Disertación/Tesis

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2024
Disertaciones
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  • JOSENILDO PESSOA SENA
  • Nanografenos como sistemas de entrega de fluconazol no combate à candidiase

  • Líder : BEATE SAEGESSER SANTOS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • BRUNA RODRIGUES DE SOUSA
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • Data: 30-ene-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A candidíase, uma infecção fúngica causada por espécies de Candida, entre elas C. krusei, C. tropicalis e a C.albicans, sendo a última com maior prevalência, é um grande problema clínico devido a resistência antifúngica, principalmente aos azóis. Estratégias inventivas, como uso de nanocarreadores, são buscadas para superar a resistência ao fluconazol, por exemplo. Os nanografenos se apresentam como nanocarreadores promissores neste contexto. Usando ácido cítrico (AC) como fonte de carbono e ureia como fonte de nitrogênio, para melhoria óptica do nanomaterial, sua síntese é bem simples, consistindo na carbonização incompleta do carbono, conhecido como pirólise. Para caracterizar o nanosistema, o potencial zeta serviu como uma das técnicas para confirmação da conjugação eletrostática do nanografeno dopado com nitrogênio ao fluconazol (NG-N@FLU), evidenciando cargas negativas de -23,2 mV para -6,9 mV. Em seu espectro de absorção foi possível verificar a presença do fluconazol na superfície do nanomaterial, os NG-N que inicialmente têm banda de absorção ca. 333 nm, mostram alterações, apresentando duas bandas distintas, uma em 259 nm, característico do fluconazol e a outra mantendo a absorção característica do nanomaterial. A presença de grupos funcionais é demonstrada por bandas vibracionais específicas identificadas pela análise FTIR dos NG-N, encontrando picos em 1705 cm-1, com estiramento de -C=O e mantêm os traços do AC usado na síntese, além de detectar vibração em 1556 cm-1, atribuída ao -NH da ureia, indicando que o precursor nitrogenado está presente na estrutura do NG-N. O NG-N@FLU demonstrou resultados interessantes, reduzindo UFC total para C. krusei e C. tropicalis [400 mg/L-1], embora tenham demonstrado capacidade promissora na C. albicans, o resultado foi inconsistente. Apesar de resultados positivos, as características ópticas do nanomaterial precisam ser melhoradas, isso é fundamental para uma compreensão mais aprofundada do mecanismo de entrega através da fluorescência. Além disso, é necessário realizar um delineamento experimental microbiológico mais sofisticado para descobrir como o nanocarreador afeta as espécies de Candida mais comuns, ajudando a desenvolver métodos antifúngicos eficazes. 


2
  • ABNER LINS DANTAS
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL ANTICANCER, ANTIMIROBIANO E PREDIÇÕES IN SILICO DE DERIVADOS 1,2,4- OXADIAZÓLICOS

  • Líder : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLSON HELDER REIS DE CARVALHO JUNIOR
  • ERIK JONNE VIEIRA DE MELO
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 05-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Derivados 1,2,4-oxadiazóis são compostos heterocíclicos que apresentam diversas atividades farmacológicas, tais como antiasmática, antidiabética, anti-inflamatória, anticancerígena, antioxidante, antimicrobiana, atividade contra o Alzheimer e antipsicótica. Devido a versatilidade farmacológica dessa classe de compostos, este trabalho teve como objetivo avaliar as atividades anticâncer e antimicrobiana, uma vez que o câncer e a resistência aos antimicrobianos são dois grandes problemas no cenário de saúde global. Para isso, a citotoxicidade e o potencial anticâncer de uma série de dez compostos 1,2,4-oxadiazóis foram avaliados através do teste do MTT frente a linhagens de células tumorais (HL-60, K562, HT-29 e MCF-7) e uma saudável (RAW 264.7). A atividade antimicrobiana dos compostos foi avaliada  frente a bactérias Gram-positivas (Staphylococcus aureus e Bacillus subtillis) e Gram-negativas (Escherichia coli e Klebsiela pneumoniae) e leveduras, como a Candida albicans e Candida guillermondii, por meio dos testes de difusão em disco de papel e teste de microdiluição em placa. Predições in sílico a respeito do comportamento farmacológico das moléculas foi realizada pelo docking molecular e de plataformas de bioinformática preditivas de dados farmacocinéticos e toxicológicos. B1, B2, B3 e B9 respectivamente (1-(5-(p-toluil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)propan-2-ona; 1-(5-(m-toluil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)propan-2-ona; 1-(5-(4-clorofenil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)propan-2-ona e 4-(5-(p-tolil)-1,2,4-oxadiazol-3-il)butan-2-ona) foram testadas em várias concentrações para determinar a CI50 em HL-60, que foi a linhagem mais sensível. O composto que apresentou o melhor CI50 (8,07 μg/mL) foi o B2. Este composto foi então selecionado para avaliar a capacidade de produzir alterações morfológicas em HL-60 nas concentrações de CI50 e 2 x CI50 e foi observado alterações condizentes de processos apoptóticos. Nos testes antimicrobianos foi possível encontrar a CMI e CMF em C. albicans, respectivamente de 312,5 μg/mL e 625 μg/mL. Foi realizado o docking molecular para os alvos biológicos tubulina e EGFR e ambos os compostos B2 e B3 apresentaram potencial de interação com os alvos testados. A predição farmacocinética evidenciou que B2 e B3  satisfazem todos os critérios estabelecidos por Lipinski e Veber. A predição toxicológica para ambos compostos se mostrou com toxicidade oral relativamente baixa com DL50 de 1270 mg/kg.


3
  • MARIE CLAIRE CARNEIRO ALBUQUERQUE
  • Desenvolvimento farmacêutico de microemulsões e nanossuspensões de ibuprofeno para o tratamento  local da dor

  • Líder : DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • LUCAS JOSE DE ALENCAR DANDA
  • Data: 05-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A dor é um problema de saúde pública, e impacta na qualidade de vida de milhões de  pessoas em todo o mundo. O ibuprofeno (IBU), um anti-inflamatório não esteroidal  (AINE), é usado na prática clínica para o tratamento de dores leves a moderadas. Apesar  de sua eficácia, o uso sistêmico e prolongado de AINEs, como o IBU pode levar ao  surgimento de efeitos adversos moderados e severos, principalmente no trato  gastrintestinal e nos sistemas hematológico e renal. A aplicação tópica do IBU pode ser  uma alternativa para diminuir o aparecimento dos efeitos adversos indesejados, no  entanto, o estrato córneo atua como uma eficiente barreira à permeação da pele. O uso de  formulações nanoestruturadas, como microemulsões e nanosuspensões, pode aumentar a  penetração do fármaco, favorecendo sua absorção na/através da pele. Diante disso, o  objetivo desse trabalho foi desenvolver e avaliar microemulsões e nanossuspensões de  ibuprofeno para administração tópica, como alternativa para minimizar os efeitos  adversos do uso oral convencional. Inicialmente, foi desenvolvida e validada uma  metodologia analítica por CLAE-DAD para a determinação do IBU, incluindo um estudo  de recuperação do fármaco a partir do estrato córneo, através de delineamento  experimental com planejamento fatorial. Em seguida, foram elaborados diagramas de fase  pseudoternários utilizando álcool benzílico ou carbonato de propileno como fase oleosa e lecitina e isopropanol como tensoativo e co-tensoativo, respectivamente, para  determinar as regiões com formação de microemulsões Formulações selecionadas dos  variados diagramas de fase obtidos foram submetidas a um estudo de estabilidade por 30  dias, através da análise de diâmetro médio das gotículas, índice de polidispersão (PdI) e  microscopia de luz polarizada. A partir desse estudo, formulações foram selecionadas  para a incorporação do fármaco e o preparo das nanossuspensões. Dado que o ibuprofeno  apresenta solubilidade pH-dependente, a influência do pH da fase aquosa das  microemulsões e na diluição dessas formulações, assim como a proporção de diluição foi  investigada para a produção das nanossuspensões, a partir da avaliação do diâmetro médio  e PdI obtidos, em estudo com planejamento fatorial. A metodologia analítica desenvolvida foi validada e demonstrou ser adequada aos estudos propostos, com  linearidade de 0,5 a 10ug/mL, e valores de precisão, exatidão e recuperação conforme  preconizado pela legislação. Os diagramas de fase produzidos com álcool benzílico  apresentaram maiores áreas de microemulsões. Formulações estáveis com diâmetro  médio de 6nm a 40nm e e PdI variando de 0,067 a 0,274 foram selecionadas (MAB-3,  MAB-4, MCP-5 e MCP-10). Dentre as nanossuspensões obtidas, aquelas diluídas em pH  6 exibiram um tamanho de partícula menor. Apesar da evidente influência do pH, as  nanossuspensões produzidas sem ajuste de pH demostraram tamanho médio de partícula  inferior, variando de 15 nm a 80 nm com PdI de 0,286 a 0,336, respectivamente. As  nanossuspensões produzidas a partir de formulações iniciais com álcool benzílico  apresentaram os menores valores de diâmetro médio e PdI. Tais achados abrem  perspectivas para a manipulação controlada do tamanho das partículas, e oferecem uma  base valiosa para investigações futuras no desenvolvimento de formulações  nanoestruturadas de aplicação tópica mais efetivas. Estudos adicionais de performance das formulações desenvolvidas devem ser realizados para tal finalidade. 


4
  • ELOIZA MARCELLE DA COSTA SOUZA
  • OBTENÇÃO DE SISTEMAS DISPERSOS CONTENDO EXTRATO DAS FOLHAS DE Eugenia uniflora LINN E
    AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES ANTI-Candida in vitro E in vivo

  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JOÃO AUGUSTO OSHIRO JUNIOR
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • LUÍSE LOPES CHAVES
  • Data: 06-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Atualmente, tem sido observada intensa busca por novas terapias para suplantar problemas envolvendo a resistência a antimicrobianos. Desse modo, sabendo-se que a pesquisa sobre espécies vegetais que apresentam alto valor agregado pode fornecer informações interessantes para diversas doenças, o trabalho em questão investigou o potencial anti-candida de extrato de folha de Eugenia uniflora Linn (pitangueira) quando incorporado em sistemas dispersos. A abordagem iniciou-se com o estudo da proporção droga: solvente (5%, 10% e 15%) para o preparo dos extratos das folhas de Eugenia uniflora Linn. Após escolha da quantidade de droga seria utilizada para preparo dos extratos, procedeu-se com a avaliação dos adjuvantes de secagem (goma xantana, celulose microcristalina, dióxido de silício) por meio de planejamento de misturas, fixando-se em 15% a proporção máxima de cada adjuvante, tendo como variáveis de resposta as propriedades tecnológicas dos sistemas particulados obtidos e o teor de metabólitos majoritários. Em seguida, o extrato seco escolhido foi particionado com hexano e acetato de etila para obtenção das frações. O extrato e suas respectivas frações hexânica, aquosa e acetato de etila foram caracterizadas quimicamente por Cromatografia em Camada delgada (CCD) e Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE) quanto à presença dos principais marcadores da espécie. Simultaneamente, foram desenvolvidas pré-formulações de emulsões pelo método de homogeneização por ultraturrax para a escolha dos polímeros que seriam utilizados como estabilizantes a partir da avaliação das propriedades físico-quimicas das dispersões obtidas. Ademais, foi realizado planejamento fatorial 32 para definição dos parâmetros de preparo das emulsões, a fim de solucionar qual seria o tempo e a potência de homogeneização (5, 10 e 15 min/ 9.000, 14.500 e 30.000 RPM). Após estabelecer as condições de preparo, as emulsões foram incorporadas com 10 e 15% de extrato já otimizado (Extrato Seco por Aspersão, DSC 15% como adjuvante de secagem), prosseguindo-se com os estudos de estabilidade e avaliação de atividade anti-candidain vitro e in vivo, além de ensaio de toxicidade in vivo. A avaliação da proporção de droga:solvente demonstrou que, em menor concentração de droga, houve uma maior Eficiência de Extração de flavonoides e polifenóis, sendo eleita a proporção de 5% para preparo dos extratos. A avaliação do sistema adjuvante demonstrou que DSC a 15% levou à formação de pós com melhores propriedades tecnológicas. Ao se realizar fingerprints do extrato bruto e frações, evidenciou-se a presença dos marcadores miricitrina, ácido gálico e ácido elágico por CCD e por CLAE, sendo possível observar aumento de concentração desses metabólitos ao se realizar fracionamento com solventes de diferentes polaridades. A HPMC e a GXT foram os polímeros utilizados para compor a formulação. Os parâmetros de homogeneização escolhidos foram de 30.000 RPM em 15 min, a partir da análise das respostas do planejamento fatorial. A atividade in vitro revelou um CIM favorável, ou seja, igual ou abaixo de 500 µg/mL para todas as amostras avaliadas frente às três cepas de Candida spp utilizadas no ensaio. O ensaio de toxicidade revelou que as formulações não apresentaram quaisquer evidências de efeitos adversos ou sinais de clínicos de toxicidade dérmica. O ensaio de avaliação anti-candidain vivo das formulações se mostrou um sucesso, uma vez que, em até 7 dias, todos os camundongos apresentaram cura. 


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  • FELIPE RIBEIRO DA SILVA
  • PANORAMA DAS ESPÉCIES DE APOCYNACEAE NO ESTADO DE PERNAMBUCO DEPOSITADAS NOS HERBÁRIOS DO RECIFE E ESTUDO FARMACOBOTÂNICO E PROSPECÇÃO FITOQUÍMICA DE Hoya carnosa (L. F.) R.BR (APOCYNACEAE)

  • Líder : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • FLÁVIA CAROLINA LINS DA SILVA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • MARIANA OLIVEIRA BARBOSA
  • Data: 08-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A família Apocynaceae Juss. possui aproximadamente 410 gêneros e 5556, distribuídas  nas zonas tropicais e subtropicais do mundo; no Brasil aparece em todos seus biomas;  apresentando grande importância devido ao seu elevado valor econômico e suas  propriedades medicinais e sua toxicidade. Objetivo do estudo foi detalhar o panorama das  espécies desta família do estado de Pernambuco, Brasil e realizar o estudo  farmacobotânico e farmacoquímico de Hoya carnosa (L. f.) R.br. Através de visitas aos  principais herbário da cidade do Recife, PE e cruzando as espécies depositadas  fisicamente com o acervo on-line SpeciesLink. Já a realização da caracterização  morfoanatômica e farmacoquímica de Hoya carnosa (L. f.) R.br, representante desta  família botânica, foi realizada através da aplicação de técnicas como análise dos  principais órgãos vegetais em estereomicroscópio, microscopia óptica e luz polarizada,  histolocalização e prospecção fitoquímica em cromatografia em camada delgada em  espécimes coletados na região. O levantamento das espécies pertencentes à família  Apocynaceae em Pernambuco, Brasil, revela uma numerosa coleção de 1287 espécies nos  herbários de Recife, com destacada prevalência de alguns gêneros, como Mandevilla Lindl., Aspidosperma Mart. & Zucc. e Allamanda L. Para a espécie Hoya carnosa (L. f.),  identificaram-se características morfológicas, como caule cilíndrico, com folhas opostas  e inflorescência com cerca de quinze flores. Para o caule, em secção transversal foram  observadas: contorno circular, feixe vascular bicolateral, cristais do tipo drusa; a lâmina  foliar apresentou as seguintes características: folha hipoestomática, estômatos do tipo  ciclocíticos e feixe vascular bicolateral na nervura central, também foram identificados  cristais do mesmo tipo encontrado no caule. Compostos fenólicos, triterpenos, esteroides  e alcaloides foram observados nos tecidos das espécies e o extrato metanólico mostrou a  presença de triterpenos, esteroides, mono e sesquiterpenos, fenilpropanoglicosídeos,  flavonoides e açúcares redutores corroborando com descobertas anteriores e  correlacionando com as propriedades terapêuticas dessa espécie. Esses resultados não  apenas contribuem significativamente para o entendimento da diversidade botânica  regional, mas também fornecem valiosas percepções para pesquisas futuras, voltadas à  identificação precisa de espécies e à exploração de potenciais terapêuticos na  Apocynaceae, reforçando a relevância do conhecimento farmacobotânico para aplicações  práticas e conservacionistas. 


6
  • JOSE PEDRO MARTINS BARBOSA FILHO
  • AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS HEMATOLÓGICOS E CITOTÓXICOS DE UMA ENZIMA FIBRINOLÍTICA COMO POSSÍVEL CANDIDATA AO TRATAMENTO DA TROMBOSE

  • Líder : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALICE MARIA GONÇALVES SANTOS
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • VIVIANE DO NASCIMENTO E SILVA ALENCAR
  • Data: 20-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A formação de coágulos de fibrina, principal componente proteico dos coágulos sanguíneos está intimamente envolvida no desenvolvimento das doenças cardiovasculares e por isso, a trombose, desempenha um papel importante na patogênese de vários distúrbios cardiovasculares devido ao acúmulo desses coágulos que bloqueiam a passagem do fluxo sanguíneo. Diante disso, o objetivo desse estudo foi realizar a caracterização bioquímica e avaliar in vitro os aspectos da ação fibrinolítica, trombolítica e toxicidade da protease oriunda de Aspergillus tamarii Kita UCP 1279, uma vez que a intervenção de pesquisas nessa área pode ajudar no desenvolvimento de agentes trombolíticos mais seguros para o uso terapêutico. A protease com atividade fibrinolítica e purificada pelo sistema de duas fases aquosas e particionada para a fase sal foi avaliada quanto a caracterização bioquímica (pH e temperatura ótima e estabilidade, efeito de íons metálicos, inibidores e ação de surfactantes), determinação da atividade amidolítica, SDS-PAGE e zimograma de fibrina. Além disso, foi avaliado a atividade fibrinogenolítica da enzima e sua degradação trombolítica in vitro. Quantos aos testes toxicológicos foram realizados ensaios de citotoxicidade, determinação dos tempos de coagulação, atividade hemolítica e efeito da albumina sérica sobre a atividade enzimática. A protease fibrinolítica purificada foi caracterizada como uma serino protease e demonstrou uma temperatura ótima de 50ºC e se manteve estável até 120 minutos. O pH ótimo foi de 7,0 e estável por 36 horas. A atividade enzimática foi potencializada pela adição de Na+, Zn2+, Mg2+, Mn2+, K+ e inibida na presença dos íons Cu2+ e Fe3+ e pelos surfactantes Triton X-100 e dodecil sulfato de sódio, com uma diminuição de 37,66 e 62,35%, respectivamente. A enzima exibiu ainda uma maior especificidade para o substrato N-succinil-Gly–Gly–Phe-p-nitroanilida, um substrato típico de quimotripsina. A massa molecular da protease foi em torno de 90 kDa, exibindo também atividade sobre o zimograma de fibrina. A protease purificada não degradou o fibrinogênio, entretanto, promoveu uma degradação de 38,81% do trombo in vitro de fibrina após 90 minutos. Não houve nenhuma toxicidade frente as linhagens celulares testadas e na avaliação hematológica houve um discreto prolongamento do TP quando comparado com o grupo controle. Ainda, constatou-se que não houve interferência sobre a ação da trombina ou do fibrinogênio sobre o TT e em relação ao TPPa, observou-se o prolongamento sobre o tempo de coagulação à medida que aumentou a concentração da enzima. Por fim, foi verificado que nenhuma concentração utilizada demonstrou promover a lise das céluas sanguíneas e que a albumina promoveu um aumento da atividade em 31,70% da atividade enzimática. Mediante os resultados obtidos, a pesquisa revelou que o Aspergillus tamarii Kita UCP1279 possui potencial para a produção de enzimas fibrinolíticas, oferecendo uma alternativa promissora para o tratamento da trombose. A caracterização realizada demonstrou a estabilidade da enzima, que apresenta capacidade de degradar fibrina, ausência de toxicidade e sem alterações nos parâmetros hematológicos. No entanto, são necessários estudos adicionais para avaliar seu desempenho em organismos vivos, abrindo perspectivas para sua potencial aplicação como uma nova droga trombolítica.

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  • WLIANA ALVES VITURINO DA SILVA
  • DESENVOLVIMENTO E CARACTERIZAÇÃO DE HIDROGEL CONTENDO EXTRATOS E FRAÇÕES DE Acanthospermum hispidum PARA TRATAMENTO DE DOENÇAS RESPIRATÓRIAS LEVES

  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • JULIA APARECIDA LOURENCO DE SOUZA
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • Data: 27-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Acanthospermum hispidum, popularmente conhecido como espinho de cigano, é amplamente usado na medicina tradicional, destacando-se no tratamento de distúrbios respiratórios. No entanto, os xaropes que são comumente usados, não possuem boa aceitabilidade pelos pacientes. Neste sentido, medicamentos tópicos nasais permitem que substâncias ativas cheguem ao local, exercendo sua ação e atenuando o efeito sistêmico. Por isso, os hidrogéis figuram como estratégias importantes devido à sua capacidade de liberação. Assim, este trabalho objetivou desenvolver e caracterizar um hidrogel contendo extrato e frações de A. hispidum para o tratamento de doenças respiratórias leves. O material vegetal coletado foi identificado (n°94086) e, após caracterização e processamento, o método para controle químico por UV-vis foi validade para as partes aéreas e as raízes do A. hispidum. As condições de preparação e secagem dos extratos foram otimizadas através de desenhos experimentais (fatoriais clássicos e planejamento de misturas); considerando diferentes condições operacionais e adjuvantes de secagem (celulose, dióxido de silício coloidal e gelatina). Adicionalmente, foram obtidas e caracterizadas frações enriquecidas (FH, Fact e FAqr). Por fim, o potencial antinfúngico dos extratos foi avaliado “in vitro”.  Os hidrogéis termossensíveis sem e com os derivados vegetais foram preparados e caracterizados. Tanto as partes aéreas quanto as raízes de A. hispidum atenderam as especificações de qualidade estabelecidas pela Farmacopeia Brasileira (6°Ed). Os métodos analíticos apresentaram desempenhos compatíveis com as exigências estabelecidas pela RDC 166/2017, e foram consideradas seguras e confiáveis. Após otimização das operações de extração secagem, concluiu-se pela utilização de etanol:água 50% (v/v) como líquido extrator; enquanto o ajuste do secador foi de temperatura de secagem de 130°C, com fluxo de alimentação de 1L/h e a mistura de gelatina e dióxido de silício coloidal como adjuvante de secagem. Em relação à atividade fúngica, o extrato bruto apresentou CIM e CFM de 500 µg/mL e as frações de 250 (FH) e 125 µg/mL (FAct). Além disso, as amostras apresentaram baixa toxicidade (artêmias salinas). Por fim, hidrogéis preparados com Pluronic F127 ou pela mistura de Pluronic F127:Carbopol 940 (18:0,1; m:m) foram estáveis e permitiram a liberação dos fitocompostos. As formulações obtidas foram consideradas uma estratégia eficaz para a entrega de drogas e com estabilidade satisfatória. Entretanto, estudos complementares ainda precisam ser conduzidos para esclarecimento e comprovar a atividade frente a problemas respiratórios, assim como sua segurança.


8
  • AUYGNA PAMYDA GOMES DA SILVA
  • ESTUDO FARMACOBOTÂNICO, FITOQUÍMICO E COMPOSIÇÃO CENTESIMAL DOS ÓRGÃOS VEGETATIVOS DAS PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO CONVENCIONAIS: Plantago major L. (TANCHAGEM) E Xanthosoma maximilianii SCHOTT (TAIOBA)

  • Líder : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JENYFFER MEDEIROS CAMPOS GUERRA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 07-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Plantago major L. e Xanthosoma maximilianii Schott são Planta alimentícia não convencional (PANC). Pertencentes à família Plantaginaceae e Araceae respectivamente, conhecidas como tanchagem e taioba. São de fácil cultivo, pois são encontradas em jardins e quintais, porém perderam a popularidade de serem utilizadas na culinária. Apesar de ser uma alternativa de baixo custo para diversificação na dieta, existem poucos estudos referente a suas partes que contenham componentes necessários para a dieta, além disso quanto aos benefícios para a saúde e medicinais associados ao consumo dessas plantas. O objetivo deste trabalho foi realizar estudo farmacobotânico, histoquímico, fitoquímico e composição centesimal das espécies. Através de cortes das secções transversais e paradérmicos obtidos a mão livre, submetidos a descoloração por solução hipoclorito de sódio 50%, corados com Safrablau e Azul de metileno, montadas as lâminas, conduzidas em microscopia de luz e polarizada. Bem como, realizar a análise histoquímica, os reagentes utilizados de acordo com cada metabólito pesquisado, fornecem o diagnóstico das espécies estudadas. Além disso, foram realizadas análises da extração e quantificação dos cristais de oxalato de cálcio por titulação. A avaliação microscópica óptica de luz e de polarização viabilizaram a identificação e caracterização anatômicas da lâmina foliar, pecíolo e quando necessário o escapo floral. Revelando caracteres de diagnose como organização dos feixes vasculares na nervura central, do mesofilo e da epiderme. Também identificou caracteres distintos entre os espécimes avaliados como a presença de cristais. Por meio das técnicas histoquímicas evidenciou-se a presença de compostos para P.major L. na raiz foram identificados bioativos como alcaloides, mucilagens, lignina, pectinas, proteínas. E na lâmina foliar alcaloides, mucilagem, compostos fenólicos, proteínas, pectinas e ligninas. No rizoma de X. maximilianii destacou-se presença de alcaloides, compostos lipofílicos, ligninas, pectinas, proteínas, triterpenos e esteroides. Para a lâmina foliar foram evidenciados amido, compostos fenólicos e lipofílicos, além de proteínas, mucilagem, pectinas, ligninas e cristais de oxalato de cálcio. A análise fitoquimica possibilitou a identificação de P. major L. mono e sesquiterpenos, triterpenos e flavonoides. Para X. maximilianii apresentou mono e sesquiterpenos, triterpenos e esteroides, flavonoides e glicosídeos. O teor médio de oxalato total não foi considerado tóxico para a dieta, porém pode interferir na disponibilidade de cálcio. A composição centesimal possibilitou identificação do teor médio de umidade, cinzas, proteínas, carboidratos, extrato etéreopara ambas espécies., P. major L. e X. maximilianii destacaram-se pelo teor de proteínas. Devido à escassez sobre a caracterização farmacobotância, composição química, nutricional e a necessidade de divulgar e valorizar as PANC, portanto foram realizadas a condução deste trabalho sobre P. major L. e X. maximilianii. Com isso, através da identificação e caracterização das espécies, pode-se direcionar melhor o uso como alimento funcional ou fins medicinais. Por tanto, ampliando as informações cientificas dos órgãos vegetativos presentes nas espécies.  


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  • MICALEYDE SOARES DO EGITO
  • Obtenção e avaliação das propriedades tecnológicas de granulados à base de Libidibia ferrea para atividade anti-hiperglicemiante

  • Líder : ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • STÉFANI FERREIRA DE OLIVEIRA
  • Data: 21-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Sendo vista como um problema de saúde pública por seu rápido aumento de acometidos ao longo dos anos, alta relação com outras comorbidades e falta de um tratamento definitivo, a diabetes mellitus (DM) se apresenta como um conjunto de distúrbios metabólicos resultantes de alterações na ação e/ou secreção da insulina. Vê-se os fitomedicamentos como um aliado para o desenvolvimento de novos medicamentos. A Libidibia ferrea, já conhecida por inúmeras atividades biológicas, incluindo a anti-hiperglicemiante, se tornou um objeto de estudos para outras opções de tratamento dessa patologia. Os granualdos, parte dos sistemas multiparticulados, demonstram potencial ao se tratar de medicamentos que necessitam de um efeito de longa duração, sendo esta uma grande vantagem para adesão ao tratamento. Com isso, este trabalho teve como objetivo a obtenção e avaliação da matéria-prima vegetal (MPV), solução extrativa (SE) e extrato seco de L. ferrea (ESLF),bem como o desenvolvimento e caracterização físico-química de granulados à base de L. ferrea,  a fim de sugerir uma formulação que sirva como opção farmacológica para pacientes acometidos pela DM. A partir dos objetivos propostos, foram realizados testes como: determinação granulométrica, cinzas totais, sulfatadas e insolúveis em ácido, índice de intumescência e triagem fitoquímica para a MPV, determinação de pH, densidade relativa e resíduos secos em extratos fluídos para SE e determinação de umidade, triagem fitoquímica, doseamento de taninos e características reológicas para o ESLF. Os resultados demonstraram gama de metabólitos secundários, como os taninos, e características físico-químicas que, antes deficientes, se mostraram promissoras ao serem manipulados em granulados, indicando formação viável e um potencial novo produto a seguir para testes pré-clínicos.


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  • MARCILENE SOUZA DA SILVA
  • Atividade larvicida do extrato etanólico das folhas frescas de Croton cordiifolius sobre Aedes aegypti e análise toxicológica em Mus musculus

  • Líder : IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • MARIZA SEVERINA DE LIMA SILVA
  • Data: 27-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • As plantas são compostas de substâncias bioativas que permitem a defesa contra insetos, dessa forma, se tornam importantes para produção de inseticidas naturais, os quais podem atuar no controle de mosquitos vetores de doenças, a exemplo de Aedes aegypti Linnaeus, 1762. No entanto, para estabelecer uma segurança na utilização de extratos botânicos, para formulação de inseticidas naturais, é necessário realizar estudos toxicológicos agudos utilizando a matéria-prima. Assim, o objetivo dessa pesquisa será avaliar a atividade inseticida do extrato etanólico bruto das folhas Croton cordiifolius sobre larvas de Aedes aegypti e toxicidade aguda em camundongos Mus musculus Linnaeus, 1758. O ensaio larvicida foi realizado de acordo com metodologia preconizada pela Organização Mundial da Saúde (WHO, 2005). Para a realização desses ensaios foram utilizadas 20 larvas de terceiro instar por repetição, as quais foram expostas a diferentes concentrações do extrato (14; 10; 7; 3,5; 1,35;  e 0,87 mg mL-1). A toxicidade aguda seguiu o protocolo proposto pela OECD (2001), iniciando com a dose de 2000 mg mL-1 e administrada por via oral nos camundongos. O extrato etanólico de C. cordiifolius demonstrou atividade inseticida, causando 85% e 100% de mortalidade larval nas concentrações de 10 e 14 mg mL-1 respectivamente, após 48 horas de exposição. A toxicidade aguda teve uma DL50 estimada de ≥ 5000 mg kg-1, que foi classificada como categoria 5 (baixa de toxicidade). A partir dos conhecimentos gerados pode-se constatar o potencial larvicida e uma baixa toxicidade em mamíferos quando expostos ao extrato etanólico C. cordiifolius, demonstrando uma possível indicação de forma segura do uso do extrato vegetal para formulação de inseticidas naturais.


11
  • MARIA SANTA SILVA LEAL FERREIRA DE MEDEIROS
  • Potencial antimicrobiano dos óleos essenciais de Coriandrum sativum (coentro) e Origanum vulgare (orégano) frente cepas clínicas de Staphylococcus aureus multirresistentes

  • Líder : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CICERO PINHEIRO INACIO
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 02-abr-2024


  • Resumen Espectáculo
  • As taxas de mortalidade e o tempo de internação de pacientes infectados com microrganismos resistentes são quase duas vezes maiores que as daqueles infectados com cepas suscetíveis. Staphylococcus aureus é um dos principais agentes etiológicos de infecções hospitalares e é responsável pela inativação de vários antibióticos, representando uma séria ameaça à saúde pública. Compostos naturais representam abordagem terapêutica promissora no tratamento de infecções por microrganismos, dentre os quais Coriandrum sativum (coentro) e Origanum vulgare (orégano) destacam-se pelas propriedades antimicrobianas relacionadas às suas composições fitoquímicas. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antimicrobiana dos óleos essenciais de C. sativum e de O. vulgare frente cepas de S. aureus, incluindo com multirresistência, e elucidar, a partir da cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa, os seus compostos sugerindo possíveis mecanismos de ação. Os óleos essenciais foram testados frente células planctônicas de 2 isolados de S. aureus pelo método de disco-difusão e microdiluição em caldo. O óleo essencial de coentro apresentou os resultados mais significativos, com concentração bactericida de 416 mg/L e inibitórias de 208 mg/L para S. aureus ATCC 6538 e S. aureus 29213 MRSA. Já o óleo de orégano teve concentrações inibitórias de 416m/L para S. aureus ATCC 6538 e 208 mg/L para S. aureus 29213 MRSA, bem como atividade bactericidas em concentrações mais elevadas de 833 mg/L para S. aureus 6538 e 416 mg/L para S. aureus 29213. Os resultados deste estudo destacam o potencial antimicrobiano do óleo essencial de O. vulgare e C. sativum, especialmente por apresentarem em sua composição a presença de linalol e carvacrol, componentes reconhecidamente antibacterianos. 


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  • DÊNIS ROBERTO DA SILVA
  • SÍNTESE DE 3-CLOROMETIL-1,2,4-OXADIAZOLINA DI-ARILADAS PARA OBTENÇÃO DE HÍBRIDOS POTENCIALMENTE ANTICHAGÁSICOS

  • Líder : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • FELIPE NEVES COUTINHO
  • Data: 19-abr-2024


  • Resumen Espectáculo
  • As doenças negligenciadas acometem pessoas em todo mudo, principalmente, aquelas em estados de vulnerabilidades socioeconômicas. Dentre essas estão a Doença de Chagas que é uma infecção causada pelo protozoário Trypanosoma Cruzi, se caracterizando em fase aguda e crônica. No tratamento dessas doenças várias dificuldades são encontradas, as principais estão relacionadas a grande quantidade de efeitos colaterais dos medicamentos existentes, a ineficácia terapêutica na fase crônica da doença e o aparecimento de resistência medicamentosa. Há relatos na literatura, onde oxadiazolinas, apresentam excelentes atividades biológicas, dentre estas antimicrobiana, anticancerígena e anti-inflamatória, e que os compostos heterocíclicos estão presentes em fármacos de grande importância terapêutica e no desenvolvimento de moléculas bioativas. Logo, este trabalho visa a síntese e elucidação molecular de novos derivados cloros oxadiazolínicos para a obtenção de híbridos com potenciais atividades antichagásicas. A cicloadição 1,3 dipolar entre óxidos de nitrila (dipolo) com iminas (dipolarófilo) é destacada como o método mais empregado para a obtenção de 1,2,4-oxadiazolinas. Com isso, iminas di-arialas, sintetizadas previamente, foram submetidas a uma reação de cicloadição 1,3 dipolar com N-óxido de nitrila, gerado in situ, para obtenção de ésteres oxadiazolínicos di-arilados. Posteriormente, as oxadiazolinas di-ariladas obtidas foram reduzidas aos seus respectivos álcoois na posição C3 do éster formado por meio de NaBH4. Em seguida, em meio diclorometânico os derivados cloro oxadiazolínicos em C3 foram obtidos a partir da reação com cloreto de tionila, alcançado rendimentos em torno de 38%. Ao final, as moléculas sintetizadas foram caracterizadas por métodos espectrométricos (RMN 1H, RMN 13C e IVFT) e tiveram propriedades físico-químicas determinadas. Os compostos finais foram sintetizados com sucesso demostrando um grande potencial e versatilidade sintética da metodologia desenvolvida na obtenção de heterocíclicos com possíveis atividades biológicas, entretanto, o processo de síntese e de purificação devem ser otimizados. 


Tesis
1
  • DANIEL CHARLES DOS SANTOS MACEDO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA DE LIPOSSOMAS CONTENDO ÁCIDO ÚSNICO E REVESTIDO COM FUCANA FRENTE À Klebsiella pneumoniae E AVALIAÇÃO DA NANOTOXICIDADE UTILIZANDO O MODELO ALTERNATIVO IN VIVO Caenorhabditis elegans

  • Líder : NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • NEREIDE STELA SANTOS MAGALHAES
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • CRISTIANO APARECIDO CHAGAS
  • IDJANE SANTANA DE OLIVEIRA
  • NOEMIA PEREIRA DA SILVA SANTOS
  • Data: 22-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Dentre os agentes etiológicos da pneumonia, destaca-se a Klebsiella pneumoniae (K. pneumoniae), bactéria gram-negativa, produtora de biofilme e resistente a beta-lactâmicos e carbapenêmicos. Ativos antimicrobianos têm sido explorados, a exemplo do ácido úsnico (AU), o qual possui ampla atividade antibacteriana. No entanto, o AU apresenta baixa solubilidade em água, cardiotoxicidade e hepatotoxicidade, limitando sua utilização na forma livre. Assim, a encapsulação deste fármaco em nanocarreadores, como os lipossomas, por exemplo, pode reduzir sua toxicidade. Ademais, a inserção de moléculas na superfície dos lipossomas, como a fucana (Fuc), favorece o direcionamento dos nanocarreadores para o sítio de infecção da pneumonia. Apesar das vantagens da nanotecnologia, a avaliação da toxicidade in vivo dos nanossistemas é de suma importância, uma vez que comprova a segurança das formulações. Assim, modelos in vivo alternativos têm sido propostos, como por exemplo, o Caenorhabditis elegans (C. elegans). Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ingestão e a toxicidade de lipossomas contendo ácido úsnico e revestidos com fucana (AU-Lipo-Fuc), utilizando como modelo in vivo C. elegans. AU-Lipo-Fuc foram obtidos pelo método de hidratação do filme lipídico e caracterizados através de tamanho médio de vesículas (TP), índice de polidispersão (PDI), potencial zeta (ζ) e eficiência de encapsulação (EE%). A fim de avaliar a ingestão das formulações, 100 vermes no estágio L4 foram expostos aos lipossomas marcados com rodamina-B (Lipo-Rod) e analisados por microscopia de fluorescência. Para avaliação da toxicidade, vermes L4 foram expostos a diferentes concentrações de lipossomas contendo AU (Lipo-AU), AU-Lipo-Fuc (1; 2; 3; 4 e 5 μg/mL), e concentrações equivalentes de Lipo e lipossomas revestidos com fucana (Lipo-Fuc) (1,8; 3,6; 5,4; 7,2; 9 μM), durante 24 h e em seguida determinados os parâmetros CL50, batimento faríngeo, ovo-produção e ovo-posição dos vermes. O tamanho dos Lipo-AU, Lipo-Fuc e AU-Lipo-Fuc (120,9 ± 0,8; 241,2 ± 41,1 e 1441,6 ± 341,4 nm, respectivamente) foi maior que Lipo (104,8 ± 0,9 nm). Todas as formulações apresentaram PDI abaixo de 1 e aquelas contendo AU apresentaram EE% > 97%. Após 24h, a fluorescência mostrou que Lipo-Rod estiveram distribuídos através do tubo intestinal dos vermes, evidenciando a efetiva ingestão do nanocarreador. Após 24 h de exposição, houve 100% de sobrevivência, sem alteração do batimento faríngeo, resultados que evidenciam ausência de nanotoxicidade das formulações. Além disso, os resultados de ovo-produção e ovo-posição revelam, respectivamente, que as diferentes formulações não alteraram a biossíntese de vitelogenina, responsável pela produção de ovos pelo verme, nem provocaram a senescência do sistema reprodutor, uma vez que não houve a formação de “worm bags”, termo que designa a retenção dos ovos no útero do verme. Análises de sobrevivência, desenvolvimento, comportamento e reprodução do C. elegans são parâmetros sensíveis para avaliar a toxicidade causada por nanossistemas. Assim, os resultados aqui expressos evidenciam, preliminarmente, a segurança in vivo de AU-Lipo-Fuc para possível tratamento de infecções provocadas pela K. pneumoniae.


2
  • VICTOR HUGO BARBOSA DOS SANTOS
  • EFEITOS DO BACILLUS CEREUS SOBRE A ESQUISTOSSOMOSE  MANSONI: ESTUDO DA RESPOSTA IMUNOLOGICA E ALTERAÇÕES  INTESTINAIS

  • Líder : MONICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • MARIA BERNADETE DE SOUSA MAIA
  • MARIO RIBEIRO DE MELO JUNIOR
  • MONICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 28-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Segundo a Organização Mundial da Saúde, a esquistossomose é uma doença  parasitária e endêmica, a qual é relatada em 78 países tropicais e subtropicais.  No entanto, a quimioterapia preventiva é recomendada em 54 países com  registros de transmissão moderada e alta. Estima-se que mais de 240 milhões  de pessoas estejam infectadas e mais de 700 milhões habitam em áreas de alto  risco. Atualmente, o tratamento para esquistossomose é por meio do  quimioterápico Praziquantel (PZQ), um derivado pirazinoisoquinolona. Apesar da  sua eficácia, o PZQ apresenta limitações. Os probióticos são definidos como  “Microrganismos vivos que, quando administrados em quantidades adequadas,  conferem um benefício ao hospedeiro”. Como a participação do metabolismo de  vitaminas (cobalamina, biotina e tiamina), metabolismo de carboidratos, lipídeos,  ácidos graxos de cadeia curta, ácidos orgânicos, imunomodulação e competição  por sítios nos enterócitos. O presente estudo teve como objetivo avaliar os  efeitos do Bacillus cereus (GM) sobre a resposta imunológica e as alterações  intestinais na esquistossomose mansoni experimental aguda. O estudo foi  realizado utilizando 50 camundongos fêmeas Swiss Webster e dividido em 5  grupos: Grupo 1 (Controle não infectado recebendo veículo), Grupo 2 (Controle  não infectado recebendo B. cereus (GM), Grupo 3 (Profilático, tratado com B.  cereus (GM) 15 dias antes da infecção), Grupo 4 (Terapêutico, tratado após 35  dias de infecção com B. cereus (GM), Grupo 5 (Controle infectado recebendo  veículo). Os esporos de Bacillus cereus (GM) foram obtidos a partir do produto  comercial Biovicerin®. Os esporos foram calibrados para uma concentração final  de 106UFC/mL e administrados num volume de 0,3 mL via gavagem. Os  camundongos (n=30), previamente anestesiados, foram submetidos à infecção  via per cutânea com uma suspensão cercariana contendo em média 50 cercárias de Schistosoma mansoni (Cepa BH). Após 90 dias, os animais foram  anestesiados para coleta da amostra sanguínea e remoção de forma asséptica  do baço e cultura dos esplenócitos para coleta do sobrenadante. A perfusão foi  realizada para recuperação e contagem da carga parasitária. Fezes do intestino  delgado foram coletadas para a realização da cultura e contagem das Unidades  Formadoras de Colônias. Fragmentos do intestino e fígado foram coletadas para análise do oograma, digestão hepática e histologia. A redução da carga  parasitária foi de 43,36% e 25,18% nos grupos 3 (profilático) e 4 (terapêutico), já  de vermes fêmeas foi de 48,82% e 29,13%, respectivamente. Quanto aos ovos  retidos no fígado, houve redução em 57,51% e 56,23% no grupo 3 e 4,  respectivamente. O oograma não apresentou diferença significativa, no entanto  houve alteração no padrão de oviposição. O B. cereus (GM) proporcionou a  manutenção da massa corporal nos grupos infectados, enquanto no controle  infectado houve perda gradativa. Sendo assim, a administração do Bacillus  cereus (GM) proporciona benefícios no quadro infeccioso por Schistosoma  mansoni (Cepa BH), em especial, quando ingeridos antes da infecção.

3
  • JANAINA CARLA BARBOSA MACHADO
  • Estudo químico, avaliação biológica e desenvolvimento tecnológico de comprimidos a partir das folhas de P. granatum.

  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ARNOBIO ANTONIO DA SILVA JUNIOR
  • BOLÍVAR PONCIANO GOULART DE LIMA DAMASCENO
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 29-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A utilização de insumos vegetais como matéria prima para produção de medicamentos apresenta diversos desafios. Entre eles destacam-se diversas fontes de variabilidade, que permeiam desde o cultivo da matéria prima vegetal até o desenvolvimento do produto acabado. Algumas estratégias podem ser aplicadas para minimizar o impacto das fontes de variações, entre as quais estão: conhecer as principais características do material a ser utilizado, e estabelecer a padronização dos materiais, processos e produtos envolvidos na cadeia produtiva. Nesse sentido, o propósito do presente trabalho foi a caracterização química e biológica das folhas P. granatum com foco no desenvolvimento de comprimidos. Para tanto, um estudo sistemático foi conduzido para análise do material vegetal das folhas de P. granatum, iniciando pela caracterização físico-química; seguindo pelo desenvolvimento analítico, e, por fim, obtenção de produtos secos aptos a compressão. A caracterização físico-química resultou no estabelecimento do tamanho de partículas médio (290µm ± 12µm); do teor máximo de água (9,30 ± 0,98%), do teor máximo de cinzas (6,60 ± 0,15%), e o perfil químico revelou a presença de açúcares redutores, taninos hidrolisáveis, terpenos e flavonoides. Os métodos de quantificação por espectrofotometria e cromatografia líquida foram validados, apresentando adequabilidade e reprodutibilidade para quantificação de polifenóis totais (TPT=17,66 ± 2,40g%); de taninos totais (TTT = 13,63 ± 3,00g%), de flavonoides totais (TFT = 4,02 ± 0,62g%), e de marcadores na MPV (ác. elágico = 0,45 ± 0,03 mg/g; ác. gálico = 0,22 ± 0,05 mg/g e flavonoide = 0,35 ± 0,08 mg/g). A solução extrativa apresentou as seguintes características: densidade = 0,9517 ± 0,032g/cm3; pH = 4,83 ± 0,14; resíduo seco =2,19 ± 0,10%; e TTT = 13,24 ± 1,39g%. Considerando a secagem da solução extrativa, a secagem por aspersão foi eficiente para obter produtos secos com elevada estabilidade física e química, bem como melhores propriedades tecnológicas: fator de Hauser (FH) =1,43 ± 0,16, índice de Carr (IC) = 31,85 ± 0,80% e ângulo de repouso (AR) = 32,0 ± 0,34° empregando 150°C e fluxo de alimentação 0,6 L/h, com a mistura de adjuvantes lactose:aerosil:goma xantana (5,0:3,5:1,5). O produto seco foi granulado por via seca em compressora alternativa, utilizando 0,5% de agente lubrificante. Os compactos obtidos a partir dos grânulos do produto seco apresentaram baixa variação de peso e reduzida friabilidade (0,09%), dureza adequada (126,34 N) e que não interfere na capacidade de desintegração (12:02 min) dos mesmos. Os estudos in vitro demonstraram a capacidade em eliminar radicais livres e ação antifúngica do extrato e frações. Dessa forma, os resultados alcançados até o momento sugerem que o emprego das folhas de P. granatum como insumo ativo vegetal para o desenvolvimento de comprimidos apresentam viabilidade química, biológica e tecnológica, e poderá ampliar o leque de materiais vegetais com potencial terapêutico, bem como, fornecendo dados de especificações da matéria prima, produtos intermediários e acabado, métodos de controle de qualidade e processos de transformações para adequar o insumo vegetal à produção de formas sólidas com a qualidade necessária.

4
  • CAIO CEZAR OLIVEIRA DE LUCENA
  • Estudo Fitoquímico bioguiado de Zanthoxylum gardneri Engl. (Rutaceae) – Pau d’óia

  • Líder : RAFAEL MATOS XIMENES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • RAFAEL CARLOS FERREIRA
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • IASMINE ANDREZA BASILIO DOS SANTOS ALVES
  • IVANA MARIA FECHINE
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • Data: 29-feb-2024


  • Resumen Espectáculo
  • No semiárido brasileiro, o bioma Cerrado recebe destaque pela grande diversidade e  endemismo de espécies vegetais características de suas diferentes áreas  fitofisionômicas. Além disso, comunidades que vivem nessa região fazem uso medicinal de várias plantas desse bioma, uma vez que suas espécies são potencialmente  ricas em propriedades curativas, as quais podem ser utilizadas como fontes de novas  substâncias bioativas para o desenvolvimento direto ou indireto de novos  medicamentos. Assim, se faz necessário a valorização do conhecimento químico das  espécies dessa região, uma vez que seus representantes ainda são pouco estudados  acerca da ação bioativa de suas moléculas. Espécies do gênero Zanthoxylum são  amplamente utilizadas na medicina popular, principalmente a casca do caule, para dores  de dente, febre, infecção, inflamação, problemas estomacais, diabetes, como antiofídica,  antitumoral, entre outros. Quimicamente, este gênero é caracterizado pela presença de  alcaloides com núcleo benzilisoquinolínico e aporfínico, cumarinas, lignanas, amidas e  flavonoides, sendo também comum a presença de óleo essencial nas suas espécies. Estes  constituintes conferem a estas espécies diversas atividades farmacológicas, tais como  antitumoral, antimicrobiana, antifúngica, anti-inflamatória, antinoceptiva, inseticida e  anti-helmíntica. Zanthoxylum gardneri Engl. é uma arvore popularmente conhecida  como pau d’óia, laranjinha ou catuaba-de-espinho, encontrada em regiões de carrasco e  cerrado dentro do domínio fitogeográfico da Caatinga, como no município de Exu (PE),  sendo sua presença representativa no Ceará, principalmente na Chapada do Araripe. Em  alguns estudos etnobotânicos da região, a planta é citada como anti-inflamatória e  cicatrizante. Porém, não existe nenhum trabalho na literatura sobre as atividades  farmacológicas desta espécie. Diante do amplo arsenal de substâncias bioativas na  família Rutaceae e no gênero Zanthoxylum, observa-se a necessidade de um maior  conhecimento químico e farmacológico a respeito de Z. gardneri, por meio de estudos  pelo isolamento bioguiado, caracterização estrutural e determinação da atividade  biológica dos metabólitos secundários desta espécie. Assim, estudos sobre o potencial  químico e farmacológico das espécies medicinais presentes no Nordeste brasileiro  podem contribuir não só para a valorização ecológica dessa região fitogeográfica, mas  também para a seleção de espécies para bioprospecção de novas moléculas, com retorno  para a conservação da biodiversidade vegetal.

5
  • ANA ROSA BRISSANT DE ANDRADE LUSTOSA
  • APLICAÇÃO DE TÉCNICAS IN VITRO E IN VIVO PARA QUANTIFICAÇÃO DE RESÍDUOS DE DIMETOATO COMO ESTRATÉGIA PARA AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DE TRABALHADORES ENVOLVIDOS NA AGRICULTURA FAMILIAR

  • Líder : LEILA BASTOS LEAL
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • OCTAVIO AUGUSTO FRANCA PRESGRAVE
  • DAVI PEREIRA DE SANTANA
  • FERNANDO JOSE MALAGUENO DE SANTANA
  • JEYMESSON RAPHAEL CARDOSO VIEIRA
  • LEILA BASTOS LEAL
  • Data: 07-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • Os agrotóxicos são substâncias empregadas na agricultura para proteger as plantas contra pragas e promover um alto rendimento das culturas e seus derivados. No entanto, o contato dos trabalhadores rurais com estes produtos, primariamente através da pele, da via inalatória e da mucosa ocular, pode expô-los a inúmeros riscos à saúde, como irritação dérmica, parestesia alterações nos sistemas cardiovascular, respiratório, alterações hematológicas e reações alérgicas. Sendo assim, este trabalho busca avaliar a exposição dérmica (ED) ao Dimetoato de trabalhadores agrícolas, após 4 horas de aplicação rotineira em plantação de limão, e de forma complementar, avaliar a concentração em saliva, mucosa nasal e fluido lacrimal. Ao mesmo tempo, tem como onjetivo realizar e avaliar permeações in vitro de dimetoato através de mucosas esofágica, sublingual, jugal e nasal de porco, peles humana, de porco e rato, utilizando células de difusão vertical e horizontal. No estudo in vivo, a metodologia empregada para a retirada do estrato córneo (EC) foi o tape-stripping, associado a dosagem dos agrotóxicos nos patches de algodão aderidos asvestimentas dos trabalhadores. O doseamento foi realizado por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência acoplada à espectrometria de massas. No estudo in vivo, a média de dimetoato obtida para ED foi de 342,19 ± 487,14 mg/dia, a porcentagem de dose tóxica por hora foi maior que os demais agrotóxicos, e os fatores de penetração no EC variaram entre 0,5-14,81 e 0,05-53,96% para nuca e braços, respectivamente. Nos estudos IVPT, a absorção de dimetoato através da pele humana foi de 14,75% e o valor padrão, na ausência de dados experimentais, para este produto é de 70%. Os resultados mostram que na agricultura familiar há exposição dermal, principalmente relacionada a deficiência de vestimentas corretas durante a aplicação de agrotóxicos, o que deixa os trabalhadores mais vulneráveis.

6
  • JOANDRA MAISA DA SILVA LEITE
  • DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS POLÍMERICAS PARA O TRATAMENTO DA TUBERCULOSE

  • Líder : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
  • FABIO ROCHA FORMIGA
  • MARIANE CAJUBA DE BRITTO LIRA NOGUEIRA
  • FRANCISCO HUMBERTO XAVIER JÚNIOR
  • Data: 08-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A isoniazida (ISN) é um fármaco utilizado no tratamento da tuberculose com alta hidrofilicidade e baixo peso molecular. Nanopartículas poliméricas (NPs) surgiram como uma abordagem promissora para superar os problemas associados ao tratamento da tuberculose. Estudos relatam que o encapsulamento de fármacos hidrofílicos em NPs é um desafio, devido à propensão de lixiviação da fase aquosa interna para a fase aquosa externa. O objetivo do estudo é desenvolver e caracterizar NPs de PLGA revestidas com quitosana (CHI) para encapsulamento de ISN, guiado por dinâmica molecular e avaliação de fatores que interferem na eficiência de encapsulamento (EE) e drug loading (DL) para fármaco hidrofílico. Pela dinâmica molecular foi possível prever que o sistema de polímeros e fármaco é capaz de atingir equilíbrio, estabilidade e compacidade estrutural. O mapa de potencial eletrostático mostrou que PLGA, CHI e ISN são capazes de interagir através de interações eletrostáticas. As ligações químicas que prevalecem entre os polímeros e o fármaco são interações de Van der Waals e ligações de hidrogênio. A NP foi otimizada utilizando planejamento fatorial fracionário 24-1. A EE (23,3%) e DL (5,66%) foram previstos pelo estudo da dinâmica molecular, devido à prevalência de interações eletrostáticas passíveis de dissociação para a fase aquosa, porém moléculas que realizam ligações de hidrogênio favorecem EE e DL. A NP apresentou formato esférico com revestimento denso, liberação sustentada e viabilidade celular contra células A549. A NP desenvolvida é uma candidata promissora para o tratamento da tuberculose por administração pulmonar.

7
  • BRUNA PEREIRA DA SILVA
  • INCORPORAÇÃO DE ZINCOPORFIRINAS EM HIDROGÉIS PARA APLICAÇÃO EM INATIVAÇÃO FOTODINÂMICA


  • Líder : BEATE SAEGESSER SANTOS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • CHRISTIANE PHILIPPINI FERREIRA BORGES
  • DANIELLE PATRICIA CERQUEIRA MACEDO
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 12-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • O aumento da resistência bacteriana a diversas classes de antibióticos tem sido preocupante. Novas alternativas de tratamento vem sendo alvo de pesquisas, como é o caso da inativação fotodinâmica), mediada por luz em comprimento de onda adequado, fotossensibilizador e oxigênio molecular, que combinados levam a um estresse oxidativo e morte das células-alvo. Infecções cutâneas superficiais até mais invasivas como é o caso da mastite, podem ser ocasionadas por agentes infecciosos multirresistentes como Staphylococcus aureus (S.aureus). Neste trabalho, zincoporfirinas foram caracterizadas e incorporadas em géis poliméricos para serem utilizadas na inativação fotodinâmica de cepas de S.aureus. ZnP Etil e ZnP Hexil foram utilizadas como FSs e hidroxietilcelulose, carbopol e alginato foram testados como base polimérica, além de utilizar o propilenoglicol e ureia como agentes de permeação para as formulações tópicas. Apesar da geração de EROs pelo método RNO ter sido semelhante para ZnP Etil (79,9%) e Znp Hexil (78,2%) os resultados de inativação fotodinâmica preliminar para S.aureus isolada da mastite bubalina, nas concentrações de 1 e 5 uM e no tempo de irradiação de 60s usando LEDbox azul (410nm), demonstrou que a ZnP Hexil foi mais efetiva nos testes in vitro, sendo a selecionada para o estudo. O gel de hidroxietilcelulose (1%) demonstrou maior compatibilidade com o FS, através da avaliação dos espectros de absorção, emissão e características organolépticas. O planejamento fatorial utilizando os agentes de permeação demonstrou que as formulações na presença de ureia tiveram melhores resultados na produção de EROs (58,5%), enquanto quando utilizado o propilenoglicol (48,7%) e que a irradiação no comprimento de onda de 450 nm não é apropriado para a ZnP Hexil, pela redução de EROs produzida. O método de leitura de microplaca para inativação fotodinâmica com os parâmetros determinados no estudo não demonstraram reprodutibilidade, sendo a contagem de unidade formadora de colônias (UFC/mL) adotada como método para inativação. Através dos ensaios com S.aureus ATCC e S.aureus isolada da mastite, foi observado possível toxicidade no escuro do FS na concentração de 5uM e que a concentração de 1 uM e tempo de irradiação de 1 minuto foram suficientes para inativar totalmente os MO estudados. Portanto, até o momento a ZnP Hexil demonstrou uma grande efetividade fotodinâmica nos testes in vitro em solução, sendo necessário mais testes com os hidrogéis desenvolvidos e cepas de S.aureus para facilitar a aplicação do FS na terapia fotodinâmica. 


8
  • LUCAS FERREIRA DE ALMEIDA
  • Desenvolvimento de Comprimido Mucoadesivo de Liberação Prolongada para o Tratamento de Candidíase Vaginal a partir de Eugenia uniflora L.

  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DEYSIANE OLIVEIRA BRANDÃO
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • GEOVANI PEREIRA GUIMARÃES
  • LARISSA ARAUJO ROLIM
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • Data: 15-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A candidíase vulvovaginal é a segunda maior causa de vaginites e pode atingir 75% das mulheres pelo menos uma vez na vida, afetando significativamente a qualidade de vida. Os medicamentos utilizados no tratamento convencional dessa patologia apresentam efeitos adversos importantes e vem enfrentando um aumento dos casos de resistência fúngica. Nesse contexto, o estudo de plantas entra como fonte para o desenvolvimento de novos medicamentos fitoterápicos, podendo ser inseridos em formas farmacêuticas sólidas mucoadesivas capazes de promover ação local prolongada. Portanto, este estudo teve como objetivo desenvolver comprimidos mucoadesivos de liberação prolongada a partir de Insumo Farmacêutico Ativo Vegetal (IFAV) das folhas de Eugenia. uniflora para o tratamento tópico de candidíase vulvovaginal. De início, a composição química das folhas de E. uniflora foi determinada por CCD e posteriormente por UV-vis e CLAE integrados a um planejamento de mistura simplex centroide. A atividade antimicrobiana foi determinada e caracterizada, e avaliou-se a capacidade antioxidante e o potencial tóxico in vitro. A toxicidade in vivo dos extratos foi explorada em dose única (2000 mg/kg) em camundongos por via oral. Para a avaliação da toxicidade subaguda, acompanhou-se um tratamento diário com os extratos em diferentes doses (250, 500 ou 1000 mg/kg) por 28 dias, sendo investigados quanto a ocorrência de alterações comportamentais, bioquímicas, hematológicas e morfológicas de múltiplos órgãos. Também foi avaliada a genotoxicidade in vivo dos extratos em eritrócitos murinos por meio do ensaio do micronúcleo. Com base nesses estudos, o extrato mais promissor foi caracterizado e analisado em misturas binárias com excipientes (1:1, p/p) por meio de DTA, TG e FTIR, que com o auxílio de técnicas quimiométricas (PCA e HCA), avaliou-se indícios de incompatibilidade. Como resultado, o teor de flavonóides variou em 2,63-7,98% p/p e taninos em 5,42-18,29%p/p. Os extratos foram compostos por ácido gálico (0,09-1,29%; p/p), ácido elágico (0,09-0,37%; p/p) e miricitrina (0,18-1,20%; p/p). O sistema solvente de maior sucesso foi água: etanol: propilenoglicol resultando em extrato de maior nível de atividade (AEP). Os extratos apresentaram propriedades fungicidas (3,9 μg/mL) e o EAP foi capaz de reduzir a ocorrência de importantes formas de resitência de C. albicans e inibir efetivamente a fase log de crescimento deste microsganismo; apresentaram também alta atividade antioxidante (IC50: 9,50 μg/mL) baixa toxicidade e biocompatibilidade preliminar in vitro. Doses únicas de 2000 mg/Kg não revelaram sinais de toxicidade in vivo. Doses diárias de H2O não apresentaram riscos, entretando, EtOH (500 e 1000 mg/kg) e EAP (1000 mg/kg) administrados por 28 dias induziram uma leve alteração nos parâmetros bioquímicos. Esses extratos, por outro lado, reduziram os níveis séricos de colesterol e triglicerídeos em camundongos. Além disso, não apresentaram danos genéticos no ensaio do micronúcleo nas doses testadas (1000 e 2000mg/kg), indicando a ausência de genotoxicidade. Diante destes resultados, o extrato AEP mostrou-se o mais adequado para compor o estudo de pre-formulação. No estudo de compatibilidade, indícios de interação AEP-excipientes farmacêuticos foram verificados por DTA, TG e nas PCAs e HCAs correspondentes, entretanto, foram descartadas incompatibilidades químicas por FTIR com o auxilio das técnicas de reconhecimento de padrão. Assim, foi considerado que os insumos dióxido de silício coloidal, estearato de magnésio, carbopol, celulose microcristalina 101, hidroxipropilmetilcelulose e quitosana estão aptos a integrar a formulação contendo AEP. Portanto, este estudo permitiu a obtenção de extrato otimizado das folhas de E. uniflora (AEP) com alto teor de fenólicos, com comprovada eficácia antifúngica e segurança,configurando uma alternativa promissora para aplicação como IFAV na produção de comprimidos mucoadesivos. 


9
  • LARISSA PEREIRA ALVES
  • "DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS, UTILIZANDO O EXTRATO DE AMOREIRA (Morus nigra L.), CONTRA A HIPERTENSÃO ARTERIAL, PARA OBTENÇÃO DE FORMA FARMACÊUTICA"

  • Líder : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANILO AUGUSTO FERREIRA FONTES
  • FABIO ROCHA FORMIGA
  • HELIDA MARIA DE LIMA MARANHAO BRASILEIRO
  • LARISSA ARAUJO ROLIM
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • Data: 22-mar-2024


  • Resumen Espectáculo
  • A hipertensão é uma doença crônica definida como pressão arterial sistólica e diastólica  igual ou superior a 140/90 mmHg, ocupando o primeiro lugar na lista da contagem global. No Brasil, os medicamentos disponíveis promovem efeitos adversos e baixa adesão ao  tratamento. Por isso, uma das alternativas que podem contornar esses problemas estão a  utilização de novas formulações e compostos que podem oferecer uma eficácia melhor  ou adicional no controle da pressão arterial. Entre as alternativas, as folhas de Morus  nigra L. vem sendo extensivamente explorada devido a presença de diversos metabólitos  secundários, que podem apresentar uma série de benefícios, dentre eles: regulação da  pressão arterial. A encapsulação desses compostos fenólicos em nanopartículas poliméricas (NPs), podem conferir uma liberação prolongada e/ou controlada, maior  absorção intestinal e biodisponibilidade oral, o que pode aumentar a adesão dos pacientes  ao tratamento. Nesse contexto, esse trabalho visa desenvolver NPs contendo compostos  fenólicos a partir do extrato aquoso de Morus nigra L. como alternativa terapêutica de  uso oral para hipertensão arterial. Inicialmente, houve um controle e padronização das  condições extrativas do extrato de Morus nigra L. obtido por folhas de duas localidades  diferentes (Pernambuco (PE) e Paraíba (PB), Brasil), utilizando um planejamento fatorial  fracionado para maximização dos compostos majoritários por cromatografia liquida de  alta eficiência. Além disso, foi determinado o teor de compostos fenólicos totais, bem  como, atividade antioxidante para comparação dos extratos escolhidos. Para o  desenvolvimento das formulações, foi efetivada uma otimização através de planejamento  experimental de triagem (fatorial fracionado) e de superfície (Box-Behnken), que  possibilitou a escolha de NPs com melhor tamanho, índice de polidispersão (PDI),  potencial zeta (PZ) e eficiência de encapsulamento (EE) através de duas técnicas de  obtenção de NPs (nanoprecipitação e dupla emulsificação por evaporação do solvente). Além disso, foi obtido o teste de compatibilidade entre os componentes da formulação  utilizando Espectroscopia de Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR) e  Termogravimetria (TG). Os NPs escolhidos também foram caracterizados por testes in  vitro de cinética de liberação e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Desta forma,  a maior concentração de fenólicos consistiu do extrato obtido da PB com 7,05 mg  equivalentes de ácido gálico/g de amostra, enquanto o extrato obtido de PE apresentou  3,42 mg equivalente de ácido gálico/ g de amostra. Os resultados dos estudos revelaram  que o extrato aquoso obtido no estado da PB teve a atividade inibitória do radical DPPH  maior (43,99%), comparado ao estado de PE (29,33%), sendo assim, o extrato da PB com  condições extrativas de infusão usando temperatura de 85°C; droga:solvente (25:250) e  tempo de 30 minutos foi o escolhido para encapsulação em NPs. Os resultados  demonstraram compatibilidade entre o extrato e os componentes da formulação. e através  do planejamento experimental resultou em NPs com tamanho de 175 nm, PDI 0,1855, PZ  + 35,2 mV e EE 93,46% para dupla emulsificação, enquanto que para o método de  nanoprecipitação, obteve NPs com tamanho de 274 nm, PZ +41,4 mV e EE 89,39%. A  liberação dos compostos fenólicos nas NPs foi adequada ao modelo de Weibull, com  cinética de liberação anômala e super caso II para nanoprecipitação e dupla emulsificação,respectivamente. O MEV comprovou a formação de NPs esféricas, lisas e com tamanhos  similares ao encontrado por espalhamento de luz. Portanto, foi possível obter NPs com  propriedades físico-químicas adequadas, com cinética de liberação prolongada, que  podem ser encorajadas para administração oral, porém, mais estudos são necessários paracomprovar sua eficácia e desempenho. 


2023
Disertaciones
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  • CAMILLA MIELLY GOMES DA SILVA
  • AVALIAÇÃO IN VITRO DO POTENCIAL ESQUISTOSSOMICIDA DA ASSOCIAÇÃO JULGONA/PRAZIQUANTEL

  • Líder : MONICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • EULALIA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO XIMENES
  • HALLYSSON DOUGLAS ANDRADE DE ARAUJO
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • Data: 06-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A esquistossomose é uma doença tropical negligenciada (DTN) causada por trematódeos do gênero Schistosoma sendo considerada como a segunda maior doença parasitária de importância socioeconômica. Estima-se que afete mais de 240 milhões de pessoas no mundo, com 700 milhões de pessoas vivendo em áreas de risco. O praziquantel (PZQ) é atualmente o único medicamento utilizado para o tratamento da esquistossomose, tendo ação contra todas as espécies de Schistosoma spp., no entanto, apresenta certas limitações não impedindo reinfecções e não sendo eficaz contra as fases jovens, submetendo-se ao risco de surgimento de cepas resistentes e/ou tolerantes. Dessa maneira, torna-se necessária a busca por novos compostos com potencial esquistossomicida e diante disto, este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade esquistossomicida, in vitro, da juglona (JUG) isolada e em associação com o praziquantel (PZQ) frente diferentes estágios evolutivos do Schistosoma mansoni (cepa BH). Para isso, camundongos fêmeas Swiss webster, previamente anestesiados, foram infectados via percutânea com uma suspensão média de 120 cercárias. As cercárias foram obtidas através de caramujos Biomphalaria glabrata infectados com miracídios de S. mansoni (cepa BH), após o período de 30 dias e após exposição a luz artificial, ademais foi realizado processo mecânico de transformação das cercárias em esquistossômulos com 3 horas.  Após o período de 21 e 50 dias, os camundongos foram eutanasiados e por meio de perfusão hepática foram obtidos os vermes jovens (21 dias) e vermes adultos, machos e fêmeas (50 dias). Foi observado a susceptibilidade das fases evolutivas in vitro diante da JUG e do PZQ no período de 24 horas, utilizando-se como critério as alterações de motilidade, taxa de mortalidade e repercussões gerais, como danos tegumentares. Foram estabelecidas as CL50 da JUG e do PZQ, com resultados de 0,57 µM e 182,7 µM, respectivamente, para esquistossômulos de 3 horas; 8,76 µM e 111,3 µM para vermes jovens com 21 dias; 26,4 µM e 2,92 µM para verme adulto macho e 22,6 µM e 87,8 µM para verme adulto fêmea. Os resultados da associação JUG/PZQ mostraram sinergismo frente aos esquistossômulos, vermes jovens e adultos macho e fêmea, utilizando-se CL50 e concentrações subinibitórias. O efeito da associação também foi relevante sobre a oviposição, inibindo nos vermes acasalados expostos a doses subletais por 48 horas e em seguida avaliados por 72 horas em meio livre de drogas.

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  • JANINE SIQUEIRA NUNES
  • Planejamento estrutural, síntese e avaliação da atividade biológica de tiazóis  derivados da isatina


  • Líder : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • LUIZ ALBERTO BARROS FREITAS
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • Data: 09-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • As Doenças Tropicais Negligenciadas (DTNs) têm maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais e afetam mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo. Uma lista de 20 DTNs inclui as doenças transmitidas por insetos vetores como leishmaniose e doença de Chagas. Ambas as doenças são endêmicas em países em desenvolvimento e embora existam medicamentos disponíveis para o seu tratamento, os fármacos presente exibem limitações por um ou mais fatores como: desenvolvimento de resistência a medicamentos, toxicidade e efeitos colaterais, falta de seletividade, índices terapêuticos estreitos, rota de administração e biodisponibilidade. Como tal, há uma necessidade urgente de desenvolver alternativas viáveis para superar essas limitações. A Isatina e o Tiazol são estruturas privilegiadas que a literatura demonstra ser eficaz em diversas atividades biológicas, destacando a atividade antiparasitária. Nesse sentido, a proposta do presente trabalho consistiu em planejar, sintetizar e avaliar uma série de 11 compostos derivados da isatina-tiazol. Os compostos foram avaliados frente formas e amastigota e tripomastigota de T. cruzi e frente a formas e amastigotas e promastigotas de L. amazonensis e L. infantum. Para a avaliação da atividade anti-T.cruzi, foi utilizada a cepa Tulahuen, e a toxicidade avaliada em fibroblastos L929. A série testada  não apresentou efeitos significativos quando comparados ao fármaco de referência. No entanto, os testes realizados para analisar o efeito leishmanicida e toxicidade em macrófagos RAW se destacaram.  Para a forma amastigota os melhores resultados foram para o SN-1A, SN-1G e SN-1L amastigotas de L. amazonensis. Em relação a forma promastigota os compostos SN-1A, SN-1F e SN-1G para espécies de L. infantum. Para a espécie L. amazonensis o Composto SN-F se destaca mais uma vez apresentando valores superiores ao do fármaco de referência. Diante do exposto, muitos dos compostos se mostraram promissores para estudos mais aprofundados frente à atividade leishmanicida.


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  • ELIZANDRA MARIA DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA, HISTOQUÍMICA E FITOQUÍMICA DE ESPÉCIES DO  GÊNERO Cucumis L. (Cucurbitaceae A. Juss.)

  • Líder : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALEX LUCENA DE VASCONCELOS
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 15-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Cucumis anguria L. e Cucumis dipsaceus Ehrenb. ex Spach. pertencem à família  Cucurbitaceae e são popularmente conhecidas como maxixe. Na medicina popular suas  folhas são empregadas para o tratamento de pneumonia, hiperglicemia, feridas e malária.  Devido a isso, é de suma importância estudos que auxiliem na identificação e  padronização farmacobotânica das espécies. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi  realizar um estudo anatômico, histoquímico e fitoquímico das espécies Cucumis anguria  e Cucumis dipsaceus. Para isto, foram empregados métodos convencionais em anatomia  vegetal para preparo e microscopia para análise de lâminas semipermanentes contendo  secções transversais do caule, pecíolo, folhas e secções paradérmicas da lâmina foliar das  espécies. Também foram utilizados testes histoquímicos no intuito de localizar os  metabólitos presentes na lâmina foliar e testes fitoquímicos com o objetivo de identificar  os constituintes químicos presentes nas amostras. A análise microscópica permitiu a  identificação e diferenciação de células vegetais, presenças de tricomas tectores e  glandulares, além de evidenciar caracteres anatômicos como formato de caule, pecíolo e  organização do mesofilo. Por meio da histoquímica foi possível evidenciar a presença de  alcaloides, amido, compostos fenólicos, compostos lipofílicos, lignina e taninos. Com  relação à prospecção fitoquímica, foi possível a identificação de monoterpenos,  sesquiterpenos, triterpenos, esteroides, alcaloides e açúcares redutores. Os resultados  obtidos fornecem importantes informações para o controle de qualidade e diferenciação  das espécies, uma vez que não apresentam estudos na literatura.

4
  • IGOR EDUARDO SILVA ARRUDA
  • OBTENÇÃO DE UM NOVO COMPLEXO DE INCLUSÃO BETA-CICLODEXTRINA PARA APLICAÇÃO EM CURATIVOS POLIMERICOS


  • Líder : MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DAYANNE TOMAZ CASIMIRO DA SILVA
  • MAGDA RHAYANNY ASSUNCAO FERREIRA
  • MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • Data: 16-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A Cordia verbenácea DC é uma planta medicinal que possui propriedades analgésicas, anti-inflamatória e gastroprotetora. As principais substâncias encontradas no seu óleo essencial (OE) podem ser divididas em compostos mono e sequiterpenos - são substâncias voláteis. Os principais sequiterpenos responsáveis pela atividade anti-inflamatória e analgésica são o alfa-humuleno e trans/beta-cariofileno. Devido as propriedades medicinais a utilização do óleo essencial da C. verbenácea desperta o interesse da indústria a décadas. No entanto, devido às limitações no que tange a solubilidade, alta volatilidade e estabilidade térmicas destas substâncias existe uma dificuldade técnica no manejo e controle. Nesse sentido, são necessários estudos e o desenvolvimento de estratégias que viabilizar seu uso industrial e clínico. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho é desenvolver um complexo de inclusão de β-ciclodextrina para veiculação do óleo essencial da Cordia verbenácea DC. No desenvolvimento do estudo, foi utilizado a β-ciclodextrina (B-CD) e OE pra obtenção de complexo de inclusão por meio dos métodos de cooprecpitação (PT), malaxagem (MX) e mistura física (MF) para avaliar a formação dos complexos de inclusão e o ganho de estabilidade térmica. As técnicas físico-químicas utilizadas foram: infravermelho com transformada de Forrier (FTIR), análise térmica (TG/DTG) e ressonância magnética nuclear (1H RMN). Os resultados do FTIR revelam o desaparecimento do sinal característico do óleo, mas com aumento da intensidade para os complexos de inclusão na mesma região. A análise térmica evidenciou que os complexos de inclusão (MX e PT) perderam menor percentual de massa quando comparado com a B-CD isolado e a mistura física. Os resultados do RMN evidenciaram que as moléculas presentes no OE tendem a entrar pela maior abertura da B-CD e deslocar para baixo os hidrogênios H-3 da B-CD. Além disso, os estudos de dinâmica molecular demonstraram a formação de complexo para os 5 principais compostos presente no óleo essencial. A formação dos complexos de inclusão também foi confirmada por análise computacional. Portanto, foi desenvolvido um Sistema de complexo de inclusão para veiculação do óleo essencial da Cordia verbenácea DC com ganho de estabilidade térmica. Estes resultados são promissores, pois atendem as demandas da indústria, sendo possível o desenvolvimento de formulações.

    M


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  • HERLAYNE CAROLAYNE CAETANO DA SILVA
  • CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUÍMICA COMPARATIVA DE ESPÉCIMES DE Cucurbita pepo L.

  • Líder : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • FLÁVIA CAROLINA LINS DA SILVA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 28-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Cucurbita pepo L. pertence à família Cucurbitaceae e é popularmente conhecidacomo abóbora ou abobrinha. A espécie, se comparada as demais do gênero, apresentaa maior variabilidade genética, responsável pela geração de uma multiplicidade deespécimes, que são amplamente cultivados e economicamente importante nos quais osfrutos, folhas, cascas, flores e sementes são consumidos devido aos seus benefíciosnutricionais e medicinais, principalmente no tratamento de diabetes e parasitoses. Devido a isso, estudos que visam identificar caracteres de diagnose são necessárioscom o intuito de contribuir para o controle farmacobotânico da espécie. Este estudoteve por objetivo caracterizar a anatomia e histoquímica comparativa de doisespécimes de C. pepo. Com esta finalidade, métodos usuais em anatomia vegetal foram utilizados para o preparo e análise, em microscópio de luz e de polarização, delâminas semipermanentes contendo secções transversais das raízes, dos caules efolhas e secções paradémicas das lâminas foliares dos espécimes de C. pepo. Tambémforam realizados testes histoquímicos com objetivo de localizar os constituintesquímicos em secções transversais das lâminas foliares dos espécimes. A avaliaçãomicroscópica óptica de luz e de polarização viabilizou a identificação e caracterizaçãoanatômica revelando caracteres distintos entre os espécimes avaliados, como apresença de cristais na raiz da abobrinha e de periciclo esclerenquimático no caule, canais secretores no caule e folha da abóbora. Por meio das técnicas histoquímicasevidenciou-se a presença de compostos fenólicos, alcalóides, compostos lipofílicos eligninas em ambos os espécimes, assim como a presença de amido na abobrinha e detriterpenos e esteróides na abóbora. A correta caracterização fornece importantesinformações anatômicas e histoquímicas úteis para o controle de qualidade da drogavegetal, padronização farmacobotânica e estudos de caracterização e diferenciaçãotaxonômica, uma vez que existe uma variabilidade nos caracteres de diagnose. 


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  • CAMYLLA JANIELE LUCAS TENÓRIO
  • DESENVOLVIMENTO DE ESTRATÉGIAS CROMATOGRÁFICAS PARA RECUPERAÇÃO DOS  MARCADORES MAJORITÁRIOS DAS FOLHAS DE Eugenia uniflora, OBTENÇÃO DE SEUS COMPLEXOS DE INCLUSÃO COM  CICLODEXTRINAS E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTI-CANDIDA


  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • JOÃO AUGUSTO OSHIRO JUNIOR
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • Data: 28-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A cromatografia preparativa tem sido explorada para recuperação de constituintes presentes em matrizes vegetais contribuindo para a elucidação estrutural das moléculas isoladas, além da possibilidade de investigação das atividades farmacológicas, frequentemente associadas aos polifenóis. Não diferente, a concentração dos marcadores majoritários polifenólicos em extratos e frações das folhas de Eugenia uniflora tem apresentado correlação positiva com as atividades antifúngicas da espécie. Diante das dificuldades em torno da matriz complexa vegetal, duas ou mais etapas e/ou técnicas são combinadas dentro do universo da cromatografia. Após recuperados, os constituintes apresentam características que podem interferir nas propriedades biológicas testadas, como baixa solubilidade e susceptibilidade a degradação, neste sentido, a formação de complexos de inclusão (CI) com ciclodextrinas (CD) surge como estratégia tecnológica para superar essas dificuldades. Os marcadores Ácido Gálico (AG), Miricitrina (MIR) e Ácido Elágico (AE) foram obtidos a partir do processamento da Fração Acetato de Etila (FAE) por Cromatografia de Exclusão de Tamanho (CET) e Cromatografia Flash em fase reversa (CF) e caracterizados por Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE-DAD) e espectrometria de massas (ESI- MS/MS). Os CI foram obtidos com os AG, MIR e AE e as βCD, hidroxipropil-βCD (HP- βCD) e γCD e caracterizados quanto a morfologia e propriedades térmicas. Além disso, as possíveis interações espaciais envolvidas na formação dos complexos foram previstas por ancoragem molecular. As atividades frente as cepas de Candida spp. foram testadas com o Extrato Bruto (EB), frações, subfrações, isolados e CI. Através da utilização da CET em gel de Sephadex® LH-20, foram obtidos cerca de 23,57% (p/p) da subfração rica em MIR e AG (subfração de flavonoides [FrFlav]) e 2,7% (p/p) da subfração rica em AE (últimas subfrações [UFr]). 62,67% (p/p) da FrFlav correspondeu a FrMIR e, a partir desta, foram recuperados até 93,89% (p/p) de MIR purificada. Ainda, no processamento da FrFlav também foram obtidos a FrAG e o AG purificado com rendimentos de até 35,75 e 58,12% (p/p), respectivamente. A partir da UFr, cerca de 3,52 e 67,86% (p/p) de FrAE e AE purificado foram recuperados, respectivamente. O AG (7,51 min), MIR (21,99 min) e AE (23,52 min) apresentaram purezas de pico de 99,9, 99,9 e 94,2% e massas desprotonadas de 169.0142, 463.0876 e 300.9988 m/z, respectivamente. Acerca dos CI, na ancoragem molecular, pôde-se notar que todos os convidados apresentaram maior afinidade com o hospedeiro HP-βCD, quando comparados a β-CD e γ-CD. As alterações morfológicas e alterações no perfil de degradação térmica das estruturas isoladas e CI sugerem a provável formação dos complexos de inclusão, no entanto, mais ensaios são necessários para completa caracterização. A FrFlav e a UFr demonstraram os melhores resultados antifúngicos, com valores de Concentração Inibitória Mínima (CIM) entre 62,50 e 500 µg/mL. Os polifenóis quando avaliados individualmente, apresentaram valores maiores de CIM e Concentração Fungicida Mínima (CFM) se comparados as suas respectivas subfrações. As combinações também não demonstraram efeitos aditivos ou sinérgicos de atividade. Os achados demonstram que, apesar das concentrações dos marcadores majoritários apresentarem correlação com uma melhor resposta antifúngica, eles agem de forma conjunta com os outros compostos presentes no fitocomplexo e mais informações acerca da caracterização dos demais constituintes são necessárias. Diferentemente dos relatos encontrados na literatura, os CI não apresentaram resultados antifúngicos esperados. Neste estudo, as estratégias desenvolvidas foram efetivas na recuperação dos marcadores majoritários das folhas de E. uniflora, também sugeridos como prováveis responsáveis pela ação antifúngica da espécie.

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  • PALLOMA EMANUELLE DORNELAS DE MELO BEZERRA
  • Efeitos Cardiovasculares induzidos por extratos de folhas das  diferentes espécies de Eugenia (myrtaceae) em roedores: Uma Revisão Integrativa.


  • Líder : ALICE VALENCA ARAUJO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALICE VALENCA ARAUJO
  • ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • PETRA OLIVEIRA DUARTE
  • Data: 22-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Introdução: O uso de plantas medicinais é considerado uma prática popular e milenar, representando um fator de grande importância cultural, sendo considerado o primeiro recurso terapêutico utilizado por uma grande parte da população para a profilaxia e tratamento de diversas afecções, principalmente, para as doenças cardiovasculares. O gênero Eugenia pertence à família botânica das Myrtaceae, sendo amplamente distribuída no Brasil e em alguns países da América do Sul e tem sido utilizada na medicina popular para tratar uma série de desordens, incluindo a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS). Objetivo: O objetivo desse trabalho foi identificar nas bases de dados se os extratos das folhas das diferentes espécies de Eugenia apresentam efeitos sobre o sistema cardiovascular em roedores. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura (RI). As bases de dados utilizadas foram: PUBMED, SCOPUS e LILACS, bem como a biblioteca virtual SciELO e os dados foram coletados no período de março a abril de 2022. Foram identificados, inicialmente, 276 artigos. Após leitura de título e resumo e a partir dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 25 artigos que seguiram para a etapa de avaliação de texto completo, sendo selecionados, então, 16 artigos. Destes, 07 foram excluídos por estarem repetidos entre as bases de dados, restando, portanto, 09 artigos que foram incluídos nesta revisão. Resultados e discussão: Todos os 09 (100%) foram publicados em inglês. A partir da pergunta norteadora: ―Os extratos das folhas das diferentes espécies de Eugenia apresentam atividade sobre o sistema cardiovascular em roedores?‖, identificamos que, no artigo [E1], os autores observaram que extrato aquoso das folhas de Eugenia uniflora L. demonstrou um efeito hipotensor em ratos normotensos, além da uma atividade vasodilatadora e um efeito diurético associado à redução da excreção de sódio e cloreto. No estudo [E2], foi identificado que extrato aquoso das folhas da Eugenia uniflora L. apresentou um efeito inotrópico e cronotrópico positivo em ventrículos perfundidos de ratos, provavelmente devido à liberação de catecolaminas e/ou antagonismo do receptor beta-adrenérgico. Em sequência, no estudo [E3], os autores encontraram no extrato hidroalcoólico das folhas da Eugenia uniflora L. um efeito vasodilatador em aorta torácica de ratos, devido à via da L-arginina/NO/GMPc, provavelmente devido à presença de polifenóis. Já no estudo [E4], o óleo essencial das folhas de Eugenia uniflora L. apresentou atividade antioxidante presente em rim de camundongos. No trabalho [E5], foi encontrada atividade diurética e hipotensora presentes nas folhas, também, de Eugenia uniflora L. No estudo [E6], os autores identificaram que, os compostos isolados da Catequina e Crysptostrobina, presentes nas folhas de Eugenia mattosii D. Legrand, apresentaram um efeito vasodilatador dependente do endotélio, da via NOS/GCs e dos canais para potássio sensíveis ao ATP em aorta de ratos da linhagem SHR. No estudo [E7], os autores identificaram um efeito anti-hipertensivo e diurético presentes no extrato metanólico das folhas de Eugenia mattosii D. Legrand. No estudo [E8], o extrato hidroalcoólico das folhas de Eugenia jambolana Lam., apresentou um efeito anti-hipertensivo e vasodilatador em ratos normotensos e SHR. Por fim, no estudo [E9], o extrato aquoso das folhas de Eugenia dysenterica, apresentou um efeito hipotensor e bradicárdico em ratos normotensos, mediado por bloqueio dos canais para cálcio. Conclusão: Os efeitos descritos dos extratos das folhas de Eugenia sobre o sistema cardiovascular incluem o hipotensor, vasodilatador, anti-hipertensivo e diurético, mediadas, dependendo de qual extrato o originou, pela abertura dos canais para potássio, bloqueio dos canais para cálcio, ativação dos receptores β-adrenérgico, ou, ainda, pela via do receptor muscarínico/NO/GCs/GMPc. Alguns desses efeitos estão relacionados a constituintes polifenólicos presentes nos extratos.

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  • ASLEY THALIA MEDEIROS SOUZA
  • Avaliação in vitro e in vivo de resíduos de Tebuconazol e Piraclostrobina em  agricultores


  • Líder : DAVI PEREIRA DE SANTANA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • JULIANA KISHISHITA
  • LEILA BASTOS LEAL
  • Data: 05-may-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A agricultura está entre as atividades mais essenciais de todo o mundo. Dentro  desse cenário tem-se a agricultura familiar, sendo responsável pela maior parte da  produção de alimentos mundial, combatendo a fome e fornecendo alimentos de alta  qualidade. Nas últimas décadas, o uso de agrotóxicos aumentou exponencialmente,  desempenhando um papel importante no crescimento das culturas agrícolas, promovendo  um alto rendimento e protegendo as plantas contra pragas. Dentre as classes de  agrotóxicos encontram-se os fungicidas, utilizados com o objetivo de controlar o  crescimento fúngico nas lavouras. Como exemplos desta classe, o Tebuconazol (TBZ) e  a Piraclostrobina (PIRA) são largamente utilizados. Os trabalhadores rurais são  classificados como um dos principais grupos de risco de exposição a agrotóxicos, visto  que estão em contato com esse tipo de produto em diferentes momentos, desde o seu  transporte, mistura, carregamento e aplicação. Diante do exposto, este trabalho avaliou a  permeação in vitro dos agrotóxicos TBZ e PIRA em produto concentrado e em suas  diluições de uso, sendo 200 g/L, 0,2 e 0,4 mg/mL para o TBZ e 250 g/L, 0,3 e 0,5 mg/mL  para a PIRA, através de pele humana, mucosa vaginal suína e mucosa oftálmica bovina,  utilizando células de difusão verticais e horizontais. Foi realizada também avaliação da  permeação e biodistribuição destes produtos em olhos bovinos inteiros. Além disso, foi  avaliada a exposição dérmica in vivo, a ambos os agrotóxicos em trabalhadores agrícolas,  no município de Belém do São Francisco, após 4 horas de aplicação em plantação de  cebola. A quantificação de todas as amostras geradas foi realizada por Cromatografia  Líquida de Alta Eficiência acoplada à Espectrometria de Massas (LC-MS/MS). Nos  ensaios in vitro, o percentual de absorção calculado de TBZ após aplicação dos produtos  diluídos (0,4mg/mL e 0,2mg/mL, respectivamente) em pele humana foi de 98,58± 4,47%  e 95,44± 4,17 e de 28,67 ± 4,16 e 32,13 ±2,38 após aplicação dos produtos diluídos de  PIRA (0,5mg/mL e 0,3mg/mL, respectivamente). A avaliação da permeação em olhos  inteiros evidenciou uma grande biodistribuição de ambos os agrotóxicos nas mais  diversas partes entre elas íris, coroide, retina, humor vítreo e aquoso. Os resultados in vivo demonstraram os altos níveis de agrotóxicos aos quais os agricultores estão expostos, com  a exposição dérmica potencial total entre 0,87-2,85 mg/pessoa/h e o fator estimado de  penetração de EC(PF) entre 0-54,0 e 0- 28,9% para a nuca e os braços, respectivamente. 


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  • ALANE ALEXANDRA DA SILVA OLIVEIRA
  • ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E TOXICIDADE GENÉTICA DA RESINA DE BREU-BRANCO (Protium spp., Burseraceae)

  • Líder : RAFAEL MATOS XIMENES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANDRE SEVERINO DA SILVA
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 30-jun-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O breu-branco (Protium spp., Burseraceae) é um tradicional produto do extrativismo amazônico, sendo amplamente comercializado em feiras-livres, para consumo local, e em grandes volumes para indústria cosmética. A óleo-resina do breu-branco é extremamente aromática e uma das plantas medicinais mais utilizadas do gênero pelos povos da região amazônica, que atribuem a ela efeitos anti-inflamatório, analgésico e cicatrizantes.  O óleo essencial da resina do breu branco e a mistura de seus principais constituintes alfa- e beta-amirina apresentaram efeito anti-inflamatório em diversos estudos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a atividade anti-inflamatória e a genotoxicidade da resina de breu-branco, buscando realizar as extrações através de um método mais verde. O óleo essencial foi obtido por hidrodestilação e purificado em aparato de Soxhlet. Os extratos da resina foram extraídos através de fluído super crítico sob diferentes condições de granulometeria, temperatura e pressão. O extrato escolhido como melhor opção para as análises foi o BBFSE2, sem granulometria e utilizando etanol como cossolvente, com um rendimento de 77,81% e altas concentrações de alfa e beta-amirina (42,58% e 21,95% respectivamente). Não foi observada atividade antimicrobiana frente aos microrganismos testados. O efeito do óleo essencial e do extrato BBFSE2 na viabilidade celular foi avaliado em concentrações de 100 a 1,56 µg/mL. Ambos reduziram a viabilidade celular somente nas maiores concentrações, sendo o extrato consideravelmente mais citotóxico. Em concentrações não citotóxicas, somente o extrato foi capaz de inibir a produção de óxido nítrico em macrófagos peritoneais estimulados com LPS (5 µg/mL). Efeito semelhante foi observado para interleucina-6, mas não para o fator de necrose tumoral alfa. Em seguida, a atividade anti-inflamatória foi avaliada pelo modelo de edema de orelha induzido por óleo de cróton em camundongos Swiss, machos, com 8 semanas de idade. No teste agudo houve redução de 32,2% do edema na maior concentração testada (1 mg/orelha) enquanto no crônico a maior redução foi na concentração de 0,3 mg/orelha, 61%. No teste de genotoxicidade realizado através de ensaio cometa com lavas de Drosophila melanogaster, o solvente utilizado (água destilada, 5% Tween 80 e 5% etanol) foi genotóxico em relação ao controle negativo (água), não havendo aumento de dano quando exposto ao BBFSE2 em nenhuma das concentrações testadas (0,3; 1,0; 3,0 e 10,0 mg/mL). Esta pesquisa comprova a atividade anti-inflamatória da resina de breu-branco, bem como que seus compostos não são genotóxicos nas condições testadas.


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  • ELINEIDE TAYSE NOBERTO DA SILVA
  • Planejamento estrutural, síntese e avaliação da atividade biológica de 1,3 Tiazóis

  • Líder : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • JULIANA MARIA DA CONCEIÇÃO
  • SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • Data: 30-jun-2023


  • Resumen Espectáculo
  • As doenças negligenciadas são um grupo de doenças endêmicas causadas por parasitas ou por agentes infecciosos, chegam afetar as regiões tropicais e subtropicais de países em desenvolvimento . Dentre esse grupo de afecções, destacam-se a Doença de Chagas, causada pelo protozoário Trypanosoma cruzi, e a Leishmaniose, causada por parasitas do gênero Leishmania. O fármaco atualmente utilizado na quimioterapia da doença de Chagas é o benzinidazol, que em estágios mais avançados da doença é ineficaz, já o tratamento para a Leishmania ainda é bastante limitado, com sérios inconvenientes em termos de segurança, resistência, estabilidade e custo. Logo, existe a necessidade do desenvolvimento de novas terapias contra essas doenças. Nesse sentido, a proposta do presente trabalho consistiu em desenvolver uma série de compostos bioativos a partir de duas estruturas privilegiadas, as tiossemicarbazonas e os 1,3-tiazóis. Foram sintetizadas 12 moléculas que foram devidamente caracterizadas. Após a caracterização, os compostos foram avaliados quanto às atividades anti-T. cruzi e leishmanicida. Quanto à atividade anti-T.cruzi, foi utilizada a cepa Tulahuen, onde o composto ET-06 se destacou com IC50 1,5 µM e melhor seletividade. Os testes anti-Leishmania foram realizados frente formas promastigotas e amastigotas das espécies L. amazonensis e L. infantum. Dentre os compostos testados o composto ET-03 foi o que apresentou melhor resultado frente à espécie L. infantum, para a forma promastigota com uma IC50 15,4 µM e IS 4,3. A citotoxicidade foi avaliada em fibroblastos da linhagem L929, onde é possível observar que os compostos ET-04, ET-06 e ET-10, apresentaram valores de IC50 inferiores que a Miltefosina se destacaram, evidenciando menor citotoxicidade frente às células testadas. 


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  • FELIPE DE ALBUQUERQUE MARINHO
  • DESENVOLVIMENTO DE NOVO SISTEMA DE LIBERAÇÃO CONTENDO DAPSONA E HIDRÓXIDOS DUPLOS LAMELARES PARA INCREMENTO DA TAXA DE DISSOLUÇÃO

  • Líder : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • NATHALIA BEZERRA DE LIMA
  • LUÍSE LOPES CHAVES
  • Data: 30-jun-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A dapsona, medicamento antibiótico presente no esquema terapêutico da  Hanseníase, apresenta problemas relacionados à sua baixa solubilidade aquosa, limitada pela sua baixa taxa de dissolução nos fluidos biológicos, o que  gera flutuações nos níveis plasmáticos e acarretam defeitos de  biodisponibilidade. Essas oscilações provenientes da sua absorção irregular implicam a ocorrência elevada de reações adversas e complicações clínicas ao  paciente portador da doença. Dentro desse panorama, a presente dissertação  objetivou o incremento na taxa de dissolução aquosa da dapsona para solucionar  seus impasses intrínsecos de biodisponibilidade oral. Para tal propósito,  realizou-se a obtenção de um novo sistema à base de dapsona e hidróxidos  duplos lamelares (HDL) do tipo Mg2Al(OH)8(Cl).nH2O, pelo método de coprecipitação, sendo posteriormente caracterizado pelas técnicas difratometria  de raios X e espectroscopia na região do infravermelho com transformada de  Fourier. O percentual de dapsona no sistema, segundo ensaio de carregamento  de fármaco (drug loading), foi de 29,2%. Os resultados das caracterizações  sugeriram a adsorção do fármaco nas lamelas positivamente carregadas do  HDL, resultando na desorganização parcial das lamelas e na leve perda de  cristalinidade do fármaco. Para a análise dos perfis de liberação, o sistema foi  submetido ao teste de dissolução usando meio ácido (pH 1,2) e meio básico (pH  6,8), no qual foi observado o aumento de 140% na taxa de dissolução da  dapsona na solução alcalina. Sendo assim, é possível concluir que o inédito sistema de liberação evidenciou um incremento expressivo na taxa de  dissolução da dapsona, podendo ser considerado promissor para futuras  aplicações tecnológicas.


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  • MARCELINO ALBERTO DINIZ
  • Avaliação do Potencial Antimicrobiano do Extrato da casca de Spondias mombin L. (Cajá) e a incorporação em um dermocosmético de uso tópico

  • Líder : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA VITORIA ARAUJO LIMA
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 14-jul-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A busca por ativos com atividades profilática, curativa, paliativa para o tratamento de algumas enfermidades é uma prática antiga e que ainda hoje é muito utilizada pela humanidade, que através do uso das plantas medicinais as quais constituem importantes fontes de compostos bioativos e atualmente têm sido incorporadas em diversas formulações farmacêuticas seja na indústria ou nas farmácias magistrais. Várias plantas têm sido pesquisadas entre elas o Spondias mombin (cajá), essa espécie é pertencente à família Anacardiacea. Onde pesquisas mostram que a cajazeira apresenta atividade antimicobriana, e agentes microbicidas no geral, apresentando também atividades antiviral, antiparasitária e antiprotozoária. Sendo bastante promissor do ponto de vista medicinal. Sendo assim o presente trabalho avaliou o potencial antimicrobiano do extrato da casca do cajá. Onde a casca da planta foi coletada em altinho, Pernamabuco, pelo qual foram processadas e submetidas a maceração com utilização de solventes com polaridade crescente (hexano, acetato de etila e metanol), obtendo-se três extratos secos. O rendimento dos extratos foi calculado em percentual, levando em consideração a quantidade da droga vegetal seca pulverizada e o peso dos extratos secos. Os rendimentos foram de 0,23% para o extrato hexânico, 1,0% para o acetato de etila e 10,4% para o metanólico, na extração direta. Já na extração subsequente, os rendimentos foram de 7,9% para o acetato de etila e 35,2% para o metanólico, enquanto o extrato hexânico não teve rendimento para ser analisado. A atividade antimicrobiana dos extratos foi avaliada utilizando a técnica de Concentração Inibitória Mínima (CIM). O extrato metanólico apresentou os resultados mais significativos, com uma CIM de 256 µg/mL para Staphylococcus aureus ATCC 6538, Escherichia coli ATCC 8739 A e Pseudomonas aeruginosa ATCC 19429, demonstrando atividade moderadamente ativa contra esses microorganismos. Na análise quantitativa, o extrato de metanolico apresentou uma concentração de 427,23 ±5,51 mg EC/g de derivados fenolicos. Já o teor de taninos 104,88 ± 4,21 mg EC/g, e flavanoides foi de 57,69 ± 6,96 mg mg EEstg/g. Presume-se que ambos os metabólitos secundários atuam atividade biológica. Com esses dados fizemos a incorporação do extrato em uma preparação de uso tópico, na forma farmacêutica semisolida. Foram realizadas a incorporação do extrato em uma forma farmacêutica,seguindo os compêndios oficiais e as boas práticas de fabricação. O produto final apresentou resultados dentro das especificações de boas práticas de fabricação. No entanto, são necessários estudos adicionais para melhor caracterizar os compostos presentes no extrato e avaliar seu potencial terapêutico. Essas investigações podem fornecer informações importantes para o desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos derivados do cajá. 


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  • KIVIA DOS SANTOS MACHADO
  •  "Avaliação da atividade antioxidante e antifúngica da casca do caule de Anonna squamosa L."

  • Líder : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • TADEU JOSÉ DA SILVA PEIXOTO SOBRINHO
  • Data: 17-nov-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O uso de plantas medicinais é uma prática muito antiga, gerada na esfera da sociedade não-urbana e não-industrial. O uso medicinal das plantas é possível graças aos compostos secundários, substâncias responsáveis pela defesa dos vegetais. Dentre os vegetais utilizados, Annona squamosa L., conhecido popularmente como pinha, vem se destacando como alternativa medicinal. O objetivo deste trabalho é avaliar a atividade antioxidante e antifúngica da casca do caule de A.squamosa L. As amostras vegetais foram coletadas na região de Altinho-PE, secas em temperatura ambiente, submetidas à moagem e submetidas à extração hidroetanólica (70%) através de três métodos extrativos: maceração, ultrassom e micro-ondas. Foi realizada a caracterização fitoquímica dos extratos brutos e fracionados por Cromatografia de Camada Delgada (CCD) e determinação do conteúdo de fenóis totais, taninos e flavonoides por métodos espectrofotométricos. As atividades antioxidantes dos extratos brutos obtidos foram avaliadas pelo método do DPPH. O extrato obtido por ultrassom foi que apresentou maior teor de fenóis totais com 67,13±1,76 mg/gEAT. Em relação aos taninos, o maior teor foi do extrato obtido pelo método de microondas com 29,08±0,64 mg/gEAT e para os flavonoides, o maior valor encontrado foi para o extrato obtido por maceração com 371,34±0,64 mg/gER. Para os testes com DPPH, o extratoobtido por microondas apresentou a melhor atividade antioxidante, com o valor de CE50 871 ± 16,11 µg/mL, o representa uma atividade antioxidante incipiente. Para avaliação das concentrações inibitória mínima (CIM) e fungicida mínima (CFM) foram realizados testes com microdiluição em poços. Foi observado que nos três primeiros poços do método de ultrassom foi verificada a inibição das espécies Candida albicans ATCC 14053, Candida tropicalis ATCC 750 e Candida parapsilosis, na maceração houve inibição nos três primeiros poços para a espécie C. parapsilosis e em micro-ondas houve inibição para C. tropicalis ATCC 750 e C. parapsilosis. Portanto, pode-se concluir que os extratos, independente do seu método de extração, apresentam boa atividade antifúngica. No entanto, outras espécies do gênero Candida devem ser avaliadas para compreender o mecanismo atuação dos compostos ativos, melhor caracterizá-los e promover testes in vivo para viabilização de uso comercial.

Tesis
1
  • JULIANA MARIA DA CONCEIÇÃO
  • Planejamento estrutural, síntese e avaliação da atividade Tripanocida e Leishmanicida de novos derivados Piridiltiazolinonas

  • Líder : ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA CRISTINA LIMA LEITE
  • LUIZ ALBERTO BARROS FREITAS
  • MIRIA DE OLIVEIRA BARBOSA
  • POLICARPO ADEMAR SALES JUNIOR
  • SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • Data: 16-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Entre as doenças negligenciadas se destacam a Doença de Chagas e a Leishmaniose,  como as principais doenças parasitárias. O tratamento para a Doença de Chagas e da  Leishmaniose ainda é limitado, resultando em poucas opões terapêuticas. Portanto, há uma necessidade de novas terapias contra essas doenças. A literatura relata que o anel tiaozolidinona e o anel 1,3-tiazol apresenta uma gama de atividades biológicas, com  destaque para atividade antiparasitária e antiviral. Desta forma, este trabalho apresenta o  planejamento, a síntese e avaliação farmacológica de 30 tiazolinonas e 10 tiazois derivados da piridina. Os compostos piridil-4-tiazolidinona e piridil-tiazóis foram sintetizados e avaliados in vitro frente as formas tripomastigota e amastigota de T. cruzi e frente a formas promastigota e amastigota de L. amazonenses. Os derivados  Piridil-4-tiazolidinona também foram avaliados frente espécies de Candida spp. utilizando isolados clínicos de Candida spp. pela técnica de microdiluição em caldo  (M27-S4 – CLSID). O perfil de citotoxicidade dos compostos foi avaliado usando  macrófagos RAW 264.7. Com relação as piridil-4-tiazolidinona testadas, cinco foram  capazes de inibir a forma tripomastigota comparadas ao benznidazol. No geral, os  compostos promoveram inibição da forma amastigota, com destaque para os  compostos JC-13C (0,64 µM, SI=225,07), JC12C (0,81, 0,81µM, SI=477,48) e JC-33B  (0,89µ M, IS=331,63). Os compostos JC- 13B e 13C foram capazes de induzir a morte  celular do parasita através da indução de necrose. A análise por microscopia eletrônica  de varredura mostrou que as células tripomastigotas de T. cruzi tratadas com o  composto JC13B e JC13C induziram alterações morfológicas como encurtamento com  retração e curvatura do corpo do parasito e vazamento de conteúdo interno. Para a  atividade leishmanicida, apenas o composto JC-33B apresentou maior seletividade que a Miltefosina, contra a forma amastigota, com valores de IC50 de 5,70 µM. O  composto JC33B apresentou potente atividade antiparasitária tanto para T. cruzi quanto  para L. amazonensis. Já para a atividade fungicida, de forma geral, observando a média  de CIMs dos isolados clínicos testados, 28% (n=5/18) dos derivados piridil tiazolidinonas foram eficientes, apresentando menores concentrações de inibição. O composto JC21A destacou-se frente a espécie Candida Krusei (URM 5712) porcombinar efetivas CIMs e CFMs e um baixo valor de Concentração Citotóxica para  50% das células (CC50 – 134.5 µM). O composto JC21A inibiu com uma CIM 10x  menor que o fluconazol, o crescimento do isolado URM 5712 (CIM100 6,4µg/mL). Em  relação aos derivados piridil-tiazois, frente a cepa Tulahuen do T. cruzi, os compostos  JAC-5 e JAC-6 apresentaram os melhores valores de IC50 (1,6 ± 0,04 e 1,7 ± 0,2 µM,  respectivamente) frente à forma tripomastigota. Os compostos JAC-2, JAC-5, JAC-6 e JAC-7, apresentaram resultados significativos frente as formas promastigota e  amastigota de Leishmania amasonensis. Os dados até aqui obtidos representam avanços  na busca de novas alternativas terapêuticas antiparasitária e antifúngica. 


2
  • MARIZA SEVERINA DE LIMA SILVA
  • Planejamento, síntese e avaliação da atividade larvicida de derivados 1,3-benzodioxolas baseados na piperina frente às larvas de Aedes aegypti

  • Líder : ALEXANDRE JOSE DA SILVA GOES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALEXANDRE JOSE DA SILVA GOES
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • JOSE GILDO DE LIMA
  • RICARDO OLIVEIRA DA SILVA
  • Data: 27-feb-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Há décadas os mosquitos apresentam destaque em relação as arboviroses,  atuando como vetores. As doenças transmitidas por mosquitos são prevalentes  em mais de cem países em todo o mundo, infectando mais de 700 milhões de  pessoas. A situação epidemiológica enfrentada no Brasil e no mundo, em relação  as arboviroses causadas pelo Ae. aegypti, é um grave problema de saúde  pública. Visto que, ainda não há vacinas validadas e comercialmente disponíveis contra a maioria das doenças veiculadas por este vetor. Sobretudo, a estratégia  mais eficaz, atualmente, é através do uso de inseticidas. No entanto, o uso  indiscriminado e rotineiro de inseticidas sintéticos, tem causado um processo de  resistência dos mosquitos, além de intoxicação em seres humanos e negativo  impacto ambiental. Por estas razões, com o crescimento dessas arboviroses, se  faz necessário a descoberta de novos compostos bioativos de origem natural ou  sintético, que possam ser usados como larvicidas, que sejam eficazes e seguros  no controle e combate a esse vetor. Com base na estrutura dos produtos  naturais, o grupo 1,3 benzodioxole e a função amida, foram identificados como  um farmacóforo essencial para a atividade inseticida. Neste sentindo, este  estudo visou sintetizar e avaliar a atividade toxicológica de derivados 1,3  benzodioxoles baseados na estrutura química da piperina contra as larvas do  Ae. aegypti. Em relação a atividade larvicida, na série das amidas, a piperina e  o seu análago, a tetraidropiperina, foram os mais ativos. No entanto a  tetrahidropiperina apresenta-se mais ativa que a piperina, quando comparadas  ao tempo de exposição. A exposição a tetrahidropiperina causou morte de 100%  das larvas do quarto instar de Ae. aegypti no período de 8 horas, na  concentração de 700,0 μM, e a piperina teve morte de 70% das larvas. Além  disso, na avaliação da toxicidade aguda, a tetraidropiperina é menos tóxica que  a piperina na dose de 300 mg.kg-1, não apresentando sinais clínicos significativos  de toxicidade. Na série dos ácidos 1,3 benzodioxoles, o composto 94 foi o mais  ativo. Apresentando mortalidade de 74% das larvas, em 1h de exposição. Nos  testes de toxicidade aguda, mostrou sinais clínicos suaves em camundongos  tratados com 2000 mg.kg-1, sem quaisquer sinais estruturais de toxicidade em  órgãos como o rim, fígado, baço e pulmões. Dentre os ésteres sintetizados, os  mais ativos foram o LASSINT-11, LASSINT-22 e o LASSINT-27. Entre esses  três, o LASSINT-22 foi o mais ativo, apresentando mortalidade mais de 90% na  concentração de 700,0 μM em 24h de exposição. Diante do exposto, estes  resultados mostraram que tanto a subunidade 1,3-benzodioxol, o tamanho do  espaçador, quanto a saturação na cadeia alifática são essenciais para a  atividade biológica, esta última, podendo ser a região toxicofórica da molécula.  Portanto, visando a redução na densidade populacional do Ae. aegypti, devido à  baixa toxicidade em mamíferos desses compostos é uma excelente estratégia  de controle deste vetor, com aplicabilidade em água potável, tendo em vista que  pode ser um produto de grande utilidade em saúde pública.

3
  • RAIRA JUSTINO OLIVEIRA COSTA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE INSETICIDA DE Hymenaea martiana HAYNE (FABACEAE) EM Aedes aegypti E TOXICOLÓGICA EM Mus musculus E ANÁLISE DE SEU PERFIL FITOQUÍMICO 


  • Líder : IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • JANE SHEILA HIGINO
  • RICARDO BRANDAO
  • KARINE DA SILVA CARVALHO
  • Data: 31-mar-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A utilização de plantas tem se tornado de grande relevância na descoberta de novas moléculas com diferentes atividades biológicas, como por exemplo, propriedades inseticidas. As pesquisas com utilização de óleos e extratos vegetais têm ampliado uma série de ações no controle de vetores de doenças e pragas, como Aedes aegypti, mosquito transmissor dos vírus responsáveis por doenças como dengue, Zika, Chikungunya e febre amarela urbana. Todavia, também é importante investigar a seguridade no uso dessas moléculas e analisar se elas podem apresentar sinais de toxicidade a organismos não alvos. Sendo assim, o objetivo dessa pesquisa, foi avaliar o potencial toxicológico do extrato etanólico bruto das folhas de Hymenaea martiana Hayne(EEBHm)sobrelarvas e pupas de Ae. aegypti e Mus musculus e realizar a prospecção fitoquímica do extrato. Para a análise química do extrato, seguiu-se as metodologias de cromatografia em camada delgada e reação química propostas por Harbone (1998) e de Wagner e Bladt(1996). Para avaliação da atividade larvicida e pupicida, foram utilizadas as concentrações de 10 mg/mL, 7,5 mg/mL, 5 mg/mL e 2,5 mg/mL do EEBHm. As análises foram realizadas em triplicata.  Para a avaliação das toxicidades do EEBHm, foram utilizadasfêmeas decamundongos Swiss (Mus musculus). A toxicidade aguda seguiu o protocolo proposto pela OECD (2001) iniciando com a dose de 2000 mg/mL A toxicidade subaguda foi realizada segundo a OECD (2008). Foram usados grupos de 6 animais e submetidas às doses de 25, 50 e 100 mg/kg do extrato, por via oral, por 28 dias consecutivos. Ao término do teste, os animais foram sedados adequadamente e, através de punção cardíaca, foram coletadas amostras sanguíneas para análise hematológica e bioquímica. Os dados foram analisados por Análise de Variância (ANOVA), seguida do teste de Tukey. Na análise química realizada, identificou-se no EEBHm a presença de flavonoides, cumarinas, terpenos e saponinas. Após 24 horas do experimento larvicida, observou-se que as larvas expostas apresentaram uma mortalidade maior que 90% em todas as concentrações utilizadas, o que não foi observado no grupo controle negativo. Sendo também observado o pico de mortalidade do experimento após 1 hora do início. Em relação ao teste pupicida no decorrer das 24 horas de exposição, as concentrações de 10, 7,5 e 5 mg/mL apresentaram mais de 90% de mortalidade e a dose de 2,5 mg/mL um percentual de 53,3%, sendo observado o pico de mortalidade, após 4 horas de experimento. No teste de toxicidade aguda, os resultados do ensaio classificaram o extrato na categoria 5 (tendo como referência o Globally Harmonised System – GHS) e sua Dose Letal50 (DL50) foi estipulada como ≥5000 mg. No teste de toxicidade subaguda, houve ausência de efeitos clínicos tóxicos graves sobre Mus musculus e aumento de parâmetros hematológicos como hemoglobina. A partir dos resultados gerados, observou-se que o EEBHm apresentou ação larvicida e pupicida sobre Ae. aegypti e não mostrou sinais graves de toxicidade aos camundongos, o que é indicativo de uma maior segurança ao utilizar o extrato.  Ainda em relação aos testes de toxicidade, foi possível observar ações estimulantes do EEBHm sobre o SNC e um poder nutricional relacionado ao aumento da hemoglobina dos animais. Dessa forma, o EEBHm mostra-se um promissor inseticida de origem vegetal, além de mostrar potencial para desenvolvimento de formulações estimulantes de SNC e como um suplemento alimentar. 


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  • CAROLINE LEAL RODRIGUES SOARES
  • AVALIAÇÃO DO POTENCIAL FARMACOLÓGICO DO EXTRATO ETANÓLICO BRUTO DE Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton.

  • Líder : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • IVANA MARIA FECHINE
  • MARIANNA VIEIRA SOBRAL CASTELLO BRANCO
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • VANDA LUCIA DOS SANTOS
  • Data: 29-may-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Com altos índices de efeitos colaterais dos fármacos atuais para tratamento de doenças inflamatórias, cancerígenas e microbianas, a busca por compostos, especialmente naturais, que sejam seletivos e ativos para essas atividades tem crescido no meio científico.  Dentre eles, extratos brutos da espécie Calotropis procera têm se mostrado efetivos por apresentarem atividades anti-helmíntico, hepatoprotetor, antitumoral, antimicrobiano, anti-inflamatória, antioxidante e anticonvulsivante. Nesse contexto, o objetivo do trabalho foi avaliar o potencial anticancerígeno, anti-inflamatório e antimicrobiano do extrato etanólico bruto de folhas de Calotropis procera (Aiton) W.T. Aiton. A coleta do material vegetal foi realizada litoral do município de cabedelo, Paraíba. Após a obtenção do extrato etanólico bruto avaliou-se o perfil fitoquímico e o doseamento dos fenóis totais, flavonoides e proantocianidinas a fim de determinar e quantificar os metabólitos secundários A atividade antioxidante in vitro da C. procera foi avaliada pelos métodos de sequestro dos radicais livres DPPH, ABTS e CAT. Os ensaios biológicos in vitro foi realizado por meio da atividade antimicrobiana de cepas gram-positivas, negativas e álcool-ácido-resistente, citotoxicidade frente a células tumorais e normais, atividade hemolítica em eritrócitos humanos e atividade anti-inflamatória in vitro com macrófagos murinos. A atividade biológica in vivo foi realizada por meio da lesão pulmonar aguda induzida por LPS. O extrato EEBCP apresentou um rendimento de 7,6%, com a presença de compostos fenólicos, flavonóides e proantocianidinas na sua composição. O extrato apresentou uma atividade antioxidante significativa pelo ensaio da capacidade antioxidante total (CAT) de 62,05 % ± 0,9,com valores similares ao encontrado no controle positivo. O EEBCP foi seletivo para as linhagens leucêmicas Hl-60 e K562 com CI50 de respectivamente, 29,46 ± 0,5 μg/mL e 26,79 ± 0,4 μg/mL, além de não apresentar atividade significativa nas células normais testadas e nos eritrócitos humanos. Na atividade antimicrobiana, o EEBCP apresentou uma alta atividade antibacteriana para a espécie Mycobacterium smegmatis com CMI de 8 μg/mL e CMB de 32 μg/mL. Para as espécies gram-positivas Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis, o extrato apresentou uma atividade moderada com CMI de 256 μg/mL para ambas as espécies e CMB de 256 μg/mL e 128 μg/mL, respectivamente. O extrato apresentou uma atividade anti-inflamatória in vitro para os macrófagos murinos com redução dos níveos de NO nas concentração de 1,56 μg/mL, 3,12 μg/mL, 6,25 μg/mL e 12,5 μg/mL em 75,4%, 76,72%, 73,48% e 65,7%, respectivamente comparado ao controle LPS (+). Na atividade anti-inflamatória sobre a lesão pulmonar aguda, o pré-tratamento com o extrato de C. procera nas doses de 50, 100 e 200 mg/kg diminuiu significativamente o percentual de leucócitos totais no lavado broncoalveolar (LBA) dos animais com LPA em relação ao controle lesionado, em especial, de neutrófilos, monócitos linfócitos e eosinófilos. O pré-tratamento também foi capaz de diminuir a atividade da enzima mieloperoxidase (MPO), do pulmão dos animais tratados, e os níveis de óxido nítrico no LBA desses animais. A partir dos resultados obtidos nesse trabalho, pode-se concluir que o extrato etanólico de Calotropis procera apresenta baixa toxicidade e seletividade para os ensaios analisados, fundamentando o seu uso popular por suas capacidades antioxidante, antimicrobiana e anti-inflamatória, tornando-o um alvo terapêutico promissor que deve ser mais profundamente investigado.

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  • JOSÉ WELLITHOM VITURINO DA SILVA
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL DE ESTABILIDADE DO MISOPROSTOL E CARACTERIZAÇÃO DE SEUS PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO

  • Líder : DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • JULIANA KISHISHITA
  • RODOLFO HIDEKI VICENTE NISHIMURA
  • ROSANA CASOTI
  • Data: 05-jun-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O misoprostol (MSP) é um análogo sintético da prostaglandina E1 e foi inicialmente utilizado  na prevenção de úlceras gástricas induzidas por anti-inflamatórios não esteroidais. No Brasil, o  MSP está disponível na forma de comprimido vaginal e tem uso exclusivo para finalidades  obstetrícias hospitalares. Apesar do uso bem estabelecido, vários autores discutem alguns  problemas biofarmacotécnicos da via de administração vaginal e também relacionados a  estabilidade destas formulações. Dessa forma, os estudos de degradação forçada têm sido  utilizados como ferramenta indispensável no desenvolvimento de metodologias analíticas  capazes de quantificar o fármaco de interesse na presença de seus produtos de degradação.  Assim, este trabalho teve como objetivo realizar estudo de degradação forçada do MSP IFA,  comprimidos e seu respectivo placebo, seguindo diretrizes nacionais e internacionais para  condução dos testes e validação da metodologia que utilizou como técnica de quantificação a  CLAE. Além disso, foi desenvolvido método LC-MS/TOF que será otimizado para servir como  subsídio na identificação dos produtos de degradação gerados. O método cromatográfico  desenvolvido onde se obtive os melhores resultados foi composto por coluna Purospher STAR,  C18 150 x 4,6mm, fase móvel composta por tampão pH 3 e isopropanol, fluxo de 1 mL.min-1  com eluição no modo isocrático, detecção em 200 nm e volume de injeção de 50 µL. As  amostras de IFA apresentaram degradação em todas as condições de estresse avaliadas,  especialmente nas condições de acidez e alcalinidade. Todas as condições apresentaram pureza  de pico para o sinal analítico do MSP e balanço de massas dentro das recomendações  preconizadas, exceto a fotodegradação. As amostras de comprimido apresentaram degradação  em todas as condições de estresse, exceto no calor úmido. Apesar do sinal analítico do MSP ter  apresentado pureza de pico em todas as condições, apenas as condições de acidez, alcalinidade  e calor úmido apresentaram valores de balanço de massas dentro dos níveis de 100 ± 5%. Não  foi observado nenhum produto de degradação gerado no placebo. O método indicativo de  estabilidade para o IFA apresentou seletividade, linearidade, precisão e exatidão de acordo com  a RDC 166 de 2017. O método LC-MS/TOF teve a temperatura da fonte foi otimizada para  180ºC, a vazão do gás de secagem foi de 4 L.h-1, a voltagem do capilar foi fixada em 4500 eV  e a da EndPlate Offset em 50 V. O espectro de massas do MSP obtivo por ESI em modo positivo  evidenciou a formação de aduto de sódio [M+ Na] + e sinal de 405.2612 m/z como pico base. 

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  • KAROLINE BELÉM SEIXAS
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE SISTEMAS  TRANSDÉRMICOS CONTENDO DULOXETINA PARA TRATAMENTO DA DOR

  • Líder : LEILA BASTOS LEAL
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA AMELIA MOREIRA LIRA
  • DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
  • GIOVANA DAMASCENO SOUSA
  • GIRLIANE REGINA DA SILVA
  • JULIANA KISHISHITA
  • Data: 14-jul-2023


  • Resumen Espectáculo
  • A dor está associada a um dano tecidual que gera experiências emocionais e sensoriais  desagradáveis, havendo comprometimento na qualidade de vida do paciente. O cloridrato de  duloxetina (DLX) é um inibidor da recaptação de serotonina e norepinefrina que apresenta eficácia  no tratamento da dor crônica. Porém, o fármaco apresenta diversas reações adversas e extensivo  efeito de primeira passagem hepático após administração oral. Em virtude dos inconvenientes  associados a administração oral da DLX associado a escassez de medicamentos para o tratamento  da dor administrados em formas farmacêuticas de liberação prolongada, o objetivo deste trabalho  consiste no desenvolvimento, obtenção e avaliação de sistemas nanoestruturados contendo DLX  para tratamento da dor por via transdérmica. Inicialmente foi realizada a caracterização do fármaco  através da Calorimetria Exploratória Diferencial (DSC) e do Espectrofotômetro de Infravermelho  com Transformada de Fourier (FTIR). Posteriormente, foi realizado o desenvolvimento e a  validação do método para a quantificação do fármaco através da Cromatografia Líquida de Alta  Eficiência com detecção de Ultravioleta (CLAE–UV). Para obtenção dos sistemas  nanoestruturados, diferentes diagramas de fases pseutoternários foram construídos e avaliados  utilizando óleo de licuri como fase oleosa, água como fase aquosa e diferentes misturas de  tensoativos: PEG-40 óleo de castor hidrogenado, Tween 80 e Tween 20 como fase tensoativa. As  formulações selecionadas foram caracterizadas quanto ao aspecto macroscópico, microscopia de  luz polarizada e aspecto reológico. O estudo de liberação e de permeação/retenção cutânea in vitro foi realizado utilizando o modelo de Franz e a atividade antinoceptiva in vivo foi determinada, em  modelo animal, através dos testes de contorções, formalina e cauda. Como resultados, DLX  apresentou pureza de 99,3% e ponto de fusão de 168,97 0C. O método bioanalítico validado provou  ser adequado para quantificação do fármaco com especificidade, precisão (< 5%), exatidão e  linearidade de 0,1μg/m - 4μg/mL (R2 = 0,999). Após a obtenção dos diagramas de fases  pseudoternários, sistemas nanoestruturados de alta viscosidade foram selecionados com  concentração fixa de óleo de licuri 10% (p/p) e DLX 1% (p/p), porém variando o percentual de  água (30%, 40% e 50% p/p) e da proporção dos tensoativos (2:1 e 1:1). A caracterização evidenciou cristais líquidos transparentes, de aspecto gelificado e isotrópicos, sugerindo a  formação de sistemas cristalinos de fase cúbica. Os ensaios de permeação cutânea para o fármacomostraram um perfil de permeação semelhante do fármaco a partir das diferentes formulações,  com maior concentração obtida no líquido receptor. Em relação aos estudos in vivo, os sistemas  resultaram em significativa atividade antinoceptiva após administração transdérmica, resultando  em 86,11% de redução da dor no teste de contorções, e 40,33% e 95,84% de redução da dor na  primeira e segunda fase no teste de formalina, respectivamente. Assim sendo, a formulação de  cristal líquido obtida proporcionou eficácia antinociceptiva ao cloridrato de duloxetina por via  transdérmica, possibilitando sua utilização por uma via de administração alternativa, considerada  mais segura, de fácil utilização. 


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  • MARIANA CARDOSO OSHIRO
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA, ANTITUMORAL E TOXICIDADE DA ESPÉCIE DRIMYS BRASILIENSIS MIERS

  • Líder : IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANIEL TARCISO MARTINS PEREIRA
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • KARINE DA SILVA CARVALHO
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • RÔMULO CARLOS DANTAS DA CRUZ
  • Data: 04-ago-2023
    Ata de defesa assinada:


  • Resumen Espectáculo
  • A espécie Drimys brasiliensis, popularmente conhecida como “cataia”, “casca de anta”, “canela-amarga”, “para-tudo” e “caá-tuya”, é utilizada na medicina tradicional para o tratamento de problemas gástricos como dores intestinais, cólicas, prisão de ventre e estimulante contra o desgaste físico e mental. A espécie pertence à família Winteraceae e, em algumas localidades, é utilizada na culinária como condimento alimentar por possuir sabor apimentado. Estudos realizados com espécies do mesmo gênero demonstraram atividade antinociceptiva e anti-inflamatória relacionados aos sesquiterpenos produzidos pelas espécies do gênero Drimys. Este trabalho está dividido em dois artigos. O primeiro é uma revisão de literatura sobre o gênero Drimys, abordando a biodiversidade do gênero, fitoquímica, potencialidades farmacológicas e toxicidade. O segundo é resultado dos ensaios realizados no Laboratório de Farmacologia e Cancerologia Experimental (LAFAC) com o extrato bruto das folhas de D. brasiliensis. Os ensaios realizados foram o screening fitoquímico (CCD), avaliação do potencial antiinflamatório (modelos de edema de pata, peritonite e bolsão de ar), antitumoral (Sarcoma 180) e toxicidade (OECD 435). Ainda, o anexo traz a publicação da avaliação da atividade larvicida de D. brasiliensis sobre Aedes aegypti publicada como capítulo de livro. Os resultados indicam que a espécie D. brasiliensis apresentou atividade antiinflamatória e antitumoral. O screening fitoquímico demonstrou a presença de marcadores sesquiterpenos que são conhecidos por exercer esta atividade. Além disso, o extrato apresentou um conteúdo elevado de compostos fenólicos. O extrato apresentou baixa toxicidade, demonstrando que o consumo das folhas e cascas na forma de chás e tinturas é seguro, corroborando com o uso tradicional. Outros estudos devem ser realizados para o entendimento da biodisponibilidade e farmacocinética do extrato vegetal. A espécie possui potencial para aprofundamento de pesquisas, a fim de elucidar os mecanismos envolvidos entre o processo inflamatório e a carcinogênese.

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  • JAMIRE MURIEL DA SILVA
  • PLANEJAMENTO, SÍNTESE E AVALIAÇÃO DA POSSIVEL ATIVIDADE ANTICÂNCER DE NOVOS DERIVADOS ESPIRO-ACRIDÍNICOS METILADOS E SEUS ISÔMEROS.

  • Líder : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • IGOR JOSÉ DOS SANTOS NASCIMENTO
  • RAFAEL DAVID SOUTO DE AZEVEDO
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • RODRIGO SANTOS AQUINO ARAÚJO
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 11-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • O câncer continua sendo um problema de ordem mundial e um fármaco altamente eficiente e que não provoque danos colaterais no tratamento dos mais diversos tipos de câncer tem sido o desejo de muitos grupos de estudos. Com isso, a cada ano desperta o interesse acadêmico mundial em busca da cura ou de tratamentos menos nocivos e mais eficazes. Derivados acridínicos e espiro-acridinicos tem demonstrado potencial ação no tratamento do câncer. Nessa perspectiva, este trabalho buscou o planejamento, desenvolvimento e avaliação de novos scaffolds acridínicos e espiro-acridinicos, planejados a partir de derivados espiro-acridinicos já descritos, com potencial atividade antitumoral. Para tanto, foi realizado estudo in sílico de docking molecular e de ADME para identificação preliminar dos melhores compostos e assim, os mesmos serem sintetizados. No total foram planejados 38 novos compostos, sendo 11 da série AMTACs, 11 da série ACMDS E 16 da série JMSs. Os estudos de docking foram realizados nos alvos HDAC8 (PDB ID 1T69) de câncer de colorretal e Glioma, no alvo VEGFR-2 (PDB ID 4ASD) de câncer de mama e no alvo EGFR (PDB ID 4HJO) de câncer de colorretal e mama. Os resultados de docking no alvo HDAC8 evidenciaram que todos os derivados apresentavam melhores valores de energia livre de ligação que o ligante SHH (∆G= -5,99 kcal/mol) variando de -6,67 a -9,50 kcal/mol. Já os resultados de docking no alvo VEGFR-2 demonstraram que a maioria dos compostos das séries AMTACs e ACMDs não seria interessantes nesse alvo, apresentando valores de energia livre de ligação positiva. E os que apresentaram valores negativos não foram inferiores ao ligante BAX, porém a série JMS alguns compostos tiveram valores próximos. E no terceiro alvo EGFR apenas 4 derivados não apresentaram valores de energia livre de ligação maior que o ligante AQ4. Novamente com destaque para os compostos da série JMSs. Os estudos farmacocinéticos in sílico (ADME) indicaram que todos os compostos foram condizentes com critérios de druglikeness estabelecidos por Lipinski, Ghose e Egan, além de evidenciar uma boa absorção gastrintestinal. O composto JMS-16 se destacou entre todos os derivados apresentando os melhores resultados in sílico, ficando sempre entre os três melhores resultados de docking molecular nos três alvos (em dois deles superiores aos compostos co-cristalizados), e nos estudos farmacocinéticos apresentou LogP abaixo de 5, além de solubilidade em água moderada. Na parte sintética o composto apresentou rendimento de 84%. Considerando os resultados dos estudos in sílico, 28 foram selecionados para a etapa desíntese onde 15 deles já foram sintetizados e apresentaram rendimento variando de 42 a 84%. Os mesmos apresentaram variação de faixa de fusão de no máximo 2ºC. Devido à pandemia os resultados de caracterização e elucidação estrutural ainda não foram possíveis. Todos os novos derivados destinados à síntese apresentaram boas características farmacodinâmicas nos alvos HDAC8 (câncer de cólon e glioma) e no EGFR (câncer de cólon e mama) bem como parâmetros farmacocinéticos favoráveis como coeficiente de partição, solubilidade em água e absorção gastrintestinal e permeabilidade à barreira hematoencefálica. Assim, os compostos mostraram-se promissores para a continuidade dos estudos.

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  • ANGELA MAGALHAES VIEIRA
  • CARACTERIZAÇÃO QUÍMICA E ATIVIDADE GASTROPROTETORA DO POLISSACARÍEDEO ISOLADO DO EXUDATO DE Schinopsis brasiliensis Engl.(Anacardiaceae)

  • Líder : RAFAEL MATOS XIMENES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MIRNA MARQUES BEZERRA
  • MARIA DAS GRACAS CARNEIRO DA CUNHA
  • PAULO ANTONIO GALINDO SOARES
  • RENE DUARTE MARTINS
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 18-ago-2023


  • Resumen Espectáculo
  • Schinopsis brasiliensis Engl., é uma árvore do bioma da Caatinga conhecida  popularmente como “baraúna” ou “braúna”. Nos períodos de estiagem uma goma  exuda através de sua parede celular vegetal, na qual o componente polissacarídico  ainda não foi caracterizado estruturalmente. O polissacarídeo da goma já foi extraído  através de uma precipitação etanólica seletiva (46 % v/v) e sua estrutura caracterizada  através de técnicas espectroscópicas de infravermelho (FTIR) e ressonância  magnética nuclear (RMN-1D). A extração do polissacarídeo apresentou rendimento  de 76,12 ±4,51% com peso molecular calculado de 77,1 KDa. Através do FTIR foi  possível identificar a presença de estiramentos de grupos químicos de O-H (3292 cm 1), C-H (2901 cm-1), COO- (1595, 1414 e 1369 cm-1), C-O-C (1258 a1116 cm-1),  e de ligações glicosídicas α (1018 cm-1) e β (912 cm-1), típicos de carboidratos  presentes em exsudatos de plantas. Através do espectro de RMN-1D, foi possível  detectar na região dos sinais anoméricos para carboidratos (4,3 a 5,3 ppm), a  existência de 4 picos majoritários, em 5,22, 5,10, 4,92 e 4,71 ppm, correspondentes à  unidades monossacarídicas de α-raminose, ácido α -galacturônico, ácido 6-O-metil 

    α -galacturônico e β -galactose que carateriza o polissacarídeo como uma pectina do  tipo ramnogalacturonano I (RGI). Apesar de ainda parcialmente caracterizada, a  extrutura do polissacarídeo ainda não está definida. Outros experimentos para  determinar o conteúdo e a proporção das unidades monossacarídicas e o perfil de  ligação glicosidica são necessários. Portanto, este trabalho tem por objetivo a  caracterização estrutural final do polissacarídeo extraído do exsudato de S.  brasiliensis e a estudo da toxicidade aguda e avaliação da atividade gastroprotetora  do polissacarídeo em modelo de úlcera gástrica induzida em modelos animais e a  investigação dos possíveis mecanismos de ação

2022
Disertaciones
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  • ISABEL SOUSA ALCÂNTARA
  • Estudo da atividade gastroprotetora do sumo e extrato hidroetanólico das cascas do fruto de Plinia peruviana(Poir.) Govaerts (MYRTACEAE)


  • Líder : ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • ANITA OLIVEIRA BRITO PEREIRA BEZERRA MARTINS
  • HELIDA MARIA DE LIMA MARANHAO BRASILEIRO
  • Data: 04-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Plinia peruviana é conhecida na etnomedicina como “jaboticaba” e é utilizada no tratamento de diarreia e problemas respiratórios. Este estudo avaliou a atividade gastroprotetora do sumo (SPP) e extrato hidroalcóolico de Plinia peruviana (EHPP). O SPP após obtido foi solidificado e liofilizado, enquanto que o EHPP foi preparado a partir das cascas por meio da técnica de percolação e liofilização. A análise química foi realizada por CLAE. A toxicidade aguda do SPP e EHPP foi estimada por via oral (5000 mg/kg/) e o efeito gastroprotetor foi determinado por meio de modelos de lesões gástricas induzida por etanol absoluto, etanol acidificado e indometacina em camundongos. Os possíveis mecanismos de ação envolvidos na atividade gastroprotetora avaliados foram: receptores histamínicos (H2), noradrenergicos α2, ação do óxido nitrito, dosagem nitrito e nitrato, canais de potássio ATP-dependentes, prostaglandinas, muco aderido a mucosa, grupamentos sulfidrílicos e mieloperoxidase. Também foi visto o efeito do SPP e EHPP na motilidade intestinal. No efeito gastroprotetor o SPP e EHPP apresentaram atividade significativa em todas as doses testadas (100, 250 e 500 mg/kg), em comparação com o controle negativo. O SPP e EHPP não atuaram como barreira física. A dose de 100 mg/kg mostrou que o efeito gastroprotetor do SPP e EHPP envolvem a participação na ativação dos receptores noradrenergicos α2, ação do óxido nitrito, prostaglandinas, muco aderido a mucosa, grupamentos sulfidrílicos e mielopeoroxidase. Os resultados obtidos demonstraram que o SPP e EHPP apresenta potencial gastroprotetor. O efeito do EHPP em parte, podem estar relacionadas ao ácido gálico, identificado entre os constituintes.

2
  • CLÁUDIO HENRIQUE RODRIGUES DA SILVA
  • Inativação fotodinâmica de microrganismos resistentes mediada por azul de metileno e nanoprismas de prata

  • Líder : BEATE SAEGESSER SANTOS
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • CAMILA GALVÃO DE ANDRADE
  • FRANZ DE ASSIS GRACIANO DOS SANTOS
  • Data: 24-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • As nanopartículas metálicas exibem diversas propriedades que vem sendo estudadas nos últimos anos em diferentes áreas do conhecimento, principalmente aquelas de prata e ouro. Um efeito característico destas, a ressonância de plásmons de superfície (RPS) confere a capacidade de aumento de propriedades ópticas de outras moléculas, quando em condições específicas. Na área da saúde, uma possibilidade de uso desses sistemas é na associação aos chamados fotossensibilizadores (FS), que são utilizados para a produção de espécies reativas de oxigênio, quando combinados com a luz na Terapia Fotodinâmica, tendo uma modalidade para microrganismos denominada inativação fotodinâmica (IFD). Nesse estudo, nanoprismas de prata foram preparados, caracterizados e posteriormente conjugados com o FS azul de metileno (AM), que tem amplo uso na prática clínica e aprovação pelo órgão regulatório nacional. O objetivo foi aplicar os conjugados na IFD de dois isolados resistentes: Staphylococcus aureus isolado da mastite bubalina e Candida albicans isolado da balanopostite. Medidas de espectroscopia mostrou que a associação entre os nanoprismas e AM promoveu mudanças de intensidade na fluorescência, de acordo com a concentração do FS empregada, tendo um aumento de ca 30% observados para a dose de 100 µmol.L-1. Foi observado um potencial de superfície (z) estável para os nanoprismas (z = -51.7 ± 0.55 mV), que reduziu proporcionalmente na presença de AM (para 25 µmol.L-1, z = -43.36 ± 0.37mV e para 100 µmol.L-1, -3.40 ± 0.15 mV).  A ausência de toxicidade dos sistemas coloidais obtidos foi determinada frente a linhagem de macrófagos sadios. Os ensaios de IFD mostraram que o tempo necessário para a inativação total da cepa de S. aureus foi de 3 min com o conjugado (para [AM] = 100 µmol.L-1 no conjugado). Para a total inativação de C. albicans precisou-se irradiar 2 min, para o conjugado contendo [AM] = 100 µmol.L-1. Em ambos experimentos e mesmas condições, o AM não demonstrou inativação fotodinâmica total. Os resultados evidenciam a capacidade dos conjugados como eficientes fotossensibilizadores para posteriores aplicações in vivo, inclusive em patologias que há relato de resistência.

3
  • MIGUEL WILSON REGUEIRA RIBEIRO
  • Desenvolvimento analítico para quantificação do teor dissolvido de Olanzapina comprido revestido por espectrofotometria de absorção ultravioleta/visível (UV/VIS)
  • Líder : MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CAIO CÉSAR DE ANDRADE RODRIGUES SILVA
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • Data: 24-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Devido à preocupação de saúde pública sobre a doença emocional provocada pela esquizofrenia, caracterizada pelo transtorno bipolar e qualificada por comportamentos positivos e negativos, a agência de saúde, no Brasil instituída pelo Ministério da Saúde – MS, vem promovendo tratamento que proporcione ao paciente eficácia e baixo efeito colateral (extrapiramidal). Assim, a Olanzapina é a primeira droga utilizada por apresentar poucos efeitos extrapiramidais, bem como é utilizada para tratar de pacientes refratários aos tratamentos convencionais. Para garantir a segurança do paciente, estudos laboratoriais são necessários para assegurar a porção do fármaco disponível para absorção do organismo. Dentre os ensaios, a dissolução é um teste de performance que avalia a quantidade de fármaco dissolvido em determinado tempo. Na monografia americana USP, assim como em outros artigos científicos, é utilizada a técnica de determinação da dissolução por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) para quantificar o teor de fármaco dissolvido. Tal técnica, apesar da alta sensibilidade, apresenta como desvantagens a utilização de solventes orgânico tóxicos, equipamentos de alto custo e alta complexidade. Assim, a metodologia analítica desenvolvida por espectroscopia ultravioleta/visível (UV/VIS) deverá proporcionar resposta imediata, baixo custo na aquisição e mantenimento dos equipamentos e baixa complexidade na operação e geração dos dados, devendo demonstrar que produz resultados confiáveis e adequados à finalidade a que se destina mediante a validação analítica.

     
     
     
     
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  • GLENDA LAÍSSA OLIVEIRA DE MELO CANDEIA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTI-INFLAMATÓRIA E ANTINOCICEPTIVA DE EXTRATO E FRAÇÕES  OBTIDOS A PARTIR DAS FOLHAS DE EUGENIA UNIFLORA LINN

  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • GERLANE COELHO BERNARDO GUERRA
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MARIA BERNADETE DE SOUSA MAIA
  • Data: 24-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Eugenia uniflora L. (Myrtaceae), conhecida como pitanga, é uma espécie usada na medicina  tradicional que possui atividades biológicas já descritas na literatura, tais como antioxidante,  anti-inflamatória, antinociceptiva, que estão associadas à presença de flavonoides, ácidos  fenólicos, taninos hidrolisáveis e óleos essenciais. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho

    foi avaliar as atividades anti-inflamatória e antinociceptiva do extrato seco por aspersão (ESA)  das folhas de E. uniflora e investigar o mecanismo de ação envolvido na atividade  antinociceptiva de frações obtidas. O extrato foi obtido por turbólise utilizando a mistura água:  etanol: propilenoglicol como solvente, e em seguida, foi submetido à secagem por spray dryer.  O ESA foi submetido a sucessivas partições com hexano, água e acetato de etila, originando  frações FH, FAqr e FAE respectivamente. A caracterização do ESA e frações foi realizada por  cromatografia em camada delgada (CCD) e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE).  Nos ensaios in vivo foram utilizados camundongos Swiss (Comitê de ética: nº 0068/2020) para avaliar as atividades anti-inflamatória (testes de edema de pata e de peritonite, ambos  induzidos por carragenina) e antinociceptiva (testes de contorções abdominais induzidas por  ácido acético, formalina e movimento de cauda). Na investigação do possível mecanismo de  ação, foi realizado o teste da formalina com as frações frente a ação de um bloqueador opioide  não seletivo (naloxona). Como resultados foi possível detectar a presença de polifenóis,  incluindo os marcadores ácido gálico e ácido elágico e miricitrina por CCD, com bandas mais  evidentes no ESA e FAE. O perfil observado por CCD, foi confirmado por CLAE e corroboram  com dados da literatura para extratos da espécie. O ESA demonstrou atividade anti inflamatória diminuindo o edema de pata de forma constante durante todo o experimento, bem  como diminuindo a migração leucocitária para a cavidade peritoneal. Nos testes de nocicepção,  ESA foi capaz de reduzir o número de contorções induzidas por ácido acético, diminuiu o  tempo de lambedura de pata no teste da formalina e aumentou a latência para movimento de  cauda em banho quente. Durante a avaliação de mecanismo de ação a FAE demonstrou  atividade antinociceptiva superior a FAqr, e considerando a análise fitoquímica sugere-se que o  composto relacionado a essa atividade seja o flavonoide miricitrina, visto que está presente  apenas na FAE. Confrontando FAE e FAqr (25 mg/kg) com o bloqueador naloxona, houve um  aumento no tempo de lambedura, indicando que a atividade antinociceptiva percebida  anteriormente se dá através de receptores opioides. Considerando estes resultados,  concluímos que E. uniflora confere potencial terapêutico com propriedades anti-inflamatórias e  antinociceptivas e de acordo com a a investigação de mecanismo de ação, sugerimos que  estas atividades estejam relacionadas a presença de flavonoides e mais especificamente a  miricitrina enriquecidos na FAE, através da atuação em receptores opioides. 

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  • JOSE ISRAEL GUERRA JUNIOR
  • AVALIAÇÃO DO EFEITO ANTIDIABÉTICO DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DE FOLHAS DE Croton blanchetianus EM CAMUNDONGOS

  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • THIAGO HENRIQUE NAPOLEAO
  • Data: 25-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Croton blanchetianus (Euphorbiaceae) vulgarmente conhecida como “marmeleiro” ou “marmeleiro-preto”, trata-se de uma espécie vegetal utilizada na medicina popular para fins de manejo de diversas disfunções, como por exemplo, diarreia, cefaleia, distúrbios gastrointestinais, reumatismo, febre e processos inflamatórios. Em função do seu teor de flavonoides, pensa-se que C. blanchetianus possui propriedades antidiabéticas em seus extratos. Contudo, a literatura acerca dessa espécie ainda é escassa, nesse sentido, o pressuposto deste trabalho foi avaliar os processos extrativos das folhas de Croton, desenvolver e validar uma metodologia analítica para quantificação de flavonoides, avaliar o potencial toxicológico e avaliar a atividade antidiabética. Para os ensaios de validação analítica, foi utilizada a metodologia por espectrofotometria (UV-Vis), com consonância com os parâmetros estabelecidos pela RDC 166/2017, inicialmente foi realizada a triagem fitoquímica e o planejamento fatorial a fim de obter o extrato otimizado, sucessivamente foi realizada a validação do extrato bruto e da droga vegetal seca por aspersão, em seguida foram realizados os ensaios de toxicidade e diabetes em camundongos. A triagem fitoquímica demonstrou a presença de taninos condensados, derivados cinâmicos e flavonoides, o planejamento fatorial e a análise dos experimentos, concluiu que a melhor forma de extração para as folhas é empregado 10g para o solvente água/etanol (1:1), o método foi validado e mostrou-se específico, linear, preciso, exato e robusto, os ensaios de toxicidade mostrou que na dose de 2000mg/kg por via oral o extrato não apresentou efeitos tóxicos, enquanto que na via intraperitoneal apresentou algumas alterações discreta, os ensaios de diabetes demonstraram que a dose de 400mg/kg do extrato apresentou resultados satisfatórios para o controle glicêmico e perda de peso. Entretanto, é necessário estudos posteriores para entendimento dos mecanismos pelos quais o extrato tem seu efeito hipoglicemiante.

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  • FRANCISCO DE ASSIS SILVEIRA DE OLIVEIRA
  • DESENVOLVIMENTO DE UM SISTEMA HÍBRIDO A PARTIR DO ARGILOMINERAL LAPONITA PARA LIBERAÇÃO
    CONTROLADA DO CLORIDRATO DE TERBINAFINA

  • Líder : MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • AMANDA DAMASCENO LEÃO
  • FABIOLA BERNARDO CARNEIRO
  • MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • Data: 15-mar-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O cloridrato de terbinafina (TBF) está associada à alta incidência de eventos  adversos que podem levar a interrupções do tratamento de onicomicoses. A  laponita (LAP) é um argilomineral de natureza sintética de baixo custo que tem  se destacado como veículo para o desenvolvimento de drug delivery systems. O  objetivo do presente trabalho foi desenvolver um sistema híbrido formado a partir  da LAP associado à TBF para liberação controlada desse fármaco. Foram  avaliadas as condições experimentais para a adsorção da TBF na LAP,  considerando o efeito do pH, da concentração inicial do fármaco e do tempo de  contato. Os estudos de equilíbrio e de cinética foram realizados dentro da faixa  de pH 2,0 a 7,0, tempos de reação de 0 a 720 min e com concentrações de 0,1  a 2,5 mg.mL-1 de TBF/Metanol, sob 160 rpm. Foram aplicados os modelos  matemáticos de pseudo-primeira ordem, pseudo-segunda ordem e Elovich para  a cinética; e os modelos de Langmuir, Freundlich e Temkin para isoterma. Os  híbridos foram caracterizados por difração de raio X (DRX) e Espectroscopia de  Infravermelho por Transformada de Fourier (FTIR). A solubilidade do fármaco foi  avaliada em tampões HCl pH 1,2 e fosfato 6,8. Seu perfil de dissolução foi  realizado in vitro, sob condição sink, em tampão HCl pH 1,2 e os dados foram  aplicados em modelos de cinética de dissolução, empregando o suplemento  DDSolver®. Como resultado, verificou-se que a interação LAP-TBF é dependente  de pH, com adsorção máxima do fármaco no pH 5. O estudo de isoterma revelou  que as condições de equilíbrio de adsorção LAP-TBF obedecem ao modelo de  Langmuir. A cinética de adsorção apresentou uma fase rápida até 60 min e uma  lenta de 180 a 720 min, ajustando-se ao modelo de pseudo-segunda ordem. A  quantidade máxima (qemáx) de TBF adsorvida na LAP foi de 144.97 mg.g-1, obtida  em pH 5, após 720 min de reação. A intercalação da TBF na LAP foi confirmada  pelos padrões de DRX e FTIR, dado aumento da distância interlamelar de16,89  Å (LAP-TBF) com espectros dos híbridos LAP-TBF apresentando vibrações  menores referentes à TBF na LAP, quando comparado aos espectros isolados  do fármaco. A solubilidade da TBF mostrou-se superior em tampão HCl 1,2 (1188  μg/mL) em relação ao tampão fosfato 6,8 (4,27 μg/mL). A liberação da TBF do  sistema LAP-TBF ocorreu de forma controlada, com percentual >90% do  fármaco liberado após 31 horas e o seu perfil de dissolução ajustou-se à cinética de Peppas-Sahlin, com prevalência da difusão Fickiana. O perfil de liberação da  LAP-TBF pode ser promissor para o desenvolvimento de novas formulações de  TBF, utilizando a laponita como excipiente, o que poderá ser útil para melhorar  a farmacoterapia das onicomicoses. 


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  • CAMILA DE ALMEIDA PEREZ PIMENTA
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE FORMULAÇÕES UNGUEAIS A BASE DE TERBINAFINA

  • Líder : LEILA BASTOS LEAL
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARIA BEGOÑA DELGADO-CHARRO
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • MARIA ALICE MACIEL TABOSA
  • Data: 17-jun-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A onicomicose (ONC) é uma infecção fúngica das unhas que pode afetar as unhas das mãos e dos pés. Responsável por 15 a 50% das doenças ungueais, pode acometer um ou mais componentes do aparelho ungueal, incluindo lâmina ungueal, matriz e leito ungueal. Sua prevalência global foi estimada em 5,5%, afetando 3-8% da população do Reino Unido 6,7, 13,4% na América do Norte, 23% na Europa e 20% no Leste Asiático 8–10. Além da prevalência crescente, as falhas no tratamento são frequentes; a recorrência pode chegar a 50% por falta de cura e reinfecções micológicas. Ao mesmo tempo, a onicomicose não tratada pode piorar, disseminar-se para outros locais não infectados (outras unhas ou para a pele circundante) ou infectar outros pacientes. No que trata de tratamento tópico, até o momento, não há formulação ungueal aprovada de cloridrato de terbinafina (TB-HCl) para tratamento onicomicose no mercado nacional nem internacional. Considerando que o tipo de formulação farmacêutica afeta a permeação através da placa ungueal, inúmeras pesquisas científicas com o desenvolvimento de diferentes formas farmacêuticas ungueais (géis, microemulsão e gel à base de microemulsão, lipossomas, microesferas injetáveis de PLGA, sistemas nanovesiculares) contendo esse fármaco nas concentrações de 1 e 2% podem ser encontrados na literatura científica. Com base no exposto, o objetivo deste trabalho foi utilizar dados de solubilidade TB-HCl em diferentes solventes para desenvolver diferentes formas farmacêuticas utilizando este fármaco em concentrações iguais e superiores a 2% e avaliar sua permeação em unhas humanas saudáveis, com e sem tratamento (utilizando como métodos físicos o Hydra.needle® e um novo aparelho). Uma avaliação microbiológica também foi realizada. Testes de liberação (IVRT) utilizando 3 diferentes tipos de membranas artificiais e permeação ungueal (IVPT) mediante recortes de unhas humanas, obtidas de voluntários saudáveis, após consentimento livre informado foram realizadas. Para tanto, foram utilizadas células verticais de difusão de Franz com e sem adaptadores de unha. A TBF-HCl apresentou alta solubilidade nas misturas de solventes quando comparados a estes isoladamente; a quantidade cumulativa liberada através das membranas hidrofílica e de silicone foi significativamente diferente entre as formulações geleificadas e microemulsionadas desenvolvidas. Nos experimentos SD-MP, a passagem do fármaco através da unha, deixou clara a importância da microporação enquanto um promotor físico de permeação, simples, seguro e passível de padronização. Os resultados mostraram que as novas formulações aqui propostas disponibilizaram o fármaco de forma mais eficiente a partir da formulação microemulsionada e sugerem que mais estudos devem ser realizados com as melhores formulações desenvolvidas e que um dispositivo específico de microporação da unha deve ser projetado.


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  • LORENA MARIA BARBOSA DE LIMA
  • ESTUDO DE ESTABILIDADE: DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO INDICATIVO POR CLAE-DAD E CARACTERIZAÇÃO DOS PRODUTOS DE DEGRADAÇÃO EM HIDROLISE ÁCIDA DO CITRATO DE TAMOXIFENO (IFA) POR LC-MS-TOF

  • Líder : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CARLOS EDUARDO MIRANDA DE SOUSA
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • LUCAS PEREIRA SOUZA DA SILVA
  • Data: 27-jul-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O Tamoxifeno (TMX) é uma terapia hormonal utilizada para o câncer de mama pertencente ao grupo dos moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs). Compõe a classe II da classificação biofarmacêutica, apresentando baixa solubilidade em água, baixa seletividade e biodisponibilidade, podendo causar efeitos adversos distintos e graves aos pacientes em tratamento. Por outro lado, a produção de medicamentos exige a realização de estudos que garantam o uso seguro e eficaz, dentre estes, os estudos de degradação forçada têm grande destaque. Embora vários métodos espectroscópicos e cromatográficos sejam relatados para a determinação de tamoxifeno sozinho ou junto com seus derivados, metabólitos, ou em matrizes variadas, nenhum relato sobre a identificação dos seus produtos de degradação (PDs) ou impurezas estão disponíveis na literatura até o momento. Portanto, o presente estudo visou desenvolver um MEI por CLAE-DADpara realizar o estudo de degradação forçada do TMX sob as condições de hidrólise ácida, detectar e quantificar os possíveis PDs, além de utilizar a espectrometria de massas, para caracterização dos PDs gerados nos ensaios forçados. Também foram realizados estudos de cinética de decaimento do teor do TMX. O método cromatográfico desenvolvido usou uma coluna Ascentis® Express C18 (250 x 4,6 mm; 5μm), a ± 25,5°C. A eluição isocrática utilizou Acetonitrila (ACN) e Tampão Fosfato (pH 3,0) 55:45 v/v como fase móvel, volume de injeção de 20 µL e fluxo de 1 mL/min. O TMX mostrou-se suscetível a condições ácidas assim como previsto na literatura e apresentou um decaimento de 66,82% e formação de três PDs. Avaliou-se sua cinética de degradação para definir a ordem de reação em meio ácido (HCL 1,0 M). A reação foi caracterizada como de ordem zero para a condição estudada e a partir dessa análise foi possível definir a constante de velocidade (k) e o cálculo dos parâmetros cinéticos de meia-vida (T1/2) e período de vida útil (T90%), onde pode-se afirmar que a velocidade da reação independe das concentrações dos reagentes. O acoplamento do sistema LC-MS foi realizado através da ionização por electrospray em modo positivo, onde foi possível observar o sinal 372,2260 m/z [M+ H]+ como pico base do TMX. Para o PD1 e PD2 foi observada a presença de íons moleculares 360.1866 m/z [M+ H]+ e 404.2204 m/z [M+ H]+, o que nos sugere a perda de dois carbonos e a adição de uma hidroxila no anel aromático no primeiro caso e a adição de duas hidroxilas no anel aromático no segundo caso. Para o PD3, foi possível observar um perfil de massas semelhante ao pico base do TMX de 372.2305 m/z [M+ H]+, o que nos leva a deduzir que este produto de degradação  é a forma isomérica do fármaco. A partir deste estudo de degradação forçada foi possível conhecer melhor os aspectos envolvidos na estabilidade do TMX e obtiveram-se informações estruturais de seus produtos de degradação que são escassos na literatura. Dessa forma temos mais suporte para prever e avaliar instabilidades em medicamentos à base deste fármaco.

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  • EWELYN CÍNTYA FELIPE DOS SANTOS
  • Desenvolvimento de método indicativo de establidade de flavonoide em matrizes vegetais: Eugenia uniflora L. e Cinnamomum verum L. Presl

  • Líder : LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BOLÍVAR PONCIANO GOULART DE LIMA DAMASCENO
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • LUIZ ALBERTO LIRA SOARES
  • Data: 03-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Eugenia uniflora L. e Cinnamomum verum J. Presl., são duas espécies ricas em flavonoides, amplamente utilizadas na medicina tradicional. Para que a utilização destas e de outras plantas medicinais possa ser feita de maneira segura e eficaz, a qualidade e estabilidade destas plantas e de seus produtos devem ser atestadas. Neste sentido, uma ferramenta importante na avaliação da estabilidade de produtos farmacêuticos é a utilização de métodos indicativos de estabilidade. Assim, o objetivo deste estudo foi desenvolver e validar métodos indicativos de estabilidade de flavonoides nas matrizes vegetais de E. uniflora e C. verum. Inicialmente as espécies foram coletadas, identificas e caracterizadas de acordo com os parâmetros preconizados pela farmacopeia brasileira 6 ed. Foram utilizadas técnicas estatísticas na análise das melhores condições para extração dos flavonoides de ambas as espécies, posteriormente, foram obtidos extratos secos por aspersão (ESA), que foram caracterizados por cromatografia em camada delgada (CCD) e por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). Um estudo de degradação forçada foi realizado nos ESA de ambas as espécies e no padrão miricitrina, por fim, os métodos foram validados e avaliados quanto as suas capacidades de indicar a estabilidade da miricitrina e rutina nos ESA. Os resultados indicaram que as matérias primas vegetais (MPVs) estavam dentro dos parâmetros de qualidade estabelecidos pela farmacopeia. As melhores condições de extração de flavonoides foram fixadas em 5% de relação droga:solvente e etanol 80% como solvente extrator para ambas as espécies. Esses extratos foram secos por aspersão, e analisados por CCD, que evidenciou a presença de 8 e 5 bandas características de flavonoides nos extratos de E. uniflora e de C. verum, respectivamente. A análise por CLAE revelou a presença de 4 flavonoides no extrato de E. uniflora, dentre eles a miricitrina (2,92 ± 0,02 g%). Já análise por CLAE da matéria prima de C. verum indicou a presença de 5 flavonoides, dentre eles a rutina (0,070 ± 0,001 g%), a análise do seu ESA também indicou a presença de rutina (0,634 ± 0,001 g%). O estudo de degradação forçada do ESA de E. uniflora indicou que a miricitrina é sensível a degradação nas condições de hidrólise, e estável nas condições de estresse oxidativo, térmico e fotolítico. A degradação forçada do padrão miricitrina demonstrou que este composto isolado é mais susceptível a degradação, sendo degradado em maior intensidade em todas as condições de degradação. O estudo de degradação forçada do ESA de C. verum indicou que a rutina é sensível as situações de estresse hidrolítico, apresentando estabilidade nas outras condições. Os métodos foram validados com êxito, estando em conformidade com a legislação vigente (RDC 166/2017). Ambos os métodos demonstraram seletividade adequada aos flavonoides rutina e miricitrina, mesmo em meio a possíveis produtos de degradação. Em conclusão, os resultados obtidos demonstram que os métodos validados podem ser utilizados como indicativos da estabilidade da miricitrina e da rutina nas matrizes vegetais de E. uniflora e C. verum, respectivamente.

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  • GEORGE TORRES DE LIMA
  • AVALIAÇÃO DA CITOTOXICIDADE, POTENCIAL ANTICÂNCER E ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE DERIVADOS ARIL-SEMICARBAZÔNICOS E ARIL-TIOSSEMICARBAZÔNICOS

  • Líder : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • NORMA BUARQUE DE GUSMAO
  • SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 03-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O câncer, apesar do avanço em questões diagnósticas e de tratamento, ainda é uma das maiores causas de morte em todo o mundo. Em adição, um dos maiores problemas atuais de saúde pública é o aumento da resistência dos microrganismos a antimicrobianos, em especial nos ambientes hospitalares. Portanto, se faz necessário a síntese e obtenção de novos fármacos eficazes nesses tratamentos. No presente trabalho, foram utilizados dois derivados semicarbazônicos: LS12 e LS21, além de cinco derivados tiossemicarbazônicos: LSS1, LSS2, LSS4, LSS5 e LSS6. Para avaliação do potencial anticâncer, primeiramente foi realizado um screening citotóxico dos derivados em linhagens de células tumorais, utilizando o método do MTT. Os compostos mais promissores foram selecionados para os testes de avaliação da morfologia celular em células da linhagem K652 e estudo in sílico do docking molecular em três proteínas quinase relevantes no processo de formação do câncer. Os resultados de morfologia demonstraram que os compostos LSS4 e LSS6 provocaram alterações típicas de processos apoptóticos na linhagem testada. Através do docking molecular, foi possível observar que os compostos analisados possuem capacidade de inibir as proteínas quinase analisadas. Foi realizado o teste de migração celular utilizando a linhagem de células L929, em que o composto LSS4 obteve êxito na inibição da migração celular, atividade imprescindível para um potencial tratamento anticâncer. Na atividade de inibição do crescimento microbiano, foram utilizadas duas espécies do gênero Candida: Candida albicans e Candida guilliermondii, duas espécies de bactérias Gram-negativas: Escherichia coli e Kleibisiella pneumoniae, e duas espécies de bactérias Gram-positivas: Staphylococcus aureus e Bacillus subtilis. O composto LSS2 obteve destaque, apresentando MIC variando entre 15,62 e 125 µg/ml nas cepas testadas, além de demonstrar potencial fungicida, com MFC de 15,62 µg/ml nas espécies do gênero Candida sp. testadas. Portanto, os derivados aril-semicarbazônicos e aril-tiossemicarbazônicos analisados representaram potencial atividade anticâncer e antimicrobiana, que podem ser eleitos para a continuidade dos testes necessários, com foco na produção de novos medicamentos.


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  • DEOCLÉCIO LUSTOSA DE CARVALHO
  • ASPECTOS CRÍTICOS RELACIONADOS À AVALIAÇÃO DE RISCO  À SAÚDE DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA FAMILIAR NO SERTÃO DO SÃO  FRANCISCO

  • Líder : LEILA BASTOS LEAL
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CHEILA NATALY GALINDO BEDOR
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • LEILA BASTOS LEAL
  • Data: 31-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Quando se iniciou a “revolução verde”, a utilização em massa de agrotóxicos que teria  o intuito de modernizar e aumentar a produtividade agrícola, os trabalhadores rurais passaram  a ser expostos a inúmeros riscos. O Brasil que é um dos maiores produtores agropecuários do  mundo, tornou-se nas últimas décadas um dos que mais utilizam agrotóxicos. A região do  Submédio do Vale do São Francisco é uma das principais áreas de exploração da  hortifruticultura irrigada do país, possuindo aproximadamente 50% da sua população  economicamente ativa empregada na agricultura. No entanto, a região faz uso indiscriminado  de agrotóxicos e em condições inseguras de trabalho, expondo a população, principalmente a  rural, aos danos causados por eles. Dentre os diferentes tipos de agrotóxicos, o dimetoato, um  organofosforado, é um dos inseticidas mais empregados. O presente estudo teve como objetivo  identificar e analisar as percepções de risco determinantes para o entendimento das situações  da exposição humana e ambiental aos agrotóxicos e a avaliação da permeação in vitro de  resíduos de dimetoato, buscando simular situações de rotina. Considerando a importância e a  atual necessidade de melhor entender o perfil dos trabalhadores da agricultura familiar, foi  aplicado um questionário de caráter quantitativo e qualitativo, que demostraram a situação de  utilização e exposição aos agrotóxicos e seus perfis socioeconômicos. Para os estudos in vitro foi utilizado as células de Franz, aplicação dose finita (1 jato de spray= 58800µg) do dimetoato  em uma seção de tecidos (jeans e tecido com proteção UV) antes de entrar em contato com a  pele humana. Nos questionários, os resultados mais significativos, demostraram que os  trabalhadores da agricultura familiar em suas práticas, configuravam os potenciais riscos à  saúde quanto a não utilização dos devidos EPI’s e as boas práticas na manipulação dos  agrotóxicos. No estudo in vitro, o perfil de permeação do dimetoato do tecido UV e jeans,  comparados com a pele humana, ambos os tecidos, foram significativamente diferentes e menor  que a permeação através da pele humana sozinha, logo após 2horas de experimento. Vale  salientar que, não existe diferença estatisticamente significativa no tempo de 10hs de  experimento, entre o uso do jeans e da pele sozinha (ANOVA post-hoc Bonferroni test, p<0.05).  Assim, os estudos preliminares demonstram que a deficiência de vestimenta correta durante a  aplicação de agrotóxicos e a não utilização dos demais EPI’s, descritos pela maioria dos  trabalhadores, aumenta o risco a exposição dos agrotóxicos. Portanto, um maior esforço na área  da educação deve ser feito na tentativa de mitigar essa situação. 


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  • MARIA FERNANDA DA SILVA
  • SÍNTESE E ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL DE NOVOS DERIVADOS TIOSSEMICARBAZONAS  HIDROXILADOS POTENCIAIS ANTIMICROBIANOS

  • Líder : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JAMERSON FERREIRA DE OLIVEIRA
  • KATHARINA MARQUES DINIZ
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • Data: 31-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O grau de severidade das infecções microbianas pode ser influenciado pela presença de  fatores de virulência, bem como pelo desenvolvimento de resistência intrínseca e  extrínseca aos antimicrobianos. Tais características têm sido uma das principais razões  para o insucesso dos antibióticos no tratamento de infecções. Portanto, o presente trabalho  teve por objetivo desenvolver novos agentes antimicrobianos, frente a isolados clínicos  de bactérias e fungos. Os compostos testados foram obtidos em três etapas: na primeira  foram produzidas as tiossemicarbazidas, posteriormente as tiossemicarbazonas e por fim  o tiazol. Os rendimentos obtidos foram satisfatórios de 51 a 97%. Os compostos foram  caracterizados e identificados por meio de técnicas de espectroscopia infravermelho e  ressonância magnética nuclear do 1H e 13C. De acordo com os resultados obtidos a partir  da abordagem in silico foi possível observar que todos os compostos avaliados  apresentam propriedades moleculares desejáveis. Esses obedeceram à regra dos 5 de  Lipinski, ou seja, peso molecular ≤ 500g/mol; número de aceptores de hidrogênio (ALH)  ≤ 10, número de doadores de hidrogênio (DLH) ≤ 5 e coeficiente de lipofilicidade  (cLogP) ≤ 5, além de terem obedecido a regra de Veber, ligações rotacionáveis ≤ 10 e  área de superfície polar (TPSA) ≤ 140 Å2. O potêncial antioxidante atraves do método  ABTS, pode-se verificar que apenas os compostos PB-15, PB-16 e PB-22 comparado aos  padrões ácido ascórbico e BHT, obtiveram resultados muito satisfatório. Com relação a  citotoxicidade em macrófagos J774 as tiossemicarbazonas obtidas apresentaram IC50 variando de 31,85±1.3 a 75,01±1.9 µM. Depois foram determinadas as concentrações  mínimas inibitórias (CMI) e mínimas bactericidas (CMB), variando de 37,5 µg/mL a 75  µg/mL e para cepa Candida albicans apresentaram CMF variando de 32,5 µg/mL a  64g/mL. Os compostos apresentaram baixo toxidade in vivo em 14 das de observação. Através das técnicas espectroscópicas propostas, foi possível a identificação da estrutura  dos compostos tiossemicarbazonas, sendo promissores candidatos a novos fármacos  antimicrobianos para tratamento de cepas resistentes. 

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  • UYARA CORREIA DE LIMA COSTA
  • Atividade Antioxidante de Plantas Medicinais Utilizadas na Prevenção do  Envelhecimento


  • Líder : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MICHELLE GALINDO DE OLIVEIRA
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 05-sep-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A nutrição funcional é uma ciência integrativa baseada na melhoria das funções  fisiológicas de cada indivíduo, de maneira a garantir o bem estar e a saúde  quanto ao risco de desenvolver alguma doença ao longo da vida, por meio dos  compostos bioativos aliada aos benefícios dos fitoterápicos antioxidantes pode  contribuir com a prevenção de doença por reduzir o avanço de processos  inflamatórios. O envelhecimento se caracteriza por uma redução na linha de  defesa antioxidante e aumento do estresse oxidativo celular e  consequentemente aumento das espécies reativas de oxigênio (EROs), que  podem ocasionar dano celular. Dentro desse contexto, a utilização de extratos  vegetais na prevenção de doenças associadas ao envelhecimento, pode ser  bastante útil e passível de ser aplicada na pratica clínica sua prevenção. O  principal objetivo do trabalho foi avaliar o uso dos extratos secos e frações de  diferentes polaridades de Curcuma longa, Panax ginseng e Rhodiola rosea e os benefícios na redução do estresse oxidativo. Os extratos foram adquiridos em  farmácia de manipulação na cidade de Recife, processados e submetidos a  coluna filtrante com utilização de solventes com polaridade crescente (hexano,  acetato de etila e metanol), obtendo-se três extratos secos. Foram utilizadas  técnicas em laboratório para identificação da composição fitoquímica dos  extratos brutos e fracionados através do conteúdo de fenóis totais, taninos,  flavonóides e cumarinas, avaliados por métodos espectrofotométricos. O perfil  dos compostos fenólicos das amostras foi observado por Cromatografia em  Camada Delgada (CCD). Foi realizada a atividade antioxidante dos extratos  brutos das espécies selecionadas, pelo ensaio da atividade quelante do íon  ferroso (FIC), atividade sequestrante de radical livre DPPH, ensaio do método  ABTS e pelo poder antioxidante redutor do íon férrico (FRAP). Os maiores teores  de metabólitos secundários foram encontrados nos extratos brutos das espécies,  com exceção das cumarinas cujo maior teor foi encontrado apenas no extrato bruto de C. longa e P. ginseng. Na CCD destacou-se a classe dos flavonoides  presente na maioria dos extratos e frações, sendo evidenciado no comprimento  de onda UV-365 nm. Para os ensaios de atividade antioxidante, destacou-se a  espécie de Curcuma longa, para os ensaios de FIC, DPPH e ABTS com valores  de CE50 0,244 ± 0,016 mg/mL, 57,84 ± 1,68 µg/mL e 41,32 ± 0,13 µg/mL  respectivamente com capacidade antioxidante superior aos demais. O extrato  das raízes de Rhodiola rosea obteve melhor valor pelo poder antioxidante redutor  do íon férrico (FRAP), com 10,86 ± 0,16 mmol/g. Assim, pode-se concluir que os  extratos dessas espécies medicinais apresentam atividade antioxidante e que a  C. longa teve maior capacidade de combater os radicais livres, tendo em vista  os valores de CE50 encontrados. No entanto, mais estudos são requeridos no  sentido de avaliar esses compostos para melhor caracterizá-los, assim como a  realização de testes de atividade antioxidante in vivo


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  • MARIA JOSE CRISTIANE DA SILVA
  • SÍNTESE DE TIOSSEMICARBAZONAS, ELUCIDAÇÃO ESTRUTURAL, CITOTOXICIDADE, ATIVIDADE  ANTIOXIDANTE, ADMET E ESTUDOS DE INTERAÇÃO COM ALBUMINA SÉRICA BOVINA (BSA)

  • Líder : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DIEGO SANTA CLARA MARQUES
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • Data: 17-nov-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Proteínas plasmáticas, como a albumina (BSA), são também utilizadas nestes estudos  para verificar as propriedades farmacocinéticas dos fármacos. Nestes estudos, moléculas  contendo porções fenílico e tiossemicarbazonas são consideradas promissoras por  possuírem atividade biológicas. Isso é particularmente relevante para tratamentos de  diversas doenças, uma vez que essa proteína se acumula no microambiente aumentando  a distribuição de medicamentos, além de suprir as demandas energéticas das células.  Diferentes técnicas de espectroscopia, termodinâmica e estudos in silico podem ser  empregadas para verificar como a albumina se liga aos ligantes usando albumina sérica  humana (HSA) ou albumina sérica bovina (BSA) devido à sua similaridade estrutural.  Neste sentido, a BSA foi escolhida para ser estudada neste trabalho, que teve como  objetivo sintetizar sete novos compostos da série (E)-N-fenil-2-(3,4,5-trimetoxi benzilideno)-hidrazina-carbotioamidas substituídas JFs e investigar da capacidade de  interação com a albumina sérica bovina (BSA). Todos os compostos foram sintetizados  com êxito utilizando tiossemicarbazidas substituídas e o aldeído trimetoxi-benzaldeído,  em temperatura ambiente, e suas estruturas químicas elucidadas satisfatoriamente por  meio das técnicas de RMN 1H e RMN 13C, técnica DEPT, e infravermelho (IV)  apresentando rendimentos entre 59,85 a 85.50 %, e sinais diagnósticos de formação das  tiossemicarbazonas. A atividade de ligação à BSA dos compostos foi estudada através  das técnicas espectroscópicas de absorção e fluorescência, em diferentes concentrações,  verificando-se que todos os compostos possuem afinidade de interação com esta  biomolécula. Os resultados mostram que a principal interação ocorrida entre os  complexos BSA-JFs foi por meio do processo de extinção estática, apresentam caráter  moderado. Os compostos apresentam boa disponibilidade oral obedecendo as regras de  Lipinski e Veber. Onde apenas o composto JF-14 violou uma regra. Em ensaios de  atividade antioxidantes os compostos foram capazes de promover atividade antioxidante  moderada para o ensaio de DPPH e ABTS. Os compostos também apresentaram uma  atividade citoxicidade de moderada em linhagem celular de macrófagos J774.A1 e  HepG2. Estudos adicionais devem ser realizados para prever os mecanismos de interação  entres os outros compostos e BSA, e se obter um sistema de liberação controlada e  diminuição de citotoxicidade através de nanopartículas de BSA e incorporação de  compostos com atividade biológica definida. 


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  • MIRIAM TEIXEIRA ALVES DAMASCENO RAMOS
  • CARACTERIZAÇÃO ANATÔMICA E HISTOQUÍMICA DOS ÓRGÃOS VEGETATIVOS DE Tridax procumbens
    L.( ASTERACEAE).


  • Líder : KARINA PERRELLI RANDAU
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • FLÁVIA CAROLINA LINS DA SILVA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • RAFAELA DAMASCENO SA
  • Data: 18-nov-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Pertencente a família Asteraceae, Tridax procumbens L. popularmente conhecida como  erva-de-touro apresenta folhas e flores com atividades terapêuticas. Suas folhas são  utilizadas na medicina popular em chás para o tratamento de hipertensão, inflamações, anemia, resfriados, hepatopatias, diarreia, entre outros. Entretanto, destaca-se que a  espécie apresenta características morfológicas externas semelhantes a outras da família  Asteraceae gerando equívocos em sua identificação. Devido a isso, estudos que visem  identificar os caracteres anatômicos, que auxiliarão na distinção das espécies, são  necessários, assim como a caracterização histoquímica a fim de contribuir para o controle  farmacobotânico da espécie. Frente a isso, o estudo teve por objetivo caracterizar a  anatomia e histoquímica dos órgãos vegetativos de T. procumbens espécie utilizada na  medicina tradicional. Com esta finalidade, métodos usuais em anatomia vegetal foram  utilizados para o preparo e análise em microscópio óptico de lâminas semipermanentes  contendo secções transversais e secções paradérmicas da lâmina foliar. Para os testes  histoquímicos foram utilizados reagentes específicos com o objetivo de identificar os  locais de acúmulo dos constituintes químicos em secções transversais da lâmina foliar  fresca. A avaliação microscópica óptica viabilizaram a caracterização anatômica dos  órgãos vegetativos, revelando em T. procumbens a presença de canais secretores desde o  caule até à lâmina foliar e tricomas tectores em todos os órgãos vegetativos. Já o estudo  histoquímico evidenciou a presença de compostos fenólicos, compostos lipofílicos e  lignina. Os resultados encontrados contribuem substancialmente para os estudos  farmacobotânicos da espécie estudada.

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  • JORDAN CARLOS SILVA DE MEDEIROS
  • MONITORIZAÇÃO TERAPÊUTICA DA ONDANSENTRONA EM PACIENTES ONCOLÓGICOS HOSPITALIZADOS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

  • Líder : DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • JOVELINA SAMARA FERREIRA ALVES
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • Data: 06-dic-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A Monitorização Terapêutica de Fármacos (MTF) é uma área da farmacocinética clínica que visa a individualização posológica. As técnicas de MTF aplicam-se para garantir a segurança e eficácia de um tratamento farmacológico. Pacientes em tratamento quimioterápico podem beneficiar-se com a MTF. Dentre os fármacos utilizados na terapia adjuvante na oncologia destaca-se a ondansetrona, que é um antiemético, antagonista seletivo do receptor 5-HT3. O objetivo deste estudo foi realizar uma revisão integrativa da literatura que identifique métodos bioanalíticos para dosagem da ondansetrona. Os dados foram obtidos a partir de uma pesquisa em diferentes bancos de dados no período fevereiro a abril de 2022. O método utilizado no estudo incluiu as cinco etapas para o desenvolvimento de uma revisão integrativa: identificação do problema, busca na literatura, avaliação dos dados, análise dos dados e por fim apresentação. As bases de dados escolhidas foram Pubmed, Scopus, Embase e Web of Science e os descritores utilizados consistiram em ondansentrona, cromatografia líquida de alta eficiência, farmacocinética, bem como seus correspondentes em inglês e espanhol. Após revisão ficou evidente que as diferentes técnicas analíticas mais utilizadas para a determinação de ondansetrona são espectrofotometria UV-vis, HPLC com diferentes sistemas detectores e outros como eletroforese capilar. Atualmente, HPLC-MS/MS tornou-se a técnica predominante para a análise de quantificação devido à alta sensibilidade e especificidade. A fase reversa foi o tipo de separação cromatográfica mais utilizada e utilizando principalmente a C18 como fase estacionária. Já em relação a fase móvel utilizaram o modo de eluição isocrático com componente orgânico mais relatado a acetronitrila. Quanto ao preparo da amostra o tipo de extração mais prevalente foi a de liquido-liquido. Métodos analíticos validados e robustos para medir concentrações de ondansetrona em uma maior variedade de matrizes biológicas são necessários para saúde humana e para fins de investigação. O desafio ao analista é desenvolver e validar métodos que sejam confiáveis, seletivo, exato, preciso, sensível e específico, enquanto também permitindo uma rápida preparação e análise de amostras.


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  • DÉBORA FEITOSA MUNIZ
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA, INIBIDORA DE β-LACTAMASE E DE BOMBAS DE EFLUXO EM CEPAS DE Staphylococcus aureus POR DERIVADOS SEMICARBAZÔNICOS E TIOSSEMICARBAZÔNICOS.

  • Líder : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • SAULO RELISON TINTINO
  • Data: 14-dic-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O Staphylococcus aureus é um dos principais microrganismos causador de resistência a antibióticos por meio das bombas de efluxo. Este micro-organismo é responsável por muitas infecções hospitalares e devido a sua facilidade em causar doenças e até morte do hospedeiro, é tido como um problema de saúde pública a nível mundial. Portanto, se faz necessário o desenvolvimento de um fármaco que seja eficaz contra bactérias multirresistentes e que tenham poucos efeitos colaterais. No presente estudo, foram utilizados seis compostos derivados dos semicarbazônicos e tiossemicarbazônicos, sendo eles: VH10, VH01, VH26, LS04, LS14 e LS26 frente às cepas K4414, K4100 e K2068 portadoras das bombas de efluxo QacA/B, QacC e MepA respectivamente, sendo K4414 portadora de β-lactamase. Para avaliar a atividade antibacteriana direta, foi realizado o método de microdiluição em caldo e verificada a concentração inibitória mínima (CIM). Para avaliação da capacidade de inibição de bomba de efluxo foi utilizada a CIM das substancias em concentração sub-inibitória, associadas a antibióticos padrões e brometo de etídio. Todos os compostos apresentaram valores de CIM ≥ 1024 μg/mL quando testada sua atividade antibacteriana direta. Já em associação com o antibiótico e o brometo de etídio, pode-se observar que houve atividade sinérgica clinicamente relevante frente às cepas de Staphylococcus aureus K4414, K4100 e K2068. O composto VH10 apresentou atividade inibitória mais acentuada frente essas cepas. Portanto as semicarbazonas e tiossemicarbazonas aqui estudadas possivelmente possuem ação inibitória de bombas de efluxo. Estudos posteriores podem ser realizados a fim de determinar seu mecanismo de ação específico podendo virem a ser uma alternativa para a indústria farmacêutica.

Tesis
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  • IRIS TRINDADE TENÓRIO JACOB
  • AVALIAÇÃO DO PERFIL FARMACOLÓGICO ANTITUMORAL E DE INTERAÇÃO COM DNA E ALBUMINA SÉRICA BOVINA DE NOVOS DERIVADOS INDOL-TIOSSEMICARBAZÔNICOS E INDOL-4-TIAZOLIDINONAS

  • Líder : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CRISTIANE MOUTINHO LAGOS DE MELO
  • FRANCISCO JAIME BEZERRA MENDONÇA JUNIOR
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • RAFAEL DAVID SOUTO DE AZEVEDO
  • RÔMULO CARLOS DANTAS DA CRUZ
  • Data: 18-feb-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O câncer é uma doença complexa e multifatorial caracterizada pelo crescimento celular descontrolado e configura-se como uma das principais causas de morte no mundo. Nas mulheres, o câncer de mama é o tipo mais comumente diagnosticado e a principal razão de morte em mulheres em todo o mundo, principalmente quando da ocorrência do câncer de mama inflamatório. O que reforça a existência de uma relação funcional entre inflamação e o câncer. Dentre as estratégias disponíveis para o tratamento do câncer, a quimioterapia continua sendo a abordagem terapêutica mais estabelecida e utilizada atualmente. Porém a toxicidade e resistência aos fármacos disponíveis é uma barreira para a resolubilidade desse conjunto de doenças, fazendo-se necessário a pesquisa e o desenvolvimento de novos tratamentos mais eficazes e confiáveis contra o câncer. Algumas análises, como o estudo de ligação à proteína sérica humana (HSA), e aos alvos biológicos: DNA e a enzima topoisomerase IIα (topo), viabilizam o processo de descoberta de novos agentes terapêuticos. Nesta perspectiva, este trabalho propôs a avaliação antitumoral e de seus possíveis mecanismos de ação de vinte compostos indólicos-tiossemicarbazonas com atividade anti-inflamatória previamente descrita. Os compostos LTs foram analisados quanto à capacidade de ligação a HSA e ao DNA, e teste de ligação competitiva através das técnicas espectroscópicas de absorção e fluorescência. No estudo antiproliferativo, foi utilizada a técnica de MTT com as linhagens tumorais de mama MCF-7 e T-47D e de macrófagos J774A.1. O ensaio de migração, foi realizada através do teste de ranhura. A eletroforese em gel de agarose foi empregada para análise da inibição da enzima topo IIα. Na absorção com HSA, a maior constante de ligação foi 3,70 x 106, referente ao LT89 (alil/ 7-CH3) e na fluorescência, todos os compostos com exceção do LT76 e LT87, foram capazes de ocasionar a supressão fluorescente com a maior constante de Stern-Volmer para o LT88 (alil/ pirrol[2,3-b]piridina) 3,55 x 104. Na interação por absorção com o DNA, foram observados efeitos hipercrômico e hipocrômico, tendo o LT88 a maior constante de ligação (Kb) 1,05 x106 M-1. No ensaio com as sondas fluorescentes laranja de acridina (AO) e 4’-6-diamina-2’-fenilindol (DAPI), foi possível identificar que o modo de ligação ao DNA dos compostos LT é preferencialmente por intercalação entre os pares de bases. No ensaio antiproliferativo com a MCF-7 e T-47D, o menor IC50 foi do LT81 (1-naftil/4-NO2) em ambas as linhagens com valor de 0.74±0.12 e 0.68±0.10 respectivamente, seguido dos compostos LT76 e LT87. No ensaio de migração com a MCF-7, os três compostos mencionados anteriormente são capazes de inibir o processo de invasão celular com destaque para o LT76 que o fez em ambas as concentrações do teste (0,5 e 1,0 µM). Enquanto que na T-47D o processo de inibição ocorre principalmente por ação dos compostos LT76 e LT87. Assim como o controle positivo amsacrina (m-Amsa), os compostos LT76, LT81 e LT87 foram capazes de inibir a ação enzimática da topo IIα. Associados a esses resultados, outros estudos se tornam necessários para consolidar o mecanismo de ação tumoral desses compostos.


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  • STEPHANYE CAROLYNE CHRISTINO CHAGAS
  • Medicamentos contendo colecalciferol: Avaliação dos usos e limites na  terapêutica – uma abordagem sob a perspectiva do Uso Racional de Medicamentos (URM)

  • Líder : DAVI PEREIRA DE SANTANA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • RODRIGO DOS SANTOS DINIZ
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • LEILA BASTOS LEAL
  • WALDENICE DE ALENCAR MORAIS
  • Data: 03-mar-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A hipovitaminose D é um estado de carência nutricional da vitamina D que possui uma  prevalência estimada em aproximadamente um bilhão de pessoas em todo o mundo. Ao  mesmo tempo, relatos de caso envolvendo intoxicação por vitamina D, têm sido cada vez  mais publicados na literatura. Neste cenário clínico tão antagônico, que impõe novos desafios  aos profissionais de saúde, o uso e dispensação deste medicamento, sob à luz da Saúde  Baseada em Evidência (SBE), se mostra de fundamental importância, sobretudo frente a  pandemia provocada pelo novo coronavírus. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo  avaliar a qualidade dos medicamentos magistrais contendo colecalciferol e examinar a  atuação do farmacêutico comunitário, no que diz respeito à Prática Baseada em Evidência  envolvendo esta vitamina, sobretudo no contexto da pandemia da COVID-19. Adicionalmente, buscou-se promover diversas estratégias educativas para o uso seguro e  racional da vitamina D3. Dados de vendas, de 2017 e 2020, de uma rede de farmácias  magistrais da Região Metropolitana do Recife foram tratados e integrados aos resultados do  controle de qualidade de 18 formulações magistrais avaliadas por um método analítico  validado. Em seguida, foi realizada uma pesquisa descritiva, do tipo transversal, cuja coleta  de dados ocorreu por meio de um inquérito on-line anônimo autoadministrado, via plataforma  Google formulários®, que foi enviado para os farmacêuticos do Estado de Pernambuco.  Consultas a bases de dados seguras foram realizadas a fim de estabelecer uma abordagem  crítica diante dos dados obtidos e promover estratégias para o uso responsável da vitamina  D3. Foi verificado um aumento no número de vendas de medicamentos magistrais contendo  colecalciferol isolado, em 2020 quando comparado a 2017, acompanhando uma tendência  nacional. As prescrições contendo colecalciferol foram prescritas por mais de 40 diferentes  profissionais de saúde habilitados, principalmente como monofármaco, na forma  farmacêutica cápsula dura oral e em esquemas posológicos conforme recomendados pela  Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. No entanto, a suplementação  adequada de vitamina D, deve passar, dentre outros aspectos, pela qualidade da formulação  administrada, e, neste sentido, todas as formulações avaliadas apresentaram teor abaixo do  limite especificado, o que levaria a uma possível inefetividade terapêutica. Com relação a  percepção dos farmacêuticos comunitários durante a pandemia, 58% dos profissionais  relataram se sentir obrigados a dispensar algum medicamento e 64% deles afirmaram ter  dispensado vitamina D3 especificamente para prevenir ou tratar COVID-19, ainda que sem  estudos clínicos bem embasados, evidenciando uma dispensação irracional. Os  farmacêuticos também mostraram se apoiar em ferramentas com baixo poder de evidência  científica para se informar e se atualizar a respeito da COVID-19 e da vitamina D3.  Adicionalmente, ficou evidente a falta de conhecimento sobre os termos técnicos  relacionados à SBE, o que compromete a compreensão de estudos científicos. Pode-se inferir  que o serviço de Atenção Farmacêutica não é realizado de forma adequada. Assim, materiais  orientando a prescrição, dispensação e o uso racional de vitamina D3 foram desenvolvidos à  fim de garantir sua prescrição, dispensação e uso responsável.

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  • MAIRA LUDNA DUARTE
  • Desenvolvimento de método bioanalítico para quantificação simultânea de antirretrovirais por LC-MS/MS e elaboração de protocolo clínico de pesquisa para  aplicação da monitorização terapêutica em gestantes vivendo com HIV

  • Líder : LEILA BASTOS LEAL
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • DAVI PEREIRA DE SANTANA
  • FERNANDO JOSE MALAGUENO DE SANTANA
  • KARINA PERRELLI RANDAU
  • LUIZ CLAUDIO ARRAES DE ALENCAR
  • Data: 03-mar-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Os progressos no desenvolvimento da terapia antirretroviral (TARV) proporcionaram a  conversão da AIDS de uma doença grave a uma infecção crônica e controlável. Este cenário de  mudanças clínicas e epidemiológicas impõe novos desafios aos profissionais no cuidado de  pacientes vivendo com HIV/AIDS. Dentro dessa realidade, a monitorização terapêutica de  fármacos (MTF) surge como uma forma de otimizar os resultados da terapia através da  individualização de dose, resultando em maior eficácia e menor toxicidade do tratamento. A  combinação de aspectos intrínsecos à TARV e a presença de uma variabilidade interindividual  dá suporte à aplicação da MTF, sendo especialmente benéfica no tratamento de gestantes em  decorrência das alterações fisiológicas características da gestação. A técnica de amostragem  por Dried Blood Spot (DBS) oferece várias vantagens sobre as técnicas tradicionais de coleta  de sangue, dentre elas, maior conveniência, volumes menores de amostra, reduzido risco de  infecção e melhoria da estabilidade da amostra. Diante disso, este trabalho objetivou desenvolver um método bioanalítico para quantificação simultânea de antirretrovirais por LC MS/MS e elaborar protocolo clínico de pesquisa para aplicação da MTF em gestantes vivendo  com HIV atendidas em instituições de referência na cidade do Recife-PE. Para isso, foram  realizados diversos testes para o desenvolvimento do método utilizando variações nos  parâmetros de coluna cromatográfica, fase móvel, tipo de eluição, fluxo, solução de lavagem  do injetor e volume de injeção, objetivando a melhor sensibilidade e seletividade para os  analitos. Foram conduzidos os ensaios preliminares de validação de seletividade, efeito matriz,  efeito residual, detecção cruzada, linearidade, precisão e exatidão de acordo com o guia de  validação de métodos bioanalíticos do FDA (20118) e RDC 27/2012 da ANVISA. O protocolo  clínico foi elaborado de acordo com os objetivos da pesquisa e em consonância com os aspectos  éticos constantes na Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, sendo submetido à  aprovação ética nos comitês responsáveis. O método bioanalítico desenvolvido apresentou boa  simetria de picos cromatográficos, tempo de análise de 6 min, utilizando uma coluna C18 de  150x4,6mm e tamanho de partícula de 5µm, agua e metanol como fase móvel, ambos  adicionados de 0,1% de ácido fórmico, eluidos em modo de gradiente a um fluxo de 1mL/min,  e utilizando um volume de injeção de amostra de 7µL. Nos ensaios preliminares de validação,  o método mostrou seletividade e sensibilidade para os analitos (exceto para o raltegravir),  ausência de interferências da matriz biológica, de efeitos de efeito residual e detecção cruzada.  O método apresentou ainda bons resultados de linearidade e precisão, e potencial para obtenção  da exatidão requerida através da realização de testes posteriores. O procedimento de extração  com metanol seguido da agitação por 30 minutos mostrou adequada recuperação e eficiência  para atazanavir, ritonavir e efavirenz, apresentando valores reprodutíveis e superiores a 70%  nos dois parâmetros para todos os fármacos. O protocolo clínico de pesquisa foi elaborado e  aprovado junto aos CEPs e às instituições coparticipantes envolvidas.


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  • TAYSA RENATA RIBEIRO TIMOTÉO
  • DESENVOLVIMENTO DE FORMA FARMACÊUTICA SEMISSÓLIDA POMADA À  BASE DE NANOESTRUTURAS DE GÁLIO COMO ALTERNATIVA DE UM NOVO  CICATRIZANTE

  • Líder : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • DANILO AUGUSTO FERREIRA FONTES
  • PAULO CESAR DANTAS DA SILVA
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • SALVANA PRISCYLLA MANSO COSTA
  • Data: 14-mar-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Diversos estudos relatam propriedades farmacológicas do gálio, destacando-se  potencialmente como agente antitumoral, anti-inflamatório e antimicrobiano. O gálio (III)  apresenta mimetização com o ferro (III) em relação a carga / raio, permitindo interagir  com processos celulares e proteínas importante do metabolismo do ferro. O  desenvolvimento de formas farmacêuticas com nanoestruturas de gálio surge como uma  alternativa para superar problemas farmacocinéticos. A síntese e caracterização de três  nanoestruturas de gálio, com diferentes níveis de oxidação, cristalinidade / amorfização  são relatados neste trabalho. As nanoestruturas de gálio foram produzidas através técnica de Deposição Química na fase Vapor de Organometálico, utilizando como precursor o Trietilgálio (TEGa). As amostras foram caracterizadas por difração de raio X (DRX),  termogravimetria (TG), tamanho de partícula por granulometria à laser, microscopia  eletrônica de varredura (MEV), Espectroscopia por Energia Dispersiva (EDS),  espectroscopia Raman e espectroscopia de absorção no infravermelho com transformada  de Fourier (FTIR) com KBr. A amostra obtida do filtro do equipamento MOCVD  (GaMOCVD-F) apresentou-se amorfa e com menor tamanho de partícula (162 nm - 9,67  µm) e a citotoxicidade foi avaliada através de teste de viabilidade celular através do  método MTT. Levando em consideração que materiais amorfos apresentam  características mais lábeis que os cristalinos, GaMOCVD-F se destaca como a melhor  opção para obter maior biodisponibilidade, e, portanto, a mais adequada para uso em  formas farmacêuticas. 

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  • LUCAS JOSE DE ALENCAR DANDA
  • HIDROXIPROPILCELULOSE DE BAIXA SUBSTITUIÇÃO COMO HIDROGEL INSOLÚVEL DE  ALTO INCHAÇO PARA A LIBERAÇÃO DE FÁRMACOS POUCO SOLÚVEIS EM DISPERSÕES SÓLIDAS AMORFAS

  • Líder : MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ADRIANA RAFFIN POHLMANN
  • THIAGO CAON
  • DANILO CESAR GALINDO BEDOR
  • MARCILIO SERGIO SOARES DA CUNHA F
  • MONICA FELTS DE LA ROCA SOARES
  • Data: 08-abr-2022


  • Resumen Espectáculo
  • O objetivo deste estudo foi de explorar o potencial da hidroxipropilcelulose de baixa substituição  (L-HPC), um polímero hidrogel insolúvel em água, como carreador de dispersões sólidas amorfas  (DSAs) carregadas com indometacina (IND) ou posaconazol (PCZ) como fármacos modelo. Dois  graus de L-HPC (LH-31 e LH-32) foram selecionados com base em diferentes graus de  substituições e extensões de inchaço em água. Sistemas com ~10% de fármaco foram obtidos pelo  processo de inchaço/sorção, e foram caracterizados por calorimetria diferencial exploratória e  difração de raios-X em pó. Os teores de água em equilíbrio de L-HPC e sistemas foram determinados através de um processo de perda por dessecação. Perfis de solubilidade cinética  foram construídos através de dissoluções non-sink dos sistemas com várias doses (25, 20, 10, 5 e  2,5 mg de IND ou 50, 40, 20, 10 e 5 mg de PCZ) em tamanho de partículas fixo (<75 μm),  refletindo a mesma condição de supersaturação para ambos os fármacos. Dois tamanhos de  partículas adicionais (150-300 e 300-500 μm) foram testados com doses equivalentes a 5 e 4 mg  de IND ou 10 mg de PCZ. Infusões de IND foram realizadas para comparar o perfil de  recristalização de IND liberada de L-HPC (LH-31) e IND livre, utilizando uma bomba de infusão  acoplada ao aparelho de dissolução. Modelagens matemáticas com taxas de geração de  supersaturação constantes foram realizadas para obter a evolução temporal da supersaturação de  IND para fins comparativos. L-HPC demonstrou uma alta extensão de inchaço, com 84,3 ± 0,42%  e 79,5 ± 0,39% de teor de água em equilíbrio, o que se traduz em 5,47 ± 0,14 e 3,93 ± 0,05 g água/g-polímero para LH-31 e LH-32, respectivamente. Os perfis de solubilidade cinética foram  profundamente influenciados pela explosão inicial na concentração de IND ou PCZ, e quase 100%  de liberação foi alcançada na dose de 5 e 4 mg de IND. Não houve diferença apreciável entre as  maiores doses de IND (25, 20 e 10 mg), enquanto as de PCZ responderam diferencialmente às  doses maiores (50, 40 e 20 mg) com ambos os polímeros. As DSAs de PCZ produziram perfis de  solubilidade cinética distintos entre LH-31 e LH-32, onde o grau de substituição mais elevado foi  seguido por maior área sob a curva (LH-31>LH-32). O mesmo não aconteceu com DSAs de IND,  apesar de demonstrarem aumento diferencial nos tamanhos das partículas após hidratação (LH 31>LH-32). Os tamanhos de partículas maiores tiveram menor ASC devido a menor área  superficial para difusão de IND ou PCZ, mas esta importância diminuiu com uma dose/índice de  supersaturação menor. Os experimentos de infusão de IND revelaram um perfil de supersaturação sustentado de IND liberada de L-HPC, quando comparados à recristalização de IND injetada,  sendo acompanhados pelos resultados de modelagem nas mesmas condições. Uma  descontinuidade progressiva da geração de supersaturação, associada a um mecanismo de feedback regulado por difusão, é proposta para explicar o perfil de supersaturação sustentada de IND  liberada de L-HPC. A viabilidade do L-HPC como um carreador promissor para tecnologia de  DSAs foi acessada, onde sua alta extensão de inchaço mostrou-se uma alternativa potencial aos  polímeros solúveis de liberação imediata.

6
  • JULIANA KISHISHITA
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE FORMULAÇÕES  UNGUEAIS À BASE DE CICLOPIROX E AMOROLFINA 


  • Líder : LEILA BASTOS LEAL
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANA AMELIA MOREIRA LIRA
  • DANIELLE CRISTINE ALMEIDA SILVA DE SANTANA
  • DAVI PEREIRA DE SANTANA
  • GIOVANA DAMASCENO SOUSA
  • LEILA BASTOS LEAL
  • Data: 06-may-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A Onicomicose (ONC) é uma infecção fúngica crônica da unha, com prevalência global  estimada em 5,5% no ano de 2017 e considerada uma entre as 5 principais doenças de pele por  custo médico direto em 2004. Os efeitos desta infecção, quando não tratada, podem incluir dor,  infecções bacterianas secundárias, incapacidade de usar sapatos, baixa autoestima e  constrangimento emocional devido à desfiguração das unhas afetadas. A unha é a barreira mais  resistente da estrutura ungueal para a penetração de fármacos, devido a sua composição e a  presença de muitas pontes dissulfeto que interligam as fibras de queratina. Isto está, portanto,  diretamente relacionado a baixa eficácia do tratamento após o uso de antifúngicos (AFs)  tópicos. Diante disto, os AFs orais são ainda, amplamente utilizados. Estes, por sua vez, causam  diversos efeitos colaterais, e riscos significativos quanto às interações medicamentosas. O  Ciclopirox (CPO), primeiro fármaco disponível no mercado internacional e brasileiro, para  tratamento tópico da ONC na forma de esmalte 8%, apresenta amplo espectro de ação, sendo  um agente fungicida e fungistático. Estes esmaltes medicamentos apresentam grandes  limitações e, apesar de facilmente aplicados, como são baseados no uso de solventes orgânicos  que evaporam, deixam na placa ungueal o fármaco cristalizado que é incapaz de particionar ou  difundir para o leito ungueal, diminuindo assim a eficácia do produto. Diante disto, o objetivo  do trabalho foi desenvolver e avaliar o desempenho de formulações ungueais simples, de baixo  custo e mais eficazes que aquelas disponíveis comercialmente contendo ciclopirox olamina para  tratamento de onicomicoses. Para tanto, a solubilidade do CPO foi investigada em diferentes  solventes e 11 formulações gelificadas contendo 8 e 16% de ativo foram desenvolvidas. Foram  realizadas avaliações de liberação (IVRT) em 3 diferentes tipos de membranas artificiais e  permeação ungueal (IVPT) mediante recortes de unhas humanas, obtidas de voluntários  saudáveis, após consentimento informado. Para tanto, foram utilizadas células verticais de  difusão de Franz com e sem adaptadores de unha PermeGear. No IVPT foram realizados dois  conjuntos de testes. No primeiro foi feito lixamento da unha no lado dorsal como pré tratamento, e 10 µL de formulação foram aplicados todos os dias nas unhas após o procedimento  de limpeza. No segundo conjunto de testes, o lixamento foi associado a microporação utilizando  Hydra.needle® e aplicação de 50µL uma única vez, no primeiro dia do ensaio. Ambos os  estudos tiveram duração de 14 dias, seguido da quantificação do fármaco no líquido receptor e  recuperação do ativo na unha. O CPO apresentou alta solubilidade nas misturas de solventes  quando comparados a estes isoladamente; a quantidade cumulativa liberada de CPO através das  membranas hidrofílica e de silicone foi significativamente diferente entre a Micolamina® e  ambas as formulações geleificadas. No IVPT, primeiro conjunto de teste, mesmo não havendo  passagem do CPO através da lâmina ungueal, as formulações GH1 e GH2 apresentaram  retenção significativamente diferente e maior que a Micolamina®. No segundo conjunto, todas  as formulações, exceto GH1, apresentaram retenção de CPO significativamente maior que a  Micolamina®. Neste último estudo, a passagem do fármaco através da unha, deixou clara a  importância da microporação enquanto um procedimento auxiliar na permeação do CPO,  seguro e passível de padronização. A retenção ungueal das diferentes formulações GH2, GH3  e GH6 (16% de CPO), foram em torno de 1,4 ou 4 vezes maior quando comparadas com a  retenção da GH1 e da Micolamina® respectivamente. Nos resultados aqui apresentado não  foram produzidos, ainda, dados suficientes para avaliar o impacto na quantidade permeada de  CPO quando do uso de formulações contendo 16% de fármaco.

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  • RAYANE SIQUEIRA DE SOUSA
  • Atividades in vitro e in vivo dos extratos de Stemodia maritima L.: potencial
    antioxidante, antibacteriano, anti-inflamatório e gastroprotetor

  • Líder : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • DANIEL DIAS RUFINO ARCANJO
  • IRWIN ROSE ALENCAR DE MENEZES
  • Data: 26-may-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Stemodia maritima L. é um arbusto encontrado por toda América do Sul e em ilhas do Caribe, onde é usada popularmente para tratar doenças venéreas e edemas. No nordeste do Brasil é conhecida como “mastruz-bravo ou melosa”. Estudos revelam a presença de flavonoides, esteróides e diterpenos em suas folhas e raízes, esses compostos secundários tem um papel importante em atividades biológicas, assim, esse trabalho tem como objetivo principal, a análise da atividade gastroprotetora. Os extratos hexânico (EHSm), acetato de etila (EASm) e etanólico (EESm) das folhas de S. maritima, foram obtidos por maceração exaustiva e submetidos as atividades de caracterização fitoquímica, antioxidante, antibacteriana, citotóxica, toxicologia aguda (OECD 423), e gastroproteção. Na análise fitoquímica por cromatografia em camada delgada, foi observado a presença de flavonoides, triterpenos e esteroides, saponinas, proantocianidinas e leucoantocianidinas, mono e sesquiterpenos. Na cromatografia em camada gasosa acoplada a espectrometria de massas, foram encontrados majoritariamente, o ácido linoleico no EHSm, e o ácido secoandrostanóico no EASm. Os extratos demonstraram relevante atividade antioxidante in vitro, principalmente o EESm, nos métodos de DPPH, ABTS, FRAP e AAT. Na avaliação da atividade antibacteriana por microdiluição em caldo, os extratos foram mais eficazes contra Micrococcus luteus e Bacillus subtilis. Na atividade citotóxica, avaliada através da linhagem de células L929, o tratamento de 72h com os extratos manteve a viabilidade celular e a administração aguda (v.o.) de 2.000 mg/kg dos extratos em camundongos, não causou alterações comportamentais, bioquímicas e hematológicas, nem alterações na massa corporal e nos consumos de água e ração. O pré-tratamento com EHSm, EASm e EESm nas doses de 25, 50 e 100 mg/kg, reduziu de forma significativa o índice de lesão ulcerativa no modelo de indução por etanol absoluto, a redução respectiva a cada dose dos extratos foi: EHSm (79, 85 e 91 %), EASm (81, 85 e 86 %) e EESm (85, 90 e 93 %) quando comparado ao controle lesionado. No modelo de indução por anti-inflamatórios não esteroidais, os animais pré-tratados com EESm (25, 50 e 100 mg/Kg) reduziram a área de lesão ulcerativa (ALU) em 62, 73 e 90%, respectivamente, quando comparados ao controle lesionado. Os extratos ainda foram capazes de aumentar as concentrações de NO e GSH no tecido de mucosa gástrica e reduzir os níveis de MPO e MDA em relação ao grupo controle lesionado. Estes dados indicam que os extratos de S. maritima preservam a mucosa contra danos lesivos e elucidam seu efeito gastroprotetor, com possíveis mecanismos associados ao óxido nítrico e sistemas antioxidantes relacionados à inibição do estresse oxidativo.

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  • THAÍSA CARDOSO DE OLIVEIRA
  • DESENVOLVIMENTO DE NANOPARTÍCULAS POLIMÉRICAS A  PARTIR DE GOMA DO ANGICO MODIFICADA CONTENDO OS  FÁRMACOS ZIDOVUDINA E LAMIVUDINA

  • Líder : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • SOFIA COSTA LIMA
  • DURCILENE ALVES DA SILVA
  • EDSON CAVALCANTI DA SILVA FILHO
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • LEILA BASTOS LEAL
  • Data: 03-jun-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Nanopartículas são uma forma promissora para o desenvolvimento de sistemas de liberação  aplicáveis ao tratamento do HIV pediátrico. Dentre os diversos materiais efetivos para a  produção de nanopartículas encontra-se em expansão o uso de polissacarídeos que podem ser modificados e utilizados para aplicação em sistemas de liberação de fármacos. A goma do  angico (GA), um polissacarídeo proveniente da exsudação da espécie Anadenanthera colubrina  var. cebil é um exemplo desse tipo. Este trabalho teve como objetivo desenvolver a modificação  de ftalação da goma do angico e avaliar o desenvolvimento de nanopartículas poliméricas  utilizando-se os fármacos zidovudina e lamivudina em conjunto, a fim de promover a coencapsulação destes fármacos utilizados na terapia antiretroviral pediátrica (ARV). Para  modificação da GA foram obtidos dois polímeros modificados cuja diferença entre eles é o  tempo de reação 10 e 20 minutos, GAF10 e GAF20, respectivamente. A ftalação foi confirmada por análises de RMN 13C, 1H, IV e análise elementar. O teste de solubilidade indicou que  GAF20 apresentou maior caráter hidrofóbico, sendo este o critério de escolha para a goma a ser  utilizada para o desenvolvimento das nanopartículas poliméricas. Utilizando planejamento de  experimentos do tipo Plackett-Burman, foram produzidas 12 nanopartículas variando-se os  fatores: volume de fase aquosa, volume de fase orgânica, quantidade de polímero e quantidade  de fármaco. Foi verificado os parâmetros críticos que mais influenciam nas respostas Potencial  Zeta, PDI e tamanho médio das nanopartículas. Diante de todos os fatores analisados, o PDI  não apresentou diferenças significativas e foi comprovado estatisticamente que uma menor  quantidade de polímero promoveu diminuição da carga de superfície das nanopartículas. Além  disso, a modificação simultânea do volume de fase aquosa e volume de fase orgânica para os  menores níveis alterou de forma significativa o tamanho das partículas para acima de 250 nm.  Este biopolímero modificado demonstrou-se aplicável para o desenvolvimento de  nanopartículas para co-encapsulação dos fármacos antirretrovirais lamivudina e zidovudina.

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  • FELIPE NEVES COUTINHO
  • SÍNTESE E AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES ANTICÂNCER E ANTIPARASITÁRIAS DE NOVOS DERIVADOS HÍBRIDOS ISOXAZOLINA AZA-BICÍCLICA/TIAZOL E DERIVADOS DI-FENIL ISOXAZÓIS


  • Líder : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARIA DA CONCEIÇÃO FERREIRA DE OLIVEIRA
  • ALEXANDRA DASSONVILLE-KLIMPT
  • CHRISTIAN CAVÉ
  • RONALDO NASCIMENTO DE OLIVEIRA
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 27-jun-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Os isoxazóis e derivados são heterocíclicos de grande relevância na química medicinal, por apresentarem atividades como anti-inflamatória, anticâncer e antiparasitária, além de estarem presentes em fármacos comerciais. Outro heterociclo de grande interesse é o tiazol, o qual tem demonstrado importantes atividades anticâncer e leishmanicida, sendo estas atividades potencializadas por grupamentos hidrazonas e hidrazidas gerados na formação do tiazol. Em nosso Grupo de Pesquisa (LASOF), o núcleo 2-isoxazolina aza-bicíclica foi desenvolvido tendo sido aplicado na obtenção de vários derivados, dentre os quais a 2-isoxazolina/hidrazona tem apresentado promissora atividade antichagásica. Dentro da cooperação CAPES/COFECUB, o grupo de pesquisa IICiMed – IRS2, da Universidade de Nantes, possui grande expertise na síntese de compostos heterocíclicos inibidores da enzima LmCK1, um excelente alvo na pesquisa da atividade leishmanicida. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi a síntese, elucidação e avaliação das atividades anticâncer e antiparasitária dos novos híbridos 2-isoxazolina-aza-bicíclo/tiazol e o dos novos compostos heterocíclos diaril-isoxazóis. A metodologia de síntese aplicada para a obtenção dos híbridos foi a cicloadição 1,3 dipolar entre óxidos de nitrila CEFNO (dipolo) com distintas enamidas endocíclicas (dipolarófilo) e posterior ciclização de tiossemicarbazonas para formação do núcleo tiazol. Para a formação do núcleo diaril-isoxazol, foi realizada a cicloadição 1,3-dipolar do CEFNO com acetilenos, assim como a ciclização de β-ceto-enol com hidróxido de amônio, sendo esta a que possibilitou a formação do composto final, com modificações no éster em C3 para a obtenção de derivados aminados. Portanto, duas séries distintas foram sintetizadas neste trabalho, novos híbridos 2-isoxazolina-aza-biciclo/tiazol e os novos compostos heterocíclicos diaril-isoxazol foram sintetizados e elucidados por espectroscopia (RMN 1H e 13C, FT-IR e massas) e seus características físico-químicas foram determinadas. Na avaliação da atividade anticancerígena, dois compostos se destacaram contra as células NCI-H292 e Jukart com IC50 próximo à doxorrubicina. Atividade leishmanicida foi alcançada contra L. amazonensis e L. infantum, demonstrando um composto com SI superior à miltefosina, contra a forma promastigota de L. amazonensis. Anti-T. cruzi foi mais promissor, onde a maioria dos compostos apresentou excelente atividade com recomendação para avaliação in vivo dos 4 compostos testados.

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  • JOSE WELLINTON DA SILVA
  • Avaliação do Potencial dos Frutos de Myrciaria floribunda (H.West ex  Willd.) O.Berg (Myrtaceae) no Tratamento de Doenças Gastrointestinais

  • Líder : RAFAEL MATOS XIMENES
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • KÁTIA ALVES RIBEIRO
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • RENE DUARTE MARTINS
  • ROBERTA JEANE BEZERRA JORGE
  • Data: 30-jun-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Myrciaria floribunda (H.West ex Willd.) O.Berg (Myrtaceae) é uma espécie nativa  do Brasil e encontrada em todo o território nacional. Seus frutos são consumidos in natura ou na forma de doces e licores. Além do consumo alimentar, a espécie  é utilizada na medicina popular no tratamento de inflamações e afecções do trato  gastrointestinal. Sua composição, aliada ao uso etnofarmacológico da espécie,  aponta para uma possível eficácia no tratamento de doenças inflamatórias  intestinal. Portanto, este estudo tem por objetivo determinar a eficácia dos  extratos dos frutos de M. floribunda no tratamento da úlcera péptica e doença  inflamatória intestinal. A avaliação fitoquímica foi realizada por cromatografia de  camada delgada (CCD). O potencial antioxidante dos extratos foi avaliado pelos  métodos DPPH (2,2-difenil-1-picril-hidralazina) e ABTS (2,2-azino-bis-(3- etilbenzotiazolina)-6-sulfonato). Será também realizada a análise fitoquímica por  UPLC-qTOF-MS, bem como por CG/MS. A viabilidade celular será avaliada pelo  método MTT, a atividade anti-inflamatória in vitro será avaliada através da  determinação NO e citocinas em células estimuladas por LPS. A eficácia na  inflamação gastrointestinal de M. floribunda será avaliada através de modelos  de úlcera gástrica induzida por diferentes modelos (etanol, etanos/Hcl, AINE,  ácido acético, e teste de barreira física) e doença inflamatória intestinal induzida  por TNBS e DSS. Os extratos de M. floribunda obtidos apresentaram os  seguintes rendimentos: clorofórmio 2,05%, éter etílico 6,60%, acetona 5,17% e  metanólico 4,92%. A prospecção fitoquímica revelou a presença de triterpenos  e esteroides, mono e sesquitrepenos, taninos, flavonoides, proantocianidinas e  leucoantocianidinas. Quanto à capacidade antioxidantes dos extratos analisados  pelo método de DPPH e ABTS o extrato acetônico apresentou resultados mais  promissores com valores de CE50 de 63,84µg/ml e 631,85µg/ml,  respectivamente.  


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  • GLEYBSON CORREIA DE ALMEIDA
  • PLANEJAMENTO IN SILICO, SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO IN VITRO DE NOVOS ANÁLOGOS DA 4-AMINO-5-CIANO-PIRIMIDINAS DE INTERESSE FARMACOLÓGICO

  • Líder : SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • ANTONIO RODOLFO DE FARIA
  • MARIA CAROLINA ACCIOLY BRELAZ DE CASTRO
  • ZENAIDE SEVERINA DO MONTE
  • Data: 29-jul-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Leishmaniose e Doença de Chagas fazem parte de um grupo de enfermidades conhecidas como Doenças Tropicais Negligenciadas, e podem provocar desfiguramento e incapacitação, levando à estigmatização e discriminação social. Para a Organização Mundial de Saúde é emergencial encontrar alternativas terapêuticas menos tóxicas e mais efetivas do que as disponíveis atualmente. Neste trabalho, promovemos um estudo in silico perfiladodo protótipo 4-amino-5-carbonitrila-pirimidina para otimizar atividade antichagásica. A partir do do ZN3F realizamos a avaliação das interações com o sítio ativo da cruzaína. Com este estudo sintetizamos derivados que oferecem uma ocupação específica dos fragmentos da proteína do parasito, e também avaliamos os parâmetros farmacocinéticos e toxicológicos in silico por meio da Regra dos Cinco de Lipinski. Os compostos produzidos foram conduzidos a testes in vitro contra a forma tripomastigota da cepa Talahuen do Tripanossoma cruzi, e a avaliação da citotoxicidade in vitro sob as linhagens celulares de mamíferos L929. Oportunizamos a obtenção dos nossos produtos e realizamos testes in vitro para identificar a atividade antileishmania contra as formas promastigota e amastigota da cepa Leishmania amazonensis, e verificamos a citotoxicidade in vitro através de macrofagos RAW 264.7. Além disso, realizamos um estudo preliminar do potencial antimicrobiano contra as cepas Escherichia coli,Klebsiella pneumoniae, Pseudomonas aeroginosa e Staphylococcus aureus, e do potencial antitumoral contra a cepa MDA-MB231.  Dez compostos protótipos (5a-h e 7a-b) foram ancorados in sílico no sítio ativo de 3LXS e o composto com melhor score foi o 5h, acima dos compostos ZN3F. Todos os outros compostos apresentaram score superior ao composto lead e o ligante cocristalizado. Nenhum dos compostos violou a Regra dos Cinco de Lipinski e seus parâmetros ADMET indicaram boa absorção e solubilidade aquosa variando de boa a moderada, além de não demonstrarem mutagênese, tumorigênese, ou cause problemas de reprodutibilidade e irritação. Todos os derivados inibiram a cepa Talahuen de T. cruzi, e os compostos 5a, 5b e 5d apresentaram IC50 muito baixa. Os derivados 5c e 5hinibiram os parasitas em valores próximos ao medicamento padrão, benznidazol, e o produto 5edemonstrou o menor IC50, 2,79±0 µM. Nos testes de viabilidade celular praticamente todos os compostos apresentaram valores de citotoxicidade (CC50) superiores às concentrações de IC50 parasitárias, tendo os compostos 5e e 5h, respectivamente, 31,2 µM e 16,4 µM, desempenho superior ao benznidazol. O composto 5h também foi o mais ativo, IC50 de 37,5 µM, contra a forma promastigota de L. amazonensis. Três derivados pirimidínicos foram testados e apresentaram atividade inibitória contra a cepa P. aeroginosa (UFPE-416) na concentração de 1mg/ mL. Além disso, o derivado 5c apresentou IC50 de 0,24 µmol/ mL contra MDA-MB231, demonstrando possuir uma promissora capacidade citotóxica.

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  • ÁUREA MARCELA DE SOUZA PEREIRA FIGUEIREDO
  • Avaliação do Efeito de Leite Caprino Fermentado sobre um Modelo Experimental de Síndrome Metabólica

  • Líder : MARIA BERNADETE DE SOUSA MAIA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELIZABETH DO NASCIMENTO
  • ERYVELTON DE SOUZA FRANCO
  • GLORIA ISOLINA BOENTE PINTO DUARTE
  • MARIA BERNADETE DE SOUSA MAIA
  • RAFAEL MATOS XIMENES
  • Data: 25-ago-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Em virtude de uma alimentação não balanceada, observou-se durante a última década um aumento na prevalência de doenças como, obesidade, hipertensão, diabetes e alguns tipos de câncer. A síndrome metabólica (SM) caracteriza-se por um grupo de anormalidades metabólicas e fatores clínicos como resistência à insulina, dislipidemia, hipertensão, obesidade, aumento da circunferência abdominal, que pode ser induzida através de uma dieta não saudável. O leite de cabra desempenha importante papel na nutrição humana oferecendo um bom rendimento agrícola. A espécie Limosilactobacillus mucosae tem grande potencial para produção de alimentos probióticos, com efeitos comprovados frente a fatores de risco para as doenças acima citadas. A inulina é um dos prebióticos mais estudados e produtos que contêm probióticos e prebióticos, são denominados simbióticos. Nesse estudo avaliou-se o efeito de leite caprino fermentado com inulina e L. mucosae (CNPC 007) potencialmente probiótica, isolada de leite de cabra, em um modelo experimental de síndrome metabólica. A toxicidade de dose única foi realizada utilizando-se camundongos Swiss webster fêmeas de acordo com método up and downOECD 425. Para a toxicidade de doses repetidas foram utilizados ratos Wistarmachos e fêmeas, de acordo com o método OECD 407. Para a indução da Síndrome Metabólica foram utilizados ratos Wistar machos, os quais foram alimentados com Dieta Ocidentalizada (DO) ou com Dieta Presence® (DP) por 150 dias mais 30 de tratamento com o leite caprino fermentado. Os resultados obtidos demonstraram que o produto em estudo não apresentou sinais de toxicidade ou de mortalidade quando administrado por gavagem via oral em dose única (20 ml/kg), nem em doses repetidas (3 ml/kg, 6 ml/kg ou 12 ml/kg), sugerindo um NOAEL (maior nível de dose administrada onde não se observam efeitos adversos) superior a 20 mL/kg após administração oral de dose única e superior a 6 mL/Kg após administração oral de doses repetidas (sendo que cada mL fornece 7.4 – 7.9 log UFC de L. mucosae), sendo portanto, considerado de baixa toxicidade, seguro para uso em roedores e permitido para possível uso futuro em novos estudos. Observou-se que os animais alimentados com DO desenvolveram síndrome metabólica, visto que apresentaram ganho de peso maior que os animais alimentados com DP, mesmo com consumo de ração menor, esses também apresentaram pressão arterial, IMC, circunferência abdominal, glicemia de jejum e perfil lipídico maiores que os animais alimentados com DP. O tratamento com o leite fermentado pelo período de 30 dias, nas doses de 3 ou 6 mL/Kg, promoveu redução dos níveis de pressão arterial, colesterol total, triglicerídeos, LDL-c e de glicemia de jejum, mesmo mantendo o uso da DO, e esses resultados não sofreram alteração em função da dose. Esses resultados fortalecem a hipótese de que o leite fermentado com L. mucosae CNPC007 adicionado de inulina é um produto com potencial a ser usado frente ao tratamento e/ou prevenção de doenças que envolvem a síndrome metabólica, necessitando de estudos em etapas futuras com humanos para que possa ser avaliado uma possível terapia não farmacológica aos pacientes.

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  • STÉFANI FERREIRA DE OLIVEIRA
  • NANOEMULSÃO A BASE DO ÓLEO DA SEMENTE DE Euterpe oleracea (Mart.) COM ATIVIDADE FRENTE Aedes aegypti

  • Líder : PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • KATIA SOLANGE CARDOSO RODRIGUES DOS SANTOS
  • PATRÍCIA DANIELLE OLIVEIRA DE ALMEIDA
  • PEDRO JOSE ROLIM NETO
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 14-sep-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Euterpe oleracea é uma oleaginosa predominantemente encontrada na Amazônia, tendo sua semente tratada como resíduo da polpa, e seu descarte considerado como um problema de disposição de lixo. O óleo dessa semente é uma promissora matéria-prima não só para a indústria farmacêutica, mas também como defensivos agrícolas, pois os inseticidas de origem vegetal vêm sendo uma alternativa por serem seletivos, biodegradáveis e reduzirem o impacto sobre a biodiversidade. Doenças como Zika, Chikungunya e Dengue vêm sendo relatadas como problemas de saúde pública, cujo principal vetor é o mosquito Aedes aegypti, onde a principal forma de controle ainda é com o uso de inseticidas. O objetivo do presente trabalho foi desenvolver nanoemulsão a base de óleo da semente de Euterpe oleracea e avaliar sua atividade frente Aedes aegypti. As sementes foram obtidas na cidade de Itacoatiara-AM. Foi realizado planejamento fatorial para escolha do melhor método extrativo, utilizando as técnicas de ultrassom e soxhlet, na caracterização físico-química foram realizados os testes de densidade relativa, índice de refração, umidade, índice de acidez, índice de saponificação, espectroscopia na região de absorção do Infravermelho, estudos de análise térmica, perfil fitoquímico, doseamento de ácidos graxos essenciais por CG, potencial de citotoxicidade, atividade larvicida e pupicida de emulsão contendo óleo da semente de Euterpe oleracea frente Aedes aegypti, toxicidade aguda da emulsão. Aemulsão foi otimizada por meio de um estudo de compatibilidade frente aos excipientes e planejamento fatorial para o desenvolvimento da nanoemulsão a base do óleo da semente de E. oleracea. A estabilidade das formulações foram avaliada através de análise macroscópica, PDI, potencial zeta e tamanho de gotícula. A técnica de extração escolhida foi por Ultrassom, a densidade de massa de 0,879; densidade relativa de 0,881; índice de refração foi de 1,444; umidade 4,98%; índice de acidez de 1,285 NaOH/g; índice de saponificação de 94,47 KOH/g. Na análise térmica o óleo apresentou três eventos. A curva DSC apresentou pico endotérmico em 30,79°C, com temperatura inicial de 21,71°C e temperatura final de 116,03°C. O perfil fitoquímico do óleo por análise qualitativa apresentou como compostos marjoritários os ácido hexadecanoico; (Z) 6-Pentadecenol. No perfil de ácidos graxos o ácido linoléico mostrou-se majoritário. A espectroscopia de infravermelho mostrou estiramentos característicos a estrutura geral do triglicerídeo. No teste de atividade citotóxica não foi observada atividade frente às células testadas. Foi verificada atividade larvicida e pupicida frente Aedes aegypti. No teste de toxicidade aguda não foi observado nenhum óbito dentre os animais testados na dose de 2.000 mg/kg.O estudo de compatibilidade evidenciou que o óleo é compatível com os excipientes avaliados. As formulações que apresentaram-se estáveis após analise macroscópica, pdi, zeta e tamanho de gotícula foram referentes aos experimentos 1,5 e 8.

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  • KATHARINA RODRIGUES DE LIMA PORTO RAMOS
  • AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES CITOTÓXICA, ANTIMICROBIANA E ANTI-INFLAMATÓRIA DE NOVOS DERIVADOS N-ACILHIDRAZÔNICOS SUBSTITUÍDOS

  • Líder : TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DANIEL DIAS RUFINO ARCANJO
  • ELIZABETH FERNANDA DE OLIVEIRA BORBA
  • GLAUCIA MANOELLA DE SOUZA LIMA
  • SEBASTIAO JOSE DE MELO
  • TERESINHA GONCALVES DA SILVA
  • Data: 10-oct-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Os derivados N-acilhidrazônicos são subestruturas privilegiadas amplamente utilizadas na química medicinal devido à sua facilidade de síntese, por apresentarem grupos farmacofóricos importantes com toxicidade mínima e efeitos máximos e por exibirem um amplo leque de atividades farmacológicas descritas na literatura, além de atividades antimicrobianas, antivirais, antitumorais, anti-inflamatórias, analgésicas e antiprotozoárias, mas também atividades biológicas antitrombóticas e antioxidantes. O objetivo da pesquisa foi avaliar a atividade citotóxica, antimicrobiana, e anti-inflamatória dos novos derivados N-acilhidrazônicos substituídos JR-13, JR-15, JR-17 e JR-18. Os derivados foram testados in vitro para a atividade antimicrobiana frente a microrganismos Gram-positvos, Gram-negativos, leveduras e isolados clínicos. A atividade citotóxica foi avaliada em células normais e tumorais pelo método do MTT, e a atividade anti-inflamatória foi avaliada in vivo em modelo animal de lesão pulmonar induzida por lipopolissacarídeo (LPA). Na avaliação da atividade antimicrobiana, os resultados obtidos para bactérias e leveduras para a CIM variaram de 250 µg/mL e 150 µg/m respectivamente, CBM e CFM variaram de 500 µg/mL e 250 µg/mL, respectivamente. Na citotoxicidade em hemácias de camundongos, os compostos não causaram hemólise em nas concentrações até 250 µg/mL, enquanto que a citotoxicidade frente às linhagens J-774, L929 e NCIH-292 foi menor que 30%. No teste de toxicidade aguda, não houve alterações nos parâmetros comportamentais, bioquímicos e hematológicos observados necessários para inferir toxicidade aos derivados em estudo. No modelo da LPA, os derivados JR-13, JR-15, JR-17 e JR-18 reduziram a migração celular com porcentagem de inibição da inflamação de 62,8 %; 40,9 %; 83,2 % e 86,9 %, respectivamente, em relação ao grupo controle. Os derivados também reduziram as concentrações de óxido nítrico (NO) no lavado broncoalveolar (LBA) e mieloperoxidase (MPO) e malonaldeído (MDA) no tecido pulmonar. Na análise histológica observou-se a diminuição do infiltrado leucocitário intersticial e regressão da espessura da parece alveolar. Conclui-se que os derivados JR-13, JR-15, JR-17 e JR-18 apresentaram baixa toxicidade, uma boa atividade antimicrobiana para as cepas testadas e atenuaram a indução de várias características patogênicas importantes da lesão pulmonar aguda induzida pelo LPS, incluindo inflamação das vias aéreas e migração de células polimorfonucleares com destaque para o JR-17 e JR-18.


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  • JHONATTA ALEXANDRE BRITO DIAS
  • AVALIAÇÃODAS ATIVIDADES ANTIOXIDANTE, ANTI-INFLAMATORIA, ANTIMICROBIANA DO EXTRATO HIDROALCOÓLICO DAS FOLHAS DE Laguncularia racemosa (L) C. F. Gaert

  • Líder : IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • CYNTHIA LAYSE FERREIRA DE ALMEIDA
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • EULALIA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO XIMENES
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • RICARDO BRANDAO
  • Data: 18-nov-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A busca por produtos naturais com atividades antimicrobiana, anti-inflamatória e antitumoral é uma temática recorrente e que se sem tem grandes avanços na atualidade. Laguncularia racemosa (L.) C.F. Gaertn é uma espécie pertencente à família Combretaceae e que desempenha uma função ecológica relevante no ecossistema de manguezal e alguns estudos relatam sua atividade na interação e monitoramento biológico de alguns micro-organismos. Entretanto, essa espécie foi pouca estudada nos aspectos farmacológicos, toxicológicos e fitoquímicos, diferentemente de outros membros da mesma família que apresentaram atividades biológicas, tais como a antioxidante, antimicrobiana, antifúngica, antineoplásica. Diante dessa perspectiva, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial antimicrobiano, anti-inflamatório, e toxicidade do extrato hidroalcoólico das folhas de L. racemosa (EHA-Lr). . A atividade antimicrobiana foi avaliada pela metodologia de microdiluição em caldo para determinar a Concentração Mínima Inibitória (CIM) frente às cepas Staphylococcus aureus, Micrococcus luteus, Bacillus subtilis, Pseudomonas aeruginosa, Serratia marcencens ,Escherichia coli e Enterococcus faecalis e o extrato foi mais ativo frente a cepa de Micrococcus luteus (0,93 mg). Foram realizados os ensaios para determinação da toxicidade aguda através da metodologia proposta pela OECD 2001 e para a avaliação da atividade anti-inflamatória do EHA-Lr através dos modelos de edema de pata induzido por carragenina e inflamação pulmonar aguda induzido por LPS. O teste de toxicidade, o extrato EHA-Lr demonstrou baixa toxicidade, sem alterações significativas no peso dos animais e órgãos e nos parâmetros bioquímicos e hematológicos; enquanto nos testes anti-inflamatórios o EHA-Lr mostrou-se eficaz na redução da migração leucocitária no modelo de edema de pata e no modelo de inflamação pulmonar aguda induzida por LPS. Conclui-se que o EHA-Lr apresentou atividades anti-inflamatória e antimicrobiana, com baixa toxicidade, o que o torna promissor para dar prosseguimento a novos estudos.


16
  • LAÍS LUDMILA DE ALBUQUERQUE NERYS
  • ATIVIDADES FOTOPROTETORAS, BIOLÓGICAS E COMPOSIÇÃO QUÍMICA DO EXTRATO HIDROALCÓOLICO DE CLARISIA RACEMOSA NÃO TOXICO COM APLICAÇÕES COSMÉTICA E FARMACÊUTICA

  • Líder : MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • ANEKECIA LAURO DA SILVA
  • DIEGO SANTA CLARA MARQUES
  • KATHARINA MARQUES DINIZ
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • Data: 30-nov-2022


  • Resumen Espectáculo
  • Clarisia racemosa Ruiz &Pav (Moraceae), popularmente conhecida como: catruz, guariúba, guariúba-amarela, é um arbusto que se desenvolve neotropical encontrada em florestas úmidas do Sul do México ao Sul do Brasil. Com o objetivo de avaliar o potencial fitoquímico e farmacológico da espécie, este trabalho buscou avaliar o perfil fitoquímica do extrato hidroalcóolico dos caulesdeC. racemosa Ruiz & Pav e suas atividades biológicas. A análise da composição da madeira do vegetal mostrou teores de extrativos, hemicelulose, lignina e cinzas foram de 10.7%, 18,34%, 29,40%, e 0,79 respectivamente. O estudo fitoquímico realizado em por dá quantificação de fenois, flavonoides, flavonois e taninos totais os quais apresentaram resultados significativos, estando em concordância com os resultados das atividades antioxidantes (DPPH•, ABTS+, HO•, NO •, fosfomolibdênio e redução de ferro). A atividade antimicrobiana mostrou-se moderada para bactérias (CMI = 512µL/mL) e ineficaz para as leveduras. Os experimentos in vitro realizados em culturas de células de macrófagos J774 e eritrócitos murinos demonstraram que extrato não possui potencial citotóxico nas concentrações estudadas. Avaliando o fator de proteção solar, o extrato hidroalcoólico de C. racemosa Ruiz & Pav apresentou potencial de fotoproteção da radiação ultravioleta com variação de FPS igual 9. Os resultados obtidos, preliminarmente, revelam um extrato promissor como antioxidante natural, fotoprotetor sem oferecer danos citotóxicos, reforçando o uso dessa planta para obtenção de informações relevantes para o desenvolvimento de novos fármacos.


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  • JANIRA MARIA NASCIMENTO ALVES BEZERRA
  • Síntese de nanopartículas a partir de biopolímeros para administração de insulina por via oral. 


  • Líder : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ADAUTO GOMES BARBOSA NETO
  • BEATE SAEGESSER SANTOS
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • LUÍSE LOPES CHAVES
  • WESLLEY FELIX DE OLIVEIRA
  • Data: 20-dic-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A Diabetes Mellitus é uma síndrome metabólica característica por desencadear altos níveis glicêmicos, ocasionada pela ausência ou reduzida produção e liberação do hormônio insulina. A administração por via subcutânea da proteína sintética é necessário para captação da glicose e seu uso pelas células. Em virtude dos incômodos causados pela forma convencional de tratamento uma estratégia se dá pela administração do fármaco por via oral, porém se faz necessário a proteção da molécula as exposições das variações de pH gastrointestinal e ação enzimática para a ocorrência de seu efeito terapêutico. A utilização de biopolímeros como matérias primas para o desenvolvimento de sistemas de entrega de fármacos, tem-se destacado pela produção de nanopartículas através do método de complexação polieletrolítica entre a goma de cajueiro com a quitosana. Esses polímeros demonstram promissoras propriedades, dentre elas: excelente biodegradabilidade, elevada biocompatibilidade e atóxicos. Este trabalho apresentou como objetivo a síntese de nanopartículas a partir de biopolímeros por complexação polieletrolítica para administração oral de insulina. As nanopartículas foram sintetizadas por complexação polieletrolítica, a partir da goma de cajueiro (in natura) e quitosana com adição do agente reticulante (tripolifosfato de sódio - TPP) e sistemas utilizando a goma de cajueiro modificada estruturalmente por reação de ftalaçao e quitosana, para encapsulação da insulina. Foram caracterizadas quanto ao seu tamanho, carga superficial, índice de polidispersão, eficiência de aprisionamento da insulina, perfil de liberação em pH simulados gastrointestinal e teste de citotoxicidade por MTT. Foram obtidas nanoestruturas (goma de caju in natura) com insulina encapsulada com tamanho de partículas de 234,5±5,4 nm, índice de polidispersão (PDI) de 0,2±0,01 e potencial zeta de -4,5±0,5 mV. Apresentaram uma eficiência de encapsulação de 22% e foi evidenciada a liberação do fármaco em porcentagens reduzidas em faixa de pH ácido e sustentada/prolongada em pH mais baixo. Entretanto, nos nanossistemas desenvolvidos a partir do uso da goma de caju ftalada foram obtidos nanopartículas com tamanho médio de 390nm, PDI 0,04 e potencial zeta de 15,4mV, eficiência de encapsulação de 77,5% do fármaco. A liberação da insulina nos ambientes gástricos simulados manteve-se sustentada e em baixas porcentagens. Os estudos de citotoxicidade demonstraram que a GCF, QT e o sistema produzido exibiram citotoxicidade relativamente baixa. As nanoesferas sintetizadas demonstraram características destacáveis e promissores para utilização como sistemas de entrega de insulina por via oral, pelo seu reduzido tamanho e proteção da molécula a exposição aos ambientes ácidos, sendo retida e protegida nessa faixa e de liberação sustentada e gradual em meio básico intestinal, porém destacou-se que o uso da goma de caju ftalada foi mais eficiente em reter e proteger fármaco.


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  • JOSÉ IZAK RIBEIRO DE ARAÚJO
  • ESTUDO DE ESTABILIDADE DO FITOFÁRMACO RUTINA: DESENVOLVIMENTO DE  FERRAMENTAS ANALÍTICAS, DETERMINAÇÃO DA CINÉTICA DE DEGRADAÇÃO HIDROLÍTICA E AVALIAÇÃO DE  SISTEMAS POLIMÉRICOS PROTETORES.

  • Líder : JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • DAYANNE TOMAZ CASIMIRO DA SILVA
  • JOSE LAMARTINE SOARES SOBRINHO
  • JOSEAN FECHINE TAVARES
  • LARISSA ARAUJO ROLIM
  • SILVANA TERESA LACERDA JALES
  • Data: 21-dic-2022


  • Resumen Espectáculo
  • A rutina (RUT) é um flavonóide encontrado em uma ampla variedade de vegetais.  Possui múltiplas propriedades terapêuticas, sendo especialmente indicada como venotônico para o  tratamento da insuficiência venosa crônica (IVC). Para obtenção de medicamentos compostos pela  RUT ou associados com outros fármacos é necessário avaliar inicialmente a estabilidade do insumo  farmacêutico ativo (IFA), a fim de garantir a eficácia e qualidade dos produtos, bem como a  segurança dos consumidores. Apesar de ser um pressuposto para o registro de medicamentos, há na  literatura escassez de dados referentes a estabilidade do IFA de RUT e seus produtos derivados,  portanto este trabalho teve como objetivo realizar uma análise crítica das publicações que abordam  essa temática. Diante da prospecção foi possível dividir as informações em três grupos: avaliação da  estabilidade decorrida do processo extrativo em derivados vegetais, de sistemas de liberação  desenvolvidos com a finalidade de contornar limitações físico-químicas intrínsecas da molécula e  em meios reativos e condições ambientais projetados para degradar a molécula. Os resultados  demonstraram que os estudos de estabilidade são desafiadores do ponto de vista técnico e analítico,  uma vez que para condução dos testes de degradação forçada e desenvolvimento de métodos  indicativos de estabilidade (MIEs), apesar da existência de guias, resoluções e compêndios  internacionais com as diretrizes para norteamento dos ensaios, cada molécula tem uma natureza  química única. Portanto é fundamental a construção de um perfil de estabilidade, a fim de propor o  controle dos processos e o desenvolvimento de formulações que contenham adjuvantes que  permitam a formação de produtos mais estáveis.

2021
Disertaciones
1
  • ANA CAROLINE COSTA XAVIER
  • Desenvolvimento de filme com ação antimicrobiana à base de  quitosana incorporado com extrato seco de Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb)  Altschul (Angico)

  • Líder : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANALUCIA GUEDES SILVEIRA CABRAL
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 04-jun-2021


  • Resumen Espectáculo
  • O uso tradicional das plantas com propósito medicinal está entrelaçado com questões  históricas e culturais dos povos de cada localidade. No Brasil, soma-se a isto o componente da  diversidade que vai além do fator biológico, visto que o país possui proporções continentais e  expressa uma contínua miscigenação que marca toda a sua história. A partir disto, os saberes  populares, assim como o ambiente, acabam passando por modificações e adaptações ao longo  do tempo. O aparato científico busca caminhar juntamente a esses conhecimentos,  aumentando a aplicabilidade destes recursos enquanto promove a segurança na sua utilização,  motivo pelo qual chegam ao mercado medicamentos originados de plantas, sejam  fitoterápicos, seus extratos ou até mesmo sintéticos. Dentro deste contexto, o presente estudo  objetivou investigar e agregar informações acerca do potencial medicinal de uma das espécies  vegetais mais endêmicas do ambiente da caatinga, Anadenanthera colubrina, o angico,  aplicado pelas comunidades como um potente antimicrobiano, cicatrizante e antiinflamatório,  associando-o a filme à base de quitosana, biopolímero também de origem natural, advindo  principalmente da carapaça de crustáceos, com características como biocompatibilidade,  biodegradabilidade e baixa toxicidade. Por meio da formulação, realizada através de método  de casting, foi possível elaborar um produto de fácil manuseio, com aspecto transparente e  com ação comprovada in vitro, sobre cepas padrão de um dos patógenos com maior  prevalência em infecções cutâneas, partes moles, dispositivos e próteses médicas, o  Staphylococcus aureus, que é também uma das espécies bacterianas com grande potencial de  mutação genética para o desenvolvimento resistência a múltiplas drogas. Sendo assim, espera se contribuir para a literatura não apenas identificando espécies vegetais promissoras para a  geração de novos fitofármacos, mas também levantar a possibilidade de aprimoramento de  produtos à base de quitosana que favoreçam a recuperação de pacientes portadores de feridas  crônicas e afins. 


2
  • ÍTALO CAIO LOURENÇO DA SILVA
  • Avaliação Fitoquímica e Antimicrobiana de Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf. (mussambê)

  • Líder : ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • UMBERTO PEREIRA SOUZA JÚNIOR
  • DANIELLE PATRICIA CERQUEIRA MACEDO
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • Data: 28-oct-2021


  • Resumen Espectáculo
  • O estudo da atividade biológica de plantas medicinais utilizadas pela população de uma  determinada região, caracterizado como etnofarmacologia, correlaciona o uso popular  com estudos farmacológicos, permitindo com isso a confirmação de seus efeitos para a  promoção de um uso mais racional e seguro dessas plantas, além de gerar informações  científicas sobre a flora de determinados biomas, como a caatinga, que é pouco  explorada neste sentido. Tarenaya spinosa (Jacq.) Raf é um exemplo de planta  medicinal do bioma caatinga, utilizada principalmente para problemas respiratórios como gripe, asma, bronquite, tosse, tuberculose, otite, pneumonia e inflmações em  geral. O presente trabalho objetivou estudar a atividade antimicrobiana e fitoquímica  desta espécie. As partes aéreas da planta foram coletadas em Malhada de Pedra, área  rural de Caruaru, Pernamabuco, pelo qual foram processadas e submetidas a maceração  com utilização de solventes com polaridade crescente (hexano, acetato de etila e  metanol), obtendo-se três extratos secos. O rendimento dos extratos foi calculado em  percentual com os valores da droga vegetal seca pulverizada e o peso dos extratos secos.  Para a atividade antimicrobiana dos extratos foi realizada as técnicas de Concentração  Inibitória Mínima (CIM), Concentração Bactericida Mínima (CBM) e Ensaio de  Permeabilidade Membranar. Já a análise fitoquímica ocorreu por Cromatografia em  Camada Delgada (CCD), Bioautografia e Doseamentos por espectrofotometria. Obteve se um rendimento de 6,87 %, 2,28 % e 10,22 % para os extratos hexânico, acetato de  etila e metanólico, respectivamente. O extrato de acetato de etila se mostrou mais  significativo que os demais nas análises biológicas, apresentando uma CIM de 250  µg/mL para S. aureus ATCC 29213, S. pyogenes UFPEDA 1031 B e 1033 B e  Acinetobacter baumannii ATCC 49606 e UFPEDA 1020 A, se mostrando  moderadamente ativo. Usando mesma CIM o extrato se mostrou bactericida no teste de  CBM, inibindo o crescimento bacteriano por retrocultivo. Não se mostrou ativo na  alteração da permeabilidade da membrana das bactérias, o que se presume sua atuação  em um outro mecanismo de ação. O extrato ativo, apresentou em sua composição  fitoquímica, a presença de triterpenos e esteroides e derivados cumarínicos. Esses matabólitos secundários se mostraram ativos com a formação de halo de inibição do  crescimento bacteriano no teste de bioautografia, corroborando com os resultados das  análises biológicas realizadas e com estudos relacionados, realizados por outros autores.  Na análise quantitativa, o extrato de acetato de etila apresentou uma concentração de  39,38±4,89 mg EC/g de derivados cumarínicos. Já o teor de triterpenos e esteroides foi  de 338,48±28,48 mg EEstg/g. Presume-se que ambos os metabólitos secundários atuam  em sinergismo para a atividade biológica, seja em um únimo mecanismo de ação,  agindo em conjunto, ou em mais de um, agindo separadamente. Os resultados  encontrados mostram que o mussambê pode atuar em bactérias responsáveis por  infecções do sistema respiratório, corroborando com seu uso popular. Porém são  necessários mais estudos da ação do mussambê em outras vertentes dos problemas  respiratórios como antinflmatório, antitussígeno, expectorante, broncodilatador, entre  outros, uma vez que os extratos possuem metabólitos secundários com essas  características farmacológicas. 

3
  • POLLYNE AMORIM SILVA
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIFÚNGICA DE Clarisia racemosa ESTUDO DE PRÉ-FORMULAÇÃO  PARA ESPOROTRICOSE

  • Líder : ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ELBA LUCIA CAVALCANTI DE AMORIM
  • KEYLA EMANUELLE RAMOS DA SILVA
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 29-nov-2021


  • Resumen Espectáculo
  • Clarisia racemosa, conhecida popularmente como Guariúba, é uma matéria-prima que se destaca no uso da carpintaria, marcenaria e em construções civis em geral. Estudos iniciais com os resíduos do caule de C. racemosa demonstraram uma possível atividade antimicrobiana deste material vegetal. O objetivo desse trabalho foi realizar uma avaliação da atividade antifúngica e um estudo de pré-formulação à base de C. racemosa para esporotricose. Os resíduos de madeira de C. racemosa foram coletados no município de Itaquatiara - Amazonas, originária da unidade de manejo florestal. Foram obtidos e caracterizados físico-quimicamente, de acordo com a Farmacopeia Brasileira 6ª edição, a droga vegetal, os extratos líquido e seco, obtidos por spray-dryer e por leito fluidizado de dois lotes de coleta (abril e novembro de 2020), e avaliada a atividade antifúngica dos extratos para Sporothrix. Foram desenvolvidas duas formas farmacêuticas (granulado efervescente e comprimido). Após a pulverização da droga vegetal, esta foi classificada quanto à granulometria, e realizadas as determinações de cinzas totais e perda por dessecação e análise térmica. Para a obtenção do extrato hidroalcoólico, utilizou-se a proporção 1:10 (p/v) e realizadas as determinações de pH e densidade. Dois tipos de secagem foram utilizadas para obtenção do extrato seco, por spray-dryer e por leito fluidizado. Houve diferenças significativas entre os resultados obtidos dos dois lotes de coleta. Em relação ao estudo de compatibilidade, foi demonstrado que os excipientes conseguiram proteger os extratos, sendo compatíveis no produto acabado. Ao analisar a microscopia eletrônica de varredura, no extrato seco por spray-dryer, foi possível observar o formato esférico das partículas, característico desse método de secagem; já no extrato seco por leito fluidizado o formato foi irregular. Através da Cromatografia Líquida de Alta Eficiência, foi encontrada a substância resveratrol nos dois lotes do extrato seco por spray-dryer e no lote 2 do leito fluidizado. Para a atividade farmacológica, diferentes cepas padronizadas, foram testadas para ambos os tipos de extrato assim como para os diferentes lotes, apresentando atividade para Sporothix spp. Para os estudos de pré-formulação, o extrato seco por leito fluidizado foi utilizado pelo fato da obtenção de maior quantidade para estudo já que estávamos enfrentando problemas com o equipamento do spray-dryer. Para a obtenção do granulado efervescente, foram realizados testes de compatibilidade por análise térmica entre os excipientes e o extrato seco por leito fluidizado, mostrando serem compatíveis; suas características organolépticas atenderam às especificações previamente estabelecidas. A umidade residual resultou em 7,09% para o lote 1 e 6,03 % para o lote 2. Em relação aos critérios de desagregação e ponto de efervescência, todos se encontraram conforme a Farmacopeia Brasileira 6ª edição; e a densidade de ambos ficaram próximas a da água e o pH para ambos foi de 5,09. Em relação à formulação dos comprimidos, o peso médio, a dureza e o ponto de desintegração ficaram conforme os parâmetros da Farmacopeia Brasileira 6ª edição, com exceção da friabilidade, sendo necessários pequenos ajustes na formulação. Os estudos envolvendo C. racemosa mostram ser bastante promissores para esporotricose, além contribuir para o conhecimento da droga vegetal que é pouco estudada para fins terapêuticos.

     

4
  • KAROLYNNE RODRIGUES DE MELO
  • DESENVOLVIMENTO DE FORMA FARMACÊUTICA SEMISSÓLIDA À BASE DE DE Libidibia ferrea COMO ALTERNATIVA PARA CICATRIZAÇÃO DE FERIDAS

  • Líder : ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • IVONE ANTONIA DE SOUZA
  • KEYLA EMANUELLE RAMOS DA SILVA
  • ROSALI MARIA FERREIRA DA SILVA
  • Data: 13-dic-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A espécie vegetal Libidibia ferreaé nativa do Brasil e popularmente conhecida na região Amazônica como Jucá. É amplamente utilizada na medicina popular e tem apresentado uma importante atividade cicatrizante, possuindo outras atividades comprovadas na literatura. A cicatrização de feridas cutâneas é de interesse para a saúde pública, uma vez que as lesões podem reduzir a qualidade de vida do paciente, levando a um tempo prolongado de hospitalização e quantidade significativa de gastos com saúde. Assim, o presente estudo objetivou obter a forma farmacêutica pomada à base do extrato seco de L. ferrea para o tratamento da cicatrização de feridas. Realizou-se a caracterização físico-química da matéria-prima vegetal, do extrato aquoso e do extrato seco liofilizado, conforme Farmacopeia Brasileira (FB) 6ª edição. Também foram desenvolvidos três lotes de bancada e realizados os controles de qualidade aplicáveis. As cascas de L. ferrea foram coletadas no município de Pesqueira-PE e a matéria-prima vegetal obtida foi classificada, quanto à granulometria, como pó muito grosso. Foram obtidos resultados dentro dos parâmetros exigidos pela FB (8,15% de perda por dessecação e 8,30% equivalente às cinzas totais). O extrato aquoso (7,5%, p/p), também se apresentou conforme determinações da FB, com pH 5,57; densidade relativa igual a 1,002 g/mL e resíduo seco equivalente a 1,17%. Já o extrato seco liofilizado apresentou 6,6% de umidade e, na triagem fitoquímica, foi verificada a presença de compostos fenólicos, demonstrando, por espectroscopia UV-vis, 380,3 mgAG/g equivalentes a ácido gálico. A matéria-prima vegetal apresentou perda de massa a partir de 121°C, enquanto que o extrato seco apresentou perda de massa em 260ºC, na análise termogravimétrica. A formulação da pomada foi obtida por planificação qualitativa e quantitativa de excipientes, e analisadas as características organolépticas, pH, densidade, viscosidade, espalhabilidade, estando os resultados atendendo aos parâmetros previamente estabelecidos. Não houve incompatibilidade entre o extrato seco e os excipientes. A partir dos resultados obtidos, pôde-se garantir a qualidade físico-química da matéria-prima vegetal, desenvolvendo-se, previamente, uma formulação alternativa e promissora para o tratamento dacicatrização, seja na terapia isolada ou complementar. 


Tesis
1
  • JOTELE FONTANA AGOSTINI BERTELI
  • Estudo de eficácia pré-clínica do ácido gálico na reversão de lesões neuroquímicas e comportamentais induzidas pela exposição prolongada ao etanol em cérebro de peixe-zebra

     

     

  • Líder : ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ALICE VALENCA ARAUJO
  • ALMIR GONCALVES WANDERLEY
  • BELMIRA LARA DA SILVEIRA ANDRADE DA COSTA
  • GERMANA FREIRE ROCHA CALDAS
  • WILSON DA COSTA SANTOS
  • Data: 09-jul-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A implicação do estresse oxidativo na toxicidade do etanol está associado a  formação de espécies reativas de oxigênio (ERO) durante seu metabolismo e na  redução do potencial antioxidante. O ácido gálico (AG) é um composto polifenólico  com ação antioxidante. Neste contexto, o estudo investigou a eficácia pré-clínica do  AG per se e sobre as alterações neuroquímicas e comportamentais em tecido  cerebral de peixe-zebra exposto ao etanol. Para análise do AG per se, os animais  foram divididos em oito grupos: os que foram expostos por 24 e 48h (controle e AG  5, 10 e 20 mg/L). Após, os animais foram divididos em quatro grupos: controle,  exposto ao etanol 0,5% por 7 dias e 24h após na presença de AG 5 e 10 mg/L. No  final do período de exposição, os animais passaram por teste comportamental  locomotor/exploratório e ansiolítico-símile por meio dos testes novel tank e  claro/escuro, em seguida sofreram eutanásia e o cérebro total dissecado para as  análises bioquímicas: espécies reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBA-RS),  grupamentos sulfidrila (SH), oxidação de diclorofluoresceína (DCFH), os níveis de  nitrato e nitrito, glutationa reduzida (GSH), superóxido dismutase (SOD), catalase  (CAT), colina acetiltransferase (ChAT) e acetilcolinesterase (AChE). Os resultados  mostraram que, o grupo AG 20 mg/L nos dois tempos testados, induziram aumento  nos níveis de TBA-RS, SH, DCFH, da atividade exploratória dos animais no teste  novel tank e diminuição da atividade da AChE. Os grupos AG 5 e 10 mg/L,  independente do tempo de exposição, induziram aumento da atividade da SOD e  CAT e não alteraram os demais parâmetros avaliados. Após a exposição ao etanol,  foi verificado que o AG 5 e 10 mg/L reverteram os danos gerado pelo etanol nos  níveis de TBA-RS, DCFH, na atividade da SOD, na perda cinética da enzima ChAT,  bem como recuperou a característica tipo ansiolítica gerada pelo etanol verificado no  teste comportamental. Em conclusão, o estudo demonstrou que a exposição ao AG  20 mg/L confere um caráter tóxico ao cérebro de peixe-zebra verificado por meio do  perfil pró-oxidante, comportamental e colinérgico. Além disso, que o AG 5 e 10 mg/L  reverteram os danos comportamentais e colinérgicos gerados pelo etanol  possivelmente associado a sua ação antioxidante. 

2
  • MICHELANGELA SUELLENY DE CALDAS NOBRE
  • AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LEISHMANICIDA (Leishmania. Infantum) DE DERIVADOS ESPIROACRIDÍNICOS

  • Líder : RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANEKECIA LAURO DA SILVA
  • FABIO ANDRE BRAYNER DOS SANTOS
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • TÚLIO RICARDO COUTO DE LIMA SOUZA
  • Data: 03-sep-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A leishmaniose faz parte do grupo das doenças tropicais negligenciadas,  constituindo um grave problema de saúde pública devido sua alta incidência principalmente nas Américas. No brasil, em 2017, foram notificados cerca de  18.664 casos de leishmaniose tegumentar e 4511 de leishmaniose visceral, destes 51 casos de LT e 49 de LV foram notificados na paraíba. Devido ao escasso arsenal de fármacos para o tratamento desta doença, a reações  adversas graves e frequentes e ao aparecimento de resistência do parasito,  faz-se necessário a descoberta de novos fármacos com potencial atividade  antileishmania. Neste cenário, surgem as acridinas e seus derivados  espiroacridinicos que possuem um núcleo privilegiado com importante atividade antiparasitária, inclusive, antileishmanial. Neste estudo foram avaliados a  atividade anti-leishmania de 10 derivados espiroacridínicos através de estudos  in vitro e o possível mecanismo de ação através de estudo in silico, como  docking e ADME. Os compostos foram obtidos a partir de reações de  espirociclização ao anel de acridina, sendo realizado ensaios de citotoxicidade  em eritrócitos e células vero, avaliação da atividade anti-promastigota de  Leishmania infantum, teste in sílico como docking molecular, com os alvos  esterol 14 α desmetilase, tripanotiona redutase e topoisomerase I, e ADME. Foi  observado que todos os compostos apresentaram ação promastigoticida com IC50 variando entre 2,00 ± 0,08 e 7,82 ± 0,488 µM, não apresentaram  citotoxicidade frente a eritrócitos com HC50 > 857,4 µM, no entanto  apresentaram citotoxicidade frente as células vero com CC50 variando entre  0,93 a 18,32 µM. Os quatro compostos mais promissores para atividade  promastigoticida, AMTAC-02 (2,22 ± 0,44 µM), AMTAC-18 (2,34 ± 0,00 µM),  AMTAC-22 (2,00 ± 0,08 µM) e ACMD-06 (3,50 ± 0,84 µM) foram escolhidos e realizados estudo in silico de ADME e docking molecular, os quais  demonstraram que os derivados espiroacridínicos testados possuem bom perfil  farmacocinético com alta absorção pelo trata gastrointestinal e alta afinidades  pelos alvos biológicos testados. Por fim, avaliando atividade biológica e a  citotoxicidade frente a células vero foi eleito o AMTAC-18 como o composto  mais promissor por apresentar maior índice de seletividade (7,82) para o  parasito que para células humanas, apresentar menor inibição das enzimas  hepáticas e ter boa energia de interação com os alvos analisados, sugerindo  um perfil mult-target dessa molécula A leishmaniose faz parte do grupo das doenças tropicais negligenciadas,  constituindo um grave problema de saúde pública devido sua alta incidência principalmente nas Américas. No brasil, em 2017, foram notificados cerca de  18.664 casos de leishmaniose tegumentar e 4511 de leishmaniose visceral, destes 51 casos de LT e 49 de LV foram notificados na paraíba. Devido ao escasso arsenal de fármacos para o tratamento desta doença, a reações  adversas graves e frequentes e ao aparecimento de resistência do parasito,  faz-se necessário a descoberta de novos fármacos com potencial atividade  antileishmania. Neste cenário, surgem as acridinas e seus derivados  espiroacridinicos que possuem um núcleo privilegiado com importante atividade antiparasitária, inclusive, antileishmanial. Neste estudo foram avaliados a  atividade anti-leishmania de 10 derivados espiroacridínicos através de estudos  in vitro e o possível mecanismo de ação através de estudo in silico, como  docking e ADME. Os compostos foram obtidos a partir de reações de  espirociclização ao anel de acridina, sendo realizado ensaios de citotoxicidade  em eritrócitos e células vero, avaliação da atividade anti-promastigota de  Leishmania infantum, teste in sílico como docking molecular, com os alvos  esterol 14 α desmetilase, tripanotiona redutase e topoisomerase I, e ADME. Foi  observado que todos os compostos apresentaram ação promastigoticida com IC50 variando entre 2,00 ± 0,08 e 7,82 ± 0,488 µM, não apresentaram  citotoxicidade frente a eritrócitos com HC50 > 857,4 µM, no entanto  apresentaram citotoxicidade frente as células vero com CC50 variando entre  0,93 a 18,32 µM. Os quatro compostos mais promissores para atividade  promastigoticida, AMTAC-02 (2,22 ± 0,44 µM), AMTAC-18 (2,34 ± 0,00 µM),  AMTAC-22 (2,00 ± 0,08 µM) e ACMD-06 (3,50 ± 0,84 µM) foram escolhidos e realizados estudo in silico de ADME e docking molecular, os quais  demonstraram que os derivados espiroacridínicos testados possuem bom perfil  farmacocinético com alta absorção pelo trata gastrointestinal e alta afinidades  pelos alvos biológicos testados. Por fim, avaliando atividade biológica e a  citotoxicidade frente a células vero foi eleito o AMTAC-18 como o composto  mais promissor por apresentar maior índice de seletividade (7,82) para o  parasito que para células humanas, apresentar menor inibição das enzimas  hepáticas e ter boa energia de interação com os alvos analisados, sugerindo  um perfil mult-target dessa molécula 

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  • WILMA RAIANNY VIEIRA DA ROCHA
  • EFEITO SINÉRGICO DO LINALOL EM ASSOCIAÇÃO COM ANTIFÚNGICOS CONVENCIONAIS FRENTE Candida albicans E Candida spp.

  • Líder : MONICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANDRE DE LIMA AIRES
  • KLEDOALDO OLIVEIRA DE LIMA
  • MARIA BERNADETE DE SOUSA MAIA
  • MONICA CAMELO PESSOA DE AZEVEDO ALBUQUERQUE
  • VÂNIA SOUSA ANDRADE
  • Data: 17-sep-2021


  • Resumen Espectáculo
  • O aumento da resistência das espécies de Candida spp. associado ao número reduzido de antifúngicos para tratamento das infecções, faz destes micro-organismos um problema de saúde global emergente. A busca de compostos que sejam capazes de combater estes micro-organismos está cada dia mais atual. Neste contexto os produtos de origem natural são excelentes fontes de compostos que apresentam diversas atividades biológicas, dentre elas a atividade antifúngica. Monoterpenos, como Linalol, Limoneno e Eucaliptol são exemplos desses compostos, eles estão contidos principalmente em óleos essenciais de plantas e são bastante utilizados nas indústrias cosméticas e alimentícias. Dessa forma, surgiu o interesse em pesquisar o efeito da ação do linalol, limoneno e eucaliptol diante de cepas de Candida spp. isoladas de amostras clínicas de pacientes. Para isso foi realizado um screening inicial da atividade antifúngica destes monoterpenos diante de uma cepa de C. albicans de origem clínica e uma cepa padrão de C. glabrata ATCC 90030, através da técnica de microdiluição em caldo RPMI 1640. Após definir que o linalol foi o monoterpeno ativo, o estudo foi ampliado utilizando 21 cepas de Candida spp., dentre elas C. albicans, C. glabrata, C. krusei, C. tropicalis e C. parapsilosis, isoladas de amostras clínicas, inicialmente foi determinada a concentração inibitória mínima (CIM) e concentração fungicida mínima (CFM) do linalol e dos antifúngicos: fluconazol, cetoconazol, itraconazol, terconazol, micafungina e anfotericina B por microdiluição em caldo, após obter estes resultados foi realizado o teste de combinação in vitro pela técnica checkerboard, para determinar o tipo de combinação entre linalol e os agentes azóis(sinérgica, aditiva ou antagônica) através da concentração inibitória mínima fracionada (FICi) e avaliar a ação do linalol na modulação da expressão da bomba de efluxo das espécies de Candida spp, pelo uso da clorpromazina. Os resultados demonstraram que o monoterpeno, dentre os utilizados, que apresentou atividade inicial diante das duas principais espécies de Candida foi o linalol, com CIM e CFM de 1024 µg/mL. Ao selecionar e expandir o estudo para uma quantidade e variedade maior de cepas do gênero, foi observado que a CIM e CFM do linalol variou de 512 a 1024 µg/mL e que todas as cepas foram resistentes a todos os azóisestudados. As combinações in vitro se apresentaram sinérgicas ou aditivas, reduzindo a CIM inicial tanto do azólico como do linalol. Quanto a modulação da bomba de efluxo foi verificado que a clorpromazina modulou a bomba de efluxo, bem como o linalol quando usados na concentração de ½ da CIM destes reduzindo igualmente a CIM inicial dos azóis. O linalol apresenta sinergismo com azóisem cepas resistentes de C. albicans e Candida não-albicans, interferindo no funcionamento da bomba de efluxo. A partir desse momento serão desenvolvidos novos objetivos focando nas concentrações subinibitórias obtidas nos testes de combinação, verificando o tempo de morte, o efeito pós-antifúngico, efeito dessas concentrações e combinações nos principais fatores de virulência das espécies de Candida spp.

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  • MALU MARIA LUCAS DOS REIS
  • DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE LESHMANICIDA DE

    DERIVADOS TIOFÊNICOS-ACRIDÍNICOS E TIOSSEMICARBAZÔNICOSACRIDÍNICOS

  • Líder : RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • MIEMBROS DE LA BANCA :
  • ANEKECIA LAURO DA SILVA
  • JAMERSON FERREIRA DE OLIVEIRA
  • MARIA DO CARMO ALVES DE LIMA
  • RICARDO OLIMPIO DE MOURA
  • TÚLIO RICARDO COUTO DE LIMA SOUZA
  • Data: 26-nov-2021


  • Resumen Espectáculo
  • A leishmaniose caracteriza-se como uma doença infecto-parasitária

    negligenciada, causada por protozoários intracelulares do gênero Leishmania

    spp, O tratamento farmacológico utiliza antimoniais pentavalentes, Anfotericina

    B, Miltefosine e Paromomicina. Porém esses medicamentos exibem efeitos

    tóxicos, sendo assim existe a necessidade de terapias medicamentosas que

    forneçam um tratamento mais seguro Desta forma esse trabalho teve por

    objetivo a avaliação de derivados acridínicos frente a formas amastigotas de L

    amazonense e toxicidade frente a macrófagos, além de seus possíveis

    mecanismo de ação por meio de estudos in silico. Foram sintetizados 03 novos

    derivados tiofênicos-acridínicos esses compostos foram devidamente

    elucidados a partir de técnicas espectroscópicas usuais (MS, FTIR e RMN C¹³ e

    H¹). Os compostos obtidos apresentaram rendimentos satisfatórios, acima de

    80% e suas faixas de fusão apresentaram pouca variação sugerindo a pureza

    dos produtos sintetizados além disso foram avaliados 15 outros derivados

    acridínicos, disponibilizados pela quimioteca do Laboratório de Sintese e

    Vetorização Molecular da UEPB. Os espectros de IV, MS e RMN colaboraram

    para a elucidação estrutural dos novos derivados. Analisou-se as moléculas

    obtidas em métodos computacionais preditivos, no caso o docking molecular,

    que complexou as moléculas obtidas a alvos moleculares validados para o

    estudo da leishmaniose sendo eles: Tripanationa redutase ((PDB = 2JK6),

    Topoisomerase I (PDB = 2B9S) e 14-α- dismetilase (PDB = 3L4D). As moléculas

    dos derivados acrídinicos apresentaram boas energias de ligação destacando as

    seguintes moléculas: para tripanationa a ACS-02 e GLDL – 01, para a

    Topisomerase I, destacou-se a Maludrina 01, 02 e GLCL – 05 e por fim, para a

    14-α- dismetilase para a Maludrina 01 e GLCL-04. Após a devida caracterização

    das moléculas e os estudos dos alvos moleculares ligadas a atividade

    antileishmania, optou-se por testar os dezoito compostos nas formas

    amastigostas de L. amazonensis pelo método de MTT e ainda o perfil citotóxico

    em macrófagos JJ74. Os resultados obtidos a partir da avaliação frente a cepas

    amastigotas apresentaram-se com discreta atividade, porém na análise de

    citotoxicidade em macrófagos pode-se verificar que as moléculas não foram

    tóxicas e ainda aumentava significativamente a expressão de macrófagos. Após

    as análises dos resultados, selecionou-se os Maludrina 02, Maludrina 03, GLDL

    03, GLDL – 06, GLCL 04 e 05 analisando-os o perfil da viabilidade por citometria

    de fluxo a partir do marcado ANEXINA-PI observando a partir dos resultados que

    nenhuma das moléculas exibiam perfis citotóxicos frente aos macrófagos

    JJ74.Por fim, os estudos relativos ao efeito microbicida das moléculas

    selecionadas e confirmou-se o perfil imunomodulador, de modo que, pode-se

    destacar primordialmente as moléculas Maludrina 03, que exibiu o menor

    percentual de infecção na concentração de 32 µg/mL sendo igual a 4%, seguido

    da GLDL-03 com percentual de infecção de 6,5% na concentração de 32 µg/mL.

    Diante do exposto, torna-se necessário estudos relativos a avaliação dos

    mecanismos imunomodulatórios das moléculas com melhores perfis para

    atividade antileishmania, como por exemplo, ensaios relativos a produção de

    óxido nítrico, α-TNF, Eros e corpúsculos lipídicos.

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