Dissertações/Teses

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2025
Teses
1
  • RAFAELA CAVALCANTI LIRA
  • A judicialização enfrentada por pacientes em tratamento de câncer de próstata no Estado de Pernambuco

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
  • KAROLINE BELÉM SEIXAS
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • Data: 07/01/2025

  • Mostrar Resumo
  • A judicialização da saúde no Brasil é uma resposta às deficiências do sistema público de saúde, destacando as tensões entre a garantia dos direitos individuais e a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo focou na aplicação da teoria da reserva do possível em decisões judiciais sobre tratamentos de câncer de próstata em Pernambuco, analisando os impactos no acesso ao direito à saúde e na gestão de recursos públicos. O direito à saúde é uma garantia constitucional estabelecida pela Constituição de 1988, mas o SUS enfrenta desafios financeiros e administrativos para efetivar esse direito. A judicialização evidencia tanto a insuficiência das políticas públicas quanto o papel do Judiciário na garantia de direitos fundamentais. O estudo explorou os fundamentos jurídicos do direito à saúde e as implicações éticas e econômicas da judicialização. Utilizando uma abordagem qualitativa, foram analisadas decisões judiciais de 2019. A teoria da reserva do possível foi apresentada como um instrumento para equilibrar demandas individuais com os limites de recursos estatais, gerando debates éticos, jurídicos e práticos. Ao analisar 88 decisões judiciais em Pernambuco, constatou-se que 96% foram favoráveis aos demandantes, baseadas nos princípios da dignidade humana e do direito à vida. As decisões desfavoráveis ocorreram por falta de justificativas técnicas, comprovações financeiras e incompatibilidade dos tratamentos com as diretrizes do SUS, refletindo a aplicação implícita da teoria da reserva do possível. Os resultados evidenciam o compromisso do Judiciário em assegurar o direito à saúde, especialmente para pacientes vulneráveis socioeconomicamente, mas destacam a necessidade de maior rigor técnico e documental nas análises, garantindo decisões fundamentadas e sustentáveis. A ausência de previsões orçamentárias e os altos custos dos tratamentos representam desafios para a concessão de pedidos, reforçando a importância de alinhar decisões judiciais com a gestão responsável dos recursos públicos. O estudo ressaltou a complexa relação entre a proteção de direitos individuais e a sustentabilidade do SUS. Embora a teoria da reserva do possível seja relevante para equilibrar demandas, sua aplicação inadequada pode perpetuar desigualdades, especialmente em contextos de disparidades regionais e socioeconômicas. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário 566.471 foi considerada um marco ao estabelecer critérios mais rigorosos para a concessão judicial de medicamentos nãoincorporados ao SUS, exigindo evidências técnicas e científicas que respeitem os direitos dos pacientes e as limitações do Estado. Concluiu-se que a judicialização da saúde é essencial para corrigir desigualdades no acesso a tratamentos, mas deve ser acompanhada por políticas públicas inclusivas, gestão eficiente e maior articulação entre os Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. Recomenda-se fortalecer mecanismos técnicos como os Núcleos de Apoio Técnico do Judiciário (NATJUS) e promover políticas de saúde baseadas em evidências científicas para garantir que a judicialização não comprometa a equidade e a eficiência do sistema. Este trabalho contribui para o entendimento das interseções entre direito, saúde e gestão pública, oferecendo subsídios para um SUS mais sustentável e inclusivo. Ao equilibrar demandas individuais com a capacidade estatal, é possível avançar na garantia do direito à saúde sem comprometer a viabilidade do sistema público.


     

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  • A judicialização da saúde no Brasil é uma resposta às deficiências do sistema público de saúde, destacando as tensões entre a garantia dos direitos individuais e a sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS). Este estudo focou na aplicação da teoria da reserva do possível em decisões judiciais sobre tratamentos de câncer de próstata em Pernambuco, analisando os impactos no acesso ao direito à saúde e na gestão de recursos públicos. O direito à saúde é uma garantia constitucional estabelecida pela Constituição de 1988, mas o SUS enfrenta desafios financeiros e administrativos para efetivar esse direito. A judicialização evidencia tanto a insuficiência das políticas públicas quanto o papel do Judiciário na garantia de direitos fundamentais. O estudo explorou os fundamentos jurídicos do direito à saúde e as implicações éticas e econômicas da judicialização. Utilizando uma abordagem qualitativa, foram analisadas decisões judiciais de 2019. A teoria da reserva do possível foi apresentada como um instrumento para equilibrar demandas individuais com os limites de recursos estatais, gerando debates éticos, jurídicos e práticos. Ao analisar 88 decisões judiciais em Pernambuco, constatou-se que 96% foram favoráveis aos demandantes, baseadas nos princípios da dignidade humana e do direito à vida. As decisões desfavoráveis ocorreram por falta de justificativas técnicas, comprovações financeiras e incompatibilidade dos tratamentos com as diretrizes do SUS, refletindo a aplicação implícita da teoria da reserva do possível. Os resultados evidenciam o compromisso do Judiciário em assegurar o direito à saúde, especialmente para pacientes vulneráveis socioeconomicamente, mas destacam a necessidade de maior rigor técnico e documental nas análises, garantindo decisões fundamentadas e sustentáveis. A ausência de previsões orçamentárias e os altos custos dos tratamentos representam desafios para a concessão de pedidos, reforçando a importância de alinhar decisões judiciais com a gestão responsável dos recursos públicos. O estudo ressaltou a complexa relação entre a proteção de direitos individuais e a sustentabilidade do SUS. Embora a teoria da reserva do possível seja relevante para equilibrar demandas, sua aplicação inadequada pode perpetuar desigualdades, especialmente em contextos de disparidades regionais e socioeconômicas. A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no Recurso Extraordinário 566.471 foi considerada um marco ao estabelecer critérios mais rigorosos para a concessão judicial de medicamentos nãoincorporados ao SUS, exigindo evidências técnicas e científicas que respeitem os direitos dos pacientes e as limitações do Estado. Concluiu-se que a judicialização da saúde é essencial para corrigir desigualdades no acesso a tratamentos, mas deve ser acompanhada por políticas públicas inclusivas, gestão eficiente e maior articulação entre os Poderes Judiciário, Executivo e Legislativo. Recomenda-se fortalecer mecanismos técnicos como os Núcleos de Apoio Técnico do Judiciário (NATJUS) e promover políticas de saúde baseadas em evidências científicas para garantir que a judicialização não comprometa a equidade e a eficiência do sistema. Este trabalho contribui para o entendimento das interseções entre direito, saúde e gestão pública, oferecendo subsídios para um SUS mais sustentável e inclusivo. Ao equilibrar demandas individuais com a capacidade estatal, é possível avançar na garantia do direito à saúde sem comprometer a viabilidade do sistema público.


     
2
  • MACELLY DE MORAES PINHEIRO
  • Análise de Custo da Nutrição Parenteral Total na Clínica Cirúrgica de um Hospital de Referência do Nordeste Brasileiro

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRENO CALDAS DE ARAUJO
  • ISABELLA LUIZA RALPH DE OLIVEIRA
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAMELA RODRIGUES MARTINS LINS
  • Data: 27/03/2025

  • Mostrar Resumo
  • A Nutrição Parenteral é utilizada como alternativa terapêutica para pacientes
    que a nutrição por via oral ou enteral não é viável, é insuficiente ou
    contraindicada. Reconhecida como uma terapia de elevado custo e alto risco, a
    avaliação dos gastos associados à nutrição parenteral, bem como das
    modalidades de aquisição que podem ser por bolsa ou por mililitro, torna-se
    fundamental para auxiliar os gestores na administração eficiente dos recursos
    hospitalares. Esta tese teve como objetivo realizar uma análise o custo-
    minimização da Nutrição Parenteral utilizada em uma clínica cirúrgica de um
    hospital de referência do Nordeste. De caráter observacional do tipo transversal
    e retrospectivo, os dados foram provenientes das fichas de avaliação
    nutricional e prescrições diárias dos pacientes maiores de 18 anos que
    estavam internados na clínica cirúrgica, entre janeiro de 2019 a junho de 2022,
    que utilizaram em algum período do internamento e por pelo menos três dias a
    nutrição parenteral. Pacientes com fichas de acompanhamento incompletas,
    aqueles que utilizaram menos de três dias a nutrição parenteral ou aqueles
    sem dados correspondentes às variáveis estudadas foram excluídos. Os dados
    de custo foram obtidos através de busca ativa dos registros de preços dos
    processos licitatórios dos respectivos anos, publicados no Diário Oficial do
    Estado e sua comparação com o valor por mililitro da bolsa no volume
    correspondente. No período estudado 111 pacientes da clínica cirúrgica,
    utilizaram um equivalente a 1504 bolsas de nutrição parenteral. A oferta
    nutricional da nutrição parenteral mostrou-se dentro da adequação calórica e
    proteica, com gasto total de R$606.998,55 reais, tendo a forma de compra por
    mililitro menor custo e associação significativamente menor com o estado
    nutricional de desnutrição (p 0,024). Sendo assim, a nutrição parenteral mostra-
    se essencial para preservar ou restabelecer o estado nutricional desses
    pacientes, sendo a modalidade de compra por mililitro associada a uma melhor

    otimização dos custos hospitalares.


  • Mostrar Abstract
  • A Nutrição Parenteral é utilizada como alternativa terapêutica para pacientes
    que a nutrição por via oral ou enteral não é viável, é insuficiente ou
    contraindicada. Reconhecida como uma terapia de elevado custo e alto risco, a
    avaliação dos gastos associados à nutrição parenteral, bem como das
    modalidades de aquisição que podem ser por bolsa ou por mililitro, torna-se
    fundamental para auxiliar os gestores na administração eficiente dos recursos
    hospitalares. Esta tese teve como objetivo realizar uma análise o custo-
    minimização da Nutrição Parenteral utilizada em uma clínica cirúrgica de um
    hospital de referência do Nordeste. De caráter observacional do tipo transversal
    e retrospectivo, os dados foram provenientes das fichas de avaliação
    nutricional e prescrições diárias dos pacientes maiores de 18 anos que
    estavam internados na clínica cirúrgica, entre janeiro de 2019 a junho de 2022,
    que utilizaram em algum período do internamento e por pelo menos três dias a
    nutrição parenteral. Pacientes com fichas de acompanhamento incompletas,
    aqueles que utilizaram menos de três dias a nutrição parenteral ou aqueles
    sem dados correspondentes às variáveis estudadas foram excluídos. Os dados
    de custo foram obtidos através de busca ativa dos registros de preços dos
    processos licitatórios dos respectivos anos, publicados no Diário Oficial do
    Estado e sua comparação com o valor por mililitro da bolsa no volume
    correspondente. No período estudado 111 pacientes da clínica cirúrgica,
    utilizaram um equivalente a 1504 bolsas de nutrição parenteral. A oferta
    nutricional da nutrição parenteral mostrou-se dentro da adequação calórica e
    proteica, com gasto total de R$606.998,55 reais, tendo a forma de compra por
    mililitro menor custo e associação significativamente menor com o estado
    nutricional de desnutrição (p 0,024). Sendo assim, a nutrição parenteral mostra-
    se essencial para preservar ou restabelecer o estado nutricional desses
    pacientes, sendo a modalidade de compra por mililitro associada a uma melhor

    otimização dos custos hospitalares.

3
  • LUCIENE NEVES VIEIRA DE MELO
  • FATORES EXPLICATIVOS NA SOBREVIDA POR CANCER NO BRASIL

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AMANDA PINHEIRO DE BARROS ALBUQUERQUE
  • MARCELO RAMOS TEJO SALGADO
  • MARIA CRISTINA FALCAO RAPOSO
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • NORMA LUCENA CAVALCANTI LICINIO DA SILVA
  • Data: 30/06/2025

  • Mostrar Resumo
  • O Congresso Nacional decretou a Lei Nº 12.732, de 22 de novembro de
    2012, sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e
    estabelece prazo para seu início. O paciente com neoplasia maligna tem direito de se
    submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), no prazo de até 60
    (sessenta) dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico com laudo
    patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada
    em prontuário único. Após a implantação desta lei, que institui o tratamento mais
    precoce para os pacientes com diagnóstico de câncer, há de se esperar uma melhora na
    sobrevida de pacientes com câncer. Objetivo: Esse estudo tem por objetivo avaliar os
    possíveis fatores explicativos na sobrevida por câncer no Brasil, considerando a Lei
    Federal nº 12.732, 2012. Método: Trata-se de uma pesquisa com utilização de dados
    secundários. A população de estudo foram os pacientes portadores de câncer no Brasil
    no período de 2000 a 2019. Os dados de sobrevida das neoplasias malignas,
    relacionados as características sociodemográficas, foram coletados do banco público do
    IRH populacional do Instituto Nacional do Câncer entre 2000 a 2019. As neoplasias
    malignas foram classificadas segundo a Classificação Internacional de Doença na 10ª
    revisão. Resultados: Uma chance de quase três vezes a menos do sexo feminino de não
    morrer das neoplasias malignas do que o sexo masculino. A raça branca apresenta uma
    chance em torno de duas vezes maior de sobrevida global comparando com a raça não
    branca. O paciente com um baixo risco de recidiva tem quatorze vezes mais chance de
    sobrevida global do que os de alto risco de recidiva. Conclusão: A pesquisa gerou
    informações que permitiu avaliar diversos fatores explicativos na sobrevida dos
    pacientes portadores de neoplasias malignas, permitindo assim orientar medidas, que
    atuem de forma mais ativa e precoce no cumprimento da Lei Nº 12.732, de 22 de
    novembro de 2012.

     


  • Mostrar Abstract
  • O Congresso Nacional decretou a Lei Nº 12.732, de 22 de novembro de
    2012, sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e
    estabelece prazo para seu início. O paciente com neoplasia maligna tem direito de se
    submeter ao primeiro tratamento no Sistema Único de Saúde (SUS), no prazo de até 60
    (sessenta) dias contados a partir do dia em que for firmado o diagnóstico com laudo
    patológico ou em prazo menor, conforme a necessidade terapêutica do caso registrada
    em prontuário único. Após a implantação desta lei, que institui o tratamento mais
    precoce para os pacientes com diagnóstico de câncer, há de se esperar uma melhora na
    sobrevida de pacientes com câncer. Objetivo: Esse estudo tem por objetivo avaliar os
    possíveis fatores explicativos na sobrevida por câncer no Brasil, considerando a Lei
    Federal nº 12.732, 2012. Método: Trata-se de uma pesquisa com utilização de dados
    secundários. A população de estudo foram os pacientes portadores de câncer no Brasil
    no período de 2000 a 2019. Os dados de sobrevida das neoplasias malignas,
    relacionados as características sociodemográficas, foram coletados do banco público do
    IRH populacional do Instituto Nacional do Câncer entre 2000 a 2019. As neoplasias
    malignas foram classificadas segundo a Classificação Internacional de Doença na 10ª
    revisão. Resultados: Uma chance de quase três vezes a menos do sexo feminino de não
    morrer das neoplasias malignas do que o sexo masculino. A raça branca apresenta uma
    chance em torno de duas vezes maior de sobrevida global comparando com a raça não
    branca. O paciente com um baixo risco de recidiva tem quatorze vezes mais chance de
    sobrevida global do que os de alto risco de recidiva. Conclusão: A pesquisa gerou
    informações que permitiu avaliar diversos fatores explicativos na sobrevida dos
    pacientes portadores de neoplasias malignas, permitindo assim orientar medidas, que
    atuem de forma mais ativa e precoce no cumprimento da Lei Nº 12.732, de 22 de
    novembro de 2012.

     

2024
Dissertações
1
  • LUCIANA TAVARES DE SOUTO
  • DISPOSITIVOS MÉDICOS IMPLANTÁVEIS: UMA ANÁLISE DE ASPECTOS
     ECONÔMICOS RELACIONADOS À SUA AQUISIÇÃO POR INSTITUIÇÕES  PÚBLICAS FEDERAIS

  • Orientador : FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERTON NUNES DA SILVA
  • FABIO HENRIQUE CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • Data: 23/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • O envelhecimento da população ao redor do mundo contribuiu para o aumento da
    prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e, consequentemente, da utilização de
    dispositivos médicos implantáveis, popularmente conhecidos no meio hospitalar brasileiro
    por OPME – que são órteses, próteses e materiais especiais. Tais dispositivos têm peso
    significativo nos custos dos procedimentos cirúrgicos, dado os seus altos preços, sendo
    geralmente importados ou fabricados com matéria-prima importada. Considerando a
    escassez de estudos sobre as compras públicas desses dispositivos e a relevância deles tanto
    do ponto de vista terapêutico quanto orçamentário, este trabalho tem por objetivo analisar
    aspectos econômicos relacionados à aquisição de dispositivos médicos implantáveis por
    instituições públicas federais no período de 2019 a 2022. Realizou-se um estudo
    quantitativo, descritivo e exploratório com duas abordagens. A primeira foi uma análise da
    aplicação do princípio da economicidade às aquisições de dispositivos médicos implantáveis
    por hospitais universitários federais (HUFs) entre 2019 e 2022. A segunda foi uma análise
    comparativa entre os preços praticados nas compras de instituições federais e os valores de
    ressarcimento definidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para um conjunto de
    dispositivos médicos implantáveis em 2022. Os dados de aquisição desses produtos foram
    extraídos do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e os valores de
    ressarcimento obtidos do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e
    OPME do SUS (SIGTAP), conhecida como Tabela SUS. Os principais resultados do estudo realizado
    considerando a primeira abordagem são os que seguem: i) houve variação importante nos preços de
    aquisição pelos HUFs de alguns dispositivos médicos, por região geográfica, em um mesmo ano; ii) a
    maioria das aquisições foi feita pelos HUFs a preços iguais ou maiores que o menor preço praticado
    em compra realizada por hospital universitário de sua região; e iii) o indicador de economicidade nas
    compras do conjunto dos doze dispositivos médicos analisados variou acentuadamente na região
    Nordeste, em relação à variação observada nas outras regiões, nos anos da pandemia da Covid-19
    (2020-2022). Quanto aos resultados da segunda abordagem, foram os seguintes: i) os valores de
    ressarcimento constantes da Tabela SUS, para a maioria dos dispositivos médicos implantáveis
    analisados, não foram suficientes para cobrir os preços de aquisição desses produtos por órgãos
    federais, que são, basicamente, hospitais vinculados ao Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e
    Ministério da Educação; e ii) os valores de ressarcimento se mostraram mais defasados no caso dos 

    filtros intravasculares e próteses cardíacas. Em conclusão, os resultados deste trabalho apontam para a

    necessidade de implantação de medidas pelo governo federal que promovam a economicidade nas
    aquisições de dispositivos médicos implantáveis pelos HUFs, paralelamente à revisão de valores de
    ressarcimento da Tabela SUS para alguns desses dispositivos.


  • Mostrar Abstract
  • O envelhecimento da população ao redor do mundo contribuiu para o aumento da
    prevalência de doenças crônicas não transmissíveis e, consequentemente, da utilização de
    dispositivos médicos implantáveis, popularmente conhecidos no meio hospitalar brasileiro
    por OPME – que são órteses, próteses e materiais especiais. Tais dispositivos têm peso
    significativo nos custos dos procedimentos cirúrgicos, dado os seus altos preços, sendo
    geralmente importados ou fabricados com matéria-prima importada. Considerando a
    escassez de estudos sobre as compras públicas desses dispositivos e a relevância deles tanto
    do ponto de vista terapêutico quanto orçamentário, este trabalho tem por objetivo analisar
    aspectos econômicos relacionados à aquisição de dispositivos médicos implantáveis por
    instituições públicas federais no período de 2019 a 2022. Realizou-se um estudo
    quantitativo, descritivo e exploratório com duas abordagens. A primeira foi uma análise da
    aplicação do princípio da economicidade às aquisições de dispositivos médicos implantáveis
    por hospitais universitários federais (HUFs) entre 2019 e 2022. A segunda foi uma análise
    comparativa entre os preços praticados nas compras de instituições federais e os valores de
    ressarcimento definidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para um conjunto de
    dispositivos médicos implantáveis em 2022. Os dados de aquisição desses produtos foram
    extraídos do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (SIASG) e os valores de
    ressarcimento obtidos do Sistema de Gerenciamento da Tabela de Procedimentos, Medicamentos e
    OPME do SUS (SIGTAP), conhecida como Tabela SUS. Os principais resultados do estudo realizado
    considerando a primeira abordagem são os que seguem: i) houve variação importante nos preços de
    aquisição pelos HUFs de alguns dispositivos médicos, por região geográfica, em um mesmo ano; ii) a
    maioria das aquisições foi feita pelos HUFs a preços iguais ou maiores que o menor preço praticado
    em compra realizada por hospital universitário de sua região; e iii) o indicador de economicidade nas
    compras do conjunto dos doze dispositivos médicos analisados variou acentuadamente na região
    Nordeste, em relação à variação observada nas outras regiões, nos anos da pandemia da Covid-19
    (2020-2022). Quanto aos resultados da segunda abordagem, foram os seguintes: i) os valores de
    ressarcimento constantes da Tabela SUS, para a maioria dos dispositivos médicos implantáveis
    analisados, não foram suficientes para cobrir os preços de aquisição desses produtos por órgãos
    federais, que são, basicamente, hospitais vinculados ao Ministério da Saúde, Ministério da Defesa e
    Ministério da Educação; e ii) os valores de ressarcimento se mostraram mais defasados no caso dos 

    filtros intravasculares e próteses cardíacas. Em conclusão, os resultados deste trabalho apontam para a

    necessidade de implantação de medidas pelo governo federal que promovam a economicidade nas
    aquisições de dispositivos médicos implantáveis pelos HUFs, paralelamente à revisão de valores de
    ressarcimento da Tabela SUS para alguns desses dispositivos.

2
  • FLÁVIA JACQUELINE OLIVEIRA DA SILVA
  • FINANCIAMENTO DOS HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS FEDERAIS PELA UNIÃO NO BRASIL (2018 - 2022)

  • Orientador : FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • EVERTON NUNES DA SILVA
  • ROBERTA DE SOUZA PEREIRA DA SILVA RAMOS
  • Data: 26/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • Os Hospitais Universitários Federais (HUFs) são unidades dedicadas à formação de recursos
    humanos na área da saúde, vinculadas a instituições federais de ensino superior no Brasil, que
    realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como de assistência à saúde para o
    Sistema Único de Saúde (SUS). Considerando a relevância desses hospitais para a formação
    profissional e para a prestação de serviços especializados no SUS, assim como a escassez de
    estudos sobre a alocação de recursos financeiros para sua manutenção, realizou-se este estudo
    com o objetivo de discutir o modelo atual de financiamento dos HUFs no período de 2018 a
    2022. Foi realizada uma análise da execução orçamentário-financeira dos 51 HUFs,
    utilizando-se dados obtidos do sistema Siga Brasil, que é mantido pelo Senado Federal.
    Foram identificadas as unidades gestoras (UGs) e unidades orçamentárias (UOs) vinculadas
    aos HUFs nos relatórios de execução do orçamento do Ministério da Saúde (MS) e do
    Ministério da Educação (MEC). Foram obtidos os valores empenhados, liquidados e pagos,
    assim como as despesas por subfunções e grupos de natureza de despesa. Verificou-se que,
    entre 2018 e 2022, a despesa total média dos 51 HUFs foi de R$ 16,0 bilhões, sendo de R$
    13,2 bilhões o gasto médio dos filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
    (Ebserh). Atividades assistenciais representaram 87,7% dos gastos em 2022, sendo o MEC o
    principal financiador dos hospitais, com participação média de 83,9% no seu financiamento
    entre 2018 e 2022. As despesas empenhadas pelos HUFs, a partir de subfunções, mostram que
    a subfunção 302 - Assistência hospitalar e ambulatorial apresentou uma participação média de
    execução de 82,6% dos valores empenhados em cada ano. Em contrapartida, as subfunções
    364 - Ensino superior e 128 – Formação de recursos humanos, que também apresentam uma
    relação direta com o objeto social dos HUFs, obtiveram apenas 3,09% e 0,04%,
    respectivamente, dos valores empenhados em 2022. Não houve grandes variações na
    participação dos gastos entre hospitais filiados e não filiados à Ebserh quanto às despesas com
    pessoal e outras despesas correntes. Contudo, a participação das despesas de capital
    (investimentos) no total das despesas foi ligeiramente maior para os HUFs vinculados à
    Ebserh entre 2018 e 2022. No geral, houve estabilidade nas despesas dos HUFs no período
    analisado, com pouca variação nos anos do auge da pandemia da Covid-19 (2019-2021). Em
    conclusão, o estudo mostra que o MEC é o responsável principal pelo financiamento dos
    HUFs e que a assistência à saúde absorve a maioria dos recursos, levantando preocupações
    sobre possível insuficiência do financiamento das atividades de ensino e pesquisa, bem como
    para a modernização dessas unidades. A constância observada na despesa desses hospitais
    pode ter sido influenciada pelo ajuste realizado com a implantação do Novo Regime Fiscal,
    que passou a vigorar em 2017, por meio do qual se estabeleceu um teto de gastos para as
    despesas primárias da União. A implementação de políticas para garantir a sustentabilidade
    financeira e a efetividade dessas instituições no cenário do sistema de saúde e educacional
    brasileiro se faz necessária.


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  • Os Hospitais Universitários Federais (HUFs) são unidades dedicadas à formação de recursos
    humanos na área da saúde, vinculadas a instituições federais de ensino superior no Brasil, que
    realizam atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como de assistência à saúde para o
    Sistema Único de Saúde (SUS). Considerando a relevância desses hospitais para a formação
    profissional e para a prestação de serviços especializados no SUS, assim como a escassez de
    estudos sobre a alocação de recursos financeiros para sua manutenção, realizou-se este estudo
    com o objetivo de discutir o modelo atual de financiamento dos HUFs no período de 2018 a
    2022. Foi realizada uma análise da execução orçamentário-financeira dos 51 HUFs,
    utilizando-se dados obtidos do sistema Siga Brasil, que é mantido pelo Senado Federal.
    Foram identificadas as unidades gestoras (UGs) e unidades orçamentárias (UOs) vinculadas
    aos HUFs nos relatórios de execução do orçamento do Ministério da Saúde (MS) e do
    Ministério da Educação (MEC). Foram obtidos os valores empenhados, liquidados e pagos,
    assim como as despesas por subfunções e grupos de natureza de despesa. Verificou-se que,
    entre 2018 e 2022, a despesa total média dos 51 HUFs foi de R$ 16,0 bilhões, sendo de R$
    13,2 bilhões o gasto médio dos filiados à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares
    (Ebserh). Atividades assistenciais representaram 87,7% dos gastos em 2022, sendo o MEC o
    principal financiador dos hospitais, com participação média de 83,9% no seu financiamento
    entre 2018 e 2022. As despesas empenhadas pelos HUFs, a partir de subfunções, mostram que
    a subfunção 302 - Assistência hospitalar e ambulatorial apresentou uma participação média de
    execução de 82,6% dos valores empenhados em cada ano. Em contrapartida, as subfunções
    364 - Ensino superior e 128 – Formação de recursos humanos, que também apresentam uma
    relação direta com o objeto social dos HUFs, obtiveram apenas 3,09% e 0,04%,
    respectivamente, dos valores empenhados em 2022. Não houve grandes variações na
    participação dos gastos entre hospitais filiados e não filiados à Ebserh quanto às despesas com
    pessoal e outras despesas correntes. Contudo, a participação das despesas de capital
    (investimentos) no total das despesas foi ligeiramente maior para os HUFs vinculados à
    Ebserh entre 2018 e 2022. No geral, houve estabilidade nas despesas dos HUFs no período
    analisado, com pouca variação nos anos do auge da pandemia da Covid-19 (2019-2021). Em
    conclusão, o estudo mostra que o MEC é o responsável principal pelo financiamento dos
    HUFs e que a assistência à saúde absorve a maioria dos recursos, levantando preocupações
    sobre possível insuficiência do financiamento das atividades de ensino e pesquisa, bem como
    para a modernização dessas unidades. A constância observada na despesa desses hospitais
    pode ter sido influenciada pelo ajuste realizado com a implantação do Novo Regime Fiscal,
    que passou a vigorar em 2017, por meio do qual se estabeleceu um teto de gastos para as
    despesas primárias da União. A implementação de políticas para garantir a sustentabilidade
    financeira e a efetividade dessas instituições no cenário do sistema de saúde e educacional
    brasileiro se faz necessária.

3
  • ALBERTO JOSE LOPES DE MENDONCA
  • GANHOS DE EFICIÊNCIA COM A IMPLANTAÇÃO DO PARECER REFERENCIAL NA REDUÇÃO DO TEMPO DE TRAMITAÇÃO DO PROCESSO LICITATÓRIO: O CASO DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

  • Orientador : JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • DAVID RICARDO COLACO BEZERRA
  • FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • PAULO GLICIO DA ROCHA
  • Data: 26/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • O funcionamento dos órgãos públicos depende da realização de licitações para
    selecionar os fornecedores dos bens e serviços que atenderão à sociedade, isso está
    previsto na legislação em vigor no Brasil. Mas, geralmente, o prazo para a conclusão
    de um certame não é rápido e, em alguns casos, compromete o funcionamento das
    instituições. Nesse sentido, uma iniciativa da Ebserh flexibilizou a análise
    individualizada dos processos licitatórios pelo setor jurídico para aquisição de bens
    comuns por pregão eletrônico. Essa mudança no fluxo do processo foi possível com a
    implementação do parecer referencial. Dessa forma, o presente trabalho foi elaborado
    para avaliar o impacto da implementação do parecer referencial no processo de
    compras públicas de um hospital universitário, com vistas a identificar suas possíveis
    melhorias efetivas e suas eventuais dificuldades e prejuízos relacionados à ausência
    da análise jurídica. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza documental.
    Foram utilizados dados das planilhas internas de acompanhamento dos pregões
    eletrônicos que ocorreram entre os anos de 2017 e 2022, ao todo 819 processos
    avaliados. A partir desse conjunto de informações foi gerado um banco de dados com
    algumas variáveis de análise. Os resultados encontrados revelam o quanto é
    demorado o andamento do processo licitatório no órgão estudado. O tempo médio de
    conclusão de um processo é de 246 dias. Contudo, ao selecionar os processos que
    continham parecer jurídico, o prazo foi ainda maior, em média 265 dias. Esse prazo foi
    reduzido para 191 dias com a implementação do parecer referencial no órgão a partir
    de 2021. Apesar do ganho de eficiência com o parecer referencial (74 dias), medido
    por meio de regressão linear, a taxa de insucesso dos itens nas licitações com parecer
    jurídico foi de 16,7% e com o parecer referencial subiu para 27,2%. Utilizou-se,
    suplementarmente, de um questionário para avaliar a percepção dos servidores do
    órgão em relação ao parecer referencial. Reconhece-se a maior agilidade do
    processo, mas 44,4% dos entrevistados, responderam que a legalidade administrativa
    dos processos licitatórios foi prejudicada. Além disso, foi identificada uma carência de
    capacitações dos agentes públicos e a influência de outros fatores que interferem no
    tempo de duração dos processos. É imprescindível que a gestão hospitalar monitore a
    utilização do parecer referencial e promova uma avaliação das condições de
    governança. A discussão deve ser ampliada para outros hospitais da rede Ebserh.


  • Mostrar Abstract
  • O funcionamento dos órgãos públicos depende da realização de licitações para
    selecionar os fornecedores dos bens e serviços que atenderão à sociedade, isso está
    previsto na legislação em vigor no Brasil. Mas, geralmente, o prazo para a conclusão
    de um certame não é rápido e, em alguns casos, compromete o funcionamento das
    instituições. Nesse sentido, uma iniciativa da Ebserh flexibilizou a análise
    individualizada dos processos licitatórios pelo setor jurídico para aquisição de bens
    comuns por pregão eletrônico. Essa mudança no fluxo do processo foi possível com a
    implementação do parecer referencial. Dessa forma, o presente trabalho foi elaborado
    para avaliar o impacto da implementação do parecer referencial no processo de
    compras públicas de um hospital universitário, com vistas a identificar suas possíveis
    melhorias efetivas e suas eventuais dificuldades e prejuízos relacionados à ausência
    da análise jurídica. Trata-se de uma pesquisa descritiva, de natureza documental.
    Foram utilizados dados das planilhas internas de acompanhamento dos pregões
    eletrônicos que ocorreram entre os anos de 2017 e 2022, ao todo 819 processos
    avaliados. A partir desse conjunto de informações foi gerado um banco de dados com
    algumas variáveis de análise. Os resultados encontrados revelam o quanto é
    demorado o andamento do processo licitatório no órgão estudado. O tempo médio de
    conclusão de um processo é de 246 dias. Contudo, ao selecionar os processos que
    continham parecer jurídico, o prazo foi ainda maior, em média 265 dias. Esse prazo foi
    reduzido para 191 dias com a implementação do parecer referencial no órgão a partir
    de 2021. Apesar do ganho de eficiência com o parecer referencial (74 dias), medido
    por meio de regressão linear, a taxa de insucesso dos itens nas licitações com parecer
    jurídico foi de 16,7% e com o parecer referencial subiu para 27,2%. Utilizou-se,
    suplementarmente, de um questionário para avaliar a percepção dos servidores do
    órgão em relação ao parecer referencial. Reconhece-se a maior agilidade do
    processo, mas 44,4% dos entrevistados, responderam que a legalidade administrativa
    dos processos licitatórios foi prejudicada. Além disso, foi identificada uma carência de
    capacitações dos agentes públicos e a influência de outros fatores que interferem no
    tempo de duração dos processos. É imprescindível que a gestão hospitalar monitore a
    utilização do parecer referencial e promova uma avaliação das condições de
    governança. A discussão deve ser ampliada para outros hospitais da rede Ebserh.

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  • DILMA MARIA DA SILVA DIAS
  • ESTRUTURA FAMILIAR E CUIDADOS COM A SAÚDE DA CRIANÇA: UMA ANÁLISE EMPÍRICA PARA O BRASIL

  • Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELIANE MARIA MEDEIROS LEAL
  • ELLEN CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • Data: 01/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • O conhecimento da influência das diferentes estruturas familiares no cuidado
    com a saúde das crianças é um tema relevante e complexo. A estrutura familiar
    desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e saúde das crianças, e
    compreende como diferentes arranjos familiares podem fornecer insights importantes
    para a criação de ambientes saudáveis e apoio ao crescimento das crianças. Este estudo
    tem como objetivo verificar se as estruturas familiares, sejam elas biparentais ou
    monoparentais, com chefe de ambos os gêneros, influenciam o cuidado com a saúde
    dessas crianças. É essencial considerar o contexto socioeconômico e cultural em que as
    diferentes estruturas familiares estão incorporadas, uma vez que fatores como renda,
    acesso a recursos, apoio social e cultural pode influenciar significativamente o cuidado
    com a saúde das crianças, desta forma, além da estrutura familiar, foi observado número
    de indivíduos adultos e crianças com até doze anos, localização, renda, raça e
    escolaridade dos chefes dessas famílias. Os resultados mostram que famílias biparentais
    tendem a oferecer uma melhor atenção à saúde do que as monoparentais,
    independentemente do gênero do líder familiar. Observou-se que famílias biparentais
    apresentam resultados mais favoráveis em consultas de rotina e uso de serviços de saúde
    nos últimos 12 meses. Isso destaca a importância do arranjo familiar,
    independentemente do gênero do líder, na promoção do cuidado à saúde infantil,
    corroborando achados de pesquisas anteriores sobre a influência do nível educacional
    nesse contexto.


  • Mostrar Abstract
  • O conhecimento da influência das diferentes estruturas familiares no cuidado
    com a saúde das crianças é um tema relevante e complexo. A estrutura familiar
    desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e saúde das crianças, e
    compreende como diferentes arranjos familiares podem fornecer insights importantes
    para a criação de ambientes saudáveis e apoio ao crescimento das crianças. Este estudo
    tem como objetivo verificar se as estruturas familiares, sejam elas biparentais ou
    monoparentais, com chefe de ambos os gêneros, influenciam o cuidado com a saúde
    dessas crianças. É essencial considerar o contexto socioeconômico e cultural em que as
    diferentes estruturas familiares estão incorporadas, uma vez que fatores como renda,
    acesso a recursos, apoio social e cultural pode influenciar significativamente o cuidado
    com a saúde das crianças, desta forma, além da estrutura familiar, foi observado número
    de indivíduos adultos e crianças com até doze anos, localização, renda, raça e
    escolaridade dos chefes dessas famílias. Os resultados mostram que famílias biparentais
    tendem a oferecer uma melhor atenção à saúde do que as monoparentais,
    independentemente do gênero do líder familiar. Observou-se que famílias biparentais
    apresentam resultados mais favoráveis em consultas de rotina e uso de serviços de saúde
    nos últimos 12 meses. Isso destaca a importância do arranjo familiar,
    independentemente do gênero do líder, na promoção do cuidado à saúde infantil,
    corroborando achados de pesquisas anteriores sobre a influência do nível educacional
    nesse contexto.

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  • ADEMILTON DE FREITAS SANTOS
  • ANÁLISE DE CUSTOS DE UM LABORATÓRIO DE PATOLOGIA ORAL E SEU IMPACTO PARA O SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE: um estudo de caso

  • Orientador : ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA PAULA VERAS
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • ELAINE JUDITE DE AMORIM CARVALHO
  • Data: 11/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • A contabilidade de custos desempenha um papel fundamental na gestão das atividades de
    saúde, especialmente no laboratório de patologia oral, um importante centro de diagnóstico
    de doenças em cabeça e pescoço. Esta pesquisa investigou os custos fixos, variáveis, diretos e
    indiretos do Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco,
    utilizando dados públicos de infraestrutura, compras e finanças para avaliar seu impacto
    financeiro, especificamente em relação ao subsídio da tabela SUS. Os resultados indicaram
    um déficit de receita nas parcerias baseadas na tabela SUS ou valores de mercado, pois são
    insuficientes para cobrir os custos totais, evidenciando a necessidade de um gerenciamento de
    custos eficaz. Além disso, a metodologia do custeio por absorção revelou que os valores
    pagos pelo SUS ou pelo mercado atual não cobrem o custo unitário dos exames
    histopatológicos. Embora seja a primeira análise de custos no laboratório, destacou-se a
    importância de um registro e controle rigorosos dos dados, bem como a implementação de
    um sistema de informação de custos, servindo como referência para o desenvolvimento de
    um sistema de custos na instituição, contribuindo para análises gerenciais e aprimoramento
    do processo de gestão. Recomenda-se que as metodologias de apuração de custos sejam
    utilizadas como modelo para investigações periódicas dos custos laboratoriais, visando
    aprimorar ferramentas contábeis e promover tomadas de decisões eficazes, pois, estes dados
    são cruciais para fortalecer a gestão eficiente dos serviços públicos de saúde.


  • Mostrar Abstract
  • A contabilidade de custos desempenha um papel fundamental na gestão das atividades de
    saúde, especialmente no laboratório de patologia oral, um importante centro de diagnóstico
    de doenças em cabeça e pescoço. Esta pesquisa investigou os custos fixos, variáveis, diretos e
    indiretos do Laboratório de Patologia Oral da Universidade Federal de Pernambuco,
    utilizando dados públicos de infraestrutura, compras e finanças para avaliar seu impacto
    financeiro, especificamente em relação ao subsídio da tabela SUS. Os resultados indicaram
    um déficit de receita nas parcerias baseadas na tabela SUS ou valores de mercado, pois são
    insuficientes para cobrir os custos totais, evidenciando a necessidade de um gerenciamento de
    custos eficaz. Além disso, a metodologia do custeio por absorção revelou que os valores
    pagos pelo SUS ou pelo mercado atual não cobrem o custo unitário dos exames
    histopatológicos. Embora seja a primeira análise de custos no laboratório, destacou-se a
    importância de um registro e controle rigorosos dos dados, bem como a implementação de
    um sistema de informação de custos, servindo como referência para o desenvolvimento de
    um sistema de custos na instituição, contribuindo para análises gerenciais e aprimoramento
    do processo de gestão. Recomenda-se que as metodologias de apuração de custos sejam
    utilizadas como modelo para investigações periódicas dos custos laboratoriais, visando
    aprimorar ferramentas contábeis e promover tomadas de decisões eficazes, pois, estes dados
    são cruciais para fortalecer a gestão eficiente dos serviços públicos de saúde.

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  • MIKAELLA CAVALCANTE FERREIRA
  • IMPACTO DA PRESCRIÇÃO INFORMATIZADA NA UNIDADE DE TRATAMENTO AO QUEIMADO DE UM HOSPITAL DE   ALTA COMPLEXIDADE: UMA ANÁLISE COMPARATIVA DE CUSTOS

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ERIKA DA SILVA BEZERRA DE MENEZES
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 12/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • As queimaduras são uma lesão resultante da ação do calor exagerado sobre o tecido orgânico. A prescrição médica hospitalar do paciente queimado é extensa e tem por fim a reposição proteica e de eletrólitos, sedoanalgesia e outros medicamentos de suporte. A implantação de prescrições informatizadas é uma medida capaz de reduzir os erros de medicação e eventos adversos, haja vista que eliminam a dificuldade de entendimento de letras ilegíveis presentes em prescrições manuais, com isso, diminui os gastos com medicamentos. Este estudo transversal levantou e avaliou os custos das prescrições médicas hospitalares antes e após o processo de informatização e verificou se houve benefícios financeiros a instituição de estudo. Foram selecionadas 200 prescrições, 100 do tipo manual e 100 do tipo informatizada colhidas de forma aleatória. Os pacientes componentes da amostra foram agrupados e as características como sexo, idade, grau da queimadura, agente etiológico, tempo de permanência hospitalar, motivação e desfecho clínico foram analisados conforme medidas de frequência. Os custos foram avaliados através de relatórios gerados na plataforma CEOS ALCLOG, que reúne o preço médio dos medicamentos adquiridos através de diversas modalidades de licitação financiados pelo SUS. Para essas avaliações comparativas aplicou-se o teste não paramétrico U de Mann-Whitney para avaliar a hipótese nula de que não há diferenças significativas entre os grupos para as variáveis envolvidas.Com o objetivo de avaliar se o custo total por prescrição sofreu influência de fatores externos, construiu-se um modelo de regressão múltiplo utilizando como variável dependente o custo total e como preditoras as variáveis sexo, idade, tempo de internação, tipo de queimadura, desfecho clínico, causas, grau e motivação das queimaduras. Os dados epidemiológicos revelaram que o sexo feminino foi mais frequente nos casos de queimadura, as principais causas das queimaduras estiveram atreladas em sua maior parte aos acidentes, em seguida, vieram os casos de autoextermínio, a queimadura de segundo grau foi mais prevalente neste estudo, com o intervalo de idade de 51-60 anos e alta hospitalar como desfecho clínico. Ao comparar as prescrições manuais e informatizadas, notou-se que as prescrições informatizadas reduziram significativamente a quantidade de medicamentos diferentes bem como a quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e o custo total das prescrições médicas (p-valor < 0,05). Ao avaliar a influências de fatores externos na variável dependente (custo das prescrições) variáveis com P-valor < 0,05 foram consideradas significantes e desta forma foi observado que as prescrições informatizadas apresentam em média um custo R$ 24,88 menor do que as manuais. Além disso, em comparação com as prescrições em que houve queimadura por explosão, notam-se em média, reduções de custo de R$123,09 nos casos de escaldadura, R$ 103,37 nos casos de eletricidade e R$ 100,68 nos casos de queimaduras por chamas. A pesquisa concluiu que a inclusão de prescrições informatizadas no Setor de Queimados provocou impacto significativo na redução da variabilidade de medicamentos, bem como na quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e no custo total prescrições. A aplicação do modelo de regressão múltipla reuniu variáveis preditoras do custo total e identificou que além do tipo de prescrição, algumas motivações foram consideradas significativas para aplicar o comportamento do custo total, esses resultados, sugerem que de fato, essas variáveis contribuem com o custo final das prescrições.


  • Mostrar Abstract
  • As queimaduras são uma lesão resultante da ação do calor exagerado sobre o tecido orgânico. A prescrição médica hospitalar do paciente queimado é extensa e tem por fim a reposição proteica e de eletrólitos, sedoanalgesia e outros medicamentos de suporte. A implantação de prescrições informatizadas é uma medida capaz de reduzir os erros de medicação e eventos adversos, haja vista que eliminam a dificuldade de entendimento de letras ilegíveis presentes em prescrições manuais, com isso, diminui os gastos com medicamentos. Este estudo transversal levantou e avaliou os custos das prescrições médicas hospitalares antes e após o processo de informatização e verificou se houve benefícios financeiros a instituição de estudo. Foram selecionadas 200 prescrições, 100 do tipo manual e 100 do tipo informatizada colhidas de forma aleatória. Os pacientes componentes da amostra foram agrupados e as características como sexo, idade, grau da queimadura, agente etiológico, tempo de permanência hospitalar, motivação e desfecho clínico foram analisados conforme medidas de frequência. Os custos foram avaliados através de relatórios gerados na plataforma CEOS ALCLOG, que reúne o preço médio dos medicamentos adquiridos através de diversas modalidades de licitação financiados pelo SUS. Para essas avaliações comparativas aplicou-se o teste não paramétrico U de Mann-Whitney para avaliar a hipótese nula de que não há diferenças significativas entre os grupos para as variáveis envolvidas.Com o objetivo de avaliar se o custo total por prescrição sofreu influência de fatores externos, construiu-se um modelo de regressão múltiplo utilizando como variável dependente o custo total e como preditoras as variáveis sexo, idade, tempo de internação, tipo de queimadura, desfecho clínico, causas, grau e motivação das queimaduras. Os dados epidemiológicos revelaram que o sexo feminino foi mais frequente nos casos de queimadura, as principais causas das queimaduras estiveram atreladas em sua maior parte aos acidentes, em seguida, vieram os casos de autoextermínio, a queimadura de segundo grau foi mais prevalente neste estudo, com o intervalo de idade de 51-60 anos e alta hospitalar como desfecho clínico. Ao comparar as prescrições manuais e informatizadas, notou-se que as prescrições informatizadas reduziram significativamente a quantidade de medicamentos diferentes bem como a quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e o custo total das prescrições médicas (p-valor < 0,05). Ao avaliar a influências de fatores externos na variável dependente (custo das prescrições) variáveis com P-valor < 0,05 foram consideradas significantes e desta forma foi observado que as prescrições informatizadas apresentam em média um custo R$ 24,88 menor do que as manuais. Além disso, em comparação com as prescrições em que houve queimadura por explosão, notam-se em média, reduções de custo de R$123,09 nos casos de escaldadura, R$ 103,37 nos casos de eletricidade e R$ 100,68 nos casos de queimaduras por chamas. A pesquisa concluiu que a inclusão de prescrições informatizadas no Setor de Queimados provocou impacto significativo na redução da variabilidade de medicamentos, bem como na quantidade total de medicamentos prescritos ao dia e no custo total prescrições. A aplicação do modelo de regressão múltipla reuniu variáveis preditoras do custo total e identificou que além do tipo de prescrição, algumas motivações foram consideradas significativas para aplicar o comportamento do custo total, esses resultados, sugerem que de fato, essas variáveis contribuem com o custo final das prescrições.

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  • LAISA DARLEM DA SILVA NASCIMENTO
  • ANÁLISE ESTATÍSTICA DA REINSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO DE TRANSPLANTADOS DE FÍGADO   ACOMPANHADOS EM UMA UNIDADE DE  TRANSPLANTE HEPÁTICO DO ESTADO DE PERNAMBUCO ENTRE  2012 E 2021

  • Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FILIPE CARRILHO DE AGUIAR
  • PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
  • TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • Data: 15/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • O transplante de fígado pioneiro no mundo ocorreu em 1º de Março de 1963. O transplante hepático só deverá ser indicado quando estiverem esgotados os métodos terapêuticos convencionais, sendo a probabilidade de sobrevida e a qualidade de vida maiores com a realização do procedimento. Nesta perspectiva, a pesquisa objetiva analisar estatística e econometricamente a reinserção no mercado de trabalho de pacientes pós-transplante hepático acompanhados em uma Unidade de Transplante de Fígado do Estado de Pernambuco que realizaram o procedimento entre 2012 e 2021. Realizou-se um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, na Unidade de Transplante de Fígado (UTF) / Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Para análise dos dados coletados foi utilizada a técnica estatística Diff-in-Diff. O estudo concluiu que o Transplante Hepático reduziu em 20% as chances de empregabilidade dos pacientes acompanhados na Unidade de Transplante de Fígado do HUOC, apesar do aumento da sobrevida dos pacientes após o procedimento, visto que eles chegam a alcançar uma melhoria de vida significativa, a ponto de tentarem se reinserir no mercado de trabalho. O estudo propõe a necessidade de haver um incentivo às empresas em contratarem os doentes hepáticos após o transplante, na perspectiva de proporcioná-los mais dignidade, diminuindo a situação de miséria e vulnerabilidade a que alguns são submetidos, por, muitas vezes, não conseguirem acesso a benefícios sociais, mesmo em face de sua condição clínica de saúde.


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  • O transplante de fígado pioneiro no mundo ocorreu em 1º de Março de 1963. O transplante hepático só deverá ser indicado quando estiverem esgotados os métodos terapêuticos convencionais, sendo a probabilidade de sobrevida e a qualidade de vida maiores com a realização do procedimento. Nesta perspectiva, a pesquisa objetiva analisar estatística e econometricamente a reinserção no mercado de trabalho de pacientes pós-transplante hepático acompanhados em uma Unidade de Transplante de Fígado do Estado de Pernambuco que realizaram o procedimento entre 2012 e 2021. Realizou-se um estudo descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, na Unidade de Transplante de Fígado (UTF) / Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC). Para análise dos dados coletados foi utilizada a técnica estatística Diff-in-Diff. O estudo concluiu que o Transplante Hepático reduziu em 20% as chances de empregabilidade dos pacientes acompanhados na Unidade de Transplante de Fígado do HUOC, apesar do aumento da sobrevida dos pacientes após o procedimento, visto que eles chegam a alcançar uma melhoria de vida significativa, a ponto de tentarem se reinserir no mercado de trabalho. O estudo propõe a necessidade de haver um incentivo às empresas em contratarem os doentes hepáticos após o transplante, na perspectiva de proporcioná-los mais dignidade, diminuindo a situação de miséria e vulnerabilidade a que alguns são submetidos, por, muitas vezes, não conseguirem acesso a benefícios sociais, mesmo em face de sua condição clínica de saúde.

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  • WÁLYSSA CHEIZA FERNANDES SANTOS
  • ANÁLISE DE CUSTOS DOS PROCEDIMENTOS DE PARTO VAGINAL E CESÁREA EM UM HOSPITAL DE ALTO RISCO DE PERNAMBUCO 

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BÁRBARA DE OLIVEIRA SILVA
  • FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
  • ROBERTA DE SOUZA PEREIRA DA SILVA RAMOS
  • Data: 28/03/2024

  • Mostrar Resumo
  • O conhecimento de informações de qualidade sobre controle de custos financeiros acerca de procedimentos como tipos de partos, é de fundamental importância para que os gestores do Sistema Único de Saúde tomem medidas que possam melhorar o processo de assistência às parturientes. Desta forma este estudo objetiva analisar os custos de procedimentos de parto vaginal e cesárea em um hospital de alto risco de Pernambuco entre os anos de 2019 e 2020. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, retrospectivo, de avaliação econômica e viabilidade financeira, conduzido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). Utilizando o método de custeio por absorção, a pesquisa envolveu coleta de dados documental, entrevistas e consultas ao DATASUS. Foram analisados indicadores sociodemográficos e financeiros, com ênfase na comparação entre custos hospitalares diretos e repasses do SUS. Os dados foram processados via Microsoft Excel e SPSS, garantindo precisão e confiabilidade na análise estatística, sob aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do HC-UFPE. Verificou-se que um total de 4006 partos foram realizados na instituição de saúde do estudo entre 2019 e 2020, com maior frequência de idade na faixa de 18 a 34 anos, abrangendo 75,87% e 74,21% para os partos vaginais e cesáreos, respectivamente. Constatou-se que 41.51% dos partos foram vaginais enquanto os partos cesáreos representaram cerca de 58.49% do total, com aumento de 21,6% das cesarianas de 2019 para 2020 (período da pandemia de COVID-19). Em 2019, o custo total do parto vaginal foi de R$ 37.900,00, enquanto o custo total para o parto cesáreo alcançou R$ 234.895,50. Em 2020, esses números aumentaram significativamente durante a pandemia de COVID-19, com o parto normal custando R$ 50.888,15 e o cesáreo R$ 411.603,69. Os custos médios tanto para partos vaginais quanto para cesáreos permaneceram substancialmente inferiores aos valores financiados pelo SUS, quando comparados apenas aos custos diretos. Assim, este estudo verificou um aumento nos custos dos partos, especialmente cesáreas, com leve aumento no período pandêmico, evidenciando desafios financeiros e operacionais. A gestão eficiente foi demonstrada pela diferença entre os custos hospitalares e os repasses do Sistema Único de Saúde. As descobertas realçam a importância de estratégias focadas na otimização de recursos e melhorias na saúde materna.


  • Mostrar Abstract
  • O conhecimento de informações de qualidade sobre controle de custos financeiros acerca de procedimentos como tipos de partos, é de fundamental importância para que os gestores do Sistema Único de Saúde tomem medidas que possam melhorar o processo de assistência às parturientes. Desta forma este estudo objetiva analisar os custos de procedimentos de parto vaginal e cesárea em um hospital de alto risco de Pernambuco entre os anos de 2019 e 2020. Trata-se de um estudo exploratório descritivo, retrospectivo, de avaliação econômica e viabilidade financeira, conduzido no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC-UFPE). Utilizando o método de custeio por absorção, a pesquisa envolveu coleta de dados documental, entrevistas e consultas ao DATASUS. Foram analisados indicadores sociodemográficos e financeiros, com ênfase na comparação entre custos hospitalares diretos e repasses do SUS. Os dados foram processados via Microsoft Excel e SPSS, garantindo precisão e confiabilidade na análise estatística, sob aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa do HC-UFPE. Verificou-se que um total de 4006 partos foram realizados na instituição de saúde do estudo entre 2019 e 2020, com maior frequência de idade na faixa de 18 a 34 anos, abrangendo 75,87% e 74,21% para os partos vaginais e cesáreos, respectivamente. Constatou-se que 41.51% dos partos foram vaginais enquanto os partos cesáreos representaram cerca de 58.49% do total, com aumento de 21,6% das cesarianas de 2019 para 2020 (período da pandemia de COVID-19). Em 2019, o custo total do parto vaginal foi de R$ 37.900,00, enquanto o custo total para o parto cesáreo alcançou R$ 234.895,50. Em 2020, esses números aumentaram significativamente durante a pandemia de COVID-19, com o parto normal custando R$ 50.888,15 e o cesáreo R$ 411.603,69. Os custos médios tanto para partos vaginais quanto para cesáreos permaneceram substancialmente inferiores aos valores financiados pelo SUS, quando comparados apenas aos custos diretos. Assim, este estudo verificou um aumento nos custos dos partos, especialmente cesáreas, com leve aumento no período pandêmico, evidenciando desafios financeiros e operacionais. A gestão eficiente foi demonstrada pela diferença entre os custos hospitalares e os repasses do Sistema Único de Saúde. As descobertas realçam a importância de estratégias focadas na otimização de recursos e melhorias na saúde materna.

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  • FELIPE MESQUITA DA SILVA
  • ANÁLISE DE CUSTOS COM PLANTÕES EXTRAS E QUALIDADE ASSISTENCIAL DEVIDO ABSENTEÍSMO NA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA UTI DE UM HOSPITAL PÚBLICO DA REGIÃO METROPOLITANA DO RECIFE.

  • Orientador : UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES
  • Data: 04/04/2024

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    Introdução: O absenteísmo pode ser definido como a ausência ao local de trabalho por um funcionário previamente escalado para trabalhar e na enfermagem, esse tipo de ocorrência é considerado um problema bastante complexo. No Brasil, no ano de 2019, o impacto financeiro para uma instituição de saúde no estado do Rio de Janeiro, em relação ao adicional de plantão hospitalar (plantão extra) pela falta do profissional de enfermagem ao serviço foi de R$ 431.625,60. Objetivo: analisar os custos com plantões extras e avaliar a qualidade da assistência de enfermagem, decorrentes do absenteísmo Metodologia: estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada na UTI do Hospital Miguel Arraes (HMA), situado no Município do Paulista-PE. A população do estudo foi composta por profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem) ativos, lotados na UTI, em todos os turnos de trabalho. A coleta de dados foi realizada entre setembro e outubro de 2023. As informações foram retrospectivas, referente aos meses de janeiro a dezembro de 2022. Resultados: A maior parte dos profissionais de enfermagem são do gênero feminino, com faixa etária entre 31 a 40 anos. Em relação ao absenteísmo, foram identificados 712 episódios de faltas na equipe técnica e 201 episódios entre os enfermeiros. O número total 429 plantões extras e/ou dobras de plantões. O custo total para a unidade referente a necessidade desses plantões foi R$ 120.258,38 durante o ano de 2022. Discussão: o absenteísmo feminino está diretamente atrelado a prática da profissão de enfermagem, na qual têm um número maior de profissionais mulheres. Os dados da pesquisa de Grejo et al., (2022), demonstram que, independentemente do sexo, a maior frequência de afastamentos foi registrada na faixa etária de 31 a 40 anos, contribuindo com a pesquisa atual. Conclusão: O absenteísmo é um problema que tem consequências como o custo elevado para a organização, a sobrecarga de trabalho, insatisfação dos colaboradores assíduos e a queda na qualidade da assistência de enfermagem.


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    Introdução: O absenteísmo pode ser definido como a ausência ao local de trabalho por um funcionário previamente escalado para trabalhar e na enfermagem, esse tipo de ocorrência é considerado um problema bastante complexo. No Brasil, no ano de 2019, o impacto financeiro para uma instituição de saúde no estado do Rio de Janeiro, em relação ao adicional de plantão hospitalar (plantão extra) pela falta do profissional de enfermagem ao serviço foi de R$ 431.625,60. Objetivo: analisar os custos com plantões extras e avaliar a qualidade da assistência de enfermagem, decorrentes do absenteísmo Metodologia: estudo descritivo, retrospectivo e com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada na UTI do Hospital Miguel Arraes (HMA), situado no Município do Paulista-PE. A população do estudo foi composta por profissionais de enfermagem (enfermeiros e técnicos de enfermagem) ativos, lotados na UTI, em todos os turnos de trabalho. A coleta de dados foi realizada entre setembro e outubro de 2023. As informações foram retrospectivas, referente aos meses de janeiro a dezembro de 2022. Resultados: A maior parte dos profissionais de enfermagem são do gênero feminino, com faixa etária entre 31 a 40 anos. Em relação ao absenteísmo, foram identificados 712 episódios de faltas na equipe técnica e 201 episódios entre os enfermeiros. O número total 429 plantões extras e/ou dobras de plantões. O custo total para a unidade referente a necessidade desses plantões foi R$ 120.258,38 durante o ano de 2022. Discussão: o absenteísmo feminino está diretamente atrelado a prática da profissão de enfermagem, na qual têm um número maior de profissionais mulheres. Os dados da pesquisa de Grejo et al., (2022), demonstram que, independentemente do sexo, a maior frequência de afastamentos foi registrada na faixa etária de 31 a 40 anos, contribuindo com a pesquisa atual. Conclusão: O absenteísmo é um problema que tem consequências como o custo elevado para a organização, a sobrecarga de trabalho, insatisfação dos colaboradores assíduos e a queda na qualidade da assistência de enfermagem.

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  • MARIA CLARA MELO DE SOUZA
  • ANALISANDO OS INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO DA SAÚDE DOS MUNICÍPIOS DA VI REGIONAL DE SAÚDE DE PERNAMBUCO

  • Orientador : PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • JOSE RODOLFO MENDONCA DE LUCENA
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • WILLIANS EMANUEL DA SILVA MELO
  • Data: 26/04/2024

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  • O planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma função gestora classificada como requisito legal e um mecanismo para assegurar os princípios constitucionais do SUS. Para isso, o Plano de Saúde (PS), a Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG) são considerados instrumentos obrigatórios, básicos e norteadores do processo de planejamento. Assim, o presente estudo objetiva analisar os instrumentos de planejamento da saúde elaborados pelas secretarias municipais de saúde dos municípios da VI Regional de Saúde de Pernambuco do ciclo 2018-2021. Para tanto, foi realizada uma análise da estrutura mínima dos PS e PAS a partir de um checklist com os itens que devem constituí-los conforme as normativas do SUS. Em seguida foi analisada a coerência interna do PS e o alcance das metas anuais estabelecidas para o setor saúde em cada município através dos RAGs. Como resultados, foi possível observar que a prática de construção dos instrumentos de planejamento na região estudada está aquém do potencial da mesma, visto que faltam elementos-chave na estrutura de 79,6% dos instrumentos. Em relação aos PS, nenhum deles é considerado totalmente coerente em todos os eixos da análise e 87% dos RAG’s demonstram que a execução total das metas traçadas pelo setor saúde não foi realizada. Visando a melhoria do cenário encontrado, são apresentadas proposições que contribuam para a elaboração dos instrumentos de planejamento do SUS


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  • O planejamento no Sistema Único de Saúde (SUS) é uma função gestora classificada como requisito legal e um mecanismo para assegurar os princípios constitucionais do SUS. Para isso, o Plano de Saúde (PS), a Programação Anual de Saúde (PAS) e o Relatório Anual de Gestão (RAG) são considerados instrumentos obrigatórios, básicos e norteadores do processo de planejamento. Assim, o presente estudo objetiva analisar os instrumentos de planejamento da saúde elaborados pelas secretarias municipais de saúde dos municípios da VI Regional de Saúde de Pernambuco do ciclo 2018-2021. Para tanto, foi realizada uma análise da estrutura mínima dos PS e PAS a partir de um checklist com os itens que devem constituí-los conforme as normativas do SUS. Em seguida foi analisada a coerência interna do PS e o alcance das metas anuais estabelecidas para o setor saúde em cada município através dos RAGs. Como resultados, foi possível observar que a prática de construção dos instrumentos de planejamento na região estudada está aquém do potencial da mesma, visto que faltam elementos-chave na estrutura de 79,6% dos instrumentos. Em relação aos PS, nenhum deles é considerado totalmente coerente em todos os eixos da análise e 87% dos RAG’s demonstram que a execução total das metas traçadas pelo setor saúde não foi realizada. Visando a melhoria do cenário encontrado, são apresentadas proposições que contribuam para a elaboração dos instrumentos de planejamento do SUS

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  • ANDREA PAULA DOURADO VASCONCELOS
  • Avaliação da Eficiência da Teleconsulta de Enfermagem: Pré-exames de Colonoscopias em um Hospital Universitário

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • CLAUDINALLE FARIAS QUEIROZ DE SOUZA
  • MARIANA LUIZA DE OLIVEIRA SANTOS RAMOS
  • Data: 30/04/2024

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  • A colonoscopia é um exame utilizado para o rastreamento e a
    prevenção do câncer colorretal, considerado o exame padrão-ouro mundial
    para investigação desses casos. No Brasil, o câncer colorretal está como o
    terceiro tipo de câncer mais prevalente entre os homens e o segundo entre as
    mulheres. Com a preparação inadequada, o exame torna-se mais demorado,
    maior risco de complicações, atrasando o diagnóstico e impedindo uma
    terapêutica adequada, levando, a uma remarcação, e incremento da carga de
    trabalho e do custo com a assistência à saúde. O uso da Telenfermagem no
    Setor de Endoscopia, garante benefícios tanto para os pacientes quanto para a
    instituição. Objetivo: Avaliar a eficiência da Telenfermagem nas orientações
    dos pacientes que serão submetidos a colonoscopia no Hospital das Clínicas
    da Universidade Federal de Pernambuco. Método: Trata-se de uma pesquisa
    descritiva com abordagem quantitativa, que teve como participantes 164
    pacientes que realizaram o exame de colonoscopia. Destes, foram analisados
    dois grupos, um deles orientado de forma presencial (grupo 1) e outro por
    teleconsulta ( grupo 2). A partir da avaliação da qualidade do preparo nos dois
    grupos, foi verificado se a suficiência das informações repassadas por
    telenfermagem, garantiram o entendimento por parte do paciente, e foram
    analisados estatisticamente, através da tabulação dos dados em planilha do
    Microsoft Excel e por meio do programa Statistical Package for the Social
    Sciences (SPSS). Resultados: A qualidade do preparo do cólon no grupo 1 foi
    considerada boa (59,96 %), ruim (25,3%) e inadequada (15,2%) e não
    apareceu nenhum exame com a qualidade excelente. Já o grupo 2 mostrou-se
    boa (64,4%), ruim (18,6 %) e (10,2%) inadequada, mostrando também a
    qualidade do preparo como excelente em (6,8 %). Conclusão: Foi verificado
    no estudo, a excelência nos exames do grupo orientado por telenfermagem,
    mostrando que foi significativo o uso desta modalidade para os serviços de
    saúde nas orientações dos exames.


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  • Colonoscopy is an exam used for screening and prevention of colorectal cancer, considered the global gold standard test to investigate these cases. In Brazil, colorectal cancer is the third most prevalent type of cancer among men and the second among women women. With inadequate preparation, the exam becomes longer, greater risk of complications, delaying diagnosis and preventing a adequate therapy, leading to a rescheduling and an increase in the burden of work and health care costs. The use of Telenursing in Endoscopy sector, guarantees benefits for both patients and the institution. Objective: Evaluate the efficiency of Telenursing in guidelines of patients who will undergo colonoscopy at Hospital das Clínicas from the Federal University of Pernambuco. Method: This is a survey descriptive with a quantitative approach, which had 164 participants patients who underwent colonoscopy examination. Of these, we analyzed two groups, one of them guided in person (group 1) and the other by teleconsultation (group 2). Based on the evaluation of the quality of preparation in both groups, it was verified whether the sufficiency of the information passed on by telenursing, ensured understanding on the part of the patient, and were statistically analyzed, through data tabulation in a spreadsheet Microsoft Excel and through the Statistical Package for the Social program Sciences (SPSS). Results: The quality of colon preparation in group 1 was considered good (59.96%), bad (25.3%) and inadequate (15.2%) and not No exam appeared with excellent quality. Group 2, on the other hand, showed good (64.4%), bad (18.6%) and (10.2%) inadequate, also showing the quality of preparation as excellent in (6.8%). Conclusion: It has been verified in the study, excellence in the exams of the group guided by telenursing, showing that the use of this modality for health services was significant. health in exam guidelines.
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  • WAGNER DE LIMA CORDEIRO
  • PROGRAMA NACIONAL DE GESTÃO DE CUSTOS EM HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS - EBSERH: CARACTERÍSTICAS E ESTRATÉGIAS PARA IMPLANTAÇÃO

  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • EVERTON NUNES DA SILVA
  • JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
  • UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • Data: 07/05/2024

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  • O Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC) foi criado pelo
    Ministério da Saúde do Brasil, com o objetivo de promover a gestão de custos na
    saúde pública, adotando o método de custeio por absorção. Mesmo sendo uma
    ferramenta gratuita, dos 41 hospitais integrantes da Empresa Brasileira de Serviços
    Hospitalares (EBSERH), apenas 11 haviam efetivado a sua adesão ao PNGC até
    agosto de 2022. Objetivo: Analisar os fatores que interferem na adesão ao Programa
    Nacional de Gestão de Custos nos Hospitais da rede EBSERH. Metodologia: Estudo
    descritivo e exploratório de campo de abordagem qualitativa (análise de conteúdo) a
    partir das respostas obtidas de 33 dos 38 chefes dos setores de contabilidade
    (SCONT) no âmbito da EBSERH. Foi utilizada a plataforma Microsoft Forms, onde o
    instrumento de coleta dos dados foi disponibilizado no período de 11 de setembro de
    2023 a 13 de outubro de 2023. Resultados: 87,9% dos respondentes são chefes
    titulares do respectivo setor, 81,8% estão há mais de um ano na função, 75,8%
    possuem como titulação máxima especialização. 42,42% declararam que o hospital ao
    qual estão vinculados aderiu voluntariamente ao PNGC, enquanto 57,58% declararam
    a não adesão voluntária. As principais dificuldades relatadas quando da adesão
    voluntária ao PNGC foram relacionadas à falta de dados precisos e confiáveis, à
    necessidade de recursos financeiros e operacionais, ao próprio ApuraSUS e ao PNGC
    e à resistência à mudança organizacional. Os principais resultados relatados após a
    adesão ao PNGC estão relacionados à melhoria da qualidade dos serviços prestados,
    ao aumento da eficiência operacional, à tomada de decisão embasada em dados e à
    sustentabilidade financeira do hospital universitário. Conclusão: Para estimular a
    adesão ao PNGC, sugerimos medidas que envolvam: divulgação e treinamento,
    melhorias na ferramenta, implementação de incentivos e premiações e
    institucionalização do PNGC.


  • Mostrar Abstract
  • O Programa Nacional de Gestão de Custos (PNGC) foi criado pelo
    Ministério da Saúde do Brasil, com o objetivo de promover a gestão de custos na
    saúde pública, adotando o método de custeio por absorção. Mesmo sendo uma
    ferramenta gratuita, dos 41 hospitais integrantes da Empresa Brasileira de Serviços
    Hospitalares (EBSERH), apenas 11 haviam efetivado a sua adesão ao PNGC até
    agosto de 2022. Objetivo: Analisar os fatores que interferem na adesão ao Programa
    Nacional de Gestão de Custos nos Hospitais da rede EBSERH. Metodologia: Estudo
    descritivo e exploratório de campo de abordagem qualitativa (análise de conteúdo) a
    partir das respostas obtidas de 33 dos 38 chefes dos setores de contabilidade
    (SCONT) no âmbito da EBSERH. Foi utilizada a plataforma Microsoft Forms, onde o
    instrumento de coleta dos dados foi disponibilizado no período de 11 de setembro de
    2023 a 13 de outubro de 2023. Resultados: 87,9% dos respondentes são chefes
    titulares do respectivo setor, 81,8% estão há mais de um ano na função, 75,8%
    possuem como titulação máxima especialização. 42,42% declararam que o hospital ao
    qual estão vinculados aderiu voluntariamente ao PNGC, enquanto 57,58% declararam
    a não adesão voluntária. As principais dificuldades relatadas quando da adesão
    voluntária ao PNGC foram relacionadas à falta de dados precisos e confiáveis, à
    necessidade de recursos financeiros e operacionais, ao próprio ApuraSUS e ao PNGC
    e à resistência à mudança organizacional. Os principais resultados relatados após a
    adesão ao PNGC estão relacionados à melhoria da qualidade dos serviços prestados,
    ao aumento da eficiência operacional, à tomada de decisão embasada em dados e à
    sustentabilidade financeira do hospital universitário. Conclusão: Para estimular a
    adesão ao PNGC, sugerimos medidas que envolvam: divulgação e treinamento,
    melhorias na ferramenta, implementação de incentivos e premiações e
    institucionalização do PNGC.

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  • NADJA LAUREANO DE SOUZA SOARES
  • ANÁLISE DO PROCESSO DE MONITORAMENTO DOS INDICADORES DE DESEMPENHO HOSPITALAR DE LEITOS EM UMA MATERNIDADE REFERÊNCIA DE ALTO RISCO EM PERNAMBUCO

  • Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CINTHIA MARTINS MENINO DINIZ
  • RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
  • ROSIELLE COSTA DE BRITO
  • Data: 30/05/2024

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  • A superlotação das maternidades de alto risco é um dos fatores que leva a assistência
    inadequada às usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e um desafio aos gestores. O processo
    de monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos indica os pontos de
    represamento no itinerário da gestante desde a admissão até a alta hospitalar, colabora no
    planejamento de estratégias para a obtenção de melhores indicadores, investimentos
    tecnológicos e inovação em saúde. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de
    monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos em uma maternidade de
    referência em gestação de alto risco na Macrorregião I de Pernambuco, utilizando o estudo
    transversal, analítico e prospectivo no Hospital das Clínicas de Pernambuco, maternidade
    inserida no SUS como referência em Alto Risco, no Centro obstétrico, 9º Norte e Núcleo
    Interno de Regulação (NIR). A população da pesquisa foi composta por pacientes admitidas no
    serviço de obstetrícia para assistência ao parto ou ao puerpério imediato. A amostra foi
    constituída por todas as pacientes admitidas no período da pesquisa que estavam com o tempo
    de permanência maior que 2 dias no Centro Obstétrico e superior a 3 dias no 9º Norte,
    totalizando 200 pacientes entrevistadas entre 13/11/2023 e 11/02/2024. Realizado Testes de
    Normalidade Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk das respostas das entrevistadas, Teste de
    Correlação de Spearman e de Regressão entre dias de internação da mulher e diversas variáveis,
    além do teste Exato de Fisher, Teste Qui-quadrado e o Teste não paramétrico de Mann-Whitney
    para comparar médias com as duas categorias independentes. No período do estudo, a Média de
    Paciente-Dia do COB foi de 14,4 pacientes, Taxa de Ocupação Global e a Taxa de Ocupação
    Operacional de 127,53%. A Média de Paciente-Dia do 9º Norte foi de 18,4 pacientes, Taxa de
    ocupação Global e Taxa de Ocupação Operacional de 102, 91%.


  • Mostrar Abstract
  • A superlotação das maternidades de alto risco é um dos fatores que leva a assistência
    inadequada às usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS) e um desafio aos gestores. O processo
    de monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos indica os pontos de
    represamento no itinerário da gestante desde a admissão até a alta hospitalar, colabora no
    planejamento de estratégias para a obtenção de melhores indicadores, investimentos
    tecnológicos e inovação em saúde. O objetivo desta pesquisa foi analisar o processo de
    monitoramento dos indicadores de desempenho hospitalar de leitos em uma maternidade de
    referência em gestação de alto risco na Macrorregião I de Pernambuco, utilizando o estudo
    transversal, analítico e prospectivo no Hospital das Clínicas de Pernambuco, maternidade
    inserida no SUS como referência em Alto Risco, no Centro obstétrico, 9º Norte e Núcleo
    Interno de Regulação (NIR). A população da pesquisa foi composta por pacientes admitidas no
    serviço de obstetrícia para assistência ao parto ou ao puerpério imediato. A amostra foi
    constituída por todas as pacientes admitidas no período da pesquisa que estavam com o tempo
    de permanência maior que 2 dias no Centro Obstétrico e superior a 3 dias no 9º Norte,
    totalizando 200 pacientes entrevistadas entre 13/11/2023 e 11/02/2024. Realizado Testes de
    Normalidade Kolmogorov-Smirnov e Shapiro-Wilk das respostas das entrevistadas, Teste de
    Correlação de Spearman e de Regressão entre dias de internação da mulher e diversas variáveis,
    além do teste Exato de Fisher, Teste Qui-quadrado e o Teste não paramétrico de Mann-Whitney
    para comparar médias com as duas categorias independentes. No período do estudo, a Média de
    Paciente-Dia do COB foi de 14,4 pacientes, Taxa de Ocupação Global e a Taxa de Ocupação
    Operacional de 127,53%. A Média de Paciente-Dia do 9º Norte foi de 18,4 pacientes, Taxa de
    ocupação Global e Taxa de Ocupação Operacional de 102, 91%.

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  • GILMARA GOMES DE ARARUNA
  • CÂNCER DE COLO UTERINO EM PERNAMBUCO: EVIDENCIAS SOBRE RASTREAMENTO E MORTALIDADE ENTRE O PERÍODO PRÉ COVID19 E PANDÊMICO

  • Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • CARLOTA QUINTAL
  • CRISTIANE SOARES DE MESQUITA
  • Data: 05/07/2024

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  • Considerado um grande problema de saúde pública, o câncer do colo do útero (CCU) é a quarta neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras. Atualmente, o Programa Previne Brasil (PPB), modelo vigente de financiamento da Atenção Primária a Saúde (APS), busca alinhar o financiamento com metas quantitativas e qualitativas, dentre elas encontra-se o indicador de desempenho relacionados às coberturas de exames citopatológicos do CCU em mulheres de 24 a 65 ano. O PPB foi implantado no início de 2020, quando no Brasil foi confirmado o primeiro caso de Covid-19. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do PPB e da pandemia de Covid-19 no rastreamento do CCU em Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa tipo transversal e retrospectiva, utilizando dados obtidos em fonte secundária, realizada no Estado de Pernambuco, com informações referentes ao período de 2014 a 2022. Com base nos resultados encontrados, fica evidente que o período pandêmico teve um impacto significativo no rastreamento de CCU em Pernambuco, com a redução no número de exames de Papanicolau, sendo a  queda mais acentuada no ano de 2020 (em torno de 37,5%). A partir de 2021 houve um aumento na realização dos exames (cerca de 33%, comparado ao volume de exames de 2020), que pode ser justificado pela flexibilização das medidas restritivas, pela  maior cobertura vacinal para Covid-19, como também pela mudança do financiamento da APS. A trajetória de impacto do PPB sobre a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos em Pernambuco, analisada através do modelo de diferenças em diferenças (Diff-in-Diff), indicam um efeito crescente do PPB na redução da mortalidade por câncer do colo do útero ao longo dos três anos analisados. A diminuição contínua e significativa da taxa de mortalidade sugere que o programa tem sido eficaz em seus objetivos, especialmente em comparação com os efeitos iniciais do programa anterior ao PPB; os municípios que já tinham uma boa cobertura da Atenção Primária, com 100% de adesão ao programa de financiamento anterior, após a mudança para o PPB, apresentaram uma menor mortalidade por CCU. Conclui-se que o PPB requer monitoramento e ajustes contínuos, ressaltando a relevância de fortalecer a APS, assim como, investimentos são necessários para garantia de um cuidado universal, integral e equânime de acordo com as necessidades do usuário no território. 


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  • Considerado um grande problema de saúde pública, o câncer do colo do útero (CCU) é a quarta neoplasia mais comum entre as mulheres brasileiras. Atualmente, o Programa Previne Brasil (PPB), modelo vigente de financiamento da Atenção Primária a Saúde (APS), busca alinhar o financiamento com metas quantitativas e qualitativas, dentre elas encontra-se o indicador de desempenho relacionados às coberturas de exames citopatológicos do CCU em mulheres de 24 a 65 ano. O PPB foi implantado no início de 2020, quando no Brasil foi confirmado o primeiro caso de Covid-19. Nesse sentido, o objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do PPB e da pandemia de Covid-19 no rastreamento do CCU em Pernambuco. Trata-se de uma pesquisa tipo transversal e retrospectiva, utilizando dados obtidos em fonte secundária, realizada no Estado de Pernambuco, com informações referentes ao período de 2014 a 2022. Com base nos resultados encontrados, fica evidente que o período pandêmico teve um impacto significativo no rastreamento de CCU em Pernambuco, com a redução no número de exames de Papanicolau, sendo a  queda mais acentuada no ano de 2020 (em torno de 37,5%). A partir de 2021 houve um aumento na realização dos exames (cerca de 33%, comparado ao volume de exames de 2020), que pode ser justificado pela flexibilização das medidas restritivas, pela  maior cobertura vacinal para Covid-19, como também pela mudança do financiamento da APS. A trajetória de impacto do PPB sobre a taxa de mortalidade por câncer do colo do útero em mulheres de 25 a 64 anos em Pernambuco, analisada através do modelo de diferenças em diferenças (Diff-in-Diff), indicam um efeito crescente do PPB na redução da mortalidade por câncer do colo do útero ao longo dos três anos analisados. A diminuição contínua e significativa da taxa de mortalidade sugere que o programa tem sido eficaz em seus objetivos, especialmente em comparação com os efeitos iniciais do programa anterior ao PPB; os municípios que já tinham uma boa cobertura da Atenção Primária, com 100% de adesão ao programa de financiamento anterior, após a mudança para o PPB, apresentaram uma menor mortalidade por CCU. Conclui-se que o PPB requer monitoramento e ajustes contínuos, ressaltando a relevância de fortalecer a APS, assim como, investimentos são necessários para garantia de um cuidado universal, integral e equânime de acordo com as necessidades do usuário no território. 

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  • ANA PAULA FERREIRA MARQUES DE ARAUJO
  • AVALIAÇÃO DOS CUSTOS DOS EXAMES DE ENDOSCOPIA DIGESTIVA
    ALTA E COLONOSCOPIA DIAGNÓSTICA DO SERVIÇO DE ENDOSCOPIA
    DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACQUELINE AUGUSTA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
  • MARIANA LUIZA DE OLIVEIRA SANTOS RAMOS
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 07/08/2024

  • Mostrar Resumo
  • Os exames de endoscopia digestiva alta (EDA) e de colonoscopia
    possibilitam a investigação de doenças no trato gastrointestinal, especialmente
    relacionados ao câncer, sendo fundamentais para o diagnóstico dessas doenças. é
    importante que haja a oferta de um maior quantitativo de exames, de modo a atender à
    demanda do grande número de pacientes em fila de espera. Para que uma parcela
    maior da população possa ser atendida é necessário que os hospitais tomem decisões
    financeiras acertadas e o método de custeio ABC é uma ferramenta indicada pois
    favorece uma análise financeira considerando todas as atividades realizadas em cada
    setor do hospital. Objetivo: Estimar os custos dos exames diagnósticos de endoscopia
    digestiva alta e colonoscopia do Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de
    Pernambuco. Método: A presente pesquisa usou como método o estudo de caso e teve
    como lócus da investigação o Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de
    Pernambuco, realizando a análise dos custos dos serviços de endoscopia digestiva alta
    e de colonoscopia a partir do Método de Custeio no período de junho de 2023, adotando
    para isso uma abordagem quantitativa de pesquisa. Foi realizada a análise de custos
    de 200 (duzentas) endoscopias e 100 (colonoscopias) feitas no referido período.
    Resultados: Ao utilizar o método de custeio, foram identificadas as atividades
    realizadas no setor e a cada atividade foi atribuído um custo, também foram identificados
    os objetos de custos que tiveram a alocação às atividades desenvolvidas. Os resultados
    evidenciaram que o SUS paga R$ 48,16 por exame de endoscopia e R$ 112,66 por cada
    exame de colonoscopia, ao passo que a análise de custos de acordo com Método de
    Custeio ABC revelou que o valor gasto para a realização de uma endoscopia é de R$
    454,41 e de R$ 794,33 para uma colonoscopia. A diferença entre o valor pago pelo SUS
    e o valor de custo de uma endoscopia é de R$ 406,25 e entre o valor pago pelo SUS e
    o custo da colonoscopia é de R$ 681,67. Conclusão: Os dados apontam para a
    existência de um déficit financeiro no Setor de Endoscopia do referido hospital, pois o
    pagamento da Tabela SUS não é suficiente para cobrir os custos dos exames de
    endoscopia e colonoscopia.


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  • Os exames de endoscopia digestiva alta (EDA) e de colonoscopia
    possibilitam a investigação de doenças no trato gastrointestinal, especialmente
    relacionados ao câncer, sendo fundamentais para o diagnóstico dessas doenças. é
    importante que haja a oferta de um maior quantitativo de exames, de modo a atender à
    demanda do grande número de pacientes em fila de espera. Para que uma parcela
    maior da população possa ser atendida é necessário que os hospitais tomem decisões
    financeiras acertadas e o método de custeio ABC é uma ferramenta indicada pois
    favorece uma análise financeira considerando todas as atividades realizadas em cada
    setor do hospital. Objetivo: Estimar os custos dos exames diagnósticos de endoscopia
    digestiva alta e colonoscopia do Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de
    Pernambuco. Método: A presente pesquisa usou como método o estudo de caso e teve
    como lócus da investigação o Serviço de Endoscopia do Hospital das Clínicas de
    Pernambuco, realizando a análise dos custos dos serviços de endoscopia digestiva alta
    e de colonoscopia a partir do Método de Custeio no período de junho de 2023, adotando
    para isso uma abordagem quantitativa de pesquisa. Foi realizada a análise de custos
    de 200 (duzentas) endoscopias e 100 (colonoscopias) feitas no referido período.
    Resultados: Ao utilizar o método de custeio, foram identificadas as atividades
    realizadas no setor e a cada atividade foi atribuído um custo, também foram identificados
    os objetos de custos que tiveram a alocação às atividades desenvolvidas. Os resultados
    evidenciaram que o SUS paga R$ 48,16 por exame de endoscopia e R$ 112,66 por cada
    exame de colonoscopia, ao passo que a análise de custos de acordo com Método de
    Custeio ABC revelou que o valor gasto para a realização de uma endoscopia é de R$
    454,41 e de R$ 794,33 para uma colonoscopia. A diferença entre o valor pago pelo SUS
    e o valor de custo de uma endoscopia é de R$ 406,25 e entre o valor pago pelo SUS e
    o custo da colonoscopia é de R$ 681,67. Conclusão: Os dados apontam para a
    existência de um déficit financeiro no Setor de Endoscopia do referido hospital, pois o
    pagamento da Tabela SUS não é suficiente para cobrir os custos dos exames de
    endoscopia e colonoscopia.

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  • MARIA ELISABETE SOBREIRA HONORATO
  • ORÇAMENTO MUNICIPAL E RELEVÂNCIA DOS GASTOS SOCIAIS: O GÊNERO DO GESTOR MUNICIPAL IMPORTA? UM ESTUDO PARA O CASO DOS  MUNICÍPIOS DE PERNAMBUCO

  • Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LORENA DE OLIVEIRA FONSÊCA
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • Data: 16/08/2024

  • Mostrar Resumo
  • Nas últimas décadas, a sub-representação feminina em espaços políticos tem sido
    fortemente discutida por movimentos feministas e instituições de proteção aos direitos
    humanos, observando um aumento nas percentagens de mulheres em cargos políticos em
    quase todos os países do mundo. Diante disto, surge na literatura o seguinte questionamento:
    isso importa para os resultados das políticas? Nesta perspectiva, partindo do estudo dos
    municípios do Estado de Pernambuco, este estudo busca-se analisar, portanto, a relevância do
    gênero do(a) prefeito(a) para o percentual destinado aos gastos sociais. Neste esforço,
    pretende, especificamente, coletar e organizar dados sobre as características municipais que
    potencialmente afetam o percentual do gasto em saúde e educação nos municípios de
    Pernambuco, e através do modelo econométrico de regressão linear multivariada, estimar a
    associação entre o gênero do gestor (prefeito ou prefeita) e o percentual dos gastos sociais dos
    municípios entre 2016 e 2020. O presente estudo tem uma amostra de 176 municípios de
    Pernambuco. A coleta de dados se deu, apenas, com os municípios que tiveram dados
    secundários completos em suas prestações de contas, na base de dados dos sistemas
    utilizados: Sistemas de Orçamentos Públicos (SIOPS), Sistema de Informação Contábeis e
    Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), e Finanças do Brasil (FINBRA). Para a
    análise dos condicionantes dos gastos socias municipais, serão utilizados o Modelo de
    Regressão Linear Múltipla (MRLM) e o Modelo de Regressão Quantílica (MRQ), nos quais a
    variável dependente é representada pelo percentual de gasto municipal de recursos próprios
    direcionados para despesas com serviços sociais e urbanos (incluindo saúde, educação,
    saneamento, urbanismo, transporte e assistência social), estando entre os regressores o gênero
    do(a) prefeito(a), considerado a partir de uma variável dummy com valor 1 para municípios
    governados por prefeitas, e 0 se os municípios são governados por prefeitos. Através dos
    resultados obtidos, foi possível inferir que, existe relevância do gênero do gestor sobre os
    gastos sociais, representado na parcela maior de gastos. Podendo então afirmar, que o gênero
    do gestor importa.


  • Mostrar Abstract
  • Nas últimas décadas, a sub-representação feminina em espaços políticos tem sido
    fortemente discutida por movimentos feministas e instituições de proteção aos direitos
    humanos, observando um aumento nas percentagens de mulheres em cargos políticos em
    quase todos os países do mundo. Diante disto, surge na literatura o seguinte questionamento:
    isso importa para os resultados das políticas? Nesta perspectiva, partindo do estudo dos
    municípios do Estado de Pernambuco, este estudo busca-se analisar, portanto, a relevância do
    gênero do(a) prefeito(a) para o percentual destinado aos gastos sociais. Neste esforço,
    pretende, especificamente, coletar e organizar dados sobre as características municipais que
    potencialmente afetam o percentual do gasto em saúde e educação nos municípios de
    Pernambuco, e através do modelo econométrico de regressão linear multivariada, estimar a
    associação entre o gênero do gestor (prefeito ou prefeita) e o percentual dos gastos sociais dos
    municípios entre 2016 e 2020. O presente estudo tem uma amostra de 176 municípios de
    Pernambuco. A coleta de dados se deu, apenas, com os municípios que tiveram dados
    secundários completos em suas prestações de contas, na base de dados dos sistemas
    utilizados: Sistemas de Orçamentos Públicos (SIOPS), Sistema de Informação Contábeis e
    Fiscais do Setor Público Brasileiro (SICONFI), e Finanças do Brasil (FINBRA). Para a
    análise dos condicionantes dos gastos socias municipais, serão utilizados o Modelo de
    Regressão Linear Múltipla (MRLM) e o Modelo de Regressão Quantílica (MRQ), nos quais a
    variável dependente é representada pelo percentual de gasto municipal de recursos próprios
    direcionados para despesas com serviços sociais e urbanos (incluindo saúde, educação,
    saneamento, urbanismo, transporte e assistência social), estando entre os regressores o gênero
    do(a) prefeito(a), considerado a partir de uma variável dummy com valor 1 para municípios
    governados por prefeitas, e 0 se os municípios são governados por prefeitos. Através dos
    resultados obtidos, foi possível inferir que, existe relevância do gênero do gestor sobre os
    gastos sociais, representado na parcela maior de gastos. Podendo então afirmar, que o gênero
    do gestor importa.

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  • NARA GABRIEL NIGRO ROCHA
  • Os principais motivos de suspensões cirúrgicas em um hospital universitário

  • Orientador : PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • EDILBERTO TIAGO DE ALMEIDA
  • FILIPE CARRILHO DE AGUIAR
  • Data: 11/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo aborda a importância dos indicadores de saúde, especificamente
    a taxa de suspensão cirúrgica, como uma ferramenta essencial para a melhoria da
    qualidade dos serviços de saúde, especialmente em hospitais de ensino. Objetivos
    gerais e específicos do estudo, incluem identificar as principais causas de suspensão
    cirúrgica, caracterizá-las por especialidades, investigar correlações com listas de
    espera e propor melhorias. Este estudo retrospectivo analisou dados secundários
    sobre suspensões cirúrgicas. Foi realizado um levantamento de janeiro de 2019 a
    dezembro de 2022. As causas foram agrupadas em categorias como Paciente,
    Materiais/Equipamentos/Medicamentos, Processo de Trabalho e Equipe Assistencial.
    O estudo tem a carta de anuência do setor estudado e aprovação pela Gerência de
    Ensino e Pesquisa da unidade hospitalar e está em conformidade com a LGPD. O
    estudo em questão aborda a análise estatística de produção e suspensões cirúrgicas,
    dividida em três etapas. Na primeira etapa, foi realizada uma análise descritiva dos
    números de produção e suspensões, classificados por grupos e subgrupos de motivos
    de suspensões e analisadas para a unidade hospitalar e por especialidades. As
    principais causas de suspensão cirúrgica foram relacionadas ao "Processo de
    Trabalho", seguido por questões relacionadas ao paciente, equipe assistencial e
    materiais/equipamentos/medicamentos. Cirurgia Geral, Oftalmologia, Ortopedia e
    Traumatologia, Urologia e Ginecologia foram as especialidades mais afetadas pelas
    suspensões cirúrgicas. O estudo também concluiu que não existe associação entre
    número de suspensões e número de pacientes em lista de espera cirúrgica. As
    recomendações propostas fornecem diretrizes claras para melhorar a gestão da
    programação cirúrgica e reduzir as suspensões, abordando aspectos como
    coordenação, responsabilização, avaliação pré-operatória e capacitação dos
    profissionais envolvidos. Implementar essas recomendações pode contribuir
    significativamente para otimizar os processos de atendimento e proporcionar uma
    melhor experiência aos pacientes. As considerações finais do estudo destacam a
    importância da análise detalhada das suspensões cirúrgicas para identificar causas
    evitáveis e inevitáveis, visando aprimorar a eficiência da unidade hospitalar.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo aborda a importância dos indicadores de saúde, especificamente
    a taxa de suspensão cirúrgica, como uma ferramenta essencial para a melhoria da
    qualidade dos serviços de saúde, especialmente em hospitais de ensino. Objetivos
    gerais e específicos do estudo, incluem identificar as principais causas de suspensão
    cirúrgica, caracterizá-las por especialidades, investigar correlações com listas de
    espera e propor melhorias. Este estudo retrospectivo analisou dados secundários
    sobre suspensões cirúrgicas. Foi realizado um levantamento de janeiro de 2019 a
    dezembro de 2022. As causas foram agrupadas em categorias como Paciente,
    Materiais/Equipamentos/Medicamentos, Processo de Trabalho e Equipe Assistencial.
    O estudo tem a carta de anuência do setor estudado e aprovação pela Gerência de
    Ensino e Pesquisa da unidade hospitalar e está em conformidade com a LGPD. O
    estudo em questão aborda a análise estatística de produção e suspensões cirúrgicas,
    dividida em três etapas. Na primeira etapa, foi realizada uma análise descritiva dos
    números de produção e suspensões, classificados por grupos e subgrupos de motivos
    de suspensões e analisadas para a unidade hospitalar e por especialidades. As
    principais causas de suspensão cirúrgica foram relacionadas ao "Processo de
    Trabalho", seguido por questões relacionadas ao paciente, equipe assistencial e
    materiais/equipamentos/medicamentos. Cirurgia Geral, Oftalmologia, Ortopedia e
    Traumatologia, Urologia e Ginecologia foram as especialidades mais afetadas pelas
    suspensões cirúrgicas. O estudo também concluiu que não existe associação entre
    número de suspensões e número de pacientes em lista de espera cirúrgica. As
    recomendações propostas fornecem diretrizes claras para melhorar a gestão da
    programação cirúrgica e reduzir as suspensões, abordando aspectos como
    coordenação, responsabilização, avaliação pré-operatória e capacitação dos
    profissionais envolvidos. Implementar essas recomendações pode contribuir
    significativamente para otimizar os processos de atendimento e proporcionar uma
    melhor experiência aos pacientes. As considerações finais do estudo destacam a
    importância da análise detalhada das suspensões cirúrgicas para identificar causas
    evitáveis e inevitáveis, visando aprimorar a eficiência da unidade hospitalar.

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  • JOAQUIM DE OLIVEIRA BORBA JUNIOR
  • DOENÇA ONCOLÓGICA EM RECEPTORES DE TRANSPLANTE RENAL: UMA COORTE RETROSPECTIVA

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FILIPE CARRILHO DE AGUIAR
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MARINUS DE MORAES LIMA
  • Data: 17/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • O advento de novos imunossupressores e o pareamento de doadores com
    receptores de enxerto renal contribuem para a maior durabilidade do transplante renal.
    Contudo, o aumento na incidência de doença oncológica também é observado nesta
    população, sendo associada a diversos fatores como o tempo de transplante, idade do
    receptor no momento do transplante, tempo de diálise pré-transplante e sexo masculino.
    Na população brasileira, ainda é incipiente estudos sobre a doença oncológica em
    pacientes transplantados renais. Sendo assim, o estudo tem como objetivo avaliar a
    doença oncológica em receptores de transplante renal por meio da identificação dos
    fatores de risco para o desenvolvimento das neoplasias, identificação daquelas mais
    prevalentes e análise da morbimortalidade secundária as neoplasias em pacientes
    transplantados renais. Trata-se de estudo de coorte retrospectiva, de abordagem
    quantitativa, realizado com os prontuários de pacientes transplantados renais,
    acompanhados em hospital público universitário, localizado na cidade do Recife,
    Pernambuco, no período de 21 de abril de 1980 até 31 de dezembro de 2022, totalizando
    436 prontuários elegíveis. Foram investigadas variáveis demográficas e clínicas e
    analisadas por meio de estatística descritiva e inferencial. Para identificação dos fatores
    associados ao risco de doença oncológica foi usado o modelo de regressão de Cox para
    estimar o risco relativo no intervalo de confiança de 95%. A doença oncológica
    apresentou uma incidência de 16,5% entre os receptores de transplante renal, sendo o de
    pele não melanoma responsável por 47,2% dos casos. A idade do receptor (p = 0,005) e
    função retardada do enxerto renal (p=0,035) foram os fatores de risco associados ao
    desenvolvimento de doença oncológica. A mortalidade esteve associada à ocorrência da
    doença oncológica ao longo do seguimento (p=0,001). Faz-se necessária políticas
    públicas que avaliem precocemente os pacientes transplantados renais para a ocorrência
    da doença oncológica, com vistas a reduzir a morbimortalidade, aumentar a sobrevida
    do enxerto e reduzir os custos associados à saúde.


  • Mostrar Abstract
  • O advento de novos imunossupressores e o pareamento de doadores com
    receptores de enxerto renal contribuem para a maior durabilidade do transplante renal.
    Contudo, o aumento na incidência de doença oncológica também é observado nesta
    população, sendo associada a diversos fatores como o tempo de transplante, idade do
    receptor no momento do transplante, tempo de diálise pré-transplante e sexo masculino.
    Na população brasileira, ainda é incipiente estudos sobre a doença oncológica em
    pacientes transplantados renais. Sendo assim, o estudo tem como objetivo avaliar a
    doença oncológica em receptores de transplante renal por meio da identificação dos
    fatores de risco para o desenvolvimento das neoplasias, identificação daquelas mais
    prevalentes e análise da morbimortalidade secundária as neoplasias em pacientes
    transplantados renais. Trata-se de estudo de coorte retrospectiva, de abordagem
    quantitativa, realizado com os prontuários de pacientes transplantados renais,
    acompanhados em hospital público universitário, localizado na cidade do Recife,
    Pernambuco, no período de 21 de abril de 1980 até 31 de dezembro de 2022, totalizando
    436 prontuários elegíveis. Foram investigadas variáveis demográficas e clínicas e
    analisadas por meio de estatística descritiva e inferencial. Para identificação dos fatores
    associados ao risco de doença oncológica foi usado o modelo de regressão de Cox para
    estimar o risco relativo no intervalo de confiança de 95%. A doença oncológica
    apresentou uma incidência de 16,5% entre os receptores de transplante renal, sendo o de
    pele não melanoma responsável por 47,2% dos casos. A idade do receptor (p = 0,005) e
    função retardada do enxerto renal (p=0,035) foram os fatores de risco associados ao
    desenvolvimento de doença oncológica. A mortalidade esteve associada à ocorrência da
    doença oncológica ao longo do seguimento (p=0,001). Faz-se necessária políticas
    públicas que avaliem precocemente os pacientes transplantados renais para a ocorrência
    da doença oncológica, com vistas a reduzir a morbimortalidade, aumentar a sobrevida
    do enxerto e reduzir os custos associados à saúde.

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  • MAYARA SABRINA OLIVEIRA CAVALCANTE
  • OFERTA DE LEITOS EM MUNICÍPIOS DOS ESTADOS DE PERNAMBUCO E
    DA BAHIA: UMA ANÁLISE A PARTIR DA REGIONALIZAÇÃO DA SAÚDE

  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • ROGERIO FABIANO GONÇALVES
  • RONALD PEREIRA CAVALCANTI
  • Data: 19/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • A regulação de leitos hospitalares na Rede Interestadual de Saúde
    Pernambuco/Bahia é uma importante iniciativa no contexto da Política Nacional
    de Regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS). A regionalização visa
    reduzir desigualdades no acesso aos serviços de saúde, mas enfrenta desafios,
    especialmente em áreas com infraestrutura limitada. O estudo tem o objetivo de
    analisar o impacto da regionalização na regulação de leitos hospitalares na Rede
    Interestadual de Saúde Pernambuco/Bahia.Trata-se de um estudo exploratório,
    de caráter quantitativo, que visa identificar as principais características da
    regulação de leitos, a partir da Política de Regionalização em Saúde, da Rede
    Assistencial dos estados de Pernambuco e da Bahia. Os resultados descritivos
    indicam que as regiões de Petrolina/PE e Juazeiro/BA concentraram a maioria
    das execuções de solicitações de leitos, refletindo uma concentração dos
    serviços de saúde de alta complexidade. Em contrapartida, regiões como Paulo
    Afonso/BA e Senhor do Bonfim/BA apresentaram baixa participação,
    evidenciando desigualdades regionais. observou-se um crescimento na
    participação de municípios menores na regulação de leitos, indicando um
    avanço, ainda que limitado, na descentralização dos serviços. Os resultados
    analíticos demonstram que a Regionalização em Saúde foi um fator protetivo
    para os municípios não-polos, uma vez que a queda na taxa de leitos foi menor
    nos anos posteriores. O processo de Regionalização é um avanço importante
    nas políticas de saúde, entretanto, ainda requer aprimoramentos para minimizar
    as desigualdades e garantir um acesso mais equitativo aos serviços de saúde.


  • Mostrar Abstract
  • A regulação de leitos hospitalares na Rede Interestadual de Saúde
    Pernambuco/Bahia é uma importante iniciativa no contexto da Política Nacional
    de Regionalização do Sistema Único de Saúde (SUS). A regionalização visa
    reduzir desigualdades no acesso aos serviços de saúde, mas enfrenta desafios,
    especialmente em áreas com infraestrutura limitada. O estudo tem o objetivo de
    analisar o impacto da regionalização na regulação de leitos hospitalares na Rede
    Interestadual de Saúde Pernambuco/Bahia.Trata-se de um estudo exploratório,
    de caráter quantitativo, que visa identificar as principais características da
    regulação de leitos, a partir da Política de Regionalização em Saúde, da Rede
    Assistencial dos estados de Pernambuco e da Bahia. Os resultados descritivos
    indicam que as regiões de Petrolina/PE e Juazeiro/BA concentraram a maioria
    das execuções de solicitações de leitos, refletindo uma concentração dos
    serviços de saúde de alta complexidade. Em contrapartida, regiões como Paulo
    Afonso/BA e Senhor do Bonfim/BA apresentaram baixa participação,
    evidenciando desigualdades regionais. observou-se um crescimento na
    participação de municípios menores na regulação de leitos, indicando um
    avanço, ainda que limitado, na descentralização dos serviços. Os resultados
    analíticos demonstram que a Regionalização em Saúde foi um fator protetivo
    para os municípios não-polos, uma vez que a queda na taxa de leitos foi menor
    nos anos posteriores. O processo de Regionalização é um avanço importante
    nas políticas de saúde, entretanto, ainda requer aprimoramentos para minimizar
    as desigualdades e garantir um acesso mais equitativo aos serviços de saúde.

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  • VANDA PAZ LIMA ARAUJO
  • Impacto da Pandemia de COVID-19 na doação e transplantes de córneas no Estado de Pernambuco

  • Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
  • BRENO CALDAS DE ARAUJO
  • MARIA DA CONCEICAO LUNA DOS SANTOS
  • Data: 23/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia de COVID-19 causou um impacto significativo nos sistemas de saúde em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde o transplante de córnea é uma prática essencial para restaurar a visão de milhares de pacientes. Considerando a importância do transplante de córnea como uma intervenção essencial para a restauração da visão em pacientes com córneas comprometidas, o estudo se propôs a analisar como as restrições impostas pela pandemia afetaram as taxas de doação e transplante, além de investigar as implicações para o sistema de saúde local. Assim, este estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia de COVID-19 nas doações e transplantes de córneas no estado de Pernambuco, abrangendo o período de 2019 a 2022. Trata-se de um estudo observacional analítico, transversal e retrospectivo, que utilizou dados secundários coletados de diversas fontes, incluindo o Banco de Olhos do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), a Central Estadual de Transplantes de Pernambuco (CET), e registros nacionais do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). A metodologia aplicada envolveu uma análise estatística detalhada dos dados coletados, utilizando o software SPSS para conduzir tanto análises descritivas quanto inferenciais. O estudo examinou variáveis como o número de doações, transplantes realizados, córneas descartadas e a lista de espera para transplantes, comparando essas informações ao longo dos anos estudados para avaliar o impacto da pandemia. Durante o período de 2019 a 2022, foram realizados 2.477 transplantes de córneas em Pernambuco. A pandemia de COVID-19 em 2020 causou uma redução acentuada no número de transplantes, que caiu de 812 em 2019 para 327 em 2020, mas houve uma recuperação gradual nos anos subsequentes, com 684 transplantes em 2021 e 649 em 2022. A lista de espera por transplantes de córnea aumentou drasticamente, passando de 17 pacientes em 2019 para 945 em 2022, refletindo a demanda crescente e os desafios enfrentados durante a pandemia. Deste modo, o estudo concluiu que a pandemia de COVID-19 causou uma significativa redução nos transplantes de córnea em Pernambuco em 2020, seguida por uma recuperação gradual nos anos seguintes. A análise destacou a importância da colaboração interinstitucional e da implementação de políticas públicas para promover a doação de órgãos, além da necessidade de desenvolver tecnologias e protocolos para otimizar o processo de transplante e reduzir a lista de espera. A pesquisa também reconheceu a limitação de depender de dados retrospectivos e sugeriu a necessidade de estudos futuros mais amplos


  • Mostrar Abstract
  • A pandemia de COVID-19 causou um impacto significativo nos sistemas de saúde em todo o mundo, incluindo o Brasil, onde o transplante de córnea é uma prática essencial para restaurar a visão de milhares de pacientes. Considerando a importância do transplante de córnea como uma intervenção essencial para a restauração da visão em pacientes com córneas comprometidas, o estudo se propôs a analisar como as restrições impostas pela pandemia afetaram as taxas de doação e transplante, além de investigar as implicações para o sistema de saúde local. Assim, este estudo teve como objetivo analisar o impacto da pandemia de COVID-19 nas doações e transplantes de córneas no estado de Pernambuco, abrangendo o período de 2019 a 2022. Trata-se de um estudo observacional analítico, transversal e retrospectivo, que utilizou dados secundários coletados de diversas fontes, incluindo o Banco de Olhos do Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP), a Central Estadual de Transplantes de Pernambuco (CET), e registros nacionais do Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO). A metodologia aplicada envolveu uma análise estatística detalhada dos dados coletados, utilizando o software SPSS para conduzir tanto análises descritivas quanto inferenciais. O estudo examinou variáveis como o número de doações, transplantes realizados, córneas descartadas e a lista de espera para transplantes, comparando essas informações ao longo dos anos estudados para avaliar o impacto da pandemia. Durante o período de 2019 a 2022, foram realizados 2.477 transplantes de córneas em Pernambuco. A pandemia de COVID-19 em 2020 causou uma redução acentuada no número de transplantes, que caiu de 812 em 2019 para 327 em 2020, mas houve uma recuperação gradual nos anos subsequentes, com 684 transplantes em 2021 e 649 em 2022. A lista de espera por transplantes de córnea aumentou drasticamente, passando de 17 pacientes em 2019 para 945 em 2022, refletindo a demanda crescente e os desafios enfrentados durante a pandemia. Deste modo, o estudo concluiu que a pandemia de COVID-19 causou uma significativa redução nos transplantes de córnea em Pernambuco em 2020, seguida por uma recuperação gradual nos anos seguintes. A análise destacou a importância da colaboração interinstitucional e da implementação de políticas públicas para promover a doação de órgãos, além da necessidade de desenvolver tecnologias e protocolos para otimizar o processo de transplante e reduzir a lista de espera. A pesquisa também reconheceu a limitação de depender de dados retrospectivos e sugeriu a necessidade de estudos futuros mais amplos

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  • THOMAS FILIPE MARIANO DA SILVA
  •  Análise dos registros de curativos realizados na Atenção Primária a Saúde no estado de Pernambuco 

     
  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • ISABELLA LUIZA RALPH DE OLIVEIRA
  • Data: 26/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo tem o objetivo de analisar a produção de curativos
    realizados pela Atenção Primária à Saúde (APS) no estado de Pernambuco no
    período de 2019 a 2023. Trata – se de uma pesquisa transversal, retrospectiva
    de abordagem quantitativa. Foram considerados como dados do estudo o
    registro de curativos simples e especiais, cadastro de pacientes diabéticos,
    indicadores do Programa Previne Brasil e variáveis socioeconômicas. As
    informações foram coletadas nos relatórios públicos dos SISAB, IPEA e IBGE,
    em seguida foram analisadas e estimadas em modelos de regressão para
    dados em painel. Os resultados revelaram um total de 1.796.661 curativos
    registrados, sendo 1.044.404 curativos simples e 752.257 curativos especiais.
    A IV Região de Saúde (Caruaru) destacou-se na quantidade de curativos
    especiais e simples. O estudo também identificou um aumento significativo na
    produção de curativos simples em todas as regiões de saúde do estado, com a
    XI GERES (Serra Talhada) apresentando um crescimento notável. Em
    contrapartida, a produção de curativos especiais sofreu uma redução geral de
    46%, com a VIII GERES (Petrolina) apresentando a maior queda. A prevalência
    de pacientes diabéticos na APS cresceu 68%, correlacionando-se
    positivamente com a demanda por curativos, especialmente os curativos
    simples. Além disso, variáveis socioeconômicas, como despesas com saúde
    per capita e a proporção de beneficiários do Programa Bolsa Família,
    mostraram correlação significativa com a taxa de curativos totais. O estudo
    concluiu que a gestão do cuidado na APS deve ser aprimorada, considerando a
    crescente demanda por curativos e a necessidade de investimentos em
    pesquisa e formação profissional.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo tem o objetivo de analisar a produção de curativos
    realizados pela Atenção Primária à Saúde (APS) no estado de Pernambuco no
    período de 2019 a 2023. Trata – se de uma pesquisa transversal, retrospectiva
    de abordagem quantitativa. Foram considerados como dados do estudo o
    registro de curativos simples e especiais, cadastro de pacientes diabéticos,
    indicadores do Programa Previne Brasil e variáveis socioeconômicas. As
    informações foram coletadas nos relatórios públicos dos SISAB, IPEA e IBGE,
    em seguida foram analisadas e estimadas em modelos de regressão para
    dados em painel. Os resultados revelaram um total de 1.796.661 curativos
    registrados, sendo 1.044.404 curativos simples e 752.257 curativos especiais.
    A IV Região de Saúde (Caruaru) destacou-se na quantidade de curativos
    especiais e simples. O estudo também identificou um aumento significativo na
    produção de curativos simples em todas as regiões de saúde do estado, com a
    XI GERES (Serra Talhada) apresentando um crescimento notável. Em
    contrapartida, a produção de curativos especiais sofreu uma redução geral de
    46%, com a VIII GERES (Petrolina) apresentando a maior queda. A prevalência
    de pacientes diabéticos na APS cresceu 68%, correlacionando-se
    positivamente com a demanda por curativos, especialmente os curativos
    simples. Além disso, variáveis socioeconômicas, como despesas com saúde
    per capita e a proporção de beneficiários do Programa Bolsa Família,
    mostraram correlação significativa com a taxa de curativos totais. O estudo
    concluiu que a gestão do cuidado na APS deve ser aprimorada, considerando a
    crescente demanda por curativos e a necessidade de investimentos em
    pesquisa e formação profissional.

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  • ALESSANDRA BARBOSA DA SILVA
  • ACESSO DAS GESTANTES A UMA ASSISTÊNCIA PRÉ -NATAL DE QUALIDADE NO BRASIL: UMA ANÁLISE A PARTIR  DOS MICRODADOS DA PNS 2019


  • Orientador : JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • ROZANE BEZERRA DE SIQUEIRA
  • TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • Data: 26/09/2024

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  • A realização do pré-natal desempenha papel fundamental na promoção da saúde da gestante, do feto e do recém-nascido. O pré-natal adequado identifica possíveis situações de risco para o binômio mãe-filho e aumenta as chances de intervenções oportunas para promover nutrição adequada, prevenir doenças de transmissão vertical e controlar morbidades maternas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e infecção urinária. A cobertura pré-natal no Brasil é quase universal. No entanto a adequação da assistência à gestante, ainda não foi atingida de forma plena. Havendo muito a evoluir no que se refere a número de consultas, realização de exames e procedimentos preconizados pela estratégia da Rede Cegonha. Objetivo: identificar os aspectos sociodemográficos que podem influenciar no acesso das gestantes brasileiras a uma assistência pré-natal de qualidade. Metodologia: a pesquisa foi realizada através de uma análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada no Brasil em 2019. O acesso a um pré-natal de qualidade, foi analisado através do cruzamento de variáveis de acordo com os critérios do Ministério da Saúde. Resultados: O pré-natal adequado foi mais frequente entre as mulheres brancas, que realizaram pré-natal na rede privada. A região sudeste apresentou as maiores frequências de pré-natal adequado, enquanto a região norte, apresentou as menores. Conclusão:  apesar das estratégias governamentais na tentativa de aumentar o acesso e o número de consultas de pré-natal, as gestantes brasileiras ainda sofrem com as iniquidades relacionadas a aspectos sociodemográficos como: a cor da pele, nível de escolaridade, renda bruta per capita e região do país. 



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  • A realização do pré-natal desempenha papel fundamental na promoção da saúde da gestante, do feto e do recém-nascido. O pré-natal adequado identifica possíveis situações de risco para o binômio mãe-filho e aumenta as chances de intervenções oportunas para promover nutrição adequada, prevenir doenças de transmissão vertical e controlar morbidades maternas, como hipertensão arterial, diabetes mellitus e infecção urinária. A cobertura pré-natal no Brasil é quase universal. No entanto a adequação da assistência à gestante, ainda não foi atingida de forma plena. Havendo muito a evoluir no que se refere a número de consultas, realização de exames e procedimentos preconizados pela estratégia da Rede Cegonha. Objetivo: identificar os aspectos sociodemográficos que podem influenciar no acesso das gestantes brasileiras a uma assistência pré-natal de qualidade. Metodologia: a pesquisa foi realizada através de uma análise dos dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada no Brasil em 2019. O acesso a um pré-natal de qualidade, foi analisado através do cruzamento de variáveis de acordo com os critérios do Ministério da Saúde. Resultados: O pré-natal adequado foi mais frequente entre as mulheres brancas, que realizaram pré-natal na rede privada. A região sudeste apresentou as maiores frequências de pré-natal adequado, enquanto a região norte, apresentou as menores. Conclusão:  apesar das estratégias governamentais na tentativa de aumentar o acesso e o número de consultas de pré-natal, as gestantes brasileiras ainda sofrem com as iniquidades relacionadas a aspectos sociodemográficos como: a cor da pele, nível de escolaridade, renda bruta per capita e região do país. 


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  • NADJA DA SILVA FERREIRA
  • ADEQUAÇÃO ENTRE VALOR FATURADO E CUSTOS DE PROCEDIMENTOS DE ALTA COMPLEXIDADE EM ORTOPEDIA: É POSSÍVEL COMPATIBILIZAR?

  • Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JACQUELINE AUGUSTA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
  • JERONYMO JOSE LIBONATI
  • PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
  • Data: 26/09/2024

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  •  Este trabalho investiga a adequação entre o valor faturado e os custos dos procedimentos de alta complexidade em ortopedia, visando alinhar esses valores para garantir a sustentabilidade financeira dos hospitais. A pesquisa foca na otimização do faturamento hospitalar e na categorização de procedimentos no SUS, utilizando o sistema Sigtap e a Portaria GM/MS nº 1.388 de 2022. OBJETIVOS: Identificar a melhor combinação de códigos Sigtap para faturamento de cirurgias ortopédicas frequentes, otimizando as contas hospitalares e ajustando o valor a ser reembolsado. Busca-se padronizar processos e identificar melhorias no faturamento. METODOLOGIA: Pesquisa explicativa, quantitativa, retrospectiva, com dados de 2021-2022, analisando procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. Comparou-se os códigos Sigtap com descrições cirúrgicas e valores aprovados pelo Ministério da Saúde, revelando déficits financeiros e oportunidades de melhoria. RESULTADOS: Análise de 85 cirurgias ortopédicas mostrou um déficit de R$ 181.398,38 entre o valor faturado e o sugerido pela pesquisa. O uso correto dos códigos Sigtap poderia aumentar a receita, especialmente em subespecialidades como coluna e quadril. CONCLUSÃO: A gestão eficiente do faturamento é crucial para a sustentabilidade no SUS. Falhas no uso dos códigos Sigtap e na comunicação entre equipes resultam em perdas financeiras. A padronização dos códigos e o conhecimento adequado podem otimizar o faturamento e a alocação de recursos.



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  •  Este trabalho investiga a adequação entre o valor faturado e os custos dos procedimentos de alta complexidade em ortopedia, visando alinhar esses valores para garantir a sustentabilidade financeira dos hospitais. A pesquisa foca na otimização do faturamento hospitalar e na categorização de procedimentos no SUS, utilizando o sistema Sigtap e a Portaria GM/MS nº 1.388 de 2022. OBJETIVOS: Identificar a melhor combinação de códigos Sigtap para faturamento de cirurgias ortopédicas frequentes, otimizando as contas hospitalares e ajustando o valor a ser reembolsado. Busca-se padronizar processos e identificar melhorias no faturamento. METODOLOGIA: Pesquisa explicativa, quantitativa, retrospectiva, com dados de 2021-2022, analisando procedimentos cirúrgicos de alta complexidade. Comparou-se os códigos Sigtap com descrições cirúrgicas e valores aprovados pelo Ministério da Saúde, revelando déficits financeiros e oportunidades de melhoria. RESULTADOS: Análise de 85 cirurgias ortopédicas mostrou um déficit de R$ 181.398,38 entre o valor faturado e o sugerido pela pesquisa. O uso correto dos códigos Sigtap poderia aumentar a receita, especialmente em subespecialidades como coluna e quadril. CONCLUSÃO: A gestão eficiente do faturamento é crucial para a sustentabilidade no SUS. Falhas no uso dos códigos Sigtap e na comunicação entre equipes resultam em perdas financeiras. A padronização dos códigos e o conhecimento adequado podem otimizar o faturamento e a alocação de recursos.


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  • EMMANUELA KETHULLY MOTA DOS SANTOS
  • CORRELAÇÃO ENTRE COBERTURA DA ATENÇÃO BÁSICA E TAXAS DE ÓBITOS INFANTIS: UMA ANÁLISE SOB O CHOQUE ESTRUTURAL DA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO BÁSICA – 2017

  • Orientador : FERNANDO ANTONIO MENEZES DA SILVA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA LUCIA ANDRADE DA SILVA
  • PETRONIO JOSE DE LIMA MARTELLI
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • Data: 27/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • Considerando a estreita relação entre as ações desenvolvidas no escopo na Atenção
    Básica e as taxas de Mortalidade Infantil, este estudo pretende investigar o impacto da
    cobertura da Atenção Básica sobre a taxa de óbitos infantis nas regiões brasileiras,
    considerando o choque estrutural no percentual de cobertura de Atenção Básica gerado
    pela revisão da Política Nacional de Atenção Básica) a partir de setembro de 2017. A
    pesquisa foi conduzida sob uma abordagem quantitativa e caracterizada como
    descritiva, transversal e retrospectiva, tendo como unidades de análises os 27 (vinte e
    sete) estados que integram o território nacional, entre 2008 e 2020. Os dados foram
    coletados a partir do acesso a sites de domínio público, a saber: IPEADATA, IBGE,
    DATASUS e e-Gestor AB. Para análise descritiva foram utilizadas medidas de
    tendência central e desvio padrão. Para a análise econométrica, foi empregado o
    procedimento estatístico de dados em painel com efeito fixo, com dados balanceados, e
    todos os modelos foram processados no software Stata. Os resultados apontam para um
    aumento da cobertura da Atenção Básica, em território nacional, entre os anos de 2008 e
    2020, com uma variação entre 70% e 81%. A cobertura de Agentes Comunitários de
    Saúde (ACS) manteve-se relativamente estável, oscilando entre 73% e 75%, com a
    maior cobertura registrada entre 2012 e 2013, alcançando 75%. A implementação da
    PNAB em 2017 está associada a uma redução estatisticamente significante na cobertura
    de ACS, sugerindo uma diminuição média de 0,009 pontos percentuais na cobertura. A
    região Sudeste se destacou pelo aumento Os resultados indicam a necessidade de
    investir na ESF para fortalecer a AB, com foco na atuação dos ACS. O aumento da
    cobertura da AB não garante vínculo com as equipes da ESF, pois equipes mínimas sem

    ACS também são contabilizadas. Apesar da redução na TMI, persistem desigualdades
    regionais, exigindo investimentos contínuos em políticas de saúde, especialmente em
    cuidados pré-natais e materno-infantis.da cobertura de ACS, como também, pela maior
    redução das taxas de óbitos infantis.


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  • Considerando a estreita relação entre as ações desenvolvidas no escopo na Atenção
    Básica e as taxas de Mortalidade Infantil, este estudo pretende investigar o impacto da
    cobertura da Atenção Básica sobre a taxa de óbitos infantis nas regiões brasileiras,
    considerando o choque estrutural no percentual de cobertura de Atenção Básica gerado
    pela revisão da Política Nacional de Atenção Básica) a partir de setembro de 2017. A
    pesquisa foi conduzida sob uma abordagem quantitativa e caracterizada como
    descritiva, transversal e retrospectiva, tendo como unidades de análises os 27 (vinte e
    sete) estados que integram o território nacional, entre 2008 e 2020. Os dados foram
    coletados a partir do acesso a sites de domínio público, a saber: IPEADATA, IBGE,
    DATASUS e e-Gestor AB. Para análise descritiva foram utilizadas medidas de
    tendência central e desvio padrão. Para a análise econométrica, foi empregado o
    procedimento estatístico de dados em painel com efeito fixo, com dados balanceados, e
    todos os modelos foram processados no software Stata. Os resultados apontam para um
    aumento da cobertura da Atenção Básica, em território nacional, entre os anos de 2008 e
    2020, com uma variação entre 70% e 81%. A cobertura de Agentes Comunitários de
    Saúde (ACS) manteve-se relativamente estável, oscilando entre 73% e 75%, com a
    maior cobertura registrada entre 2012 e 2013, alcançando 75%. A implementação da
    PNAB em 2017 está associada a uma redução estatisticamente significante na cobertura
    de ACS, sugerindo uma diminuição média de 0,009 pontos percentuais na cobertura. A
    região Sudeste se destacou pelo aumento Os resultados indicam a necessidade de
    investir na ESF para fortalecer a AB, com foco na atuação dos ACS. O aumento da
    cobertura da AB não garante vínculo com as equipes da ESF, pois equipes mínimas sem

    ACS também são contabilizadas. Apesar da redução na TMI, persistem desigualdades
    regionais, exigindo investimentos contínuos em políticas de saúde, especialmente em
    cuidados pré-natais e materno-infantis.da cobertura de ACS, como também, pela maior
    redução das taxas de óbitos infantis.

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  • NAILANE RIBEIRO
  • O IMPACTO DAS EMENDAS PARLAMENTARES NA ASSISTÊNCIA AO PRÉ NATAL NA REGIÃO AMAZÔNICA

  • Orientador : NOEMIA TEIXEIRA DE SIQUEIRA FILHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CAMILA RODRIGUES BARBOSA NEMER
  • RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • Data: 30/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • A assistência ao pré-natal é crucial para garantir a saúde materno-infantil, especialmente
    em regiões de difícil acesso como a Amazônia. Com suas características geográficas e
    socioeconômicas desafiadoras, historicamente a região Norte do Brasil apresenta uma
    vulnerabilidade acentuada em termos de acesso e qualidade dos cuidados de saúde,
    incluindo o acompanhamento pré-natal. No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS)
    na região amazonica, as emendas parlamentares, desempenham um papel importante ao
    direcionarem recursos adicionais para áreas críticas, como a saúde materno-infantil. Entre
    2018 e 2022, o impacto dessas emendas na assistência ao pré-natal na região Amazônica
    foi analisado com base em um modelo de dados em painel com efeitos fixos. Indicadores
    de saúde, como a proporção de gestantes testadas para sífilis e HIV e a taxa de nascidos
    vivos cujas mães realizaram pré-natal adequado, foram utilizados para medir os efeitos.
    Os resultados apontam que o aumento de 1% no volume de emendas per capita eleva, em
    média, a taxa de gestantes testadas em 52,90 por 1000 gestantes, bem como está associado
    a um aumento de aproximadamente 10,86 nascidos vivos cujas mães realizaram pré-natal
    adequado por 1000 nascidos vivos, demonstrando assim que as emendas parlamentares
    contribuíram para o aumento da cobertura de serviços, especialmente no que se refere à
    testagem de gestantes e à adequação do pré-natal. No entanto, persistem desigualdades na
    alocação dos recursos entre os estados e municípios, afetando a uniformidade dos
    resultados. A pesquisa indica a necessidade de políticas que promovam uma distribuição
    mais equitativa e eficiente dos recursos, particularmente em áreas de difícil acesso, para
    fortalecer a assistência à saúde materna.


  • Mostrar Abstract
  • A assistência ao pré-natal é crucial para garantir a saúde materno-infantil, especialmente
    em regiões de difícil acesso como a Amazônia. Com suas características geográficas e
    socioeconômicas desafiadoras, historicamente a região Norte do Brasil apresenta uma
    vulnerabilidade acentuada em termos de acesso e qualidade dos cuidados de saúde,
    incluindo o acompanhamento pré-natal. No contexto da Atenção Primária à Saúde (APS)
    na região amazonica, as emendas parlamentares, desempenham um papel importante ao
    direcionarem recursos adicionais para áreas críticas, como a saúde materno-infantil. Entre
    2018 e 2022, o impacto dessas emendas na assistência ao pré-natal na região Amazônica
    foi analisado com base em um modelo de dados em painel com efeitos fixos. Indicadores
    de saúde, como a proporção de gestantes testadas para sífilis e HIV e a taxa de nascidos
    vivos cujas mães realizaram pré-natal adequado, foram utilizados para medir os efeitos.
    Os resultados apontam que o aumento de 1% no volume de emendas per capita eleva, em
    média, a taxa de gestantes testadas em 52,90 por 1000 gestantes, bem como está associado
    a um aumento de aproximadamente 10,86 nascidos vivos cujas mães realizaram pré-natal
    adequado por 1000 nascidos vivos, demonstrando assim que as emendas parlamentares
    contribuíram para o aumento da cobertura de serviços, especialmente no que se refere à
    testagem de gestantes e à adequação do pré-natal. No entanto, persistem desigualdades na
    alocação dos recursos entre os estados e municípios, afetando a uniformidade dos
    resultados. A pesquisa indica a necessidade de políticas que promovam uma distribuição
    mais equitativa e eficiente dos recursos, particularmente em áreas de difícil acesso, para
    fortalecer a assistência à saúde materna.

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  • CREUSA OLIVIA DE MORAIS CAVALCANTI
  • IMPACTO ECONÔMICO DA CHIKUNGUNYA: CUSTOS DOS MEDICAMENTOS PARA PACIENTES E INSTITUIÇÕES DE SAÚDE EM PERNAMBUCO

  • Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • JAMILE TANIELE DA SILVA
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • Data: 30/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • O vírus da Chikungunya adentrou ao Brasil entre os anos de 2013 e 2014, após eventos
    de grande vulto internacional, atingindo, parte da população. Quando infectadas, as
    pessoas têm até 95% de chance de apresentar os sintomas da doença, e dentre as
    manifestações temos as musculoesqueléticas, que podem se prolongar por anos,
    causando transtorno para os pacientes e familiares. O tratamento é realizado de modo
    medicamentoso e não medicamentoso, gerando custos diretos e indiretos e intangíveis.
    O tratamento é realizado por tratamento medicamentoso e os não medicamentosos,
    gerando custos diretos e indiretos tanto para pacientes quanto para a máquina pública.
    No Brasil, o número de casos vem crescendo nos últimos anos, e por isso este trabalho
    tem o objetivo de avaliar o impacto econômico do tratamento dos pacientes com
    Chikungunya e correlacionar a ocorrência dos casos com variáveis climáticas e
    geográficas no estado de Pernambuco. Os custos foram calculados através dos dados
    coletados nos sistemas de informação do Ministério da Saúde, e os percentuais dos
    casos em cada fase da doença, bem como dos sintomas, foram encontrados na literatura
    científica. Para correlação dos dados entre os casos, a precipitação de chuvas e o relevo,
    nas diversas regiões do estado de Pernambuco, foram utilizados dados do Instituto
    Brasileiro de Estatística e Geografia, Agência Pernambucana de Geografia e Estatística,
    em planilha de Excel e tabela dinâmica. A concentração de casos se deu nos meses de
    maio a julho, principalmente na região costeira e onde o Produto interno Bruto é maior
    que as demais mesorregiões. O valor total dos custos foi de R$ 45.738.931,60 (quarenta
    e cinco milhões, setecentos e trinta e oito mil, novecentos e trinta e um reais e sessenta
    centavos), correspondendo a 0,17% do valor total da receita resultante de impostos e
    transferências constitucionais e legais. Desse modo, faz-se necessário estudos mais
    aprofundados, com finalidade de conter a doença no Estado e no Brasil, pois isto
    reverberará em economia financeira para ambos.


  • Mostrar Abstract
  • O vírus da Chikungunya adentrou ao Brasil entre os anos de 2013 e 2014, após eventos
    de grande vulto internacional, atingindo, parte da população. Quando infectadas, as
    pessoas têm até 95% de chance de apresentar os sintomas da doença, e dentre as
    manifestações temos as musculoesqueléticas, que podem se prolongar por anos,
    causando transtorno para os pacientes e familiares. O tratamento é realizado de modo
    medicamentoso e não medicamentoso, gerando custos diretos e indiretos e intangíveis.
    O tratamento é realizado por tratamento medicamentoso e os não medicamentosos,
    gerando custos diretos e indiretos tanto para pacientes quanto para a máquina pública.
    No Brasil, o número de casos vem crescendo nos últimos anos, e por isso este trabalho
    tem o objetivo de avaliar o impacto econômico do tratamento dos pacientes com
    Chikungunya e correlacionar a ocorrência dos casos com variáveis climáticas e
    geográficas no estado de Pernambuco. Os custos foram calculados através dos dados
    coletados nos sistemas de informação do Ministério da Saúde, e os percentuais dos
    casos em cada fase da doença, bem como dos sintomas, foram encontrados na literatura
    científica. Para correlação dos dados entre os casos, a precipitação de chuvas e o relevo,
    nas diversas regiões do estado de Pernambuco, foram utilizados dados do Instituto
    Brasileiro de Estatística e Geografia, Agência Pernambucana de Geografia e Estatística,
    em planilha de Excel e tabela dinâmica. A concentração de casos se deu nos meses de
    maio a julho, principalmente na região costeira e onde o Produto interno Bruto é maior
    que as demais mesorregiões. O valor total dos custos foi de R$ 45.738.931,60 (quarenta
    e cinco milhões, setecentos e trinta e oito mil, novecentos e trinta e um reais e sessenta
    centavos), correspondendo a 0,17% do valor total da receita resultante de impostos e
    transferências constitucionais e legais. Desse modo, faz-se necessário estudos mais
    aprofundados, com finalidade de conter a doença no Estado e no Brasil, pois isto
    reverberará em economia financeira para ambos.

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  • GABRIELA RODRIGUES DE ALBUQUERQUE COELHO
  • CHIKUNGUNYA E SEU IMPACTO NO AMBIENTE DE TRABALHO: UMA INVESTIGAÇÃO SOBRE ABSENTEÍSMO E PRESENTEÍSMO LABORAL

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • BRENO CALDAS DE ARAUJO
  • MARINA FERRAZ CORDEIRO
  • Data: 01/10/2024

  • Mostrar Resumo
  • O vírus Chikungunya (CHIKV) é transmitido pelos mosquitos Aedes
    Aegypti e Aedes Albopictus e em 2024, o Brasil registrou 233.225 casos prováveis e
    134 casos de óbitos. A doença transmitida pelo vírus manifesta-se em três fases:
    aguda, subaguda e crônica, impactando a capacidade laboral dos pacientes.
    Objetivo: Investigar a influência da Chikungunya na capacidade laboral utilizando o
    questionário Work Productivity and Activity Impairment (WPAI). Metodologia: Foram
    incluídos 286 pacientes, diagnosticados laboratorialmente, provenientes do Projeto
    REPLICK – Estudo Multicêntrico da História Natural e Resposta Terapêutica de
    Chikungunya com foco nas Manifestações Musculoesqueléticas Agudas e Crônicas
    e avaliados pelo WPAI. Resultados: Dos pacientes do estudo, 78,32% do sexo
    feminino, cor parda, média de idade 53 anos, 93,71% estava na fase subaguda da
    doença e os principais sintomas relatados foram febre (70,28%), artralgia (76,22%)
    e rigidez matinal (78,67%), 51,6% dos desempregados estavam na categoria de
    atividade da doença alta. O absenteísmo revelou que mais de 14% dos pacientes
    perderam mais de 40 horas de trabalho durante os últimos 7 dias, chegando a
    perder 7 dias de trabalho. O presenteísmo, 55,11% dos pacientes avaliaram o
    impacto acima do escore cinco, representando que seus problemas de saúde
    afetaram a produtividade enquanto estava trabalhando, em uma escala de zero a
    10. Conclusão: Conclui-se que a Chikungunya tem impacto no absenteísmo e
    presenteísmo, gerando custos sociais, empresariais e de saúde pública.


  • Mostrar Abstract
  • O vírus Chikungunya (CHIKV) é transmitido pelos mosquitos Aedes
    Aegypti e Aedes Albopictus e em 2024, o Brasil registrou 233.225 casos prováveis e
    134 casos de óbitos. A doença transmitida pelo vírus manifesta-se em três fases:
    aguda, subaguda e crônica, impactando a capacidade laboral dos pacientes.
    Objetivo: Investigar a influência da Chikungunya na capacidade laboral utilizando o
    questionário Work Productivity and Activity Impairment (WPAI). Metodologia: Foram
    incluídos 286 pacientes, diagnosticados laboratorialmente, provenientes do Projeto
    REPLICK – Estudo Multicêntrico da História Natural e Resposta Terapêutica de
    Chikungunya com foco nas Manifestações Musculoesqueléticas Agudas e Crônicas
    e avaliados pelo WPAI. Resultados: Dos pacientes do estudo, 78,32% do sexo
    feminino, cor parda, média de idade 53 anos, 93,71% estava na fase subaguda da
    doença e os principais sintomas relatados foram febre (70,28%), artralgia (76,22%)
    e rigidez matinal (78,67%), 51,6% dos desempregados estavam na categoria de
    atividade da doença alta. O absenteísmo revelou que mais de 14% dos pacientes
    perderam mais de 40 horas de trabalho durante os últimos 7 dias, chegando a
    perder 7 dias de trabalho. O presenteísmo, 55,11% dos pacientes avaliaram o
    impacto acima do escore cinco, representando que seus problemas de saúde
    afetaram a produtividade enquanto estava trabalhando, em uma escala de zero a
    10. Conclusão: Conclui-se que a Chikungunya tem impacto no absenteísmo e
    presenteísmo, gerando custos sociais, empresariais e de saúde pública.

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  • PÂMELA ADELINA DA SILVA DAMASCENO
  • Envelhecimento populacional e gastos com internações no SUS por doenças que alteram a cognição: uma análise realizada de 2010 e 2022 do estado da Bahia.

  • Orientador : UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ELENILDO SANTOS BEZERRA
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES
  • Data: 03/10/2024

  • Mostrar Resumo
  • O envelhecimento populacional é um fenômeno global que impacta tanto países
    desenvolvidos quanto em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Este estudo visa
    analisar os efeitos das mudanças demográficas nos gastos com internações no
    Sistema Único de Saúde SUS por doenças que alteram a cognição no estado da
    Bahia, no período de 2010 e 2022. A pesquisa utilizou dados de internações
    hospitalares fornecidos pelo SUS, focando nas diferenças de gastos entre as
    regiões do estado da Bahia, a capital Salvador e outras cidades. Os gastos foram
    decompostos em efeito preço, efeito taxa e efeito composição etária. A análise
    comparou a concentração de gastos em diferentes grupos etários e considerou
    variáveis como crescimento populacional e desenvolvimento regional. Os
    resultados mostraram que a Bahia, com uma população mais envelhecida e uma
    melhor oferta de serviços de saúde, apresentou uma maior concentração de
    gastos em grupos etários avançados. Salvador apresentou uma estrutura de
    gastos decrescente com a idade. O efeito preço foi determinante nas diferenças
    de gastos entre regiões. Além disso, foi identificado que os elevados custos de
    internação entre os idosos podem ser explicados pela maior complexidade e
    duração dos cuidados necessários para essa população. Conclui-se que o
    envelhecimento populacional tem um impacto significativo nos custos de
    internação por doenças que afetam a cognição. Para mitigar esses custos
    crescentes, é essencial adotar medidas preventivas e intervenções que
    melhorem ou mantenham a independência dos idosos.


  • Mostrar Abstract
  • O envelhecimento populacional é um fenômeno global que impacta tanto países
    desenvolvidos quanto em desenvolvimento, incluindo o Brasil. Este estudo visa
    analisar os efeitos das mudanças demográficas nos gastos com internações no
    Sistema Único de Saúde SUS por doenças que alteram a cognição no estado da
    Bahia, no período de 2010 e 2022. A pesquisa utilizou dados de internações
    hospitalares fornecidos pelo SUS, focando nas diferenças de gastos entre as
    regiões do estado da Bahia, a capital Salvador e outras cidades. Os gastos foram
    decompostos em efeito preço, efeito taxa e efeito composição etária. A análise
    comparou a concentração de gastos em diferentes grupos etários e considerou
    variáveis como crescimento populacional e desenvolvimento regional. Os
    resultados mostraram que a Bahia, com uma população mais envelhecida e uma
    melhor oferta de serviços de saúde, apresentou uma maior concentração de
    gastos em grupos etários avançados. Salvador apresentou uma estrutura de
    gastos decrescente com a idade. O efeito preço foi determinante nas diferenças
    de gastos entre regiões. Além disso, foi identificado que os elevados custos de
    internação entre os idosos podem ser explicados pela maior complexidade e
    duração dos cuidados necessários para essa população. Conclui-se que o
    envelhecimento populacional tem um impacto significativo nos custos de
    internação por doenças que afetam a cognição. Para mitigar esses custos
    crescentes, é essencial adotar medidas preventivas e intervenções que
    melhorem ou mantenham a independência dos idosos.

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  • ANA PAULA BAGETTI RAMOS
  • TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: IMPRESSÕES E EXPECTATIVAS PARA IMPLANTAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA ASSISTÊNCIA EM PERNAMBUCO

  • Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ALANE ALVES SILVA
  • ANDRE MARQUES CAVALCANTI
  • MONALIZA DE OLIVEIRA FERREIRA
  • Data: 09/10/2024

  • Mostrar Resumo
  • O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento
    caracterizada por prejuízos na interação social e comunicação, comportamentos restritos e
    repetitivos. Está frequentemente associado a comorbidades, como deficiência intelectual,
    epilepsia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, transtornos de
    ansiedade, transtornos do sono, e outras.   A etiologia do TEA ainda não é completamente
    compreendida. Evidências apontam para influências de fatores pré e perinatais, assim como
    hereditários.  No Brasil, a ausência de dados epidemiológicos dificulta a compreensão de sua
    prevalência e do seu impacto econômico e social sobre o sistema de saúde e as famílias.   O
    diagnóstico precoce e a rápida implementação de intervenções podem reduzir o impacto dos
    sintomas.   Antes de 1980, o Estado não possuía estratégias para acolhimento de crianças e
    adolescentes com sofrimento mental, incluindo o autismo, que foi assumido por associações
    de familiares. Em 2002, na Reforma Psiquiátrica, foram criados os Centros de Atenção
    Psicossocial (CAPS), sendo os CAPSi referência no atendimento psicossocial de crianças e
    adolescentes para o TEA. Em 2012, a Lei n. 12.764, instituiu a &quot;Política Nacional de Proteção
    dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista&quot;, e as pessoas com TEA passaram
    a ser reconhecidas como &quot;pessoas com deficiência para todos os efeitos legais&quot;, garantindo-
    lhes acesso a benefícios financeiros, inclusão escolar e serviços de saúde especializados,
    muitas vezes em contradição aos da rede de saúde mental.  O Tribunal de Contas do Estado de
    Pernambuco (TCE), em levantamentos realizados no Estado, identificou que a política pública
    de saúde para o TEA ainda está em fase inicial e não é priorizada pela maioria dos
    municípios. Apesar da incorporação do autismo no campo das deficiências, os Centros
    Especializados de Reabilitação (CER) habilitados para esse atendimento são escassos no
    estado, deixando essa população dependente dos serviços do CAPSi, que são insuficientes.
    Metodologia: Foi utilizada uma abordagem  qualitativa, retrospectiva. Foram avaliados: Leis
    e decretos, Relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), Relatórios do Ministério
    da Saúde e do SUS, Artigos e revisões sobre políticas públicas de saúde relacionadas ao
    autismo, e estudos sobre prevalência e o impacto econômico, social e de saúde nas famílias e
    nos sistemas de saúde de outros países. Foram utilizados dados extraídos da  Tabela Unificada
    de Procedimentos da Produção Ambulatorial (Tabwin, DATASUS), e registros de cadastros
    no CNES. Resultados: Foram encontrados poucos centros especializados habilitados para o
    atendimento do autismo. Desses, a maior parte dos estabelecimentos ainda são as associações
    sem fins lucrativos e ONGS que recebem financiamento do SUS. Grande parte encontra-se na

    Região Metropolitana do Recife. A produção ambulatorial demonstrou números crescentes de
    atendimentos apesar dos poucos centros. Os resultados condizem com o relatório do TCE
    (2023). Conclusão: Há necessidade de investimentos governamentais nas  construções de
    centros especializados de múltiplas especialidades para o autismo em todo o estado
    pernambucano, visando cobrir os vazios territoriais encontrados. Além disso, investir em
    capacitação profissional e treinamento de pais e cuidadores, nas escolas e professores para
    educação inclusiva.


  • Mostrar Abstract
  • O transtorno do espectro autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento
    caracterizada por prejuízos na interação social e comunicação, comportamentos restritos e
    repetitivos. Está frequentemente associado a comorbidades, como deficiência intelectual,
    epilepsia, transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), depressão, transtornos de
    ansiedade, transtornos do sono, e outras.   A etiologia do TEA ainda não é completamente
    compreendida. Evidências apontam para influências de fatores pré e perinatais, assim como
    hereditários.  No Brasil, a ausência de dados epidemiológicos dificulta a compreensão de sua
    prevalência e do seu impacto econômico e social sobre o sistema de saúde e as famílias.   O
    diagnóstico precoce e a rápida implementação de intervenções podem reduzir o impacto dos
    sintomas.   Antes de 1980, o Estado não possuía estratégias para acolhimento de crianças e
    adolescentes com sofrimento mental, incluindo o autismo, que foi assumido por associações
    de familiares. Em 2002, na Reforma Psiquiátrica, foram criados os Centros de Atenção
    Psicossocial (CAPS), sendo os CAPSi referência no atendimento psicossocial de crianças e
    adolescentes para o TEA. Em 2012, a Lei n. 12.764, instituiu a &quot;Política Nacional de Proteção
    dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista&quot;, e as pessoas com TEA passaram
    a ser reconhecidas como &quot;pessoas com deficiência para todos os efeitos legais&quot;, garantindo-
    lhes acesso a benefícios financeiros, inclusão escolar e serviços de saúde especializados,
    muitas vezes em contradição aos da rede de saúde mental.  O Tribunal de Contas do Estado de
    Pernambuco (TCE), em levantamentos realizados no Estado, identificou que a política pública
    de saúde para o TEA ainda está em fase inicial e não é priorizada pela maioria dos
    municípios. Apesar da incorporação do autismo no campo das deficiências, os Centros
    Especializados de Reabilitação (CER) habilitados para esse atendimento são escassos no
    estado, deixando essa população dependente dos serviços do CAPSi, que são insuficientes.
    Metodologia: Foi utilizada uma abordagem  qualitativa, retrospectiva. Foram avaliados: Leis
    e decretos, Relatório do Tribunal de Contas de Pernambuco (TCE), Relatórios do Ministério
    da Saúde e do SUS, Artigos e revisões sobre políticas públicas de saúde relacionadas ao
    autismo, e estudos sobre prevalência e o impacto econômico, social e de saúde nas famílias e
    nos sistemas de saúde de outros países. Foram utilizados dados extraídos da  Tabela Unificada
    de Procedimentos da Produção Ambulatorial (Tabwin, DATASUS), e registros de cadastros
    no CNES. Resultados: Foram encontrados poucos centros especializados habilitados para o
    atendimento do autismo. Desses, a maior parte dos estabelecimentos ainda são as associações
    sem fins lucrativos e ONGS que recebem financiamento do SUS. Grande parte encontra-se na

    Região Metropolitana do Recife. A produção ambulatorial demonstrou números crescentes de
    atendimentos apesar dos poucos centros. Os resultados condizem com o relatório do TCE
    (2023). Conclusão: Há necessidade de investimentos governamentais nas  construções de
    centros especializados de múltiplas especialidades para o autismo em todo o estado
    pernambucano, visando cobrir os vazios territoriais encontrados. Além disso, investir em
    capacitação profissional e treinamento de pais e cuidadores, nas escolas e professores para
    educação inclusiva.

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  • TASSIA DANIELE LIMA ALMEIDA
  • COVID-19 COMO FATOR DE RISCO PARA MORTALIDADE ENTRE MULHERES EM IDADE FÉRTIL

  • Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • FLÁVIA EMÍLIA CAVALCANTE VALENÇA FERNANDES
  • ROBERTA DE SOUZA PEREIRA DA SILVA RAMOS
  • Data: 10/10/2024

  • Mostrar Resumo
  • No final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre a
    existência de um novo vírus com alto potencial de contaminação e mortalidade na China
    e que rapidamente alcançou o mundo inteiro. Em março de 2020, foi decretada a
    pandemia da COVID-19, levando à implementação de medidas protetivas de saúde para
    conter a propagação da doença, especialmente em grupos de maior risco, como as
    gestantes. Entretanto, no Brasil, apesar dessas medidas, a mortalidade em gestantes
    esteve relacionada à problemas crônicos da assistência à saúde da mulher. A
    desigualdade de acesso aos serviços de saúde, a falta de infraestrutura e o atendimento
    especializado inadequado já afetava os desfechos de saúde no Brasil antes da pandemia.
    Com a COVID-19, essas dificuldades se agravaram, sobrecarregando o sistema de
    saúde e limitando o acesso a cuidados oportunos. A pandemia expôs e intensificou essas
    falhas destacando a necessidade urgente de melhorias nas políticas públicas para
    garantir assistência equitativa. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo central
    investigar quais as características sociodemográficas e fatores de risco associados ao
    agravamento da COVID-19, com desfecho de óbito entre as mulheres gestantes e não
    gestantes. A amostra do estudo foi composta por um banco de dados constituído por
    262.210 mulheres em idade fértil entre 10 a 49 anos de idade, com diagnóstico de
    COVID-19 em território nacional, registradas no SIVEP-Gripe no período entre 01 de
    janeiro de 2020 a 31 de janeiro de 2023. Dentre essas, 10,21% eram mulheres gestantes
    e 60,10% correspondem à mulheres com idade entre 10 e 39 anos de idade. Embora a
    gestação esteja associada a hospitalizações, a análise estatística revelou que 3,4% das
    gestantes, correspondente a 911 casos, evoluíram para óbito. Além disso, a internação
    em UTI reduziu em 31% a chance de óbito, enquanto a ventilação invasiva reduziu esse
    risco em 20%. O estudo sugere que a condição de gestação não resultou em um maior
    risco de óbito em comparação com as mulheres não gestantes. Esses resultados sugerem
    que o risco de mortalidade por COVID-19 entre mulheres, grávidas e não grávidas,
    esteve mais relacionado a outros fatores sistêmicos e comorbidades, do que à condição
    de gravidez em si. Durante a pandemia, as gestantes receberam prioridade no
    atendimento, com acesso facilitado a consultas e cuidados obstétricos. Essa atenção
    diferenciada pode ter contribuído para resultados positivos, permitindo um
    acompanhamento mais próximo e mitigando riscos associados à COVID-19. Como
    conclusão, destaca-se a importância dos serviços de saúde aos cuidados das mulheres
    grávidas, especialmente em situações de pandemias, garantindo acesso a atendimento
    adequado e seguro.


  • Mostrar Abstract
  • No final de 2019, a Organização Mundial da Saúde (OMS) foi notificada sobre a
    existência de um novo vírus com alto potencial de contaminação e mortalidade na China
    e que rapidamente alcançou o mundo inteiro. Em março de 2020, foi decretada a
    pandemia da COVID-19, levando à implementação de medidas protetivas de saúde para
    conter a propagação da doença, especialmente em grupos de maior risco, como as
    gestantes. Entretanto, no Brasil, apesar dessas medidas, a mortalidade em gestantes
    esteve relacionada à problemas crônicos da assistência à saúde da mulher. A
    desigualdade de acesso aos serviços de saúde, a falta de infraestrutura e o atendimento
    especializado inadequado já afetava os desfechos de saúde no Brasil antes da pandemia.
    Com a COVID-19, essas dificuldades se agravaram, sobrecarregando o sistema de
    saúde e limitando o acesso a cuidados oportunos. A pandemia expôs e intensificou essas
    falhas destacando a necessidade urgente de melhorias nas políticas públicas para
    garantir assistência equitativa. Deste modo, o presente estudo tem como objetivo central
    investigar quais as características sociodemográficas e fatores de risco associados ao
    agravamento da COVID-19, com desfecho de óbito entre as mulheres gestantes e não
    gestantes. A amostra do estudo foi composta por um banco de dados constituído por
    262.210 mulheres em idade fértil entre 10 a 49 anos de idade, com diagnóstico de
    COVID-19 em território nacional, registradas no SIVEP-Gripe no período entre 01 de
    janeiro de 2020 a 31 de janeiro de 2023. Dentre essas, 10,21% eram mulheres gestantes
    e 60,10% correspondem à mulheres com idade entre 10 e 39 anos de idade. Embora a
    gestação esteja associada a hospitalizações, a análise estatística revelou que 3,4% das
    gestantes, correspondente a 911 casos, evoluíram para óbito. Além disso, a internação
    em UTI reduziu em 31% a chance de óbito, enquanto a ventilação invasiva reduziu esse
    risco em 20%. O estudo sugere que a condição de gestação não resultou em um maior
    risco de óbito em comparação com as mulheres não gestantes. Esses resultados sugerem
    que o risco de mortalidade por COVID-19 entre mulheres, grávidas e não grávidas,
    esteve mais relacionado a outros fatores sistêmicos e comorbidades, do que à condição
    de gravidez em si. Durante a pandemia, as gestantes receberam prioridade no
    atendimento, com acesso facilitado a consultas e cuidados obstétricos. Essa atenção
    diferenciada pode ter contribuído para resultados positivos, permitindo um
    acompanhamento mais próximo e mitigando riscos associados à COVID-19. Como
    conclusão, destaca-se a importância dos serviços de saúde aos cuidados das mulheres
    grávidas, especialmente em situações de pandemias, garantindo acesso a atendimento
    adequado e seguro.

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  • RAQUEL DE ALMEIDA DA SILVA
  • CUSTO HOSPITALAR DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE EM PERNAMBUCO ENTRE OS ANOS DE 2019 E 2023

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • AUGUSTO FERREIRA CORREIA
  • CLAUDEIR DIAS DA SILVA JUNIOR
  • MARIA MARIANA BARROS MELO DA SILVEIRA
  • Data: 31/10/2024

  • Mostrar Resumo
  • A Espondilite Anquilosante (EA) é uma condição inflamatória crônica, caracterizada
    pelo comprometimento do esqueleto axial e das articulações sacroilíacas. A persistência
    do estado inflamatório desencadeia danos estruturais, resultando, em maior ou menor
    grau, no desenvolvimento de formações ósseas nos locais inflamados da coluna,
    conhecidas como sindesmófitos. Ao longo do tempo, essas formações ósseas podem
    evoluir para a anquilose da coluna, ressaltando a importância de compreender e abordar
    a progressão dessa condição. O presente estudo teve como finalidade analisar o perfil
    epidemiológico de pacientes diagnosticados com Espondilite Anquilosante no estado de
    Pernambuco no Período de 2019 a 2023.Trata-se de um estudo, descritivo e
    retrospectivo, com abordagem quantitativa. Foram selecionados todos os casos de
    pacientes com Espondilite Anquilosante, no estado de Pernambuco, de janeiro de 2019
    até dezembro de 2023, disponível para consulta no banco de dados (DATASUS),
    obtendo-se uma amostra de conveniência. Foram registrados 2.714 casos de
    hospitalização por Espondilite Anquilosante. A análise dos dados foi conduzida por
    Regionais de Saúde do Estado de Pernambuco. O sexo masculino foi predominante
    durante os anos estudados, correspondendo a (55,94%) do número de casos. Em relação
    à raça, um percentual de 72,0% correspondia à raça Parda. Ao analisar a taxa de
    mortalidade (2.714), observou-se que a maior taxa foi entre os indivíduos de cor Parda,
    representando (67%). Em termos de custo, as internações hospitalares por EA nas
    diferentes regionais de saúde de Pernambuco totalizaram R$ 6.775.551,74 para o SUS,
    com um custo médio por internação de R$ 2.495,60. Ao analisar por regionais, destaca-
    se que a I Geres concentra a maior parcela das internações relacionadas a Espondilite
    Anquilosante, totalizando (85,8%) (2.318) casos. Diante dessa realidade, torna-se
    necessário que os órgãos de saúde intervenham com a implementação de medidas
    direcionadas para a promoção, prevenção e diagnóstico oportuno dessas condições.


  • Mostrar Abstract
  • A Espondilite Anquilosante (EA) é uma condição inflamatória crônica, caracterizada
    pelo comprometimento do esqueleto axial e das articulações sacroilíacas. A persistência
    do estado inflamatório desencadeia danos estruturais, resultando, em maior ou menor
    grau, no desenvolvimento de formações ósseas nos locais inflamados da coluna,
    conhecidas como sindesmófitos. Ao longo do tempo, essas formações ósseas podem
    evoluir para a anquilose da coluna, ressaltando a importância de compreender e abordar
    a progressão dessa condição. O presente estudo teve como finalidade analisar o perfil
    epidemiológico de pacientes diagnosticados com Espondilite Anquilosante no estado de
    Pernambuco no Período de 2019 a 2023.Trata-se de um estudo, descritivo e
    retrospectivo, com abordagem quantitativa. Foram selecionados todos os casos de
    pacientes com Espondilite Anquilosante, no estado de Pernambuco, de janeiro de 2019
    até dezembro de 2023, disponível para consulta no banco de dados (DATASUS),
    obtendo-se uma amostra de conveniência. Foram registrados 2.714 casos de
    hospitalização por Espondilite Anquilosante. A análise dos dados foi conduzida por
    Regionais de Saúde do Estado de Pernambuco. O sexo masculino foi predominante
    durante os anos estudados, correspondendo a (55,94%) do número de casos. Em relação
    à raça, um percentual de 72,0% correspondia à raça Parda. Ao analisar a taxa de
    mortalidade (2.714), observou-se que a maior taxa foi entre os indivíduos de cor Parda,
    representando (67%). Em termos de custo, as internações hospitalares por EA nas
    diferentes regionais de saúde de Pernambuco totalizaram R$ 6.775.551,74 para o SUS,
    com um custo médio por internação de R$ 2.495,60. Ao analisar por regionais, destaca-
    se que a I Geres concentra a maior parcela das internações relacionadas a Espondilite
    Anquilosante, totalizando (85,8%) (2.318) casos. Diante dessa realidade, torna-se
    necessário que os órgãos de saúde intervenham com a implementação de medidas
    direcionadas para a promoção, prevenção e diagnóstico oportuno dessas condições.

Teses
1
  • NAYARA MARIA SIQUEIRA LEITE
  • ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA HOSPITALAR: CONTRIBUIÇÃO PARA A AVALIAÇÃO DE SERVIÇOS
     FARMACÊUTICOS A PARTIR DE UMA EXPERIÊNCIA CONCRETA

  • Orientador : FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MERCIA PANDOLFO PROVIN
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • FRANCISCA SUELI MONTE MOREIRA
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • Data: 29/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • A garantia do acesso a medicamentos constitui elemento fundamental da
    assistência farmacêutica no Brasil. Além dele, é prerrogativa das políticas nacionais
    o uso racional de medicamentos. Nesse contexto, a assistência farmacêutica
    hospitalar (AFH) abrange uma série de serviços especializados, com atividades
    sendo realizadas a todo tempo nos hospitais públicos e privados do país, mas que
    têm recebido menor atenção que aquela conferida à assistência farmacêutica
    ambulatorial. Esses serviços da AFH necessitam de avaliação e, muitas vezes, de
    adequações para que haja qualidade no atendimento ao usuário hospitalizado.
    Assim, o objetivo desta tese é contribuir para a avaliação da assistência
    farmacêutica hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da experiência
    de avaliação dos serviços farmacêuticos do Hospital de Referência em Hematologia
    do Estado de Pernambuco (HEMOPE). Foram investigados indicadores voltados à
    prática da assistência farmacêutica hospitalar seguindo as dimensões da qualidade
    propostas por Donabedian: Estrutura, Processo e Resultados. Devido à escassez
    de estudos na literatura científica, realizou-se uma revisão de escopo sobre
    métodos e indicadores de resultado da assistência farmacêutica hospitalar. Após
    esta revisão, foi elaborada uma matriz de indicadores e aplicada à avaliação da AFH
    do HEMOPE, considerando as três dimensões mencionadas e um modelo-lógico
    construído para explicar as relações entre insumos, atividades, produtos e
    resultados da farmácia hospitalar. Analisando-se a conformidade da AFH em
    relação aos 65 indicadores da matriz, obteve-se para estrutura, processo e
    resultado, 50,0%, 48,5% e 0,00% de conformidade, respectivamente. A última etapa
    do trabalho foi a avaliação da assistência farmacêutica desse hospital, segundo a
    perspectiva de usuários que acessam o serviço de dispensação ambulatorial de
    medicamentos. Nessa etapa, verificou-se elevado nível de satisfação dos
    entrevistados com esse serviço, embora houvesse preocupação com a
    disponibilidade dos medicamentos e desagrado com a ocorrência de filas e com o
    espaço da sala de espera, considerado pequeno para a demanda. Constatou-se a
    necessidade de aprimoramento desses aspectos estruturais relacionados à
    dispensação de medicamentos, assim como do papel do farmacêutico em sua
    realização. Com o conjunto das informações produzidas, foi possível elaborar um
    Plano de Intervenção para aperfeiçoar a AFH do HEMOPE, que é um hospital
    relevante na prestação de serviços especializados em onco-hematologia para o
    SUS, em nível regional, a fim de melhorar a qualidade do atendimento prestado à
    população e de otimizar o uso dos escassos recursos desse sistema. Por fim, a
    partir dessa experiência de avaliação da AFH do HEMOPE, esta tese também
    contribui para a avaliação dos serviços farmacêuticos de hospitais do SUS, ao
    sistematizar métodos aplicáveis a essa finalidade.


  • Mostrar Abstract
  • A garantia do acesso a medicamentos constitui elemento fundamental da
    assistência farmacêutica no Brasil. Além dele, é prerrogativa das políticas nacionais
    o uso racional de medicamentos. Nesse contexto, a assistência farmacêutica
    hospitalar (AFH) abrange uma série de serviços especializados, com atividades
    sendo realizadas a todo tempo nos hospitais públicos e privados do país, mas que
    têm recebido menor atenção que aquela conferida à assistência farmacêutica
    ambulatorial. Esses serviços da AFH necessitam de avaliação e, muitas vezes, de
    adequações para que haja qualidade no atendimento ao usuário hospitalizado.
    Assim, o objetivo desta tese é contribuir para a avaliação da assistência
    farmacêutica hospitalar no Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da experiência
    de avaliação dos serviços farmacêuticos do Hospital de Referência em Hematologia
    do Estado de Pernambuco (HEMOPE). Foram investigados indicadores voltados à
    prática da assistência farmacêutica hospitalar seguindo as dimensões da qualidade
    propostas por Donabedian: Estrutura, Processo e Resultados. Devido à escassez
    de estudos na literatura científica, realizou-se uma revisão de escopo sobre
    métodos e indicadores de resultado da assistência farmacêutica hospitalar. Após
    esta revisão, foi elaborada uma matriz de indicadores e aplicada à avaliação da AFH
    do HEMOPE, considerando as três dimensões mencionadas e um modelo-lógico
    construído para explicar as relações entre insumos, atividades, produtos e
    resultados da farmácia hospitalar. Analisando-se a conformidade da AFH em
    relação aos 65 indicadores da matriz, obteve-se para estrutura, processo e
    resultado, 50,0%, 48,5% e 0,00% de conformidade, respectivamente. A última etapa
    do trabalho foi a avaliação da assistência farmacêutica desse hospital, segundo a
    perspectiva de usuários que acessam o serviço de dispensação ambulatorial de
    medicamentos. Nessa etapa, verificou-se elevado nível de satisfação dos
    entrevistados com esse serviço, embora houvesse preocupação com a
    disponibilidade dos medicamentos e desagrado com a ocorrência de filas e com o
    espaço da sala de espera, considerado pequeno para a demanda. Constatou-se a
    necessidade de aprimoramento desses aspectos estruturais relacionados à
    dispensação de medicamentos, assim como do papel do farmacêutico em sua
    realização. Com o conjunto das informações produzidas, foi possível elaborar um
    Plano de Intervenção para aperfeiçoar a AFH do HEMOPE, que é um hospital
    relevante na prestação de serviços especializados em onco-hematologia para o
    SUS, em nível regional, a fim de melhorar a qualidade do atendimento prestado à
    população e de otimizar o uso dos escassos recursos desse sistema. Por fim, a
    partir dessa experiência de avaliação da AFH do HEMOPE, esta tese também
    contribui para a avaliação dos serviços farmacêuticos de hospitais do SUS, ao
    sistematizar métodos aplicáveis a essa finalidade.

2
  • RINALDJA DA SILVA CABRAL AGUIAR
  • ANÁLISE DA ASSOCIAÇÃO ENTRE POSITIVIDADE PARA COVID-19 E DESIGUALDADES SOCIOECONÔMICAS NA PRIMEIRA ONDA DA PANDEMIA NO BRASIL

  • Orientador : JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
  • MONALIZA DE OLIVEIRA FERREIRA
  • PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • ROZANE BEZERRA DE SIQUEIRA
  • Data: 29/02/2024

  • Mostrar Resumo
  • Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Causada por um novo subtipo de Coronavírus posteriormente denominado SARS-CoV2, trata-se de uma zoonose de alta transmissibilidade. No Brasil, durante a primeira onda da pandemia, foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios – PNAD COVID-19 com objetivo de estimar o número de pessoas com sintomas associados à síndrome gripal. A compreensão da interação das desigualdades sociais em saúde com o estado de saúde entre grupos é importante para o entendimento do processo saúde-doença nas populações para além dos aspectos biológicos. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre a testagem positiva para COVID-19 e desigualdades socioeconômicas durante a primeira fase da pandemia no Brasil, utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD-COVID-19. Para alcançar tal objetivo foi realizada inicialmente uma análise descritiva dos dados, elaborado modelo hierarquizado e a análise estatística foi feita através de regressão logística, a medida de associação utilizada foi a ODDS RATIO com nível de significância de 5%. O desfecho é ter teste positivo para COVID-19 e como covariáveis as características de sociais, econômicas e de saúde da população. Os resultados mostraram que indivíduos do sexo masculino, idade igual ou superior a 60 anos, baixa escolaridade, que residem na zona rural têm maiores probabilidades de testar positivo para COVID-19. Pessoas sem plano de saúde, com menor restrição a serviços de saúde e que residem em locais com menor disponibilidade de leitos, médicos e maior número de tomógrafos, também apresentam chances mais elevadas de ter a doença desfecho. Indivíduos que residem em estados com maior índice de transparência, condições de moradia ruins, e maior espaço domiciliar são fatores de proteção, e diminuem a probabilidade de ter teste positivo, bem como lugares nos quais as medidas de distanciamento social foram implantadas tardiamente. Verificou-se ainda maior probabilidade de ter a doença entre indivíduos mais pobres que residem em local com maior Índice de Gini. Conclui-se que a resposta eficaz à pandemia requer não apenas medidas de saúde pública, mas também ações direcionadas para enfrentar as raízes das desigualdades subjacentes. Abordar as desigualdades é crucial não apenas para superar a atual crise, mas também para construir uma base mais sólida e equitativa para enfrentar desafios futuros de saúde global.


  • Mostrar Abstract
  • Em 11 de março de 2020, a COVID-19 foi caracterizada pela OMS como uma pandemia. Causada por um novo subtipo de Coronavírus posteriormente denominado SARS-CoV2, trata-se de uma zoonose de alta transmissibilidade. No Brasil, durante a primeira onda da pandemia, foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios – PNAD COVID-19 com objetivo de estimar o número de pessoas com sintomas associados à síndrome gripal. A compreensão da interação das desigualdades sociais em saúde com o estado de saúde entre grupos é importante para o entendimento do processo saúde-doença nas populações para além dos aspectos biológicos. O objetivo deste estudo é investigar a relação entre a testagem positiva para COVID-19 e desigualdades socioeconômicas durante a primeira fase da pandemia no Brasil, utilizando microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD-COVID-19. Para alcançar tal objetivo foi realizada inicialmente uma análise descritiva dos dados, elaborado modelo hierarquizado e a análise estatística foi feita através de regressão logística, a medida de associação utilizada foi a ODDS RATIO com nível de significância de 5%. O desfecho é ter teste positivo para COVID-19 e como covariáveis as características de sociais, econômicas e de saúde da população. Os resultados mostraram que indivíduos do sexo masculino, idade igual ou superior a 60 anos, baixa escolaridade, que residem na zona rural têm maiores probabilidades de testar positivo para COVID-19. Pessoas sem plano de saúde, com menor restrição a serviços de saúde e que residem em locais com menor disponibilidade de leitos, médicos e maior número de tomógrafos, também apresentam chances mais elevadas de ter a doença desfecho. Indivíduos que residem em estados com maior índice de transparência, condições de moradia ruins, e maior espaço domiciliar são fatores de proteção, e diminuem a probabilidade de ter teste positivo, bem como lugares nos quais as medidas de distanciamento social foram implantadas tardiamente. Verificou-se ainda maior probabilidade de ter a doença entre indivíduos mais pobres que residem em local com maior Índice de Gini. Conclui-se que a resposta eficaz à pandemia requer não apenas medidas de saúde pública, mas também ações direcionadas para enfrentar as raízes das desigualdades subjacentes. Abordar as desigualdades é crucial não apenas para superar a atual crise, mas também para construir uma base mais sólida e equitativa para enfrentar desafios futuros de saúde global.

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  • JULIANA DA SILVA NOGUEIRA CARVALHO
  • AVALIAÇÃO DE CUSTO-EFETIVIDADE DA INSERÇÃO DE DISPOSITIVOS INTRAUTERINOS POR ENFERMEIROS APÓS CAPACITAÇÃO NO ESTADO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • NOEMIA TEIXEIRA DE SIQUEIRA FILHA
  • AGOSTINHO DE SOUSA MACHADO JUNIOR
  • CAMILLA MARIA FERREIRA DE AQUINO
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • Data: 22/03/2024

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  • Introdução: capacitar enfermeiros para a oferta de serviços de planejamento reprodutivo é estratégia útil para redução de demanda não satisfeita de contracepção e para a ampliação do acesso da população a esses serviços com segurança e eficácia. Objetivo: avaliar o custo- efetividade da inserção de dispositivos intrauterinos por enfermeiros após capacitação no Estado de Pernambuco. Método: foi desenvolvido um estudo de avaliação econômica, utilizando-se modelagem dinâmica, com um modelo de Markov no programa Treeage® Pro Healthcare 2023. O modelo desenvolvido considerou a oferta de dispositivos intrauterinos de cobre após a capacitação de enfermeiros e descreveu a história natural do acesso ao dispositivo em mulheres ou pessoas com útero, em idade fértil. O modelo analisou três cenários hipotéticos comparáveis, explorando diferentes transições: pessoas não grávidas, sem dispositivo intrauterino e sem intenção de engravidar, podem passar para o estado de gravidez (descoberta imediatamente antes de inserir o dispositivo), considerado um estado de absorção; pessoas não grávidas que foram atendidas, mas não inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas sem dispositivo ou tornar-se grávidas sem o dispositivo; pessoas não grávidas que foram atendidas e inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas com dispositivo ou tornar-se grávidas com dispositivo. A perspectiva escolhida é a do Sistema Único de Saúde. Foram avaliados os custos associados com a ampliação da oferta, os efeitos das intervenções comparadas e a avaliação de sensibilidades determinística e probabilística do modelo. Resultados: o modelo proposto mostrou-se uma ferramenta de modelagem flexível para avaliar o custo-efetividade em curto prazo de intervenções para contracepção entre mulheres em idade fértil, que não pretendem engravidar. Constatou-se com o cálculo de custo-efetividade que, aumentar em 60% a oferta dos dispositivos, dada a probabilidade nacional de utilização de 0,02 representa uma relação custo-efetiva, segundo os cálculos da razão de custo-efetividade incremental e avaliação dos benefícios monetários líquidos, com ganhos em QALY de 1,65/ gravidez indesejada evitada no tempo determinado para a investigação, quando se considera o limiar de disposição a pagar de R$40.000,00/QALY. Conclusão: A evidência do custo-efetividade da expansão da disponibilidade dessa tecnologia na área de saúde, através do aprimoramento das práticas avançadas de enfermagem no planejamento reprodutivo, faz uso eficiente dos recursos públicos. Esta abordagem pode ser uma importante contribuição para os gestores na tomada de decisões em favor dessa estratégia assistencial, contribuindo para reduzir a incidência de gravidezes indesejadas na população devido a desafios de acesso. 


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  • Introdução: capacitar enfermeiros para a oferta de serviços de planejamento reprodutivo é estratégia útil para redução de demanda não satisfeita de contracepção e para a ampliação do acesso da população a esses serviços com segurança e eficácia. Objetivo: avaliar o custo- efetividade da inserção de dispositivos intrauterinos por enfermeiros após capacitação no Estado de Pernambuco. Método: foi desenvolvido um estudo de avaliação econômica, utilizando-se modelagem dinâmica, com um modelo de Markov no programa Treeage® Pro Healthcare 2023. O modelo desenvolvido considerou a oferta de dispositivos intrauterinos de cobre após a capacitação de enfermeiros e descreveu a história natural do acesso ao dispositivo em mulheres ou pessoas com útero, em idade fértil. O modelo analisou três cenários hipotéticos comparáveis, explorando diferentes transições: pessoas não grávidas, sem dispositivo intrauterino e sem intenção de engravidar, podem passar para o estado de gravidez (descoberta imediatamente antes de inserir o dispositivo), considerado um estado de absorção; pessoas não grávidas que foram atendidas, mas não inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas sem dispositivo ou tornar-se grávidas sem o dispositivo; pessoas não grávidas que foram atendidas e inseriram o dispositivo, podem permanecer não grávidas com dispositivo ou tornar-se grávidas com dispositivo. A perspectiva escolhida é a do Sistema Único de Saúde. Foram avaliados os custos associados com a ampliação da oferta, os efeitos das intervenções comparadas e a avaliação de sensibilidades determinística e probabilística do modelo. Resultados: o modelo proposto mostrou-se uma ferramenta de modelagem flexível para avaliar o custo-efetividade em curto prazo de intervenções para contracepção entre mulheres em idade fértil, que não pretendem engravidar. Constatou-se com o cálculo de custo-efetividade que, aumentar em 60% a oferta dos dispositivos, dada a probabilidade nacional de utilização de 0,02 representa uma relação custo-efetiva, segundo os cálculos da razão de custo-efetividade incremental e avaliação dos benefícios monetários líquidos, com ganhos em QALY de 1,65/ gravidez indesejada evitada no tempo determinado para a investigação, quando se considera o limiar de disposição a pagar de R$40.000,00/QALY. Conclusão: A evidência do custo-efetividade da expansão da disponibilidade dessa tecnologia na área de saúde, através do aprimoramento das práticas avançadas de enfermagem no planejamento reprodutivo, faz uso eficiente dos recursos públicos. Esta abordagem pode ser uma importante contribuição para os gestores na tomada de decisões em favor dessa estratégia assistencial, contribuindo para reduzir a incidência de gravidezes indesejadas na população devido a desafios de acesso. 

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  • JACQUELINE AUGUSTA DO NASCIMENTO OLIVEIRA
  • ESTRESSE LABORAL, SATISFAÇÃO E MOTIVAÇÃO NO TRABALHO ENTRE
    PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM DE CENTRO CIRÚRGICO

  • Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDRE MARQUES CAVALCANTI
  • FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
  • JERONYMO JOSE LIBONATI
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • NELSON MIGUEL GALINDO NETO
  • Data: 25/04/2024

  • Mostrar Resumo
  • Dentre os serviços e unidades de um hospital, a Unidade de Centro Cirúrgico
    constitui uma das mais complexas, em decorrência de seus inúmeros processos e subprocessos
    ligados, direta ou indiretamente, à produção das cirurgias, sendo considerado o Bloco
    Operatório como um setor de alto nível de estresse. O desempenho das atividades de
    enfermagem no Bloco Operatório impacta diretamente na capacidade produtiva do setor e há
    grande desafio em balancear as exigências e demandas para a classe perante o desgaste físico,
    a saúde mental e a qualidade de vida destes profissionais. Objetivo: avaliar como a satisfação
    com o trabalho e a motivação repercutem no estresse laboral de profissionais de enfermagem
    de Bloco Operatório. Métodos: Foi realizado um estudo piloto do tipo transversal
    observacional em um Hospital Universitário Federal de grande porte do Nordeste do Brasil,
    com coleta de dados em maio e junho de 2023. Em seguida, foi realizado um estudo do tipo
    survey nacional, entre agosto e dezembro de 2023. Utilizou-se a Escala de Estresse no Trabalho
    (EET) com um questionário, na versão utilizada com 23 itens, e 5 alternativas que permitem a
    identificação de níveis de estresse ocupacional, a escala de Motivação para o trabalho que é
    composta por 30 itens, implementamos a escala Liket de 7 pontos com resposta única e a Escala
    de Satisfação no Trabalho (EST) onde foi utilizada a versão reduzida com 15 itens distribuídos
    em cinco fatores com utilização da escala Liket. Resultados: No inquérito nacional, houve um
    total de 385 respostas, sendo 160 profissionais (41,6%) técnicos ou auxiliares de enfermagem
    e 225 (58,4%) enfermeiros. Os respondentes habitavam e trabalhavam em sua maioria na região
    Nordeste do país (223; 57,9%), seguida do Sudeste (102; 26,5%), Sul (35; 9,1%), Centro-Oeste
    (15; 3,9%) e Norte (10; 2,6%). De acordo com a regressão linear final para o Estresse, o modelo
    que melhor explica o estresse considera, o tempo de formado, três domínios da Satisfação
    (Satisfação com colegas, Satisfação com chefia e Satisfação com promoções) e os domínios da
    Motivação (Índice higiênico e Índice motivacional). Conclusão: Este estudo comprovou a
    hipótese de que a satisfação no trabalho e a motivação influenciam diretamente na percepção
    do estresse laboral. Deriva deste estudo um alerta importante para gestores de Bloco Operatório
    sobre como a motivação de profissionais de enfermagem para com suas atividades e como a
    satisfação com colegas, chefias e com a carreira (promoções) pode moderar resultados de
    estresse laboral.


  • Mostrar Abstract
  • Dentre os serviços e unidades de um hospital, a Unidade de Centro Cirúrgico
    constitui uma das mais complexas, em decorrência de seus inúmeros processos e subprocessos
    ligados, direta ou indiretamente, à produção das cirurgias, sendo considerado o Bloco
    Operatório como um setor de alto nível de estresse. O desempenho das atividades de
    enfermagem no Bloco Operatório impacta diretamente na capacidade produtiva do setor e há
    grande desafio em balancear as exigências e demandas para a classe perante o desgaste físico,
    a saúde mental e a qualidade de vida destes profissionais. Objetivo: avaliar como a satisfação
    com o trabalho e a motivação repercutem no estresse laboral de profissionais de enfermagem
    de Bloco Operatório. Métodos: Foi realizado um estudo piloto do tipo transversal
    observacional em um Hospital Universitário Federal de grande porte do Nordeste do Brasil,
    com coleta de dados em maio e junho de 2023. Em seguida, foi realizado um estudo do tipo
    survey nacional, entre agosto e dezembro de 2023. Utilizou-se a Escala de Estresse no Trabalho
    (EET) com um questionário, na versão utilizada com 23 itens, e 5 alternativas que permitem a
    identificação de níveis de estresse ocupacional, a escala de Motivação para o trabalho que é
    composta por 30 itens, implementamos a escala Liket de 7 pontos com resposta única e a Escala
    de Satisfação no Trabalho (EST) onde foi utilizada a versão reduzida com 15 itens distribuídos
    em cinco fatores com utilização da escala Liket. Resultados: No inquérito nacional, houve um
    total de 385 respostas, sendo 160 profissionais (41,6%) técnicos ou auxiliares de enfermagem
    e 225 (58,4%) enfermeiros. Os respondentes habitavam e trabalhavam em sua maioria na região
    Nordeste do país (223; 57,9%), seguida do Sudeste (102; 26,5%), Sul (35; 9,1%), Centro-Oeste
    (15; 3,9%) e Norte (10; 2,6%). De acordo com a regressão linear final para o Estresse, o modelo
    que melhor explica o estresse considera, o tempo de formado, três domínios da Satisfação
    (Satisfação com colegas, Satisfação com chefia e Satisfação com promoções) e os domínios da
    Motivação (Índice higiênico e Índice motivacional). Conclusão: Este estudo comprovou a
    hipótese de que a satisfação no trabalho e a motivação influenciam diretamente na percepção
    do estresse laboral. Deriva deste estudo um alerta importante para gestores de Bloco Operatório
    sobre como a motivação de profissionais de enfermagem para com suas atividades e como a
    satisfação com colegas, chefias e com a carreira (promoções) pode moderar resultados de
    estresse laboral.

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  • JACIELE CRISTINA DA SILVA BELONE
  • A influência do capital social e do índice de desenvolvimento humano municipal na mortalidade materna  em Pernambuco.

  • Orientador : ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • RENEIDE MUNIZ DA SILVA
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
  • LUSANIRA MARIA DA FONSECA DE SANTA CRUZ
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • Data: 05/06/2024

  • Mostrar Resumo
  • Introdução: Os óbitos maternos revelam um retrato da desigualdade social de determinada região, onde há predomínio de registros de óbitos em gestantes solteiras, pardas e de baixa escolaridade, além de mulheres de baixa renda. Na área da saúde, a disposição de capital social pode produzir impacto positivo na vida das populações por reduzir fatores excludentes e, consequentemente, melhorar a longevidade de uma comunidade. Apesar de seus efeitos positivos, quanto indicador social, pouco se sabe sobre sua relação sobre os óbitos maternos. Objetivo: Analisar a influência do capital social estrutural e do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) sobre a
    mortalidade materna em Pernambuco. Método: Foi desenvolvido um estudo ecológico, com análise de tendência de mudança (joint point), correlação e georreferenciamento (distribuição espacial), a partir de dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as variáveis do capital social estrutural e índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), além de dados do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (SISNASC), para obtenção e cálculo da razão da mortalidade materna (RMM) no período de 2010 a 2020. Utilizou-se o uso de técnicas econométricas com o modelo de regressão linear múltipla, através do estimador de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), para verificar a correlação entre as
    variáveis selecionadas, e para a análise da estatística espacial de Moran global e local foram utilizados os softwares GeoDa 1.18 e QGIS versão 3.22.5. Resultados: A tendência de curva da razão da mortalidade materna (RMM) mostrou-se estacionária no Estado, com exceção da XII Regional. Predominaram óbitos por causas diretas, com destaque para edema com proteinúria e doenças hipertensivas; e a maioria dos óbitos ocorreu majoritariamente em adultas jovens entre 20 e 34 anos, com maior risco de óbito entre as adultas (>35 anos), pardas/negras, sem
    companheiro, com menos de sete anos de estudo (tendência crescente), refletindo condições de vulnerabilidade social. A RMM em Pernambuco oscilou durante o período de estudo, alcançado menor e maior valor em 2019 e 2020 respectivamente. Nos resultados da análise de regressão, detectou-se correlação negativa entre os indicadores sociais apontados, expressando que em média municípios que possuem maior relação de Fundações e Associações Sem Fins Lucrativos (FASFIL) por habitantes e maior IDH-M, possuem menores RMM. Registrou-se 898 óbitos maternos e uma RMM no período de 59,3/100 mil Nascidos Vivos. Observou-se um padrão na distribuição no espelhamento de Moran univariado, demostrando dependência espacial. No Moran bivariado, houve correlação inversa entre as variáveis de RMM x IDH-M (Moran I = -0,063 e p valor = 0,035) e RMM x FASFIL (Moran I = -0,085 e p valor = 0,009), ambas com p valor significantes. Evidenciamos que municípios com maiores riscos de óbito materno, se relacionam com os de menor desenvolvimento humano e menor disposição de capital social estrutural. Conclusão: As desigualdades sociais persistem sobre o registro de óbitos maternos em Pernambuco, apresentando uma tendência estacionária na curva de mudanças; e uma correlação inversa, onde municípios com maiores RMM possuíam menor IDHM e menor relação FASFIL/habitantes, com presença de cluster entre os municípios analisados.


  • Mostrar Abstract
  • Introdução: Os óbitos maternos revelam um retrato da desigualdade social de determinada região, onde há predomínio de registros de óbitos em gestantes solteiras, pardas e de baixa escolaridade, além de mulheres de baixa renda. Na área da saúde, a disposição de capital social pode produzir impacto positivo na vida das populações por reduzir fatores excludentes e, consequentemente, melhorar a longevidade de uma comunidade. Apesar de seus efeitos positivos, quanto indicador social, pouco se sabe sobre sua relação sobre os óbitos maternos. Objetivo: Analisar a influência do capital social estrutural e do Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) sobre a
    mortalidade materna em Pernambuco. Método: Foi desenvolvido um estudo ecológico, com análise de tendência de mudança (joint point), correlação e georreferenciamento (distribuição espacial), a partir de dados secundários do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para as variáveis do capital social estrutural e índice de desenvolvimento humano municipal (IDHM), além de dados do Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (SISNASC), para obtenção e cálculo da razão da mortalidade materna (RMM) no período de 2010 a 2020. Utilizou-se o uso de técnicas econométricas com o modelo de regressão linear múltipla, através do estimador de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), para verificar a correlação entre as
    variáveis selecionadas, e para a análise da estatística espacial de Moran global e local foram utilizados os softwares GeoDa 1.18 e QGIS versão 3.22.5. Resultados: A tendência de curva da razão da mortalidade materna (RMM) mostrou-se estacionária no Estado, com exceção da XII Regional. Predominaram óbitos por causas diretas, com destaque para edema com proteinúria e doenças hipertensivas; e a maioria dos óbitos ocorreu majoritariamente em adultas jovens entre 20 e 34 anos, com maior risco de óbito entre as adultas (>35 anos), pardas/negras, sem
    companheiro, com menos de sete anos de estudo (tendência crescente), refletindo condições de vulnerabilidade social. A RMM em Pernambuco oscilou durante o período de estudo, alcançado menor e maior valor em 2019 e 2020 respectivamente. Nos resultados da análise de regressão, detectou-se correlação negativa entre os indicadores sociais apontados, expressando que em média municípios que possuem maior relação de Fundações e Associações Sem Fins Lucrativos (FASFIL) por habitantes e maior IDH-M, possuem menores RMM. Registrou-se 898 óbitos maternos e uma RMM no período de 59,3/100 mil Nascidos Vivos. Observou-se um padrão na distribuição no espelhamento de Moran univariado, demostrando dependência espacial. No Moran bivariado, houve correlação inversa entre as variáveis de RMM x IDH-M (Moran I = -0,063 e p valor = 0,035) e RMM x FASFIL (Moran I = -0,085 e p valor = 0,009), ambas com p valor significantes. Evidenciamos que municípios com maiores riscos de óbito materno, se relacionam com os de menor desenvolvimento humano e menor disposição de capital social estrutural. Conclusão: As desigualdades sociais persistem sobre o registro de óbitos maternos em Pernambuco, apresentando uma tendência estacionária na curva de mudanças; e uma correlação inversa, onde municípios com maiores RMM possuíam menor IDHM e menor relação FASFIL/habitantes, com presença de cluster entre os municípios analisados.

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  • SILVANA CAVALCANTI DOS SANTOS
  • DESCENTRALIZAÇÃO DA GESTÃO E SAÚDE DA POPULAÇÃO: UM
    ESTUDO DOS EFEITOS DAS EMANCIPAÇÕES MUNICIPAIS NO BRASIL

  • Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CARLA SILVA ALEXANDRE
  • CONCEIÇÃO MARIA DE OLIVEIRA
  • PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
  • RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • Data: 17/07/2024

  • Mostrar Resumo
  • Após a Constituição Federal de 1988, os municípios brasileiros adquiriram uma maior
    autonomia política, financeira e administrativa, e o impacto deste processo de descentralização
    pode ser visualizado na década seguinte. A década de 90 teve um crescente número de
    emancipações políticas com a criação de 1.016 municípios brasileiros, nos quais uma parcela
    significativa é incapaz de exercerem sua autonomia política, gerar recursos fiscais, administrar
    as demandas locais e executar políticas públicas. A presente tese possui como questão
    norteadora conhecer o impacto das secessões municipais brasileiras sobre os indicadores de
    saúde de atenção básica. Para tanto, utiliza-se uma abordagem quase-experimental e considera-
    se o estimador de Diferença em Diferenças (DiD), aplicado a dados anuais de 1995 a 2008. Os
    indicadores de saúde utilizados para medir o impacto foram a taxa de mortalidade infantil até 1
    ano de idade, cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, cobertura da vacina do
    sarampo e a cobertura de consulta pré-natal dos municípios emancipados e não emancipados. Os
    resultados encontrados sugerem, de forma geral, que as emancipações tiveram efeito sobre a
    cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis no período analisado com um aumento
    de 11% da cobertura. Não foi identificado efeito das secessões sobre a taxa de mortalidade
    infantil nos municípios brasileiros. Quanto à cobertura de pré-natal e da vacina de sarampo, as
    evidências não permitem afirmar se as emancipações tiveram efeito sobre esses indicadores.
    Assim, a conclusão geral deste estudo é que nem todos os serviços respondem da mesma forma
    ao processo de descentralização. Faz-se necessário uma reflexão sobre os reais benefícios das
    secessões na oferta dos serviços públicos de saúde.


  • Mostrar Abstract
  • Após a Constituição Federal de 1988, os municípios brasileiros adquiriram uma maior
    autonomia política, financeira e administrativa, e o impacto deste processo de descentralização
    pode ser visualizado na década seguinte. A década de 90 teve um crescente número de
    emancipações políticas com a criação de 1.016 municípios brasileiros, nos quais uma parcela
    significativa é incapaz de exercerem sua autonomia política, gerar recursos fiscais, administrar
    as demandas locais e executar políticas públicas. A presente tese possui como questão
    norteadora conhecer o impacto das secessões municipais brasileiras sobre os indicadores de
    saúde de atenção básica. Para tanto, utiliza-se uma abordagem quase-experimental e considera-
    se o estimador de Diferença em Diferenças (DiD), aplicado a dados anuais de 1995 a 2008. Os
    indicadores de saúde utilizados para medir o impacto foram a taxa de mortalidade infantil até 1
    ano de idade, cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, cobertura da vacina do
    sarampo e a cobertura de consulta pré-natal dos municípios emancipados e não emancipados. Os
    resultados encontrados sugerem, de forma geral, que as emancipações tiveram efeito sobre a
    cobertura da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis no período analisado com um aumento
    de 11% da cobertura. Não foi identificado efeito das secessões sobre a taxa de mortalidade
    infantil nos municípios brasileiros. Quanto à cobertura de pré-natal e da vacina de sarampo, as
    evidências não permitem afirmar se as emancipações tiveram efeito sobre esses indicadores.
    Assim, a conclusão geral deste estudo é que nem todos os serviços respondem da mesma forma
    ao processo de descentralização. Faz-se necessário uma reflexão sobre os reais benefícios das
    secessões na oferta dos serviços públicos de saúde.

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  • RENATA MELO GONDIM
  • INDICADORES E PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE, EM
    PERNAMBUCO: O QUE MUDOU ENTRE O PERÍODO PRÉ-COVID 19 E  PANDÊMICO?

  • Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
  • MECCIENE MENDES RODRIGUES
  • PEDRO HELMO OLIVARES TIRADO
  • GEORGE SANTIAGO DIMECH
  • EVELYNE NASCIMENTO PEDROSA
  • Data: 29/08/2024

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, que teve seu
    primeiro surto em dezembro de 2019 na China, atingiu todos os continentes. Além dos
    efeitos devastadores sobre a economia, a pandemia afetou diretamente os serviços de
    saúde e as demandas de outras doenças, já que os esforços e ações se desviaram para as
    emergências da COVID-19. Alguns serviços de saúde importantes para a população mais
    pobre, em especial, foram negligenciados, entre eles os serviços de doenças
    infectocontagiosas, tais como a Tuberculose (TB). Sendo assim, este estudo teve como
    objetivo principal avaliar o que mudou nos indicadores e no perfil epidemiológico da TB
    no estado de Pernambuco, entre o período pré-pandêmico e pandêmico. O estudo foi do
    tipo transversal, analítico e retrospectivo, e utilizou o banco de dados do Sistema de
    Informação de Agravos e Notificação (SINAN- TB); o da COVID-19; o do Sistema de
    Informação de Mortalidade (SIM) e o do Departamento de Informática do Sistema
    Único de Saúde (DATASUS). Como resultado, dois produtos foram gerados. Um
    produto teve por objetivo analisar de forma comparativa como os indicadores
    epidemiológicos - incidência, mortalidade, percentual de cura, percentual de abandono e
    de tratamento diretamente observado (TDO) associados à Tuberculose - se modificaram
    antes e durante a pandemia. A análise baseou-se em métodos estatísticos, a partir de teste
    para diferença de médias entre o período pré-pandêmico (2018 e 2019) e pandêmico
    (2020 a 2021). Constatou-se que, entre os dois períodos, houve: redução da taxa de
    incidência da TB (cerca de 9%); um aumento do abandono do tratamento (em torno de
    9%); queda da taxa de cura (em torno de 10%); e redução da cobertura do TDO (em torno
    de 13%). Realizou-se, também, um estudo de predição, a partir da estimação de modelos
    autorregressivos, com o objetivo de obter estimativas dos indicadores para o período
    pandêmico, considerando a evolução prévia dos indicadores a partir do ano de 2010, e
    compará-los com os valores reais observados, e para isso foi aplicado o teste de Chow.
    Na análise de predição, todos os indicadores se mostraram diferentes do que seria previsto
    sem a COVID-19. No segundo produto, a partir da estimação de modelos de regressão
    logística, analisou-se o que mudou no perfil dos indivíduos com relação aos fatores de
    risco sociais, econômicos e ambientais, associados à tuberculose, em comparação aos
    períodos pré-pandemia e pandêmico. Para tanto, foi identificado o perfil que teve menores
    chances de cura. E através de um linkage entre os bancos de dados da Mortalidade,
    COVID-19 e TB, identificou-se qual foi o perfil dos indivíduos que foram a óbito pela
    coinfecção das duas doenças. Verificou-se que houve redução significativa de 16,28% no
    desfecho cura dos infectados por TB, aumento do uso de drogas ilícitas e redução do TDO
    de 23,28%. Na análise logit, verificou-se que o perfil dos pacientes que tiveram menores
    chances de cura foram: os homens, idosos (60 anos ou mais), de raça não branca, não
    alfabetizados e que não realizaram TDO. Portadores de HIV, usuários de álcool e pessoas
    consideradas vulneráveis também tiveram suas chances de cura diminuídas nos dois
    períodos. O perfil mais prevalente dos indivíduos com TB e que tiverem o desfecho de
    óbito por COVID19, em relação aos que não tiveram este desfecho, foi: sexo masculino;
    pessoas não brancas e analfabetas, média de 45 anos, e não beneficiários de programas
    sociais do governo. Com relação à infecção associada ao HIV, alcoolismo e tabagismo,
    os percentuais se assemelham entre os dois grupos; diferente dos usuários de drogas, que

    se mostra em uma proporção três vezes menor para os que vieram a óbito por
    COVID19.Os resultados deste estudo sugerem que a pandemia provocou mudanças
    expressivas nos principais indicadores epidemiológicos e alterou algumas características
    do perfil dos notifcados por TB em Pernambuco. Por isso, é necessário entender quais
    indicadores foram mais atingidos, e qual o atual perfil da população mais acometida com
    essas mudanças, com o intuito de direcionar a gestão para a promoção dos programas de
    combate à TB com foco nas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para o perfil
    da população que mais precisa desses cuidados.


  • Mostrar Abstract
  • A pandemia da COVID-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2, que teve seu
    primeiro surto em dezembro de 2019 na China, atingiu todos os continentes. Além dos
    efeitos devastadores sobre a economia, a pandemia afetou diretamente os serviços de
    saúde e as demandas de outras doenças, já que os esforços e ações se desviaram para as
    emergências da COVID-19. Alguns serviços de saúde importantes para a população mais
    pobre, em especial, foram negligenciados, entre eles os serviços de doenças
    infectocontagiosas, tais como a Tuberculose (TB). Sendo assim, este estudo teve como
    objetivo principal avaliar o que mudou nos indicadores e no perfil epidemiológico da TB
    no estado de Pernambuco, entre o período pré-pandêmico e pandêmico. O estudo foi do
    tipo transversal, analítico e retrospectivo, e utilizou o banco de dados do Sistema de
    Informação de Agravos e Notificação (SINAN- TB); o da COVID-19; o do Sistema de
    Informação de Mortalidade (SIM) e o do Departamento de Informática do Sistema
    Único de Saúde (DATASUS). Como resultado, dois produtos foram gerados. Um
    produto teve por objetivo analisar de forma comparativa como os indicadores
    epidemiológicos - incidência, mortalidade, percentual de cura, percentual de abandono e
    de tratamento diretamente observado (TDO) associados à Tuberculose - se modificaram
    antes e durante a pandemia. A análise baseou-se em métodos estatísticos, a partir de teste
    para diferença de médias entre o período pré-pandêmico (2018 e 2019) e pandêmico
    (2020 a 2021). Constatou-se que, entre os dois períodos, houve: redução da taxa de
    incidência da TB (cerca de 9%); um aumento do abandono do tratamento (em torno de
    9%); queda da taxa de cura (em torno de 10%); e redução da cobertura do TDO (em torno
    de 13%). Realizou-se, também, um estudo de predição, a partir da estimação de modelos
    autorregressivos, com o objetivo de obter estimativas dos indicadores para o período
    pandêmico, considerando a evolução prévia dos indicadores a partir do ano de 2010, e
    compará-los com os valores reais observados, e para isso foi aplicado o teste de Chow.
    Na análise de predição, todos os indicadores se mostraram diferentes do que seria previsto
    sem a COVID-19. No segundo produto, a partir da estimação de modelos de regressão
    logística, analisou-se o que mudou no perfil dos indivíduos com relação aos fatores de
    risco sociais, econômicos e ambientais, associados à tuberculose, em comparação aos
    períodos pré-pandemia e pandêmico. Para tanto, foi identificado o perfil que teve menores
    chances de cura. E através de um linkage entre os bancos de dados da Mortalidade,
    COVID-19 e TB, identificou-se qual foi o perfil dos indivíduos que foram a óbito pela
    coinfecção das duas doenças. Verificou-se que houve redução significativa de 16,28% no
    desfecho cura dos infectados por TB, aumento do uso de drogas ilícitas e redução do TDO
    de 23,28%. Na análise logit, verificou-se que o perfil dos pacientes que tiveram menores
    chances de cura foram: os homens, idosos (60 anos ou mais), de raça não branca, não
    alfabetizados e que não realizaram TDO. Portadores de HIV, usuários de álcool e pessoas
    consideradas vulneráveis também tiveram suas chances de cura diminuídas nos dois
    períodos. O perfil mais prevalente dos indivíduos com TB e que tiverem o desfecho de
    óbito por COVID19, em relação aos que não tiveram este desfecho, foi: sexo masculino;
    pessoas não brancas e analfabetas, média de 45 anos, e não beneficiários de programas
    sociais do governo. Com relação à infecção associada ao HIV, alcoolismo e tabagismo,
    os percentuais se assemelham entre os dois grupos; diferente dos usuários de drogas, que

    se mostra em uma proporção três vezes menor para os que vieram a óbito por
    COVID19.Os resultados deste estudo sugerem que a pandemia provocou mudanças
    expressivas nos principais indicadores epidemiológicos e alterou algumas características
    do perfil dos notifcados por TB em Pernambuco. Por isso, é necessário entender quais
    indicadores foram mais atingidos, e qual o atual perfil da população mais acometida com
    essas mudanças, com o intuito de direcionar a gestão para a promoção dos programas de
    combate à TB com foco nas ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para o perfil
    da população que mais precisa desses cuidados.

8
  • CLECIA MARIA CARVALHO DE OLIVEIRA
  • AVALIAÇÃO DOS CASOS DE CÂNCER DE MAMA NO PERÍODO PRÉ-PANDEMIA E PANDEMIA DE COVID-19 EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DE RECIFE-PE
  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • JOÃO ESBERARD DE VASCONCELOS BELTRÃO NETO
  • ISABELLA LUIZA RALPH DE OLIVEIRA
  • LUIZ NASCIMENTO DE ARAUJO NETO
  • Data: 11/09/2024

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia do coronavírus (covid-19) demandou medidas restritivas e reorganização
    temporária do sistema de saúde. Com isso, os atendimentos eletivos, incluindo o
    rastreamento de câncer, foram interrompidos na maioria dos países devido à
    priorização das urgências e a redução do risco de disseminação do novo coronavírus
    nos serviços de saúde. O câncer de mama é a quarta principal causa de mortalidade
    por câncer em todo o mundo; no Brasil, excluído o câncer de pele não melanoma, ele
    é o mais incidente no país e em todas as Regiões brasileiras. É considerado um
    câncer de relativo bom prognóstico, quando diagnosticado e tratado precocemente
    aumentando as chances de cura e evitando que os pacientes evoluam para um
    cenário metastático. O presente estudo avaliou se houve mudanças, durante o
    período pandêmico, no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de mama
    atendidas em um serviço de referência de Recife-PE, comparando com o mesmo
    período do ano anterior. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, baseado
    em dados secundários extraídos dos prontuários médicos e sistema de informação
    hospitalar, de uma amostragem de 180 pacientes do sexo feminino, sendo 93 do grupo
    1 (março de 2019 a fevereiro de 2020) e 87 do grupo 2 (março de 2020 a fevereiro de
    2021) que foram diagnosticadas com câncer de mama primário em cada período.
    Foram analisadas as variáveis sociodemográficas; fatores de riscos modificáveis,
    genéticos e reprodutivos; variáveis clínicas dos tumores, como também o tipo de
    tratamento adotado e o valor faturado do tratamento quimioterápico inicial. Também
    foram avaliados intervalos de tempos desde o rastreamento até o diagnóstico e as
    associações com variáveis sociodemográficas e clínicas. Foram utilizados o teste
    exato de Fisher, Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney para análise dos resultados.
    Variáveis com p valor <0,05 foram consideradas significantes. Os resultados
    mostraram que os meses de maiores quedas no atendimento do ambulatório de
    mastologia e oncologia foram abril e maio de 2020, quando se iniciaram as medidas
    de restrições e isolamento, havendo retomada progressiva dos atendimentos a partir
    de junho. Em relação às características sociodemográficas, os dois grupos
    apresentaram perfis semelhantes, com idade média de 52,5 anos, a maioria das
    pacientes residiam na área metropolitana do Recife e tinham apenas o ensino
    fundamental. Quanto às características clínico-patológicas dos tumores, observamos
    diferenças significativas no subtipo molecular (p<0,01) sendo no grupo 1 o luminal B
    mais frequente (43,5%), seguido do triplo negativo (29,4%), enquanto no grupo 2
    foram mais frequentes os subtipos receptores hormonais positivos, luminal B (67,5%)
    e luminal A (19,3%). A presença de metástase e estadiamento dos tumores também
    apresentaram diferenças significativas, tendo maior índice de envolvimento axilar e
    metástase à distância no grupo pandêmico, assim como os tumores com
    estadiamento mais avançados (3 e 4) do subtipo luminal B foram mais frequentes
    neste grupo. No que se refere ao tipo de tratamento indicado, tivemos diferenças
    significativas, sendo o tratamento paliativo mais frequente, assim como a
    quimioterapia paliativa foi a mais prescrita no grupo 2. Não houve diferenças
    significativas quanto aos intervalos de tempos analisados; no entanto, destacamos
    que um percentual elevado de pacientes ainda tem um diagnóstico e início de
    tratamento superior a 60 dias. O tempo de espera acima de 60 dias para o diagnóstico
    estavam associados às pacientes com baixa escolaridade. O estudo concluiu que
    apesar do Hospital de Referência não ter interrompido os atendimentos ambulatoriais

    e de tratamento da clínica de mastologia e oncologia durante a pandemia, houve um
    aumento na frequência de tumores diagnosticados em estágios mais avançados
    necessitando de tratamentos mais longos e de caráter paliativo. Investigações futuras
    com grupo populacional maior e período mais prolongado são necessárias para
    avaliar o efeito da pandemia no câncer de mama nos anos seguintes. Torna-se
    evidente a necessidade de manter os programas de rastreamento em cenários
    desfavoráveis como em pandemias ou surtos infecciosos.


  • Mostrar Abstract
  • A pandemia do coronavírus (covid-19) demandou medidas restritivas e reorganização
    temporária do sistema de saúde. Com isso, os atendimentos eletivos, incluindo o
    rastreamento de câncer, foram interrompidos na maioria dos países devido à
    priorização das urgências e a redução do risco de disseminação do novo coronavírus
    nos serviços de saúde. O câncer de mama é a quarta principal causa de mortalidade
    por câncer em todo o mundo; no Brasil, excluído o câncer de pele não melanoma, ele
    é o mais incidente no país e em todas as Regiões brasileiras. É considerado um
    câncer de relativo bom prognóstico, quando diagnosticado e tratado precocemente
    aumentando as chances de cura e evitando que os pacientes evoluam para um
    cenário metastático. O presente estudo avaliou se houve mudanças, durante o
    período pandêmico, no diagnóstico e tratamento de pacientes com câncer de mama
    atendidas em um serviço de referência de Recife-PE, comparando com o mesmo
    período do ano anterior. Trata-se de um estudo observacional retrospectivo, baseado
    em dados secundários extraídos dos prontuários médicos e sistema de informação
    hospitalar, de uma amostragem de 180 pacientes do sexo feminino, sendo 93 do grupo
    1 (março de 2019 a fevereiro de 2020) e 87 do grupo 2 (março de 2020 a fevereiro de
    2021) que foram diagnosticadas com câncer de mama primário em cada período.
    Foram analisadas as variáveis sociodemográficas; fatores de riscos modificáveis,
    genéticos e reprodutivos; variáveis clínicas dos tumores, como também o tipo de
    tratamento adotado e o valor faturado do tratamento quimioterápico inicial. Também
    foram avaliados intervalos de tempos desde o rastreamento até o diagnóstico e as
    associações com variáveis sociodemográficas e clínicas. Foram utilizados o teste
    exato de Fisher, Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney para análise dos resultados.
    Variáveis com p valor <0,05 foram consideradas significantes. Os resultados
    mostraram que os meses de maiores quedas no atendimento do ambulatório de
    mastologia e oncologia foram abril e maio de 2020, quando se iniciaram as medidas
    de restrições e isolamento, havendo retomada progressiva dos atendimentos a partir
    de junho. Em relação às características sociodemográficas, os dois grupos
    apresentaram perfis semelhantes, com idade média de 52,5 anos, a maioria das
    pacientes residiam na área metropolitana do Recife e tinham apenas o ensino
    fundamental. Quanto às características clínico-patológicas dos tumores, observamos
    diferenças significativas no subtipo molecular (p<0,01) sendo no grupo 1 o luminal B
    mais frequente (43,5%), seguido do triplo negativo (29,4%), enquanto no grupo 2
    foram mais frequentes os subtipos receptores hormonais positivos, luminal B (67,5%)
    e luminal A (19,3%). A presença de metástase e estadiamento dos tumores também
    apresentaram diferenças significativas, tendo maior índice de envolvimento axilar e
    metástase à distância no grupo pandêmico, assim como os tumores com
    estadiamento mais avançados (3 e 4) do subtipo luminal B foram mais frequentes
    neste grupo. No que se refere ao tipo de tratamento indicado, tivemos diferenças
    significativas, sendo o tratamento paliativo mais frequente, assim como a
    quimioterapia paliativa foi a mais prescrita no grupo 2. Não houve diferenças
    significativas quanto aos intervalos de tempos analisados; no entanto, destacamos
    que um percentual elevado de pacientes ainda tem um diagnóstico e início de
    tratamento superior a 60 dias. O tempo de espera acima de 60 dias para o diagnóstico
    estavam associados às pacientes com baixa escolaridade. O estudo concluiu que
    apesar do Hospital de Referência não ter interrompido os atendimentos ambulatoriais

    e de tratamento da clínica de mastologia e oncologia durante a pandemia, houve um
    aumento na frequência de tumores diagnosticados em estágios mais avançados
    necessitando de tratamentos mais longos e de caráter paliativo. Investigações futuras
    com grupo populacional maior e período mais prolongado são necessárias para
    avaliar o efeito da pandemia no câncer de mama nos anos seguintes. Torna-se
    evidente a necessidade de manter os programas de rastreamento em cenários
    desfavoráveis como em pandemias ou surtos infecciosos.

2023
Dissertações
1
  • ROBERTA RAYSSA MAGALHAES DA SILVA
  • PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E ECONÔMICO DA POPULAÇÃO BRASILEIRA TESTADA POSITIVAMENTE DURANTE O
    PRIMEIRO ANO DA PANDEMIA DE COVID-19 NO BRASIL

  • Orientador : JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • MONALIZA DE OLIVEIRA FERREIRA
  • PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
  • Data: 02/03/2023

  • Mostrar Resumo
  •  O surto de COVID-19 foi relatado pela primeira vez na cidade de Wuhan na China no final de 2019. A partir de então, no início de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarou oficialmente estado de Pandemia Global. A transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 tem impactado negativamente aspectos de saúde da população, mas também demográficos, sociais e econômicos, gerando recessão, desemprego e queda na renda média da população afetada. Nesse sentido, a partir da pandemia, um crescente número de estudos descreveu com detalhes o impacto sociodemográfico e econômico da pandemia. No entanto, dados nacionais ainda não deixam claro qual o perfil socioeconômico e demográfico dos indivíduos acometidos pela doença. Nesse contexto, pesquisas de base populacional foram realizadas a exemplo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio COVID-19 (PNAD COVID-19). Através dela, o perfil sociodemográfico e econômico pôde ser investigado. Assim, levando em consideração a falta de dados nacionais e a realização da PNAD-COVID-19 em 2020, o presente estudo teve como objetivo identificar o perfil sociodemográfico e econômico de pessoas acometidas por COVID-19 no primeiro ano de pandemia no Brasil. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo correlacional com o uso de microdados a partir da PNAD-COVID-19 realizada entre junho e novembro de 2020. Idade, sexo, cor/raça, escolaridade, região de residência, comorbidades, resultado do teste e isolamento foram utilizados para análise. Frequência absoluta e relativa foram adotadas para análise descritiva e regressão logística foi utilizada para verificar a associação entre as variáveis sociodemográficas e econômicas e o resultado do teste. A amostra do estudo foi composta por 1.919.883 pessoas. Observou-se que a maioria das pessoas tinha idade menor que 60 anos, era do sexo feminino, de raça negra, com ensino fundamental ou médio e residiam na região nordeste. A maioria não possuía comorbidades nem teste positivo para COVID-19 e realizaram isolamento social bem como estavam acima da linha da pobreza. Entre as pessoas com teste positivo, a maioria tinha mais de 60 anos, eram mulheres, negras, com o mesmo nível de escolaridade e residentes na região Nordeste. Além disso, não apresentaram comorbidades, não realizaram isolamento social e estavam acima da linha da probreza. As análises de regressão logística indicaram que ser idoso, negro e não realizar isolamento social aumentou em 1,24, 1,10 e 1,68 vezes a chance de testar positivo para COVID-19, respectivamente. Assim, conclui-se que idade, sexo e isolamento social são preditores de resultado positivo para teste de COVID-19 em brasileiros


  • Mostrar Abstract
  •  O surto de COVID-19 foi relatado pela primeira vez na cidade de Wuhan na China no final de 2019. A partir de então, no início de 2020 a Organização Mundial de Saúde declarou oficialmente estado de Pandemia Global. A transmissão do coronavírus SARS-CoV-2 tem impactado negativamente aspectos de saúde da população, mas também demográficos, sociais e econômicos, gerando recessão, desemprego e queda na renda média da população afetada. Nesse sentido, a partir da pandemia, um crescente número de estudos descreveu com detalhes o impacto sociodemográfico e econômico da pandemia. No entanto, dados nacionais ainda não deixam claro qual o perfil socioeconômico e demográfico dos indivíduos acometidos pela doença. Nesse contexto, pesquisas de base populacional foram realizadas a exemplo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio COVID-19 (PNAD COVID-19). Através dela, o perfil sociodemográfico e econômico pôde ser investigado. Assim, levando em consideração a falta de dados nacionais e a realização da PNAD-COVID-19 em 2020, o presente estudo teve como objetivo identificar o perfil sociodemográfico e econômico de pessoas acometidas por COVID-19 no primeiro ano de pandemia no Brasil. Para tanto, foi realizado um estudo descritivo correlacional com o uso de microdados a partir da PNAD-COVID-19 realizada entre junho e novembro de 2020. Idade, sexo, cor/raça, escolaridade, região de residência, comorbidades, resultado do teste e isolamento foram utilizados para análise. Frequência absoluta e relativa foram adotadas para análise descritiva e regressão logística foi utilizada para verificar a associação entre as variáveis sociodemográficas e econômicas e o resultado do teste. A amostra do estudo foi composta por 1.919.883 pessoas. Observou-se que a maioria das pessoas tinha idade menor que 60 anos, era do sexo feminino, de raça negra, com ensino fundamental ou médio e residiam na região nordeste. A maioria não possuía comorbidades nem teste positivo para COVID-19 e realizaram isolamento social bem como estavam acima da linha da pobreza. Entre as pessoas com teste positivo, a maioria tinha mais de 60 anos, eram mulheres, negras, com o mesmo nível de escolaridade e residentes na região Nordeste. Além disso, não apresentaram comorbidades, não realizaram isolamento social e estavam acima da linha da probreza. As análises de regressão logística indicaram que ser idoso, negro e não realizar isolamento social aumentou em 1,24, 1,10 e 1,68 vezes a chance de testar positivo para COVID-19, respectivamente. Assim, conclui-se que idade, sexo e isolamento social são preditores de resultado positivo para teste de COVID-19 em brasileiros

Teses
1
  • FILIPE CARRILHO DE AGUIAR
  • ANÁLISE DO IMPACTO NA MENSURAÇÃO DOS CUSTOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO EM DECORRÊNCIA DA PANDEMIA DA COVID-19

  • Orientador : UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES
  • UBIRACE FERNANDO ELIHIMAS JUNIOR
  • Data: 31/10/2023

  • Mostrar Resumo
  • A pandemia de COVID-19 teve uma sobrecarga nos custos em saúde, especialmente, nas
    unidades de terapia intensiva. Este estudo transversal comparou os custos do tratamento
    de saúde pré-pandemia (2019) e durante a pandemia (2020), com foco em pacientes com
    e sem COVID-19 internados na unidade de terapia intensiva. Foram selecionados 280
    pacientes para uma amostragem não probabilística. Os custos foram calculados usando
    duas modalidades: custeio por absorção e Time driven Activity based costing (TDABC).
    Em 2019, apenas o custeio por absorção foi usado. Em 2020, ambos os métodos foram
    usados de abril a agosto, durante a primeira onda da pandemia. Os dados foram obtidos
    de registros clínicos, administrativos, prontuários, formulários de custos e remuneração
    profissional. O estudo visa entender o impacto financeiro da pandemia nas unidades de
    terapia intensiva. Os dados foram analisados usando estatística descritiva, com medidas
    de tendência central e variabilidade. Variáveis com P-valor < 0,05 foram consideradas
    significantes. Testes de Bartlett e Levene foram usados para calcular a homocedasticidade
    e as variâncias dos custos entre os grupos NÃO COVID-19 e COVID-19. O teste t-student

    foi usado para as variáveis paramétricas e o teste de Wilcoxon pareado para as não-
    paramétricas. Foi feita uma Regressão linear do grupo COVID-19 com tempo de

    internação ≤ 15 dias, incluindo o teste Lilliefors, análise de linearidade, teste de
    correlação de Spearman (R2

    ) e a construção da reta de regressão linear.

    Este estudo
    examinou a modelagem por absorção e os custos médios em 2019 e 2020. O impacto do
    custo foi determinado pela razão da modelagem por absorção entre os anos de 2020 e
    2019. Em 2019, os custos variaram de R$10.485 a R$116.929,07 dependendo da duração
    do período da internação. Em 2020, os custos variaram de R$17.789,24 a R$77.666,98.
    Houve uma variação significativa nos custos médios entre os dois anos, com aumentos e
    diminuições dependendo do intervalo de tempo. A modelagem por absorção teve um
    impacto nos custos, com variações percentuais significativas em ambos os anos. A razão
    entre absorção e TDABC mostrou uma superestimação percentual na modelagem por
    absorção em 2020. As receitas de janeiro a dezembro de 2019 foram de R$1.302.090,97
    e de abril a agosto de 2020 foram de R$1.396.668,82. A pesquisa concluiu que a pandemia
    de COVID-19 resultou em um aumento nos custos associados às internações na Unidade
    de Terapia Intensiva do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco.
    Este aumento foi particularmente notável nos primeiros 15 dias de internação. O estudo
    também revelou que o financiamento provido pelo Sistema Único de Saúde não foi
    suficiente para cobrir esses custos, levando a um desequilíbrio financeiro no hospital.
    Adicionalmente, foi observado que o método de custeio por absorção não foi eficiente,
    resultando em uma superestimação do déficit hospitalar.


  • Mostrar Abstract
  • The COVID-19 pandemic has had an overload on healthcare costs, especially in intensive care units. This cross-sectional study compared treatment costs pre-pandemic (2019) and during the pandemic (2020), focusing on patients with and without COVID-19 admitted to the intensive care unit. 280 were selected patients for non-probabilistic sampling. Costs were calculated using two modalities: absorption costing and Time driven Activity based costing (TDABC). In 2019, only absorption costing was used. In 2020, both methods were used from April to August, during the first wave of the pandemic. The data was obtained clinical and administrative records, medical records, cost and remuneration forms professional. The study aims to understand the financial impact of the pandemic on healthcare units intensive therapy. Data were analyzed using descriptive statistics, with measurements of central tendency and variability. Variables with P-value < 0.05 were considered significant. Bartlett and Levene tests were used to calculate homoscedasticity and cost variances between the NON-COVID-19 and COVID-19 groups. The student t-test was used for parametric variables and the paired Wilcoxon test for non-parametric variables. parametric. A linear regression of the COVID-19 group with time of hospitalization ≤ 15 days, including the Lilliefors test, linearity analysis, Spearman correlation (R2 ) and the construction of the linear regression line.
    This study examined absorption modeling and average costs in 2019 and 2020. The impact of cost was determined by the ratio of absorption modeling between the years 2020 and 2019. In 2019, costs ranged from R$10,485 to R$116,929.07 depending on the duration of the period of hospitalization. In 2020, costs ranged from R$17,789.24 to R$77,666.98. There was a significant variation in average costs between the two years, with increases and decreases depending on the time interval. Absorption modeling had a impact on costs, with significant percentage variations in both years. The reason between absorption and TDABC showed a percentage overestimation in modeling by absorption in 2020. Revenues from January to December 2019 were R$1,302,090.97 and from April to August 2020 they were R$1,396,668.82. The research concluded that the pandemic of COVID-19 resulted in an increase in costs associated with admissions to the Unit of Intensive Care at the Hospital das Clínicas of the Federal University of Pernambuco. This increase was particularly notable in the first 15 days of hospitalization. The study also revealed that the financing provided by the Unified Health System was not enough to cover these costs, leading to a financial imbalance in the hospital. Additionally, it was observed that the absorption costing method was not efficient, resulting in an overestimation of the hospital deficit.

2022
Dissertações
1
  • MARCIA CRISTINA PINHO SODRE PACHECO
  • CONDICIONANTES DA PRESENÇA DE MÉDICOS NOS MUNICÍPIOS DE PERNAMBUCO: UMA ANÁLISE EMPÍRICA

  • Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • Data: 31/01/2022

  • Mostrar Resumo
  • A má distribuição de médicos associada ao seu reduzido número impõe uma
    desigualdade de acessos aos cidadãos que procuram os serviços de saúde. Apesar do
    Sistema Único de Saúde (SUS) tentar estabelecer uma igualdade, as regiões brasileiras
    continuam a caracterizar-se por resultados insuficientes em relação ao acesso universal,
    financiamento e nos resultados de saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar a
    distribuição geográfica dos médicos entre os 184 municípios de Pernambuco, com
    exclusão de Fernando de Noronha e investigar os condicionantes da escolha locacional
    dos médicos nesta região para o ano de 2012. Trata-se de um estudo das características,
    fatores ou variáveis condicionantes que se relacionam com a quantidade de médicos nos
    municípios pernambucanos. O modelo econométrico de Regressão Binomial Negativo
    foi o escolhido e indicou que um número maior de médicos tende a ocorrer nos
    municípios com maior renda, que apresentam baixa densidade demográfica e que são
    sede de Geres. Verificou-se, ainda, que a distância do Recife aos municípios parece não
    influenciar na quantidade de médicos dos municípios.


  • Mostrar Abstract
  • A má distribuição de médicos associada ao seu reduzido número impõe uma
    desigualdade de acessos aos cidadãos que procuram os serviços de saúde. Apesar do
    Sistema Único de Saúde (SUS) tentar estabelecer uma igualdade, as regiões brasileiras
    continuam a caracterizar-se por resultados insuficientes em relação ao acesso universal,
    financiamento e nos resultados de saúde. O objetivo deste trabalho foi analisar a
    distribuição geográfica dos médicos entre os 184 municípios de Pernambuco, com
    exclusão de Fernando de Noronha e investigar os condicionantes da escolha locacional
    dos médicos nesta região para o ano de 2012. Trata-se de um estudo das características,
    fatores ou variáveis condicionantes que se relacionam com a quantidade de médicos nos
    municípios pernambucanos. O modelo econométrico de Regressão Binomial Negativo
    foi o escolhido e indicou que um número maior de médicos tende a ocorrer nos
    municípios com maior renda, que apresentam baixa densidade demográfica e que são
    sede de Geres. Verificou-se, ainda, que a distância do Recife aos municípios parece não
    influenciar na quantidade de médicos dos municípios.

2
  • MARIA CLARA VIEIRA MARQUES
  • ADESÃO AO TRATAMENTO ANTIRRETROVIRAL DE PACIENTES QUE VIVEM COM HIV/AIDS: UM ESTUDO DE TENDÊNCIA TEMPORAL

  • Orientador : ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDREIA CRISTINA LEAL FIGUEIREDO
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • Data: 21/02/2022

  • Mostrar Resumo
  • Em 2020, havia 37,6 milhões de pessoas vivendo com HIV (Pvhiv) em todo o mundo, e desde o início da epidemia, 34,7 milhões de pessoas já morreram com a doença.  No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 37.308 casos de Aids, sendo registrados um total de 10.565 óbitos pela causa básica Aids. Em 2018, Olinda apresentou coeficiente de mortalidade por Aids superior ao do Estado de Pernambuco – 8,68 e 5,6 óbitos/100.000 hab. respectivamente. O advento da terapia antirretroviral levou à diminuição da morbi-mortalidade relacionada ao HIV/Aids, mas para o sucesso do tratamento, a adesão à terapia antirretroviral assume importância crucial e configura-se num dos maiores desafios no tratamento de Pvhiv. Para responder à pergunta da pesquisa  “Qual o nível de adesão ao tratamento antirretroviral dos pacientes com HIV/Aids atendidos em um serviço de referência no município de Olinda?” o objetivo deste trabalho é analisar a adesão ao tratamento antirretroviral do município. Trata-se de uma pesquisa descritiva e inferencial com abordagem quantitativa, de série temporal, que utilizou dados secundários de 700 usuários, a partir dos registros de dispensação dos antirretrovirais da farmácia por meio do SICLOM, dos anos de 2016 a 2020. Foram obtidos o registro de dispensação mensal de cada paciente, desde a primeira até a última dispensação registrada, esquemas terapêuticos, número de comprimidos dispensados e tempo de tratamento. Foram calculadas a média de dias de atraso na retirada para cada paciente, e a média de dias de atraso de cada ano, obtendo-se um ponto de corte distinto para cada ano. Assim, a média de dias de atraso de cada paciente foi comparada com a média anual de dias de atraso. A adesão foi estabelecida em função da média dos dias de atraso das retiradas, por ano, e foi categorizada adesão suficiente, quando a média de dias de atraso do paciente foi menor que a média anual de dias de atraso e adesão insuficiente, quando a média de dias de atraso do paciente foi maior que a média anual de dias de atraso. Foi utilizado regressão logística para dados em painel para descrever a relação entre a variável que representa a adesão à TARV e as variáveis explicativas. Predominaram indivíduos do sexo masculino (72,8%), idade média de 36,7 anos, cor da pele parda (78,9%), com 12 ou mais anos de escolaridade (31%), residentes de Olinda (92,7%). As variáveis que apresentaram significância estatística com a adesão suficiente foram as variáveis tempo de tratamento, em dias, esquema inicial preferencial (EIP), esquema alternativo (EA) e escolaridade. A taxa de adesão suficiente foi de 67,7%. O registro de dispensação da farmácia tem se mostrado um indicador válido e confiável para medir a adesão, pois permite identificar os usuários com retirada irregular dos ARV e, consequentemente, com risco de não adesão ao TARV. É importante que os serviços de saúde monitorem continuamente a adesão de seus usuários, a fim de que possam intervir precocemente nos casos de descontinuidade do tratamento.  


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  • Em 2020, havia 37,6 milhões de pessoas vivendo com HIV (Pvhiv) em todo o mundo, e desde o início da epidemia, 34,7 milhões de pessoas já morreram com a doença.  No Brasil, em 2019, foram diagnosticados 37.308 casos de Aids, sendo registrados um total de 10.565 óbitos pela causa básica Aids. Em 2018, Olinda apresentou coeficiente de mortalidade por Aids superior ao do Estado de Pernambuco – 8,68 e 5,6 óbitos/100.000 hab. respectivamente. O advento da terapia antirretroviral levou à diminuição da morbi-mortalidade relacionada ao HIV/Aids, mas para o sucesso do tratamento, a adesão à terapia antirretroviral assume importância crucial e configura-se num dos maiores desafios no tratamento de Pvhiv. Para responder à pergunta da pesquisa  “Qual o nível de adesão ao tratamento antirretroviral dos pacientes com HIV/Aids atendidos em um serviço de referência no município de Olinda?” o objetivo deste trabalho é analisar a adesão ao tratamento antirretroviral do município. Trata-se de uma pesquisa descritiva e inferencial com abordagem quantitativa, de série temporal, que utilizou dados secundários de 700 usuários, a partir dos registros de dispensação dos antirretrovirais da farmácia por meio do SICLOM, dos anos de 2016 a 2020. Foram obtidos o registro de dispensação mensal de cada paciente, desde a primeira até a última dispensação registrada, esquemas terapêuticos, número de comprimidos dispensados e tempo de tratamento. Foram calculadas a média de dias de atraso na retirada para cada paciente, e a média de dias de atraso de cada ano, obtendo-se um ponto de corte distinto para cada ano. Assim, a média de dias de atraso de cada paciente foi comparada com a média anual de dias de atraso. A adesão foi estabelecida em função da média dos dias de atraso das retiradas, por ano, e foi categorizada adesão suficiente, quando a média de dias de atraso do paciente foi menor que a média anual de dias de atraso e adesão insuficiente, quando a média de dias de atraso do paciente foi maior que a média anual de dias de atraso. Foi utilizado regressão logística para dados em painel para descrever a relação entre a variável que representa a adesão à TARV e as variáveis explicativas. Predominaram indivíduos do sexo masculino (72,8%), idade média de 36,7 anos, cor da pele parda (78,9%), com 12 ou mais anos de escolaridade (31%), residentes de Olinda (92,7%). As variáveis que apresentaram significância estatística com a adesão suficiente foram as variáveis tempo de tratamento, em dias, esquema inicial preferencial (EIP), esquema alternativo (EA) e escolaridade. A taxa de adesão suficiente foi de 67,7%. O registro de dispensação da farmácia tem se mostrado um indicador válido e confiável para medir a adesão, pois permite identificar os usuários com retirada irregular dos ARV e, consequentemente, com risco de não adesão ao TARV. É importante que os serviços de saúde monitorem continuamente a adesão de seus usuários, a fim de que possam intervir precocemente nos casos de descontinuidade do tratamento.  

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  • CLEONÚSIA BATISTA LEITE DE VASCONCELOS
  • PROJETO SÍFILIS NÃO: EFEITOS NA SÍFILIS CONGÊNITA EM PERNAMBUCO

  • Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANO BUENO TAVARES
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MECCIENE MENDES RODRIGUES
  • Data: 23/02/2022

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  • Em pleno século XXI, a sífilis ainda se apresenta como um agravo mundial sem controle, com maiores taxas de incidência em localidades mais pobres. A incidência da sífilis congênita é considerada um importante preditor da qualidade do pré-natal no país. A doença é transmitida sexualmente causando maiores danos às gestantes e seus conceptos, e pode provocar abortos, natimortos, e sequelas nos nascidos vivos. O Brasil e, especialmente o estado de Pernambuco, que possui taxa de incidência da doença acima da média registrada em todo o país, enfrenta uma reemergência da doença. Diante disto, a dissertação contempla um estudo que apresenta a análise da implantação do projeto “Sífilis Não” no estado de Pernambuco nos municípios contemplados (Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Agostinho e Camaragibe). Adicionalmente, também é feita uma análise exploratória e espacial da taxa de incidência de sífilis congênita nestes municípios a curto prazo, antes e após o início do projeto. Através de geoprocessamento foi realizada análise espacial e temporal da incidência de sífilis em todo o estado de Pernambuco dos anos de 2010 a 2019. As taxas de incidência de sífilis foram agrupadas em quartis por municípios. Desta análise, verificou-se que a incidência das taxas de sífilis adquirida, em gestante e congênita estavam em tendência de crescimento no Estado. Entre este período, houve interiorização da doença no Estado, e as maiores taxas de incidência foram registradas nas Macrorregiões Metropolitana, Agreste e Sertão. Existia uma relação inversa de maior detecção da sífilis congênita que em gestantes, fato que só reverteu a partir de 2018. A correlação espacial foi analisada entre os anos de 2017 e 2019 pelo índice de Moran Global e Local e comprovada a dependência espacial entre os municípios. Foram identificados municípios críticos na incidência de sífilis. Foi construído um modelo lógico da intervenção composto de quatro eixos: Cuidado Integral, Educomunicação, Gestão e Vigilância. Todos os municípios foram submetidos a uma matriz avaliativa de pontuações sobre a implantação do projeto, baseada nas estratégias do modelo lógico e elaborada a partir da resposta de questionários aplicados aos apoiadores territoriais do Ministério da Saúde. Os padrões estipulados para cada indicador foram classificados em quatro estágios em intervalos de valores determinados por quartis: adequado (>75%), aceitável (50-74%), insatisfatório (25-49%) e crítico (<25%). Os municípios que obtiveram classificação de grau de implantação adequado foram: Recife (88,04%), Olinda (77,17%), Jaboatão (78,26%), Igarassu (86,95%), São Lourenço da Mata (80,43%) e Cabo (78,26%). Camaragibe foi classificado como aceitável com 72,82%. Somente três municípios obtiveram redução na sífilis congênita à curto prazo de 2017 para 2019, eles foram: Olinda (redução de 41%), São Lourenço da Mata (redução de 6,8%) e Igarassu (redução de 63,2%). O restante teve um aumento: Recife (aumento de 159,2%), Jaboatão (aumento de 3,8%), Cabo (aumento de 14,0%) e Camaragibe (aumento de 31,5%). Dentre os quatro eixos de atenção, o que apresentou menor quantidade de respostas padrão foi o cuidado integral, que traduz a necessidade de envidar esforços na garantia do diagnóstico e tratamento em tempo oportunos. Não foi possível correlacionar os efeitos das ações realizadas com os resultados diretos a curto prazo na redução da sífilis congênita. Ampliar a oferta de diagnóstico através de testagem rápida e tratamento oportuno descentralizados requer um esforço coletivo com planejamento intersetorial das estratégias de enfrentamento para esta doença. Estudos futuros são necessários para melhor identificação das limitações dos serviços de saúde no manejo e controle da sífilis.


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  • Em pleno século XXI, a sífilis ainda se apresenta como um agravo mundial sem controle, com maiores taxas de incidência em localidades mais pobres. A incidência da sífilis congênita é considerada um importante preditor da qualidade do pré-natal no país. A doença é transmitida sexualmente causando maiores danos às gestantes e seus conceptos, e pode provocar abortos, natimortos, e sequelas nos nascidos vivos. O Brasil e, especialmente o estado de Pernambuco, que possui taxa de incidência da doença acima da média registrada em todo o país, enfrenta uma reemergência da doença. Diante disto, a dissertação contempla um estudo que apresenta a análise da implantação do projeto “Sífilis Não” no estado de Pernambuco nos municípios contemplados (Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Igarassu, São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Agostinho e Camaragibe). Adicionalmente, também é feita uma análise exploratória e espacial da taxa de incidência de sífilis congênita nestes municípios a curto prazo, antes e após o início do projeto. Através de geoprocessamento foi realizada análise espacial e temporal da incidência de sífilis em todo o estado de Pernambuco dos anos de 2010 a 2019. As taxas de incidência de sífilis foram agrupadas em quartis por municípios. Desta análise, verificou-se que a incidência das taxas de sífilis adquirida, em gestante e congênita estavam em tendência de crescimento no Estado. Entre este período, houve interiorização da doença no Estado, e as maiores taxas de incidência foram registradas nas Macrorregiões Metropolitana, Agreste e Sertão. Existia uma relação inversa de maior detecção da sífilis congênita que em gestantes, fato que só reverteu a partir de 2018. A correlação espacial foi analisada entre os anos de 2017 e 2019 pelo índice de Moran Global e Local e comprovada a dependência espacial entre os municípios. Foram identificados municípios críticos na incidência de sífilis. Foi construído um modelo lógico da intervenção composto de quatro eixos: Cuidado Integral, Educomunicação, Gestão e Vigilância. Todos os municípios foram submetidos a uma matriz avaliativa de pontuações sobre a implantação do projeto, baseada nas estratégias do modelo lógico e elaborada a partir da resposta de questionários aplicados aos apoiadores territoriais do Ministério da Saúde. Os padrões estipulados para cada indicador foram classificados em quatro estágios em intervalos de valores determinados por quartis: adequado (>75%), aceitável (50-74%), insatisfatório (25-49%) e crítico (<25%). Os municípios que obtiveram classificação de grau de implantação adequado foram: Recife (88,04%), Olinda (77,17%), Jaboatão (78,26%), Igarassu (86,95%), São Lourenço da Mata (80,43%) e Cabo (78,26%). Camaragibe foi classificado como aceitável com 72,82%. Somente três municípios obtiveram redução na sífilis congênita à curto prazo de 2017 para 2019, eles foram: Olinda (redução de 41%), São Lourenço da Mata (redução de 6,8%) e Igarassu (redução de 63,2%). O restante teve um aumento: Recife (aumento de 159,2%), Jaboatão (aumento de 3,8%), Cabo (aumento de 14,0%) e Camaragibe (aumento de 31,5%). Dentre os quatro eixos de atenção, o que apresentou menor quantidade de respostas padrão foi o cuidado integral, que traduz a necessidade de envidar esforços na garantia do diagnóstico e tratamento em tempo oportunos. Não foi possível correlacionar os efeitos das ações realizadas com os resultados diretos a curto prazo na redução da sífilis congênita. Ampliar a oferta de diagnóstico através de testagem rápida e tratamento oportuno descentralizados requer um esforço coletivo com planejamento intersetorial das estratégias de enfrentamento para esta doença. Estudos futuros são necessários para melhor identificação das limitações dos serviços de saúde no manejo e controle da sífilis.

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  • JOÃO LUIZ CAVALCANTI MARANHÃO DE ALBUQUERQUE
  • PREGÃO ELETRÔNICO: UMA ANÁLISE DAS LICITAÇÕES DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DE PERNAMBUCO

  • Orientador : RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • IVANESSA THAIANE DO NASCIMENTO CAVALCANTI
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • Data: 24/02/2022

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  • A promoção de licitação para aquisição de bens pelos Órgãos da Administração
    Pública direta, indireta e suas empresas é uma obrigação imposta pela Constituição
    Federal de 1988. Trata-se de um processo complexo e que requer o emprego de
    volume considerável de recursos financeiros para sua realização. Num Hospital
    Universitário Federal, financiado unicamente com recursos públicos, sua escassez
    torna-se ainda mais evidente frente às necessidades de atendimento das suas
    finalidades institucionais, de assistência à saúde, ensino e pesquisa. Assim, torna-se
    relevante a análise do resultado do processo de compras públicas, através de
    pregão eletrônico. Nessa perspectiva, este trabalho teve o propósito de mensurar os
    custos incorridos pelo Hospital das Clínicas de Pernambuco para se realizar os
    processos licitatórios para aquisição de material médico-hospitalar finalizados no
    ano de 2019 e avaliar o nível de eficiência do processo, entendido como sendo o
    percentual de êxito das licitações. O método utilizado para realização pesquisa foi o
    estudo de caso. A primeira etapa consistiu em realizar o mapeamento do fluxo do
    processo para identificar os diversos setores e atividades da organização
    envolvidos. Em seguida foi realizado o levantamento e classificação dos gastos por
    cada centro de custo. Utilizando-se do método de custeio por absorção pleno, foi
    obtido o valor total estimado para a realização de todos os 53 pregões de material
    médico-hospitalar homologados no ano de 2019, que foi de R$ 582.947,53, e o
    custo médio por processo, que foi de R$ 10.999,01. A partir de pesquisa documental
    foi possível estratificar os fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados ao
    insucesso e determinar a taxa percentual de itens fracassados, que representou
    23,56% para os destinados à ampla concorrência e 54,55% para os destinados à
    participação exclusiva para as micro e pequenas empresas, além de estimar a perda
    total pela ineficiência do processo, que foi de R$ 198.435,60. Finalmente foi
    proposto um conjunto de ações com vistas à otimização dos resultados dos pregões
    eletrônicos.


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  • A promoção de licitação para aquisição de bens pelos Órgãos da Administração
    Pública direta, indireta e suas empresas é uma obrigação imposta pela Constituição
    Federal de 1988. Trata-se de um processo complexo e que requer o emprego de
    volume considerável de recursos financeiros para sua realização. Num Hospital
    Universitário Federal, financiado unicamente com recursos públicos, sua escassez
    torna-se ainda mais evidente frente às necessidades de atendimento das suas
    finalidades institucionais, de assistência à saúde, ensino e pesquisa. Assim, torna-se
    relevante a análise do resultado do processo de compras públicas, através de
    pregão eletrônico. Nessa perspectiva, este trabalho teve o propósito de mensurar os
    custos incorridos pelo Hospital das Clínicas de Pernambuco para se realizar os
    processos licitatórios para aquisição de material médico-hospitalar finalizados no
    ano de 2019 e avaliar o nível de eficiência do processo, entendido como sendo o
    percentual de êxito das licitações. O método utilizado para realização pesquisa foi o
    estudo de caso. A primeira etapa consistiu em realizar o mapeamento do fluxo do
    processo para identificar os diversos setores e atividades da organização
    envolvidos. Em seguida foi realizado o levantamento e classificação dos gastos por
    cada centro de custo. Utilizando-se do método de custeio por absorção pleno, foi
    obtido o valor total estimado para a realização de todos os 53 pregões de material
    médico-hospitalar homologados no ano de 2019, que foi de R$ 582.947,53, e o
    custo médio por processo, que foi de R$ 10.999,01. A partir de pesquisa documental
    foi possível estratificar os fatores intrínsecos e extrínsecos relacionados ao
    insucesso e determinar a taxa percentual de itens fracassados, que representou
    23,56% para os destinados à ampla concorrência e 54,55% para os destinados à
    participação exclusiva para as micro e pequenas empresas, além de estimar a perda
    total pela ineficiência do processo, que foi de R$ 198.435,60. Finalmente foi
    proposto um conjunto de ações com vistas à otimização dos resultados dos pregões
    eletrônicos.

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  • MAGAIVA ROCHA MARTINS
  • Análise dos custos das unidades de cuidados intermediários neonatais de uma maternidade de recife-
    PE: um estudo comparativo

  • Orientador : RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JEFFERSON DA ROCHA TENÓRIO
  • PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
  • UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • Data: 25/02/2022

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  • Este trabalho teve como objetivo comparar os gastos com internamento de recém-nascidos pré-termos (RNPT) com indicação a segunda etapa do método canguru que ficaram internos na unidade de cuidados intermediários convencional e na canguru (UCINCO e UCINCA) no ano de 2018. O local de estudo foi o Hospital Agamenon Magalhães (HAM), situado na cidade de Recife-PE, estabelecimento mantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) voltado para cuidados de alta complexidade aos RNPT. Usou-se como metodologia o somatório de diárias baseadas no rateio por absorção, levando em consideração ser o método adotado pelo hospital em estudo, para melhor análise foi dividido a amostra em quatro grupos entre os RNPT que ficaram na UCINCO e aos que foram para UCINCA de acordo com o tempo de espera por vaga, o teste para análise estatística aplicado foi o de Kruskal-Wallis estabelecendo um intervalo de confiança de 95%. Os resultados mostraram que quanto mais se espera por vaga na unidade canguru maior os gastos com internamentos de prematuros sendo um custo médio total de R$ 25.996,57 para os RNPT que foram imediatamente quando indicado e R$ 29.945,07 para os que esperaram por mais de 10 dias pela vaga (p < 0,01). Percebeu-se também que os gastos com RNPT internos somente na unidade convencional teve uma média de R$12.858,83, mostrando ser bem menor quando comparado aos que foram para a unidade canguru (p <0,01), ainda foi visto que o tempo de internamento é estatisticamente igual com mediana de 21 dias para os RNs que vão imediatamente pra canguru e os que permanecem somente na UCINCO (p<0,01), o que diverge de estudos anteriores onde encontrou-se que a unidade canguru gera um ônus menor para os serviços e possui um tempo de internamento menor quando comparado aos cuidados convencionais sendo um dos seus benefícios. Ante o exposto sugeriu-se novos estudos com análise de custo individualizada, já que o rateio por absorção distribui os gastos por produção de paciente, não havendo diferenciação de custos relacionando ao tipo de assistência



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  • Este trabalho teve como objetivo comparar os gastos com internamento de recém-nascidos pré-termos (RNPT) com indicação a segunda etapa do método canguru que ficaram internos na unidade de cuidados intermediários convencional e na canguru (UCINCO e UCINCA) no ano de 2018. O local de estudo foi o Hospital Agamenon Magalhães (HAM), situado na cidade de Recife-PE, estabelecimento mantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) voltado para cuidados de alta complexidade aos RNPT. Usou-se como metodologia o somatório de diárias baseadas no rateio por absorção, levando em consideração ser o método adotado pelo hospital em estudo, para melhor análise foi dividido a amostra em quatro grupos entre os RNPT que ficaram na UCINCO e aos que foram para UCINCA de acordo com o tempo de espera por vaga, o teste para análise estatística aplicado foi o de Kruskal-Wallis estabelecendo um intervalo de confiança de 95%. Os resultados mostraram que quanto mais se espera por vaga na unidade canguru maior os gastos com internamentos de prematuros sendo um custo médio total de R$ 25.996,57 para os RNPT que foram imediatamente quando indicado e R$ 29.945,07 para os que esperaram por mais de 10 dias pela vaga (p < 0,01). Percebeu-se também que os gastos com RNPT internos somente na unidade convencional teve uma média de R$12.858,83, mostrando ser bem menor quando comparado aos que foram para a unidade canguru (p <0,01), ainda foi visto que o tempo de internamento é estatisticamente igual com mediana de 21 dias para os RNs que vão imediatamente pra canguru e os que permanecem somente na UCINCO (p<0,01), o que diverge de estudos anteriores onde encontrou-se que a unidade canguru gera um ônus menor para os serviços e possui um tempo de internamento menor quando comparado aos cuidados convencionais sendo um dos seus benefícios. Ante o exposto sugeriu-se novos estudos com análise de custo individualizada, já que o rateio por absorção distribui os gastos por produção de paciente, não havendo diferenciação de custos relacionando ao tipo de assistência


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  • ANADÉLIA LOPES DE SOUSA PASSOS
  • ANÁLISE DO IMPACTO ECONÔMICO DO ABSENTEÍSMO EM HOSPITAL PÚBLICO DURANTE PANDEMIA DA COVID-19

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANDERSON RODRIGUES DE ALMEIDA
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MICHELLE MELGAREJO DA ROSA
  • Data: 25/02/2022

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  • A pandemia da Covid-19, levou a um número elevado de adoecimento e a afastamentos
    prolongados dos profissionais de saúde. Estimar os custos do absenteísmo da força de trabalho
    é de suma importância para nortear os gestores do SUS na implementação de medidas
    gerenciais a fim de reduzir os gastos, aumentar a produção e melhorar a qualidade dos serviços
    prestados à população, principalmente em situação pandêmica. Esse estudo tem como objetivo
    estimar o custo para o SUS do absentismo por adoecimento no HULW (Hospital Universitário
    Lauro Wanderley) durante a pandemia da Covid-19 e ajudar na identificação das falhas de
    gestão dos processos de trabalho, que levam ao adoecimento dos colaboradores da EBSERH
    (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) no HULW durante a pandemia do novo
    Coronavírus (Covid-19). Trata-se de um estudo de avaliação econômica parcial do tipo
    descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com base documental, baseado em dados
    secundários, coletados a partir de prontuários médicos, sobre a estimativa dos custos diretos de
    uma coorte retrospectiva de colabores com Covid-19 ou com outras patologias que levaram ao
    absenteísmo. A população potencialmente elegível para o estudo compreendeu a força de
    trabalho do HULW que foram afastadas das atividades laborais por doença de março de 2020
    a dezembro de 2020. Foram excluídos do estudo os profissionais terceirizados, licença gestação
    ou amamentação e funcionários com dados incompletos. Os dados foram coletados nos
    prontuários dos colaboradores, através do SAME, SOST, setor de regulação e folha de
    pagamento. As análises estatísticas foram realizadas com o software estatístico R, versão 4.1.1.
    As variáveis contínuas foram testadas quanto à normalidade da distribuição pelo teste de
    Kolmogorov Smirnov, sendo descritas na forma de média e desvio padrão quando apresentarem
    distribuição normal. Quando o teste de normalidade não forneceram essa evidência, foram
    consideradas também a mediana e o IQR (desvio interquartílico), que é a diferença entre os
    quartis 3 e 1. Verificou-se que, em média, um servidor se afastou por 6,6 dias, que o custo do
    período total de afastamento de um servidor foi de R$ 1.201,76. Já o valor total dos
    afastamentos foi de R$ 2.603.017,95, sendo as doenças virais as que representaram o maior
    custo e, em seguida, os transtornos mentais e comportamentais. Os profissionais que geraram o
    maior custo pelos afastamentos foram os técnicos de enfermagem (27,21%), já o setor, foi a
    Unidade Materno Infantil. Portanto, pode-se concluir que a pesquisa gerou indicadores
    importantes para nortear os gestores na alocação de recursos e na tomada de decisão, durante a
    pandemia da Covid-19.


  • Mostrar Abstract
  • A pandemia da Covid-19, levou a um número elevado de adoecimento e a afastamentos
    prolongados dos profissionais de saúde. Estimar os custos do absenteísmo da força de trabalho
    é de suma importância para nortear os gestores do SUS na implementação de medidas
    gerenciais a fim de reduzir os gastos, aumentar a produção e melhorar a qualidade dos serviços
    prestados à população, principalmente em situação pandêmica. Esse estudo tem como objetivo
    estimar o custo para o SUS do absentismo por adoecimento no HULW (Hospital Universitário
    Lauro Wanderley) durante a pandemia da Covid-19 e ajudar na identificação das falhas de
    gestão dos processos de trabalho, que levam ao adoecimento dos colaboradores da EBSERH
    (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares) no HULW durante a pandemia do novo
    Coronavírus (Covid-19). Trata-se de um estudo de avaliação econômica parcial do tipo
    descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com base documental, baseado em dados
    secundários, coletados a partir de prontuários médicos, sobre a estimativa dos custos diretos de
    uma coorte retrospectiva de colabores com Covid-19 ou com outras patologias que levaram ao
    absenteísmo. A população potencialmente elegível para o estudo compreendeu a força de
    trabalho do HULW que foram afastadas das atividades laborais por doença de março de 2020
    a dezembro de 2020. Foram excluídos do estudo os profissionais terceirizados, licença gestação
    ou amamentação e funcionários com dados incompletos. Os dados foram coletados nos
    prontuários dos colaboradores, através do SAME, SOST, setor de regulação e folha de
    pagamento. As análises estatísticas foram realizadas com o software estatístico R, versão 4.1.1.
    As variáveis contínuas foram testadas quanto à normalidade da distribuição pelo teste de
    Kolmogorov Smirnov, sendo descritas na forma de média e desvio padrão quando apresentarem
    distribuição normal. Quando o teste de normalidade não forneceram essa evidência, foram
    consideradas também a mediana e o IQR (desvio interquartílico), que é a diferença entre os
    quartis 3 e 1. Verificou-se que, em média, um servidor se afastou por 6,6 dias, que o custo do
    período total de afastamento de um servidor foi de R$ 1.201,76. Já o valor total dos
    afastamentos foi de R$ 2.603.017,95, sendo as doenças virais as que representaram o maior
    custo e, em seguida, os transtornos mentais e comportamentais. Os profissionais que geraram o
    maior custo pelos afastamentos foram os técnicos de enfermagem (27,21%), já o setor, foi a
    Unidade Materno Infantil. Portanto, pode-se concluir que a pesquisa gerou indicadores
    importantes para nortear os gestores na alocação de recursos e na tomada de decisão, durante a
    pandemia da Covid-19.

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  • PRISCILA KAROLINA FRANCISCA SILVA DE ANDRADE
  • GASTOS MUNICIPAIS EM SAÚDE: A PRESENÇA DAS GERES IMPORTA? UMA ANÁLISE EMPÍRICA PARA ESTADO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : RAUL DA MOTA SILVEIRA NETO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • NELSON MIGUEL GALINDO NETO
  • UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • Data: 28/02/2022

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  • A execução de um sistema de saúde que garanta a população brasileira acesso gratuito aos serviços de saúde, Como frutos da CF 88, o processo de municipalização da saúde unido ao subfinanciamento, sobrecarregaram os municípios. Partindo do estudo dos municípios do Estado de Pernambuco, busca-se analisar os fatores que interferem na decisão dos gestores municipais em investirem mais ou menos em saúde, e se à proximidade de municípios com as suas respectivas Gerências Regionais de Saúde (GERES) pode influenciar nos gastos municipais de saúde. Se formulou a partir de dados disponibilizados, os dados referentes a 184 municípios pernambucanos, dos anos de 2003, 2010 e 2017, anos com diferentes distribuições das GERES. Para a análise dos dados foi utilizado o modelo de regressão linear, onde a variável dependente é o percentual de gasto municipal direcionado para a despesa com saúde, estando entre os regressores a distância do município à sua GERES. Através dos resultados obtidos, foi possível inferir que sim, a presença da GERES exerce influência no quantitativo de gastos com recursos próprios aplicados na saúde. Não obstante, o PIB municipal não teve efeito relevante nos gastos no setor saúde, dessa forma o porte financeiro possui efeito pequeno quando comparado ao fator distância GERES. Diante da relevancia deste tipo de estudo para o avanço de um sistema de saúde mais equitativo, sugere-se o desenvolvimento de mais estudos sobre o tema.


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  • A execução de um sistema de saúde que garanta a população brasileira acesso gratuito aos serviços de saúde, Como frutos da CF 88, o processo de municipalização da saúde unido ao subfinanciamento, sobrecarregaram os municípios. Partindo do estudo dos municípios do Estado de Pernambuco, busca-se analisar os fatores que interferem na decisão dos gestores municipais em investirem mais ou menos em saúde, e se à proximidade de municípios com as suas respectivas Gerências Regionais de Saúde (GERES) pode influenciar nos gastos municipais de saúde. Se formulou a partir de dados disponibilizados, os dados referentes a 184 municípios pernambucanos, dos anos de 2003, 2010 e 2017, anos com diferentes distribuições das GERES. Para a análise dos dados foi utilizado o modelo de regressão linear, onde a variável dependente é o percentual de gasto municipal direcionado para a despesa com saúde, estando entre os regressores a distância do município à sua GERES. Através dos resultados obtidos, foi possível inferir que sim, a presença da GERES exerce influência no quantitativo de gastos com recursos próprios aplicados na saúde. Não obstante, o PIB municipal não teve efeito relevante nos gastos no setor saúde, dessa forma o porte financeiro possui efeito pequeno quando comparado ao fator distância GERES. Diante da relevancia deste tipo de estudo para o avanço de um sistema de saúde mais equitativo, sugere-se o desenvolvimento de mais estudos sobre o tema.

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  • ELISAMA MELQUIADES DE MELO E SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL CLÍNICO - EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM CÂNCER DE PULMÃO EM PERNAMBUCO

  • Orientador : MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • LUIZ ALBERTO REIS MATTOS JUNIOR
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • Data: 31/03/2022

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  • Apesar dos avanços no tratamento e a implementação de tecnologias de saúde, o câncer de pulmão
    continua sendo a neoplasia com maior mortalidade no mundo. No Brasil, segundo estimativa do
    INCA, para cada ano do triênio 2020-2022 serão contabilizados 30 mil novos casos de câncer de
    pulmão, 17.760 casos novos de câncer no sexo masculino e 12.440 no sexo feminino. O aumento do
    número de casos de câncer está relacionado às mudanças no perfil sociodemográfico da população,
    como o aumento e o envelhecimento populacional e a fatores de riscos ligados ao desenvolvimento
    socioeconômico. O tabagismo é o principal fator de risco em 71% dos casos diagnosticados. O
    estudo teve como finalidade identificar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com câncer
    de pulmão em Pernambuco entre os anos de 2006 a 2016. Trata-se de um estudo observacional,
    descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com dados de pacientes adultos diagnosticados
    com câncer de pulmão no estado de Pernambuco. Foram selecionados 2711 pacientes com
    diagnóstico confirmado de câncer de pulmão no período entre 2006 e 2016. O ano com maior
    número de casos foi em 2013(334) e o ano com menor número de casos foi em 2006(90). O
    diagnóstico foi mais frequente na faixa etária entre 50-69 anos, com 59,57%. O sexo masculino foi
    predominante durante os anos estudados, correspondendo a 56,69% do número de casos. Em
    relação à raça, um percentual de 55,46% correspondia à raça preta/parda. Quanto à informação
    sobre tabagismo, mais da metade dos pacientes analisados eram fumantes ou haviam fumado em
    algum momento da vida (59,46%). De acordo com a histologia 35,89% apresentou o subtipo
    adenocarcinoma, que ao longo dos anos avaliados apresentou aumento no número de casos. O
    tratamento predominante nos anos avaliados foi a quimioterapia. Após análise multivariada,
    constatou-se que as variáveis importantes para o desfecho óbito são sexo (p=0,027), sem local exato
    (p=0,000), estadiamento (p=0,000) e alcoolismo (p=0,000). Os dados desse estudo indicam que o
    câncer de pulmão tanto no Brasil como mundialmente tem se mostrado um grave problema de
    saúde pública, sendo necessária intervenção dos órgãos de saúde com ações para cessação do
    tabagismo.


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  • Apesar dos avanços no tratamento e a implementação de tecnologias de saúde, o câncer de pulmão
    continua sendo a neoplasia com maior mortalidade no mundo. No Brasil, segundo estimativa do
    INCA, para cada ano do triênio 2020-2022 serão contabilizados 30 mil novos casos de câncer de
    pulmão, 17.760 casos novos de câncer no sexo masculino e 12.440 no sexo feminino. O aumento do
    número de casos de câncer está relacionado às mudanças no perfil sociodemográfico da população,
    como o aumento e o envelhecimento populacional e a fatores de riscos ligados ao desenvolvimento
    socioeconômico. O tabagismo é o principal fator de risco em 71% dos casos diagnosticados. O
    estudo teve como finalidade identificar o perfil clínico e epidemiológico dos pacientes com câncer
    de pulmão em Pernambuco entre os anos de 2006 a 2016. Trata-se de um estudo observacional,
    descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, com dados de pacientes adultos diagnosticados
    com câncer de pulmão no estado de Pernambuco. Foram selecionados 2711 pacientes com
    diagnóstico confirmado de câncer de pulmão no período entre 2006 e 2016. O ano com maior
    número de casos foi em 2013(334) e o ano com menor número de casos foi em 2006(90). O
    diagnóstico foi mais frequente na faixa etária entre 50-69 anos, com 59,57%. O sexo masculino foi
    predominante durante os anos estudados, correspondendo a 56,69% do número de casos. Em
    relação à raça, um percentual de 55,46% correspondia à raça preta/parda. Quanto à informação
    sobre tabagismo, mais da metade dos pacientes analisados eram fumantes ou haviam fumado em
    algum momento da vida (59,46%). De acordo com a histologia 35,89% apresentou o subtipo
    adenocarcinoma, que ao longo dos anos avaliados apresentou aumento no número de casos. O
    tratamento predominante nos anos avaliados foi a quimioterapia. Após análise multivariada,
    constatou-se que as variáveis importantes para o desfecho óbito são sexo (p=0,027), sem local exato
    (p=0,000), estadiamento (p=0,000) e alcoolismo (p=0,000). Os dados desse estudo indicam que o
    câncer de pulmão tanto no Brasil como mundialmente tem se mostrado um grave problema de
    saúde pública, sendo necessária intervenção dos órgãos de saúde com ações para cessação do
    tabagismo.

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  • JOSINEIDE PEREIRA DA SILVA
  • Os custos do cuidado aos recém-nascidos pré-termo internados
    em uma UTI Neonatal pública e a importância da assistência pré-natal

  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ERALDO FONSECA DOS SANTOS JUNIOR
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • SAYONARA MARIA CALADO GONCALVES
  • Data: 28/04/2022

  • Mostrar Resumo
  • O custo do cuidado intensivo a recém-nascidos prematuros tem contribuído para a
    elevação dos gastos com saúde e o que mais onera são os custos com pessoal. A
    prestação do cuidado em saúde representa a parcela de maior custo para as
    instituições de saúde, seguida pelo consumo de insumos médicos e tecnológicos.
    Gerir os sistemas de saúde tem sido um desafio árduo para gestores e
    administradores diante de recursos finitos e escassos. O trabalho procurou analisar
    os custos do cuidado ao Recém-nascido pré-termo internado em UTI Neonatal no
    período de 2016 a 2019 e buscado conhecer onde e como se gasta os recursos
    financeiros nas instituições de saúde. Para tal, realizou um estudo de estimação de
    custos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, UTIN, nos anos de 2016 a 2019.
    Foram 4.077 prematuros nascidos no período e destes, 931 foram admitidos na UTIN,
    com idade gestacional entre 22 semanas e 36 semanas e seis dias de gestação. A
    permanência variou de um dia a 513 dias, com uma permanecia média de 35,61 dias
    na UTIN e no total foram 35.069 dias de internação, a um custo médio diário de R$
    1.901,65 o que representou um dispêndio de R$ 66.688.963,85 no período. Os valores
    variaram ainda segundo a idade gestacional e o peso dos RNs.
    Este trabalho tem a intenção de possibilitar o conhecimento sobre custos hospitalares
    com o cuidado a recém-nascidos pré-termo internados em UTI neonatal e também
    contribuir com dados que permitam um enriquecimento da discussão do financiamento
    da saúde na perspectiva do uso eficiente dos recursos finitos no hospital.


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  • O custo do cuidado intensivo a recém-nascidos prematuros tem contribuído para a
    elevação dos gastos com saúde e o que mais onera são os custos com pessoal. A
    prestação do cuidado em saúde representa a parcela de maior custo para as
    instituições de saúde, seguida pelo consumo de insumos médicos e tecnológicos.
    Gerir os sistemas de saúde tem sido um desafio árduo para gestores e
    administradores diante de recursos finitos e escassos. O trabalho procurou analisar
    os custos do cuidado ao Recém-nascido pré-termo internado em UTI Neonatal no
    período de 2016 a 2019 e buscado conhecer onde e como se gasta os recursos
    financeiros nas instituições de saúde. Para tal, realizou um estudo de estimação de
    custos da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, UTIN, nos anos de 2016 a 2019.
    Foram 4.077 prematuros nascidos no período e destes, 931 foram admitidos na UTIN,
    com idade gestacional entre 22 semanas e 36 semanas e seis dias de gestação. A
    permanência variou de um dia a 513 dias, com uma permanecia média de 35,61 dias
    na UTIN e no total foram 35.069 dias de internação, a um custo médio diário de R$
    1.901,65 o que representou um dispêndio de R$ 66.688.963,85 no período. Os valores
    variaram ainda segundo a idade gestacional e o peso dos RNs.
    Este trabalho tem a intenção de possibilitar o conhecimento sobre custos hospitalares
    com o cuidado a recém-nascidos pré-termo internados em UTI neonatal e também
    contribuir com dados que permitam um enriquecimento da discussão do financiamento
    da saúde na perspectiva do uso eficiente dos recursos finitos no hospital.

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  • JOSE RICARDO FERNANDES DE SOUZA
  • GESTÃO DE CUSTOS GOVERNAMENTAL: uma proposta de modelo conceitual de apuração de custos para o Instituto Aggeu Magalhães.

  • Orientador : UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • RAFAEL COUTINHO COSTA LIMA
  • RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES
  • Data: 03/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • O presente estudo é uma proposta de modelo conceitual de apuração da
    informação de custos para o Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz), unidade da
    Fundação Oswaldo Cruz, em Recife – Pernambuco. A proposta do modelo surgiu a
    partir da necessidade da utilização de informações de custos no processo de tomada de
    decisão por parte da gestão do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz). É um de
    estudo de caso, com caráter descritivo, de natureza quantitativa; é uma análise
    retrospectiva com dados referentes ao mês de janeiro do ano de 2021, que possui grande
    relevância para projeções do exercício financeiro.

    O processo de apropriação e apuração dos custos foi realizado através do
    método de custeio por absorção, onde os custos diretos e indiretos são alocados aos
    objetos de custeio relacionados aos centros de custos produtivos. Os dados foram
    coletados por meio de informações registradas no portal da transparência do governo
    federal brasileiro e agrupados em planilhas do programa Microsoft Excel. O modelo
    conceitual proposto, após estudo de caso da execução orçamentária realizada no mês de
    janeiro de 2021, evidenciou que o resultado do período foi superavitário.

    A obrigação de se apurar custos no serviço público vem desde a década de
    1960 com a lei federal 4320/64 e, modernamente, com os normativos da lei
    complementar 101/2000 e com as normas brasileiras de contabilidades aplicadas ao
    setor público; contudo, a adoção de um modelo conceitual para a apuração da
    informação de custos, por si só, não é suficiente; é necessária a utilização da informação
    de custos pelos tomadores de decisão da Instituição. Portanto, o uso da informação de
    custos, no setor saúde, deve ser realizado conforme a necessidade do usuário e com a
    adoção do regime de competência.

    Concluímos o estudo demonstrando a necessidade da informação de custos
    para auxiliar no processo de tomada de decisão. Com efeito, o tema gestão de custos em
    saúde ainda é incipiente, sendo necessários novos estudos, o que possibilitara a
    eficiência e eficácia na gestão pública.


  • Mostrar Abstract
  • O presente estudo é uma proposta de modelo conceitual de apuração da
    informação de custos para o Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz), unidade da
    Fundação Oswaldo Cruz, em Recife – Pernambuco. A proposta do modelo surgiu a
    partir da necessidade da utilização de informações de custos no processo de tomada de
    decisão por parte da gestão do Instituto Aggeu Magalhães (IAM/Fiocruz). É um de
    estudo de caso, com caráter descritivo, de natureza quantitativa; é uma análise
    retrospectiva com dados referentes ao mês de janeiro do ano de 2021, que possui grande
    relevância para projeções do exercício financeiro.

    O processo de apropriação e apuração dos custos foi realizado através do
    método de custeio por absorção, onde os custos diretos e indiretos são alocados aos
    objetos de custeio relacionados aos centros de custos produtivos. Os dados foram
    coletados por meio de informações registradas no portal da transparência do governo
    federal brasileiro e agrupados em planilhas do programa Microsoft Excel. O modelo
    conceitual proposto, após estudo de caso da execução orçamentária realizada no mês de
    janeiro de 2021, evidenciou que o resultado do período foi superavitário.

    A obrigação de se apurar custos no serviço público vem desde a década de
    1960 com a lei federal 4320/64 e, modernamente, com os normativos da lei
    complementar 101/2000 e com as normas brasileiras de contabilidades aplicadas ao
    setor público; contudo, a adoção de um modelo conceitual para a apuração da
    informação de custos, por si só, não é suficiente; é necessária a utilização da informação
    de custos pelos tomadores de decisão da Instituição. Portanto, o uso da informação de
    custos, no setor saúde, deve ser realizado conforme a necessidade do usuário e com a
    adoção do regime de competência.

    Concluímos o estudo demonstrando a necessidade da informação de custos
    para auxiliar no processo de tomada de decisão. Com efeito, o tema gestão de custos em
    saúde ainda é incipiente, sendo necessários novos estudos, o que possibilitara a
    eficiência e eficácia na gestão pública.

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  • ERIKA MICHELLE DO NASCIMENTO FACUNDES BARBOSA
  • UNITARIZAÇÃO DE MEDICAMENTOS E ADAPTAÇÕES DE FORMAS FARMACÊUTICAS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: UM ESTUDO DE VIABILIDADE BASEADO EM
    VALOR



  • Orientador : MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • BRENO CALDAS DE ARAUJO
  • JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • Data: 13/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • O acesso ao medicamento é considerado um direito humano fundamental, mas deve ser promovido
    de forma racional a fim de minimizar os eventos adversos relacionados. Pacientes neonatais e
    pediátricos apresentam características fisiopatológicas específicas que resultam em necessidades
    peculiares em relação à terapêutica farmacológica. Uma das estratégias para tentar minimizar essas
    limitações relacionadas à terapia dos pacientes neonatos e pediátricos, auxiliando na oferta de maior
    segurança ao paciente durante o processo de medicação, é a utilização do sistema de distribuição de
    medicamentos por dose unitária (SDMDU). Diante disso, este trabalho teve como objetivo
    comparar os custos diretos do sistema de dispensação de medicamentos misto (individualizado +
    coletivo) empregado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo) com uma simulação
    do SDMDU através de uma Farmacotécnica Hospitalar normatizada pela RDC 67/2007. Trata-se
    de um estudo transversal, retrospectivo e analítico, de abordagem qualitativa e quantitativa, a partir
    da coleta de dados no sistema interno (Mastertools) referente às prescrições eletrônicas e ao sistema
    de dispensação de medicamentos dos pacientes internados. As variáveis desse estudo foram obtidas
    através da análise de cada prescrição e dos relatórios de dispensação emitidos pelo sistema interno,
    no período de um ano, e estão relacionadas à terapia farmacológica, e ao consumo e custos
    associados. As informações coletadas foram tabuladas, por data, para análise de demanda diária por
    medicamento na UTINeo. Por meio da sintetização desses dados, no Microsoft Office – Excel 2013,
    foi possível simular o cenário de preparo de doses e dispensação em uma farmacotécnica hospitalar.
    A análise comparativa simples dos custos exclusivos com consumo de medicamentos no modelo de
    dispensação misto e no cenário simulado de SDMDU, demonstrou uma economia de 27,07% (R$
    27.072,66) favorável ao sistema de unitarização de doses. O grupo de medicamentos que contribuiu
    majoritariamente para esta economia, foram o dos medicamentos injetáveis, com aproximadamente
    95,0% (R$ 25.719,97). Apesar de não ser verificada contribuição significativa dos medicamentos
    orais na redução dos custos diretos totais analisados, apenas 5% (R$ 1.245,49) da economia
    proporcionada pela SDMDU, devemos lembrar dos possíveis efeitos positivos para a segurança do
    paciente que não foram mensurados. Este provável impacto positivo na segurança do paciente é
    resultado da possibilidade de minimização dos riscos associados a erros de dose e vias de
    administração, além da redução dos riscos de contaminação microbiológica, da sobrecarga de
    trabalho da equipe de enfermagem e da otimização da integração do profissional farmacêutico à
    equipe multidisciplinar. Porém, avaliações econômicas mais robustas e complexas, que
    possibilitem a mensuração desses e de outros efeitos benéficos, são necessárias para auxiliar
    gestores e especialistas no processo de tomada de decisão para implementação ou não desta
    tecnologia.


  • Mostrar Abstract
  • O acesso ao medicamento é considerado um direito humano fundamental, mas deve ser promovido
    de forma racional a fim de minimizar os eventos adversos relacionados. Pacientes neonatais e
    pediátricos apresentam características fisiopatológicas específicas que resultam em necessidades
    peculiares em relação à terapêutica farmacológica. Uma das estratégias para tentar minimizar essas
    limitações relacionadas à terapia dos pacientes neonatos e pediátricos, auxiliando na oferta de maior
    segurança ao paciente durante o processo de medicação, é a utilização do sistema de distribuição de
    medicamentos por dose unitária (SDMDU). Diante disso, este trabalho teve como objetivo
    comparar os custos diretos do sistema de dispensação de medicamentos misto (individualizado +
    coletivo) empregado em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTINeo) com uma simulação
    do SDMDU através de uma Farmacotécnica Hospitalar normatizada pela RDC 67/2007. Trata-se
    de um estudo transversal, retrospectivo e analítico, de abordagem qualitativa e quantitativa, a partir
    da coleta de dados no sistema interno (Mastertools) referente às prescrições eletrônicas e ao sistema
    de dispensação de medicamentos dos pacientes internados. As variáveis desse estudo foram obtidas
    através da análise de cada prescrição e dos relatórios de dispensação emitidos pelo sistema interno,
    no período de um ano, e estão relacionadas à terapia farmacológica, e ao consumo e custos
    associados. As informações coletadas foram tabuladas, por data, para análise de demanda diária por
    medicamento na UTINeo. Por meio da sintetização desses dados, no Microsoft Office – Excel 2013,
    foi possível simular o cenário de preparo de doses e dispensação em uma farmacotécnica hospitalar.
    A análise comparativa simples dos custos exclusivos com consumo de medicamentos no modelo de
    dispensação misto e no cenário simulado de SDMDU, demonstrou uma economia de 27,07% (R$
    27.072,66) favorável ao sistema de unitarização de doses. O grupo de medicamentos que contribuiu
    majoritariamente para esta economia, foram o dos medicamentos injetáveis, com aproximadamente
    95,0% (R$ 25.719,97). Apesar de não ser verificada contribuição significativa dos medicamentos
    orais na redução dos custos diretos totais analisados, apenas 5% (R$ 1.245,49) da economia
    proporcionada pela SDMDU, devemos lembrar dos possíveis efeitos positivos para a segurança do
    paciente que não foram mensurados. Este provável impacto positivo na segurança do paciente é
    resultado da possibilidade de minimização dos riscos associados a erros de dose e vias de
    administração, além da redução dos riscos de contaminação microbiológica, da sobrecarga de
    trabalho da equipe de enfermagem e da otimização da integração do profissional farmacêutico à
    equipe multidisciplinar. Porém, avaliações econômicas mais robustas e complexas, que
    possibilitem a mensuração desses e de outros efeitos benéficos, são necessárias para auxiliar
    gestores e especialistas no processo de tomada de decisão para implementação ou não desta
    tecnologia.

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  • THIAGO GONÇALVES DO NASCIMENTO PIRÔPO
  • SERVIÇO DE TELEDIAGNÓSTICO E INTERNAÇÕES POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES: UMA ABORDAGEM DE DIFERENÇA-EM-DIFERENÇA PARA MUNICÍPIOS BAIANOS


  • Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • PAULO AMILTON MAIA LEITE FILHO
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • Data: 31/05/2022

  • Mostrar Resumo
  • Asdoenças cardiovasculares tem sido uma das principais causas do óbito no mundo nos últimos anos, responsáveis pela elevação dos gastos públicos com cuidados em saúde. Ainda, as acentuadas iniquidades em saúde existentes no país, dificultam o acesso a exames e consultas especializadas. Contudo, a incorporação da telecardiologia em ECG tem demonstrado eficácia na ampliação do acesso ao cuidado continuado e melhoria na qualidade de vida. Objetivo: Analisar o impacto da utilização do Telediagnóstico em ECG nas internações por DCV, entre os municípios baianos que implantaram o serviço. Método: Trata-se de um estudo quase-experimental, não randomizado, baseado em pré e pós-intervenção, descritivo e analítico de dados secundários com abordagem quantitativa. Resultados: O grupo tratado conseguiu reduzir em 6 internações por DCV (P> 0,004) a cada ano adicional, sendo 4 internações entre as pessoas autodeclaradas pretas (P> 0,007), redução de 3 na média de dias de internamento (P> 0,000) e de 2,74 no valor médio por internação (P> 0,007) e uma redução de 9,54% na taxa de mortalidade (P> 0,000), por municípios. Discussão: Sugere eficácia na identificação precoce dos sinais de comprometimento do quadro clínico, possibilitando intervenção em tempo e ainda, reduzindo período de tratamento, redução na média dos dias de internamento e custos. Conclusão: Nos municípios onde houve a implantação do serviço, notou-se uma redução nas internações gerais motivadas por doenças cardiovasculares.



  • Mostrar Abstract
  • Asdoenças cardiovasculares tem sido uma das principais causas do óbito no mundo nos últimos anos, responsáveis pela elevação dos gastos públicos com cuidados em saúde. Ainda, as acentuadas iniquidades em saúde existentes no país, dificultam o acesso a exames e consultas especializadas. Contudo, a incorporação da telecardiologia em ECG tem demonstrado eficácia na ampliação do acesso ao cuidado continuado e melhoria na qualidade de vida. Objetivo: Analisar o impacto da utilização do Telediagnóstico em ECG nas internações por DCV, entre os municípios baianos que implantaram o serviço. Método: Trata-se de um estudo quase-experimental, não randomizado, baseado em pré e pós-intervenção, descritivo e analítico de dados secundários com abordagem quantitativa. Resultados: O grupo tratado conseguiu reduzir em 6 internações por DCV (P> 0,004) a cada ano adicional, sendo 4 internações entre as pessoas autodeclaradas pretas (P> 0,007), redução de 3 na média de dias de internamento (P> 0,000) e de 2,74 no valor médio por internação (P> 0,007) e uma redução de 9,54% na taxa de mortalidade (P> 0,000), por municípios. Discussão: Sugere eficácia na identificação precoce dos sinais de comprometimento do quadro clínico, possibilitando intervenção em tempo e ainda, reduzindo período de tratamento, redução na média dos dias de internamento e custos. Conclusão: Nos municípios onde houve a implantação do serviço, notou-se uma redução nas internações gerais motivadas por doenças cardiovasculares.


13
  • TAMIRES DIOGO ALVES DE LIRA
  • ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DO PROJETO APICE ON EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO RECIFE

  • Orientador : ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MECCIENE MENDES RODRIGUES
  • ROBERTA DE SOUZA PEREIRA DA SILVA RAMOS
  • Data: 13/06/2022

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  • A saúdematerno-infantil no Brasil encontra-se inserida em um contexto de contradição, visto que, apesar do avanço da área ter contribuído com a melhoria nos indicadores de saúde dessa população, as taxas de morbimortalidade ainda persistem em patamares incompatíveis com o nível de desenvolvimento do país. Esse intenso processo de medicalização do parto, fez o país atingir a segunda maior taxa de cesarianas do mundo (55%), além de submeter mulheres e recém-nascidos a intervenções sem evidências científicas, que desrespeitam os aspectos emocionais, físicos e culturais do momento.  Diante desse cenário, ações de mudanças têm sido implementadas no Brasil para promover um modo de nascer, mais seguro e humanizado. Como exemplo, tem-se o Projeto APICE ON, com o objetivo de aprimorar a qualificação e a formação de profissionais da saúde que trabalham nos setores ligados à obstetrícia e neonatologia, através da integração entre formação, atenção e gestão. O projeto foi lançado no ano de 2017 e constituído por 96 hospitais de ensino de todo o país. Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar o grau de implantação do Projeto APICE ON no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Para isso, utilizou-se a estratégia do estudo de caso e 3 técnicas de coleta de dados: pesquisa documental, observação sistemática, entrevistas e questionários individuais. Foi construído também o modelo lógico do projeto e uma matriz de análise dos indicadores. O critério que verificou a presença de protocolos, rotinas e normas teve um resultado “aceitável”. A ambiência e a estrutura física tiveram resultados “insatisfatório” e “adequado”, respectivamente. Sobre a avaliação das puérperas quanto ao serviço, 77% relataram sentir “ótimo bem-estar”. Já quanto aos profissionais, 100% tiveram desempenho “ótimo” em suas respostas. O componente atenção obteve 49% da pontuação máxima, sendo considerado “insatisfatório” e os componentes formação e gestão obtiveram  65% e 67%  do total respectivamente, sendo ambos classificados como “aceitável”. A soma das pontuações dos 3 componentes resultou em um percentual atingido de 53%, classificado como “aceitável”. Foram evidenciadas fragilidades de recursos humanos, físicos, estruturais e organizacionais; o hospital também possui diversas deficiências na implantação do projeto, como a dificuldade em vincular a gestante ao serviço, a limitada atuação do enfermeiro obstétrico na assistência direta ao parto, o baixo uso do partograma e a escassa realização de analgesia regional. Os resultados positivos foram: a presença do acompanhante em todo o processo de parto; a construção e implantação de instrumento para quantificar os indicadores; a presença do enfermeiro obstétrico em 100% dos plantões do COB; a criação de protocolos e melhorias nos fluxos assistenciais; o bom resultado de vários indicadores de boas práticas de assistência ao parto e a avaliação positiva por parte das usuárias do serviço. Os resultados dessa pesquisa apresentam elementos que podem contribuir para a reflexão e discussão entre profissionais e gestores, com o intuito de reavaliar e reorganizar o processo de assistência. É preciso, portanto, que as ações exitosas do projeto sejam mantidas e que os processos de trabalho sejam revisitados para o alcance das metas pactuadas.



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  • A saúdematerno-infantil no Brasil encontra-se inserida em um contexto de contradição, visto que, apesar do avanço da área ter contribuído com a melhoria nos indicadores de saúde dessa população, as taxas de morbimortalidade ainda persistem em patamares incompatíveis com o nível de desenvolvimento do país. Esse intenso processo de medicalização do parto, fez o país atingir a segunda maior taxa de cesarianas do mundo (55%), além de submeter mulheres e recém-nascidos a intervenções sem evidências científicas, que desrespeitam os aspectos emocionais, físicos e culturais do momento.  Diante desse cenário, ações de mudanças têm sido implementadas no Brasil para promover um modo de nascer, mais seguro e humanizado. Como exemplo, tem-se o Projeto APICE ON, com o objetivo de aprimorar a qualificação e a formação de profissionais da saúde que trabalham nos setores ligados à obstetrícia e neonatologia, através da integração entre formação, atenção e gestão. O projeto foi lançado no ano de 2017 e constituído por 96 hospitais de ensino de todo o país. Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi avaliar o grau de implantação do Projeto APICE ON no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco. Para isso, utilizou-se a estratégia do estudo de caso e 3 técnicas de coleta de dados: pesquisa documental, observação sistemática, entrevistas e questionários individuais. Foi construído também o modelo lógico do projeto e uma matriz de análise dos indicadores. O critério que verificou a presença de protocolos, rotinas e normas teve um resultado “aceitável”. A ambiência e a estrutura física tiveram resultados “insatisfatório” e “adequado”, respectivamente. Sobre a avaliação das puérperas quanto ao serviço, 77% relataram sentir “ótimo bem-estar”. Já quanto aos profissionais, 100% tiveram desempenho “ótimo” em suas respostas. O componente atenção obteve 49% da pontuação máxima, sendo considerado “insatisfatório” e os componentes formação e gestão obtiveram  65% e 67%  do total respectivamente, sendo ambos classificados como “aceitável”. A soma das pontuações dos 3 componentes resultou em um percentual atingido de 53%, classificado como “aceitável”. Foram evidenciadas fragilidades de recursos humanos, físicos, estruturais e organizacionais; o hospital também possui diversas deficiências na implantação do projeto, como a dificuldade em vincular a gestante ao serviço, a limitada atuação do enfermeiro obstétrico na assistência direta ao parto, o baixo uso do partograma e a escassa realização de analgesia regional. Os resultados positivos foram: a presença do acompanhante em todo o processo de parto; a construção e implantação de instrumento para quantificar os indicadores; a presença do enfermeiro obstétrico em 100% dos plantões do COB; a criação de protocolos e melhorias nos fluxos assistenciais; o bom resultado de vários indicadores de boas práticas de assistência ao parto e a avaliação positiva por parte das usuárias do serviço. Os resultados dessa pesquisa apresentam elementos que podem contribuir para a reflexão e discussão entre profissionais e gestores, com o intuito de reavaliar e reorganizar o processo de assistência. É preciso, portanto, que as ações exitosas do projeto sejam mantidas e que os processos de trabalho sejam revisitados para o alcance das metas pactuadas.


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  • CAMILA CLAUDINO DE SOUZA
  • ANÁLISE DOS FATORES ASSOCIADOS À JUDICIALIZAÇÃO DA SAÚDE NO ESTADO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • FABIO HENRIQUE CAVALCANTI DE OLIVEIRA
  • Data: 29/06/2022

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  • Com a expansão do Direito à Saúde houve o surgimento da judicialização da saúde.
    Esse fenômeno apresenta aspectos políticos, sociais, éticos e sanitários, sendo
    necessário compreender as relações institucionais referentes à judicialização da saúde
    pública no Brasil, bem como dados da judicialização no país e em Pernambuco. O
    objetivo deste trabalho foi analisar fatores associados à judicialização da saúde a partir
    de dados obtidos das ações judiciais propostas contra o Estado de Pernambuco. Foi
    conduzido um estudo quantitativo, descritivo e analítico, com dados da Secretaria
    Estadual de Saúde de Pernambuco, dos anos de 2015 a 2020. Foram selecionadas
    variáveis sobre dados demográficos, territoriais, profissionais envolvidos e dados de
    saúde dos pacientes, e informações sobre os medicamentos solicitados. O percentual de
    deferimento das ações judiciais foi de 91,67%, e o de presença de requerimentos
    administrativos nas ações foi de 26,73%. Há tendência de queda nas ações e nos
    requerimentos administrativos prévios na análise temporal. Pedidos de medicamentos
    corresponderam a 61,61% do total, seguidos de leitos hospitalares (8,7%), sendo este
    com maior percentual de deferimento. Observa-se queda percentual nos pedidos de
    medicamentos. Há concentração de ações judiciais na RMR e nos polos do interior, e
    alta demanda dos serviços vinculados ao SUS (74,48%) e alta participação da advocacia
    pública (53,5%). Ações patrocinadas pelo MPPE e vindas do interior têm mais chances
    de deferimento. Observa-se incidência das doenças crônicas não transmissíveis, no
    entanto doenças do aparelho geniturinário e do aparelho digestivo são as que têm mais
    chances de deferimento. A demanda por medicamentos não incorporados ao SUS é de
    54,36% do total, sendo a maior parte para medicamentos antineoplásicos. Têm mais
    chances de realizar pedido administrativo pacientes do Recife e RMR, patrocinados pela
    DPPE e DPU, e têm menos chances pacientes do interior e assistidos por OSS. Não foi
    identificada influência do status da incorporação dos medicamentos no deferimento das
    ações ou na presença dos requerimentos. Conclui-se que a judicialização da saúde em
    Pernambuco decorre fortemente de problemas relacionados à gestão dos serviços
    públicos, notadamente falta de leitos em UTI, e ainda uma insuficiente política de
    tratamento oncológico.


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  • Com a expansão do Direito à Saúde houve o surgimento da judicialização da saúde.
    Esse fenômeno apresenta aspectos políticos, sociais, éticos e sanitários, sendo
    necessário compreender as relações institucionais referentes à judicialização da saúde
    pública no Brasil, bem como dados da judicialização no país e em Pernambuco. O
    objetivo deste trabalho foi analisar fatores associados à judicialização da saúde a partir
    de dados obtidos das ações judiciais propostas contra o Estado de Pernambuco. Foi
    conduzido um estudo quantitativo, descritivo e analítico, com dados da Secretaria
    Estadual de Saúde de Pernambuco, dos anos de 2015 a 2020. Foram selecionadas
    variáveis sobre dados demográficos, territoriais, profissionais envolvidos e dados de
    saúde dos pacientes, e informações sobre os medicamentos solicitados. O percentual de
    deferimento das ações judiciais foi de 91,67%, e o de presença de requerimentos
    administrativos nas ações foi de 26,73%. Há tendência de queda nas ações e nos
    requerimentos administrativos prévios na análise temporal. Pedidos de medicamentos
    corresponderam a 61,61% do total, seguidos de leitos hospitalares (8,7%), sendo este
    com maior percentual de deferimento. Observa-se queda percentual nos pedidos de
    medicamentos. Há concentração de ações judiciais na RMR e nos polos do interior, e
    alta demanda dos serviços vinculados ao SUS (74,48%) e alta participação da advocacia
    pública (53,5%). Ações patrocinadas pelo MPPE e vindas do interior têm mais chances
    de deferimento. Observa-se incidência das doenças crônicas não transmissíveis, no
    entanto doenças do aparelho geniturinário e do aparelho digestivo são as que têm mais
    chances de deferimento. A demanda por medicamentos não incorporados ao SUS é de
    54,36% do total, sendo a maior parte para medicamentos antineoplásicos. Têm mais
    chances de realizar pedido administrativo pacientes do Recife e RMR, patrocinados pela
    DPPE e DPU, e têm menos chances pacientes do interior e assistidos por OSS. Não foi
    identificada influência do status da incorporação dos medicamentos no deferimento das
    ações ou na presença dos requerimentos. Conclui-se que a judicialização da saúde em
    Pernambuco decorre fortemente de problemas relacionados à gestão dos serviços
    públicos, notadamente falta de leitos em UTI, e ainda uma insuficiente política de
    tratamento oncológico.

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  • ANDRÉ FILIPE DAS CHAGAS PESSÔA
  • ANÁLISE DE CUSTO DOS ATENDIMENTOS DOMICILIARES JUDICIALIZADOS A PACIENTES DE ALTA COMPLEXIDADE EM PERNAMBUCO EM 2018

  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • KEILA SILENE DE BRITO E SILVA
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • Data: 05/07/2022

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  • O atendimento domiciliar traz vantagens para o paciente frente à assistência hospitalar, por diminuir o risco de contrair infecções nosocomiais e oferecer o aconchego do ambiente doméstico. Nas últimas três décadas, o setor de serviços de saúde domiciliar cresceu significativamente no Brasil. No Sistema Único de Saúde (SUS), a atenção domiciliar é a modalidade mais ampla e envolve ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças, e reabilitação, sendo prestada no âmbito da atenção básica por meio do trabalho multiprofissional na Estratégia de Saúde da Família. O atendimento domiciliar, inserido na atenção domiciliar, é o conjunto de atividades programadas de caráter ambulatorial, enquanto que, a Internação Domiciliar (ID) consiste na atenção em tempo integral a paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia especializada, sendo um tipo de atendimento domiciliar. Os casos de ID, sob gestão da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), são todos judicializados. Diante da carência de informações, este estudo buscou estimar os custos do serviço de ID prestado pela SES/PE. O estudo traz uma avaliação econômica parcial de caráter quantitativo, retrospectivo e exploratório, a partir do método de Custeio Baseado em Atividades. Os dados foram coletados junto à SES/PE e remetem à prestação do serviço no ano de 2018. Esses dados foram organizados, em planilhas do Excel, segundo atividades realizadas no cuidado ao paciente, as quais foram definidas por meio de consultas a especialistas e análise documental. O valor estimado do serviço de ID, por paciente, foi de R$ 16.114,58 (US$ 4.158,81) ao mês. A análise dos dados evidenciou a realização de 12 atividades no serviço de ID e que a equipe de enfermagem é a categoria que assume a maior parte dessas atividades, correspondendo a 71,5% do total dos custos. Por outro lado, a assistência dos fisioterapeutas motor e respiratório e do fonoaudiólogo são as atividades de mais baixo custo, equivalendo cada uma delas a 2% do total dos custos. Conclui-se que, existe a possibilidade de redução de custos na prestação do serviço, caso assumido pela gestão, sem a utilização da oferta terceirizada. A não inclusão de custos indiretos no cálculo se apresenta como uma limitação do estudo. Por se tratar de um estudo de custos de caráter inédito, espera-se contribuir para o conhecimento no campo da economia da saúde, fomentando a elaboração de novos estudos na área, e auxiliar os gestores na tomada de decisão sobre a prestação deste serviço no SUS.


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  • O atendimento domiciliar traz vantagens para o paciente frente à assistência hospitalar, por diminuir o risco de contrair infecções nosocomiais e oferecer o aconchego do ambiente doméstico. Nas últimas três décadas, o setor de serviços de saúde domiciliar cresceu significativamente no Brasil. No Sistema Único de Saúde (SUS), a atenção domiciliar é a modalidade mais ampla e envolve ações de promoção à saúde, prevenção e tratamento de doenças, e reabilitação, sendo prestada no âmbito da atenção básica por meio do trabalho multiprofissional na Estratégia de Saúde da Família. O atendimento domiciliar, inserido na atenção domiciliar, é o conjunto de atividades programadas de caráter ambulatorial, enquanto que, a Internação Domiciliar (ID) consiste na atenção em tempo integral a paciente com quadro clínico mais complexo e com necessidade de tecnologia especializada, sendo um tipo de atendimento domiciliar. Os casos de ID, sob gestão da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES/PE), são todos judicializados. Diante da carência de informações, este estudo buscou estimar os custos do serviço de ID prestado pela SES/PE. O estudo traz uma avaliação econômica parcial de caráter quantitativo, retrospectivo e exploratório, a partir do método de Custeio Baseado em Atividades. Os dados foram coletados junto à SES/PE e remetem à prestação do serviço no ano de 2018. Esses dados foram organizados, em planilhas do Excel, segundo atividades realizadas no cuidado ao paciente, as quais foram definidas por meio de consultas a especialistas e análise documental. O valor estimado do serviço de ID, por paciente, foi de R$ 16.114,58 (US$ 4.158,81) ao mês. A análise dos dados evidenciou a realização de 12 atividades no serviço de ID e que a equipe de enfermagem é a categoria que assume a maior parte dessas atividades, correspondendo a 71,5% do total dos custos. Por outro lado, a assistência dos fisioterapeutas motor e respiratório e do fonoaudiólogo são as atividades de mais baixo custo, equivalendo cada uma delas a 2% do total dos custos. Conclui-se que, existe a possibilidade de redução de custos na prestação do serviço, caso assumido pela gestão, sem a utilização da oferta terceirizada. A não inclusão de custos indiretos no cálculo se apresenta como uma limitação do estudo. Por se tratar de um estudo de custos de caráter inédito, espera-se contribuir para o conhecimento no campo da economia da saúde, fomentando a elaboração de novos estudos na área, e auxiliar os gestores na tomada de decisão sobre a prestação deste serviço no SUS.

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  • JULIANA GOMES FERREIRA
  • Avaliação do desperdício de antimicrobianos: Um estudo na Unidade Neonatal 
    de um Hospital Universitário do Recife-PE

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • AMANDA TAVARES XAVIER
  • MARIA DA CONCEICAO CAVALCANTI DE LIRA
  • Data: 16/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • O uso dos antimicrobianos é uma prática diária nos hospitais, tendo em vista a
    sua capacidade para melhorar as condições clínicas do paciente. No entanto,
    mesmo sendo tão relevante para o estado de saúde dos pacientes, o
    gerenciamento desses medicamentos merece extrema atenção, tendo em vista
    o desperdício recorrente nas unidades hospitalares. Para isso, essa pesquisa
    buscou avaliar o desperdício de antibióticos em unidade neonatal de um
    hospital universitário do Recife. Tratou-se de um estudo descritivo exploratório,
    observacional, de recorte transversal único, com coleta prospectiva de dados e
    abordagem quantitativa. Adotou-se como técnica da pesquisa a documentação
    indireta, mediante a pesquisa documental e bibliográfica. Buscou-se elencar os
    dados obtidos com o uso de antimicrobianos de 76 neonatos para verificação
    de desperdício, comparação entre o volume utilizado e desperdiçado, os gastos
    e os antibióticos mais utilizados, cujos dados foram compilados e
    demonstrados por meio de gráficos. Verificou-se que o desperdício tem sido
    significativo e que varia em conformidade com as condições de
    armazenamento em que estiverem inseridas, acentuando-se, ainda mais,
    quando em temperatura ambiente. Constatou-se que em relação ao volume de
    antibióticos utilizados nos pacientes, o volume de ATB’s desprezados
    ampliaram-se em 5 vezes, incluindo os medicamentos armazenáveis em
    temperatura ambiente e em 3,1 vezes considerando aqueles sob refrigeração.
    Em se tratando do valor dos antibióticos utilizados, verificou-se o gasto de R$
    3.902, todavia, aqueles que foram desperdiçados são equivalentes a,
    considerando os armazenáveis em temperatura ambiente, uma ampliação de
    5,3 vezes mais e sob refrigeração em 2,1 vezes mais. Em termos de volume, o
    antibiótico mais desperdiçado foi o metronidazol, mas, em termos de perda
    financeira, foi o antibiótico meronem, já que os medicamentos possuem preços
    de aquisição diferentes. Finalmente, o significativo desperdício emerge a
    necessidade de mudanças comportamentais, procedimentais e gerenciais que
    sejam capazes de intervir nesse cenário de gastos públicos e de gestão
    ineficaz de recursos da organização.


  • Mostrar Abstract
  • O uso dos antimicrobianos é uma prática diária nos hospitais, tendo em vista a
    sua capacidade para melhorar as condições clínicas do paciente. No entanto,
    mesmo sendo tão relevante para o estado de saúde dos pacientes, o
    gerenciamento desses medicamentos merece extrema atenção, tendo em vista
    o desperdício recorrente nas unidades hospitalares. Para isso, essa pesquisa
    buscou avaliar o desperdício de antibióticos em unidade neonatal de um
    hospital universitário do Recife. Tratou-se de um estudo descritivo exploratório,
    observacional, de recorte transversal único, com coleta prospectiva de dados e
    abordagem quantitativa. Adotou-se como técnica da pesquisa a documentação
    indireta, mediante a pesquisa documental e bibliográfica. Buscou-se elencar os
    dados obtidos com o uso de antimicrobianos de 76 neonatos para verificação
    de desperdício, comparação entre o volume utilizado e desperdiçado, os gastos
    e os antibióticos mais utilizados, cujos dados foram compilados e
    demonstrados por meio de gráficos. Verificou-se que o desperdício tem sido
    significativo e que varia em conformidade com as condições de
    armazenamento em que estiverem inseridas, acentuando-se, ainda mais,
    quando em temperatura ambiente. Constatou-se que em relação ao volume de
    antibióticos utilizados nos pacientes, o volume de ATB’s desprezados
    ampliaram-se em 5 vezes, incluindo os medicamentos armazenáveis em
    temperatura ambiente e em 3,1 vezes considerando aqueles sob refrigeração.
    Em se tratando do valor dos antibióticos utilizados, verificou-se o gasto de R$
    3.902, todavia, aqueles que foram desperdiçados são equivalentes a,
    considerando os armazenáveis em temperatura ambiente, uma ampliação de
    5,3 vezes mais e sob refrigeração em 2,1 vezes mais. Em termos de volume, o
    antibiótico mais desperdiçado foi o metronidazol, mas, em termos de perda
    financeira, foi o antibiótico meronem, já que os medicamentos possuem preços
    de aquisição diferentes. Finalmente, o significativo desperdício emerge a
    necessidade de mudanças comportamentais, procedimentais e gerenciais que
    sejam capazes de intervir nesse cenário de gastos públicos e de gestão
    ineficaz de recursos da organização.

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  • HERCILEIDE RIBEIRO DA SILVA VERGUEIRO
  • FARMÁCIA DO ESTADO E O ACESSO DOS PACIENTES DA SAÚDE MENTAL  
    EM UM HOSPITAL ESCOLA NA  CIDADE DO RECIFE  

  • Orientador : PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • RENATA MARIA CARDOSO RODRIGUES DE SOUZA
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • Data: 26/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os medicamentos são um importante recurso terapêutico destinado ao tratamento
    e à prevenção de diversos agravos da saúde, e são empregados visando ao bem-
    estar físico e mental do indivíduo; portanto, constituem um importante fator de
    impacto determinante entre as diversas patologias encontradas nos serviços de
    saúde. Diante das afirmações acima, surge a pergunta: a dificuldade de acesso aos
    fármacos podem motivar a interrupção do tratamento no ambulatório de Saúde
    Mental em um Hospital Universitário na cidade de Recife? Neste estudo, a
    correlação e seus efeitos foram observados sobre os fatores que levam à
    interrupção do tratamento examinando a significância estatística quando
    comparadas às variáveis de controle desta pesquisa. Trata-se de uma pesquisa com
    dados primários, mas com análise quantitativo-analítica. O objetivo do uso do
    método é investigar a probabilidade de interrupção do tratamento pela falta do
    medicamento na Farmácia do Estado (FE).


  • Mostrar Abstract
  • Os medicamentos são um importante recurso terapêutico destinado ao tratamento
    e à prevenção de diversos agravos da saúde, e são empregados visando ao bem-
    estar físico e mental do indivíduo; portanto, constituem um importante fator de
    impacto determinante entre as diversas patologias encontradas nos serviços de
    saúde. Diante das afirmações acima, surge a pergunta: a dificuldade de acesso aos
    fármacos podem motivar a interrupção do tratamento no ambulatório de Saúde
    Mental em um Hospital Universitário na cidade de Recife? Neste estudo, a
    correlação e seus efeitos foram observados sobre os fatores que levam à
    interrupção do tratamento examinando a significância estatística quando
    comparadas às variáveis de controle desta pesquisa. Trata-se de uma pesquisa com
    dados primários, mas com análise quantitativo-analítica. O objetivo do uso do
    método é investigar a probabilidade de interrupção do tratamento pela falta do
    medicamento na Farmácia do Estado (FE).

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  • DÉBORA MENDONÇA AMARAL DE HOLANDA CAVALCANTI
  • Processo de regionalização da Rede Pernambuco / Bahia – Rede PEBA: uma análise sob a perspectiva dos gestores, profissionais dos serviços e usuários

  • Orientador : ADRIANA FALANGOLA BENJAMIN BEZERRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • ROGERIO FABIANO GONÇALVES
  • RONALD PEREIRA CAVALCANTI
  • Data: 31/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • Diante dos desafios de uma regionalização solidária, foi implantada a pioneira Rede Interestadual de Saúde na região entre os estados de Pernambuco e Bahia (Rede PEBA). Além do olhar sobre o território interestadual, a complexa relação gerencial objetivou este estudo, por meio da abordagem qualitativa, analisar o processo de regionalização da Rede PEBA, considerando a regulação assistencial sob as perspectivas dos gestores, profissionais dos serviços e usuários. Para coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com informantes-chave que ocupavam espaços estratégicos para análise. Os resultados apontam que a regionalização em saúde é um desafio no SUS e na rede PEBA, pela necessidade de descentralização das hierarquias de serviços e organização de rede, diante de entes com porte populacional e diferenças na oferta de bens e serviços. Acrescido aos dilemas e conflitos referentes à autonomia fiscal e de gestão. A regionalização foi reconhecida como potência no alcance da universalização do acesso e garantia da longitudinalidade do cuidado, diante integração dos níveis de complexidade, evidenciando a necessidade da disposição de ações e serviços e sistemas de apoio, logísticos e de governança. A regionalização e a organização da Rede de Atenção à Saúde, baseou-se nos arcabouços legais, que não garantiram seu desenvolvimento pleno. A Rede se constituiu a partir de linhas de atenção à saúde, conformando-se de forma fragmentada, tendo a Central de Regulação Interestadual de Leitos como sustentação, não alcançando todos os objetivos propostos. Na associação da oferta-produção-fila de espera, evidencia-se o consenso que a qualificação da gestão da clínica, do processo de encaminhamento e a necessidade de organização e comunicação, são imprescindíveis para garantir acesso oportuno, do contrário, tem-se efeitos no absenteísmo, que impactam no aumento das filas. Torna-se primordial instrumentos legais de gestão que garantam a cooperação entre entes, o fortalecimento dos ambientes de governança, com a participação de todos os atores envolvidos no processo, para a estruturação de uma Rede que atenda às necessidades da população, aos princípios do SUS e efetive o direito à saúde.


  • Mostrar Abstract
  • Diante dos desafios de uma regionalização solidária, foi implantada a pioneira Rede Interestadual de Saúde na região entre os estados de Pernambuco e Bahia (Rede PEBA). Além do olhar sobre o território interestadual, a complexa relação gerencial objetivou este estudo, por meio da abordagem qualitativa, analisar o processo de regionalização da Rede PEBA, considerando a regulação assistencial sob as perspectivas dos gestores, profissionais dos serviços e usuários. Para coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas com informantes-chave que ocupavam espaços estratégicos para análise. Os resultados apontam que a regionalização em saúde é um desafio no SUS e na rede PEBA, pela necessidade de descentralização das hierarquias de serviços e organização de rede, diante de entes com porte populacional e diferenças na oferta de bens e serviços. Acrescido aos dilemas e conflitos referentes à autonomia fiscal e de gestão. A regionalização foi reconhecida como potência no alcance da universalização do acesso e garantia da longitudinalidade do cuidado, diante integração dos níveis de complexidade, evidenciando a necessidade da disposição de ações e serviços e sistemas de apoio, logísticos e de governança. A regionalização e a organização da Rede de Atenção à Saúde, baseou-se nos arcabouços legais, que não garantiram seu desenvolvimento pleno. A Rede se constituiu a partir de linhas de atenção à saúde, conformando-se de forma fragmentada, tendo a Central de Regulação Interestadual de Leitos como sustentação, não alcançando todos os objetivos propostos. Na associação da oferta-produção-fila de espera, evidencia-se o consenso que a qualificação da gestão da clínica, do processo de encaminhamento e a necessidade de organização e comunicação, são imprescindíveis para garantir acesso oportuno, do contrário, tem-se efeitos no absenteísmo, que impactam no aumento das filas. Torna-se primordial instrumentos legais de gestão que garantam a cooperação entre entes, o fortalecimento dos ambientes de governança, com a participação de todos os atores envolvidos no processo, para a estruturação de uma Rede que atenda às necessidades da população, aos princípios do SUS e efetive o direito à saúde.

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  • GUTEMBERG MANOEL DE FREITAS
  • PREVALÊNCIA DA INFECÇÃO PELA COVID-19 ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DO MUNICÍPIO
    DE RECIFE/PE, ENTRE 2020 E 2021.
  • Orientador : ARNALDO DE FRANCA CALDAS JUNIOR
  • MEMBROS DA BANCA :
  • TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • JOSE RICARDO DIAS PEREIRA
  • PRISCYLLA GONCALVES CORREIA LEITE DE MARCELOS
  • Data: 31/08/2022

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  • A infecção pelo coronavírus cresceu de forma acelerada na Região das
    Américas, demonstrando um constante crescimento dos casos notificados da
    doença. Os profissionais de saúde da linha de frente de combate ao COVID-19
    são consideravelmente mais propensos do que a população geral em contrair a
    infecção por meio de indivíduos infectados. Explorar resultados acerca da
    infecção de profissionais de saúde por COVID-19 são de grande valia para a
    comunidade científica, os mesmos poderão fornecer subsídios para medidas
    de proteção e diminuir os casos de óbitos em profissionais de saúde. O objetivo
    do estudo foi descrever os fatores associados à prevalência da infeção pela
    COVID-19 entre profissionais da saúde comparando com os dados da
    população em geral no município de Recife – Pernambuco. A presente
    pesquisa trata-se de um estudo descritivo. O presente estudo utilizou os
    bancos de dados sobre a prevalência da COVID-19 e óbitos causados pela
    doença entre profissionais de saúde e a população residente na cidade do
    Recife. Os dados foram coletados nos seguintes bancos de dados: Sistema de
    Informação de Mortalidade (SIM) e E-SUS. As informações extraídas do banco
    de dados foram exportadas e digitadas no software SPSS versão 21.0. O
    estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa o Centro Integrado de
    Saúde Amaury de Medeiros. Os índices de mortalidade em Recife tiveram seu
    ápice ainda na primeira onda da COVID-19, entre os meses de abril e maio de
    2020. A prevalência geral por COVID-19 na população recifense, observa-se o
    ápice em maio de 2020, com cerca de 20,08% e posterior deflação. A maior
    taxa de prevalência por COVID-19 identificada em profissionais de saúde
    ocorreu no mês de abril de 2020, compreendendo a taxa de 6,06% De acordo
    com a categorial profissional, foi observada uma maior prevalência de

    infectados na categoria profissional que compreende os técnicos de
    enfermagem e com faixa etária de 30 a 39 anos e do sexo feminino. Com
    relação aos óbitos dos profissionais de saúde, foram observados mais casos
    na faixa etária maior que 70 anos, raça/etnia branca e do sexo feminino.
    Observa-se que a prevalência de óbitos entre profissionais da saúde
    acometidos pela COVID-19 se constitui como uma das mais altas do país.
    Neste estudo, as profissionais da saúde do sexo feminino, profissionais de
    saúde brancos e os que tiveram idade acima dos 50 anos, foram os mais
    impactos e atingidos. Profissionais das categorias da enfermagem (técnicos e
    enfermeiros) e da categoria médica foram os mais impactos dentro das demais
    categorias analisadas. Ademais, os índices de infecção e letalidade em níveis
    de 1% nos profissionais de saúde recifenses foram de encontro com o período
    que se iniciou a vacinação anti-covid19 no país.


  • Mostrar Abstract
  • A infecção pelo coronavírus cresceu de forma acelerada na Região das
    Américas, demonstrando um constante crescimento dos casos notificados da
    doença. Os profissionais de saúde da linha de frente de combate ao COVID-19
    são consideravelmente mais propensos do que a população geral em contrair a
    infecção por meio de indivíduos infectados. Explorar resultados acerca da
    infecção de profissionais de saúde por COVID-19 são de grande valia para a
    comunidade científica, os mesmos poderão fornecer subsídios para medidas
    de proteção e diminuir os casos de óbitos em profissionais de saúde. O objetivo
    do estudo foi descrever os fatores associados à prevalência da infeção pela
    COVID-19 entre profissionais da saúde comparando com os dados da
    população em geral no município de Recife – Pernambuco. A presente
    pesquisa trata-se de um estudo descritivo. O presente estudo utilizou os
    bancos de dados sobre a prevalência da COVID-19 e óbitos causados pela
    doença entre profissionais de saúde e a população residente na cidade do
    Recife. Os dados foram coletados nos seguintes bancos de dados: Sistema de
    Informação de Mortalidade (SIM) e E-SUS. As informações extraídas do banco
    de dados foram exportadas e digitadas no software SPSS versão 21.0. O
    estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa o Centro Integrado de
    Saúde Amaury de Medeiros. Os índices de mortalidade em Recife tiveram seu
    ápice ainda na primeira onda da COVID-19, entre os meses de abril e maio de
    2020. A prevalência geral por COVID-19 na população recifense, observa-se o
    ápice em maio de 2020, com cerca de 20,08% e posterior deflação. A maior
    taxa de prevalência por COVID-19 identificada em profissionais de saúde
    ocorreu no mês de abril de 2020, compreendendo a taxa de 6,06% De acordo
    com a categorial profissional, foi observada uma maior prevalência de

    infectados na categoria profissional que compreende os técnicos de
    enfermagem e com faixa etária de 30 a 39 anos e do sexo feminino. Com
    relação aos óbitos dos profissionais de saúde, foram observados mais casos
    na faixa etária maior que 70 anos, raça/etnia branca e do sexo feminino.
    Observa-se que a prevalência de óbitos entre profissionais da saúde
    acometidos pela COVID-19 se constitui como uma das mais altas do país.
    Neste estudo, as profissionais da saúde do sexo feminino, profissionais de
    saúde brancos e os que tiveram idade acima dos 50 anos, foram os mais
    impactos e atingidos. Profissionais das categorias da enfermagem (técnicos e
    enfermeiros) e da categoria médica foram os mais impactos dentro das demais
    categorias analisadas. Ademais, os índices de infecção e letalidade em níveis
    de 1% nos profissionais de saúde recifenses foram de encontro com o período
    que se iniciou a vacinação anti-covid19 no país.

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  • BRUNO LEONARDO LEMOS DOS SANTOS
  • ANÁLISE DOS CUSTOS DA FARMÁCIA DE MANIPULAÇÃO DE QUIMIOTERÁPICOS DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DE RECIFE/PE NO ANO DE 2020

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE DE ARIMATEA ROCHA FILHO
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • MIRIA DE OLIVEIRA BARBOSA
  • Data: 31/08/2022

  • Mostrar Resumo
  • O câncer é considerado o principal problema de saúde pública do mundo, tendo
    sido responsável por 19,3 milhões de novos casos e 9,96 milhões de mortes no ano de
    2020. Devido à sua importância epidemiológica, essa doença vem sendo amplamente
    estudada, levando à descoberta de novas terapias. As novas tecnologias, no entanto, são
    de custo elevado, gerando grande impacto financeiro, sobretudo no setor público. O
    objetivo dessa pesquisa foi analisar os custos da farmácia de manipulação de
    quimioterápicos do Hospital Universitário Oswaldo Cruz/UPE no ano de 2020. Para a
    apuração dos custos globais do departamento, foi utilizado o método de custeio por
    absorção, com a apropriação dos custos diretos e rateio dos custos indiretos do período.
    Na análise individual dos procedimentos quimioterápicos realizados, foi utilizado o
    método de custeio variável, sendo calculados os custos variáveis mensais dos
    tratamentos quimioterápicos recebidos por cada paciente, adulto e em tratamento
    ambulatorial, os quais foram somados aos custos fixos unitários calculados para cada
    mês, no período de janeiro a julho de 2020. Os custos totais dos procedimentos
    quimioterápicos realizados foram comparados aos respectivos valores pagos pelo SUS à
    instituição, mediante o faturamento de Autorização de Procedimento de Alta
    Complexidade (APAC) para cada paciente. Foi estimado um custo primário de R$
    3.152.469,84 para a farmácia de manipulação de quimioterápicos no ano de 2020, sendo
    o item de custo “medicamentos” responsável por R$ 2.546.454,14 (80,8%). Os custos
    secundários absorvidos dos centros de custos administrativos e intermediários foram de
    R$ 75.380,45, correspondendo a apenas 2,34% dos custos globais do ano (R$
    3.227.850,29). De janeiro a julho/2020, foram atendidos ambulatorialmente 527
    pacientes adultos, sendo 364 do sexo feminino (69%) e 163 do sexo masculino (31%),
    com idades variando de 20 a 85 anos (média=56 anos, DP ± 13,2, mediana=57 anos).
    No geral, os tumores mais prevalentes foram de mama (34,7%, n=183) e do trato
    gastrintestinal (17,6%, n=93). Foram realizados 1.890 procedimentos quimioterápicos
    no período. Desses, 86,5% (n=1.634) foram considerados lucrativos, ou seja, as receitas
    provenientes das APAC superaram os custos apurados. Os casos de câncer de mama
    representaram 40% (n=653) dos procedimentos lucrativos e os tumores gastrintestinais
    17,1% (n=280), correspondendo a 57,1% (n=933) desse grupo. Por outro lado, 13,5%
    (n=256) tiveram saldo final deficitário, com destaque para os tratamentos de neoplasias

    do tecido conjuntivo e outros tecidos moles, que são apenas 3,8% (n=72) do total
    (n=1.890) e atingiram a proporção de 20,7% (n=53) dos procedimentos deficitários.
    Esse tipo de neoplasia correspondeu a 61,1% (n=44) dos procedimentos com déficits
    mais elevados – valores superiores a R$ 1.000,00.


  • Mostrar Abstract
  • O câncer é considerado o principal problema de saúde pública do mundo, tendo
    sido responsável por 19,3 milhões de novos casos e 9,96 milhões de mortes no ano de
    2020. Devido à sua importância epidemiológica, essa doença vem sendo amplamente
    estudada, levando à descoberta de novas terapias. As novas tecnologias, no entanto, são
    de custo elevado, gerando grande impacto financeiro, sobretudo no setor público. O
    objetivo dessa pesquisa foi analisar os custos da farmácia de manipulação de
    quimioterápicos do Hospital Universitário Oswaldo Cruz/UPE no ano de 2020. Para a
    apuração dos custos globais do departamento, foi utilizado o método de custeio por
    absorção, com a apropriação dos custos diretos e rateio dos custos indiretos do período.
    Na análise individual dos procedimentos quimioterápicos realizados, foi utilizado o
    método de custeio variável, sendo calculados os custos variáveis mensais dos
    tratamentos quimioterápicos recebidos por cada paciente, adulto e em tratamento
    ambulatorial, os quais foram somados aos custos fixos unitários calculados para cada
    mês, no período de janeiro a julho de 2020. Os custos totais dos procedimentos
    quimioterápicos realizados foram comparados aos respectivos valores pagos pelo SUS à
    instituição, mediante o faturamento de Autorização de Procedimento de Alta
    Complexidade (APAC) para cada paciente. Foi estimado um custo primário de R$
    3.152.469,84 para a farmácia de manipulação de quimioterápicos no ano de 2020, sendo
    o item de custo “medicamentos” responsável por R$ 2.546.454,14 (80,8%). Os custos
    secundários absorvidos dos centros de custos administrativos e intermediários foram de
    R$ 75.380,45, correspondendo a apenas 2,34% dos custos globais do ano (R$
    3.227.850,29). De janeiro a julho/2020, foram atendidos ambulatorialmente 527
    pacientes adultos, sendo 364 do sexo feminino (69%) e 163 do sexo masculino (31%),
    com idades variando de 20 a 85 anos (média=56 anos, DP ± 13,2, mediana=57 anos).
    No geral, os tumores mais prevalentes foram de mama (34,7%, n=183) e do trato
    gastrintestinal (17,6%, n=93). Foram realizados 1.890 procedimentos quimioterápicos
    no período. Desses, 86,5% (n=1.634) foram considerados lucrativos, ou seja, as receitas
    provenientes das APAC superaram os custos apurados. Os casos de câncer de mama
    representaram 40% (n=653) dos procedimentos lucrativos e os tumores gastrintestinais
    17,1% (n=280), correspondendo a 57,1% (n=933) desse grupo. Por outro lado, 13,5%
    (n=256) tiveram saldo final deficitário, com destaque para os tratamentos de neoplasias

    do tecido conjuntivo e outros tecidos moles, que são apenas 3,8% (n=72) do total
    (n=1.890) e atingiram a proporção de 20,7% (n=53) dos procedimentos deficitários.
    Esse tipo de neoplasia correspondeu a 61,1% (n=44) dos procedimentos com déficits
    mais elevados – valores superiores a R$ 1.000,00.

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  • LIGIA FERREIRA DE LIMA
  • PERFIL SÓCIO EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM ESCLEROSE SISTÊMICA ATENDIDOS EM CENTRO DE REFERÊNCIA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

  • Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MARIA EMILIA DOS SANTOS
  • MICHELLY CRISTINY PEREIRA
  • RAFAELA SILVA GUIMARAES GONCALVES
  • Data: 02/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença autoimune, multissistêmica, rara,
    que apresenta dificuldade diagnóstica e grande variedade clínica. Acomete
    pele, pulmão, rins, coração e sistema gastrointestinal, porém, com maior
    destaque para a pele. Tem um pico de incidência entre os 35 e 50 anos,
    sendo 3-14 vezes mais comum em mulheres do que em homens. Negros
    desenvolvem a doença mais precocemente, com predomínio da forma
    cutânea difusa e pior prognóstico. Este estudo propôs-se a identificar o perfil
    social e epidemiológico dos pacientes com ES atendidos em um serviço de
    referência no estado de Pernambuco, bem como relacionar a presença da
    doença com a oferta de trabalho e verificar se estar doente, influência na
    decisão de moradia deles. Para isso, foi realizado um estudo descritivo com
    delineamento transversal em serviço de referência estadual, a saber, no
    ambulatório de reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade
    Federal de Pernambuco (HC/UFPE) no período de set./2021 à mar./2022.
    Com 113 participantes, maiores de 18 anos, com diagnóstico da ES, sendo
    excluídos pacientes com outras patologias reumatológicas e com perda do
    segmento há mais de 2 anos. As variáveis sociodemográficas foram idade,
    sexo, raça/cor, estado civil, escolaridade, número de filhos, endereço, forma
    de acesso ao serviço e renda. Para a análise estatística foram utilizados dois
    modelos de regressão logística e um modelo de regressão linear múltipla,
    considerando o método de mínimos quadrados ordinários (MQO). Os
    resultados mostram evidência de uma maior concentração da doença em
    mulheres cerca de 94%, de cor/raça, negra e/ou parda em torno de 79%, com
    idade média de 49 anos, maioria casados/união estável 44%, semelhantes
    aos encontrados na literatura. Os resultados apresentados nos modelos
    estatísticos, revelaram que a razão de chance de um paciente apresentar a
    ES cutânea difusa é maior em mulheres com menor idade e com maior
    número de sintomas. Outro achado foi que pessoas que recebem BPC, tem
    63% menos chances de continuar trabalhando do que quem não recebe. O
    percentual de pessoas que moram na região metropolitana é cerca de 62%
    dos pacientes que estão distribuídos no estado em quase todas as regionais
    de saúde. Estes resultados de certo, assemelham-se aos encontrados na

    2
    literatura internacional, porém percebe-se claramente a necessidade de
    fomentar pesquisa em nosso estado sobre a temática, propondo inclusive aos
    setores responsáveis a elaboração e implantação de um sistema estadual
    para notificar os pacientes de ES e outras doenças raras, permitindo que
    possa identificar a incidência e a prevalência destas no estado de
    Pernambuco e consequentemente auxiliar na elaboração de políticas públicas
    de saúde voltadas a esse público.


  • Mostrar Abstract
  • A Esclerose Sistêmica (ES) é uma doença autoimune, multissistêmica, rara,
    que apresenta dificuldade diagnóstica e grande variedade clínica. Acomete
    pele, pulmão, rins, coração e sistema gastrointestinal, porém, com maior
    destaque para a pele. Tem um pico de incidência entre os 35 e 50 anos,
    sendo 3-14 vezes mais comum em mulheres do que em homens. Negros
    desenvolvem a doença mais precocemente, com predomínio da forma
    cutânea difusa e pior prognóstico. Este estudo propôs-se a identificar o perfil
    social e epidemiológico dos pacientes com ES atendidos em um serviço de
    referência no estado de Pernambuco, bem como relacionar a presença da
    doença com a oferta de trabalho e verificar se estar doente, influência na
    decisão de moradia deles. Para isso, foi realizado um estudo descritivo com
    delineamento transversal em serviço de referência estadual, a saber, no
    ambulatório de reumatologia do Hospital das Clínicas da Universidade
    Federal de Pernambuco (HC/UFPE) no período de set./2021 à mar./2022.
    Com 113 participantes, maiores de 18 anos, com diagnóstico da ES, sendo
    excluídos pacientes com outras patologias reumatológicas e com perda do
    segmento há mais de 2 anos. As variáveis sociodemográficas foram idade,
    sexo, raça/cor, estado civil, escolaridade, número de filhos, endereço, forma
    de acesso ao serviço e renda. Para a análise estatística foram utilizados dois
    modelos de regressão logística e um modelo de regressão linear múltipla,
    considerando o método de mínimos quadrados ordinários (MQO). Os
    resultados mostram evidência de uma maior concentração da doença em
    mulheres cerca de 94%, de cor/raça, negra e/ou parda em torno de 79%, com
    idade média de 49 anos, maioria casados/união estável 44%, semelhantes
    aos encontrados na literatura. Os resultados apresentados nos modelos
    estatísticos, revelaram que a razão de chance de um paciente apresentar a
    ES cutânea difusa é maior em mulheres com menor idade e com maior
    número de sintomas. Outro achado foi que pessoas que recebem BPC, tem
    63% menos chances de continuar trabalhando do que quem não recebe. O
    percentual de pessoas que moram na região metropolitana é cerca de 62%
    dos pacientes que estão distribuídos no estado em quase todas as regionais
    de saúde. Estes resultados de certo, assemelham-se aos encontrados na

    2
    literatura internacional, porém percebe-se claramente a necessidade de
    fomentar pesquisa em nosso estado sobre a temática, propondo inclusive aos
    setores responsáveis a elaboração e implantação de um sistema estadual
    para notificar os pacientes de ES e outras doenças raras, permitindo que
    possa identificar a incidência e a prevalência destas no estado de
    Pernambuco e consequentemente auxiliar na elaboração de políticas públicas
    de saúde voltadas a esse público.

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  • DARLLA CRISTINA DA SILVA FERREIRA
  • Ventilação Oscilatória de Alta Frequência vs Ventilação Convencional aplicadas à Neonatologia e Pediatria: Uma avaliação de estratégias

  • Orientador : MOACYR JESUS BARRETO DE MELO REGO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JAMILE TANIELE DA SILVA
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • SAYONARA MARIA CALADO GONCALVES
  • Data: 09/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • A doença pulmonar é uma das principais causas de mortalidade e morbidade
    em recém-nascidos de termo e pré-termo e na população pediátrica, dentre
    elas as mais frequentes são a Síndrome do Desconforto Respiratório,
    Síndrome do Desconforto Respiratórios Agudo e a Displasia Broncopulmonar.
    A fisiopatologia dessas doenças envolvem alterações na barreira alvéolo-
    capilar, prejudicando a relação ventilação-perfusão, levando a quadros de
    hipoxemia, podendo resultar em déficits na função pulmonar. Nos casos
    moderados e graves, surge a necessidade de cuidados intensivos, assim como
    o uso de ventilação mecânica invasiva, na sua forma convencional ou sob a
    forma de ventilação oscilatória de alta frequência eletiva ou de resgate. A
    estratégia de ventilação pulmonar protetora deve ser considerada
    independente da modalidade adotada. O objetivo principal deste trabalho é
    comparar a Ventilação Oscilatória de Alta Frequência com a Ventilação
    Mecânica Convencional por meio de uma Revisão Sistemática. Foram
    selecionados 18 artigos científicos extraídos das bases de dados: LILACS,
    Medline (Pubmed), Center for Reviews and Dissemination, The Cochrane
    Library e Trip Medical Database. O uso de VMC ou VAFO, durante a
    prematuridade, não afetou a função pulmonar de forma prospectiva dos
    indivíduos estudados. Recém-nascidos submetidos a VMC apresentaram
    índice de oxigenação com valores maiores em 66,6% dos estudos. A VAFO é
    mais usada na forma de resgate. A estratégia ventilatória não afetou de forma
    significativa (χ = -0,04; p = 0,51) a sobrevivência, exceto quando utilizou o peso
    como variável, resultando em menor mortalidade para recém-nascidos de baixo
    peso que permaneceram mais tempo em VMC, antes de ser aplicada a VAFO.
    Esta revisão sistemática concluiu que a VAFO é efetiva no controle da
    hipoxemia refratária às SDR e SDRA. Há necessidade de mais estudos para
    definir o momento ideal de ser aplicada a VAFO como estratégia ventilatória.


  • Mostrar Abstract
  • A doença pulmonar é uma das principais causas de mortalidade e morbidade
    em recém-nascidos de termo e pré-termo e na população pediátrica, dentre
    elas as mais frequentes são a Síndrome do Desconforto Respiratório,
    Síndrome do Desconforto Respiratórios Agudo e a Displasia Broncopulmonar.
    A fisiopatologia dessas doenças envolvem alterações na barreira alvéolo-
    capilar, prejudicando a relação ventilação-perfusão, levando a quadros de
    hipoxemia, podendo resultar em déficits na função pulmonar. Nos casos
    moderados e graves, surge a necessidade de cuidados intensivos, assim como
    o uso de ventilação mecânica invasiva, na sua forma convencional ou sob a
    forma de ventilação oscilatória de alta frequência eletiva ou de resgate. A
    estratégia de ventilação pulmonar protetora deve ser considerada
    independente da modalidade adotada. O objetivo principal deste trabalho é
    comparar a Ventilação Oscilatória de Alta Frequência com a Ventilação
    Mecânica Convencional por meio de uma Revisão Sistemática. Foram
    selecionados 18 artigos científicos extraídos das bases de dados: LILACS,
    Medline (Pubmed), Center for Reviews and Dissemination, The Cochrane
    Library e Trip Medical Database. O uso de VMC ou VAFO, durante a
    prematuridade, não afetou a função pulmonar de forma prospectiva dos
    indivíduos estudados. Recém-nascidos submetidos a VMC apresentaram
    índice de oxigenação com valores maiores em 66,6% dos estudos. A VAFO é
    mais usada na forma de resgate. A estratégia ventilatória não afetou de forma
    significativa (χ = -0,04; p = 0,51) a sobrevivência, exceto quando utilizou o peso
    como variável, resultando em menor mortalidade para recém-nascidos de baixo
    peso que permaneceram mais tempo em VMC, antes de ser aplicada a VAFO.
    Esta revisão sistemática concluiu que a VAFO é efetiva no controle da
    hipoxemia refratária às SDR e SDRA. Há necessidade de mais estudos para
    definir o momento ideal de ser aplicada a VAFO como estratégia ventilatória.

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  • CAROLINE BARBOSA MATOS
  • EFICIENCIA TÉCNICA DOS CENTROS DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DE PERNAMBUCO NO ANO DE 2019 e  2020: repercussões da COVID-19

  • Orientador : FRANCISCO DE SOUSA RAMOS
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JOSE RICARDO BEZERRA NOGUEIRA
  • MONALIZA DE OLIVEIRA FERREIRA
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • Data: 09/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços especializados no
    tratamento de pessoas com transtornos mentais ou dependência química. Tais
    condições de saúde foram agravadas com o surgimento da COVID-19 seja
    pelas sequelas psicopatológicas desta, seja pela exacerbação de
    determinantes do adoecimento mental como o medo, o luto, as preocupações
    financeiras e o estresse causado pelo isolamento social (MAZZA et al; 2020,
    SANTOMAURO; 2021). O aumento da demanda por tratamento em saúde
    mental, as restrições de funcionamento dos CAPS devido ao isolamento, o
    desinvestimento nesses serviços e o histórico de má gestão motivou a busca
    por informações sobre o uso eficiente dos recursos no suprimento das
    demandas nesse contexto adverso (MEDEIROS; 2021, MARTINS; 2021, SAN
    MARTINS; 2022). Dessa forma, o objetivo deste estudo foi analisar a eficiência
    técnica dos municípios pernambucanos na gestão dos recursos dos CAPS no
    ano de 2020. Foi aplicada o método DEA-BCC, orientado a output, para
    avaliação de 57 municípios pernambucanos com CAPS em sua rede de
    atenção psicossocial, utilizando dados de 2019 e 2020 extraídos do DATASUS.
    As variáveis de entrada foram o número de recursos humanos e as de saída
    foram os procedimentos realizados nos serviços, sendo estes o acolhimento
    inicial, o atendimento individual e à família e o atendimento em grupo. Obteve-
    se duas fronteiras de eficiência, uma para o ano 2019 e outra para 2020, sendo
    estabelecido o ranking de eficiência dos municípios e avaliada sua distribuição
    no mapa e por geres para cada ano. Em seguida foi realizada análise
    comparativa dos resultados entre os dois anos estudados e feitas sugestões
    para busca de boas práticas entre os municípios. Os resultados demonstraram
    que a média geral de eficiência foi mantida, mas que em 2020 houve um
    número maior de municípios com baixo índice de eficiência. Destacaram-se o
    município de Salgueiro, a mesorregião do São Francisco e as GERES VII e II,

    todos por apresentarem melhor desempenho em ambos os anos analisados.
    Sugere-se implantação de ações de intercâmbio entre serviços e o
    fortalecimento de espaços de diálogo para troca de saberes e aprimoramento
    dos arranjos de gestão.


  • Mostrar Abstract
  • Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são serviços especializados no
    tratamento de pessoas com transtornos mentais ou dependência química. Tais
    condições de saúde foram agravadas com o surgimento da COVID-19 seja
    pelas sequelas psicopatológicas desta, seja pela exacerbação de
    determinantes do adoecimento mental como o medo, o luto, as preocupações
    financeiras e o estresse causado pelo isolamento social (MAZZA et al; 2020,
    SANTOMAURO; 2021). O aumento da demanda por tratamento em saúde
    mental, as restrições de funcionamento dos CAPS devido ao isolamento, o
    desinvestimento nesses serviços e o histórico de má gestão motivou a busca
    por informações sobre o uso eficiente dos recursos no suprimento das
    demandas nesse contexto adverso (MEDEIROS; 2021, MARTINS; 2021, SAN
    MARTINS; 2022). Dessa forma, o objetivo deste estudo foi analisar a eficiência
    técnica dos municípios pernambucanos na gestão dos recursos dos CAPS no
    ano de 2020. Foi aplicada o método DEA-BCC, orientado a output, para
    avaliação de 57 municípios pernambucanos com CAPS em sua rede de
    atenção psicossocial, utilizando dados de 2019 e 2020 extraídos do DATASUS.
    As variáveis de entrada foram o número de recursos humanos e as de saída
    foram os procedimentos realizados nos serviços, sendo estes o acolhimento
    inicial, o atendimento individual e à família e o atendimento em grupo. Obteve-
    se duas fronteiras de eficiência, uma para o ano 2019 e outra para 2020, sendo
    estabelecido o ranking de eficiência dos municípios e avaliada sua distribuição
    no mapa e por geres para cada ano. Em seguida foi realizada análise
    comparativa dos resultados entre os dois anos estudados e feitas sugestões
    para busca de boas práticas entre os municípios. Os resultados demonstraram
    que a média geral de eficiência foi mantida, mas que em 2020 houve um
    número maior de municípios com baixo índice de eficiência. Destacaram-se o
    município de Salgueiro, a mesorregião do São Francisco e as GERES VII e II,

    todos por apresentarem melhor desempenho em ambos os anos analisados.
    Sugere-se implantação de ações de intercâmbio entre serviços e o
    fortalecimento de espaços de diálogo para troca de saberes e aprimoramento
    dos arranjos de gestão.

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  • JULIANA MAGALHÃES BERNARDINO
  • IMPLANTAÇÃO DE MELHORIAS DE PROCESSOS EM UMA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA ADULTO DE  UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: ANÁLISE DOS INDICADORES HOSPITALARES, EVOLUÇÃO DAS  INFECÇÕES, UTILIZAÇÃO E GASTOS COM ANTIMICROBIANOS

  • Orientador : PAULO GUILHERME MOREIRA DE MELO FILHO
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • SYLVIA MARIA DE LEMOS HINRICHSEN
  • REILI AMON HA VIEIRA DOS SANTOS
  • Data: 09/09/2022

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  • A contabilização dos custos de infecções possibilita a revisão das estratégias de
    prevenção que estão sendo utilizadas no seu controle, promovendo aos gestores uma
    maior reflexão sobre alocação de recursos, auxiliando na tomada de decisão para
    aumento da qualidade na assistência em saúde. O presente trabalho apresentou a
    evolução dos gastos com uso de antimicrobianos em uma UTI geral adulto no período
    2016 a 2019, a partir da implantação de ciclos de melhoria de processos. Apresentou
    tendência de queda nos valores de gastos com antimicrobianos, através da regressão
    linear, em função do tempo. O custo mensal ficou entre R$ 42.754,41 e R$ 61.861,94
    (2016) e entre R$ 15.945,04 e R$ 27.397,15 (2019), o intercepto aponta um custo de
    partida de R$ 49.964,83, com uma tendência de queda de R$ 742,22 ao longo dos
    meses, quanto ao gasto total decresceu de R$607.907,42 (2016) para R$260.053,17
    (2019). Quanto aos indicadores de infecções verifica-se uma incidência baixa ou
    zerada ao longo de 2018-2019 para PAV, IPCS E ITU em relação aos indicadores de
    internação hospitalar houve um maior giro de leitos, maior taxa de ocupação e menor
    tempo médio de internação ao longo dos anos. A implantação e a adesão aos ciclos
    de melhoria para prevenção de infecções hospitalares, através do desenvolvimento de
    atividades relacionadas à vigilância, educação permanente, supervisão sistemática de
    estruturas e processos, uso racional de antimicrobianos e multirresistência são
    trabalhadas, obedecendo metas e cronograma de atividades definidas pela equipe que
    vem apresentando resultados significativos na prevenção de infecções, implicando na
    diminuição do uso de antimicrobianos e redução dos custos hospitalares.


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  • A contabilização dos custos de infecções possibilita a revisão das estratégias de
    prevenção que estão sendo utilizadas no seu controle, promovendo aos gestores uma
    maior reflexão sobre alocação de recursos, auxiliando na tomada de decisão para
    aumento da qualidade na assistência em saúde. O presente trabalho apresentou a
    evolução dos gastos com uso de antimicrobianos em uma UTI geral adulto no período
    2016 a 2019, a partir da implantação de ciclos de melhoria de processos. Apresentou
    tendência de queda nos valores de gastos com antimicrobianos, através da regressão
    linear, em função do tempo. O custo mensal ficou entre R$ 42.754,41 e R$ 61.861,94
    (2016) e entre R$ 15.945,04 e R$ 27.397,15 (2019), o intercepto aponta um custo de
    partida de R$ 49.964,83, com uma tendência de queda de R$ 742,22 ao longo dos
    meses, quanto ao gasto total decresceu de R$607.907,42 (2016) para R$260.053,17
    (2019). Quanto aos indicadores de infecções verifica-se uma incidência baixa ou
    zerada ao longo de 2018-2019 para PAV, IPCS E ITU em relação aos indicadores de
    internação hospitalar houve um maior giro de leitos, maior taxa de ocupação e menor
    tempo médio de internação ao longo dos anos. A implantação e a adesão aos ciclos
    de melhoria para prevenção de infecções hospitalares, através do desenvolvimento de
    atividades relacionadas à vigilância, educação permanente, supervisão sistemática de
    estruturas e processos, uso racional de antimicrobianos e multirresistência são
    trabalhadas, obedecendo metas e cronograma de atividades definidas pela equipe que
    vem apresentando resultados significativos na prevenção de infecções, implicando na
    diminuição do uso de antimicrobianos e redução dos custos hospitalares.

25
  • JULIANE DA SILVA PEREIRA
  •  Eficiência Relativa dos Centros de Atenção Psicossocial em Pernambuco entre 2011-2019.

  • Orientador : PAULO HENRIQUE PEREIRA DE MENESES VAZ
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • CARLOS GUSTAVO DA SILVA MARTIN DE ARRIBAS
  • POLLYANNA FAUSTA PIMENTEL DE MEDEIROS
  • Data: 09/09/2022

  • Mostrar Resumo
  • A saúde mental tem se apresentado como um tema preocupante nos últimos nos
    globalmente porque apresenta um peso importante na carga de doenças e na perda de
    anos vividos com qualidade. As agendas governamentais têm buscado estratégias para
    conseguir alcançar melhores práticas técnico-assistenciais que resultem em menos
    adoecimentos e mais acesso a saúde de qualidade. No Brasil, desde a promulgação da
    Lei Paulo Delgado que direitos foram garantidos as pessoas em sofrimento mental e
    nela foi proposta uma mudança de paradigma na maneira de assisti-los. Vários
    instrumentos legais garantiram que houvesse o cenário ideal para a implantação e
    posteriormente a implantação de uma saúde mental mais acolhedora, com foco na
    pessoa, que reinserisse seus usuários na sociedade e que fosse de base comunitária. A
    rede substitutiva ao hospitais psiquiátricos foram sendo ampliadas e a cobertura de
    CAPS aumentou exponencialmente no país. Na contramão do pressupostos da reforma
    psiquiátrica, ainda persistem práticas institucionalizadoras e cuidados centrados no
    modelo hospitalocêntrico. O objetivo deste estudo foi identificar a cobertura de CAPS
    nas doze gerencias regionais pernambucanas (GERES), descrever e ranqueá-las quanto
    a eficiência técnica relativa e identificar quais os benchmarkings que apresentam as
    melhores práticas e conseguem reverter os investimentos em CAPS em mais
    procedimentos realizados e menos internamentos por causas psiquiátricas. Trata-se de
    um estudo longitudinal, restrospectivo, de abordagem quantitativa, descritivo e
    analítico, realizado de 2011 a 2019, com o total das amostras. Utiliza a análise
    envoltória dos dados (data envelopment analysis-DEA), modelo BCC-VRS orientado
    ao insumo para análise da eficiência relativa comparando suas 108 DMUs que são as
    GERES por ano. Tem como variáveis valores de custeio de CAPS(input) e como
    produtos (outputs): a quantidade de procedimentos realizados por ano per capita, o
    inverso das variáveis quantidade de internamentos, valores de custeio dos internamentos
    e dias de permanência, todos per capita. Os principais resultados apresentaram que a
    maioria das GERES ampliaram sua cobertura de CAPS e apresentam indicadores bom e
    muito bom embora apresentem vazios assistenciais em sua rede. Poucas DMUs ficaram
    sobre a fronteira de eficiência, de modo que a maioria precisa aumentar a utilização de
    seus insumos para alcançarem a eficiência ótima. A partir do teste de correlação de
    Pearson é possível afirmar estatisticamente, ao nível de 95%, que as variáveis se
    correlacionam positivamente. O estudo conclui que além da ampliação da rede baseada
    na municipalização, deve-se priorizar a regionalização para conseguir atender
    eficazmente aos pressupostos da reforma. O estudo propõe como medidas para diminuir
    barreiras de acesso por oferta e por demanda a pactuação de CAPS regionais em todas
    as GERES.


  • Mostrar Abstract
  • A saúde mental tem se apresentado como um tema preocupante nos últimos nos
    globalmente porque apresenta um peso importante na carga de doenças e na perda de
    anos vividos com qualidade. As agendas governamentais têm buscado estratégias para
    conseguir alcançar melhores práticas técnico-assistenciais que resultem em menos
    adoecimentos e mais acesso a saúde de qualidade. No Brasil, desde a promulgação da
    Lei Paulo Delgado que direitos foram garantidos as pessoas em sofrimento mental e
    nela foi proposta uma mudança de paradigma na maneira de assisti-los. Vários
    instrumentos legais garantiram que houvesse o cenário ideal para a implantação e
    posteriormente a implantação de uma saúde mental mais acolhedora, com foco na
    pessoa, que reinserisse seus usuários na sociedade e que fosse de base comunitária. A
    rede substitutiva ao hospitais psiquiátricos foram sendo ampliadas e a cobertura de
    CAPS aumentou exponencialmente no país. Na contramão do pressupostos da reforma
    psiquiátrica, ainda persistem práticas institucionalizadoras e cuidados centrados no
    modelo hospitalocêntrico. O objetivo deste estudo foi identificar a cobertura de CAPS
    nas doze gerencias regionais pernambucanas (GERES), descrever e ranqueá-las quanto
    a eficiência técnica relativa e identificar quais os benchmarkings que apresentam as
    melhores práticas e conseguem reverter os investimentos em CAPS em mais
    procedimentos realizados e menos internamentos por causas psiquiátricas. Trata-se de
    um estudo longitudinal, restrospectivo, de abordagem quantitativa, descritivo e
    analítico, realizado de 2011 a 2019, com o total das amostras. Utiliza a análise
    envoltória dos dados (data envelopment analysis-DEA), modelo BCC-VRS orientado
    ao insumo para análise da eficiência relativa comparando suas 108 DMUs que são as
    GERES por ano. Tem como variáveis valores de custeio de CAPS(input) e como
    produtos (outputs): a quantidade de procedimentos realizados por ano per capita, o
    inverso das variáveis quantidade de internamentos, valores de custeio dos internamentos
    e dias de permanência, todos per capita. Os principais resultados apresentaram que a
    maioria das GERES ampliaram sua cobertura de CAPS e apresentam indicadores bom e
    muito bom embora apresentem vazios assistenciais em sua rede. Poucas DMUs ficaram
    sobre a fronteira de eficiência, de modo que a maioria precisa aumentar a utilização de
    seus insumos para alcançarem a eficiência ótima. A partir do teste de correlação de
    Pearson é possível afirmar estatisticamente, ao nível de 95%, que as variáveis se
    correlacionam positivamente. O estudo conclui que além da ampliação da rede baseada
    na municipalização, deve-se priorizar a regionalização para conseguir atender
    eficazmente aos pressupostos da reforma. O estudo propõe como medidas para diminuir
    barreiras de acesso por oferta e por demanda a pactuação de CAPS regionais em todas
    as GERES.

2021
Dissertações
1
  • MICHELE ROSE DO NASCIMENTO
  • MORTALIDADE DE MULHERES EM IDADE FÉRTIL POR AGRESSÕES NO

    BRASIL NO PERÍODO DE 2002 A 2012

  • Orientador : TATIANE ALMEIDA DE MENEZES
  • MEMBROS DA BANCA :
  • CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • RODRIGO GOMES DE ARRUDA
  • Data: 15/01/2021

  • Mostrar Resumo
  • A violência contra as mulheres, denominada “violência de gênero”, é uma violação dos direitos
    humanos, ocorre através de agressões e do homicídio/feminicídio, envolve toda ação de
    discriminação em relação ao gênero que ocasione dano ou sofrimento a mulher. Presente na
    história humana, ela foi naturalizada pelo patriarcado, ao colocar o feminino como inferior
    numa hierarquia de papeis e espaços de acordo com o sexo biológico. Para quebrar esse
    paradigma, aparece a questão de gênero, explicando-a como uma construção social de
    subordinação da mulher, podendo ser modificada. Essa violência, além de afetar a vítima, seus
    familiares e amigos, também impacta na área de saúde, na economia e no Estado. Diante dessa
    realidade o objetivo dessa dissertação foi analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil no
    Brasil por agressões, no período de 2002 a 2012, de acordo com fatores sociodemográficos. A
    pesquisa foi realizada através de estudo descritivo, analisando as informações sobre os óbitos
    de mulheres em idade fértil através de variáveis sociodemográficos, temporais, regionais e
    macroeconômicas, disponíveis por meio do banco de dados do TABNET, no Sistema de
    Informação sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (SUS), e do Instituto
    Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Departamento de Informática do SUS
    (DATASUS) e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD/IPEA e FJP).
    Observou-se que a agressão é uma das cinco primeiras causas de óbitos feminino e apresentando
    crescimento no período. Verificou-se que a maioria das mulheres assassinadas são solteiras
    (estado civil/informalidade conjugal), têm, em sua maioria, de 30 a 49 anos, com baixa
    escolaridade (ensino fundamental), são negras e residentes das Regiões Norte, Nordeste e parte
    do Centro-oeste do Brasil, locais que apresentam maior nível de vulnerabilidade
    sociodemográfica, conforme visto através de dados do Produto Interno Bruto - PIB Per Capita,
    Índice de Gini e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso o principal meio de
    assassinato foi a arma de fogo. Já o local de óbito foi constatado tanto o domicílio quanto a via
    pública, mostrando que a residência não é um local seguro para a mulher, bem como incorpora
    o debate quanto à classificação de óbito feminino quanto a ser ou não um feminicídio resultante
    de violência de gênero (morte da mulher, por ser mulher), além de impactar na saúde, pois um
    número significativo de óbitos aconteceu num hospital (local de acesso a serviços
    especializados em urgência/emergência que são de alto custo). Percebeu-se que o país tem uma
    alta taxa de mortalidade da população feminina em idade reprodutiva, sendo a maioria dos
    óbitos decorrentes de causa/doenças consideradas evitáveis, mostrando um indicativo de

    ocorrência de falhas em políticas públicas de prevenção, atendimento e acesso da mulher. A
    realidade em relação aos óbitos por agressões encontrado na pesquisa pode ser considerada
    gravíssima, além constatar que ela estar em expansão por todo território do Brasil,
    principalmente em grupos e áreas de vulnerabilidade social, evidenciando a ligação com as
    questões de desigualdade social em todos os aspectos sociodemográficos.


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  • A violência contra as mulheres, denominada “violência de gênero”, é uma violação dos direitos
    humanos, ocorre através de agressões e do homicídio/feminicídio, envolve toda ação de
    discriminação em relação ao gênero que ocasione dano ou sofrimento a mulher. Presente na
    história humana, ela foi naturalizada pelo patriarcado, ao colocar o feminino como inferior
    numa hierarquia de papeis e espaços de acordo com o sexo biológico. Para quebrar esse
    paradigma, aparece a questão de gênero, explicando-a como uma construção social de
    subordinação da mulher, podendo ser modificada. Essa violência, além de afetar a vítima, seus
    familiares e amigos, também impacta na área de saúde, na economia e no Estado. Diante dessa
    realidade o objetivo dessa dissertação foi analisar a mortalidade de mulheres em idade fértil no
    Brasil por agressões, no período de 2002 a 2012, de acordo com fatores sociodemográficos. A
    pesquisa foi realizada através de estudo descritivo, analisando as informações sobre os óbitos
    de mulheres em idade fértil através de variáveis sociodemográficos, temporais, regionais e
    macroeconômicas, disponíveis por meio do banco de dados do TABNET, no Sistema de
    Informação sobre Mortalidade (SIM) do Sistema Único de Saúde (SUS), e do Instituto
    Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Departamento de Informática do SUS
    (DATASUS) e do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil (PNUD/IPEA e FJP).
    Observou-se que a agressão é uma das cinco primeiras causas de óbitos feminino e apresentando
    crescimento no período. Verificou-se que a maioria das mulheres assassinadas são solteiras
    (estado civil/informalidade conjugal), têm, em sua maioria, de 30 a 49 anos, com baixa
    escolaridade (ensino fundamental), são negras e residentes das Regiões Norte, Nordeste e parte
    do Centro-oeste do Brasil, locais que apresentam maior nível de vulnerabilidade
    sociodemográfica, conforme visto através de dados do Produto Interno Bruto - PIB Per Capita,
    Índice de Gini e Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). Além disso o principal meio de
    assassinato foi a arma de fogo. Já o local de óbito foi constatado tanto o domicílio quanto a via
    pública, mostrando que a residência não é um local seguro para a mulher, bem como incorpora
    o debate quanto à classificação de óbito feminino quanto a ser ou não um feminicídio resultante
    de violência de gênero (morte da mulher, por ser mulher), além de impactar na saúde, pois um
    número significativo de óbitos aconteceu num hospital (local de acesso a serviços
    especializados em urgência/emergência que são de alto custo). Percebeu-se que o país tem uma
    alta taxa de mortalidade da população feminina em idade reprodutiva, sendo a maioria dos
    óbitos decorrentes de causa/doenças consideradas evitáveis, mostrando um indicativo de

    ocorrência de falhas em políticas públicas de prevenção, atendimento e acesso da mulher. A
    realidade em relação aos óbitos por agressões encontrado na pesquisa pode ser considerada
    gravíssima, além constatar que ela estar em expansão por todo território do Brasil,
    principalmente em grupos e áreas de vulnerabilidade social, evidenciando a ligação com as
    questões de desigualdade social em todos os aspectos sociodemográficos.

2
  • SHEILA CRISTINA SILVA DE MELO
  • RESULTADOS DO EIXO ATENÇÃO À SAÚDE DO PLANO VIVER SEM LIMITE: UMA AVALIAÇÃO FOCADA NAS AÇÕES DESTINADAS À PROMOÇÃO DA SAÚDE AUDITIVA (2012 A 2019)

  • Orientador : FABIOLA SULPINO VIEIRA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • ANA CLÁUDIA FIGUEIRÓ
  • MARIA LUIZA LOPES TIMOTEO DE LIMA
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • Data: 02/09/2021

  • Mostrar Resumo
  • A deficiência auditiva é o terceiro tipo de deficiência mais prevalente no Brasil. No País, o Plano Viver sem Limite (PVSL) é a mais relevante política pública voltada à inclusão social das pessoas com deficiência (PcD). Ele foi dividido em quatro eixos estratégicos, dentre eles, o de atenção à saúde (EAS). O objetivo do estudo foi avaliar o EAS-PVSL, especialmente em relação aos resultados das ações destinadas à promoção da saúde auditiva, implementadas no período de 2012 a 2019. Adicionalmente, identificar os critérios mais utilizados para o diagnóstico da deficiência auditiva na literatura científica. Realizou-se uma avaliação ex-post, do tipo avaliação de resultados do EAS-PVSL, e uma revisão de escopo da literatura científica. Verificou-se que os gastos com o EAS-PVSL sofreram reduções significativas a partir de 2017 e que parte das metas físicas previstas para serem atingidas até 2014 não foram alcançadas. Quanto ao diagnóstico da perda auditiva, observou-se que não há consenso na literatura sobre qual é o melhor critério a ser utilizado, embora haja predominância de um deles, que não é o previsto na legislação brasileira. Conclui-se que houve ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde voltada às PcD com a implementação do EAS-PVSL, mas que os avanços obtidos ficaram aquém do planejado. Ademais, que o programa sofre um preocupante processo de esvaziamento progressivo, considerando que nenhuma outra iniciativa foi implantada em seu lugar.


  • Mostrar Abstract
  • A deficiência auditiva é o terceiro tipo de deficiência mais prevalente no Brasil. No País, o Plano Viver sem Limite (PVSL) é a mais relevante política pública voltada à inclusão social das pessoas com deficiência (PcD). Ele foi dividido em quatro eixos estratégicos, dentre eles, o de atenção à saúde (EAS). O objetivo do estudo foi avaliar o EAS-PVSL, especialmente em relação aos resultados das ações destinadas à promoção da saúde auditiva, implementadas no período de 2012 a 2019. Adicionalmente, identificar os critérios mais utilizados para o diagnóstico da deficiência auditiva na literatura científica. Realizou-se uma avaliação ex-post, do tipo avaliação de resultados do EAS-PVSL, e uma revisão de escopo da literatura científica. Verificou-se que os gastos com o EAS-PVSL sofreram reduções significativas a partir de 2017 e que parte das metas físicas previstas para serem atingidas até 2014 não foram alcançadas. Quanto ao diagnóstico da perda auditiva, observou-se que não há consenso na literatura sobre qual é o melhor critério a ser utilizado, embora haja predominância de um deles, que não é o previsto na legislação brasileira. Conclui-se que houve ampliação e qualificação da rede de atenção à saúde voltada às PcD com a implementação do EAS-PVSL, mas que os avanços obtidos ficaram aquém do planejado. Ademais, que o programa sofre um preocupante processo de esvaziamento progressivo, considerando que nenhuma outra iniciativa foi implantada em seu lugar.

3
  • JÉSSICA VASCONCELOS DE LACERDA MACÊDO
  • ACURÁCIA DE TESTES RÁPIDOS COMERCIAIS PARA O DIAGNÓSTICO DA DENGUE: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

  • Orientador : CESAR AUGUSTO SOUZA DE ANDRADE
  • MEMBROS DA BANCA :
  • MAIRA GALDINO DA ROCHA PITTA
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • MARDONNY BRUNO DE OLIVEIRA CHAGAS
  • Data: 26/11/2021

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  • O diagnóstico laboratorial da dengue desempenha um papel fundamental no manejo clínica da doença. Os testes imunocromatográficos rápidos são frequentemente utilizados pela sua rapidez e simplicidade. Com isso, surgiu a necessidade de verificação da precisão desses testes para subsidiar sua utilização em larga escala. Esta revisão sistemática objetiva avaliar a acurácia de testes rápidos comerciais para o diagnóstico da dengue. A pesquisa foi realizada nas bases: LILACS, Medline (Pubmed), CRD, The Cochrane Library, Trip Medical Database e Google Scholar. O diagnóstico sorológico através de ELISA foi adotado como teste de referência. Foram incluídos 17 artigos científicos, totalizando 6.837 indivíduos participantes. Foram gerados gráficos Forest Plot e curvas ROC através do Meta-DiSc 1.4. O QUADAS-2 foi utilizado para avaliar o risco de viés dos estudos. A qualidade da evidência foi avaliada usando o GRADE. A sensibilidade do IgM nos testes variou de 13,8% a 90%, enquanto a do NS1 variou de 14,7% a 100% (IC 95%). Quando houve associação na detecção dos anticorpos com o NS1, a sensibilidade aumentou. Os três analitos juntos obtiveram sensibilidade que variou entre 77.3% a 98.7%. A detecção da proteína NS1 nos testes imunocromatográficos, principalmente se associada à detecção de anticorpos, aumentou a acurácia e tornou sua aplicação mais segura e confiável.


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  • O diagnóstico laboratorial da dengue desempenha um papel fundamental no manejo clínica da doença. Os testes imunocromatográficos rápidos são frequentemente utilizados pela sua rapidez e simplicidade. Com isso, surgiu a necessidade de verificação da precisão desses testes para subsidiar sua utilização em larga escala. Esta revisão sistemática objetiva avaliar a acurácia de testes rápidos comerciais para o diagnóstico da dengue. A pesquisa foi realizada nas bases: LILACS, Medline (Pubmed), CRD, The Cochrane Library, Trip Medical Database e Google Scholar. O diagnóstico sorológico através de ELISA foi adotado como teste de referência. Foram incluídos 17 artigos científicos, totalizando 6.837 indivíduos participantes. Foram gerados gráficos Forest Plot e curvas ROC através do Meta-DiSc 1.4. O QUADAS-2 foi utilizado para avaliar o risco de viés dos estudos. A qualidade da evidência foi avaliada usando o GRADE. A sensibilidade do IgM nos testes variou de 13,8% a 90%, enquanto a do NS1 variou de 14,7% a 100% (IC 95%). Quando houve associação na detecção dos anticorpos com o NS1, a sensibilidade aumentou. Os três analitos juntos obtiveram sensibilidade que variou entre 77.3% a 98.7%. A detecção da proteína NS1 nos testes imunocromatográficos, principalmente se associada à detecção de anticorpos, aumentou a acurácia e tornou sua aplicação mais segura e confiável.

4
  • FABIANA DE OLIVEIRA BARROS
  • UMA PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO DE MODELO CONCEITUAL DE GERENCIAMENTO MATRICIAL DE DESPESAS EM UMA UNIDADE DE SAÚDE GERIDA POR ORGANIZAÇÃO SOCIAL DE SAÚDE.

  • Orientador : UMBELINA CRAVO TEIXEIRA LAGIOIA
  • MEMBROS DA BANCA :
  • JULIANA GONCALVES DE ARAUJO
  • ROBERTA DE MORAES ROCHA
  • RODRIGO VICENTE DOS PRAZERES
  • Data: 01/12/2021

  • Mostrar Resumo
  • A presente pesquisa apresenta uma Proposta de Implantação de um Modelo
    Conceitual de Gerenciamento Matricial de Despesas em Unidades de Saúde
    geridas por uma Organização Social de Saúde (OSS) do Estado de Pernambuco,
    mediante Contrato de Gestão, considerando a necessidade de um melhor
    gerenciamento, monitoramento e controle orçamentário dos recursos públicos,
    com vistas a uma melhor aplicabilidade desses recursos e redução de
    desperdícios. Nesse sentido, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema
    com o objetivo de identificar na literatura o que era necessário para a
    implantação dessa metodologia. Em seguida apresentou-se uma proposta de
    implantação de GMD adaptada ao modelo de Unidades de Saúde geridas por
    OSS. Posteriormente, realizou-se um questionário no intuito de verificar a
    viabilidade de aplicação do GMD, pelos responsáveis por tomadas de decisão
    da Secretaria Estadual de Saúde, pelos gestores das OSS e pelos gestores das
    Unidades de Saúde geridas por OSS. Como principais resultados observou-se
    que: a) 93,5% dos entrevistados acham interessante a implantação do GMD nas
    Unidades de Saúde geridas por OSS; b) o Gerenciamento Matricial de Despesa
    é uma ferramenta que apoia o planejamento e o controle das despesas, auxilia
    as instituições a manterem-se competitivas e potencializa o seu controle e
    gerenciamento econômico; e c) é importante ter uma Controladoria forte, com
    seus papéis bem definidos para facilitar a implantação do GMD, como área de
    apoio e desenvolvimento de estudos e que o acompanhamento por parte do
    gestor da área é de fundamental importância no gerenciamento matricial de
    despesa.


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  • A presente pesquisa apresenta uma Proposta de Implantação de um Modelo
    Conceitual de Gerenciamento Matricial de Despesas em Unidades de Saúde
    geridas por uma Organização Social de Saúde (OSS) do Estado de Pernambuco,
    mediante Contrato de Gestão, considerando a necessidade de um melhor
    gerenciamento, monitoramento e controle orçamentário dos recursos públicos,
    com vistas a uma melhor aplicabilidade desses recursos e redução de
    desperdícios. Nesse sentido, foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema
    com o objetivo de identificar na literatura o que era necessário para a
    implantação dessa metodologia. Em seguida apresentou-se uma proposta de
    implantação de GMD adaptada ao modelo de Unidades de Saúde geridas por
    OSS. Posteriormente, realizou-se um questionário no intuito de verificar a
    viabilidade de aplicação do GMD, pelos responsáveis por tomadas de decisão
    da Secretaria Estadual de Saúde, pelos gestores das OSS e pelos gestores das
    Unidades de Saúde geridas por OSS. Como principais resultados observou-se
    que: a) 93,5% dos entrevistados acham interessante a implantação do GMD nas
    Unidades de Saúde geridas por OSS; b) o Gerenciamento Matricial de Despesa
    é uma ferramenta que apoia o planejamento e o controle das despesas, auxilia
    as instituições a manterem-se competitivas e potencializa o seu controle e
    gerenciamento econômico; e c) é importante ter uma Controladoria forte, com
    seus papéis bem definidos para facilitar a implantação do GMD, como área de
    apoio e desenvolvimento de estudos e que o acompanhamento por parte do
    gestor da área é de fundamental importância no gerenciamento matricial de
    despesa.

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