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Thèses |
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JOSENILDO PESSOA SENA
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Nanografenos como sistemas de entrega de fluconazol no combate à candidiase
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Leader : BEATE SAEGESSER SANTOS
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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BEATE SAEGESSER SANTOS
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BRUNA RODRIGUES DE SOUSA
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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Data: 30 janv. 2024
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A candidíase, uma infecção fúngica causada por espécies de Candida, entre elas C. krusei, C. tropicalis e a C.albicans, sendo a última com maior prevalência, é um grande problema clínico devido a resistência antifúngica, principalmente aos azóis. Estratégias inventivas, como uso de nanocarreadores, são buscadas para superar a resistência ao fluconazol, por exemplo. Os nanografenos se apresentam como nanocarreadores promissores neste contexto. Usando ácido cítrico (AC) como fonte de carbono e ureia como fonte de nitrogênio, para melhoria óptica do nanomaterial, sua síntese é bem simples, consistindo na carbonização incompleta do carbono, conhecido como pirólise. Para caracterizar o nanosistema, o potencial zeta serviu como uma das técnicas para confirmação da conjugação eletrostática do nanografeno dopado com nitrogênio ao fluconazol (NG-N@FLU), evidenciando cargas negativas de -23,2 mV para -6,9 mV. Em seu espectro de absorção foi possível verificar a presença do fluconazol na superfície do nanomaterial, os NG-N que inicialmente têm banda de absorção ca. 333 nm, mostram alterações, apresentando duas bandas distintas, uma em 259 nm, característico do fluconazol e a outra mantendo a absorção característica do nanomaterial. A presença de grupos funcionais é demonstrada por bandas vibracionais específicas identificadas pela análise FTIR dos NG-N, encontrando picos em 1705 cm-1, com estiramento de -C=O e mantêm os traços do AC usado na síntese, além de detectar vibração em 1556 cm-1, atribuída ao -NH da ureia, indicando que o precursor nitrogenado está presente na estrutura do NG-N. O NG-N@FLU demonstrou resultados interessantes, reduzindo UFC total para C. krusei e C. tropicalis [400 mg/L-1], embora tenham demonstrado capacidade promissora na C. albicans, o resultado foi inconsistente. Apesar de resultados positivos, as características ópticas do nanomaterial precisam ser melhoradas, isso é fundamental para uma compreensão mais aprofundada do mecanismo de entrega através da fluorescência. Além disso, é necessário realizar um delineamento experimental microbiológico mais sofisticado para descobrir como o nanocarreador afeta as espécies de Candida mais comuns, ajudando a desenvolver métodos antifúngicos eficazes.
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ABNER LINS DANTAS
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AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTICANCER, ANTIMIROBIANO E PREDIÇÕES IN SILICO DE DERIVADOS 1,2,4- OXADIAZÓLICOS
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Leader : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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CARLSON HELDER REIS DE CARVALHO JUNIOR
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ERIK JONNE VIEIRA DE MELO
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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Data: 5 févr. 2024
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Derivados 1,2,4-oxadiazóis são compostos heterocíclicos que apresentam diversas atividades farmacológicas, tais como antiasmática, antidiabética, anti-inflamatória, anticancerígena, antioxidante, antimicrobiana, atividade contra o Alzheimer e antipsicótica. Devido a versatilidade farmacológica dessa classe de compostos, este trabalho teve como objetivo avaliar as atividades anticâncer e antimicrobiana, uma vez que o câncer e a resistência aos antimicrobianos são dois grandes problemas no cenário de saúde global. Para isso, a citotoxicidade e o potencial anticâncer de uma série de dez compostos 1,2,4-oxadiazóis foram avaliados através do teste do MTT frente a linhagens de células tumorais (HL-60, K562, HT-29 e MCF-7) e uma saudável (RAW 264.7). A atividade antimicrobiana dos compostos foi avaliada frente a bactérias Gram-positivas (Staphylococcus aureus e Bacillus subtillis) e Gram-negativas (Escherichia coli e Klebsiela pneumoniae) e leveduras, como a Candida albicans e Candida guillermondii, por meio dos testes de difusão em disco de papel e teste de microdiluição em placa. Predições in sílico a respeito do comportamento farmacológico das moléculas foi realizada pelo docking molecular e de plataformas de bioinformática preditivas de dados farmacocinéticos e toxicológicos. B1, B2, B3 e B9 respectivamente (1-(5-(p-toluil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)propan-2-ona; 1-(5-(m-toluil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)propan-2-ona; 1-(5-(4-clorofenil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)propan-2-ona e 4-(5-(p-tolil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)butan-2-ona) foram testadas em várias concentrações para determinar a CI50 em HL-60, que foi a linhagem mais sensível. O composto que apresentou o melhor CI50 (8,07 μg/mL) foi o B2. Este composto foi então selecionado para avaliar a capacidade de produzir alterações morfológicas em HL-60 nas concentrações de CI50 e 2 x CI50 e foi observado alterações condizentes de processos apoptóticos. Nos testes antimicrobianos foi possível encontrar a CMI e CMF em C. albicans, respectivamente de 312,5 μg/mL e 625 μg/mL. Foi realizado o docking molecular para os alvos biológicos tubulina e EGFR e ambos os compostos B2 e B3 apresentaram potencial de interação com os alvos testados. A predição farmacocinética evidenciou que B2 e B3 satisfazem todos os critérios estabelecidos por Lipinski e Veber. A predição toxicológica para ambos compostos se mostrou com toxicidade oral relativamente baixa com DL50 de 1270 mg/kg.
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MARIE CLAIRE CARNEIRO ALBUQUERQUE
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Desenvolvimento farmacêutico de microemulsões e nanossuspensões de ibuprofeno para o tratamento local da dor
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Leader : DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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LUCAS JOSE DE ALENCAR DANDA
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Data: 5 févr. 2024
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A dor é um problema de saúde pública, e impacta na qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo. O ibuprofeno (IBU), um anti-inflamatório não esteroidal (AINE), é usado na prática clínica para o tratamento de dores leves a moderadas. Apesar de sua eficácia, o uso sistêmico e prolongado de AINEs, como o IBU pode levar ao surgimento de efeitos adversos moderados e severos, principalmente no trato gastrintestinal e nos sistemas hematológico e renal. A aplicação tópica do IBU pode ser uma alternativa para diminuir o aparecimento dos efeitos adversos indesejados, no entanto, o estrato córneo atua como uma eficiente barreira à permeação da pele. O uso de formulações nanoestruturadas, como microemulsões e nanosuspensões, pode aumentar a penetração do fármaco, favorecendo sua absorção na/através da pele. Diante disso, o objetivo desse trabalho foi desenvolver e avaliar microemulsões e nanossuspensões de ibuprofeno para administração tópica, como alternativa para minimizar os efeitos adversos do uso oral convencional. Inicialmente, foi desenvolvida e validada uma metodologia analítica por CLAE-DAD para a determinação do IBU, incluindo um estudo de recuperação do fármaco a partir do estrato córneo, através de delineamento experimental com planejamento fatorial. Em seguida, foram elaborados diagramas de fase pseudoternários utilizando álcool benzílico ou carbonato de propileno como fase oleosa e lecitina e isopropanol como tensoativo e co-tensoativo, respectivamente, para determinar as regiões com formação de microemulsões Formulações selecionadas dos variados diagramas de fase obtidos foram submetidas a um estudo de estabilidade por 30 dias, através da análise de diâmetro médio das gotículas, índice de polidispersão (PdI) e microscopia de luz polarizada. A partir desse estudo, formulações foram selecionadas para a incorporação do fármaco e o preparo das nanossuspensões. Dado que o ibuprofeno apresenta solubilidade pH-dependente, a influência do pH da fase aquosa das microemulsões e na diluição dessas formulações, assim como a proporção de diluição foi investigada para a produção das nanossuspensões, a partir da avaliação do diâmetro médio e PdI obtidos, em estudo com planejamento fatorial. A metodologia analítica desenvolvida foi validada e demonstrou ser adequada aos estudos propostos, com linearidade de 0,5 a 10ug/mL, e valores de precisão, exatidão e recuperação conforme preconizado pela legislação. Os diagramas de fase produzidos com álcool benzílico apresentaram maiores áreas de microemulsões. Formulações estáveis com diâmetro médio de 6nm a 40nm e e PdI variando de 0,067 a 0,274 foram selecionadas (MAB-3, MAB-4, MCP-5 e MCP-10). Dentre as nanossuspensões obtidas, aquelas diluídas em pH 6 exibiram um tamanho de partícula menor. Apesar da evidente influência do pH, as nanossuspensões produzidas sem ajuste de pH demostraram tamanho médio de partícula inferior, variando de 15 nm a 80 nm com PdI de 0,286 a 0,336, respectivamente. As nanossuspensões produzidas a partir de formulações iniciais com álcool benzílico apresentaram os menores valores de diâmetro médio e PdI. Tais achados abrem perspectivas para a manipulação controlada do tamanho das partículas, e oferecem uma base valiosa para investigações futuras no desenvolvimento de formulações nanoestruturadas de aplicação tópica mais efetivas. Estudos adicionais de performance das formulações desenvolvidas devem ser realizados para tal finalidade.
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ELOIZA MARCELLE DA COSTA SOUZA
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OBTENÇÃO DE SISTEMAS DISPERSOS CONTENDO EXTRATO DAS FOLHAS DE Eugenia uniflora LINN E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES ANTI-Candida in vitro E in vivo
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Leader : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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JOÃO AUGUSTO OSHIRO JUNIOR
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LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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LUÍSE LOPES CHAVES
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Data: 6 févr. 2024
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Atualmente, tem sido observada intensa busca por novas terapias para suplantar problemas envolvendo a resistência a antimicrobianos. Desse modo, sabendo-se que a pesquisa sobre espécies vegetais que apresentam alto valor agregado pode fornecer informações interessantes para diversas doenças, o trabalho em questão investigou o potencial anti-candida de extrato de folha de Eugenia uniflora Linn (pitangueira) quando incorporado em sistemas dispersos. A abordagem iniciou-se com o estudo da proporção droga: solvente (5%, 10% e 15%) para o preparo dos extratos das folhas de Eugenia uniflora Linn. Após escolha da quantidade de droga seria utilizada para preparo dos extratos, procedeu-se com a avaliação dos adjuvantes de secagem (goma xantana, celulose microcristalina, dióxido de silício) por meio de planejamento de misturas, fixando-se em 15% a proporção máxima de cada adjuvante, tendo como variáveis de resposta as propriedades tecnológicas dos sistemas particulados obtidos e o teor de metabólitos majoritários. Em seguida, o extrato seco escolhido foi particionado com hexano e acetato de etila para obtenção das frações. O extrato e suas respectivas frações hexânica, aquosa e acetato de etila foram caracterizadas quimicamente por Cromatografia em Camada delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) quanto à presença dos principais marcadores da espécie. Simultaneamente, foram desenvolvidas pré-formulações de emulsões pelo método de homogeneização por ultraturrax para a escolha dos polímeros que seriam utilizados como estabilizantes a partir da avaliação das propriedades físico-quimicas das dispersões obtidas. Ademais, foi realizado planejamento fatorial 32 para definição dos parâmetros de preparo das emulsões, a fim de solucionar qual seria o tempo e a potência de homogeneização (5, 10 e 15 min/ 9.000, 14.500 e 30.000 RPM). Após estabelecer as condições de preparo, as emulsões foram incorporadas com 10 e 15% de extrato já otimizado (Extrato Seco por Aspersão, DSC 15% como adjuvante de secagem), prosseguindo-se com os estudos de estabilidade e avaliação de atividade anti-candidain vitro e in vivo, além de ensaio de toxicidade in vivo. A avaliação da proporção de droga:solvente demonstrou que, em menor concentração de droga, houve uma maior Eficiência de Extração de flavonoides e polifenóis, sendo eleita a proporção de 5% para preparo dos extratos. A avaliação do sistema adjuvante demonstrou que DSC a 15% levou à formação de pós com melhores propriedades tecnológicas. Ao se realizar fingerprints do extrato bruto e frações, evidenciou-se a presença dos marcadores miricitrina, ácido gálico e ácido elágico por CCD e por CLAE, sendo possível observar aumento de concentração desses metabólitos ao se realizar fracionamento com solventes de diferentes polaridades. A HPMC e a GXT foram os polímeros utilizados para compor a formulação. Os parâmetros de homogeneização escolhidos foram de 30.000 RPM em 15 min, a partir da análise das respostas do planejamento fatorial. A atividade in vitro revelou um CIM favorável, ou seja, igual ou abaixo de 500 µg/mL para todas as amostras avaliadas frente às três cepas de Candida spp utilizadas no ensaio. O ensaio de toxicidade revelou que as formulações não apresentaram quaisquer evidências de efeitos adversos ou sinais de clínicos de toxicidade dérmica. O ensaio de avaliação anti-candidain vivo das formulações se mostrou um sucesso, uma vez que, em até 7 dias, todos os camundongos apresentaram cura.
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FELIPE RIBEIRO DA SILVA
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PANORAMA DAS ESPÉCIES DE APOCYNACEAE NO ESTADO DE PERNAMBUCO DEPOSITADAS NOS HERBÁRIOS DO RECIFE E ESTUDO FARMACOBOTÂNICO E PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE Hoya carnosa (L. F.) R.BR (APOCYNACEAE)
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Leader : KARINA PERRELLI RANDAU
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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FLÁVIA CAROLINA LINS DA SILVA
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KARINA PERRELLI RANDAU
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MARIANA OLIVEIRA BARBOSA
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Data: 8 févr. 2024
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A família Apocynaceae Juss. possui aproximadamente 410 gêneros e 5556, distribuídas nas zonas tropicais e subtropicais do mundo; no Brasil aparece em todos seus biomas; apresentando grande importância devido ao seu elevado valor econômico e suas propriedades medicinais e sua toxicidade. Objetivo do estudo foi detalhar o panorama das espécies desta família do estado de Pernambuco, Brasil e realizar o estudo farmacobotânico e farmacoquímico de Hoya carnosa (L. f.) R.br. Através de visitas aos principais herbário da cidade do Recife, PE e cruzando as espécies depositadas fisicamente com o acervo on-line SpeciesLink. Já a realização da caracterização morfoanatômica e farmacoquímica de Hoya carnosa (L. f.) R.br, representante desta família botânica, foi realizada através da aplicação de técnicas como análise dos principais órgãos vegetais em estereomicroscópio, microscopia óptica e luz polarizada, histolocalização e prospecção fitoquímica em cromatografia em camada delgada em espécimes coletados na região. O levantamento das espécies pertencentes à família Apocynaceae em Pernambuco, Brasil, revela uma numerosa coleção de 1287 espécies nos herbários de Recife, com destacada prevalência de alguns gêneros, como Mandevilla Lindl., Aspidosperma Mart. & Zucc. e Allamanda L. Para a espécie Hoya carnosa (L. f.), identificaram-se características morfológicas, como caule cilíndrico, com folhas opostas e inflorescência com cerca de quinze flores. Para o caule, em secção transversal foram observadas: contorno circular, feixe vascular bicolateral, cristais do tipo drusa; a lâmina foliar apresentou as seguintes características: folha hipoestomática, estômatos do tipo ciclocíticos e feixe vascular bicolateral na nervura central, também foram identificados cristais do mesmo tipo encontrado no caule. Compostos fenólicos, triterpenos, esteroides e alcaloides foram observados nos tecidos das espécies e o extrato metanólico mostrou a presença de triterpenos, esteroides, mono e sesquiterpenos, fenilpropanoglicosídeos, flavonoides e açúcares redutores corroborando com descobertas anteriores e correlacionando com as propriedades terapêuticas dessa espécie. Esses resultados não apenas contribuem significativamente para o entendimento da diversidade botânica regional, mas também fornecem valiosas percepções para pesquisas futuras, voltadas à identificação precisa de espécies e à exploração de potenciais terapêuticos na Apocynaceae, reforçando a relevância do conhecimento farmacobotânico para aplicações práticas e conservacionistas.
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JOSE PEDRO MARTINS BARBOSA FILHO
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AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E CITOTÓXICOS DE UMA ENZIMA FIBRINOLÍTICA COMO POSSÍVEL CANDIDATA AO TRATAMENTO DA TROMBOSE
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Leader : ANA CRISTINA LIMA LEITE
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ALICE MARIA GONÇALVES SANTOS
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ANA CRISTINA LIMA LEITE
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VIVIANE DO NASCIMENTO E SILVA ALENCAR
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Data: 20 févr. 2024
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A formação de coágulos de fibrina, principal componente proteico dos coágulos sanguíneos está intimamente envolvida no desenvolvimento das doenças cardiovasculares e por isso, a trombose, desempenha um papel importante na patogênese de vários distúrbios cardiovasculares devido ao acúmulo desses coágulos que bloqueiam a passagem do fluxo sanguíneo. Diante disso, o objetivo desse estudo foi realizar a caracterização bioquímica e avaliar in vitro os aspectos da ação fibrinolítica, trombolítica e toxicidade da protease oriunda de Aspergillus tamarii Kita UCP 1279, uma vez que a intervenção de pesquisas nessa área pode ajudar no desenvolvimento de agentes trombolíticos mais seguros para o uso terapêutico. A protease com atividade fibrinolítica e purificada pelo sistema de duas fases aquosas e particionada para a fase sal foi avaliada quanto a caracterização bioquímica (pH e temperatura ótima e estabilidade, efeito de íons metálicos, inibidores e ação de surfactantes), determinação da atividade amidolítica, SDS-PAGE e zimograma de fibrina. Além disso, foi avaliado a atividade fibrinogenolítica da enzima e sua degradação trombolítica in vitro. Quantos aos testes toxicológicos foram realizados ensaios de citotoxicidade, determinação dos tempos de coagulação, atividade hemolítica e efeito da albumina sérica sobre a atividade enzimática. A protease fibrinolítica purificada foi caracterizada como uma serino protease e demonstrou uma temperatura ótima de 50ºC e se manteve estável até 120 minutos. O pH ótimo foi de 7,0 e estável por 36 horas. A atividade enzimática foi potencializada pela adição de Na+, Zn2+, Mg2+, Mn2+, K+ e inibida na presença dos íons Cu2+ e Fe3+ e pelos surfactantes Triton X-100 e dodecil sulfato de sódio, com uma diminuição de 37,66 e 62,35%, respectivamente. A enzima exibiu ainda uma maior especificidade para o substrato N-succinil-Gly–Gly–Phe-p-nitroanilida, um substrato típico de quimotripsina. A massa molecular da protease foi em torno de 90 kDa, exibindo também atividade sobre o zimograma de fibrina. A protease purificada não degradou o fibrinogênio, entretanto, promoveu uma degradação de 38,81% do trombo in vitro de fibrina após 90 minutos. Não houve nenhuma toxicidade frente as linhagens celulares testadas e na avaliação hematológica houve um discreto prolongamento do TP quando comparado com o grupo controle. Ainda, constatou-se que não houve interferência sobre a ação da trombina ou do fibrinogênio sobre o TT e em relação ao TPPa, observou-se o prolongamento sobre o tempo de coagulação à medida que aumentou a concentração da enzima. Por fim, foi verificado que nenhuma concentração utilizada demonstrou promover a lise das céluas sanguíneas e que a albumina promoveu um aumento da atividade em 31,70% da atividade enzimática. Mediante os resultados obtidos, a pesquisa revelou que o Aspergillus tamarii Kita UCP1279 possui potencial para a produção de enzimas fibrinolíticas, oferecendo uma alternativa promissora para o tratamento da trombose. A caracterização realizada demonstrou a estabilidade da enzima, que apresenta capacidade de degradar fibrina, ausência de toxicidade e sem alterações nos parâmetros hematológicos. No entanto, são necessários estudos adicionais para avaliar seu desempenho em organismos vivos, abrindo perspectivas para sua potencial aplicação como uma nova droga trombolítica.
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WLIANA ALVES VITURINO DA SILVA
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DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE HIDROGEL CONTENDO EXTRATOS E FRAÇÕES DE Acanthospermum hispidum PARA TRATAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS LEVES
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Leader : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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JULIA APARECIDA LOURENCO DE SOUZA
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LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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Data: 27 févr. 2024
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Acanthospermum hispidum, popularmente conhecido como espinho de cigano, é amplamente usado na medicina tradicional, destacando-se no tratamento de distúrbios respiratórios. No entanto, os xaropes que são comumente usados, não possuem boa aceitabilidade pelos pacientes. Neste sentido, medicamentos tópicos nasais permitem que substâncias ativas cheguem ao local, exercendo sua ação e atenuando o efeito sistêmico. Por isso, os hidrogéis figuram como estratégias importantes devido à sua capacidade de liberação. Assim, este trabalho objetivou desenvolver e caracterizar um hidrogel contendo extrato e frações de A. hispidum para o tratamento de doenças respiratórias leves. O material vegetal coletado foi identificado (n°94086) e, após caracterização e processamento, o método para controle químico por UV-vis foi validade para as partes aéreas e as raízes do A. hispidum. As condições de preparação e secagem dos extratos foram otimizadas através de desenhos experimentais (fatoriais clássicos e planejamento de misturas); considerando diferentes condições operacionais e adjuvantes de secagem (celulose, dióxido de silício coloidal e gelatina). Adicionalmente, foram obtidas e caracterizadas frações enriquecidas (FH, Fact e FAqr). Por fim, o potencial antinfúngico dos extratos foi avaliado “in vitro”. Os hidrogéis termossensíveis sem e com os derivados vegetais foram preparados e caracterizados. Tanto as partes aéreas quanto as raízes de A. hispidum atenderam as especificações de qualidade estabelecidas pela Farmacopeia Brasileira (6°Ed). Os métodos analíticos apresentaram desempenhos compatíveis com as exigências estabelecidas pela RDC 166/2017, e foram consideradas seguras e confiáveis. Após otimização das operações de extração secagem, concluiu-se pela utilização de etanol:água 50% (v/v) como líquido extrator; enquanto o ajuste do secador foi de temperatura de secagem de 130°C, com fluxo de alimentação de 1L/h e a mistura de gelatina e dióxido de silício coloidal como adjuvante de secagem. Em relação à atividade fúngica, o extrato bruto apresentou CIM e CFM de 500 µg/mL e as frações de 250 (FH) e 125 µg/mL (FAct). Além disso, as amostras apresentaram baixa toxicidade (artêmias salinas). Por fim, hidrogéis preparados com Pluronic F127 ou pela mistura de Pluronic F127:Carbopol 940 (18:0,1; m:m) foram estáveis e permitiram a liberação dos fitocompostos. As formulações obtidas foram consideradas uma estratégia eficaz para a entrega de drogas e com estabilidade satisfatória. Entretanto, estudos complementares ainda precisam ser conduzidos para esclarecimento e comprovar a atividade frente a problemas respiratórios, assim como sua segurança.
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AUYGNA PAMYDA GOMES DA SILVA
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ESTUDO FARMACOBOTÂNICO, FITOQUÍMICO E COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DOS ÓRGÃOS VEGETATIVOS DAS PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: Plantago major L. (TANCHAGEM) E Xanthosoma maximilianii SCHOTT (TAIOBA)
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Leader : KARINA PERRELLI RANDAU
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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JENYFFER MEDEIROS CAMPOS GUERRA
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KARINA PERRELLI RANDAU
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RAFAELA DAMASCENO SA
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Data: 7 mars 2024
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Plantago major L. e Xanthosoma maximilianii Schott são Planta alimentícia não convencional (PANC). Pertencentes à família Plantaginaceae e Araceae respectivamente, conhecidas como tanchagem e taioba. São de fácil cultivo, pois são encontradas em jardins e quintais, porém perderam a popularidade de serem utilizadas na culinária. Apesar de ser uma alternativa de baixo custo para diversificação na dieta, existem poucos estudos referente a suas partes que contenham componentes necessários para a dieta, além disso quanto aos benefícios para a saúde e medicinais associados ao consumo dessas plantas. O objetivo deste trabalho foi realizar estudo farmacobotânico, histoquímico, fitoquímico e composição centesimal das espécies. Através de cortes das secções transversais e paradérmicos obtidos a mão livre, submetidos a descoloração por solução hipoclorito de sódio 50%, corados com Safrablau e Azul de metileno, montadas as lâminas, conduzidas em microscopia de luz e polarizada. Bem como, realizar a análise histoquímica, os reagentes utilizados de acordo com cada metabólito pesquisado, fornecem o diagnóstico das espécies estudadas. Além disso, foram realizadas análises da extração e quantificação dos cristais de oxalato de cálcio por titulação. A avaliação microscópica óptica de luz e de polarização viabilizaram a identificação e caracterização anatômicas da lâmina foliar, pecíolo e quando necessário o escapo floral. Revelando caracteres de diagnose como organização dos feixes vasculares na nervura central, do mesofilo e da epiderme. Também identificou caracteres distintos entre os espécimes avaliados como a presença de cristais. Por meio das técnicas histoquímicas evidenciou-se a presença de compostos para P.major L. na raiz foram identificados bioativos como alcaloides, mucilagens, lignina, pectinas, proteínas. E na lâmina foliar alcaloides, mucilagem, compostos fenólicos, proteínas, pectinas e ligninas. No rizoma de X. maximilianii destacou-se presença de alcaloides, compostos lipofílicos, ligninas, pectinas, proteínas, triterpenos e esteroides. Para a lâmina foliar foram evidenciados amido, compostos fenólicos e lipofílicos, além de proteínas, mucilagem, pectinas, ligninas e cristais de oxalato de cálcio. A análise fitoquimica possibilitou a identificação de P. major L. mono e sesquiterpenos, triterpenos e flavonoides. Para X. maximilianii apresentou mono e sesquiterpenos, triterpenos e esteroides, flavonoides e glicosídeos. O teor médio de oxalato total não foi considerado tóxico para a dieta, porém pode interferir na disponibilidade de cálcio. A composição centesimal possibilitou identificação do teor médio de umidade, cinzas, proteínas, carboidratos, extrato etéreopara ambas espécies., P. major L. e X. maximilianii destacaram-se pelo teor de proteínas. Devido à escassez sobre a caracterização farmacobotância, composição química, nutricional e a necessidade de divulgar e valorizar as PANC, portanto foram realizadas a condução deste trabalho sobre P. major L. e X. maximilianii. Com isso, através da identificação e caracterização das espécies, pode-se direcionar melhor o uso como alimento funcional ou fins medicinais. Por tanto, ampliando as informações cientificas dos órgãos vegetativos presentes nas espécies.
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MICALEYDE SOARES DO EGITO
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Obtenção e avaliação das propriedades tecnológicas de granulados à base de Libidibia ferrea para atividade anti-hiperglicemiante
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Leader : ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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KARINA PERRELLI RANDAU
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ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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STÉFANI FERREIRA DE OLIVEIRA
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Data: 21 mars 2024
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Sendo vista como um problema de saúde pública por seu rápido aumento de acometidos ao longo dos anos, alta relação com outras comorbidades e falta de um tratamento definitivo, a diabetes mellitus (DM) se apresenta como um conjunto de distúrbios metabólicos resultantes de alterações na ação e/ou secreção da insulina. Vê-se os fitomedicamentos como um aliado para o desenvolvimento de novos medicamentos. A Libidibia ferrea, já conhecida por inúmeras atividades biológicas, incluindo a anti-hiperglicemiante, se tornou um objeto de estudos para outras opções de tratamento dessa patologia. Os granualdos, parte dos sistemas multiparticulados, demonstram potencial ao se tratar de medicamentos que necessitam de um efeito de longa duração, sendo esta uma grande vantagem para adesão ao tratamento. Com isso, este trabalho teve como objetivo a obtenção e avaliação da matéria-prima vegetal (MPV), solução extrativa (SE) e extrato seco de L. ferrea (ESLF),bem como o desenvolvimento e caracterização físico-química de granulados à base de L. ferrea, a fim de sugerir uma formulação que sirva como opção farmacológica para pacientes acometidos pela DM. A partir dos objetivos propostos, foram realizados testes como: determinação granulométrica, cinzas totais, sulfatadas e insolúveis em ácido, índice de intumescência e triagem fitoquímica para a MPV, determinação de pH, densidade relativa e resíduos secos em extratos fluídos para SE e determinação de umidade, triagem fitoquímica, doseamento de taninos e características reológicas para o ESLF. Os resultados demonstraram gama de metabólitos secundários, como os taninos, e características físico-químicas que, antes deficientes, se mostraram promissoras ao serem manipulados em granulados, indicando formação viável e um potencial novo produto a seguir para testes pré-clínicos.
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MARCILENE SOUZA DA SILVA
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Atividade larvicida do extrato etanólico das folhas frescas de Croton cordiifolius sobre Aedes aegypti e análise toxicológica em Mus musculus
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Leader : IVONE ANTONIA DE SOUZA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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IVONE ANTONIA DE SOUZA
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MARIZA SEVERINA DE LIMA SILVA
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Data: 27 mars 2024
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As plantas são compostas de substâncias bioativas que permitem a defesa contra insetos, dessa forma, se tornam importantes para produção de inseticidas naturais, os quais podem atuar no controle de mosquitos vetores de doenças, a exemplo de Aedes aegypti Linnaeus, 1762. No entanto, para estabelecer uma segurança na utilização de extratos botânicos, para formulação de inseticidas naturais, é necessário realizar estudos toxicológicos agudos utilizando a matéria-prima. Assim, o objetivo dessa pesquisa será avaliar a atividade inseticida do extrato etanólico bruto das folhas Croton cordiifolius sobre larvas de Aedes aegypti e toxicidade aguda em camundongos Mus musculus Linnaeus, 1758. O ensaio larvicida foi realizado de acordo com metodologia preconizada pela Organização Mundial da Saúde (WHO, 2005). Para a realização desses ensaios foram utilizadas 20 larvas de terceiro instar por repetição, as quais foram expostas a diferentes concentrações do extrato (14; 10; 7; 3,5; 1,35; e 0,87 mg mL-1). A toxicidade aguda seguiu o protocolo proposto pela OECD (2001), iniciando com a dose de 2000 mg mL-1 e administrada por via oral nos camundongos. O extrato etanólico de C. cordiifolius demonstrou atividade inseticida, causando 85% e 100% de mortalidade larval nas concentrações de 10 e 14 mg mL-1 respectivamente, após 48 horas de exposição. A toxicidade aguda teve uma DL50 estimada de ≥ 5000 mg kg-1, que foi classificada como categoria 5 (baixa de toxicidade). A partir dos conhecimentos gerados pode-se constatar o potencial larvicida e uma baixa toxicidade em mamíferos quando expostos ao extrato etanólico C. cordiifolius, demonstrando uma possível indicação de forma segura do uso do extrato vegetal para formulação de inseticidas naturais.
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MARIA SANTA SILVA LEAL FERREIRA DE MEDEIROS
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Potencial antimicrobiano dos óleos essenciais de Coriandrum sativum (coentro) e Origanum vulgare (orégano) frente cepas clínicas de Staphylococcus aureus multirresistentes
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Leader : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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CICERO PINHEIRO INACIO
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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Data: 2 avr. 2024
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As taxas de mortalidade e o tempo de internação de pacientes infectados com microrganismos resistentes são quase duas vezes maiores que as daqueles infectados com cepas suscetíveis. Staphylococcus aureus é um dos principais agentes etiológicos de infecções hospitalares e é responsável pela inativação de vários antibióticos, representando uma séria ameaça à saúde pública. Compostos naturais representam abordagem terapêutica promissora no tratamento de infecções por microrganismos, dentre os quais Coriandrum sativum (coentro) e Origanum vulgare (orégano) destacam-se pelas propriedades antimicrobianas relacionadas às suas composições fitoquímicas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de C. sativum e de O. vulgare frente cepas de S. aureus, incluindo com multirresistência, e elucidar, a partir da cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa, os seus compostos sugerindo possíveis mecanismos de ação. Os óleos essenciais foram testados frente células planctônicas de 2 isolados de S. aureus pelo método de disco-difusão e microdiluição em caldo. O óleo essencial de coentro apresentou os resultados mais significativos, com concentração bactericida de 416 mg/L e inibitórias de 208 mg/L para S. aureus ATCC 6538 e S. aureus 29213 MRSA. Já o óleo de orégano teve concentrações inibitórias de 416m/L para S. aureus ATCC 6538 e 208 mg/L para S. aureus 29213 MRSA, bem como atividade bactericidas em concentrações mais elevadas de 833 mg/L para S. aureus 6538 e 416 mg/L para S. aureus 29213. Os resultados deste estudo destacam o potencial antimicrobiano do óleo essencial de O. vulgare e C. sativum, especialmente por apresentarem em sua composição a presença de linalol e carvacrol, componentes reconhecidamente antibacterianos.
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DÊNIS ROBERTO DA SILVA
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SÍNTESE DE 3-CLOROMETIL-1,2,4-OXADIAZOLINA DI-ARILADAS PARA OBTENÇÃO DE HÍBRIDOS POTENCIALMENTE ANTICHAGÁSICOS
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Leader : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
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FELIPE NEVES COUTINHO
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Data: 19 avr. 2024
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As doenças negligenciadas acometem pessoas em todo mudo, principalmente, aquelas em estados de vulnerabilidades socioeconômicas. Dentre essas estão a Doença de Chagas que é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma Cruzi, se caracterizando em fase aguda e crônica. No tratamento dessas doenças várias dificuldades são encontradas, as principais estão relacionadas a grande quantidade de efeitos colaterais dos medicamentos existentes, a ineficácia terapêutica na fase crônica da doença e o aparecimento de resistência medicamentosa. Há relatos na literatura, onde oxadiazolinas, apresentam excelentes atividades biológicas, dentre estas antimicrobiana, anticancerígena e anti-inflamatória, e que os compostos heterocíclicos estão presentes em fármacos de grande importância terapêutica e no desenvolvimento de moléculas bioativas. Logo, este trabalho visa a síntese e elucidação molecular de novos derivados cloros oxadiazolínicos para a obtenção de híbridos com potenciais atividades antichagásicas. A cicloadição 1,3 dipolar entre óxidos de nitrila (dipolo) com iminas (dipolarófilo) é destacada como o método mais empregado para a obtenção de 1,2,4-oxadiazolinas. Com isso, iminas di-arialas, sintetizadas previamente, foram submetidas a uma reação de cicloadição 1,3 dipolar com N-óxido de nitrila, gerado in situ, para obtenção de ésteres oxadiazolínicos di-arilados. Posteriormente, as oxadiazolinas di-ariladas obtidas foram reduzidas aos seus respectivos álcoois na posição C3 do éster formado por meio de NaBH4. Em seguida, em meio diclorometânico os derivados cloro oxadiazolínicos em C3 foram obtidos a partir da reação com cloreto de tionila, alcançado rendimentos em torno de 38%. Ao final, as moléculas sintetizadas foram caracterizadas por métodos espectrométricos (RMN 1H, RMN 13C e IVFT) e tiveram propriedades físico-químicas determinadas. Os compostos finais foram sintetizados com sucesso demostrando um grande potencial e versatilidade sintética da metodologia desenvolvida na obtenção de heterocíclicos com possíveis atividades biológicas, entretanto, o processo de síntese e de purificação devem ser otimizados.
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KASSIA MARIA TEIXEIRA DA SILVA
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AVALIAÇÃO DE EFICÁCIA DA AURICULOACUPUNTURA COMO TERAPIA COMPLEMENTAR NO PROCESSO DE CESSAÇÃO AO TABAGISMO
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Leader : KARINA PERRELLI RANDAU
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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IVANA GLAUCIA BARROSO DA CUNHA
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IVANISE BRITO DA SILVA
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KARINA PERRELLI RANDAU
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Data: 8 mai 2024
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Cerca de 8 milhões de mortes são associadas ao hábito de fumar segundo dados da OMS (2022), além de inúmeras comorbidades atreladas ao tabagismo. Por se tratar de uma doença de cunho multifatorial novas estratégias devem ser elencadas para auxiliar o tratamento, dentre elas podemos apontar a auriculoacupuntura. A auriculoacupuntura é uma técnica da medicina tradicional chinesa baseada na teoria do microssistema do pavilhão auricular, que quando estimulados provocam uma reação no sistema neurovegetativo, órgão ou área afetada (Garcia, 2017). O objetivo do estudo em questão foi aplicar e avaliar protocolo de auriculoacupuntura como tratamento complementar em usuários do Programa Nacional de Controle ao Tabagismo (PNCT) em município da zona norte da região metropolitana do Recife, produzindo evidências sobre sua eficácia e aumento das chances de êxito do tratamento. Foi desenvolvido um estudo quantitativo, do tipo experimental e analítico, em grupo de tabagistas do município da ilha de Itamaracá. Os voluntários foram separados em 3 grupos (grupo 1: tabagistas usuários do PNCT + auriculoterapia; Grupo 2: usuários do PNCT + placebo; E grupo 3: voluntários que utilizaram unicamente a auriculoterapia como tratamento). As sessões de auriculoterapia foram realizadas semanalmente e o protocolo empregado utilizou os pontos: pulmão, ansiedade, neurastenia, rim, occipital, Shen men, vicio e boca. Foi utilizado como instrumento de mensuração o teste de Fagerström, para avaliar o grau de dependência a nicotina, sendo aplicada na primeira, quinta, décima sessão e após 30 dias de finalizadas as aplicações, de forma paralela foram realizadas abordagens educativas expositivas de cunho qualitativo, tais como rodas de conversa, palestras e oficinas para os usuários e profissionais. Participaram ao total 41 voluntários, sendo 36,6% do sexo masculino e 63,4% feminino. Por meio da análise do teste de Fagerström de forma quantitativa, os três grupos já apresentaram redução no grau de dependência à nicotina após a quinta sessão (p<0,05). O grupo 1 teve percentual de 86,7% de dependência muito baixa ou baixa, bem acima dos encontrados no grupo 2 (53,4%) e grupo 3 (36,4%). Na 10ª sessão, os resultados permaneceram favoráveis PNCT + auriculoacupuntura, sendo a diferença entre os grupos significativa (p = 0,011). Após 30 dias da última sessão, 73,3% dos indivíduos do grupo 1 pararam de fumar e 20% reduziram o consumo, comparando com os outros grupos, houve diferença estatisticamente significante (p<0,05) para ambos. O grupo 2 apresentou percentual de sucesso do tratamento de 20%, e 53,3% de redução do consumo, enquanto no grupo 3 apresentou percentual de sucesso de 18,2% e 63,6% reduziram o consumo do cigarro. Entre os grupos 2 e 3 não houve diferenças estatisticamente significantes (p = 0,870). Os indivíduos submetidos ao PNCT + auriculoacupuntura tiveram 12,3 vezes mais chance de parar de fumar quando comparado aos demais grupos. A auriculoacupuntura demostrou-se eficaz frente ao tratamento do tabagismo, obtendo os melhores resultados quando associada ao tratamento convencional preconizado pelo ministério da saúde.
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MONIQUE FERRAZ PEREIRA
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ELABORAÇÃO DE GUIA PARA DETERMINAÇÃO DE SOLVENTES RESIDUAIS EM IFA’S E PRODUTOS FARMACÊUTICOS: UM ESTUDO DE CASO DAPSONA
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Leader : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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JÚLIA MORAIS FERNANDES
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LUCAS JOSE DE ALENCAR DANDA
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Data: 29 mai 2024
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Os medicamentos são alvos da vigilância sanitária quando se trata de promover a saúde dos pacientes, e por isso, produzir produtos de qualidade, eficazes e seguros é uma preocupação das indústrias farmacêuticas, seguindo as boas práticas de fabricação dos medicamentos. O surgimento de impurezas residuais durante a síntese do produto é um dos grandes vilões do padrão de qualidade dos medicamentos. O seu monitoramento precisa de métodos analíticos capazes de identificar e quantificar essas substâncias para promover uma otimização de serviços entre os setores de controle de qualidade e produção, a fim de promover excelência na qualidade. Os solventes residuais são impurezas orgânicas voláteis, subprodutos da fabricação de medicamentos onde a sua identificado é mais eficaz em equipamentos sofisticados e de alta tecnologia. As diretrizes do ICH e os maiores órgãos compendias farmacêuticos do mundo sugerem a técnica de cromatografia gasosa para o monitoramento dos solventes residuais em produtos farmacêuticos, além de classificá-los de acordo com o risco a sua exposição diária em classe 1, 2 e 3.O objetivo do trabalho foi elaborar um guia com diretrizes para desenvolvimento de métodos analíticos para análises de solventes residuais em medicamentos baseados na farmacopeia Brasileira e Americana associado às diretrizes do ICH e também, promover um estudo de caso através da aplicação do protocolo guiado na determinação de solventes residuais do IFA dapsona. . O guia é dividido em procedimentos para amostras solúveis, insolúveis em água e na subdivisão em procedimentos tipo A, B, C e procedimentos alternativos. Os procedimentos mencionados possuem finalidades de identificação, confirmação e quantificação respectivamente. Para além disso, foi produzido um estudo de caso com a desenvolvimento de um método analítico capaz de determinar os solventes residuais do IFA’s Dapsona baseado no guia. O protocolo desenvolvido foi possível verificar a aplicabilidade do guia como documento base na elaboração dos métodos analíticos para solventes residuais em produtos farmacêuticos. O método alternativo desenvolvido foi estável, seletivo e reprodutível durante toda a corrida, sendo necessário à sua validação para a demonstração da confiabilidade dos resultados.
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KARLA GABRIELA LAPENDA DOS SANTOS MOTA SILVA
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Evolução clínica-nutricional e custos associados à utilização de nutrição parenteral por paciente adultos internados em ambiente hospitalar de referência
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Leader : DANILO CESAR GALINDO BEDOR
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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DANILO CESAR GALINDO BEDOR
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KEILA FERNANDES DOURADO
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PAULIANA VALERIA MACHADO GALVÃO
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Data: 15 juil. 2024
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Classificada como medicamento para fins nutricionais a nutrição parenteral (NP) é uma modalidade terapêutica para prevenir e tratar a desnutrição em pacientes nos quais o trato gastrointestinal não está funcionando ou em nutrição enteral inadequada. Os dois tipos de NP mais frequentes são a individualizada (NPI) e pronta para uso (NPU). É essencial avaliar para quem indicar a NP, segurança na utilização e custo-efetividade. Métodos: O estudo foi realizado em três hospitais públicos em Recife-PE. Foram incluídos, pacientes ≥ 19anos, de ambos os gêneros; coletados dados sociodemográficos, nutricionais e clínicos e custos diretos e indiretos da terapia nutricional parenteral. Resultados: Foram incluídos 73 pacientes, (69,9%) idosos, (59%) gênero masculino. Não houve diferença entre tempo de internamento, pacientes em nutrição parenteral manipulada tiveram mais alta hospitalar. O alcance da necessidade calórica foi semelhante entre os grupos, o proteico foi menor no grupo NPU 68% (p<0,05). Não houve diferença na ocorrência Infecção relacionada ao cateter. Entre as alterações bioquímicas mais significativas estavam a hipertrigliceridemia, e alterações eletrolíticas (potássio, cálcio e cloro). O custo foi maior para a NPI (R$ 463,84) vs (NPU R$342,93) ,p<0,001. Conclusão: Nossos resultados devem ser interpretados de forma cautelosa devido a limitações, entre elas as fragilidades de protocolos. Dependendo dos critérios um tipo de NP apresenta vantagens em comparação a outra, seja custo, óbitos e complicações. É importante conhecer o espaço que cada tipo de nutrição ocupa. Sugerimos que instituições invistam em estudos dessa natureza, que norteem a assistência de forma global, visando benefícios para pacientes, profissionais e instituições.
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HILTHON ALVES RAMOS
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ANÁLISE DO TEOR CLOFAZIMINA E DAPSONA EM UMA NOVA FORMA FARMACÊUTICA SÓLIDA EM DOSE FIXA COMBINADA USANDO ESPECTROSCOPIA UV-VIS E MÉTODOS QUIMIOMÉTRICOS
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Leader : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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LARISSA ARAUJO ROLIM
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SIMONE DA SILVA SIMOES
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Data: 25 juil. 2024
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A hanseníase continua sendo um desafio significativo para o sistema de saúde brasileiro, afetando especialmente populações vulneráveis e marginalizadas. Apesar dos avanços no controle da doença, a incidência de novos casos permanece alta, com milhares de diagnósticos anuais. Um dos principais obstáculos no combate à hanseníase é a disponibilidade limitada de medicamentos como Clofazimina (CLO) e Dapsona (DAP), dos quais o Brasil depende majoritariamente da importação. A ausência de uma formulação farmacêutica sólida em dose fixa combinada de CLO e DAP dificulta a adesão ao tratamento, especialmente em regiões remotas. A necessidade de uma formulação combinada que aumente a eficácia, a adesão ao tratamento e reduza custos, tornando-o mais acessível e eficiente, é evidente. Este trabalho propõe o uso de métodos analíticos de fácil manuseio e baixo custo, como a espectroscopia UV-Visível acoplada a ferramentas quimiométricas, para superar os desafios técnicos na quantificação de CLO e DAP em formulações combinadas. Modelos de calibração multivariada foram criados usando soluções padrão em misturas sintéticas de CLO e DAP, seguindo um planejamento fatorial com cinco níveis e dois fatores. Essas misturas foram utilizadas para construir e validar o modelo de calibração, empregando o algoritmo SPXY para a seleção das amostras. O conjunto de predição foi desenvolvido a partir da formulação recém-desenvolvida de CLO e DAP, junto com seus sete excipientes. A aplicação dos modelos desenvolvidas no conjunto de predição (amostras reais) demonstrou boa exatidão, refletindo a eficácia do método proposto, principalmente para o MCR-ALS com recuperações de CLO entre 95,78% e 100,37% e de DAP entre 100,54% e 104,27%. Esta abordagem oferece métodos analíticos robustos para a quantificação precisa de CLO e DAP, desempenhando um papel crucial na luta contra a hanseníase no Brasil.
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DIMITRI CARLOVICH GOUVEIA FAGUNDES
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DESENVOLVIMENTO DE HIDROGÉIS À BASE DE CARBOPOL 940® CONTENDO SISTEMAS NANOPRISMAS DE PRATA/AZUL DE METILENO PARA INATIVAÇÃO FOTODINÂMICA DE BACTÉRIAS PATOGÊNICAS
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Leader : BEATE SAEGESSER SANTOS
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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BEATE SAEGESSER SANTOS
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ADRIANA FONTES
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ANTONIO RODOLFO DE FARIA
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Data: 31 juil. 2024
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A Terapia Fotodinâmica (TFD) é uma abordagem promissora contra infecções bacterianas, baseada na interação entre um fotossensibilizador (FS), luz e oxigênio molecular. A inativação fotodinâmica (IFD) é uma estratégia eficaz contra microrganismos patogênicos, diferenciando-se da TFD pelo contexto de aplicação. Entre os FSs destaca-se o azul de metileno (AM), um corante catiônico e lipofílico. Para aumentar a eficiência do efeito fotodinâmico dos FS, destacam-se as nanopartículas metálicas. As nanopartículas de prata (AgNPs) são conhecidas por sua ação antibacteriana e antifúngica, além da propriedade de ressonância de plásmons de superfície (RPS), que permite a intensificação de sinais ópticos na interface. A resistência a múltiplos medicamentos (MDR) em patógenos nosocomiais do grupo ESKAPE tem aumentado gradualmente. Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa são especialmente relevantes e persistentes em infecções bacterianas, com diversos mecanismos de resistência que dificultam o tratamento eficaz. O objetivo geral deste estudo foi, desenvolver hidrogeis AM/AgNPs e avaliar seu uso na IFD de bactérias patogênicas. As AgNPs foram escolhidas por sua banda de plásmon em maior proximidade com o perfil espectral de absorbância do azul de metileno, a AgNPs1 possui λmáx em 642 nm, e a AgNPs2 possui λmáx em 671 nm. O potencial Zeta da AgNPs2 mostrou valores muito negativos, como ζ = - 46,7 ± 15 mV, indicando grande estabilidade coloidal. Através da microscopia eletrônica de transmissão foi possível determinas o diâmetro médio das AgNPs1 e AgNPs2, 18 ± 5 nm e 25 ± 10 nm respectivamente, e espessura média de 4 ± 1 nm. Os resultados da caracterização óptica das AM/AgNPs revelam diferenças significativas em comparação ao azul de metileno isolado. O FTIR demonstra a associação eficaz das moléculas de AM às AgNPs. Os hidrogéis desenvolvidos apresentaram estabilidade macroscópica ao longo do tempo, sem separação de fases, mesmo após a incorporação dos FSs. A maior produção de EROs pelo AM/AgNPs em comparação ao AM isolado destaca a importância da interação entre fotossensibilizadores e nanopartículas metálicas. Os hidrogéis com AM e AM/AgNPs inativam S. aureus eficazmente em concentrações de 25 e 50 µM com uma dose de luz de 2,08 J.cm⁻² em 120 segundos. Especificamente, os hidrogéis de AM/AgNPs inativam P. aeruginosa nas mesmas condições. A combinação AM/AgNPs aumenta a produção de EROS e consegue inativar bactérias resistentes como P. aeruginosa, diferente do AM isolado que não foi efetivo, resultando em inativação mais eficiente.
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MARYANE MARIA BARROS DE FARIAS FERREIRA
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ESTUDO DE DEGRADAÇÃO FORÇADA PARA FÁRMACOS DE BAIXASOLUBILIDADE: O CASO DA CLOFAZIMINA
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Leader : MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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LUCAS JOSE DE ALENCAR DANDA
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LUÍSE LOPES CHAVES
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Data: 2 août 2024
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Para o sucesso de um tratamento farmacológico, o medicamento deve ser eficaz, seguro. A estabilidade é essencial para manter essas características, evitando a perda do efeito terapêutico e a exposição a produtos tóxicos de degradação. As agências reguladoras no mundo preconizam através de diretrizes o desenvolvimento de métodos de estabilidade (MIE) que sejam seletivos para o fármaco e permitam a quantificação e identificação dos produtos de degradação (PDs). Estes métodos são desenvolvidos através de estudos de degradação forçada, onde o fármaco é submetido a condições de estresse. A Clofazimina (CLZ), fármaco usado no tratamento da hanseníase, uma doença negligenciada e endêmica na América Latina, possui uma baixa solubilidade, o que representa um grande desafio para o desenvolvimento estudos de degradação, que atestem sua qualidade. Nesse contexto, o trabalho objetivou, com auxílio de plataformas de predição in silico e ferramentas quimiométricas, obter a melhor condição de degradação para um fármaco lipofílico. Para tanto, a metodologia foi composta de três partes i. análise preditiva de degradação, na qual se encaixa a etapa de predição in silico dos PDs e rotas de degradação; ii. desenvolvimento de um desenho experimental para estabelecer a melhor condição de degradação para o fármaco; iii. estudo de degradação propriamente dito, ensaios de degradação forçada em solução, além da quantificação dos PDs por a Cromatografia Líquida de Alta Eficiência com Detector de Arranjo de Fotodiodo (CLAE-DAD). Um MIE foi desenvolvido e validado utilizando CLAE-DAD, em coluna C8 (250 x 4.6 mm, 5 µm). Além disso, a análise do PCA pode determinar qual a melhor condição para a formação de PDs em um nível de solubilidade ideal para o fármaco de modo que, houvesse consistência no balanço de massas feitos para atestar as degradações. O fármaco foi submetido à degradação alcalina, ácida e oxidativa e apresentou a formação de 6 PDs no total, podendo ser atestado pela validação do método. Assim, o método indicativo de estabilidade desenvolvido poderá ser utilizado nos estudos de estabilidade e de aperfeiçoamento farmacotécnico para fármacos com baixa solubilidade, garantindo a qualidade do medicamento distribuído.
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ALANE RAFAELA DE CARVALHO AMARAL
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Dispersões Sólidas Amorfas de Clofazimina: da Obtenção aos Perfis de Dissolução
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Leader : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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LARIZA DARLENE SANTOS ALVES
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SALVANA PRISCYLLA MANSO COSTA
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Data: 5 août 2024
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As doenças tropicais negligenciadas representam um grande desafio de saúde pública, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil. Entre essas doenças, a hanseníase se destaca pelo impacto histórico, social e econômico, além do estigma associado aos pacientes. Este estudo investiga a eficácia de diferentes métodos de obtenção de dispersão sólida contendo clofazimina, bem como a capacidade de amorfização em diferentes drug loadings, e avalia seus perfis de dissolução sob diferentes condições de pH. As dispersões sólidas amorfas dispersam molecularmente o fármaco em uma matriz polimérica na forma amorfa, sendo uma abordagem promissora para melhorar a solubilidade e, portanto, a biodisponibilidade da clofazimina. Os métodos de evaporação de solventes e quench-cooling foram explorados, e os sistemas resultantes foram caracterizados quanto à solubilidade, estado amorfo e perfis de dissolução. Os principais resultados indicam que as dispersões obtidas pelo método quench-cooling apresentaram maior taxa de dissolução e estabilidade sob condições de pH variadas em comparação ao método de evaporação de solventes. A análise espectroscópica de infravermelho e de difração de raios-X confirmou a dispersão amorfa da clofazimina na matriz polimérica, enquanto os ensaios de dissolução demonstraram um aumento significativo na solubilidade da clofazimina. Para as dispersões obtidas pelo método quench-cooling em pH 1,2, os sistemas de HPMCP com 10% e 50% apresentaram Cmáx de 22,9 e 21,9 μg/mL, respectivamente. No pH 6,8, os mesmos sistemas mostraram Cmáx de 191,7 e 89,9 μg/mL, respectivamente. As DSAs de Soluplus com 10% e 30% de drug loadings apresentaram Cmáx de 30,8 e 28,4 μg/mL em pH 1,2, e 102,9 μg/mL e 119,7 μg/mL em pH 6,8. Os perfis de dissolução mostraram que, em pH 1,2, as dispersões de HPMCP e clofazimina possuem uma liberação mais lenta e sustentada, enquanto os sistemas com Soluplus apresentaram liberação imediata. Em pH 6,8, as dispersões de HPMCP mostraram alta solubilidade inicial seguida de queda nas concentrações, indicando precipitação do fármaco. Os sistemas obtidos pelo método de evaporação de solventes apresentaram perfis de solubilidade semelhantes aos sistemas obtidos por quench-cooling em pH 1,2. No entanto, em pH 6,8, os valores de AUC foram menores, sugerindo que o método quench-cooling resulta em melhores parâmetros de dissolução. Esses dados sugerem que o método quench-cooling, em geral, resulta em melhores parâmetros de dissolução quando comparado ao método de evaporação de solventes, especialmente em termos de Cmáx e AUC.
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BRUNA FERNANDA DE LIMA ARRUDA HOLANDA
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NANOPARTÍCULAS DE POLI (ε-CAPROLACTONA) CARREGADAS COM RESVERATROL PARA TRATAMENTO DO CÂNCER DE MAMA: PLANEJAMENTO E AVALIAÇÃO PRÉ-CLÍNICA
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Leader : PEDRO JOSE ROLIM NETO
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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THAYSE SILVA MEDEIROS
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JOANDRA MAÍSA DA SILVA LEITE
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PEDRO JOSE ROLIM NETO
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Data: 7 août 2024
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O resveratrol tem sido estudado devido ao seu potencial antineoplásico in vitro, especialmente contra linhagens de câncer de mama em sinergismo com tratamentos convencionais. No entanto, é classificado como classe II pelo sistema de classificação biofarmacêutica, apresentando baixa solubilidade, instabilidade e intenso metabolismo. Visando resolver esses problemas, este trabalho objetivou obter, caracterizar e avaliar a liberação de sistemas de resveratrol com estrutura em escala nanométrica. Foi validado um método de quantificação do resveratrol por espectroscopia de absorção na região do ultravioleta-visível (UV-Vis) para o doseamento dos sistemas. Os sistemas foram obtidos pelo método de nanoprecipitação e emulsão com evaporação de solvente para obter nanoesferas e nanocápsulas, respectivamente. As caracterizações foram realizadas por UV-Vis, espectroscopia de absorção na região do infravermelho com transformada de Fourier (FTIR), difratometria de raios-X (DRX), calorimetria exploratória diferencial (DSC) e microscopia eletrônica de varredura por transmissão (STEM) para avaliar a formação dos sistemas. Ensaios de liberação in vitro nas condições sink em diferentes pHs evidenciaram o perfil de liberação do resveratrol dos nanosistemas. As nanoesferas apresentaram 73,23% e as nanocápsulas 86,57% de eficiência de encapsulamento. O DRX mostrou significativa redução na cristalinidade do fármaco, confirmada pelo STEM e pelo DSC, juntamente com as demais análises que corroboraram a formação das nanopartículas. Nos estudos de liberação nas condições sink, as nanoesferas liberaram em torno de 52% de resveratrol em 48 horas, enquanto as nanocápsulas liberaram cerca de 73% do fármaco incorporado nas 48 horas analisadas. Além disso, os resultados dos ensaios de MTT com células MCF-7 demonstraram a eficácia das nanopartículas. As células foram expostas a diferentes concentrações de resveratrol encapsulado em nanoesferas e nanocápsulas, bem como ao resveratrol livre. Após 48 horas de incubação, as nanopartículas contendo resveratrol apresentaram uma redução significativa na viabilidade celular comparada ao resveratrol livre, indicando um potencial maior para induzir citotoxicidade nas células cancerígenas. Dessa forma, obtiveram-se nanopartículas capazes de melhorar as limitações de solubilidade do resveratrol, com melhores taxas de dissolução, modulação de liberação e eficácia em ensaios biológicos in vitro.
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RENATA VITORIA DA SILVA SOBRAL
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CARACTERIZAÇÃO BIOQUÍMICA E ESTUDO DA ATIVIDADE FIBRINOLÍTICA DE UMA ENZIMA TROMBOLÍTICA PRODUZIDA POR Bacillus megaterium (IPA-CC65) ISOLADO DA CANA DE AÇÚCAR
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Leader : ANA CRISTINA LIMA LEITE
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ANIBIA VICENTE DA SILVA
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ANA CRISTINA LIMA LEITE
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VIVIANE DO NASCIMENTO E SILVA ALENCAR
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Data: 12 août 2024
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Doenças cardiovasculares são responsáveis pela maioria das mortes no mundo, causadas pela formação de coágulos sanguíneos em artérias ou vasos. As terapias convencionais apresentam alguns efeitos indesejáveis, então surgem como alternativa para tratamento as enzimas trombolíticas, que degradam a fibrina, principal componente dos coágulos. Elas atuam de forma semelhante a plasmina, e são encontradas em diversas fontes, como bactérias. Este trabalho objetivou obter, caracterizar bioquimicamente e analisar a atividade fibrinogenolítica de uma enzima trombolítica produzida por Bacillus megaterium (IPA-CC65) isolado da cana de açúcar. A enzima foi produzida utilizando fermentação submersa em um meio de cultura modificado e pré-purificada utilizando um sistema de duas fases aquosas (SDFA) com polietilenoglicol (PEG) e fosfato de sódio. Também foi realizada sua caracterização bioquímica, analisando o efeito da temperatura e pH na atividade e estabilidade da enzima, efeito de inibidores e íons na atividade proteásica, SDS-PAGE, zimograma de fibrina, atividade fibrinogenolítica e degradação trombolítica in vitro. O período de fermentação ideal para sua produção foi de 72 horas com uma atividade de 21,82 U/mL, sendo possível observar que a enzima foi particionada para a fase rica em PEG no SDFA. A enzima pré-purificada demonstrou atividade ótima a 50 °C e no pH 10, sugerindo que é uma protease alcalina. Além disso, foi observado que esta é sensível a íons metálicos, especialmente ao manganês, com uma atividade residual de 242,30% e, também, que foi inibida pelo fenilmetilsulfonil fluoreto (PMSF). Indicando assim, seu pertencimento à classe das serino proteases. Sua massa molecular foi de aproximadamente 150 kDa, observando-se também sua atividade sobre o zimograma de fibrina. A enzima demonstrou atividade trombolítica in vitro e degradou a cadeia Aα, Bβ e γ do fibrinogênio em poucos minutos. Essas descobertas evidenciam o potencial dessa protease como possível candidata para o desenvolvimento de novas terapias trombolíticas, sendo o próximo passo a avaliação de seu efeito em organismos vivos em novos estudos.
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JOYCE CRISTINA DA SILVA
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Desenvolvimento de hidrogel à base de extratos e frações das folhas de Croton blanchetianus Baill e avaliação da atividade antifúngica frente a fungos do gênero Sporothrix spp.
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Leader : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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CLOVIS MACEDO BEZERRA FILHO
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JANAINA CARLA BARBOSA MACHADO
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LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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Data: 27 août 2024
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A utilização de plantas medicinais é uma das formas mais antigas das práticas tradicionais. C. blanchetianus Baill, é conhecida como “marmeleiro preto”; é endêmica do Brasil, com ocorrência na Caatinga. É rica em metabólitos secundários como alcaloides, flavonoides e terpenóides que conferem propriedades terapêuticas. Diante da resistência antimicrobiana e do potencial das plantas no descobrimento de novas moléculas como antifungos naturais, o trabalho tem como objetivo desenvolver e avaliar um hidrogel a base de extrato e frações das folhas de C. blanchetianus e avaliar sua atividade antifúngica. As folhas foram coletadas em Bom Jardim-PE, secas em estufa (40 °C) e pulverizadas em moinho de facas. As análises físico-químicas foram realizadas de acordo com a FB. O perfil fitoquímicos foi determinado através da triagem dos metabólitos secundários. O extrato foi obtido por turbólise 10% (p/v), e a mistura acetona e água (7:3 v/v) como solvente extrator. Através de um planejamento de misturas, foi realizada a secagem por spray dryer, averiguando a influência dos adjuvantes de secagem, dióxido de silício coloidal, celulose 102 e croscarmelose sódica, e suas misturas binárias e terciárias. Os extratos secos por aspersão (ESAs) obtidos foram caracterizados quanto as suas características tecnológicas e físico-químicas, teor de polifenóis (TPT) e flavonoides (TFT). Para o desenvolvimento e caracterização das formulações, foi realizada uma análise preliminar entre 3 diferentes polímeros, utilizando Hidroxietilcelulose, goma xantana e polyquaternium – 37, e suas misturas binárias e terciárias, a fim de verificar suas características em um período de 15 dias de análise, avaliando características macroscópicas, pH, condutividade e viscosidade. Após análise dos resultados, o polímero escolhido foi submetido a uma otimização na sua concentração (1%, 1,5% e 2%) e adição de dois conservantes, o Spectrastat e o Sorbato de potássio, a fim de verificar a influência da concentração e presença dos conservantes no perfil do polímero obtido anteriormente. Foram realizadas análises nos dias 1, 7 e 15, avaliando os testes descritos acima, e inserindo a avaliação da espalhabilidade. Após determinação das melhores formulações, foram produzidas novas, denominadas de FBsC, FBcC e FIExt. Os componentes das formulações foram submetidos análise de compatibilidade por FTIR, ciclo gelo/degelo e resistência à centrifugação. As novas formulações foram submetidas a estabilidade acelerada, armazenadas em três diferentes temperaturas (25, 4, e 40°C) e avaliadas por 180 dias, com os parâmetros https://mail.google.com/mail/u/0/? k=646a2db887&view=pt&search=all&permthid=thread-f:1807022182329190618&simpl=msg-f:1807022182329… 1/3 15/08/24, 13:50 E-mail de Universidade Federal de Pernambuco - Ficha de indicação de banca descritos acima, somados a avaliação da perda de peso e teor dos marcadores. A atividade antifúngica do ESA, FAe, FHe, FAq e FIExt foi investigada através da susceptibilidade antifúngica in vitro frente a cepas de Sporothrix sp. O material vegetal apresentou as análises físico-químicas dentro dos valores recomendados pela Farmacopeia Brasileira. O perfil por CCD evidenciou a presença de flavonoides, derivados cinâmicos e taninos condensados. Baseado no TPT e TFT, Aerosil e celulose apresentaram os melhores resultados. Na análise preliminar polyquaternium – 37 ganhou destaque, e durante a otimização, a formulação com 2% do polímero e utilizando Sorbato, foi quem apresentou melhor estabilidade. Na análise de FTIR os componentes não apresentaram incompatibilidade, assim como no ciclo gelo/degelo. As formulações armazenadas a 4°C apresentaram melhor estabilidade em todas as análises realizadas. O potencial antifúngico do extrato, frações e hidrogel foram evidenciados apresentando resultados bastante promissores. Palavras-chave: Croton blanchetianus. Formulações tópicas. Estabilidade. Sporothrix sp. A utilização de plantas medicinais é uma das formas mais antigas das práticas tradicionais. C. blanchetianus Baill, é conhecida como “marmeleiro preto”; é endêmica do Brasil, com ocorrência na Caatinga. É rica em metabólitos secundários como alcalóides, flavonoides e terpenóides que conferem propriedades terapêuticas. Diante da resistência antimicrobiana e do potencial das plantas no descobrimento de novas moléculas como antifúngicos naturais, o trabalho tem como objetivo desenvolver e avaliar um hidrogel a base de extrato e frações das folhas de C. blanchetianus e avaliar sua atividade antifúngica. As folhas foram coletadas em Bom Jardim-PE, secas em estufa (40 °C) e pulverizadas em moinho de facas. As análises físico-químicas foram realizadas de acordo com a FB. O perfil fitoquímico foi determinado através da triagem dos metabólitos secundários. O extrato foi obtido por turbólise 10% (p/v), e a mistura acetona e água (7:3 v/v) como solvente extrator. Através de um planejamento de misturas, foi realizada a secagem por spray dryer, averiguando a influência dos adjuvantes de secagem, dióxido de silício coloidal, celulose 102 e croscarmelose sódica, e suas misturas binárias e ternárias. Os extratos secos por aspersão (ESAs) obtidos foram caracterizados quanto às suas características tecnológicas e físico-químicas, teor de polifenóis (TPT) e flavonoides (TFT). Para o desenvolvimento e caracterização das formulações, foi realizada uma análise preliminar entre 3 diferentes polímeros, utilizando Hidroxietilcelulose, goma xantana e polyquaternium – 37, e suas misturas binárias e ternárias, a fim de verificar suas características em um período de 15 dias de análise, avaliando características macroscópicas, pH, condutividade e viscosidade. Após análise dos resultados, o polímero escolhido foi submetido a uma otimização na sua concentração (1%, 1,5% e 2%) e adição de dois conservantes, o Spectrastat e o Sorbato de potássio, a fim de verificar a influência da concentração e presença dos conservantes no perfil do polímero obtido anteriormente. Foram realizadas análises nos dias 1, 7 e 15, avaliando os testes descritos acima, e inserindo a avaliação da espalhabilidade. Após determinação das melhores formulações, foram produzidas novas, denominadas de FBsC, FBcC e FIExt. Os componentes das formulações foram submetidos à análise de compatibilidade por FTIR, ciclo gelo/degelo e resistência à centrifugação. As novas formulações foram submetidas a estabilidade acelerada, armazenadas em três diferentes temperaturas (25, 4, e 40°C) e avaliadas por 180 dias, com os parâmetros https://mail.google.com/mail/u/0/?ik=646a2db887&view=pt&search=all&permthid=thread-f:1807022182329190618&simpl=msg-f:1807022182329… 2/3 15/08/24, 13:50 E-mail de Universidade Federal de Pernambuco - Ficha de indicação de banca descritos acima, somados a avaliação da perda de peso e teor dos marcadores. A atividade antifúngica do ESA, FAe, FHe, FAq e FIExt foi investigada através da susceptibilidade antifúngica in vitro frente a cepas de Sporothrix sp. O material vegetal apresentou as análises físico-químicas dentro dos valores recomendados pela Farmacopeia Brasileira. O perfil por CCD evidenciou a presença de flavonoides, derivados cinâmicos e taninos condensados. Baseado no TPT e TFT, Aerosil e celulose apresentaram os melhores resultados. Na análise preliminar polyquaternium – 37 ganhou destaque, e durante a otimização, a formulação com 2% do polímero e utilizando Sorbato, foi quem apresentou melhor estabilidade. Na análise de FTIR os componentes não apresentaram incompatibilidade, assim como no ciclo gelo/degelo. As formulações armazenadas a 4°C apresentaram melhor estabilidade em todas as análises realizadas. O potencial antifúngico do extrato, frações e hidrogel foram evidenciados apresentando resultados bastante promissores.
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ELAYNE RAYANE DINIZ MELO
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Avaliação do perfil fitoquímico e potencial anticancer dos extratos de Miconia hypoleuca (Benth.) Triana
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Leader : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ANDREA LOPES BANDEIRA DELMIRO SANTANA
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MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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Data: 30 sept. 2024
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As plantas medicinais são fontes ricas de compostos bioativos, frequentemente investigados como potenciais candidatos para o desenvolvimento de novos fármacos, com destaque para aqueles com atividade anticâncer. Considerando a relevância do gênero Miconia e as propriedades farmacológicas previamente relatadas para diversas espécies deste gênero, o presente estudo visou analisar o perfil fitoquímico e o potencial anticâncer de Miconia hypoleuca (Benth.) Triana. Para isso, foram realizados extratos hexânico (Hex), acetato de etila (AcOEt) e metanólico (MeOH) por maceração e seus perfis químicos foram analisados por Cromatografia Gasosa acoplada à Espectrometria de Massas (CG-EM) e por Cromatografia Líquida de Ultra Eficiência acoplada à Espectrometria de Massas de Alta Resolução (CLUE-EM) de acordo com suas respectivas polaridades químicas. A citotoxicidade de cada extrato foi determinada utilizando o método do MTT [brometo de 3-(4,5-dimetiltiazol-2-il)-2,5-difeniltetrazólio] em culturas celulares: MCF-7 (câncer de mama), NCIH-292 (carcinoma de pulmão), HL-60 (leucemia promielocítica aguda), Vero (células renais de macaco) e PBMC (células mononucleares do sangue periférico). Para os extratos com maior atividade, foi realizada a caracterização da via de morte celular por meio da análise da morfologia celular e da identificação do tipo de morte (necrose ou apoptose) mediante marcação dupla com anexina V e iodeto de propídeo, além da avaliação do potencial transmembrânico mitocondrial. Como resultado foi observado que os extratos hexânico, acetato de etila e metanol demonstraram atividade promissora frente à linhagem HL-60, com valores de CI50 variando de 27,21 μg/mL para o extrato hexânico, 8,34 μg/mL para o extrato de acetato de etila e 14,61 μg/mL para o extrato metanólico. Em termos de citotoxicidade, a linhagem celular Vero apresentou um CI50 superior a 50 μg/mL, enquanto a linhagem PBMC teve um CI50 superior a 200 μg/mL. Esses dados evidenciaram um efeito antiproliferativo e seletivo, particularmente para os extratos de acetato e metanol. Portanto, somente estes extratos foram submetidos à análise da via de morte celular e do ciclo celular. Os resultados indicaram que ambos os extratos induziram apoptose tardia nas linhagens HL-60, conforme observado pelos testes de marcação dupla com anexina V e iodeto de propídeo e pelas análises morfológicas. A composição química dos extratos de Miconia hypoleuca revelou uma associação positiva com compostos fenólicos, especialmente flavonoides, presentes na amostra. Os achados corroboram com os metabólitos encontrados em outras espécies do gênero Miconia e na família Melastomataceae. Destaca-se que a fração acetato, obtida das folhas de M. hypoleuca foi particularmente rica em flavonoides, uma classe de compostos tradicionalmente associada a diversas atividades biológicas. Os resultados sugerem que Miconia hypoleuca tem potencial para ser um candidato promissor na descoberta e desenvolvimento de novos fármacos com atividade antineoplásica. No entanto, são necessárias avaliações adicionais dos mecanismos moleculares e bioquímicos envolvidos na resposta antiproliferativa e citotóxica, bem como testes in vivo para determinar a toxicidade e o potencial anticâncer em modelos animais.
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AMANDA CORREIA DA SILVA BARROS
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Obtenção e Caracterização físico-química de Extratos Secos de Parkinsonia aculeata por Diferentes Métodos de Secagem
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Leader : ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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LAYSA CREUSA PAES BARRETO BARROS SILVA
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LIDIANY DA PAIXAO SIQUEIRA
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ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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Data: 29 oct. 2024
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A demanda por medicamentos fitoterápicos está crescendo, refletindo o interesse global por terapias naturais. Esse aumento impulsiona a validação de benefícios à saúde e a criação de normas rigorosas de qualidade. Entre as plantas medicinais, Parkinsonia aculeata, ou "turco", destaca-se por suas propriedades no tratamento de doenças inflamatórias e metabólicas, como a resistência insulínica. Técnicas de secagem são essenciais para preservar compostos bioativos e aumentar a estabilidade dos extratos. Nesse contexto, o presente trabalho objetivou obter e caracterizar físico-quimicamente extratos secos, de Parkinsonia aculeata por diferentes métodos de secagem. Assim, realizou-se a caracterização físico-química da droga vegetal, do extrato hidroalcóolico e extratos secos obtidos por diferentes métodos (liofilização, spray dryer e estufa de circulação) conforme Farmacopeia Brasileira (FB) 6a edição. As metodologias empregadas incluíram a determinação de matéria estranha, análise granulométrica, perda por dessecação, cinzas totais e sulfatadas, análise fitoquímica, pH, densidade relativa, resíduo seco, microscopia eletrônica de varredura, análise de tamanho de partícula, porosidade e análise termogravimétrica. Os resultados obtidos para a droga e solução extrativa foram todos satisfatórios. Através da cromatografia de alta eficiência foi possível identificar luteolina em todos os extratos analisados, um composto amplamente estudado por suas propriedades farmacológicas, especialmente no tratamento de diabetes e resistência insulínica. Os resultados obtidos foram essenciais para validar a qualidade e segurança da droga vegetal, mostrando que tanto o material vegetal quanto os extratos fluido e secos de Parkinsonia aculeata atendem aos parâmetros de controle de qualidade físico-químicos estabelecidos pela farmacopeia, garantindo sua adequação para o desenvolvimento de um produto fitoterápico.
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Thèses |
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DANIEL CHARLES DOS SANTOS MACEDO
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AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE LIPOSSOMAS CONTENDO ÁCIDO ÚSNICO E REVESTIDO COM FUCANA FRENTE À Klebsiella pneumoniae E AVALIAÇÃO DA NANOTOXICIDADE UTILIZANDO O MODELO ALTERNATIVO IN VIVO Caenorhabditis elegans
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Leader : NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
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BEATE SAEGESSER SANTOS
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CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
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IDJANE SANTANA DE OLIVEIRA
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NOEMIA PEREIRA DA SILVA SANTOS
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Data: 22 févr. 2024
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Dentre os agentes etiológicos da pneumonia, destaca-se a Klebsiella pneumoniae (K. pneumoniae), bactéria gram-negativa, produtora de biofilme e resistente a beta-lactâmicos e carbapenêmicos. Ativos antimicrobianos têm sido explorados, a exemplo do ácido úsnico (AU), o qual possui ampla atividade antibacteriana. No entanto, o AU apresenta baixa solubilidade em água, cardiotoxicidade e hepatotoxicidade, limitando sua utilização na forma livre. Assim, a encapsulação deste fármaco em nanocarreadores, como os lipossomas, por exemplo, pode reduzir sua toxicidade. Ademais, a inserção de moléculas na superfície dos lipossomas, como a fucana (Fuc), favorece o direcionamento dos nanocarreadores para o sítio de infecção da pneumonia. Apesar das vantagens da nanotecnologia, a avaliação da toxicidade in vivo dos nanossistemas é de suma importância, uma vez que comprova a segurança das formulações. Assim, modelos in vivo alternativos têm sido propostos, como por exemplo, o Caenorhabditis elegans (C. elegans). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ingestão e a toxicidade de lipossomas contendo ácido úsnico e revestidos com fucana (AU-Lipo-Fuc), utilizando como modelo in vivo C. elegans. AU-Lipo-Fuc foram obtidos pelo método de hidratação do filme lipídico e caracterizados através de tamanho médio de vesículas (TP), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (ζ) e eficiência de encapsulação (EE%). A fim de avaliar a ingestão das formulações, 100 vermes no estágio L4 foram expostos aos lipossomas marcados com rodamina-B (Lipo-Rod) e analisados por microscopia de fluorescência. Para avaliação da toxicidade, vermes L4 foram expostos a diferentes concentrações de lipossomas contendo AU (Lipo-AU), AU-Lipo-Fuc (1; 2; 3; 4 e 5 μg/mL), e concentrações equivalentes de Lipo e lipossomas revestidos com fucana (Lipo-Fuc) (1,8; 3,6; 5,4; 7,2; 9 μM), durante 24 h e em seguida determinados os parâmetros CL50, batimento faríngeo, ovo-produção e ovo-posição dos vermes. O tamanho dos Lipo-AU, Lipo-Fuc e AU-Lipo-Fuc (120,9 ± 0,8; 241,2 ± 41,1 e 1441,6 ± 341,4 nm, respectivamente) foi maior que Lipo (104,8 ± 0,9 nm). Todas as formulações apresentaram PDI abaixo de 1 e aquelas contendo AU apresentaram EE% > 97%. Após 24h, a fluorescência mostrou que Lipo-Rod estiveram distribuídos através do tubo intestinal dos vermes, evidenciando a efetiva ingestão do nanocarreador. Após 24 h de exposição, houve 100% de sobrevivência, sem alteração do batimento faríngeo, resultados que evidenciam ausência de nanotoxicidade das formulações. Além disso, os resultados de ovo-produção e ovo-posição revelam, respectivamente, que as diferentes formulações não alteraram a biossíntese de vitelogenina, responsável pela produção de ovos pelo verme, nem provocaram a senescência do sistema reprodutor, uma vez que não houve a formação de “worm bags”, termo que designa a retenção dos ovos no útero do verme. Análises de sobrevivência, desenvolvimento, comportamento e reprodução do C. elegans são parâmetros sensíveis para avaliar a toxicidade causada por nanossistemas. Assim, os resultados aqui expressos evidenciam, preliminarmente, a segurança in vivo de AU-Lipo-Fuc para possível tratamento de infecções provocadas pela K. pneumoniae.
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VICTOR HUGO BARBOSA DOS SANTOS
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EFEITOS DO BACILLUS CEREUS SOBRE A ESQUISTOSSOMOSE MANSONI: ESTUDO DA RESPOSTA IMUNOLOGICA E ALTERAÇÕES INTESTINAIS
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Leader : MONICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
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MARIA BERNADETE DE SOUSA MAIA
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MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
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MONICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE
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ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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Data: 28 févr. 2024
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Segundo a Organização Mundial da Saúde, a esquistossomose é uma doença parasitária e endêmica, a qual é relatada em 78 países tropicais e subtropicais. No entanto, a quimioterapia preventiva é recomendada em 54 países com registros de transmissão moderada e alta. Estima-se que mais de 240 milhões de pessoas estejam infectadas e mais de 700 milhões habitam em áreas de alto risco. Atualmente, o tratamento para esquistossomose é por meio do quimioterápico Praziquantel (PZQ), um derivado pirazinoisoquinolona. Apesar da sua eficácia, o PZQ apresenta limitações. Os probióticos são definidos como “Microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas, conferem um benefício ao hospedeiro”. Como a participação do metabolismo de vitaminas (cobalamina, biotina e tiamina), metabolismo de carboidratos, lipídeos, ácidos graxos de cadeia curta, ácidos orgânicos, imunomodulação e competição por sítios nos enterócitos. O presente estudo teve como objetivo avaliar os efeitos do Bacillus cereus (GM) sobre a resposta imunológica e as alterações intestinais na esquistossomose mansoni experimental aguda. O estudo foi realizado utilizando 50 camundongos fêmeas Swiss Webster e dividido em 5 grupos: Grupo 1 (Controle não infectado recebendo veículo), Grupo 2 (Controle não infectado recebendo B. cereus (GM), Grupo 3 (Profilático, tratado com B. cereus (GM) 15 dias antes da infecção), Grupo 4 (Terapêutico, tratado após 35 dias de infecção com B. cereus (GM), Grupo 5 (Controle infectado recebendo veículo). Os esporos de Bacillus cereus (GM) foram obtidos a partir do produto comercial Biovicerin®. Os esporos foram calibrados para uma concentração final de 106UFC/mL e administrados num volume de 0,3 mL via gavagem. Os camundongos (n=30), previamente anestesiados, foram submetidos à infecção via per cutânea com uma suspensão cercariana contendo em média 50 cercárias de Schistosoma mansoni (Cepa BH). Após 90 dias, os animais foram anestesiados para coleta da amostra sanguínea e remoção de forma asséptica do baço e cultura dos esplenócitos para coleta do sobrenadante. A perfusão foi realizada para recuperação e contagem da carga parasitária. Fezes do intestino delgado foram coletadas para a realização da cultura e contagem das Unidades Formadoras de Colônias. Fragmentos do intestino e fígado foram coletadas para análise do oograma, digestão hepática e histologia. A redução da carga parasitária foi de 43,36% e 25,18% nos grupos 3 (profilático) e 4 (terapêutico), já de vermes fêmeas foi de 48,82% e 29,13%, respectivamente. Quanto aos ovos retidos no fígado, houve redução em 57,51% e 56,23% no grupo 3 e 4, respectivamente. O oograma não apresentou diferença significativa, no entanto houve alteração no padrão de oviposição. O B. cereus (GM) proporcionou a manutenção da massa corporal nos grupos infectados, enquanto no controle infectado houve perda gradativa. Sendo assim, a administração do Bacillus cereus (GM) proporciona benefícios no quadro infeccioso por Schistosoma mansoni (Cepa BH), em especial, quando ingeridos antes da infecção.
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JANAINA CARLA BARBOSA MACHADO
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Estudo químico, avaliação biológica e desenvolvimento tecnológico de comprimidos a partir das folhas de P. granatum.
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Leader : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ARNOBIO ANTONIO DA SILVA JUNIOR
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BOLÍVAR PONCIANO GOULART DE LIMA DAMASCENO
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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TERESINHA GONCALVES DA SILVA
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Data: 29 févr. 2024
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A utilização de insumos vegetais como matéria prima para produção de medicamentos apresenta diversos desafios. Entre eles destacam-se diversas fontes de variabilidade, que permeiam desde o cultivo da matéria prima vegetal até o desenvolvimento do produto acabado. Algumas estratégias podem ser aplicadas para minimizar o impacto das fontes de variações, entre as quais estão: conhecer as principais características do material a ser utilizado, e estabelecer a padronização dos materiais, processos e produtos envolvidos na cadeia produtiva. Nesse sentido, o propósito do presente trabalho foi a caracterização química e biológica das folhas P. granatum com foco no desenvolvimento de comprimidos. Para tanto, um estudo sistemático foi conduzido para análise do material vegetal das folhas de P. granatum, iniciando pela caracterização físico-química; seguindo pelo desenvolvimento analítico, e, por fim, obtenção de produtos secos aptos a compressão. A caracterização físico-química resultou no estabelecimento do tamanho de partículas médio (290µm ± 12µm); do teor máximo de água (9,30 ± 0,98%), do teor máximo de cinzas (6,60 ± 0,15%), e o perfil químico revelou a presença de açúcares redutores, taninos hidrolisáveis, terpenos e flavonoides. Os métodos de quantificação por espectrofotometria e cromatografia líquida foram validados, apresentando adequabilidade e reprodutibilidade para quantificação de polifenóis totais (TPT=17,66 ± 2,40g%); de taninos totais (TTT = 13,63 ± 3,00g%), de flavonoides totais (TFT = 4,02 ± 0,62g%), e de marcadores na MPV (ác. elágico = 0,45 ± 0,03 mg/g; ác. gálico = 0,22 ± 0,05 mg/g e flavonoide = 0,35 ± 0,08 mg/g). A solução extrativa apresentou as seguintes características: densidade = 0,9517 ± 0,032g/cm3; pH = 4,83 ± 0,14; resíduo seco =2,19 ± 0,10%; e TTT = 13,24 ± 1,39g%. Considerando a secagem da solução extrativa, a secagem por aspersão foi eficiente para obter produtos secos com elevada estabilidade física e química, bem como melhores propriedades tecnológicas: fator de Hauser (FH) =1,43 ± 0,16, índice de Carr (IC) = 31,85 ± 0,80% e ângulo de repouso (AR) = 32,0 ± 0,34° empregando 150°C e fluxo de alimentação 0,6 L/h, com a mistura de adjuvantes lactose:aerosil:goma xantana (5,0:3,5:1,5). O produto seco foi granulado por via seca em compressora alternativa, utilizando 0,5% de agente lubrificante. Os compactos obtidos a partir dos grânulos do produto seco apresentaram baixa variação de peso e reduzida friabilidade (0,09%), dureza adequada (126,34 N) e que não interfere na capacidade de desintegração (12:02 min) dos mesmos. Os estudos in vitro demonstraram a capacidade em eliminar radicais livres e ação antifúngica do extrato e frações. Dessa forma, os resultados alcançados até o momento sugerem que o emprego das folhas de P. granatum como insumo ativo vegetal para o desenvolvimento de comprimidos apresentam viabilidade química, biológica e tecnológica, e poderá ampliar o leque de materiais vegetais com potencial terapêutico, bem como, fornecendo dados de especificações da matéria prima, produtos intermediários e acabado, métodos de controle de qualidade e processos de transformações para adequar o insumo vegetal à produção de formas sólidas com a qualidade necessária.
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CAIO CEZAR OLIVEIRA DE LUCENA
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Estudo Fitoquímico bioguiado de Zanthoxylum gardneri Engl. (Rutaceae) – Pau d’óia
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Leader : RAFAEL MATOS XIMENES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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RAFAEL CARLOS FERREIRA
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CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
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IASMINE ANDREZA BASILIO DOS SANTOS ALVES
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IVANA MARIA FECHINE
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IVONE ANTONIA DE SOUZA
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Data: 29 févr. 2024
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No semiárido brasileiro, o bioma Cerrado recebe destaque pela grande diversidade e endemismo de espécies vegetais características de suas diferentes áreas fitofisionômicas. Além disso, comunidades que vivem nessa região fazem uso medicinal de várias plantas desse bioma, uma vez que suas espécies são potencialmente ricas em propriedades curativas, as quais podem ser utilizadas como fontes de novas substâncias bioativas para o desenvolvimento direto ou indireto de novos medicamentos. Assim, se faz necessário a valorização do conhecimento químico das espécies dessa região, uma vez que seus representantes ainda são pouco estudados acerca da ação bioativa de suas moléculas. Espécies do gênero Zanthoxylum são amplamente utilizadas na medicina popular, principalmente a casca do caule, para dores de dente, febre, infecção, inflamação, problemas estomacais, diabetes, como antiofídica, antitumoral, entre outros. Quimicamente, este gênero é caracterizado pela presença de alcaloides com núcleo benzilisoquinolínico e aporfínico, cumarinas, lignanas, amidas e flavonoides, sendo também comum a presença de óleo essencial nas suas espécies. Estes constituintes conferem a estas espécies diversas atividades farmacológicas, tais como antitumoral, antimicrobiana, antifúngica, anti-inflamatória, antinoceptiva, inseticida e anti-helmíntica. Zanthoxylum gardneri Engl. é uma arvore popularmente conhecida como pau d’óia, laranjinha ou catuaba-de-espinho, encontrada em regiões de carrasco e cerrado dentro do domínio fitogeográfico da Caatinga, como no município de Exu (PE), sendo sua presença representativa no Ceará, principalmente na Chapada do Araripe. Em alguns estudos etnobotânicos da região, a planta é citada como anti-inflamatória e cicatrizante. Porém, não existe nenhum trabalho na literatura sobre as atividades farmacológicas desta espécie. Diante do amplo arsenal de substâncias bioativas na família Rutaceae e no gênero Zanthoxylum, observa-se a necessidade de um maior conhecimento químico e farmacológico a respeito de Z. gardneri, por meio de estudos pelo isolamento bioguiado, caracterização estrutural e determinação da atividade biológica dos metabólitos secundários desta espécie. Assim, estudos sobre o potencial químico e farmacológico das espécies medicinais presentes no Nordeste brasileiro podem contribuir não só para a valorização ecológica dessa região fitogeográfica, mas também para a seleção de espécies para bioprospecção de novas moléculas, com retorno para a conservação da biodiversidade vegetal.
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ANA ROSA BRISSANT DE ANDRADE LUSTOSA
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APLICAÇÃO DE TÉCNICAS IN VITRO E IN VIVO PARA QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE DIMETOATO COMO ESTRATÉGIA PARA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE TRABALHADORES ENVOLVIDOS NA AGRICULTURA FAMILIAR
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Leader : LEILA BASTOS LEAL
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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OCTAVIO AUGUSTO FRANCA PRESGRAVE
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DAVI PEREIRA DE SANTANA
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FERNANDO JOSE MALAGUENO DE SANTANA
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JEYMESSON RAPHAEL CARDOSO VIEIRA
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LEILA BASTOS LEAL
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Data: 7 mars 2024
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Os agrotóxicos são substâncias empregadas na agricultura para proteger as plantas contra pragas e promover um alto rendimento das culturas e seus derivados. No entanto, o contato dos trabalhadores rurais com estes produtos, primariamente através da pele, da via inalatória e da mucosa ocular, pode expô-los a inúmeros riscos à saúde, como irritação dérmica, parestesia alterações nos sistemas cardiovascular, respiratório, alterações hematológicas e reações alérgicas. Sendo assim, este trabalho busca avaliar a exposição dérmica (ED) ao Dimetoato de trabalhadores agrícolas, após 4 horas de aplicação rotineira em plantação de limão, e de forma complementar, avaliar a concentração em saliva, mucosa nasal e fluido lacrimal. Ao mesmo tempo, tem como onjetivo realizar e avaliar permeações in vitro de dimetoato através de mucosas esofágica, sublingual, jugal e nasal de porco, peles humana, de porco e rato, utilizando células de difusão vertical e horizontal. No estudo in vivo, a metodologia empregada para a retirada do estrato córneo (EC) foi o tape-stripping, associado a dosagem dos agrotóxicos nos patches de algodão aderidos asvestimentas dos trabalhadores. O doseamento foi realizado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à espectrometria de massas. No estudo in vivo, a média de dimetoato obtida para ED foi de 342,19 ± 487,14 mg/dia, a porcentagem de dose tóxica por hora foi maior que os demais agrotóxicos, e os fatores de penetração no EC variaram entre 0,5-14,81 e 0,05-53,96% para nuca e braços, respectivamente. Nos estudos IVPT, a absorção de dimetoato através da pele humana foi de 14,75% e o valor padrão, na ausência de dados experimentais, para este produto é de 70%. Os resultados mostram que na agricultura familiar há exposição dermal, principalmente relacionada a deficiência de vestimentas corretas durante a aplicação de agrotóxicos, o que deixa os trabalhadores mais vulneráveis.
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JOANDRA MAÍSA DA SILVA LEITE
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DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS POLÍMERICAS PARA O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE
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Leader : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
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DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
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FABIO ROCHA FORMIGA
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MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
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FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
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Data: 8 mars 2024
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A isoniazida (ISN) é um fármaco utilizado no tratamento da tuberculose com alta hidrofilicidade e baixo peso molecular. Nanopartículas poliméricas (NPs) surgiram como uma abordagem promissora para superar os problemas associados ao tratamento da tuberculose. Estudos relatam que o encapsulamento de fármacos hidrofílicos em NPs é um desafio, devido à propensão de lixiviação da fase aquosa interna para a fase aquosa externa. O objetivo do estudo é desenvolver e caracterizar NPs de PLGA revestidas com quitosana (CHI) para encapsulamento de ISN, guiado por dinâmica molecular e avaliação de fatores que interferem na eficiência de encapsulamento (EE) e drug loading (DL) para fármaco hidrofílico. Pela dinâmica molecular foi possível prever que o sistema de polímeros e fármaco é capaz de atingir equilíbrio, estabilidade e compacidade estrutural. O mapa de potencial eletrostático mostrou que PLGA, CHI e ISN são capazes de interagir através de interações eletrostáticas. As ligações químicas que prevalecem entre os polímeros e o fármaco são interações de Van der Waals e ligações de hidrogênio. A NP foi otimizada utilizando planejamento fatorial fracionário 24-1. A EE (23,3%) e DL (5,66%) foram previstos pelo estudo da dinâmica molecular, devido à prevalência de interações eletrostáticas passíveis de dissociação para a fase aquosa, porém moléculas que realizam ligações de hidrogênio favorecem EE e DL. A NP apresentou formato esférico com revestimento denso, liberação sustentada e viabilidade celular contra células A549. A NP desenvolvida é uma candidata promissora para o tratamento da tuberculose por administração pulmonar.
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BRUNA PEREIRA DA SILVA
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INCORPORAÇÃO DE ZINCOPORFIRINAS EM HIDROGÉIS PARA APLICAÇÃO EM INATIVAÇÃO FOTODINÂMICA
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Leader : BEATE SAEGESSER SANTOS
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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BEATE SAEGESSER SANTOS
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CHRISTIANE PHILIPPINI FERREIRA BORGES
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DANIELLE PATRICIA CERQUEIRA MACEDO
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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Data: 12 mars 2024
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O aumento da resistência bacteriana a diversas classes de antibióticos tem sido preocupante. Novas alternativas de tratamento vem sendo alvo de pesquisas, como é o caso da inativação fotodinâmica), mediada por luz em comprimento de onda adequado, fotossensibilizador e oxigênio molecular, que combinados levam a um estresse oxidativo e morte das células-alvo. Infecções cutâneas superficiais até mais invasivas como é o caso da mastite, podem ser ocasionadas por agentes infecciosos multirresistentes como Staphylococcus aureus (S.aureus). Neste trabalho, zincoporfirinas foram caracterizadas e incorporadas em géis poliméricos para serem utilizadas na inativação fotodinâmica de cepas de S.aureus. ZnP Etil e ZnP Hexil foram utilizadas como FSs e hidroxietilcelulose, carbopol e alginato foram testados como base polimérica, além de utilizar o propilenoglicol e ureia como agentes de permeação para as formulações tópicas. Apesar da geração de EROs pelo método RNO ter sido semelhante para ZnP Etil (79,9%) e Znp Hexil (78,2%) os resultados de inativação fotodinâmica preliminar para S.aureus isolada da mastite bubalina, nas concentrações de 1 e 5 uM e no tempo de irradiação de 60s usando LEDbox azul (410nm), demonstrou que a ZnP Hexil foi mais efetiva nos testes in vitro, sendo a selecionada para o estudo. O gel de hidroxietilcelulose (1%) demonstrou maior compatibilidade com o FS, através da avaliação dos espectros de absorção, emissão e características organolépticas. O planejamento fatorial utilizando os agentes de permeação demonstrou que as formulações na presença de ureia tiveram melhores resultados na produção de EROs (58,5%), enquanto quando utilizado o propilenoglicol (48,7%) e que a irradiação no comprimento de onda de 450 nm não é apropriado para a ZnP Hexil, pela redução de EROs produzida. O método de leitura de microplaca para inativação fotodinâmica com os parâmetros determinados no estudo não demonstraram reprodutibilidade, sendo a contagem de unidade formadora de colônias (UFC/mL) adotada como método para inativação. Através dos ensaios com S.aureus ATCC e S.aureus isolada da mastite, foi observado possível toxicidade no escuro do FS na concentração de 5uM e que a concentração de 1 uM e tempo de irradiação de 1 minuto foram suficientes para inativar totalmente os MO estudados. Portanto, até o momento a ZnP Hexil demonstrou uma grande efetividade fotodinâmica nos testes in vitro em solução, sendo necessário mais testes com os hidrogéis desenvolvidos e cepas de S.aureus para facilitar a aplicação do FS na terapia fotodinâmica.
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LUCAS FERREIRA DE ALMEIDA
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Desenvolvimento de Comprimido Mucoadesivo de Liberação Prolongada para o Tratamento de Candidíase Vaginal a partir de Eugenia uniflora L.
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Leader : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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DEYSIANE OLIVEIRA BRANDÃO
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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GEOVANI PEREIRA GUIMARÃES
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LARISSA ARAUJO ROLIM
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LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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Data: 15 mars 2024
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A candidíase vulvovaginal é a segunda maior causa de vaginites e pode atingir 75% das mulheres pelo menos uma vez na vida, afetando significativamente a qualidade de vida. Os medicamentos utilizados no tratamento convencional dessa patologia apresentam efeitos adversos importantes e vem enfrentando um aumento dos casos de resistência fúngica. Nesse contexto, o estudo de plantas entra como fonte para o desenvolvimento de novos medicamentos fitoterápicos, podendo ser inseridos em formas farmacêuticas sólidas mucoadesivas capazes de promover ação local prolongada. Portanto, este estudo teve como objetivo desenvolver comprimidos mucoadesivos de liberação prolongada a partir de Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV) das folhas de Eugenia. uniflora para o tratamento tópico de candidíase vulvovaginal. De início, a composição química das folhas de E. uniflora foi determinada por CCD e posteriormente por UV-vis e CLAE integrados a um planejamento de mistura simplex centroide. A atividade antimicrobiana foi determinada e caracterizada, e avaliou-se a capacidade antioxidante e o potencial tóxico in vitro. A toxicidade in vivo dos extratos foi explorada em dose única (2000 mg/kg) em camundongos por via oral. Para a avaliação da toxicidade subaguda, acompanhou-se um tratamento diário com os extratos em diferentes doses (250, 500 ou 1000 mg/kg) por 28 dias, sendo investigados quanto a ocorrência de alterações comportamentais, bioquímicas, hematológicas e morfológicas de múltiplos órgãos. Também foi avaliada a genotoxicidade in vivo dos extratos em eritrócitos murinos por meio do ensaio do micronúcleo. Com base nesses estudos, o extrato mais promissor foi caracterizado e analisado em misturas binárias com excipientes (1:1, p/p) por meio de DTA, TG e FTIR, que com o auxílio de técnicas quimiométricas (PCA e HCA), avaliou-se indícios de incompatibilidade. Como resultado, o teor de flavonóides variou em 2,63-7,98% p/p e taninos em 5,42-18,29%p/p. Os extratos foram compostos por ácido gálico (0,09-1,29%; p/p), ácido elágico (0,09-0,37%; p/p) e miricitrina (0,18-1,20%; p/p). O sistema solvente de maior sucesso foi água: etanol: propilenoglicol resultando em extrato de maior nível de atividade (AEP). Os extratos apresentaram propriedades fungicidas (3,9 μg/mL) e o EAP foi capaz de reduzir a ocorrência de importantes formas de resitência de C. albicans e inibir efetivamente a fase log de crescimento deste microsganismo; apresentaram também alta atividade antioxidante (IC50: 9,50 μg/mL) baixa toxicidade e biocompatibilidade preliminar in vitro. Doses únicas de 2000 mg/Kg não revelaram sinais de toxicidade in vivo. Doses diárias de H2O não apresentaram riscos, entretando, EtOH (500 e 1000 mg/kg) e EAP (1000 mg/kg) administrados por 28 dias induziram uma leve alteração nos parâmetros bioquímicos. Esses extratos, por outro lado, reduziram os níveis séricos de colesterol e triglicerídeos em camundongos. Além disso, não apresentaram danos genéticos no ensaio do micronúcleo nas doses testadas (1000 e 2000mg/kg), indicando a ausência de genotoxicidade. Diante destes resultados, o extrato AEP mostrou-se o mais adequado para compor o estudo de pre-formulação. No estudo de compatibilidade, indícios de interação AEP-excipientes farmacêuticos foram verificados por DTA, TG e nas PCAs e HCAs correspondentes, entretanto, foram descartadas incompatibilidades químicas por FTIR com o auxilio das técnicas de reconhecimento de padrão. Assim, foi considerado que os insumos dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, carbopol, celulose microcristalina 101, hidroxipropilmetilcelulose e quitosana estão aptos a integrar a formulação contendo AEP. Portanto, este estudo permitiu a obtenção de extrato otimizado das folhas de E. uniflora (AEP) com alto teor de fenólicos, com comprovada eficácia antifúngica e segurança,configurando uma alternativa promissora para aplicação como IFAV na produção de comprimidos mucoadesivos.
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LARISSA PEREIRA ALVES
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"DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS, UTILIZANDO O EXTRATO DE AMOREIRA (Morus nigra L.), CONTRA A HIPERTENSÃO ARTERIAL, PARA OBTENÇÃO DE FORMA FARMACÊUTICA"
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Leader : PEDRO JOSE ROLIM NETO
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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DANILO AUGUSTO FERREIRA FONTES
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FABIO ROCHA FORMIGA
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HELIDA MARIA DE LIMA MARANHAO BRASILEIRO
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LARISSA ARAUJO ROLIM
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PEDRO JOSE ROLIM NETO
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Data: 22 mars 2024
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A hipertensão é uma doença crônica definida como pressão arterial sistólica e diastólica igual ou superior a 140/90 mmHg, ocupando o primeiro lugar na lista da contagem global. No Brasil, os medicamentos disponíveis promovem efeitos adversos e baixa adesão ao tratamento. Por isso, uma das alternativas que podem contornar esses problemas estão a utilização de novas formulações e compostos que podem oferecer uma eficácia melhor ou adicional no controle da pressão arterial. Entre as alternativas, as folhas de Morus nigra L. vem sendo extensivamente explorada devido a presença de diversos metabólitos secundários, que podem apresentar uma série de benefícios, dentre eles: regulação da pressão arterial. A encapsulação desses compostos fenólicos em nanopartículas poliméricas (NPs), podem conferir uma liberação prolongada e/ou controlada, maior absorção intestinal e biodisponibilidade oral, o que pode aumentar a adesão dos pacientes ao tratamento. Nesse contexto, esse trabalho visa desenvolver NPs contendo compostos fenólicos a partir do extrato aquoso de Morus nigra L. como alternativa terapêutica de uso oral para hipertensão arterial. Inicialmente, houve um controle e padronização das condições extrativas do extrato de Morus nigra L. obtido por folhas de duas localidades diferentes (Pernambuco (PE) e Paraíba (PB), Brasil), utilizando um planejamento fatorial fracionado para maximização dos compostos majoritários por cromatografia liquida de alta eficiência. Além disso, foi determinado o teor de compostos fenólicos totais, bem como, atividade antioxidante para comparação dos extratos escolhidos. Para o desenvolvimento das formulações, foi efetivada uma otimização através de planejamento experimental de triagem (fatorial fracionado) e de superfície (Box-Behnken), que possibilitou a escolha de NPs com melhor tamanho, índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (PZ) e eficiência de encapsulamento (EE) através de duas técnicas de obtenção de NPs (nanoprecipitação e dupla emulsificação por evaporação do solvente). Além disso, foi obtido o teste de compatibilidade entre os componentes da formulação utilizando Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e Termogravimetria (TG). Os NPs escolhidos também foram caracterizados por testes in vitro de cinética de liberação e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Desta forma, a maior concentração de fenólicos consistiu do extrato obtido da PB com 7,05 mg equivalentes de ácido gálico/g de amostra, enquanto o extrato obtido de PE apresentou 3,42 mg equivalente de ácido gálico/ g de amostra. Os resultados dos estudos revelaram que o extrato aquoso obtido no estado da PB teve a atividade inibitória do radical DPPH maior (43,99%), comparado ao estado de PE (29,33%), sendo assim, o extrato da PB com condições extrativas de infusão usando temperatura de 85°C; droga:solvente (25:250) e tempo de 30 minutos foi o escolhido para encapsulação em NPs. Os resultados demonstraram compatibilidade entre o extrato e os componentes da formulação. e através do planejamento experimental resultou em NPs com tamanho de 175 nm, PDI 0,1855, PZ + 35,2 mV e EE 93,46% para dupla emulsificação, enquanto que para o método de nanoprecipitação, obteve NPs com tamanho de 274 nm, PZ +41,4 mV e EE 89,39%. A liberação dos compostos fenólicos nas NPs foi adequada ao modelo de Weibull, com cinética de liberação anômala e super caso II para nanoprecipitação e dupla emulsificação,respectivamente. O MEV comprovou a formação de NPs esféricas, lisas e com tamanhos similares ao encontrado por espalhamento de luz. Portanto, foi possível obter NPs com propriedades físico-químicas adequadas, com cinética de liberação prolongada, que podem ser encorajadas para administração oral, porém, mais estudos são necessários paracomprovar sua eficácia e desempenho.
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MARCELA ALBUQUERQUE DE OLIVEIRA
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Avaliação da atividade Anti-inflamatória e Toxicológica do óleo essencial das folhas de Croton argyrophyllus kunth. em camundongos swiss
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Leader : IVONE ANTONIA DE SOUZA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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IVANESA GUSMÃO MARTINS SOARES
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IVONE ANTONIA DE SOUZA
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JANE SHEILA HIGINO
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RÔMULO CARLOS DANTAS DA CRUZ
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Data: 29 avr. 2024
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Croton argyrophyllus Kunth., é uma planta endêmica, conhecida popularmente como "marmeleiro branco", com predominância em áreas da caatinga do Nordeste brasileiro e utilizado no tratamento de algumas doenças. Tendo em vista o potencial de óleos essenciais , bem como registros que atestam atividade farmacológica da espécie em algumas desordens e considerando a importância dos testes pré-clínicos que atestam a segurança de uso, o objetivo do presente estudo se deu em avaliar a prospecção química, a atividade anti-inflamatória e antinociceptiva do óleo essencial das folhas frescas em diferentes modelos e a segurança a partir de testes toxicológicos de toxicidade aguda, citotoxicidade genotoxicidade, mutagenicidade e hemólise. A análise química revelou como componentes majoritários: p-Mentha-2-en-1-ol 13.87 %, α- Terpineol 18.87 %, β-Caryophyllene 17.35 % e β-Elemene 8.85 %. A análise genotóxica e mutagênica, não demonstrou aumento de micronúcleos nos eritrócitos policromáticos , nem na frequência e no índice de danos do ensaio cometa . O óleo apresentou citotoxicidade acima de 90 % em todas as linhagens testadas. Não houve percentual de hemólise no sangue A, e nos sangues B e O, apenas na maior concentração testada. Na toxicidade aguda, na maior dose, seguindo a OECD 423, 2000 mg/kg, não foram registrados óbitos ou alterações comportamentais, hematológicas e bioquímicas intensas durante o período de observação. As contorções abdominais foram reduzidas em 67,09%, 68,36%, 77,22% e em 61,94% e 74,4%, 72,84% e 72,76% na primeira e segunda fase do teste de formalina. Nos modelos inflamatórios o óleo apresentou redução em todos os modelos testados, sendo mais eficaz no edema de pata com 77,14%, 88,81% e 97,82%. Os resultados obtidos sugerem que o OECa, seja um agente natural promissor antinociceptivo e anti-inflamatório de interesse farmacêutico com potencial antitumoral nas linhagens avaliadas e baixo risco toxicológico.
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HELIMARCOS NUNES PEREIRA
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Avaliação das atividades biológicas e controle de qualidade do insumo farmacêutico ativo vegetal de Apodanthera congestiflora Cogn
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Leader : IVONE ANTONIA DE SOUZA
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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IVONE ANTONIA DE SOUZA
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ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
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JANE SHEILA HIGINO
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CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
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IVANA MARIA FECHINE
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Data: 10 sept. 2024
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O presente trabalho descreve os primeiros estudos de cultivo da espécie Apodanthera congestiflora Cogn., além do controle de qualidade do Insumo farmacêutico ativo vegetal (IFAV) e avaliação de sua atividade biológica. Essa espécie, comumente encontrada no bioma Caatinga é conhecida como cabeça de nego e alguns estudos etnofarmacológicos relatam as atividades anti-inflamatória e analgésica, os quais foram respaldados em estudos farmacológicos. O cultivo da planta foi desenvolvido empregando o método de propagação por estaquia, sendo avaliados fatores como enraizamento e brotamento. A droga vegetal das partes aéreas foi submetida ao controle de qualidade através de métodos farmacopeicos tradicionais (Granulometria, cinzas totais, reologia, fluxo e pH). A partir desse IFAV foram obtidos os extratos aquosos por infusão (EAIPA-Ac) e decoção (EADPA-Ac), simulando o uso tradicional e o Extrato Hidroetanólico (EHEPA-Ac), obtido por maceração. O controle de qualidade dos extratos aquosos foi efetuado com o emprego das mesmas técnicas empregadas na droga vegetal. Foi realizada uma prospecção fitoquímica de EAIPA-Ac, EADPA-Ac e EHEPA-Ac. No tocante às atividades biológicas foi avaliada a toxicidade in vitro dos extratos em modelo de Artemia salina (100, 250 e 1000 μg mL-1), a citotoxicidade em células HepG2 e SH-SY5Y e em eritrócitos humanos. A experiência de propagação por estaquia se mostrou eficiente para o desenvolvimento em habitat não silvícula. A droga vegetal e os extratos EAIPA-Ac, EADPA-Ac demonstraram valores aceitáveis de granulometria, cinzas totais e reologia, conforme preconiza os compêndios oficiais, porém ambos apresentaram um fluxo deficiente. Na avaliação fitoquímica preliminar o EHEPA-Ac apresentou em sua composição saponinas, polifenois, esteróides, taninos e polissacarídeos, enquanto nos extratos EAIPA-Ac e EADPA foi confirmada apenas a presença de saponinas. No perfil toxicológico in vitro dos extratos EAIPA-A, EADPA-Ac e EHEPA-Ac frente à Artemia salina, todos apresentaram CL50 superior a 1000 µg mL-1, respectivamente, 7413,10 µg mL-1, 7244,36 µg mL-1 e 1202,3 µg mL-1, denotando baixa toxicidade. Os extratos EAIPA-Ac, EADPA-Ac e EHEPA-Ac apresentaram IC50 de 778,2 μg. mL-1, 849.9 μg. mL-1 e 631,0 μg. mL-1 em células HepG2, já para as células SH-SY5Y a IC50 foi calculada em 91,7 µg mL-1 (EAIPA-Ac), 26,6 μg. mL-1 (EADPA-Ac) e 149,0 μg. mL-1 (EHEPA-Ac). No teste do perfil hemolítico os extratos demonstraram baixa capacidade hemolítica. Por fim, esse estudo é importante do ponto de vista agronômico por fornecer subsídio para o cultivo de uma espécie fonte de matéria-prima farmacêutica e também demonstra o perfil de segurança toxicológica dos Insumos farmacêuticos sativo obtidos dessa espécie.
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ALINE FERREIRA PINTO
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UTILIZAÇÃO DE MATERIAL HÍBRIDO NANOTERANÓSTICO LUMINESCENTE NA VETORIZAÇÃO DE NOVOS DERIVADOS DE ISATINA-TIAZOL PARA TRATAMENTO DO CÂNCER: CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO BIOLÓGICA
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Leader : ANA CRISTINA LIMA LEITE
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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ANA CRISTINA LIMA LEITE
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DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
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EDUARDO PADRON HERNANDEZ
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LUIZ ALBERTO BARROS FREITAS
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ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
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Data: 13 sept. 2024
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O câncer é uma doença caracterizada pela multiplicação anormal de células, e a sua malignidade está relacionada à capacidade de metástase e invasão de tecidos e órgãos. No tratamento do câncer, a quimioterapia convencional tem demonstrado baixa seletividade, alta toxicidade e resistência a múltiplas drogas, o que torna contínua a busca por novos compostos antineoplásicos eficazes e seguros. Nesse sentido, compostos derivados de isatina e tiazol (grupos farmacofóricos com atividade antitumoral e amplo espectro) podem apresentar atividade biológica mais específica e efetiva para o tratamento do câncer. Com a evolução da nanotecnologia, nanopartículas de sílica mesoporosa (NpSiO2) multifuncionais fornecem uma plataforma única para o desenvolvimento de sistemas nanoteranósticos, combinando diagnóstico por imagem com carga terapêutica. Assim, NpSiO2 luminescentes podem ser utilizadas na vetorização de novos derivados de isatina-tiazol para o tratamento e diagnóstico do câncer. Nessa primeira etapa do nosso trabalho, NpSiO2 foram modificadas com o agente de acoplamento 3-isocianatopropil-3-(trietoxisilano) e o cromóforo ácido 4-hidroxipiridina-2,6-dicarboxílico, originando o híbrido MCM48- DAMIC. Para conferir propriedade luminescente ao material, o lantanídeo Eu3+ foi covalentemente ligado (MCM48-DAMIC:Eu). Os sistemas carreadores apresentaram características de materiais mesoporos, com presença do plano (211) da estrutura cúbica da MCM48 em todas as etapas de síntese, isotermas do tipo IV e tamanho médio de poros de 3,25 nm. Com a complexação do íon Európio, houve redução do volume de poros de 0,823 cm3g-1 para 0,216 cm3g-1 e da área superficial, de 1070 m2g-1 para 499 m2g-1. As micrografias também demonstraram estruturas esféricas, com tamanho médio de 169 ± 28 nm para o MCM48-DAMIC:Eu. O híbrido MCM48- DAMIC:Eu não demonstrou citotoxicidade em concentrações menores que 500 µg/ml e genotoxicidade em concentração inferior a 250 µg/ml. Dentre os compostos derivados de isatina-tiazol, o composto LAB2A se mostrou mais promissor que os demais, apresentando IC50 entre 11 e 17 µM para as linhagens celulares testadas, com um índice de seletividade de 0,97 para a linhagem HeLa. Tais dados possibilitaram avaliar características e biocompatibilidade do MCM48-DAMIC:Eu, que será utilizado nas próximas etapas para carreamento do composto derivado de isatina-tiazol mais promissor para a atividade antitumoral.
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WANESSA AZEVEDO DE BRITO
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DESENVOLVIMENTO DE EMULSÕES COSMÉTICAS À BASE DE INSUMOS VEGETAIS COM POTENCIAL ANTIOXIDANTE
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Leader : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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GABRIEL AZEVEDO DE BRITO DAMASCENO
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JÚLIA MORAIS FERNANDES
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KARINA PERRELLI RANDAU
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LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
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WALDENICE DE ALENCAR MORAIS
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Data: 18 sept. 2024
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A crescente demanda por produtos de origem natural vem impulsionando a pesquisa de novas fontes sustentáveis que substituam substâncias sintéticas veiculadas em apresentações cosméticas e cosmecêuticas. Nesse contexto, pesquisas sobre excipientes naturais e métodos extrativos sustentáveis, com solventes menos agressivos ao meio ambiente, ganham destaque nas atuais publicações. Assim, o presente trabalho tem por objetivo, desenvolver emulsões para veicular extratos de espécies com potencial antioxidante para aplicação cosmecêutica. Para isso, diferentes excipientes oriundos de fontes naturais foram investigados e emulsões base foram desenvolvidas e avaliadas quanto a parâmetros reológicos (viscosidade e espalhabilidade), características físico-químicas (pH e condutividade) e estabilidade preliminar. Os extratos, foram obtidos de folhas de espécies com potencial antioxidante elucidado (Eugenia uniflora -EU e Punica granatum - PG) através de planejamento fatorial, variando solventes alternativos (água e álcool de cereais) e métodos de extração verdes (turbólise e ultrassom) com o intuito de otimização do potencial antioxidantes desses extratos. As emulsões resultantes foram, em sua maioria, estáveis à centrifugação, porém, as formuladas com cera de coco (2,5%) e triglicerídeos do ácido cáprico-caprílico (5,0%) como emulsificante, apresentaram coalescência no ciclo gelo-degelo e, ao final da estabilidade preliminar, a viscosidade de todas as formulações diminuiu. A obtenção de extratos brutos por métodos verdes resultou em ganhos no rendimento (EU: 2,83%; PG: 2,88%), no teor de polifenois (EU: 11,73%; PG: 15,07%) e, no potencial antioxidante, o método assistido por ultrassom (EU: 6,72 ± 1,36 µg/mL; PG: 5,47 ± 1,63 µg/mL), apresentou resultados comparáveis às frações enriquecidas (EU: 4,33 ± 1,47 µg/mL; PG: 4,01 ± 0,99 µg/mL). Como perspectivas, o estudo será conduzido em função da realização de outros testes para a avaliação da atividade antioxidante dos extratos selecionados, bem como desenvolvimento de novas emulsões para veiculação destes, e assim, avaliação da segurança e eficácia das formulações com possível aplicação cosmecêutica.
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JARBAS LIMA DE CARVALHO
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CARACTERIZAÇÃO BOTÂNICA, AVALIAÇÃO QUÍMICA E POTENCIAL REGENERATIVO EM ÚLCERA DIABÉTICA EXPERIMENTAL FRENTE AO USO DE EXTRATOS OBTIDOS DE Bauhinia pulchella Benth
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Leader : KARINA PERRELLI RANDAU
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MEMBRES DE LA BANQUE :
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NATALIA FERREIRA DE OLIVEIRA
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CLEDSON DOS SANTOS MAGALHÃES
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HILANIA VALÉRIA DODOU LIMA
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KARINA PERRELLI RANDAU
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RAFAELA DAMASCENO SA
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Data: 4 oct. 2024
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Bauhinia pulchella Benth., pertencente a subfamília monofilética Cercidoideae da família Fabaceae, é nativa do Brasil e popularmente conhecida como pata-de-bode, pata-de-vaca, dentre outros. Conforme alguns nomes populares sugerem, apresenta uma folha fendida no meio que a assemelham a uma pata de bovino ou caprino, características morfológicas essa similar aos representantes do gênero Bauhinia. Na medicina popular, B. pulchella é utilizada no tratamento de diabetes e estudos farmacológicos evidenciaram atividade larvicida, citotóxica, anti-helmíntica e antioxidante, apresentando como constituintes químicos óleo essencial, glicosídeos de flavonóis, triterpenóides, esteroides e compostos fenólicos. Destacando a similaridade morfológica das espécies de Bauhinia, bem como o potencial farmacológico apresentado por B. pulchella, o presente estudo teve por objetivo realizar a caracterização anatômica e histoquímica do caule e folhas de B. pulchella e seus extratos em acetato de etila e alcoolico para a determinação de compostos fenólicos totais e avaliar a atividade antioxidante e imunomodulatória. Nesse estudo, foram utilizados métodos usuais em anatomia vegetal na preparação das análises em microscópio de luz de lâminas semipermanentes contendo secções transversais do caule, pecíolo e lâmina foliar e paradérmicos da lâmina foliar de B. pulchella. Também se realizou testes histoquímicos afim de localizar os metabólitos na lâmina foliar através de secções transversais. Para investigar sua atividade imunomodulatória, foi utilizado modelo in vitro com cultura celular de macrófagos murinos, RAW 264.7, estimulados com LPS e tratados com diferentes concentrações dos extratos e foi determinada a concentração de da citocina TNF-α.
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