinculados aderiu voluntariamente ao PNGC, enquanto 57,58% declararam a não adesão voluntária. As principais dificuldades relatadas quando da adesão voluntária ao PNGC foram relacionadas à falta de dados precisos e confiáveis, à necessidade de recursos financeiros e operacionais, ao próprio ApuraSUS e ao PNGC e à resistência à mudança organizacional. Os principais resultados relatados após a adesão ao PNGC estão relacionados à melhoria da qualidade dos serviços prestados, ao aumento da eficiência operacional, à tomada de decisão embasada em dados e à sustentabilidade financeira do hospital universitário. Conclusão: Para estimular a adesão ao PNGC, sugerimos medidas que envolvam: divulgação e treinamento, melhorias na ferramenta, implementação de incentivos e premiações e institucionalização do PNGC.
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NADJA LAUREANO DE SOUZA SOARES
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ANÁLISE DO PROCESSO DE MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO HOSPITALAR DE LEITOS EM UMA MATERNIDADE REFERÊNCIA DE ALTO RISCO EM PERNAMBUCO
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Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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MEMBROS DA BANCA :
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CINTHIA MARTINS MENINO DINIZ
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RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
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ROSIELLE COSTA DE BRITO
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Data: 30/05/2024
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A superlotação das maternidades de alto risco é um dos fatores que leva a assistência inadequada às usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e um desafio aos gestores. O processo de monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos indica os pontos de represamento no itinerário da gestante desde a admissão até a alta hospitalar, colabora no planejamento de estratégias para a obtenção de melhores indicadores, investimentos tecnológicos e inovação em saúde. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos em uma maternidade de referência em gestação de alto risco na Macrorregião I de Pernambuco, utilizando o estudo transversal, analítico e prospectivo no Hospital das Clínicas de Pernambuco, maternidade inserida no SUS como referência em Alto Risco, no Centro obstétrico, 9º Norte e Núcleo Interno de Regulação (NIR). A população da pesquisa foi composta por pacientes admitidas no serviço de obstetrícia para assistência ao parto ou ao puerpério imediato. A amostra foi constituída por todas as pacientes admitidas no período da pesquisa que estavam com o tempo de permanência maior que 2 dias no Centro Obstétrico e superior a 3 dias no 9º Norte, totalizando 200 pacientes entrevistadas entre 13/11/2023 e 11/02/2024. Realizado Testes de Normalidade Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk das respostas das entrevistadas, Teste de Correlação de Spearman e de Regressão entre dias de internação da mulher e diversas variáveis, além do teste Exato de Fisher, Teste Qui-quadrado e o Teste não paramétrico de Mann-Whitney para comparar médias com as duas categorias independentes. No período do estudo, a Média de Paciente-Dia do COB foi de 14,4 pacientes, Taxa de Ocupação Global e a Taxa de Ocupação Operacional de 127,53%. A Média de Paciente-Dia do 9º Norte foi de 18,4 pacientes, Taxa de ocupação Global e Taxa de Ocupação Operacional de 102, 91%.
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A superlotação das maternidades de alto risco é um dos fatores que leva a assistência inadequada às usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e um desafio aos gestores. O processo de monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos indica os pontos de represamento no itinerário da gestante desde a admissão até a alta hospitalar, colabora no planejamento de estratégias para a obtenção de melhores indicadores, investimentos tecnológicos e inovação em saúde. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos em uma maternidade de referência em gestação de alto risco na Macrorregião I de Pernambuco, utilizando o estudo transversal, analítico e prospectivo no Hospital das Clínicas de Pernambuco, maternidade inserida no SUS como referência em Alto Risco, no Centro obstétrico, 9º Norte e Núcleo Interno de Regulação (NIR). A população da pesquisa foi composta por pacientes admitidas no serviço de obstetrícia para assistência ao parto ou ao puerpério imediato. A amostra foi constituída por todas as pacientes admitidas no período da pesquisa que estavam com o tempo de permanência maior que 2 dias no Centro Obstétrico e superior a 3 dias no 9º Norte, totalizando 200 pacientes entrevistadas entre 13/11/2023 e 11/02/2024. Realizado Testes de Normalidade Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk das respostas das entrevistadas, Teste de Correlação de Spearman e de Regressão entre dias de internação da mulher e diversas variáveis, além do teste Exato de Fisher, Teste Qui-quadrado e o Teste não paramétrico de Mann-Whitney para comparar médias com as duas categorias independentes. No período do estudo, a Média de Paciente-Dia do COB foi de 14,4 pacientes, Taxa de Ocupação Global e a Taxa de Ocupação Operacional de 127,53%. A Média de Paciente-Dia do 9º Norte foi de 18,4 pacientes, Taxa de ocupação Global e Taxa de Ocupação Operacional de 102, 91%.
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GILMARA GOMES DE ARARUNA
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CÂNCER DE COLO UTERINO EM PERNAMBUCO: EVIDENCIAS SOBRE RASTREAMENTO E MORTALIDADE ENTRE O PERÍODO PRÉ COVID19 E PANDÊMICO
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Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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CARLOTA QUINTAL
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CRISTIANE SOARES DE MESQUITA
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Data: 05/07/2024
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Considerado um grande problema de saúde pública, o câncer do colo do útero (CCU) é a quarta neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras. Atualmente, o Programa Previne Brasil (PPB), modelo vigente de financiamento da Atenção Primária a Saúde (APS), busca alinhar o financiamento com metas quantitativas e qualitativas, dentre elas encontra-se o indicador de desempenho relacionados às coberturas de exames citopatológicos do CCU em mulheres de 24 a 65 ano. O PPB foi implantado no início de 2020, quando no Brasil foi confirmado o primeiro caso de Covid-19. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do PPB e da pandemia de Covid-19 no rastreamento do CCU em Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa tipo transversal e retrospectiva, utilizando dados obtidos em fonte secundária, realizada no Estado de Pernambuco, com informações referentes ao período de 2014 a 2022. Com base nos resultados encontrados, fica evidente que o período pandêmico teve um impacto significativo no rastreamento de CCU em Pernambuco, com a redução no número de exames de Papanicolau, sendo a queda mais acentuada no ano de 2020 (em torno de 37,5%). A partir de 2021 houve um aumento na realização dos exames (cerca de 33%, comparado ao volume de exames de 2020), que pode ser justificado pela flexibilização das medidas restritivas, pela maior cobertura vacinal para Covid-19, como também pela mudança do financiamento da APS. A trajetória de impacto do PPB sobre a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos em Pernambuco, analisada através do modelo de diferenças em diferenças (Diff-in-Diff), indicam um efeito crescente do PPB na redução da mortalidade por câncer do colo do útero ao longo dos três anos analisados. A diminuição contínua e significativa da taxa de mortalidade sugere que o programa tem sido eficaz em seus objetivos, especialmente em comparação com os efeitos iniciais do programa anterior ao PPB; os municípios que já tinham uma boa cobertura da Atenção Primária, com 100% de adesão ao programa de financiamento anterior, após a mudança para o PPB, apresentaram uma menor mortalidade por CCU. Conclui-se que o PPB requer monitoramento e ajustes contínuos, ressaltando a relevância de fortalecer a APS, assim como, investimentos são necessários para garantia de um cuidado universal, integral e equânime de acordo com as necessidades do usuário no território.
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Considerado um grande problema de saúde pública, o câncer do colo do útero (CCU) é a quarta neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras. Atualmente, o Programa Previne Brasil (PPB), modelo vigente de financiamento da Atenção Primária a Saúde (APS), busca alinhar o financiamento com metas quantitativas e qualitativas, dentre elas encontra-se o indicador de desempenho relacionados às coberturas de exames citopatológicos do CCU em mulheres de 24 a 65 ano. O PPB foi implantado no início de 2020, quando no Brasil foi confirmado o primeiro caso de Covid-19. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do PPB e da pandemia de Covid-19 no rastreamento do CCU em Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa tipo transversal e retrospectiva, utilizando dados obtidos em fonte secundária, realizada no Estado de Pernambuco, com informações referentes ao período de 2014 a 2022. Com base nos resultados encontrados, fica evidente que o período pandêmico teve um impacto significativo no rastreamento de CCU em Pernambuco, com a redução no número de exames de Papanicolau, sendo a queda mais acentuada no ano de 2020 (em torno de 37,5%). A partir de 2021 houve um aumento na realização dos exames (cerca de 33%, comparado ao volume de exames de 2020), que pode ser justificado pela flexibilização das medidas restritivas, pela maior cobertura vacinal para Covid-19, como também pela mudança do financiamento da APS. A trajetória de impacto do PPB sobre a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos em Pernambuco, analisada através do modelo de diferenças em diferenças (Diff-in-Diff), indicam um efeito crescente do PPB na redução da mortalidade por câncer do colo do útero ao longo dos três anos analisados. A diminuição contínua e significativa da taxa de mortalidade sugere que o programa tem sido eficaz em seus objetivos, especialmente em comparação com os efeitos iniciais do programa anterior ao PPB; os municípios que já tinham uma boa cobertura da Atenção Primária, com 100% de adesão ao programa de financiamento anterior, após a mudança para o PPB, apresentaram uma menor mortalidade por CCU. Conclui-se que o PPB requer monitoramento e ajustes contínuos, ressaltando a relevância de fortalecer a APS, assim como, investimentos são necessários para garantia de um cuidado universal, integral e equânime de acordo com as necessidades do usuário no território.
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ANA PAULA FERREIRA MARQUES DE ARAUJO
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AVALIAÇÃO DOS CUSTOS DOS EXAMES DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA E COLONOSCOPIA DIAGNÓSTICA DO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE
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Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
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MEMBROS DA BANCA :
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JACQUELINE AUGUSTA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
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MARIANA LUIZA DE OLIVEIRA SANTOS RAMOS
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MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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Data: 07/08/2024
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Os exames de endoscopia digestiva alta (EDA) e de colonoscopia possibilitam a investigação de doenças no trato gastrointestinal, especialmente relacionados ao câncer, sendo fundamentais para o diagnóstico dessas doenças. é importante que haja a oferta de um maior quantitativo de exames, de modo a atender à demanda do grande número de pacientes em fila de espera. Para que uma parcela maior da população possa ser atendida é necessário que os hospitais tomem decisões financeiras acertadas e o método de custeio ABC é uma ferramenta indicada pois favorece uma análise financeira considerando todas as atividades realizadas em cada setor do hospital. Objetivo: Estimar os custos dos exames diagnósticos de endoscopia digestiva alta e colonoscopia do Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de Pernambuco. Método: A presente pesquisa usou como método o estudo de caso e teve como lócus da investigação o Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de Pernambuco, realizando a análise dos custos dos serviços de endoscopia digestiva alta e de colonoscopia a partir do Método de Custeio no período de junho de 2023, adotando para isso uma abordagem quantitativa de pesquisa. Foi realizada a análise de custos de 200 (duzentas) endoscopias e 100 (colonoscopias) feitas no referido período. Resultados: Ao utilizar o método de custeio, foram identificadas as atividades realizadas no setor e a cada atividade foi atribuído um custo, também foram identificados os objetos de custos que tiveram a alocação às atividades desenvolvidas. Os resultados evidenciaram que o SUS paga R$ 48,16 por exame de endoscopia e R$ 112,66 por cada exame de colonoscopia, ao passo que a análise de custos de acordo com Método de Custeio ABC revelou que o valor gasto para a realização de uma endoscopia é de R$ 454,41 e de R$ 794,33 para uma colonoscopia. A diferença entre o valor pago pelo SUS e o valor de custo de uma endoscopia é de R$ 406,25 e entre o valor pago pelo SUS e o custo da colonoscopia é de R$ 681,67. Conclusão: Os dados apontam para a existência de um déficit financeiro no Setor de Endoscopia do referido hospital, pois o pagamento da Tabela SUS não é suficiente para cobrir os custos dos exames de endoscopia e colonoscopia.
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Os exames de endoscopia digestiva alta (EDA) e de colonoscopia possibilitam a investigação de doenças no trato gastrointestinal, especialmente relacionados ao câncer, sendo fundamentais para o diagnóstico dessas doenças. é importante que haja a oferta de um maior quantitativo de exames, de modo a atender à demanda do grande número de pacientes em fila de espera. Para que uma parcela maior da população possa ser atendida é necessário que os hospitais tomem decisões financeiras acertadas e o método de custeio ABC é uma ferramenta indicada pois favorece uma análise financeira considerando todas as atividades realizadas em cada setor do hospital. Objetivo: Estimar os custos dos exames diagnósticos de endoscopia digestiva alta e colonoscopia do Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de Pernambuco. Método: A presente pesquisa usou como método o estudo de caso e teve como lócus da investigação o Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de Pernambuco, realizando a análise dos custos dos serviços de endoscopia digestiva alta e de colonoscopia a partir do Método de Custeio no período de junho de 2023, adotando para isso uma abordagem quantitativa de pesquisa. Foi realizada a análise de custos de 200 (duzentas) endoscopias e 100 (colonoscopias) feitas no referido período. Resultados: Ao utilizar o método de custeio, foram identificadas as atividades realizadas no setor e a cada atividade foi atribuído um custo, também foram identificados os objetos de custos que tiveram a alocação às atividades desenvolvidas. Os resultados evidenciaram que o SUS paga R$ 48,16 por exame de endoscopia e R$ 112,66 por cada exame de colonoscopia, ao passo que a análise de custos de acordo com Método de Custeio ABC revelou que o valor gasto para a realização de uma endoscopia é de R$ 454,41 e de R$ 794,33 para uma colonoscopia. A diferença entre o valor pago pelo SUS e o valor de custo de uma endoscopia é de R$ 406,25 e entre o valor pago pelo SUS e o custo da colonoscopia é de R$ 681,67. Conclusão: Os dados apontam para a existência de um déficit financeiro no Setor de Endoscopia do referido hospital, pois o pagamento da Tabela SUS não é suficiente para cobrir os custos dos exames de endoscopia e colonoscopia.
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MARIA ELISABETE SOBREIRA HONORATO
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ORÇAMENTO MUNICIPAL E RELEVÂNCIA DOS GASTOS SOCIAIS: O GÊNERO DO GESTOR MUNICIPAL IMPORTA? UM ESTUDO PARA O CASO DOS MUNICÍPIOS DE PERNAMBUCO
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Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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LORENA DE OLIVEIRA FONSÊCA
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
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Data: 16/08/2024
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Nas últimas décadas, a sub-representação feminina em espaços políticos tem sido fortemente discutida por movimentos feministas e instituições de proteção aos direitos humanos, observando um aumento nas percentagens de mulheres em cargos políticos em quase todos os países do mundo. Diante disto, surge na literatura o seguinte questionamento: isso importa para os resultados das políticas? Nesta perspectiva, partindo do estudo dos municípios do Estado de Pernambuco, este estudo busca-se analisar, portanto, a relevância do gênero do(a) prefeito(a) para o percentual destinado aos gastos sociais. Neste esforço, pretende, especificamente, coletar e organizar dados sobre as características municipais que potencialmente afetam o percentual do gasto em saúde e educação nos municípios de Pernambuco, e através do modelo econométrico de regressão linear multivariada, estimar a associação entre o gênero do gestor (prefeito ou prefeita) e o percentual dos gastos sociais dos municípios entre 2016 e 2020. O presente estudo tem uma amostra de 176 municípios de Pernambuco. A coleta de dados se deu, apenas, com os municípios que tiveram dados secundários completos em suas prestações de contas, na base de dados dos sistemas utilizados: Sistemas de Orçamentos Públicos (SIOPS), Sistema de Informação Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), e Finanças do Brasil (FINBRA). Para a análise dos condicionantes dos gastos socias municipais, serão utilizados o Modelo de Regressão Linear Múltipla (MRLM) e o Modelo de Regressão Quantílica (MRQ), nos quais a variável dependente é representada pelo percentual de gasto municipal de recursos próprios direcionados para despesas com serviços sociais e urbanos (incluindo saúde, educação, saneamento, urbanismo, transporte e assistência social), estando entre os regressores o gênero do(a) prefeito(a), considerado a partir de uma variável dummy com valor 1 para municípios governados por prefeitas, e 0 se os municípios são governados por prefeitos. Através dos resultados obtidos, foi possível inferir que, existe relevância do gênero do gestor sobre os gastos sociais, representado na parcela maior de gastos. Podendo então afirmar, que o gênero do gestor importa.
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Nas últimas décadas, a sub-representação feminina em espaços políticos tem sido fortemente discutida por movimentos feministas e instituições de proteção aos direitos humanos, observando um aumento nas percentagens de mulheres em cargos políticos em quase todos os países do mundo. Diante disto, surge na literatura o seguinte questionamento: isso importa para os resultados das políticas? Nesta perspectiva, partindo do estudo dos municípios do Estado de Pernambuco, este estudo busca-se analisar, portanto, a relevância do gênero do(a) prefeito(a) para o percentual destinado aos gastos sociais. Neste esforço, pretende, especificamente, coletar e organizar dados sobre as características municipais que potencialmente afetam o percentual do gasto em saúde e educação nos municípios de Pernambuco, e através do modelo econométrico de regressão linear multivariada, estimar a associação entre o gênero do gestor (prefeito ou prefeita) e o percentual dos gastos sociais dos municípios entre 2016 e 2020. O presente estudo tem uma amostra de 176 municípios de Pernambuco. A coleta de dados se deu, apenas, com os municípios que tiveram dados secundários completos em suas prestações de contas, na base de dados dos sistemas utilizados: Sistemas de Orçamentos Públicos (SIOPS), Sistema de Informação Contábeis e Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), e Finanças do Brasil (FINBRA). Para a análise dos condicionantes dos gastos socias municipais, serão utilizados o Modelo de Regressão Linear Múltipla (MRLM) e o Modelo de Regressão Quantílica (MRQ), nos quais a variável dependente é representada pelo percentual de gasto municipal de recursos próprios direcionados para despesas com serviços sociais e urbanos (incluindo saúde, educação, saneamento, urbanismo, transporte e assistência social), estando entre os regressores o gênero do(a) prefeito(a), considerado a partir de uma variável dummy com valor 1 para municípios governados por prefeitas, e 0 se os municípios são governados por prefeitos. Através dos resultados obtidos, foi possível inferir que, existe relevância do gênero do gestor sobre os gastos sociais, representado na parcela maior de gastos. Podendo então afirmar, que o gênero do gestor importa.
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NARA GABRIEL NIGRO ROCHA
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Os principais motivos de suspensões cirúrgicas em um hospital universitário
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Orientador : PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
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MEMBROS DA BANCA :
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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EDILBERTO TIAGO DE ALMEIDA
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FILIPE CARRILHO DE AGUIAR
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Data: 11/09/2024
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O presente estudo aborda a importância dos indicadores de saúde, especificamente a taxa de suspensão cirúrgica, como uma ferramenta essencial para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, especialmente em hospitais de ensino. Objetivos gerais e específicos do estudo, incluem identificar as principais causas de suspensão cirúrgica, caracterizá-las por especialidades, investigar correlações com listas de espera e propor melhorias. Este estudo retrospectivo analisou dados secundários sobre suspensões cirúrgicas. Foi realizado um levantamento de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. As causas foram agrupadas em categorias como Paciente, Materiais/Equipamentos/Medicamentos, Processo de Trabalho e Equipe Assistencial. O estudo tem a carta de anuência do setor estudado e aprovação pela Gerência de Ensino e Pesquisa da unidade hospitalar e está em conformidade com a LGPD. O estudo em questão aborda a análise estatística de produção e suspensões cirúrgicas, dividida em três etapas. Na primeira etapa, foi realizada uma análise descritiva dos números de produção e suspensões, classificados por grupos e subgrupos de motivos de suspensões e analisadas para a unidade hospitalar e por especialidades. As principais causas de suspensão cirúrgica foram relacionadas ao "Processo de Trabalho", seguido por questões relacionadas ao paciente, equipe assistencial e materiais/equipamentos/medicamentos. Cirurgia Geral, Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia, Urologia e Ginecologia foram as especialidades mais afetadas pelas suspensões cirúrgicas. O estudo também concluiu que não existe associação entre número de suspensões e número de pacientes em lista de espera cirúrgica. As recomendações propostas fornecem diretrizes claras para melhorar a gestão da programação cirúrgica e reduzir as suspensões, abordando aspectos como coordenação, responsabilização, avaliação pré-operatória e capacitação dos profissionais envolvidos. Implementar essas recomendações pode contribuir significativamente para otimizar os processos de atendimento e proporcionar uma melhor experiência aos pacientes. As considerações finais do estudo destacam a importância da análise detalhada das suspensões cirúrgicas para identificar causas evitáveis e inevitáveis, visando aprimorar a eficiência da unidade hospitalar.
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O presente estudo aborda a importância dos indicadores de saúde, especificamente a taxa de suspensão cirúrgica, como uma ferramenta essencial para a melhoria da qualidade dos serviços de saúde, especialmente em hospitais de ensino. Objetivos gerais e específicos do estudo, incluem identificar as principais causas de suspensão cirúrgica, caracterizá-las por especialidades, investigar correlações com listas de espera e propor melhorias. Este estudo retrospectivo analisou dados secundários sobre suspensões cirúrgicas. Foi realizado um levantamento de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. As causas foram agrupadas em categorias como Paciente, Materiais/Equipamentos/Medicamentos, Processo de Trabalho e Equipe Assistencial. O estudo tem a carta de anuência do setor estudado e aprovação pela Gerência de Ensino e Pesquisa da unidade hospitalar e está em conformidade com a LGPD. O estudo em questão aborda a análise estatística de produção e suspensões cirúrgicas, dividida em três etapas. Na primeira etapa, foi realizada uma análise descritiva dos números de produção e suspensões, classificados por grupos e subgrupos de motivos de suspensões e analisadas para a unidade hospitalar e por especialidades. As principais causas de suspensão cirúrgica foram relacionadas ao "Processo de Trabalho", seguido por questões relacionadas ao paciente, equipe assistencial e materiais/equipamentos/medicamentos. Cirurgia Geral, Oftalmologia, Ortopedia e Traumatologia, Urologia e Ginecologia foram as especialidades mais afetadas pelas suspensões cirúrgicas. O estudo também concluiu que não existe associação entre número de suspensões e número de pacientes em lista de espera cirúrgica. As recomendações propostas fornecem diretrizes claras para melhorar a gestão da programação cirúrgica e reduzir as suspensões, abordando aspectos como coordenação, responsabilização, avaliação pré-operatória e capacitação dos profissionais envolvidos. Implementar essas recomendações pode contribuir significativamente para otimizar os processos de atendimento e proporcionar uma melhor experiência aos pacientes. As considerações finais do estudo destacam a importância da análise detalhada das suspensões cirúrgicas para identificar causas evitáveis e inevitáveis, visando aprimorar a eficiência da unidade hospitalar.
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JOAQUIM DE OLIVEIRA BORBA JUNIOR
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DOENÇA ONCOLÓGICA EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL: UMA COORTE RETROSPECTIVA
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Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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FILIPE CARRILHO DE AGUIAR
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MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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MARINUS DE MORAES LIMA
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Data: 17/09/2024
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O advento de novos imunossupressores e o pareamento de doadores com receptores de enxerto renal contribuem para a maior durabilidade do transplante renal. Contudo, o aumento na incidência de doença oncológica também é observado nesta população, sendo associada a diversos fatores como o tempo de transplante, idade do receptor no momento do transplante, tempo de diálise pré-transplante e sexo masculino. Na população brasileira, ainda é incipiente estudos sobre a doença oncológica em pacientes transplantados renais. Sendo assim, o estudo tem como objetivo avaliar a doença oncológica em receptores de transplante renal por meio da identificação dos fatores de risco para o desenvolvimento das neoplasias, identificação daquelas mais prevalentes e análise da morbimortalidade secundária as neoplasias em pacientes transplantados renais. Trata-se de estudo de coorte retrospectiva, de abordagem quantitativa, realizado com os prontuários de pacientes transplantados renais, acompanhados em hospital público universitário, localizado na cidade do Recife, Pernambuco, no período de 21 de abril de 1980 até 31 de dezembro de 2022, totalizando 436 prontuários elegíveis. Foram investigadas variáveis demográficas e clínicas e analisadas por meio de estatística descritiva e inferencial. Para identificação dos fatores associados ao risco de doença oncológica foi usado o modelo de regressão de Cox para estimar o risco relativo no intervalo de confiança de 95%. A doença oncológica apresentou uma incidência de 16,5% entre os receptores de transplante renal, sendo o de pele não melanoma responsável por 47,2% dos casos. A idade do receptor (p = 0,005) e função retardada do enxerto renal (p=0,035) foram os fatores de risco associados ao desenvolvimento de doença oncológica. A mortalidade esteve associada à ocorrência da doença oncológica ao longo do seguimento (p=0,001). Faz-se necessária políticas públicas que avaliem precocemente os pacientes transplantados renais para a ocorrência da doença oncológica, com vistas a reduzir a morbimortalidade, aumentar a sobrevida do enxerto e reduzir os custos associados à saúde.
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O advento de novos imunossupressores e o pareamento de doadores com receptores de enxerto renal contribuem para a maior durabilidade do transplante renal. Contudo, o aumento na incidência de doença oncológica também é observado nesta população, sendo associada a diversos fatores como o tempo de transplante, idade do receptor no momento do transplante, tempo de diálise pré-transplante e sexo masculino. Na população brasileira, ainda é incipiente estudos sobre a doença oncológica em pacientes transplantados renais. Sendo assim, o estudo tem como objetivo avaliar a doença oncológica em receptores de transplante renal por meio da identificação dos fatores de risco para o desenvolvimento das neoplasias, identificação daquelas mais prevalentes e análise da morbimortalidade secundária as neoplasias em pacientes transplantados renais. Trata-se de estudo de coorte retrospectiva, de abordagem quantitativa, realizado com os prontuários de pacientes transplantados renais, acompanhados em hospital público universitário, localizado na cidade do Recife, Pernambuco, no período de 21 de abril de 1980 até 31 de dezembro de 2022, totalizando 436 prontuários elegíveis. Foram investigadas variáveis demográficas e clínicas e analisadas por meio de estatística descritiva e inferencial. Para identificação dos fatores associados ao risco de doença oncológica foi usado o modelo de regressão de Cox para estimar o risco relativo no intervalo de confiança de 95%. A doença oncológica apresentou uma incidência de 16,5% entre os receptores de transplante renal, sendo o de pele não melanoma responsável por 47,2% dos casos. A idade do receptor (p = 0,005) e função retardada do enxerto renal (p=0,035) foram os fatores de risco associados ao desenvolvimento de doença oncológica. A mortalidade esteve associada à ocorrência da doença oncológica ao longo do seguimento (p=0,001). Faz-se necessária políticas públicas que avaliem precocemente os pacientes transplantados renais para a ocorrência da doença oncológica, com vistas a reduzir a morbimortalidade, aumentar a sobrevida do enxerto e reduzir os custos associados à saúde.
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MAYARA SABRINA OLIVEIRA CAVALCANTE
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OFERTA DE LEITOS EM MUNICÍPIOS DOS ESTADOS DE PERNAMBUCO E DA BAHIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE
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Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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ROGERIO FABIANO GONÇALVES
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RONALD PEREIRA CAVALCANTI
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Data: 19/09/2024
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A regulação de leitos hospitalares na Rede Interestadual de Saúde Pernambuco/Bahia é uma importante iniciativa no contexto da Política Nacional de Regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS). A regionalização visa reduzir desigualdades no acesso aos serviços de saúde, mas enfrenta desafios, especialmente em áreas com infraestrutura limitada. O estudo tem o objetivo de analisar o impacto da regionalização na regulação de leitos hospitalares na Rede Interestadual de Saúde Pernambuco/Bahia.Trata-se de um estudo exploratório, de caráter quantitativo, que visa identificar as principais características da regulação de leitos, a partir da Política de Regionalização em Saúde, da Rede Assistencial dos estados de Pernambuco e da Bahia. Os resultados descritivos indicam que as regiões de Petrolina/PE e Juazeiro/BA concentraram a maioria das execuções de solicitações de leitos, refletindo uma concentração dos serviços de saúde de alta complexidade. Em contrapartida, regiões como Paulo Afonso/BA e Senhor do Bonfim/BA apresentaram baixa participação, evidenciando desigualdades regionais. observou-se um crescimento na participação de municípios menores na regulação de leitos, indicando um avanço, ainda que limitado, na descentralização dos serviços. Os resultados analíticos demonstram que a Regionalização em Saúde foi um fator protetivo para os municípios não-polos, uma vez que a queda na taxa de leitos foi menor nos anos posteriores. O processo de Regionalização é um avanço importante nas políticas de saúde, entretanto, ainda requer aprimoramentos para minimizar as desigualdades e garantir um acesso mais equitativo aos serviços de saúde.
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A regulação de leitos hospitalares na Rede Interestadual de Saúde Pernambuco/Bahia é uma importante iniciativa no contexto da Política Nacional de Regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS). A regionalização visa reduzir desigualdades no acesso aos serviços de saúde, mas enfrenta desafios, especialmente em áreas com infraestrutura limitada. O estudo tem o objetivo de analisar o impacto da regionalização na regulação de leitos hospitalares na Rede Interestadual de Saúde Pernambuco/Bahia.Trata-se de um estudo exploratório, de caráter quantitativo, que visa identificar as principais características da regulação de leitos, a partir da Política de Regionalização em Saúde, da Rede Assistencial dos estados de Pernambuco e da Bahia. Os resultados descritivos indicam que as regiões de Petrolina/PE e Juazeiro/BA concentraram a maioria das execuções de solicitações de leitos, refletindo uma concentração dos serviços de saúde de alta complexidade. Em contrapartida, regiões como Paulo Afonso/BA e Senhor do Bonfim/BA apresentaram baixa participação, evidenciando desigualdades regionais. observou-se um crescimento na participação de municípios menores na regulação de leitos, indicando um avanço, ainda que limitado, na descentralização dos serviços. Os resultados analíticos demonstram que a Regionalização em Saúde foi um fator protetivo para os municípios não-polos, uma vez que a queda na taxa de leitos foi menor nos anos posteriores. O processo de Regionalização é um avanço importante nas políticas de saúde, entretanto, ainda requer aprimoramentos para minimizar as desigualdades e garantir um acesso mais equitativo aos serviços de saúde.
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VANDA PAZ LIMA ARAUJO
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Impacto da Pandemia de COVID-19 na doação e transplantes de córneas no Estado de Pernambuco
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Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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MEMBROS DA BANCA :
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ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
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BRENO CALDAS DE ARAUJO
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MARIA DA CONCEICAO LUNA DOS SANTOS
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Data: 23/09/2024
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A pandemia de COVID-19 causou um impacto significativo nos sistemas de saúde em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde o transplante de córnea é uma prática essencial para restaurar a visão de milhares de pacientes. Considerando a importância do transplante de córnea como uma intervenção essencial para a restauração da visão em pacientes com córneas comprometidas, o estudo se propôs a analisar como as restrições impostas pela pandemia afetaram as taxas de doação e transplante, além de investigar as implicações para o sistema de saúde local. Assim, este estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia de COVID-19 nas doações e transplantes de córneas no estado de Pernambuco, abrangendo o período de 2019 a 2022. Trata-se de um estudo observacional analítico, transversal e retrospectivo, que utilizou dados secundários coletados de diversas fontes, incluindo o Banco de Olhos do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), a Central Estadual de Transplantes de Pernambuco (CET), e registros nacionais do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). A metodologia aplicada envolveu uma análise estatística detalhada dos dados coletados, utilizando o software SPSS para conduzir tanto análises descritivas quanto inferenciais. O estudo examinou variáveis como o número de doações, transplantes realizados, córneas descartadas e a lista de espera para transplantes, comparando essas informações ao longo dos anos estudados para avaliar o impacto da pandemia. Durante o período de 2019 a 2022, foram realizados 2.477 transplantes de córneas em Pernambuco. A pandemia de COVID-19 em 2020 causou uma redução acentuada no número de transplantes, que caiu de 812 em 2019 para 327 em 2020, mas houve uma recuperação gradual nos anos subsequentes, com 684 transplantes em 2021 e 649 em 2022. A lista de espera por transplantes de córnea aumentou drasticamente, passando de 17 pacientes em 2019 para 945 em 2022, refletindo a demanda crescente e os desafios enfrentados durante a pandemia. Deste modo, o estudo concluiu que a pandemia de COVID-19 causou uma significativa redução nos transplantes de córnea em Pernambuco em 2020, seguida por uma recuperação gradual nos anos seguintes. A análise destacou a importância da colaboração interinstitucional e da implementação de políticas públicas para promover a doação de órgãos, além da necessidade de desenvolver tecnologias e protocolos para otimizar o processo de transplante e reduzir a lista de espera. A pesquisa também reconheceu a limitação de depender de dados retrospectivos e sugeriu a necessidade de estudos futuros mais amplos
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A pandemia de COVID-19 causou um impacto significativo nos sistemas de saúde em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde o transplante de córnea é uma prática essencial para restaurar a visão de milhares de pacientes. Considerando a importância do transplante de córnea como uma intervenção essencial para a restauração da visão em pacientes com córneas comprometidas, o estudo se propôs a analisar como as restrições impostas pela pandemia afetaram as taxas de doação e transplante, além de investigar as implicações para o sistema de saúde local. Assim, este estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia de COVID-19 nas doações e transplantes de córneas no estado de Pernambuco, abrangendo o período de 2019 a 2022. Trata-se de um estudo observacional analítico, transversal e retrospectivo, que utilizou dados secundários coletados de diversas fontes, incluindo o Banco de Olhos do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), a Central Estadual de Transplantes de Pernambuco (CET), e registros nacionais do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). A metodologia aplicada envolveu uma análise estatística detalhada dos dados coletados, utilizando o software SPSS para conduzir tanto análises descritivas quanto inferenciais. O estudo examinou variáveis como o número de doações, transplantes realizados, córneas descartadas e a lista de espera para transplantes, comparando essas informações ao longo dos anos estudados para avaliar o impacto da pandemia. Durante o período de 2019 a 2022, foram realizados 2.477 transplantes de córneas em Pernambuco. A pandemia de COVID-19 em 2020 causou uma redução acentuada no número de transplantes, que caiu de 812 em 2019 para 327 em 2020, mas houve uma recuperação gradual nos anos subsequentes, com 684 transplantes em 2021 e 649 em 2022. A lista de espera por transplantes de córnea aumentou drasticamente, passando de 17 pacientes em 2019 para 945 em 2022, refletindo a demanda crescente e os desafios enfrentados durante a pandemia. Deste modo, o estudo concluiu que a pandemia de COVID-19 causou uma significativa redução nos transplantes de córnea em Pernambuco em 2020, seguida por uma recuperação gradual nos anos seguintes. A análise destacou a importância da colaboração interinstitucional e da implementação de políticas públicas para promover a doação de órgãos, além da necessidade de desenvolver tecnologias e protocolos para otimizar o processo de transplante e reduzir a lista de espera. A pesquisa também reconheceu a limitação de depender de dados retrospectivos e sugeriu a necessidade de estudos futuros mais amplos
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THOMAS FILIPE MARIANO DA SILVA
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Análise dos registros de curativos realizados na Atenção Primária a Saúde no estado de Pernambuco
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Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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MEMBROS DA BANCA :
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
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ISABELLA LUIZA RALPH DE OLIVEIRA
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Data: 26/09/2024
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O presente estudo tem o objetivo de analisar a produção de curativos realizados pela Atenção Primária à Saúde (APS) no estado de Pernambuco no período de 2019 a 2023. Trata – se de uma pesquisa transversal, retrospectiva de abordagem quantitativa. Foram considerados como dados do estudo o registro de curativos simples e especiais, cadastro de pacientes diabéticos, indicadores do Programa Previne Brasil e variáveis socioeconômicas. As informações foram coletadas nos relatórios públicos dos SISAB, IPEA e IBGE, em seguida foram analisadas e estimadas em modelos de regressão para dados em painel. Os resultados revelaram um total de 1.796.661 curativos registrados, sendo 1.044.404 curativos simples e 752.257 curativos especiais. A IV Região de Saúde (Caruaru) destacou-se na quantidade de curativos especiais e simples. O estudo também identificou um aumento significativo na produção de curativos simples em todas as regiões de saúde do estado, com a XI GERES (Serra Talhada) apresentando um crescimento notável. Em contrapartida, a produção de curativos especiais sofreu uma redução geral de 46%, com a VIII GERES (Petrolina) apresentando a maior queda. A prevalência de pacientes diabéticos na APS cresceu 68%, correlacionando-se positivamente com a demanda por curativos, especialmente os curativos simples. Além disso, variáveis socioeconômicas, como despesas com saúde per capita e a proporção de beneficiários do Programa Bolsa Família, mostraram correlação significativa com a taxa de curativos totais. O estudo concluiu que a gestão do cuidado na APS deve ser aprimorada, considerando a crescente demanda por curativos e a necessidade de investimentos em pesquisa e formação profissional.
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O presente estudo tem o objetivo de analisar a produção de curativos realizados pela Atenção Primária à Saúde (APS) no estado de Pernambuco no período de 2019 a 2023. Trata – se de uma pesquisa transversal, retrospectiva de abordagem quantitativa. Foram considerados como dados do estudo o registro de curativos simples e especiais, cadastro de pacientes diabéticos, indicadores do Programa Previne Brasil e variáveis socioeconômicas. As informações foram coletadas nos relatórios públicos dos SISAB, IPEA e IBGE, em seguida foram analisadas e estimadas em modelos de regressão para dados em painel. Os resultados revelaram um total de 1.796.661 curativos registrados, sendo 1.044.404 curativos simples e 752.257 curativos especiais. A IV Região de Saúde (Caruaru) destacou-se na quantidade de curativos especiais e simples. O estudo também identificou um aumento significativo na produção de curativos simples em todas as regiões de saúde do estado, com a XI GERES (Serra Talhada) apresentando um crescimento notável. Em contrapartida, a produção de curativos especiais sofreu uma redução geral de 46%, com a VIII GERES (Petrolina) apresentando a maior queda. A prevalência de pacientes diabéticos na APS cresceu 68%, correlacionando-se positivamente com a demanda por curativos, especialmente os curativos simples. Além disso, variáveis socioeconômicas, como despesas com saúde per capita e a proporção de beneficiários do Programa Bolsa Família, mostraram correlação significativa com a taxa de curativos totais. O estudo concluiu que a gestão do cuidado na APS deve ser aprimorada, considerando a crescente demanda por curativos e a necessidade de investimentos em pesquisa e formação profissional.
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ALESSANDRA BARBOSA DA SILVA
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ACESSO DAS GESTANTES A UMA ASSISTÊNCIA PRÉ -NATAL DE QUALIDADE NO BRASIL: UMA ANÁLISE A PARTIR DOS MICRODADOS DA PNS 2019
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Orientador : JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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ROZANE BEZERRA DE SIQUEIRA
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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Data: 26/09/2024
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A realização do pré-natal desempenha papel fundamental na promoção da saúde da gestante, do feto e do recém-nascido. O pré-natal adequado identifica possíveis situações de risco para o binômio mãe-filho e aumenta as chances de intervenções oportunas para promover nutrição adequada, prevenir doenças de transmissão vertical e controlar morbidades maternas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e infecção urinária. A cobertura pré-natal no Brasil é quase universal. No entanto a adequação da assistência à gestante, ainda não foi atingida de forma plena. Havendo muito a evoluir no que se refere a número de consultas, realização de exames e procedimentos preconizados pela estratégia da Rede Cegonha. Objetivo: identificar os aspectos sociodemográficos que podem influenciar no acesso das gestantes brasileiras a uma assistência pré-natal de qualidade. Metodologia: a pesquisa foi realizada através de uma análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada no Brasil em 2019. O acesso a um pré-natal de qualidade, foi analisado através do cruzamento de variáveis de acordo com os critérios do Ministério da Saúde. Resultados: O pré-natal adequado foi mais frequente entre as mulheres brancas, que realizaram pré-natal na rede privada. A região sudeste apresentou as maiores frequências de pré-natal adequado, enquanto a região norte, apresentou as menores. Conclusão: apesar das estratégias governamentais na tentativa de aumentar o acesso e o número de consultas de pré-natal, as gestantes brasileiras ainda sofrem com as iniquidades relacionadas a aspectos sociodemográficos como: a cor da pele, nível de escolaridade, renda bruta per capita e região do país.
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A realização do pré-natal desempenha papel fundamental na promoção da saúde da gestante, do feto e do recém-nascido. O pré-natal adequado identifica possíveis situações de risco para o binômio mãe-filho e aumenta as chances de intervenções oportunas para promover nutrição adequada, prevenir doenças de transmissão vertical e controlar morbidades maternas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e infecção urinária. A cobertura pré-natal no Brasil é quase universal. No entanto a adequação da assistência à gestante, ainda não foi atingida de forma plena. Havendo muito a evoluir no que se refere a número de consultas, realização de exames e procedimentos preconizados pela estratégia da Rede Cegonha. Objetivo: identificar os aspectos sociodemográficos que podem influenciar no acesso das gestantes brasileiras a uma assistência pré-natal de qualidade. Metodologia: a pesquisa foi realizada através de uma análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada no Brasil em 2019. O acesso a um pré-natal de qualidade, foi analisado através do cruzamento de variáveis de acordo com os critérios do Ministério da Saúde. Resultados: O pré-natal adequado foi mais frequente entre as mulheres brancas, que realizaram pré-natal na rede privada. A região sudeste apresentou as maiores frequências de pré-natal adequado, enquanto a região norte, apresentou as menores. Conclusão: apesar das estratégias governamentais na tentativa de aumentar o acesso e o número de consultas de pré-natal, as gestantes brasileiras ainda sofrem com as iniquidades relacionadas a aspectos sociodemográficos como: a cor da pele, nível de escolaridade, renda bruta per capita e região do país.
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NADJA DA SILVA FERREIRA
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ADEQUAÇÃO ENTRE VALOR FATURADO E CUSTOS DE PROCEDIMENTOS DE ALTA COMPLEXIDADE EM ORTOPEDIA: É POSSÍVEL COMPATIBILIZAR?
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Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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MEMBROS DA BANCA :
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JACQUELINE AUGUSTA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
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JERONYMO JOSE LIBONATI
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PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
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Data: 26/09/2024
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Este trabalho investiga a adequação entre o valor faturado e os custos dos procedimentos de alta complexidade em ortopedia, visando alinhar esses valores para garantir a sustentabilidade financeira dos hospitais. A pesquisa foca na otimização do faturamento hospitalar e na categorização de procedimentos no SUS, utilizando o sistema Sigtap e a Portaria GM/MS nº 1.388 de 2022. OBJETIVOS: Identificar a melhor combinação de códigos Sigtap para faturamento de cirurgias ortopédicas frequentes, otimizando as contas hospitalares e ajustando o valor a ser reembolsado. Busca-se padronizar processos e identificar melhorias no faturamento. METODOLOGIA: Pesquisa explicativa, quantitativa, retrospectiva, com dados de 2021-2022, analisando procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. Comparou-se os códigos Sigtap com descrições cirúrgicas e valores aprovados pelo Ministério da Saúde, revelando déficits financeiros e oportunidades de melhoria. RESULTADOS: Análise de 85 cirurgias ortopédicas mostrou um déficit de R$ 181.398,38 entre o valor faturado e o sugerido pela pesquisa. O uso correto dos códigos Sigtap poderia aumentar a receita, especialmente em subespecialidades como coluna e quadril. CONCLUSÃO: A gestão eficiente do faturamento é crucial para a sustentabilidade no SUS. Falhas no uso dos códigos Sigtap e na comunicação entre equipes resultam em perdas financeiras. A padronização dos códigos e o conhecimento adequado podem otimizar o faturamento e a alocação de recursos.
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Este trabalho investiga a adequação entre o valor faturado e os custos dos procedimentos de alta complexidade em ortopedia, visando alinhar esses valores para garantir a sustentabilidade financeira dos hospitais. A pesquisa foca na otimização do faturamento hospitalar e na categorização de procedimentos no SUS, utilizando o sistema Sigtap e a Portaria GM/MS nº 1.388 de 2022. OBJETIVOS: Identificar a melhor combinação de códigos Sigtap para faturamento de cirurgias ortopédicas frequentes, otimizando as contas hospitalares e ajustando o valor a ser reembolsado. Busca-se padronizar processos e identificar melhorias no faturamento. METODOLOGIA: Pesquisa explicativa, quantitativa, retrospectiva, com dados de 2021-2022, analisando procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. Comparou-se os códigos Sigtap com descrições cirúrgicas e valores aprovados pelo Ministério da Saúde, revelando déficits financeiros e oportunidades de melhoria. RESULTADOS: Análise de 85 cirurgias ortopédicas mostrou um déficit de R$ 181.398,38 entre o valor faturado e o sugerido pela pesquisa. O uso correto dos códigos Sigtap poderia aumentar a receita, especialmente em subespecialidades como coluna e quadril. CONCLUSÃO: A gestão eficiente do faturamento é crucial para a sustentabilidade no SUS. Falhas no uso dos códigos Sigtap e na comunicação entre equipes resultam em perdas financeiras. A padronização dos códigos e o conhecimento adequado podem otimizar o faturamento e a alocação de recursos.
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EMMANUELA KETHULLY MOTA DOS SANTOS
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CORRELAÇÃO ENTRE COBERTURA DA ATENÇÃO BÁSICA E TAXAS DE ÓBITOS INFANTIS: UMA ANÁLISE SOB O CHOQUE ESTRUTURAL DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – 2017
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Orientador : FERNANDO ANTONIO MENEZES DA SILVA
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA LUCIA ANDRADE DA SILVA
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PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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Data: 27/09/2024
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Considerando a estreita relação entre as ações desenvolvidas no escopo na Atenção Básica e as taxas de Mortalidade Infantil, este estudo pretende investigar o impacto da cobertura da Atenção Básica sobre a taxa de óbitos infantis nas regiões brasileiras, considerando o choque estrutural no percentual de cobertura de Atenção Básica gerado pela revisão da Política Nacional de Atenção Básica) a partir de setembro de 2017. A pesquisa foi conduzida sob uma abordagem quantitativa e caracterizada como descritiva, transversal e retrospectiva, tendo como unidades de análises os 27 (vinte e sete) estados que integram o território nacional, entre 2008 e 2020. Os dados foram coletados a partir do acesso a sites de domínio público, a saber: IPEADATA, IBGE, DATASUS e e-Gestor AB. Para análise descritiva foram utilizadas medidas de tendência central e desvio padrão. Para a análise econométrica, foi empregado o procedimento estatístico de dados em painel com efeito fixo, com dados balanceados, e todos os modelos foram processados no software Stata. Os resultados apontam para um aumento da cobertura da Atenção Básica, em território nacional, entre os anos de 2008 e 2020, com uma variação entre 70% e 81%. A cobertura de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) manteve-se relativamente estável, oscilando entre 73% e 75%, com a maior cobertura registrada entre 2012 e 2013, alcançando 75%. A implementação da PNAB em 2017 está associada a uma redução estatisticamente significante na cobertura de ACS, sugerindo uma diminuição média de 0,009 pontos percentuais na cobertura. A região Sudeste se destacou pelo aumento Os resultados indicam a necessidade de investir na ESF para fortalecer a AB, com foco na atuação dos ACS. O aumento da cobertura da AB não garante vínculo com as equipes da ESF, pois equipes mínimas sem
ACS também são contabilizadas. Apesar da redução na TMI, persistem desigualdades regionais, exigindo investimentos contínuos em políticas de saúde, especialmente em cuidados pré-natais e materno-infantis.da cobertura de ACS, como também, pela maior redução das taxas de óbitos infantis.
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Considerando a estreita relação entre as ações desenvolvidas no escopo na Atenção Básica e as taxas de Mortalidade Infantil, este estudo pretende investigar o impacto da cobertura da Atenção Básica sobre a taxa de óbitos infantis nas regiões brasileiras, considerando o choque estrutural no percentual de cobertura de Atenção Básica gerado pela revisão da Política Nacional de Atenção Básica) a partir de setembro de 2017. A pesquisa foi conduzida sob uma abordagem quantitativa e caracterizada como descritiva, transversal e retrospectiva, tendo como unidades de análises os 27 (vinte e sete) estados que integram o território nacional, entre 2008 e 2020. Os dados foram coletados a partir do acesso a sites de domínio público, a saber: IPEADATA, IBGE, DATASUS e e-Gestor AB. Para análise descritiva foram utilizadas medidas de tendência central e desvio padrão. Para a análise econométrica, foi empregado o procedimento estatístico de dados em painel com efeito fixo, com dados balanceados, e todos os modelos foram processados no software Stata. Os resultados apontam para um aumento da cobertura da Atenção Básica, em território nacional, entre os anos de 2008 e 2020, com uma variação entre 70% e 81%. A cobertura de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) manteve-se relativamente estável, oscilando entre 73% e 75%, com a maior cobertura registrada entre 2012 e 2013, alcançando 75%. A implementação da PNAB em 2017 está associada a uma redução estatisticamente significante na cobertura de ACS, sugerindo uma diminuição média de 0,009 pontos percentuais na cobertura. A região Sudeste se destacou pelo aumento Os resultados indicam a necessidade de investir na ESF para fortalecer a AB, com foco na atuação dos ACS. O aumento da cobertura da AB não garante vínculo com as equipes da ESF, pois equipes mínimas sem
ACS também são contabilizadas. Apesar da redução na TMI, persistem desigualdades regionais, exigindo investimentos contínuos em políticas de saúde, especialmente em cuidados pré-natais e materno-infantis.da cobertura de ACS, como também, pela maior redução das taxas de óbitos infantis.
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NAILANE RIBEIRO
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O IMPACTO DAS EMENDAS PARLAMENTARES NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ NATAL NA REGIÃO AMAZÔNICA
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Orientador : NOEMIA TEIXEIRA DE SIQUEIRA FILHA
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MEMBROS DA BANCA :
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CAMILA RODRIGUES BARBOSA NEMER
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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Data: 30/09/2024
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A assistência ao pré-natal é crucial para garantir a saúde materno-infantil, especialmente em regiões de difícil acesso como a Amazônia. Com suas características geográficas e socioeconômicas desafiadoras, historicamente a região Norte do Brasil apresenta uma vulnerabilidade acentuada em termos de acesso e qualidade dos cuidados de saúde, incluindo o acompanhamento pré-natal. No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS) na região amazonica, as emendas parlamentares, desempenham um papel importante ao direcionarem recursos adicionais para áreas críticas, como a saúde materno-infantil. Entre 2018 e 2022, o impacto dessas emendas na assistência ao pré-natal na região Amazônica foi analisado com base em um modelo de dados em painel com efeitos fixos. Indicadores de saúde, como a proporção de gestantes testadas para sífilis e HIV e a taxa de nascidos vivos cujas mães realizaram pré-natal adequado, foram utilizados para medir os efeitos. Os resultados apontam que o aumento de 1% no volume de emendas per capita eleva, em média, a taxa de gestantes testadas em 52,90 por 1000 gestantes, bem como está associado a um aumento de aproximadamente 10,86 nascidos vivos cujas mães realizaram pré-natal adequado por 1000 nascidos vivos, demonstrando assim que as emendas parlamentares contribuíram para o aumento da cobertura de serviços, especialmente no que se refere à testagem de gestantes e à adequação do pré-natal. No entanto, persistem desigualdades na alocação dos recursos entre os estados e municípios, afetando a uniformidade dos resultados. A pesquisa indica a necessidade de políticas que promovam uma distribuição mais equitativa e eficiente dos recursos, particularmente em áreas de difícil acesso, para fortalecer a assistência à saúde materna.
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A assistência ao pré-natal é crucial para garantir a saúde materno-infantil, especialmente em regiões de difícil acesso como a Amazônia. Com suas características geográficas e socioeconômicas desafiadoras, historicamente a região Norte do Brasil apresenta uma vulnerabilidade acentuada em termos de acesso e qualidade dos cuidados de saúde, incluindo o acompanhamento pré-natal. No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS) na região amazonica, as emendas parlamentares, desempenham um papel importante ao direcionarem recursos adicionais para áreas críticas, como a saúde materno-infantil. Entre 2018 e 2022, o impacto dessas emendas na assistência ao pré-natal na região Amazônica foi analisado com base em um modelo de dados em painel com efeitos fixos. Indicadores de saúde, como a proporção de gestantes testadas para sífilis e HIV e a taxa de nascidos vivos cujas mães realizaram pré-natal adequado, foram utilizados para medir os efeitos. Os resultados apontam que o aumento de 1% no volume de emendas per capita eleva, em média, a taxa de gestantes testadas em 52,90 por 1000 gestantes, bem como está associado a um aumento de aproximadamente 10,86 nascidos vivos cujas mães realizaram pré-natal adequado por 1000 nascidos vivos, demonstrando assim que as emendas parlamentares contribuíram para o aumento da cobertura de serviços, especialmente no que se refere à testagem de gestantes e à adequação do pré-natal. No entanto, persistem desigualdades na alocação dos recursos entre os estados e municípios, afetando a uniformidade dos resultados. A pesquisa indica a necessidade de políticas que promovam uma distribuição mais equitativa e eficiente dos recursos, particularmente em áreas de difícil acesso, para fortalecer a assistência à saúde materna.
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CREUSA OLIVIA DE MORAIS CAVALCANTI
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IMPACTO ECONÔMICO DA CHIKUNGUNYA: CUSTOS DOS MEDICAMENTOS PARA PACIENTES E INSTITUIÇÕES DE SAÚDE EM PERNAMBUCO
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Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
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JAMILE TANIELE DA SILVA
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MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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Data: 30/09/2024
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O vírus da Chikungunya adentrou ao Brasil entre os anos de 2013 e 2014, após eventos de grande vulto internacional, atingindo, parte da população. Quando infectadas, as pessoas têm até 95% de chance de apresentar os sintomas da doença, e dentre as manifestações temos as musculoesqueléticas, que podem se prolongar por anos, causando transtorno para os pacientes e familiares. O tratamento é realizado de modo medicamentoso e não medicamentoso, gerando custos diretos e indiretos e intangíveis. O tratamento é realizado por tratamento medicamentoso e os não medicamentosos, gerando custos diretos e indiretos tanto para pacientes quanto para a máquina pública. No Brasil, o número de casos vem crescendo nos últimos anos, e por isso este trabalho tem o objetivo de avaliar o impacto econômico do tratamento dos pacientes com Chikungunya e correlacionar a ocorrência dos casos com variáveis climáticas e geográficas no estado de Pernambuco. Os custos foram calculados através dos dados coletados nos sistemas de informação do Ministério da Saúde, e os percentuais dos casos em cada fase da doença, bem como dos sintomas, foram encontrados na literatura científica. Para correlação dos dados entre os casos, a precipitação de chuvas e o relevo, nas diversas regiões do estado de Pernambuco, foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, Agência Pernambucana de Geografia e Estatística, em planilha de Excel e tabela dinâmica. A concentração de casos se deu nos meses de maio a julho, principalmente na região costeira e onde o Produto interno Bruto é maior que as demais mesorregiões. O valor total dos custos foi de R$ 45.738.931,60 (quarenta e cinco milhões, setecentos e trinta e oito mil, novecentos e trinta e um reais e sessenta centavos), correspondendo a 0,17% do valor total da receita resultante de impostos e transferências constitucionais e legais. Desse modo, faz-se necessário estudos mais aprofundados, com finalidade de conter a doença no Estado e no Brasil, pois isto reverberará em economia financeira para ambos.
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O vírus da Chikungunya adentrou ao Brasil entre os anos de 2013 e 2014, após eventos de grande vulto internacional, atingindo, parte da população. Quando infectadas, as pessoas têm até 95% de chance de apresentar os sintomas da doença, e dentre as manifestações temos as musculoesqueléticas, que podem se prolongar por anos, causando transtorno para os pacientes e familiares. O tratamento é realizado de modo medicamentoso e não medicamentoso, gerando custos diretos e indiretos e intangíveis. O tratamento é realizado por tratamento medicamentoso e os não medicamentosos, gerando custos diretos e indiretos tanto para pacientes quanto para a máquina pública. No Brasil, o número de casos vem crescendo nos últimos anos, e por isso este trabalho tem o objetivo de avaliar o impacto econômico do tratamento dos pacientes com Chikungunya e correlacionar a ocorrência dos casos com variáveis climáticas e geográficas no estado de Pernambuco. Os custos foram calculados através dos dados coletados nos sistemas de informação do Ministério da Saúde, e os percentuais dos casos em cada fase da doença, bem como dos sintomas, foram encontrados na literatura científica. Para correlação dos dados entre os casos, a precipitação de chuvas e o relevo, nas diversas regiões do estado de Pernambuco, foram utilizados dados do Instituto Brasileiro de Estatística e Geografia, Agência Pernambucana de Geografia e Estatística, em planilha de Excel e tabela dinâmica. A concentração de casos se deu nos meses de maio a julho, principalmente na região costeira e onde o Produto interno Bruto é maior que as demais mesorregiões. O valor total dos custos foi de R$ 45.738.931,60 (quarenta e cinco milhões, setecentos e trinta e oito mil, novecentos e trinta e um reais e sessenta centavos), correspondendo a 0,17% do valor total da receita resultante de impostos e transferências constitucionais e legais. Desse modo, faz-se necessário estudos mais aprofundados, com finalidade de conter a doença no Estado e no Brasil, pois isto reverberará em economia financeira para ambos.
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GABRIELA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE COELHO
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CHIKUNGUNYA E SEU IMPACTO NO AMBIENTE DE TRABALHO: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE ABSENTEÍSMO E PRESENTEÍSMO LABORAL
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Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
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BRENO CALDAS DE ARAUJO
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MARINA FERRAZ CORDEIRO
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Data: 01/10/2024
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O vírus Chikungunya (CHIKV) é transmitido pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus e em 2024, o Brasil registrou 233.225 casos prováveis e 134 casos de óbitos. A doença transmitida pelo vírus manifesta-se em três fases: aguda, subaguda e crônica, impactando a capacidade laboral dos pacientes. Objetivo: Investigar a influência da Chikungunya na capacidade laboral utilizando o questionário Work Productivity and Activity Impairment (WPAI). Metodologia: Foram incluídos 286 pacientes, diagnosticados laboratorialmente, provenientes do Projeto REPLICK – Estudo Multicêntrico da História Natural e Resposta Terapêutica de Chikungunya com foco nas Manifestações Musculoesqueléticas Agudas e Crônicas e avaliados pelo WPAI. Resultados: Dos pacientes do estudo, 78,32% do sexo feminino, cor parda, média de idade 53 anos, 93,71% estava na fase subaguda da doença e os principais sintomas relatados foram febre (70,28%), artralgia (76,22%) e rigidez matinal (78,67%), 51,6% dos desempregados estavam na categoria de atividade da doença alta. O absenteísmo revelou que mais de 14% dos pacientes perderam mais de 40 horas de trabalho durante os últimos 7 dias, chegando a perder 7 dias de trabalho. O presenteísmo, 55,11% dos pacientes avaliaram o impacto acima do escore cinco, representando que seus problemas de saúde afetaram a produtividade enquanto estava trabalhando, em uma escala de zero a 10. Conclusão: Conclui-se que a Chikungunya tem impacto no absenteísmo e presenteísmo, gerando custos sociais, empresariais e de saúde pública.
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O vírus Chikungunya (CHIKV) é transmitido pelos mosquitos Aedes Aegypti e Aedes Albopictus e em 2024, o Brasil registrou 233.225 casos prováveis e 134 casos de óbitos. A doença transmitida pelo vírus manifesta-se em três fases: aguda, subaguda e crônica, impactando a capacidade laboral dos pacientes. Objetivo: Investigar a influência da Chikungunya na capacidade laboral utilizando o questionário Work Productivity and Activity Impairment (WPAI). Metodologia: Foram incluídos 286 pacientes, diagnosticados laboratorialmente, provenientes do Projeto REPLICK – Estudo Multicêntrico da História Natural e Resposta Terapêutica de Chikungunya com foco nas Manifestações Musculoesqueléticas Agudas e Crônicas e avaliados pelo WPAI. Resultados: Dos pacientes do estudo, 78,32% do sexo feminino, cor parda, média de idade 53 anos, 93,71% estava na fase subaguda da doença e os principais sintomas relatados foram febre (70,28%), artralgia (76,22%) e rigidez matinal (78,67%), 51,6% dos desempregados estavam na categoria de atividade da doença alta. O absenteísmo revelou que mais de 14% dos pacientes perderam mais de 40 horas de trabalho durante os últimos 7 dias, chegando a perder 7 dias de trabalho. O presenteísmo, 55,11% dos pacientes avaliaram o impacto acima do escore cinco, representando que seus problemas de saúde afetaram a produtividade enquanto estava trabalhando, em uma escala de zero a 10. Conclusão: Conclui-se que a Chikungunya tem impacto no absenteísmo e presenteísmo, gerando custos sociais, empresariais e de saúde pública.
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PÂMELA ADELINA DA SILVA DAMASCENO
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Envelhecimento populacional e gastos com internações no SUS por doenças que alteram a cognição: uma análise realizada de 2010 e 2022 do estado da Bahia.
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Orientador : UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
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MEMBROS DA BANCA :
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ELENILDO SANTOS BEZERRA
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JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
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RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES
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Data: 03/10/2024
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O envelhecimento populacional é um fenômeno global que impacta tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Este estudo visa analisar os efeitos das mudanças demográficas nos gastos com internações no Sistema Único de Saúde SUS por doenças que alteram a cognição no estado da Bahia, no período de 2010 e 2022. A pesquisa utilizou dados de internações hospitalares fornecidos pelo SUS, focando nas diferenças de gastos entre as regiões do estado da Bahia, a capital Salvador e outras cidades. Os gastos foram decompostos em efeito preço, efeito taxa e efeito composição etária. A análise comparou a concentração de gastos em diferentes grupos etários e considerou variáveis como crescimento populacional e desenvolvimento regional. Os resultados mostraram que a Bahia, com uma população mais envelhecida e uma melhor oferta de serviços de saúde, apresentou uma maior concentração de gastos em grupos etários avançados. Salvador apresentou uma estrutura de gastos decrescente com a idade. O efeito preço foi determinante nas diferenças de gastos entre regiões. Além disso, foi identificado que os elevados custos de internação entre os idosos podem ser explicados pela maior complexidade e duração dos cuidados necessários para essa população. Conclui-se que o envelhecimento populacional tem um impacto significativo nos custos de internação por doenças que afetam a cognição. Para mitigar esses custos crescentes, é essencial adotar medidas preventivas e intervenções que melhorem ou mantenham a independência dos idosos.
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O envelhecimento populacional é um fenômeno global que impacta tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Este estudo visa analisar os efeitos das mudanças demográficas nos gastos com internações no Sistema Único de Saúde SUS por doenças que alteram a cognição no estado da Bahia, no período de 2010 e 2022. A pesquisa utilizou dados de internações hospitalares fornecidos pelo SUS, focando nas diferenças de gastos entre as regiões do estado da Bahia, a capital Salvador e outras cidades. Os gastos foram decompostos em efeito preço, efeito taxa e efeito composição etária. A análise comparou a concentração de gastos em diferentes grupos etários e considerou variáveis como crescimento populacional e desenvolvimento regional. Os resultados mostraram que a Bahia, com uma população mais envelhecida e uma melhor oferta de serviços de saúde, apresentou uma maior concentração de gastos em grupos etários avançados. Salvador apresentou uma estrutura de gastos decrescente com a idade. O efeito preço foi determinante nas diferenças de gastos entre regiões. Além disso, foi identificado que os elevados custos de internação entre os idosos podem ser explicados pela maior complexidade e duração dos cuidados necessários para essa população. Conclui-se que o envelhecimento populacional tem um impacto significativo nos custos de internação por doenças que afetam a cognição. Para mitigar esses custos crescentes, é essencial adotar medidas preventivas e intervenções que melhorem ou mantenham a independência dos idosos.
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ANA PAULA BAGETTI RAMOS
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TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: IMPRESSÕES E EXPECTATIVAS PARA IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ASSISTÊNCIA EM PERNAMBUCO
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Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ALANE ALVES SILVA
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ANDRE MARQUES CAVALCANTI
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MONALIZA DE OLIVEIRA FERREIRA
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Data: 09/10/2024
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O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por prejuízos na interação social e comunicação, comportamentos restritos e repetitivos. Está frequentemente associado a comorbidades, como deficiência intelectual, epilepsia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, transtornos de ansiedade, transtornos do sono, e outras. A etiologia do TEA ainda não é completamente compreendida. Evidências apontam para influências de fatores pré e perinatais, assim como hereditários. No Brasil, a ausência de dados epidemiológicos dificulta a compreensão de sua prevalência e do seu impacto econômico e social sobre o sistema de saúde e as famílias. O diagnóstico precoce e a rápida implementação de intervenções podem reduzir o impacto dos sintomas. Antes de 1980, o Estado não possuía estratégias para acolhimento de crianças e adolescentes com sofrimento mental, incluindo o autismo, que foi assumido por associações de familiares. Em 2002, na Reforma Psiquiátrica, foram criados os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo os CAPSi referência no atendimento psicossocial de crianças e adolescentes para o TEA. Em 2012, a Lei n. 12.764, instituiu a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista", e as pessoas com TEA passaram a ser reconhecidas como "pessoas com deficiência para todos os efeitos legais", garantindo- lhes acesso a benefícios financeiros, inclusão escolar e serviços de saúde especializados, muitas vezes em contradição aos da rede de saúde mental. O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE), em levantamentos realizados no Estado, identificou que a política pública de saúde para o TEA ainda está em fase inicial e não é priorizada pela maioria dos municípios. Apesar da incorporação do autismo no campo das deficiências, os Centros Especializados de Reabilitação (CER) habilitados para esse atendimento são escassos no estado, deixando essa população dependente dos serviços do CAPSi, que são insuficientes. Metodologia: Foi utilizada uma abordagem qualitativa, retrospectiva. Foram avaliados: Leis e decretos, Relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), Relatórios do Ministério da Saúde e do SUS, Artigos e revisões sobre políticas públicas de saúde relacionadas ao autismo, e estudos sobre prevalência e o impacto econômico, social e de saúde nas famílias e nos sistemas de saúde de outros países. Foram utilizados dados extraídos da Tabela Unificada de Procedimentos da Produção Ambulatorial (Tabwin, DATASUS), e registros de cadastros no CNES. Resultados: Foram encontrados poucos centros especializados habilitados para o atendimento do autismo. Desses, a maior parte dos estabelecimentos ainda são as associações sem fins lucrativos e ONGS que recebem financiamento do SUS. Grande parte encontra-se na
Região Metropolitana do Recife. A produção ambulatorial demonstrou números crescentes de atendimentos apesar dos poucos centros. Os resultados condizem com o relatório do TCE (2023). Conclusão: Há necessidade de investimentos governamentais nas construções de centros especializados de múltiplas especialidades para o autismo em todo o estado pernambucano, visando cobrir os vazios territoriais encontrados. Além disso, investir em capacitação profissional e treinamento de pais e cuidadores, nas escolas e professores para educação inclusiva.
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O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento caracterizada por prejuízos na interação social e comunicação, comportamentos restritos e repetitivos. Está frequentemente associado a comorbidades, como deficiência intelectual, epilepsia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, transtornos de ansiedade, transtornos do sono, e outras. A etiologia do TEA ainda não é completamente compreendida. Evidências apontam para influências de fatores pré e perinatais, assim como hereditários. No Brasil, a ausência de dados epidemiológicos dificulta a compreensão de sua prevalência e do seu impacto econômico e social sobre o sistema de saúde e as famílias. O diagnóstico precoce e a rápida implementação de intervenções podem reduzir o impacto dos sintomas. Antes de 1980, o Estado não possuía estratégias para acolhimento de crianças e adolescentes com sofrimento mental, incluindo o autismo, que foi assumido por associações de familiares. Em 2002, na Reforma Psiquiátrica, foram criados os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), sendo os CAPSi referência no atendimento psicossocial de crianças e adolescentes para o TEA. Em 2012, a Lei n. 12.764, instituiu a "Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista", e as pessoas com TEA passaram a ser reconhecidas como "pessoas com deficiência para todos os efeitos legais", garantindo- lhes acesso a benefícios financeiros, inclusão escolar e serviços de saúde especializados, muitas vezes em contradição aos da rede de saúde mental. O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE), em levantamentos realizados no Estado, identificou que a política pública de saúde para o TEA ainda está em fase inicial e não é priorizada pela maioria dos municípios. Apesar da incorporação do autismo no campo das deficiências, os Centros Especializados de Reabilitação (CER) habilitados para esse atendimento são escassos no estado, deixando essa população dependente dos serviços do CAPSi, que são insuficientes. Metodologia: Foi utilizada uma abordagem qualitativa, retrospectiva. Foram avaliados: Leis e decretos, Relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), Relatórios do Ministério da Saúde e do SUS, Artigos e revisões sobre políticas públicas de saúde relacionadas ao autismo, e estudos sobre prevalência e o impacto econômico, social e de saúde nas famílias e nos sistemas de saúde de outros países. Foram utilizados dados extraídos da Tabela Unificada de Procedimentos da Produção Ambulatorial (Tabwin, DATASUS), e registros de cadastros no CNES. Resultados: Foram encontrados poucos centros especializados habilitados para o atendimento do autismo. Desses, a maior parte dos estabelecimentos ainda são as associações sem fins lucrativos e ONGS que recebem financiamento do SUS. Grande parte encontra-se na
Região Metropolitana do Recife. A produção ambulatorial demonstrou números crescentes de atendimentos apesar dos poucos centros. Os resultados condizem com o relatório do TCE (2023). Conclusão: Há necessidade de investimentos governamentais nas construções de centros especializados de múltiplas especialidades para o autismo em todo o estado pernambucano, visando cobrir os vazios territoriais encontrados. Além disso, investir em capacitação profissional e treinamento de pais e cuidadores, nas escolas e professores para educação inclusiva.
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TASSIA DANIELE LIMA ALMEIDA
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COVID-19 COMO FATOR DE RISCO PARA MORTALIDADE ENTRE MULHERES EM IDADE FÉRTIL
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Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
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MEMBROS DA BANCA :
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MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
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FLÁVIA EMÍLIA CAVALCANTE VALENÇA FERNANDES
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ROBERTA DE SOUZA PEREIRA DA SILVA RAMOS
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Data: 10/10/2024
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No final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre a existência de um novo vírus com alto potencial de contaminação e mortalidade na China e que rapidamente alcançou o mundo inteiro. Em março de 2020, foi decretada a pandemia da COVID-19, levando à implementação de medidas protetivas de saúde para conter a propagação da doença, especialmente em grupos de maior risco, como as gestantes. Entretanto, no Brasil, apesar dessas medidas, a mortalidade em gestantes esteve relacionada à problemas crônicos da assistência à saúde da mulher. A desigualdade de acesso aos serviços de saúde, a falta de infraestrutura e o atendimento especializado inadequado já afetava os desfechos de saúde no Brasil antes da pandemia. Com a COVID-19, essas dificuldades se agravaram, sobrecarregando o sistema de saúde e limitando o acesso a cuidados oportunos. A pandemia expôs e intensificou essas falhas destacando a necessidade urgente de melhorias nas políticas públicas para garantir assistência equitativa. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo central investigar quais as características sociodemográficas e fatores de risco associados ao agravamento da COVID-19, com desfecho de óbito entre as mulheres gestantes e não gestantes. A amostra do estudo foi composta por um banco de dados constituído por 262.210 mulheres em idade fértil entre 10 a 49 anos de idade, com diagnóstico de COVID-19 em território nacional, registradas no SIVEP-Gripe no período entre 01 de janeiro de 2020 a 31 de janeiro de 2023. Dentre essas, 10,21% eram mulheres gestantes e 60,10% correspondem à mulheres com idade entre 10 e 39 anos de idade. Embora a gestação esteja associada a hospitalizações, a análise estatística revelou que 3,4% das gestantes, correspondente a 911 casos, evoluíram para óbito. Além disso, a internação em UTI reduziu em 31% a chance de óbito, enquanto a ventilação invasiva reduziu esse risco em 20%. O estudo sugere que a condição de gestação não resultou em um maior risco de óbito em comparação com as mulheres não gestantes. Esses resultados sugerem que o risco de mortalidade por COVID-19 entre mulheres, grávidas e não grávidas, esteve mais relacionado a outros fatores sistêmicos e comorbidades, do que à condição de gravidez em si. Durante a pandemia, as gestantes receberam prioridade no atendimento, com acesso facilitado a consultas e cuidados obstétricos. Essa atenção diferenciada pode ter contribuído para resultados positivos, permitindo um acompanhamento mais próximo e mitigando riscos associados à COVID-19. Como conclusão, destaca-se a importância dos serviços de saúde aos cuidados das mulheres grávidas, especialmente em situações de pandemias, garantindo acesso a atendimento adequado e seguro.
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No final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre a existência de um novo vírus com alto potencial de contaminação e mortalidade na China e que rapidamente alcançou o mundo inteiro. Em março de 2020, foi decretada a pandemia da COVID-19, levando à implementação de medidas protetivas de saúde para conter a propagação da doença, especialmente em grupos de maior risco, como as gestantes. Entretanto, no Brasil, apesar dessas medidas, a mortalidade em gestantes esteve relacionada à problemas crônicos da assistência à saúde da mulher. A desigualdade de acesso aos serviços de saúde, a falta de infraestrutura e o atendimento especializado inadequado já afetava os desfechos de saúde no Brasil antes da pandemia. Com a COVID-19, essas dificuldades se agravaram, sobrecarregando o sistema de saúde e limitando o acesso a cuidados oportunos. A pandemia expôs e intensificou essas falhas destacando a necessidade urgente de melhorias nas políticas públicas para garantir assistência equitativa. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo central investigar quais as características sociodemográficas e fatores de risco associados ao agravamento da COVID-19, com desfecho de óbito entre as mulheres gestantes e não gestantes. A amostra do estudo foi composta por um banco de dados constituído por 262.210 mulheres em idade fértil entre 10 a 49 anos de idade, com diagnóstico de COVID-19 em território nacional, registradas no SIVEP-Gripe no período entre 01 de janeiro de 2020 a 31 de janeiro de 2023. Dentre essas, 10,21% eram mulheres gestantes e 60,10% correspondem à mulheres com idade entre 10 e 39 anos de idade. Embora a gestação esteja associada a hospitalizações, a análise estatística revelou que 3,4% das gestantes, correspondente a 911 casos, evoluíram para óbito. Além disso, a internação em UTI reduziu em 31% a chance de óbito, enquanto a ventilação invasiva reduziu esse risco em 20%. O estudo sugere que a condição de gestação não resultou em um maior risco de óbito em comparação com as mulheres não gestantes. Esses resultados sugerem que o risco de mortalidade por COVID-19 entre mulheres, grávidas e não grávidas, esteve mais relacionado a outros fatores sistêmicos e comorbidades, do que à condição de gravidez em si. Durante a pandemia, as gestantes receberam prioridade no atendimento, com acesso facilitado a consultas e cuidados obstétricos. Essa atenção diferenciada pode ter contribuído para resultados positivos, permitindo um acompanhamento mais próximo e mitigando riscos associados à COVID-19. Como conclusão, destaca-se a importância dos serviços de saúde aos cuidados das mulheres grávidas, especialmente em situações de pandemias, garantindo acesso a atendimento adequado e seguro.
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RAQUEL DE ALMEIDA DA SILVA
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CUSTO HOSPITALAR DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE EM PERNAMBUCO ENTRE OS ANOS DE 2019 E 2023
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Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
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MEMBROS DA BANCA :
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AUGUSTO FERREIRA CORREIA
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CLAUDEIR DIAS DA SILVA JUNIOR
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MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA
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Data: 31/10/2024
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A Espondilite Anquilosante (EA) é uma condição inflamatória crônica, caracterizada pelo comprometimento do esqueleto axial e das articulações sacroilíacas. A persistência do estado inflamatório desencadeia danos estruturais, resultando, em maior ou menor grau, no desenvolvimento de formações ósseas nos locais inflamados da coluna, conhecidas como sindesmófitos. Ao longo do tempo, essas formações ósseas podem evoluir para a anquilose da coluna, ressaltando a importância de compreender e abordar a progressão dessa condição. O presente estudo teve como finalidade analisar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com Espondilite Anquilosante no estado de Pernambuco no Período de 2019 a 2023.Trata-se de um estudo, descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa. Foram selecionados todos os casos de pacientes com Espondilite Anquilosante, no estado de Pernambuco, de janeiro de 2019 até dezembro de 2023, disponível para consulta no banco de dados (DATASUS), obtendo-se uma amostra de conveniência. Foram registrados 2.714 casos de hospitalização por Espondilite Anquilosante. A análise dos dados foi conduzida por Regionais de Saúde do Estado de Pernambuco. O sexo masculino foi predominante durante os anos estudados, correspondendo a (55,94%) do número de casos. Em relação à raça, um percentual de 72,0% correspondia à raça Parda. Ao analisar a taxa de mortalidade (2.714), observou-se que a maior taxa foi entre os indivíduos de cor Parda, representando (67%). Em termos de custo, as internações hospitalares por EA nas diferentes regionais de saúde de Pernambuco totalizaram R$ 6.775.551,74 para o SUS, com um custo médio por internação de R$ 2.495,60. Ao analisar por regionais, destaca- se que a I Geres concentra a maior parcela das internações relacionadas a Espondilite Anquilosante, totalizando (85,8%) (2.318) casos. Diante dessa realidade, torna-se necessário que os órgãos de saúde intervenham com a implementação de medidas direcionadas para a promoção, prevenção e diagnóstico oportuno dessas condições.
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A Espondilite Anquilosante (EA) é uma condição inflamatória crônica, caracterizada pelo comprometimento do esqueleto axial e das articulações sacroilíacas. A persistência do estado inflamatório desencadeia danos estruturais, resultando, em maior ou menor grau, no desenvolvimento de formações ósseas nos locais inflamados da coluna, conhecidas como sindesmófitos. Ao longo do tempo, essas formações ósseas podem evoluir para a anquilose da coluna, ressaltando a importância de compreender e abordar a progressão dessa condição. O presente estudo teve como finalidade analisar o perfil epidemiológico de pacientes diagnosticados com Espondilite Anquilosante no estado de Pernambuco no Período de 2019 a 2023.Trata-se de um estudo, descritivo e retrospectivo, com abordagem quantitativa. Foram selecionados todos os casos de pacientes com Espondilite Anquilosante, no estado de Pernambuco, de janeiro de 2019 até dezembro de 2023, disponível para consulta no banco de dados (DATASUS), obtendo-se uma amostra de conveniência. Foram registrados 2.714 casos de hospitalização por Espondilite Anquilosante. A análise dos dados foi conduzida por Regionais de Saúde do Estado de Pernambuco. O sexo masculino foi predominante durante os anos estudados, correspondendo a (55,94%) do número de casos. Em relação à raça, um percentual de 72,0% correspondia à raça Parda. Ao analisar a taxa de mortalidade (2.714), observou-se que a maior taxa foi entre os indivíduos de cor Parda, representando (67%). Em termos de custo, as internações hospitalares por EA nas diferentes regionais de saúde de Pernambuco totalizaram R$ 6.775.551,74 para o SUS, com um custo médio por internação de R$ 2.495,60. Ao analisar por regionais, destaca- se que a I Geres concentra a maior parcela das internações relacionadas a Espondilite Anquilosante, totalizando (85,8%) (2.318) casos. Diante dessa realidade, torna-se necessário que os órgãos de saúde intervenham com a implementação de medidas direcionadas para a promoção, prevenção e diagnóstico oportuno dessas condições.
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Teses |
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NAYARA MARIA SIQUEIRA LEITE
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ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA HOSPITALAR: CONTRIBUIÇÃO PARA A AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS FARMACÊUTICOS A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA CONCRETA
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Orientador : FABIOLA SULPINO VIEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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MERCIA PANDOLFO PROVIN
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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FABIOLA SULPINO VIEIRA
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FRANCISCA SUELI MONTE MOREIRA
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MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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Data: 29/02/2024
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A garantia do acesso a medicamentos constitui elemento fundamental da assistência farmacêutica no Brasil. Além dele, é prerrogativa das políticas nacionais o uso racional de medicamentos. Nesse contexto, a assistência farmacêutica hospitalar (AFH) abrange uma série de serviços especializados, com atividades sendo realizadas a todo tempo nos hospitais públicos e privados do país, mas que têm recebido menor atenção que aquela conferida à assistência farmacêutica ambulatorial. Esses serviços da AFH necessitam de avaliação e, muitas vezes, de adequações para que haja qualidade no atendimento ao usuário hospitalizado. Assim, o objetivo desta tese é contribuir para a avaliação da assistência farmacêutica hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da experiência de avaliação dos serviços farmacêuticos do Hospital de Referência em Hematologia do Estado de Pernambuco (HEMOPE). Foram investigados indicadores voltados à prática da assistência farmacêutica hospitalar seguindo as dimensões da qualidade propostas por Donabedian: Estrutura, Processo e Resultados. Devido à escassez de estudos na literatura científica, realizou-se uma revisão de escopo sobre métodos e indicadores de resultado da assistência farmacêutica hospitalar. Após esta revisão, foi elaborada uma matriz de indicadores e aplicada à avaliação da AFH do HEMOPE, considerando as três dimensões mencionadas e um modelo-lógico construído para explicar as relações entre insumos, atividades, produtos e resultados da farmácia hospitalar. Analisando-se a conformidade da AFH em relação aos 65 indicadores da matriz, obteve-se para estrutura, processo e resultado, 50,0%, 48,5% e 0,00% de conformidade, respectivamente. A última etapa do trabalho foi a avaliação da assistência farmacêutica desse hospital, segundo a perspectiva de usuários que acessam o serviço de dispensação ambulatorial de medicamentos. Nessa etapa, verificou-se elevado nível de satisfação dos entrevistados com esse serviço, embora houvesse preocupação com a disponibilidade dos medicamentos e desagrado com a ocorrência de filas e com o espaço da sala de espera, considerado pequeno para a demanda. Constatou-se a necessidade de aprimoramento desses aspectos estruturais relacionados à dispensação de medicamentos, assim como do papel do farmacêutico em sua realização. Com o conjunto das informações produzidas, foi possível elaborar um Plano de Intervenção para aperfeiçoar a AFH do HEMOPE, que é um hospital relevante na prestação de serviços especializados em onco-hematologia para o SUS, em nível regional, a fim de melhorar a qualidade do atendimento prestado à população e de otimizar o uso dos escassos recursos desse sistema. Por fim, a partir dessa experiência de avaliação da AFH do HEMOPE, esta tese também contribui para a avaliação dos serviços farmacêuticos de hospitais do SUS, ao sistematizar métodos aplicáveis a essa finalidade.
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A garantia do acesso a medicamentos constitui elemento fundamental da assistência farmacêutica no Brasil. Além dele, é prerrogativa das políticas nacionais o uso racional de medicamentos. Nesse contexto, a assistência farmacêutica hospitalar (AFH) abrange uma série de serviços especializados, com atividades sendo realizadas a todo tempo nos hospitais públicos e privados do país, mas que têm recebido menor atenção que aquela conferida à assistência farmacêutica ambulatorial. Esses serviços da AFH necessitam de avaliação e, muitas vezes, de adequações para que haja qualidade no atendimento ao usuário hospitalizado. Assim, o objetivo desta tese é contribuir para a avaliação da assistência farmacêutica hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da experiência de avaliação dos serviços farmacêuticos do Hospital de Referência em Hematologia do Estado de Pernambuco (HEMOPE). Foram investigados indicadores voltados à prática da assistência farmacêutica hospitalar seguindo as dimensões da qualidade propostas por Donabedian: Estrutura, Processo e Resultados. Devido à escassez de estudos na literatura científica, realizou-se uma revisão de escopo sobre métodos e indicadores de resultado da assistência farmacêutica hospitalar. Após esta revisão, foi elaborada uma matriz de indicadores e aplicada à avaliação da AFH do HEMOPE, considerando as três dimensões mencionadas e um modelo-lógico construído para explicar as relações entre insumos, atividades, produtos e resultados da farmácia hospitalar. Analisando-se a conformidade da AFH em relação aos 65 indicadores da matriz, obteve-se para estrutura, processo e resultado, 50,0%, 48,5% e 0,00% de conformidade, respectivamente. A última etapa do trabalho foi a avaliação da assistência farmacêutica desse hospital, segundo a perspectiva de usuários que acessam o serviço de dispensação ambulatorial de medicamentos. Nessa etapa, verificou-se elevado nível de satisfação dos entrevistados com esse serviço, embora houvesse preocupação com a disponibilidade dos medicamentos e desagrado com a ocorrência de filas e com o espaço da sala de espera, considerado pequeno para a demanda. Constatou-se a necessidade de aprimoramento desses aspectos estruturais relacionados à dispensação de medicamentos, assim como do papel do farmacêutico em sua realização. Com o conjunto das informações produzidas, foi possível elaborar um Plano de Intervenção para aperfeiçoar a AFH do HEMOPE, que é um hospital relevante na prestação de serviços especializados em onco-hematologia para o SUS, em nível regional, a fim de melhorar a qualidade do atendimento prestado à população e de otimizar o uso dos escassos recursos desse sistema. Por fim, a partir dessa experiência de avaliação da AFH do HEMOPE, esta tese também contribui para a avaliação dos serviços farmacêuticos de hospitais do SUS, ao sistematizar métodos aplicáveis a essa finalidade.
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RINALDJA DA SILVA CABRAL AGUIAR
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ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE POSITIVIDADE PARA COVID-19 E DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS NA PRIMEIRA ONDA DA PANDEMIA NO BRASIL
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Orientador : JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
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MONALIZA DE OLIVEIRA FERREIRA
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PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
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ROBERTA DE MORAES ROCHA
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ROZANE BEZERRA DE SIQUEIRA
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Data: 29/02/2024
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Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Causada por um novo subtipo de Coronavírus posteriormente denominado SARS-CoV2, trata-se de uma zoonose de alta transmissibilidade. No Brasil, durante a primeira onda da pandemia, foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios – PNAD COVID-19 com objetivo de estimar o número de pessoas com sintomas associados à síndrome gripal. A compreensão da interação das desigualdades sociais em saúde com o estado de saúde entre grupos é importante para o entendimento do processo saúde-doença nas populações para além dos aspectos biológicos. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre a testagem positiva para COVID-19 e desigualdades socioeconômicas durante a primeira fase da pandemia no Brasil, utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD-COVID-19. Para alcançar tal objetivo foi realizada inicialmente uma análise descritiva dos dados, elaborado modelo hierarquizado e a análise estatística foi feita através de regressão logística, a medida de associação utilizada foi a ODDS RATIO com nível de significância de 5%. O desfecho é ter teste positivo para COVID-19 e como covariáveis as características de sociais, econômicas e de saúde da população. Os resultados mostraram que indivíduos do sexo masculino, idade igual ou superior a 60 anos, baixa escolaridade, que residem na zona rural têm maiores probabilidades de testar positivo para COVID-19. Pessoas sem plano de saúde, com menor restrição a serviços de saúde e que residem em locais com menor disponibilidade de leitos, médicos e maior número de tomógrafos, também apresentam chances mais elevadas de ter a doença desfecho. Indivíduos que residem em estados com maior índice de transparência, condições de moradia ruins, e maior espaço domiciliar são fatores de proteção, e diminuem a probabilidade de ter teste positivo, bem como lugares nos quais as medidas de distanciamento social foram implantadas tardiamente. Verificou-se ainda maior probabilidade de ter a doença entre indivíduos mais pobres que residem em local com maior Índice de Gini. Conclui-se que a resposta eficaz à pandemia requer não apenas medidas de saúde pública, mas também ações direcionadas para enfrentar as raízes das desigualdades subjacentes. Abordar as desigualdades é crucial não apenas para superar a atual crise, mas também para construir uma base mais sólida e equitativa para enfrentar desafios futuros de saúde global.
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Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Causada por um novo subtipo de Coronavírus posteriormente denominado SARS-CoV2, trata-se de uma zoonose de alta transmissibilidade. No Brasil, durante a primeira onda da pandemia, foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios – PNAD COVID-19 com objetivo de estimar o número de pessoas com sintomas associados à síndrome gripal. A compreensão da interação das desigualdades sociais em saúde com o estado de saúde entre grupos é importante para o entendimento do processo saúde-doença nas populações para além dos aspectos biológicos. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre a testagem positiva para COVID-19 e desigualdades socioeconômicas durante a primeira fase da pandemia no Brasil, utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD-COVID-19. Para alcançar tal objetivo foi realizada inicialmente uma análise descritiva dos dados, elaborado modelo hierarquizado e a análise estatística foi feita através de regressão logística, a medida de associação utilizada foi a ODDS RATIO com nível de significância de 5%. O desfecho é ter teste positivo para COVID-19 e como covariáveis as características de sociais, econômicas e de saúde da população. Os resultados mostraram que indivíduos do sexo masculino, idade igual ou superior a 60 anos, baixa escolaridade, que residem na zona rural têm maiores probabilidades de testar positivo para COVID-19. Pessoas sem plano de saúde, com menor restrição a serviços de saúde e que residem em locais com menor disponibilidade de leitos, médicos e maior número de tomógrafos, também apresentam chances mais elevadas de ter a doença desfecho. Indivíduos que residem em estados com maior índice de transparência, condições de moradia ruins, e maior espaço domiciliar são fatores de proteção, e diminuem a probabilidade de ter teste positivo, bem como lugares nos quais as medidas de distanciamento social foram implantadas tardiamente. Verificou-se ainda maior probabilidade de ter a doença entre indivíduos mais pobres que residem em local com maior Índice de Gini. Conclui-se que a resposta eficaz à pandemia requer não apenas medidas de saúde pública, mas também ações direcionadas para enfrentar as raízes das desigualdades subjacentes. Abordar as desigualdades é crucial não apenas para superar a atual crise, mas também para construir uma base mais sólida e equitativa para enfrentar desafios futuros de saúde global.
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JULIANA DA SILVA NOGUEIRA CARVALHO
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AVALIAÇÃO DE CUSTO-EFETIVIDADE DA INSERÇÃO DE DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS POR ENFERMEIROS APÓS CAPACITAÇÃO NO ESTADO DE PERNAMBUCO
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Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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MEMBROS DA BANCA :
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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NOEMIA TEIXEIRA DE SIQUEIRA FILHA
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AGOSTINHO DE SOUSA MACHADO JUNIOR
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CAMILLA MARIA FERREIRA DE AQUINO
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JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
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Data: 22/03/2024
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Introdução: capacitar enfermeiros para a oferta de serviços de planejamento reprodutivo é estratégia útil para redução de demanda não satisfeita de contracepção e para a ampliação do acesso da população a esses serviços com segurança e eficácia. Objetivo: avaliar o custo- efetividade da inserção de dispositivos intrauterinos por enfermeiros após capacitação no Estado de Pernambuco. Método: foi desenvolvido um estudo de avaliação econômica, utilizando-se modelagem dinâmica, com um modelo de Markov no programa Treeage® Pro Healthcare 2023. O modelo desenvolvido considerou a oferta de dispositivos intrauterinos de cobre após a capacitação de enfermeiros e descreveu a história natural do acesso ao dispositivo em mulheres ou pessoas com útero, em idade fértil. O modelo analisou três cenários hipotéticos comparáveis, explorando diferentes transições: pessoas não grávidas, sem dispositivo intrauterino e sem intenção de engravidar, podem passar para o estado de gravidez (descoberta imediatamente antes de inserir o dispositivo), considerado um estado de absorção; pessoas não grávidas que foram atendidas, mas não inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas sem dispositivo ou tornar-se grávidas sem o dispositivo; pessoas não grávidas que foram atendidas e inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas com dispositivo ou tornar-se grávidas com dispositivo. A perspectiva escolhida é a do Sistema Único de Saúde. Foram avaliados os custos associados com a ampliação da oferta, os efeitos das intervenções comparadas e a avaliação de sensibilidades determinística e probabilística do modelo. Resultados: o modelo proposto mostrou-se uma ferramenta de modelagem flexível para avaliar o custo-efetividade em curto prazo de intervenções para contracepção entre mulheres em idade fértil, que não pretendem engravidar. Constatou-se com o cálculo de custo-efetividade que, aumentar em 60% a oferta dos dispositivos, dada a probabilidade nacional de utilização de 0,02 representa uma relação custo-efetiva, segundo os cálculos da razão de custo-efetividade incremental e avaliação dos benefícios monetários líquidos, com ganhos em QALY de 1,65/ gravidez indesejada evitada no tempo determinado para a investigação, quando se considera o limiar de disposição a pagar de R$40.000,00/QALY. Conclusão: A evidência do custo-efetividade da expansão da disponibilidade dessa tecnologia na área de saúde, através do aprimoramento das práticas avançadas de enfermagem no planejamento reprodutivo, faz uso eficiente dos recursos públicos. Esta abordagem pode ser uma importante contribuição para os gestores na tomada de decisões em favor dessa estratégia assistencial, contribuindo para reduzir a incidência de gravidezes indesejadas na população devido a desafios de acesso.
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Introdução: capacitar enfermeiros para a oferta de serviços de planejamento reprodutivo é estratégia útil para redução de demanda não satisfeita de contracepção e para a ampliação do acesso da população a esses serviços com segurança e eficácia. Objetivo: avaliar o custo- efetividade da inserção de dispositivos intrauterinos por enfermeiros após capacitação no Estado de Pernambuco. Método: foi desenvolvido um estudo de avaliação econômica, utilizando-se modelagem dinâmica, com um modelo de Markov no programa Treeage® Pro Healthcare 2023. O modelo desenvolvido considerou a oferta de dispositivos intrauterinos de cobre após a capacitação de enfermeiros e descreveu a história natural do acesso ao dispositivo em mulheres ou pessoas com útero, em idade fértil. O modelo analisou três cenários hipotéticos comparáveis, explorando diferentes transições: pessoas não grávidas, sem dispositivo intrauterino e sem intenção de engravidar, podem passar para o estado de gravidez (descoberta imediatamente antes de inserir o dispositivo), considerado um estado de absorção; pessoas não grávidas que foram atendidas, mas não inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas sem dispositivo ou tornar-se grávidas sem o dispositivo; pessoas não grávidas que foram atendidas e inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas com dispositivo ou tornar-se grávidas com dispositivo. A perspectiva escolhida é a do Sistema Único de Saúde. Foram avaliados os custos associados com a ampliação da oferta, os efeitos das intervenções comparadas e a avaliação de sensibilidades determinística e probabilística do modelo. Resultados: o modelo proposto mostrou-se uma ferramenta de modelagem flexível para avaliar o custo-efetividade em curto prazo de intervenções para contracepção entre mulheres em idade fértil, que não pretendem engravidar. Constatou-se com o cálculo de custo-efetividade que, aumentar em 60% a oferta dos dispositivos, dada a probabilidade nacional de utilização de 0,02 representa uma relação custo-efetiva, segundo os cálculos da razão de custo-efetividade incremental e avaliação dos benefícios monetários líquidos, com ganhos em QALY de 1,65/ gravidez indesejada evitada no tempo determinado para a investigação, quando se considera o limiar de disposição a pagar de R$40.000,00/QALY. Conclusão: A evidência do custo-efetividade da expansão da disponibilidade dessa tecnologia na área de saúde, através do aprimoramento das práticas avançadas de enfermagem no planejamento reprodutivo, faz uso eficiente dos recursos públicos. Esta abordagem pode ser uma importante contribuição para os gestores na tomada de decisões em favor dessa estratégia assistencial, contribuindo para reduzir a incidência de gravidezes indesejadas na população devido a desafios de acesso.
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JACQUELINE AUGUSTA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
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ESTRESSE LABORAL, SATISFAÇÃO E MOTIVAÇÃO NO TRABALHO ENTRE PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE CENTRO CIRÚRGICO
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Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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MEMBROS DA BANCA :
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ANDRE MARQUES CAVALCANTI
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FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
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JERONYMO JOSE LIBONATI
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MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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NELSON MIGUEL GALINDO NETO
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Data: 25/04/2024
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Dentre os serviços e unidades de um hospital, a Unidade de Centro Cirúrgico constitui uma das mais complexas, em decorrência de seus inúmeros processos e subprocessos ligados, direta ou indiretamente, à produção das cirurgias, sendo considerado o Bloco Operatório como um setor de alto nível de estresse. O desempenho das atividades de enfermagem no Bloco Operatório impacta diretamente na capacidade produtiva do setor e há grande desafio em balancear as exigências e demandas para a classe perante o desgaste físico, a saúde mental e a qualidade de vida destes profissionais. Objetivo: avaliar como a satisfação com o trabalho e a motivação repercutem no estresse laboral de profissionais de enfermagem de Bloco Operatório. Métodos: Foi realizado um estudo piloto do tipo transversal observacional em um Hospital Universitário Federal de grande porte do Nordeste do Brasil, com coleta de dados em maio e junho de 2023. Em seguida, foi realizado um estudo do tipo survey nacional, entre agosto e dezembro de 2023. Utilizou-se a Escala de Estresse no Trabalho (EET) com um questionário, na versão utilizada com 23 itens, e 5 alternativas que permitem a identificação de níveis de estresse ocupacional, a escala de Motivação para o trabalho que é composta por 30 itens, implementamos a escala Liket de 7 pontos com resposta única e a Escala de Satisfação no Trabalho (EST) onde foi utilizada a versão reduzida com 15 itens distribuídos em cinco fatores com utilização da escala Liket. Resultados: No inquérito nacional, houve um total de 385 respostas, sendo 160 profissionais (41,6%) técnicos ou auxiliares de enfermagem e 225 (58,4%) enfermeiros. Os respondentes habitavam e trabalhavam em sua maioria na região Nordeste do país (223; 57,9%), seguida do Sudeste (102; 26,5%), Sul (35; 9,1%), Centro-Oeste (15; 3,9%) e Norte (10; 2,6%). De acordo com a regressão linear final para o Estresse, o modelo que melhor explica o estresse considera, o tempo de formado, três domínios da Satisfação (Satisfação com colegas, Satisfação com chefia e Satisfação com promoções) e os domínios da Motivação (Índice higiênico e Índice motivacional). Conclusão: Este estudo comprovou a hipótese de que a satisfação no trabalho e a motivação influenciam diretamente na percepção do estresse laboral. Deriva deste estudo um alerta importante para gestores de Bloco Operatório sobre como a motivação de profissionais de enfermagem para com suas atividades e como a satisfação com colegas, chefias e com a carreira (promoções) pode moderar resultados de estresse laboral.
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Dentre os serviços e unidades de um hospital, a Unidade de Centro Cirúrgico constitui uma das mais complexas, em decorrência de seus inúmeros processos e subprocessos ligados, direta ou indiretamente, à produção das cirurgias, sendo considerado o Bloco Operatório como um setor de alto nível de estresse. O desempenho das atividades de enfermagem no Bloco Operatório impacta diretamente na capacidade produtiva do setor e há grande desafio em balancear as exigências e demandas para a classe perante o desgaste físico, a saúde mental e a qualidade de vida destes profissionais. Objetivo: avaliar como a satisfação com o trabalho e a motivação repercutem no estresse laboral de profissionais de enfermagem de Bloco Operatório. Métodos: Foi realizado um estudo piloto do tipo transversal observacional em um Hospital Universitário Federal de grande porte do Nordeste do Brasil, com coleta de dados em maio e junho de 2023. Em seguida, foi realizado um estudo do tipo survey nacional, entre agosto e dezembro de 2023. Utilizou-se a Escala de Estresse no Trabalho (EET) com um questionário, na versão utilizada com 23 itens, e 5 alternativas que permitem a identificação de níveis de estresse ocupacional, a escala de Motivação para o trabalho que é composta por 30 itens, implementamos a escala Liket de 7 pontos com resposta única e a Escala de Satisfação no Trabalho (EST) onde foi utilizada a versão reduzida com 15 itens distribuídos em cinco fatores com utilização da escala Liket. Resultados: No inquérito nacional, houve um total de 385 respostas, sendo 160 profissionais (41,6%) técnicos ou auxiliares de enfermagem e 225 (58,4%) enfermeiros. Os respondentes habitavam e trabalhavam em sua maioria na região Nordeste do país (223; 57,9%), seguida do Sudeste (102; 26,5%), Sul (35; 9,1%), Centro-Oeste (15; 3,9%) e Norte (10; 2,6%). De acordo com a regressão linear final para o Estresse, o modelo que melhor explica o estresse considera, o tempo de formado, três domínios da Satisfação (Satisfação com colegas, Satisfação com chefia e Satisfação com promoções) e os domínios da Motivação (Índice higiênico e Índice motivacional). Conclusão: Este estudo comprovou a hipótese de que a satisfação no trabalho e a motivação influenciam diretamente na percepção do estresse laboral. Deriva deste estudo um alerta importante para gestores de Bloco Operatório sobre como a motivação de profissionais de enfermagem para com suas atividades e como a satisfação com colegas, chefias e com a carreira (promoções) pode moderar resultados de estresse laboral.
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JACIELE CRISTINA DA SILVA BELONE
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A influência do capital social e do índice de desenvolvimento humano municipal na mortalidade materna em Pernambuco.
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Orientador : ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
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MEMBROS DA BANCA :
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RENEIDE MUNIZ DA SILVA
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ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
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ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
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LUSANIRA MARIA DA FONSECA DE SANTA CRUZ
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RODRIGO GOMES DE ARRUDA
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Data: 05/06/2024
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Introdução: Os óbitos maternos revelam um retrato da desigualdade social de determinada região, onde há predomínio de registros de óbitos em gestantes solteiras, pardas e de baixa escolaridade, além de mulheres de baixa renda. Na área da saúde, a disposição de capital social pode produzir impacto positivo na vida das populações por reduzir fatores excludentes e, consequentemente, melhorar a longevidade de uma comunidade. Apesar de seus efeitos positivos, quanto indicador social, pouco se sabe sobre sua relação sobre os óbitos maternos. Objetivo: Analisar a influência do capital social estrutural e do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) sobre a mortalidade materna em Pernambuco. Método: Foi desenvolvido um estudo ecológico, com análise de tendência de mudança (joint point), correlação e georreferenciamento (distribuição espacial), a partir de dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as variáveis do capital social estrutural e índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), além de dados do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (SISNASC), para obtenção e cálculo da razão da mortalidade materna (RMM) no período de 2010 a 2020. Utilizou-se o uso de técnicas econométricas com o modelo de regressão linear múltipla, através do estimador de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), para verificar a correlação entre as variáveis selecionadas, e para a análise da estatística espacial de Moran global e local foram utilizados os softwares GeoDa 1.18 e QGIS versão 3.22.5. Resultados: A tendência de curva da razão da mortalidade materna (RMM) mostrou-se estacionária no Estado, com exceção da XII Regional. Predominaram óbitos por causas diretas, com destaque para edema com proteinúria e doenças hipertensivas; e a maioria dos óbitos ocorreu majoritariamente em adultas jovens entre 20 e 34 anos, com maior risco de óbito entre as adultas (>35 anos), pardas/negras, sem companheiro, com menos de sete anos de estudo (tendência crescente), refletindo condições de vulnerabilidade social. A RMM em Pernambuco oscilou durante o período de estudo, alcançado menor e maior valor em 2019 e 2020 respectivamente. Nos resultados da análise de regressão, detectou-se correlação negativa entre os indicadores sociais apontados, expressando que em média municípios que possuem maior relação de Fundações e Associações Sem Fins Lucrativos (FASFIL) por habitantes e maior IDH-M, possuem menores RMM. Registrou-se 898 óbitos maternos e uma RMM no período de 59,3/100 mil Nascidos Vivos. Observou-se um padrão na distribuição no espelhamento de Moran univariado, demostrando dependência espacial. No Moran bivariado, houve correlação inversa entre as variáveis de RMM x IDH-M (Moran I = -0,063 e p valor = 0,035) e RMM x FASFIL (Moran I = -0,085 e p valor = 0,009), ambas com p valor significantes. Evidenciamos que municípios com maiores riscos de óbito materno, se relacionam com os de menor desenvolvimento humano e menor disposição de capital social estrutural. Conclusão: As desigualdades sociais persistem sobre o registro de óbitos maternos em Pernambuco, apresentando uma tendência estacionária na curva de mudanças; e uma correlação inversa, onde municípios com maiores RMM possuíam menor IDHM e menor relação FASFIL/habitantes, com presença de cluster entre os municípios analisados.
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Introdução: Os óbitos maternos revelam um retrato da desigualdade social de determinada região, onde há predomínio de registros de óbitos em gestantes solteiras, pardas e de baixa escolaridade, além de mulheres de baixa renda. Na área da saúde, a disposição de capital social pode produzir impacto positivo na vida das populações por reduzir fatores excludentes e, consequentemente, melhorar a longevidade de uma comunidade. Apesar de seus efeitos positivos, quanto indicador social, pouco se sabe sobre sua relação sobre os óbitos maternos. Objetivo: Analisar a influência do capital social estrutural e do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) sobre a mortalidade materna em Pernambuco. Método: Foi desenvolvido um estudo ecológico, com análise de tendência de mudança (joint point), correlação e georreferenciamento (distribuição espacial), a partir de dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as variáveis do capital social estrutural e índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), além de dados do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (SISNASC), para obtenção e cálculo da razão da mortalidade materna (RMM) no período de 2010 a 2020. Utilizou-se o uso de técnicas econométricas com o modelo de regressão linear múltipla, através do estimador de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), para verificar a correlação entre as variáveis selecionadas, e para a análise da estatística espacial de Moran global e local foram utilizados os softwares GeoDa 1.18 e QGIS versão 3.22.5. Resultados: A tendência de curva da razão da mortalidade materna (RMM) mostrou-se estacionária no Estado, com exceção da XII Regional. Predominaram óbitos por causas diretas, com destaque para edema com proteinúria e doenças hipertensivas; e a maioria dos óbitos ocorreu majoritariamente em adultas jovens entre 20 e 34 anos, com maior risco de óbito entre as adultas (>35 anos), pardas/negras, sem companheiro, com menos de sete anos de estudo (tendência crescente), refletindo condições de vulnerabilidade social. A RMM em Pernambuco oscilou durante o período de estudo, alcançado menor e maior valor em 2019 e 2020 respectivamente. Nos resultados da análise de regressão, detectou-se correlação negativa entre os indicadores sociais apontados, expressando que em média municípios que possuem maior relação de Fundações e Associações Sem Fins Lucrativos (FASFIL) por habitantes e maior IDH-M, possuem menores RMM. Registrou-se 898 óbitos maternos e uma RMM no período de 59,3/100 mil Nascidos Vivos. Observou-se um padrão na distribuição no espelhamento de Moran univariado, demostrando dependência espacial. No Moran bivariado, houve correlação inversa entre as variáveis de RMM x IDH-M (Moran I = -0,063 e p valor = 0,035) e RMM x FASFIL (Moran I = -0,085 e p valor = 0,009), ambas com p valor significantes. Evidenciamos que municípios com maiores riscos de óbito materno, se relacionam com os de menor desenvolvimento humano e menor disposição de capital social estrutural. Conclusão: As desigualdades sociais persistem sobre o registro de óbitos maternos em Pernambuco, apresentando uma tendência estacionária na curva de mudanças; e uma correlação inversa, onde municípios com maiores RMM possuíam menor IDHM e menor relação FASFIL/habitantes, com presença de cluster entre os municípios analisados.
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SILVANA CAVALCANTI DOS SANTOS
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DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO E SAÚDE DA POPULAÇÃO: UM ESTUDO DOS EFEITOS DAS EMANCIPAÇÕES MUNICIPAIS NO BRASIL
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Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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MEMBROS DA BANCA :
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ANA CARLA SILVA ALEXANDRE
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CONCEIÇÃO MARIA DE OLIVEIRA
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PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
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RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
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TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
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Data: 17/07/2024
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Após a Constituição Federal de 1988, os municípios brasileiros adquiriram uma maior autonomia política, financeira e administrativa, e o impacto deste processo de descentralização pode ser visualizado na década seguinte. A década de 90 teve um crescente número de emancipações políticas com a criação de 1.016 municípios brasileiros, nos quais uma parcela significativa é incapaz de exercerem sua autonomia política, gerar recursos fiscais, administrar as demandas locais e executar políticas públicas. A presente tese possui como questão norteadora conhecer o impacto das secessões municipais brasileiras sobre os indicadores de saúde de atenção básica. Para tanto, utiliza-se uma abordagem quase-experimental e considera- se o estimador de Diferença em Diferenças (DiD), aplicado a dados anuais de 1995 a 2008. Os indicadores de saúde utilizados para medir o impacto foram a taxa de mortalidade infantil até 1 ano de idade, cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, cobertura da vacina do sarampo e a cobertura de consulta pré-natal dos municípios emancipados e não emancipados. Os resultados encontrados sugerem, de forma geral, que as emancipações tiveram efeito sobre a cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis no período analisado com um aumento de 11% da cobertura. Não foi identificado efeito das secessões sobre a taxa de mortalidade infantil nos municípios brasileiros. Quanto à cobertura de pré-natal e da vacina de sarampo, as evidências não permitem afirmar se as emancipações tiveram efeito sobre esses indicadores. Assim, a conclusão geral deste estudo é que nem todos os serviços respondem da mesma forma ao processo de descentralização. Faz-se necessário uma reflexão sobre os reais benefícios das secessões na oferta dos serviços públicos de saúde.
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Após a Constituição Federal de 1988, os municípios brasileiros adquiriram uma maior autonomia política, financeira e administrativa, e o impacto deste processo de descentralização pode ser visualizado na década seguinte. A década de 90 teve um crescente número de emancipações políticas com a criação de 1.016 municípios brasileiros, nos quais uma parcela significativa é incapaz de exercerem sua autonomia política, gerar recursos fiscais, administrar as demandas locais e executar políticas públicas. A presente tese possui como questão norteadora conhecer o impacto das secessões municipais brasileiras sobre os indicadores de saúde de atenção básica. Para tanto, utiliza-se uma abordagem quase-experimental e considera- se o estimador de Diferença em Diferenças (DiD), aplicado a dados anuais de 1995 a 2008. Os indicadores de saúde utilizados para medir o impacto foram a taxa de mortalidade infantil até 1 ano de idade, cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, cobertura da vacina do sarampo e a cobertura de consulta pré-natal dos municípios emancipados e não emancipados. Os resultados encontrados sugerem, de forma geral, que as emancipações tiveram efeito sobre a cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis no período analisado com um aumento de 11% da cobertura. Não foi identificado efeito das secessões sobre a taxa de mortalidade infantil nos municípios brasileiros. Quanto à cobertura de pré-natal e da vacina de sarampo, as evidências não permitem afirmar se as emancipações tiveram efeito sobre esses indicadores. Assim, a conclusão geral deste estudo é que nem todos os serviços respondem da mesma forma ao processo de descentralização. Faz-se necessário uma reflexão sobre os reais benefícios das secessões na oferta dos serviços públicos de saúde.
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RENATA MELO GONDIM
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INDICADORES E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE, EM PERNAMBUCO: O QUE MUDOU ENTRE O PERÍODO PRÉ-COVID 19 E PANDÊMICO?
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Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
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MEMBROS DA BANCA :
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PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
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MECCIENE MENDES RODRIGUES
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PEDRO HELMO OLIVARES TIRADO
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GEORGE SANTIAGO DIMECH
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EVELYNE NASCIMENTO PEDROSA
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Data: 29/08/2024
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A pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, que teve seu primeiro surto em dezembro de 2019 na China, atingiu todos os continentes. Além dos efeitos devastadores sobre a economia, a pandemia afetou diretamente os serviços de saúde e as demandas de outras doenças, já que os esforços e ações se desviaram para as emergências da COVID-19. Alguns serviços de saúde importantes para a população mais pobre, em especial, foram negligenciados, entre eles os serviços de doenças infectocontagiosas, tais como a Tuberculose (TB). Sendo assim, este estudo teve como objetivo principal avaliar o que mudou nos indicadores e no perfil epidemiológico da TB no estado de Pernambuco, entre o período pré-pandêmico e pandêmico. O estudo foi do tipo transversal, analítico e retrospectivo, e utilizou o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN- TB); o da COVID-19; o do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Como resultado, dois produtos foram gerados. Um produto teve por objetivo analisar de forma comparativa como os indicadores epidemiológicos - incidência, mortalidade, percentual de cura, percentual de abandono e de tratamento diretamente observado (TDO) associados à Tuberculose - se modificaram antes e durante a pandemia. A análise baseou-se em métodos estatísticos, a partir de teste para diferença de médias entre o período pré-pandêmico (2018 e 2019) e pandêmico (2020 a 2021). Constatou-se que, entre os dois períodos, houve: redução da taxa de incidência da TB (cerca de 9%); um aumento do abandono do tratamento (em torno de 9%); queda da taxa de cura (em torno de 10%); e redução da cobertura do TDO (em torno de 13%). Realizou-se, também, um estudo de predição, a partir da estimação de modelos autorregressivos, com o objetivo de obter estimativas dos indicadores para o período pandêmico, considerando a evolução prévia dos indicadores a partir do ano de 2010, e compará-los com os valores reais observados, e para isso foi aplicado o teste de Chow. Na análise de predição, todos os indicadores se mostraram diferentes do que seria previsto sem a COVID-19. No segundo produto, a partir da estimação de modelos de regressão logística, analisou-se o que mudou no perfil dos indivíduos com relação aos fatores de risco sociais, econômicos e ambientais, associados à tuberculose, em comparação aos períodos pré-pandemia e pandêmico. Para tanto, foi identificado o perfil que teve menores chances de cura. E através de um linkage entre os bancos de dados da Mortalidade, COVID-19 e TB, identificou-se qual foi o perfil dos indivíduos que foram a óbito pela coinfecção das duas doenças. Verificou-se que houve redução significativa de 16,28% no desfecho cura dos infectados por TB, aumento do uso de drogas ilícitas e redução do TDO de 23,28%. Na análise logit, verificou-se que o perfil dos pacientes que tiveram menores chances de cura foram: os homens, idosos (60 anos ou mais), de raça não branca, não alfabetizados e que não realizaram TDO. Portadores de HIV, usuários de álcool e pessoas consideradas vulneráveis também tiveram suas chances de cura diminuídas nos dois períodos. O perfil mais prevalente dos indivíduos com TB e que tiverem o desfecho de óbito por COVID19, em relação aos que não tiveram este desfecho, foi: sexo masculino; pessoas não brancas e analfabetas, média de 45 anos, e não beneficiários de programas sociais do governo. Com relação à infecção associada ao HIV, alcoolismo e tabagismo, os percentuais se assemelham entre os dois grupos; diferente dos usuários de drogas, que
se mostra em uma proporção três vezes menor para os que vieram a óbito por COVID19.Os resultados deste estudo sugerem que a pandemia provocou mudanças expressivas nos principais indicadores epidemiológicos e alterou algumas características do perfil dos notifcados por TB em Pernambuco. Por isso, é necessário entender quais indicadores foram mais atingidos, e qual o atual perfil da população mais acometida com essas mudanças, com o intuito de direcionar a gestão para a promoção dos programas de combate à TB com foco nas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para o perfil da população que mais precisa desses cuidados.
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A pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, que teve seu primeiro surto em dezembro de 2019 na China, atingiu todos os continentes. Além dos efeitos devastadores sobre a economia, a pandemia afetou diretamente os serviços de saúde e as demandas de outras doenças, já que os esforços e ações se desviaram para as emergências da COVID-19. Alguns serviços de saúde importantes para a população mais pobre, em especial, foram negligenciados, entre eles os serviços de doenças infectocontagiosas, tais como a Tuberculose (TB). Sendo assim, este estudo teve como objetivo principal avaliar o que mudou nos indicadores e no perfil epidemiológico da TB no estado de Pernambuco, entre o período pré-pandêmico e pandêmico. O estudo foi do tipo transversal, analítico e retrospectivo, e utilizou o banco de dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação (SINAN- TB); o da COVID-19; o do Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) e o do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Como resultado, dois produtos foram gerados. Um produto teve por objetivo analisar de forma comparativa como os indicadores epidemiológicos - incidência, mortalidade, percentual de cura, percentual de abandono e de tratamento diretamente observado (TDO) associados à Tuberculose - se modificaram antes e durante a pandemia. A análise baseou-se em métodos estatísticos, a partir de teste para diferença de médias entre o período pré-pandêmico (2018 e 2019) e pandêmico (2020 a 2021). Constatou-se que, entre os dois períodos, houve: redução da taxa de incidência da TB (cerca de 9%); um aumento do abandono do tratamento (em torno de 9%); queda da taxa de cura (em torno de 10%); e redução da cobertura do TDO (em torno de 13%). Realizou-se, também, um estudo de predição, a partir da estimação de modelos autorregressivos, com o objetivo de obter estimativas dos indicadores para o período pandêmico, considerando a evolução prévia dos indicadores a partir do ano de 2010, e compará-los com os valores reais observados, e para isso foi aplicado o teste de Chow. Na análise de predição, todos os indicadores se mostraram diferentes do que seria previsto sem a COVID-19. No segundo produto, a partir da estimação de modelos de regressão logística, analisou-se o que mudou no perfil dos indivíduos com relação aos fatores de risco sociais, econômicos e ambientais, associados à tuberculose, em comparação aos períodos pré-pandemia e pandêmico. Para tanto, foi identificado o perfil que teve menores chances de cura. E através de um linkage entre os bancos de dados da Mortalidade, COVID-19 e TB, identificou-se qual foi o perfil dos indivíduos que foram a óbito pela coinfecção das duas doenças. Verificou-se que houve redução significativa de 16,28% no desfecho cura dos infectados por TB, aumento do uso de drogas ilícitas e redução do TDO de 23,28%. Na análise logit, verificou-se que o perfil dos pacientes que tiveram menores chances de cura foram: os homens, idosos (60 anos ou mais), de raça não branca, não alfabetizados e que não realizaram TDO. Portadores de HIV, usuários de álcool e pessoas consideradas vulneráveis também tiveram suas chances de cura diminuídas nos dois períodos. O perfil mais prevalente dos indivíduos com TB e que tiverem o desfecho de óbito por COVID19, em relação aos que não tiveram este desfecho, foi: sexo masculino; pessoas não brancas e analfabetas, média de 45 anos, e não beneficiários de programas sociais do governo. Com relação à infecção associada ao HIV, alcoolismo e tabagismo, os percentuais se assemelham entre os dois grupos; diferente dos usuários de drogas, que
se mostra em uma proporção três vezes menor para os que vieram a óbito por COVID19.Os resultados deste estudo sugerem que a pandemia provocou mudanças expressivas nos principais indicadores epidemiológicos e alterou algumas características do perfil dos notifcados por TB em Pernambuco. Por isso, é necessário entender quais indicadores foram mais atingidos, e qual o atual perfil da população mais acometida com essas mudanças, com o intuito de direcionar a gestão para a promoção dos programas de combate à TB com foco nas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para o perfil da população que mais precisa desses cuidados.
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CLECIA MARIA CARVALHO DE OLIVEIRA
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AVALIAÇÃO DOS CASOS DE CÂNCER DE MAMA NO PERÍODO PRÉ-PANDEMIA E PANDEMIA DE COVID-19 EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE RECIFE-PE
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Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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MEMBROS DA BANCA :
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MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
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MICHELLY CRISTINY PEREIRA
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JOÃO ESBERARD DE VASCONCELOS BELTRÃO NETO
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ISABELLA LUIZA RALPH DE OLIVEIRA
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LUIZ NASCIMENTO DE ARAUJO NETO
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Data: 11/09/2024
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A pandemia do coronavírus (covid-19) demandou medidas restritivas e reorganização temporária do sistema de saúde. Com isso, os atendimentos eletivos, incluindo o rastreamento de câncer, foram interrompidos na maioria dos países devido à priorização das urgências e a redução do risco de disseminação do novo coronavírus nos serviços de saúde. O câncer de mama é a quarta principal causa de mortalidade por câncer em todo o mundo; no Brasil, excluído o câncer de pele não melanoma, ele é o mais incidente no país e em todas as Regiões brasileiras. É considerado um câncer de relativo bom prognóstico, quando diagnosticado e tratado precocemente aumentando as chances de cura e evitando que os pacientes evoluam para um cenário metastático. O presente estudo avaliou se houve mudanças, durante o período pandêmico, no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de mama atendidas em um serviço de referência de Recife-PE, comparando com o mesmo período do ano anterior. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, baseado em dados secundários extraídos dos prontuários médicos e sistema de informação hospitalar, de uma amostragem de 180 pacientes do sexo feminino, sendo 93 do grupo 1 (março de 2019 a fevereiro de 2020) e 87 do grupo 2 (março de 2020 a fevereiro de 2021) que foram diagnosticadas com câncer de mama primário em cada período. Foram analisadas as variáveis sociodemográficas; fatores de riscos modificáveis, genéticos e reprodutivos; variáveis clínicas dos tumores, como também o tipo de tratamento adotado e o valor faturado do tratamento quimioterápico inicial. Também foram avaliados intervalos de tempos desde o rastreamento até o diagnóstico e as associações com variáveis sociodemográficas e clínicas. Foram utilizados o teste exato de Fisher, Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney para análise dos resultados. Variáveis com p valor <0,05 foram consideradas significantes. Os resultados mostraram que os meses de maiores quedas no atendimento do ambulatório de mastologia e oncologia foram abril e maio de 2020, quando se iniciaram as medidas de restrições e isolamento, havendo retomada progressiva dos atendimentos a partir de junho. Em relação às características sociodemográficas, os dois grupos apresentaram perfis semelhantes, com idade média de 52,5 anos, a maioria das pacientes residiam na área metropolitana do Recife e tinham apenas o ensino fundamental. Quanto às características clínico-patológicas dos tumores, observamos diferenças significativas no subtipo molecular (p<0,01) sendo no grupo 1 o luminal B mais frequente (43,5%), seguido do triplo negativo (29,4%), enquanto no grupo 2 foram mais frequentes os subtipos receptores hormonais positivos, luminal B (67,5%) e luminal A (19,3%). A presença de metástase e estadiamento dos tumores também apresentaram diferenças significativas, tendo maior índice de envolvimento axilar e metástase à distância no grupo pandêmico, assim como os tumores com estadiamento mais avançados (3 e 4) do subtipo luminal B foram mais frequentes neste grupo. No que se refere ao tipo de tratamento indicado, tivemos diferenças significativas, sendo o tratamento paliativo mais frequente, assim como a quimioterapia paliativa foi a mais prescrita no grupo 2. Não houve diferenças significativas quanto aos intervalos de tempos analisados; no entanto, destacamos que um percentual elevado de pacientes ainda tem um diagnóstico e início de tratamento superior a 60 dias. O tempo de espera acima de 60 dias para o diagnóstico estavam associados às pacientes com baixa escolaridade. O estudo concluiu que apesar do Hospital de Referência não ter interrompido os atendimentos ambulatoriais
e de tratamento da clínica de mastologia e oncologia durante a pandemia, houve um aumento na frequência de tumores diagnosticados em estágios mais avançados necessitando de tratamentos mais longos e de caráter paliativo. Investigações futuras com grupo populacional maior e período mais prolongado são necessárias para avaliar o efeito da pandemia no câncer de mama nos anos seguintes. Torna-se evidente a necessidade de manter os programas de rastreamento em cenários desfavoráveis como em pandemias ou surtos infecciosos.
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A pandemia do coronavírus (covid-19) demandou medidas restritivas e reorganização temporária do sistema de saúde. Com isso, os atendimentos eletivos, incluindo o rastreamento de câncer, foram interrompidos na maioria dos países devido à priorização das urgências e a redução do risco de disseminação do novo coronavírus nos serviços de saúde. O câncer de mama é a quarta principal causa de mortalidade por câncer em todo o mundo; no Brasil, excluído o câncer de pele não melanoma, ele é o mais incidente no país e em todas as Regiões brasileiras. É considerado um câncer de relativo bom prognóstico, quando diagnosticado e tratado precocemente aumentando as chances de cura e evitando que os pacientes evoluam para um cenário metastático. O presente estudo avaliou se houve mudanças, durante o período pandêmico, no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de mama atendidas em um serviço de referência de Recife-PE, comparando com o mesmo período do ano anterior. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, baseado em dados secundários extraídos dos prontuários médicos e sistema de informação hospitalar, de uma amostragem de 180 pacientes do sexo feminino, sendo 93 do grupo 1 (março de 2019 a fevereiro de 2020) e 87 do grupo 2 (março de 2020 a fevereiro de 2021) que foram diagnosticadas com câncer de mama primário em cada período. Foram analisadas as variáveis sociodemográficas; fatores de riscos modificáveis, genéticos e reprodutivos; variáveis clínicas dos tumores, como também o tipo de tratamento adotado e o valor faturado do tratamento quimioterápico inicial. Também foram avaliados intervalos de tempos desde o rastreamento até o diagnóstico e as associações com variáveis sociodemográficas e clínicas. Foram utilizados o teste exato de Fisher, Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney para análise dos resultados. Variáveis com p valor <0,05 foram consideradas significantes. Os resultados mostraram que os meses de maiores quedas no atendimento do ambulatório de mastologia e oncologia foram abril e maio de 2020, quando se iniciaram as medidas de restrições e isolamento, havendo retomada progressiva dos atendimentos a partir de junho. Em relação às características sociodemográficas, os dois grupos apresentaram perfis semelhantes, com idade média de 52,5 anos, a maioria das pacientes residiam na área metropolitana do Recife e tinham apenas o ensino fundamental. Quanto às características clínico-patológicas dos tumores, observamos diferenças significativas no subtipo molecular (p<0,01) sendo no grupo 1 o luminal B mais frequente (43,5%), seguido do triplo negativo (29,4%), enquanto no grupo 2 foram mais frequentes os subtipos receptores hormonais positivos, luminal B (67,5%) e luminal A (19,3%). A presença de metástase e estadiamento dos tumores também apresentaram diferenças significativas, tendo maior índice de envolvimento axilar e metástase à distância no grupo pandêmico, assim como os tumores com estadiamento mais avançados (3 e 4) do subtipo luminal B foram mais frequentes neste grupo. No que se refere ao tipo de tratamento indicado, tivemos diferenças significativas, sendo o tratamento paliativo mais frequente, assim como a quimioterapia paliativa foi a mais prescrita no grupo 2. Não houve diferenças significativas quanto aos intervalos de tempos analisados; no entanto, destacamos que um percentual elevado de pacientes ainda tem um diagnóstico e início de tratamento superior a 60 dias. O tempo de espera acima de 60 dias para o diagnóstico estavam associados às pacientes com baixa escolaridade. O estudo concluiu que apesar do Hospital de Referência não ter interrompido os atendimentos ambulatoriais
e de tratamento da clínica de mastologia e oncologia durante a pandemia, houve um aumento na frequência de tumores diagnosticados em estágios mais avançados necessitando de tratamentos mais longos e de caráter paliativo. Investigações futuras com grupo populacional maior e período mais prolongado são necessárias para avaliar o efeito da pandemia no câncer de mama nos anos seguintes. Torna-se evidente a necessidade de manter os programas de rastreamento em cenários desfavoráveis como em pandemias ou surtos infecciosos.
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