As mudanças climáticas são uma das questões mais urgentes e desafiadoras da atualidade, pois causam impactos adversos em diferentes áreas da sociedade, além de provocar mudanças nos padrões da precipitação, afetando os ciclos naturais de água e comprometendo a disponibilidade de recursos hídricos em diversas regiões. Diante desse cenário, o desenvolvimento de um Produto Técnico e Tecnológico (PTT) foi pensado em virtude da poluição ambiental de uma lagoa, ponto turístico da cidade de Lagoa do Carro – PE. Assim, o objetivo geral da pesquisa foi de promover a sensibilização ambiental da comunidade local quanto à conservação da lagoa central da cidade de Lagoa do Carro – PE. Para isso foi elaborado o blog “BioLagoa”, que está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU: ODS 4 (Educação de Qualidade); ODS 6 (Água Potável e Saneamento); ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima). Assim desenvolveu-se uma pesquisa-ação com os estudantes do 1 ao 3º ano do Ensino Médio da Escola de Referência em Ensino Médio (EREM) Dr. Francisco Siqueira Carneiro da Cunha que foi executada em 4 etapas, sendo essas: Exploratória; Formação teórica dos estudantes e desenvolvimento de conteúdo educativo para o Blog; Realização de uma Feira Científica com os estudantes do 3º ano; Desenvolvimento do blog BioLagoa. A validação do PTT foi feita através da aplicação de dois questionários diferentes destinados aos alunos e professores de diferentes áreas do conhecimento. Os resultados indicaram que o blog revelou-se ser uma ferramenta dinâmica e eficaz para promover o aprendizado, o engajamento e a conscientização ambiental. Além disso, quanto aos critérios da CAPES (aderência, impacto, aplicabilidade, inovação e complexidade), em uma escala de 0 a 5, o blog foi avaliado e validado com uma avaliação satisfatória com notas entre 4 e 5 para todos os critérios avaliados. O Blog BioLagoa mostrou-se ser uma ferramenta inovadora e eficaz para abordar questões relacionadas as Ciências Ambientais no contexto escolar, mostrando-se ser uma ferramenta de divulgação científica acessível e um canal de ativismo climático, permitindo que o conhecimento produzido na escola ultrapasse seus muros e alcance diferentes esferas sociais.

A crise socioambiental contemporânea, marcada pela intensificação dos problemas ambientais e pelas desigualdades sociais, exige uma reflexão crítica sobre os modos de produção e consumo e a necessidade de promover mudanças profundas na forma como nos relacionamos com o meio ambiente. Como afirma Leff (2001), a racionalidade ambiental demanda a construção de novos paradigmas de conhecimento e de ação, que permitam superar a crise civilizacional e construir um futuro mais sustentável. Nesse contexto, a Educação Ambiental (EA) emerge como um campo de conhecimento fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. A EA busca promover a compreensão das relações entre seres humanos e meio ambiente, desenvolvendo valores, habilidades e atitudes que possibilitem a participação ativa na construção de um futuro mais sustentável. Conforme Guimarães (2009), a Educação Ambiental deve ser um processo de construção de cidadãos críticos e conscientes, capazes de transformar suas realidades e construir um futuro mais justo e sustentável. A Educação Ambiental Crítica (EAC), por sua vez, destaca-se por sua abordagem que problematiza as relações de poder e as desigualdades socioambientais, buscando promover a transformação social e a construção de uma cidadania ambiental ativa. Segundo Loureiro (2019), a EAC "não se limita à transmissão de conhecimentos sobre o meio ambiente, mas busca a transformação da realidade social, a partir da compreensão crítica das relações entre sociedade e natureza". Ao analisar a realidade de forma crítica, a EAC possibilita que os sujeitos compreendam as causas dos problemas ambientais e se envolvam em ações para a sua superação. No Brasil, a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) estabelece como objetivo fundamental o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações. No entanto, a implementação da PNEA ainda enfrenta desafios, como a falta de recursos, a formação inadequada dos professores e a fragmentação das ações. Conforme Guimarães (2012), a implementação da PNEA exige a superação de uma visão fragmentada e instrumental da educação ambiental, e a construção de uma perspectiva mais integral e transformadora. Diante desse cenário, a presente pesquisa tem como objetivo investigar a potencialidade de uma sequência didática investigativa na promoção da Educação Ambiental Crítica em uma escola pública localizada em uma comunidade de interesse social. A pesquisa busca responder à seguinte pergunta: Como uma sequência didática investigativa pode contribuir para o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre os problemas socioambientais, para a promoção da participação cidadã e para a transformação das práticas sociais na comunidade escolar? Conforme Fiori (2008), a pesquisa-ação é uma metodologia que permite a produção de conhecimentos e a transformação da realidade de forma simultânea, promovendo a participação dos sujeitos envolvidos. A escolha pela pesquisa-ação como metodologia se justifica pela sua potencialidade em promover a transformação social e ambiental. Conforme Tripp (2017), a pesquisa-ação é um processo colaborativo que envolve pesquisadores e participantes em uma busca conjunta por soluções para problemas sociais. Ao envolver os estudantes em todas as etapas da pesquisa, busca-se fortalecer o seu protagonismo e promover a aprendizagem significativa. As tecnologias digitais oferecem novas possibilidades para a educação ambiental, permitindo o acesso a informações, a colaboração em rede e a criação de materiais educativos inovadores. Segundo Moran (2015), as tecnologias digitais podem potencializar a aprendizagem ao promover a interação, a colaboração e a construção do conhecimento de forma autônoma e significativa. A incorporação de ferramentas digitais na sequência didática poderá ampliar as possibilidades de interação e participação dos estudantes. A educação ambiental precisa considerar a dimensão afetiva dos sujeitos, buscando despertar a sensibilidade e o cuidado com o meio ambiente. Conforme Carvalho (2016), a educação ambiental deve promover a conexão dos indivíduos com a natureza, fomentando atitudes de respeito e cuidado com todos os seres vivos. A sequência didática proposta busca promover essa conexão, através de atividades que estimulem a observação da natureza e a reflexão sobre o papel do ser humano no meio ambiente. Os desafios da implementação da Educação Ambiental em escolas públicas são diversos, como a falta de formação dos professores, a resistência a novas metodologias e a falta de recursos. Conforme Dias (2019), a formação continuada dos professores é fundamental para garantir a qualidade da implementação da Educação Ambiental nas escolas. A pesquisa busca contribuir para a formação de professores, oferecendo uma sequência didática que pode ser adaptada e utilizada em diferentes contextos escolares. A pesquisa espera contribuir para o campo da Educação Ambiental ao apresentar uma proposta de sequência didática inovadora e eficaz para a promoção da Educação Ambiental Crítica. Os resultados da pesquisa poderão subsidiar a elaboração de políticas públicas e práticas pedagógicas que promovam a sustentabilidade e a justiça social. Além disso, a pesquisa poderá inspirar outros pesquisadores a desenvolverem estudos semelhantes em diferentes contextos.

A crise socioambiental contemporânea, marcada pela intensificação dos problemas ambientais e pelas desigualdades sociais, exige uma reflexão crítica sobre os modos de produção e consumo e a necessidade de promover mudanças profundas na forma como nos relacionamos com o meio ambiente. Como afirma Leff (2001), a racionalidade ambiental demanda a construção de novos paradigmas de conhecimento e de ação, que permitam superar a crise civilizacional e construir um futuro mais sustentável. Nesse contexto, a Educação Ambiental (EA) emerge como um campo de conhecimento fundamental para a construção de uma sociedade mais justa e sustentável. A EA busca promover a compreensão das relações entre seres humanos e meio ambiente, desenvolvendo valores, habilidades e atitudes que possibilitem a participação ativa na construção de um futuro mais sustentável. Conforme Guimarães (2009), a Educação Ambiental deve ser um processo de construção de cidadãos críticos e conscientes, capazes de transformar suas realidades e construir um futuro mais justo e sustentável. A Educação Ambiental Crítica (EAC), por sua vez, destaca-se por sua abordagem que problematiza as relações de poder e as desigualdades socioambientais, buscando promover a transformação social e a construção de uma cidadania ambiental ativa. Segundo Loureiro (2019), a EAC "não se limita à transmissão de conhecimentos sobre o meio ambiente, mas busca a transformação da realidade social, a partir da compreensão crítica das relações entre sociedade e natureza". Ao analisar a realidade de forma crítica, a EAC possibilita que os sujeitos compreendam as causas dos problemas ambientais e se envolvam em ações para a sua superação. No Brasil, a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA) estabelece como objetivo fundamental o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e complexas relações. No entanto, a implementação da PNEA ainda enfrenta desafios, como a falta de recursos, a formação inadequada dos professores e a fragmentação das ações. Conforme Guimarães (2012), a implementação da PNEA exige a superação de uma visão fragmentada e instrumental da educação ambiental, e a construção de uma perspectiva mais integral e transformadora. Diante desse cenário, a presente pesquisa tem como objetivo investigar a potencialidade de uma sequência didática investigativa na promoção da Educação Ambiental Crítica em uma escola pública localizada em uma comunidade de interesse social. A pesquisa busca responder à seguinte pergunta: Como uma sequência didática investigativa pode contribuir para o desenvolvimento de uma consciência crítica sobre os problemas socioambientais, para a promoção da participação cidadã e para a transformação das práticas sociais na comunidade escolar? Conforme Fiori (2008), a pesquisa-ação é uma metodologia que permite a produção de conhecimentos e a transformação da realidade de forma simultânea, promovendo a participação dos sujeitos envolvidos. A escolha pela pesquisa-ação como metodologia se justifica pela sua potencialidade em promover a transformação social e ambiental. Conforme Tripp (2017), a pesquisa-ação é um processo colaborativo que envolve pesquisadores e participantes em uma busca conjunta por soluções para problemas sociais. Ao envolver os estudantes em todas as etapas da pesquisa, busca-se fortalecer o seu protagonismo e promover a aprendizagem significativa. As tecnologias digitais oferecem novas possibilidades para a educação ambiental, permitindo o acesso a informações, a colaboração em rede e a criação de materiais educativos inovadores. Segundo Moran (2015), as tecnologias digitais podem potencializar a aprendizagem ao promover a interação, a colaboração e a construção do conhecimento de forma autônoma e significativa. A incorporação de ferramentas digitais na sequência didática poderá ampliar as possibilidades de interação e participação dos estudantes. A educação ambiental precisa considerar a dimensão afetiva dos sujeitos, buscando despertar a sensibilidade e o cuidado com o meio ambiente. Conforme Carvalho (2016), a educação ambiental deve promover a conexão dos indivíduos com a natureza, fomentando atitudes de respeito e cuidado com todos os seres vivos. A sequência didática proposta busca promover essa conexão, através de atividades que estimulem a observação da natureza e a reflexão sobre o papel do ser humano no meio ambiente. Os desafios da implementação da Educação Ambiental em escolas públicas são diversos, como a falta de formação dos professores, a resistência a novas metodologias e a falta de recursos. Conforme Dias (2019), a formação continuada dos professores é fundamental para garantir a qualidade da implementação da Educação Ambiental nas escolas. A pesquisa busca contribuir para a formação de professores, oferecendo uma sequência didática que pode ser adaptada e utilizada em diferentes contextos escolares. A pesquisa espera contribuir para o campo da Educação Ambiental ao apresentar uma proposta de sequência didática inovadora e eficaz para a promoção da Educação Ambiental Crítica. Os resultados da pesquisa poderão subsidiar a elaboração de políticas públicas e práticas pedagógicas que promovam a sustentabilidade e a justiça social. Além disso, a pesquisa poderá inspirar outros pesquisadores a desenvolverem estudos semelhantes em diferentes contextos.

Este trabalho apresenta o desenvolvimento e a aplicação do baralho educativo DESCARTA como ferramenta de gamificação para o ensino da gestão de resíduos sólidos na educação básica. A metodologia adotada envolveu a revisão bibliográfica, a elaboração do material com base na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), além da aplicação prática em escola da cidade de Olinda, Pernambuco. Durante a implementação, foram realizados testes práticos com estudantes e professores, acompanhados por questionários que avaliaram a eficácia do recurso didático. Os resultados indicaram um aumento significativo na conscientização ambiental dos alunos, além de uma melhora na compreensão de conceitos relacionados à sustentabilidade e à gestão responsável dos resíduos sólidos. O uso do baralho contribuiu para o engajamento dos estudantes, tornando o aprendizado mais dinâmico e interativo. A gamificação demonstrou ser uma estratégia pedagógica eficaz para incentivar a participação ativa dos alunos e promover uma aprendizagem significativa. Conclui-se que os jogos educativos podem ser ferramentas valiosas no ensino de educação ambiental, proporcionando aos alunos uma experiência lúdica que reforça conhecimentos teóricos e estimula a adoção de práticas sustentáveis. Recomenda-se a ampliação do uso dessa metodologia em diferentes contextos educacionais, aliada a estratégias de formação continuada para os professores, a fim de potencializar os impactos positivos dessa abordagem.

A descrição das espécies e a conscientização sobre os ecossistemas locais são fundamentais para a preservação ambiental e para a construção de uma sociedade mais sustentável. Este trabalho propõe a elaboração de um Guia Ilustrado dos Ecossistemas do Monte dos Guararapes e da Lagoa Olho D'Água, desenvolvido com a participação ativa dos estudantes do 7º Ano do Ensino Fundamental da Escola Vereador Antônio Januário, situada no município de Jaboatão dos Guararapes em Pernambuco. O produto educacional tem como objetivo principal sensibilizar os estudantes sobre a biodiversidade dos ambientes naturais do Monte dos Guararapes e da Lagoa Olho d’Água. A iniciativa está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente o ODS 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) e o ODS 15 (Vida Terrestre), que enfatizam a conservação da biodiversidade e a proteção dos ecossistemas. A construção do produto educacional foi estruturada em três fases: 1) Fase teórica, 2) Aula de campo, e 3) Produção do guia ilustrado. Na fase inicial, foi aplicado um questionário diagnóstico para avaliar o conhecimento prévio dos estudantes sobre os ecossistemas locais. A partir dos resultados, foram ministradas aulas interdisciplinares nas disciplinas de História, Ciências e Geografia, com foco na preservação ambiental dos locais estudados, preparando os estudantes para a aula de campo. Durante a atividade em campo, os estudantes tiveram a oportunidade de imergir nos ecossistemas do Monte dos Guararapes e da Lagoa Olho d’Água, identificando e documentando espécies da fauna e flora desses ambientes. Após a aula de campo, os estudantes participaram da produção do guia ilustrado, no qual ilustraram e descreveram as espécies observadas, incluindo informações sobre suas características biológicas, importância ecológica e status de conservação. O guia, além de ser um produto educativo, serve como uma ferramenta colaborativa e didática, ficando disponível no acervo escolar para futuros usos pedagógicos. Após a finalização da produção do guia, o questionário diagnóstico foi reaplicado para avaliar a evolução do entendimento dos estudantes sobre a importância da preservação ambiental. O produto educacional foi validado entre pares conforme os critérios da CAPES (Aderência, Impacto, Aplicabilidade, Inovação e Complexidade), possibilitando a avaliação da eficácia do produto em promover uma maior sensibilização ambiental entre os estudantes. Este trabalho contribui significativamente para a formação de uma percepção crítica sobre a preservação ambiental, incentivando os estudantes a se tornarem agentes ativos na proteção dos ecossistemas e alinhados aos ODS, promovendo a sustentabilidade local e global.

O uso inadequado das margens de rios pode levar à degradação ambiental, aumentando o risco de enchentes, erosão e comprometendo a qualidade da água, afetando especialmente as comunidades ribeirinhas. A Lei nº 2.651/2012 protege as Áreas de Preservação Permanente (APPs), que são zonas protegidas ao longo de corpos d'água, encostas e outros ecossistemas sensíveis, visando a conservação e prevenção de danos ambientais. A educação ambiental nas escolas é fundamental para sensibilizar os alunos sobre a importância das APPs, incentivando práticas de preservação e manejo sustentável. Ao integrar esse conhecimento ao currículo escolar, os estudantes aprendem sobre os benefícios das APPs na proteção dos recursos naturais, prevenção de desastres ambientais e melhoria da qualidade de vida das comunidades. O objetivo deste trabalho foi desenvolver uma sequência didática que auxilie o professor a aplicar o uso de geotecnologias, como o MyMaps, com o intuito de estimular práticas sustentáveis e o protagonismo juvenil, permitindo que os alunos apliquem o conhecimento adquirido em uma disciplina eletiva de ensino médio, com duração de vinte aulas. Com o uso do mapeamento colaborativo, o produto educacional foi desenvolvido com auxílio de estudantes do ensino médio de uma instituição pública de ensino do Estado de Pernambuco, ministrado como uma disciplina eletiva. Assim os estudantes puderam compreender, de forma interativa, os impactos ambientais resultantes do uso inadequado do solo, aproximando-os da realidade das comunidades ribeirinhas locais e envolvendo-os na construção do conhecimento.

O rio Ipojuca, um dos principais cursos d’água de Pernambuco, enfrenta graves problemas ambientais causados pelo despejo de esgoto doméstico, resíduos industriais e uso indiscriminado de agrotóxicos. Esse cenário compromete a biodiversidade, a saúde pública e a qualidade de vida das comunidades ribeirinhas. Diante disso, este estudo teve como objetivo desenvolver e implementar uma cartilha digital interativa como ferramenta de educação ambiental voltada para estudantes da Educação Básica, com foco na sensibilização e na promoção de práticas sustentáveis relacionadas à poluição do rio Ipojuca. A metodologia adotada baseou-se na pesquisa-ação com abordagem qualitativa, envolvendo estudantes do Ensino Fundamental II e Novo Ensino Médio do SESI Escada (PE) em todas as etapas de elaboração do produto, desde o levantamento teórico, análise ambiental, criação do layout, até a socialização do material. A cartilha incorporou elementos interativos, como quizzes, vídeos, imagens e propostas de atividades práticas, com o intuito de potencializar o aprendizado e engajar a comunidade escolar. A validação por professores da Educação Básica evidenciou aceitação unânime quanto à clareza, aplicabilidade e relevância pedagógica do material, destacando sua viabilidade para replicação em diferentes contextos. Conclui-se que a cartilha digital se configura como uma ferramenta eficaz para fortalecer a educação ambiental, promovendo a conscientização, o protagonismo estudantil e ações coletivas em prol da conservação dos recursos hídricos e da sustentabilidade local.

Este trabalho analisa criticamente os impactos socioambientais causados pela fábrica Fosforita Olinda S.A. (FASA) no bairro de Peixinhos, Olinda (PE). Embora economicamente relevante entre as décadas de 1950 e 1970, a atividade industrial degradou aproximadamente quatro quilômetros quadrados de área urbana, sem estudos de impacto ambiental ou ações de recuperação na época. A pesquisa, com abordagem interdisciplinar (ambiental, sociológica e jurídica), destaca a invisibilidade política e institucional do legado da FASA, que resultou no apagamento da sua história e da sua importância para o desenvolvimento agroindustrial do país, tanto nos registros oficiais quanto na memória coletiva da população de Olinda. Diante disso, o estudo propõe o resgate dessa história como um instrumento de justiça ambiental e social, buscando a mitigação dos danos ambientais. Para tal, defende a aplicação do Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) como ferramenta estratégica para a reabilitação ecológica da área afetada, alinhado a diretrizes legais e técnicas. Além disso, enfatiza a responsabilidade do município de Olinda na criação de políticas públicas sustentáveis que promovam o desenvolvimento urbano com justiça ambiental. Como produto técnico, sugere-se a elaboração de uma cartilha educativa e histórica sobre a FASA, seus impactos e legados, a ser incluída nos currículos das escolas públicas municipais de Olinda. O objetivo é fomentar o conhecimento das novas gerações sobre o território e seus processos históricos, promovendo a apropriação da identidade local e o engajamento na defesa do meio ambiente. Ao integrar memória, reparação, educação e gestão ambiental, o trabalho contribui para o debate sobre sustentabilidade urbana, em especial o ODS 15 (recuperação de ecossistemas terrestres), oferecendo subsídios para a reconstrução ambiental e a justiça histórica em contextos urbanos com passivos ambientais industriais.

A reserva ecológica Cova de Onça, situada na zona rural do município de Jaboatão dos Guararapes, no bairro do Curado III, com 569,69 hectares, encontra-se em região de urbanização desordenada e sua escolha como área de estudo se deve à significativa redução da cobertura vegetal. O objetivo desta pesquisa foi a elaboração da cartilha: Pé na trilha olho na Mata, Explorando a Cova de Onça, direcionada à prática de ensino em unidades escolares próximas à reserva, para a conscientização conservacionista da população local, através do uso de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs). Além disso, foram enumerados os potenciais problemas causadores da destruição da cobertura florestal. O produto tecnológico e pedagógico está diretamente relacionado à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), e aos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentáveis (ODS) previstos pela agenda 2030 das Nações Unidas (ONU), com destaque ao fornecimento de água potável e saneamento e desenvolvimento de cidades e comunidades sustentáveis, ações contra a mudanças global do clima e da vida terrestre. A cartilha está alinhada ao Projeto Estruturante N° 03, referindo-se, a Comunidades, Saúde e Ambiente, premissas fundamentais construídas ao longo dessa cartilha, enquadrando-se diretamente na corrente de educação ambiental: Conservacionista/Recursista, quando compactua dos princípios da conservação dos inúmeros recursos da natureza em qualidade e quantidade. O trabalho incluiu amplo diálogo com a população local através dos alunos como agente replicadores da iniciativa e esclarecimento sobre a manutenção dos recursos naturais e serviços ecossistêmicos. A cartilha indica alternativas para atenuar os efeitos antrópicos, incluindo o plantio de mudas nativas, descarte adequado do lixo, e cumprimento da legislação ambiental municipal, com o propósito de promover a educação ambiental para o desenvolvimento sustentável da área. O Produto Técnico e Tecnológico, a cartilha digital, foi validada por docentes da Unidade de ensino, Iraci Rodovalho, mediante formulário que se baseou nos critérios de avaliação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Levando-se em consideração as respostas apresentadas, o produto educacional obteve uma avaliação satisfatória. Por conseguinte, tal recurso de ensino-aprendizagem se mostrou um instrumento eficiente para o Ensino Fundamental II, no que se refere à Educação Ambiental.

O contexto pandêmico evidenciou gargalos na aprendizagem que vão desde a diminuição de vocabulário e de uma habilidade numérica até a analfabetização científica. A suspensão das atividades sociointeracionistas e falta de estrutura para o ensino remoto reduziu a zona de aprendizagem proximal e tempo de manuseio com recursos educacionais. Com a finalidade de recuperar a aprendizagem, reduzir abandono e evasão escolar e consolidar o ensino por evidências, o governo federal instituiu a Política Nacional para Recuperação das Aprendizagens na Educação Básica, fortalecendo as ações afirmativas contidas na Base Nacional Comum Curricular. Nesse sentido, o Ensino das Ciências Ambientais, assim como a BNCC, busca um multiletramento a partir de uma ecologia sensorial e coletiva, aproximando diferentes linguagens (verbal, visual, corporal, audiovisual) em um contínuo processo contextualizado e significativo. Fundamentado na teoria do desenvolvimento cognitivo de Jean Piaget e nas contribuições de Richard Lowe, que estuda o efeito das animações na educação, o objetivo do trabalho foi construir, aplicar e validar uma animação para o Ensino das Ciências Ambientais em uma turma do 3º ano do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais, articulando os conteúdos de Ciências da Natureza e suas Tecnologias, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com o incentivo da Práxis Ambiental no entorno da escola. A escola em questão está localizada no bairro de Santo Amaro, próximo ao Rio Beberibe, local onde os estudantes convivem e constroem sua noção da dinâmica ambiental. A animação foi depositada na Plataforma YouTube e apresentada aos estudantes que contribuíram com a criação dos personagens, cenários e roteiro e aos professores, que avaliaram a animação seguindo os critérios de produção técnica da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, a CAPES, baseados na potencialidade de transferência e construção de conhecimento da Animação. A Animação Flora atingiu os objetivos propostos e foi validada para uso educacional de forma profissional, conforme parâmetros nacionais.

Os problemas ambientais relacionados à gestão inadequada dos Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs) são crescentes. Em meio a este contexto, atividades/ações realizadas na escola que contribuam para a construção dos saberes necessários as boas práticas de sustentabilidade e sensibilidade ambiental são fundamentais. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo sensibilizar/conscientizar estudantes da educação básica da Escola Municipal Manoel da Rosa, do município de Paudalho – PE, sobre a Gestão dos Resíduos Orgânicos da escola, mediante a elaboração do Produto Técnico e Tecnológico (PTT) “Sequência Didática Resíduos Sólidos: ações sustentáveis voltadas para o ensino das ciências ambientais na educação básica”. O trabalho está estruturado de acordo com a Agenda 2030 da ONU, tendo como norteadores os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), ODS 2 - Fome Zero e Agricultura Sustentável; ODS 4 - Educação de Qualidade; ODS 6 - Água Potável e Saneamento; ODS 12 - Consumo e Produção Responsáveis; e que pudessem desenvolver competências que são previstas e estão descritas na Base Nacional Comum Curricular. Com a elaboração da sequência didática e a implementação de uma horta orgânica e de uma composteira na escola, pretende-se despertar o desenvolvimento da consciência socioambiental nos estudantes, a ampliação das discussões sobre educação ambiental e sustentabilidade, a reflexão acerca dos problemas gerados ao meio ambiente pelos Resíduos Sólidos Orgânicos e como estes podem ser solucionados a partir de práticas sustentáveis simples no ambiente escolar.

Os diretores das escolas públicas de Pernambuco indicaram três ‘gargalos’ da gestão hídrica nas escolas: 1° Como calcular a Pegada Hídrica na Escola? 2° Como avaliar as Ações Afirmativas que potencializam a Redução da Pegada Hídrica? 3° Como visualizar a Análise após a execução das Ações Afirmativas? Ações afirmativas são sequências didáticas que os professores utilizaram com produtos técnicos e tecnológicos construídos com a finalidade da educação hídrica dos alunos, a levar a uma práxis efetiva desta conscientização (e.g. redução no consumo). O objetivo geral deste Trabalho de Conclusão Profissional (TCP) foi a construção de uma ferramenta de cálculo e análise gráfica de avaliação da Pegada Hídrica na Escola, para certificação da efetividade de ações afirmativas. O procedimento metodológico seguiu basicamente três etapas: i) a construção de uma planilha dinâmica, ii) a aplicação de ações afirmativas, iii) a validação profissional da planilha. A planilha dinâmica denominada ‘Pegada Hídrica na Escola’ foi construída no editor de planilhas Excel no formato ‘.xlsx’ com as equações de pegada hídrica per capita por dia letivo. Ela foi concebida para ter cinco abas: aba 1) identificação do espaço escolar e créditos; aba 2) cálculo automático da Pegada Hídrica per capita; aba 3) cálculo automático da Pegada Hídrica per capita por turno; aba 4) cálculo automático da Pegada Hídrica per capita com a captação de água fora do sistema de abastecimento; e aba 5) cálculo automático da Pegada Hídrica per capita com análise da implementação da ação afirmativa. Os principais resultados deste TCP foram: i) a Planilha Dinâmica para cálculo automático da Pegada Hídrica na Escola foi construída, validada e bem avaliada pelos gestores educacionais; ii) os gestores educacionais conseguiram de forma intuitiva calcular a Pegada Hídrica na Escola; iii) as ações afirmativas foram efetivas, em todos cenários (mesorregiões de Pernambuco) de sua aplicação, resultou na redução da Pegada Hídrica na Escola; e iv) por Mesorregião, alguns produtos técnicos e tecnológicos foram mais significativos para o aumento da amplitude do balanço hídrico (maior redução do consumo hídrico).

Segundo Freire, a educação problematizadora tem por objetivo tornar o aprendiz transformador ativo de sua realidade social. Alinhada aos pensamentos de Freire, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) afirma que a educação deve promover ações e valores que tornem a sociedade mais humanizada e preocupada com a preservação da natureza. Dentre as dez competências gerais da educação básica, a BNCC trata da competência de argumentar utilizando fatos e fontes confiáveis e também de utilizar ou criar Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação (TDIC) nas diferentes práticas pedagógicas. Nesse sentido, a FlexQuest, recurso de hipermídia e estratégia didática, que utiliza de notícias reais provenientes da internet para a articulação do conhecimento de maneira aprofundada, é um exemplo de TDIC, fundamentada na Teoria da Flexibilidade Cognitiva (TFC). A TFC trata da capacidade do aprendiz de superar os processos de memorização de um determinado conhecimento, ao buscar reestruturá-lo e aplicá-lo, em níveis de maior complexidade, na solução de desafios da vida cotidiana. Nessa direção, o presente trabalho tem por objetivo elaborar uma FlexQuest, a PetroFlex, para promover a flexibilização de conhecimentos por parte dos estudantes a partir da abordagem do contexto do derramamento de óleo nas praias da costa brasileira que se iniciou em agosto de 2019. Busca-se utilizar, de maneira interdisciplinar os conhecimentos de Química, Educação Ambiental, Economia, Política, Saúde, Geografia e Biologia. O produto PetroFlex, foi elaborado na plataforma gratuita da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) criado pelo grupo Semente da mesma instituição. Ao aplicar o produto em turma do 3º ano do ensino médio da rede pública, localizada na região metropolitana do estado de Pernambuco, foi possível perceber indícios de que a proposta pôde enriquecer e (re)construir os conhecimentos dos estudantes a cerca do tema, proporcionando aos mesmos a flexibilização e ampliação de sua estrutura cognitiva.

 Os serviços ecossistêmicos das árvores em áreas urbanas beneficiam tanto o equilíbrio ambiental quanto a saúde e o bem-estar das populações. Contudo, o crescimento das cidades reduz as áreas naturais, prejudicando esses serviços e agravando problemas como a poluição e o aumento de temperatura. Portanto, é urgente valorizar e ampliar os elementos naturais nas cidades, especialmente as árvores, que garantem a continuidade dos serviços ecossistêmicos essenciais à qualidade ambiental e de vida. Visando sensibilizar a comunidade sobre a importância das árvores urbanas, foi desenvolvida uma proposta educativa interdisciplinar. Uma Sequência Didática (SD) foi elaborada para permitir que estudantes de diversas disciplinas vivenciem competências relacionadas à Educação Ambiental, conforme as diretrizes da BNCC, a Política Nacional de Educação Ambiental e os ODS. A SD foi aplicada com estudantes dos 6º, 7º e 8º anos da Escola Municipal Alice Vilar de Aquino, em Jaboatão dos Guararapes-PE. A interação com os estudantes e as entrevistas com os professores foram cruciais para a finalização do produto técnico-tecnológico. A prática com os estudantes permitiu a aplicação dos conceitos, enquanto as sugestões dos educadores ajudaram a entender melhor as necessidades pedagógicas e os desafios escolares. Este processo colaborativo resultou na criação da SD interdisciplinar por meio da cartilha "Árvores Urbanas: Guardiãs da Vida", promovendo uma conscientização significativa sobre a importância das árvores urbanas. 

Promover o uso de um recurso tecnológico voltado a temática ambiental tem como base a inserção de práticas pedagógicas inovadoras, ligadas a importância de se intensificar o debate sobre o estudo das ciências ambientais. Neste sentido, busca-se minimizar os impactos gerados pela ação antrópica, principalmente quando nos deparamos com a necessidade de instruir, convencer e motivar a população, através da realização de forma correta o descarte dos seus resíduos sólidos. Dessa forma este trabalho busca o desenvolvimento de um aplicativo, que possa fazer o usuário refletir, se sensibilizar e ainda ser guiado aos locais adequados de descarte de pilhas e baterias. No tocante ao aprendizado e reflexão, o aplicativo indica aos seus usuários as bases legais e de contexto social, com a finalidade de demonstrar a importância e responsabilidade que envolvem os assuntos relacionados a educação ambiental. A importância do alerta para o descarte correto de pilhas e baterias se apoia no fato de que tais descartes são nocivos à saúde humana e que podem desenvolver patologias severas para a população. Além disso, o recurso tecnológico “Pilhados na Reversa” é um aplicativo que também proporciona a explação do conhecimento dos usuários, introduzindo as diretrizes dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) como a ODS3 (Saúde e bem-estar) e ODS6 (Água potável e saneamento) e ODS11 (Cidades e comunidades sustentáveis). O aplicativo foi desenvolvido com diversos recursos, que proporcionam muito mais que um dispositivo mobile, pois ele também se propõe a ser de fácil utilização, aliando os recursos de geolocalização, aptos a cadastrar os locais corretos de descarte com ênfase nos municípios pernambucanos de Igarassu e Itapissuma, e direcionar os usuários a depositar pilhas e baterias já utilizadas de forma apropriada. O planejamento, desenvolvimento e construção do aplicativo, tem como maior objetivo facilitar o acesso e expandir o ensino das ciências ambientais em escolas de ensino médio, com o intuito de desenvolver não apenas cidadãos críticos, mas agentes multiplicadores e modificadores na sociedade.

Este trabalho tratará das áreas de exceção existentes no município de Gravatá, PE. Áreas de exceção são aqueles espaços geográficos que apresentam valores pluviométricos e de umidade, de uma maneira geral, que as individualizam com vegetação de florestas subcaducifólias a subperenifólias em pleno domínio das caatingas hipoxerófilas. Representam espaços estratégicos, do ponto de vista ambiental, por contemplarem uma rica biodiversidade e conterem um número expressivo de nascentes que alimentam riachos que compõem a drenagem de primeira ordem. Como modelo para ser abordado e utilizado pelos professores de Geografia e Ciências, foi escolhida a Reserva Benedito, situada no município de Gravatá (PE), em que existem, ainda, restos da primitiva cobertura florestal, mas que se encontra com uma zona de amortecimento no entorno que poderá por em risco a existência da referida reserva. O ensino de caráter geoecológico e geoambiental reveste-se de particular importância, à medida que poderá desenvolver nas crianças e adolescentes da área e do município, com a colaboração dos docentes do município, uma concepção científica de mundo e uma atitude de conservação e/ou preservação da natureza, sobretudo das áreas de exceção.  No que se refere à prototipação, o uso de drone na produção de um vídeo como recurso didático, sendo ferramenta de auxílio na transmissão de conteúdos relacionados à preservação e conservação das matas úmidas. No capítulo, serão consideradas as seguintes dimensões de ensino, a saber, conceituais (o que ensinar), procedimentais (o que utilizar e como ensinar) e atitudinais, a partir de exemplos significativos extraídos da área de estudo, que é a Reserva Benedito, onde se pretende realizar um estudo referente às áreas de exceção que viabilize um conjunto de ações educacionais voltadas para a formação de um caráter ambiental para os jovens estudantes, bem como para toda a comunidade, interessados em preservar e conservar estes espaços úmidos do semiárido pernambucano, no agreste central.

O aumento populacional aliado à produção e consumo excessivo de bens, faz gerar resíduos que se tornam cada vez mais visíveis e prejudiciais ao meio ambiente. A Educação Ambiental (EA) é a principal ferramenta de mudança ambiental, considerada a base para o desenvolvimento de uma opinião crítica que engaje os cidadãos na abordagem das questões relacionadas aos resíduos sólidos, desde a geração até a sua disposição final. Assim, é fundamental que a noção de preservação ambiental seja trabalhada desde a tenra idade, sendo complementada e aperfeiçoada na escola, pois enfatiza o seu papel em relação à formação de cidadãos críticos e proativos. Dessa forma, o jogo educativo constitui um importante recurso pedagógico para o desenvolvimento destas habilidades. A pesquisa, de cunho quantitativo, foi realizada na Escola João Paulo I, situada em Jaboatão dos Guararapes-PE e teve como produto final um jogo de tabuleiro pedagógico inclusivo sobre o meio ambiente, coleta seletiva e correta destinação de resíduos sólidos (brinquedo físico). A metodologia aplicada, consistiu, inicialmente, na aplicação de uma entrevista dirigida aos funcionários da escola e, posteriormente, com os alunos e comunidade entorno com a finalidade de analisar a percepção que eles têm sobre a prática da educação ambiental. Em seguida, foi levantado quantitativamente os resíduos sólidos produzidos pela comunidade escolar, juntamente com a realização de um debate com os alunos acerca de conceitos desta temática. Posteriormente, foi promovido uma oficina na escola sobre reciclagem e reutilização dos resíduos sólidos, onde o aluno produziu um produto reciclável e pôde levar para sua residência. Por fim, foi criado o jogo de tabuleiro com conceitos ambientais, com a finalidade de verificar didaticamente a compreensão dos alunos a respeito desta temática. Os resultados comprovaram que o produto final foi de grande valia para os estudantes, visto que todos os professores entrevistados concordam que o jogo explica de forma didática as questões ambientais, além de proporcionar mudanças de atitude com relação ao descarte incorreto dos resíduos, romper com as metodologias tradicionais e ser de fácil aplicação, compreensão e inclusão.

A percepção ambiental é hoje uma ferramenta que funciona para permitir a sensibilização do indivíduo, possibilitando às pessoas uma mudança de hábitos e ações acerca do meio ambiente. Nesse sentido, o presente trabalho visa detectar a percepção de moradores próximos a barragem: Pirapama. O rio Pirapama fica localizado no Cabo de Santo Agostinho, zona da Mata de Pernambuco, com capacidade de acumular 61 milhões de metros cúbicos de água. Portanto, a demanda socioambiental do produto é levar à prática da reflexão da poluição das águas nas barragens, onde a educomunicação faça a mobilização e desperte interesse entre estudantes e educadores para a formação da consciência ambiental. A finalidade deste produto leva a uma didática de ensino com as criações de “podcasts” por estudantes, professores e comunidade próxima à barragem. Os objetivos são: promover acesso e conhecimento sobre o histórico das barragens e como a mesma se encontra atualmente; analisar a percepção ambiental sobre a poluição hídrica da barragem; e promover a interdisciplinaridade envolvendo os docentes de diversos componentes curriculares para contribuírem com diferentes olhares acerca do tema. A elaboração do produto consiste na coleta de dados realizada por meio de entrevistas, questionários semiestruturados, anotações e gravações com os residentes próximos à barragem e desenvolvimento de uma série de podcasts com estudantes em sala de aula da escola de referência EREM Desembargador Antônio da Silva Guimarães localizada na cidade de Pontezinha, em Pernambuco. A criação dos podcasts foi pensado no sentido de inclusão deste recurso tecnológico de grande potencial pedagógico, muito flexível e de fácil acesso. A série de podcasts serão divulgados no Instagram da escola, YouTube e todas as plataformas de Podcasts. Os resultados esperados se dão pela efetivação da aprendizagem no que concerne ao meio ambiente e poluição das águas, a consciência do indivíduo para com o meio ambiente, e ampliação da visão sobre os serviços ecossistêmicos e as questões ambientais diante das interações antrópicas.

Vários são os instrumentos utilizados para o desenvolvimento da Educação Ambiental, entre eles o emprego das Histórias em Quadrinhos (HQs), considerada um material didático, lúdico, servindo como apoio em espaços formais e não - formais de aprendizagem. O objetivo geral do presente trabalho foi desenvolver uma Cartilha em Quadrinhos, intitulada “A Magia Mangal em: Salvando o Manguezal”, que versa sobre a importância e necessidade de conservação do ecossistema manguezal, e que servirá como instrumento para uma educação ambiental transformadora e para potencializar a aprendizagem significativa. A validação do Produto Técnico Tecnológico, a cartilha em quadrinhos, foi realizada por professores/as da educação básica, dos diversos componentes curriculares utilizando a abordagem metodológica quali - quantitativa, mediante aplicação de um formulário estruturado, no formato digital, criado através do Google Forms e encaminhado a grupos virtuais de professores e escolas, por meio do aplicativo whatsApp. Os professores/as validaram a cartilha em quadrinhos como um produto técnico tecnológico, que seguiu todos os critérios estabelecidos pela CAPES, considerando que pode ser utilizado como recurso em seus processos de aprendizagem relacionados à Educação Ambiental, além disso, também caracterizarem a cartilha como um material lúdico, com ilustrações de qualidade, de fácil compreensão e que possui clareza na linguagem e termos utilizados.

O crescente consumismo e uso de materiais descartáveis aumentaram significativamente a poluição ambiental e suas consequências maléficas para a saúde humana e dos ecossistemas. Para a solução dessa problemática é fundamental a gestão adequada dos resíduos sólidos. A escola é parte estratégica dessa solução, uma vez que é a instituição capaz de promover sensibilização e aprendizados em ampla escala. Nessa perspectiva, este trabalho tem como objetivo desenvolver um Plano Pedagógico Multidisciplinar de Gerenciamento de Resíduos Sólidos aplicado ao ensino formal, de forma a contribuir com a construção de um conhecimento comprometido com a sustentabilidade ambiental, social e econômica da comunidade escolar. Para a criação do plano que está inserido na cartilha foram feitas entrevistas com os profissionais da educação, de modo a conhecer os desafios, potencialidades e possíveis ações pedagógicas dentro de suas áreas de atuação. A entrevista foi realizada com 113 profissionais da educação incluindo professores, gestores e coordenadores pedagógicos, de diferentes áreas de conhecimento, distribuídos em 89 escolas de 40 municípios de 6 estados brasileiros. A ideia da entrevista foi obter subsídios para elaborar o Plano Pedagógico a partir das experiências dos próprios professores e demais profissionais da educação, além de saber como essa temática pode se tornar uma ferramenta pedagógica nas escolas. O Plano Pedagógico foi avaliado em relação a sua aplicabilidade, multidisciplinaridade e aderência às aulas e às atividades desenvolvidas pelos professores e pela escola. A análise revelou uma contribuição do plano pedagógico para a percepção das necessidades e dos problemas socioambientais e propostas de soluções. O plano pedagógico foi avaliado como um material didático que potencializa o trabalho docente, possibilitando mudanças de atitudes que podem efetivamente colaborar com a redução e melhor gestão dos resíduos e melhor uso dos recursos naturais.

O referido projeto tem como objetivo apresentar uma seleção de sequências didáticas sobre a Chapada do Araripe, que serão construídas a partir de uma ferramenta participativa com professores das escolas atendidas, visando melhoria da educação ambiental nas escolas das cidades que estão inseridas na microrregião do Araripe. Estas serão desenvolvidas por professores das escolas SESI – Araripina e Escola Eduardo de Souza Carvalho. As sequências didáticas serão produzidas com base nos documentos norteadores BNCC, organizadores curriculares do estado de Pernambuco, visando uma adaptação destes para a realidade da chapada do Araripe, no lado pernambucano. Apresenta-se como uma oportunidade de revisão de práticas sobre educação ambiental no ambiente escolar, e um fortalecimento das mesmas nas comunidades locais. Será feito um levantamento de dados junto com professores para entender como eles planejam suas aulas, e se utilizam de instrumentos da sua localidade para abordagem de impactos ambientais a partir do micro para o macro. Dos temas trazidos pelos professores serão selecionados os que mais surgirem como prioritários e com isso serão construídas as sequências didáticas prioritárias para o local. E apresentação de sugestões de sequências didáticas que serão desenvolvidas e aplicadas nas aulas de Ciências e Geografia, que atendam o caráter investigativo na construção do conhecimento e possam subsidiar as ações de melhorias de impactos ambientais. As mesmas ficarão hospedadas de forma virtual e física nos ambientes das referidas escolas. A fim de oportunizar a aplicação de conhecimentos para professores e alunos a respeito de impactos antrópicos na chapada do Araripe, lado de Pernambuco, e que fortaleçam a prática de educação ambiental tanto nas escolas como nas comunidades envolvidas.

Diante de tudo que temos observado acerca das mudanças climáticas, influenciadas pela degradação do meio ambiente, tendo a ação do homem como agente principal, se faz urgente investir, refletir, mudar pensamentos, práticas e realizar um trabalho voltado para as crianças, no que se refere às práticas sustentáveis. Nesse contexto, a escola tem papel essencial na sensibilização das crianças e seus responsáveis para adoção de práticas que mitiguem os danos causados ao planeta, visando mais equilíbrio do ponto de vista ambiental. O objetivo deste trabalho foi desenvolver, como produto educacional, uma sequência didática interdisciplinar e lúdica sobre separação de resíduos sólidos dentro do contexto escolar e construção de brinquedos, tendo como finalidade contribuir para o desenvolvimento de competências na educação infantil. Para atingir tais objetivos, foi aplicada a sequência didática com os alunos da educação infantil, com idade entre 3 e 4 anos, na Creche Emanuel que é um anexo da Escola Municipal Brites de Albuquerque no Município de Olinda. O produto educacional promoveu um novo olhar voltado à questão ambiental e refletiu sobre o que podemos fazer para diminuir os impactos ao meio ambiente, tendo a criança como multiplicadora de boas atitudes. Os objetivos educacionais propostos foram alcançados de forma significativa, onde os alunos foram inseridos nesse universo da coleta seletiva de forma lúdica e a aprendizagem se deu de forma prazerosa, com descobertas, engajamento, diversão, com ênfase no desenvolvimento da linguagem oral, a criatividade, a socialização e o respeito à diversidade.

A História em Quadrinhos (HQ), é uma ferramenta de grande importância no ensino aprendizagem dos alunos, que faz uso de imagens associadas a textos, possui linguagem simples e informal, inserindo onomatopeias, formas regionais e gírias, que comunica ao leitor o contexto social dos personagens, de acordo com sua forma de se expressar, fazendo deste um instrumento atrativo aos alunos por se identificarem com algum aspecto da HQ. O uso dessa ferramenta auxilia no desenvolvimento da criticidade dos alunos tornando os mais observadores, por ser um recurso multidisciplinar os alunos passam a observar o ambiente em que vive a partir de outra perspectiva, incentivado a participar de forma ativa das problemáticas socioambientais, passando a elaborar soluções para tais. A partir disso foi criada uma História em Quadrinhos onde se passa na cidade de Itapissuma, cujo recursos naturais fazem parte de uma Área de Proteção Ambiental, denominada APA de Santa Cruz, abordando o termo Resíduos Sólidos e seus impactos na conservação de uma espécie de Guaiamum, o Cardisoma guanhumi. A HQ Férias Ecológicas contempla alguns objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, como educação de qualidade, cidades e comunidades sustentáveis, consumo e produção responsáveis, vida na água e vida na terra. Esse trabalho foi realizado na escola municipal de Abreu e Lima, Reunidas Santa Rosa, com professores polivalentes e alunos de duas turmas do quarto ano do ensino fundamental de dois turnos. Os resultados mostraram que a HQ é muito eficiente na comunicação de informações importantes que estão atreladas ao nosso dia-a-dia, porém é necessário levar em consideração a linguagem e o tipo de ilustração para cada faixa etária. O enriquecimento intelectual adquirido pelo uso da HQ em sala de aula, se dá a partir do posicionamento dos alunos e professores a respeito do tema abordado, com o intuito de melhorar as condições ambientais através do conhecimento adquirido pela ação. A HQ é uma ferramenta atual que contribui para o ensino e a integração do aluno como sujeito ativo do ambiente em que vive.

Os recursos tecnológicos são ferramentas essenciais para contribuir com o ensino e a aprendizagem, criando novas possibilidades de conhecimento. Diante disso, o objetivo geral desta pesquisa é produzir podcast como recurso tecnológico para o ensino e a aprendizagem acerca da sustentabilidade hídrica no Ensino Fundamental anos finais, para o uso racional da água. Visto que o uso inadequado dos recursos hídricos, somado ao efeito trazido pelas mudanças climáticas, tem ocasionado períodos de seca e, consequentemente, a indisponibilidade hídrica levando à escassez desse recurso fundamental para a sobrevivência da humanidade. O produto educacional intitulado ÁguaCast está em consonância com a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, ao trabalhar com os ODS 6- Água Potável e ODS 4- Educação de Qualidade. Quanto aos procedimentos essa é uma pesquisa ação e foi aplicada com uma abordagem qualitativa. A pesquisa foi desenvolvida na Escola Municipal Terezinha Barbosa da Costa e Silva, localizada no município de Bom Jardim, que faz parte da mesorregião do Agreste Sententrional de Pernambuco. O Produto Técnico e Tecnológico (PTT) ÁguaCast foi aplicado na Segunda Semana de Ciências e Tecnologia da referida escola para os estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental. A validação do produto educacional foi realizada por docentes da Educação Básica, através de um formulário contendo perguntas baseadas nos critérios de validação da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Através das respostas obtidas observou-se que o produto técnico e tecnológico Águacast teve ótima avaliação. Dessa forma, o Águacast é um eficiente recurso pedagógico para o ensino e aprendizagem acerca da sustentabilidade hídrica nos anos finais do Ensino Fundamental.

Os E-books são projetados para dar a possibilidade de serem acessados através de qualquer dispositivo eletrônico como celulares, tabletes e computadores, sendo necessário apenas a conexão com a Internet para baixá-lo ou visualizar algum recurso através de links, sem contar o baixo custo de produção e o acesso a recursos audiovisuais. O objetivo geral desta pesquisa foi desenvolver um e-book como estratégia para formação de professores da educação básica em sustentabilidade ambiental e surgiu como proposta para oferecer uma experiência de ensino e aprendizagem através de um recurso de baixo custo e completo. Como desdobramento a pesquisa teve uma abordagem do tipo qualitativa. O e-book será disponibilizado no repositório da Universidade Federal de Pernambuco-UFPE e através de link para baixá-lo, o qual trouxe um caráter mais sustentável para contribuir com as metas globais da Organização das Nações Unidas-ONU como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis 06 que diz respeito a Água e Saneamento e 11 que trata de Cidades e comunidades sustentáveis. É necessário que os docentes tenham contato prévio com os conteúdos e saiba aplicá-los com criticidade e autenticidade, contudo o E-book traz a propostas de artefatos pedagógicos eficientes de como abordar a temática, além de atividades e práticas pedagógicas que poderão ser utilizadas nos itinerários formativos para contextualização do tema transversal meio ambiente/ sustentabilidade ambiental. Acreditamos que este estudo foi de grande impacto na formação continuada de professores da educação básica, uma vez que apresenta uma metodologia inovadora que contribui para nortear o sucesso do modelo de e-book aqui apresentado.

A prática docente na educação não formal e na educação popular são tarefas cheias de nuances, pois podem abranger uma diversidade em idade do público, nível de escolaridade, ambientes de trabalho e assuntos abordados. O alcance de objetivos pedagógicos na educação não formal, não passa necessariamente pelo desenvolvimento curricular e por métodos didáticos bem definidos para o desenvolvimento e avaliação das atividades. Por isso, em atividades educacionais populares não formais, há uma carência de métodos e parâmetros didáticos que auxiliem os educadores e os educandos a alcançarem objetivos de aprendizagem. Neste âmbito das atividades pedagógicas se encontram as oficinas de educação popular que trabalham tecnologias sociais. As tecnologias sociais em si possuem grande potencial transformador e são ferramentas chaves para as classes populares. Porém, se o processo didático que envolve o ensino das tecnologias sociais não for suficientemente robusto, os objetivos de aprendizado podem ser prejudicados e assim também a multiplicação das mesmas. Assim, foi desenvolvido o “Manual Técnico-Pedagógico para produção de Tijolos Ecológicos”, o qual proporciona uma abordagem pedagógica dos tijolos ecológicos enquanto tecnologia social, bem como aborda os métodos didáticos para o pleno alcance dos objetivos de ensino e aprendizagem em atividades de educação popular. O tijolo ecológico pode ser uma valiosa ferramenta para a diminuição dos impactos ambientais gerados pela construção civil e,  se tratando de tecnologia social, exercendo também importante função na habitação social, ao promover autoconstrução e melhoria na qualidade das habitações populares. O presente Produto Técnico ou Tecnológico (PTT) foi desenvolvido com o objetivo de ser usado como ferramenta pedagógica no auxílio aos educadores e educandos que vivenciam a educação popular e a multiplicação de tecnologias sociais. É e esperado que o desenvolvimento desta ferramenta contribua com o fortalecimento de atividades didáticas em educação popular e a disseminação de tecnologias sociais de elevado benefício socioambiental, como são os tijolos ecológicos.

O presente trabalho visa compreender as condições de produção de farinha mandioca em Feira Nova/PE, bem como sensibilizar os discentes para a conscientização na preservação do meio ambiente, por meio de sugestões como descarte correto e reutilização dos resíduos da produção de farinha de mandioca, incluindo a Educação Ambiental. O produto final foi um vídeo curta-metragem contando a história da cadeia produtiva da mandioca, desde a sua plantação até o beneficiamento da farinha, com uma linguagem acessível e inclusiva, valorizando a cultura, ressaltando o tripé: Segurança Alimentar, Trabalho e Meio Ambiente. Este estudo caracterizou-se como exploratório e descritivo, sendo adotados os seguintes procedimentos metodológicos: levantamento bibliográfico, registros fotográficos, entrevista com representante da Coopffen – Cooperativa dos Produtores de Farinha de Mandioca e seus derivados do Município de Feira Nova. Como resultado, pretende-se visibilizar as condições de trabalho, o destino dos resíduos, tendo como pegada ecológica (PE) o impacto ambiental causado pela mandiocultura. Além disso, valorizar o resgate histórico e a importância da conservação e o uso sustentável da mandiocultura, incentivar a segurança alimentar, a geração de renda e a inclusão social de forma digna e humanitária, respeitando o meio ambiente.

Por muitos anos, a área que engloba a Bacia Hidrográfica do Rio Jaboatão sofreu com a degradação ambiental. A poluição do rio, o desmatamento, a ocupação humana de forma errada, os despejos de esgotos, tudo isso contribui para a poluição e destruição de ecossistemas da região. Infelizmente, esse não é um problema isolado do município de Jaboatão dos Guararapes, mas, uma situação adversa que diversas sociedades pelo mundo acabam sofrendo: a crise ambiental. Tal problemática acaba gerando dificuldades que atingem indireta e diretamente os cidadãos. Para que os danos sejam atenuados, é preciso que pessoas sejam sensibilizadas para criação de novos hábitos sustentáveis. Com isso, a inclusão da educação ambiental na escola traz a possibilidade de uma maior interação dos discentes com a natureza, tornando-os protagonistas na preservação do meio em que estão inseridos. O objetivo deste trabalho consiste na sensibilização dos alunos de Jaboatão dos Guararapes-PE a partir do resgate da História Socioambiental do município materializado num aplicativo educacional. Este trabalho foi realizado em dois ambientes, na Escola Municipal Castelo Branco, localizada no Bairro de Vila Rica, município de Jaboatão dos Guararapes e nas proximidades do Rio Jaboatão. Mesmo sendo um ambiente que faz parte da vida das pessoas que residem na região, a preservação do Rio Jaboatão e de seus recursos naturais estão longe de ser alcançada. O aplicativo educacional proposto foi elaborado para turmas do Ensino Fundamental II, de 6.º a 9.º ano, com idades entre 10 e 15 anos. A proposta foi utilizar o aplicativo nas aulas de História, Geografia e Ciências, despertando o aluno para a História Ambiental, a preservação dos ecossistemas da região, práticas sustentáveis e o entendimento de que o Rio Jaboatão é um capital natural e que é possível fazer uso de seus recursos naturais sem poluí-lo. No aplicativo foram representados temas como História Ambiental, Educação Ambiental, poluição dos rios, Mata Atlântica, Bacia Hidrográfica do Rio Jaboatão, importância da Educomunicação e da Ecoalfabetização. Inicialmente, o produto seria aplicado os discentes do 6.º ano do ensino fundamental, porém, devido à pandemia do covid-19, o município de Jaboatão dos Guararapes teve suas aulas presenciais suspensas, retornando apenas em novembro de 2021 e em sistema de rodízio. Desta forma, o produto final teve que ser validado por professores, que, em sua maioria validou o aplicativo de forma positiva, informando que replicaria com os demais docentes. O contato com a temática meio ambiente e práticas sustentáveis trouxe o desenvolvimento de novas atitudes para a preservação dos recursos naturais.

Ações para o enfrentamento da crise ambiental vivenciada estão presentes em diversas conferências globais, em especial da Agenda Mundial organizada pela Cúpula das Nações Unidas em que deu origem a 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável. Com destaque a ODS 12, que propõe ‘Assegurar padrões de produção e de consumo sustentáveis’, o presente trabalho foi norteado em busca de soluções sustentáveis para o ambiente, por meio da educação, ao modelo convencional de produção agrícola através do emprego dos denominados Sistemas Agroflorestais (SAF). Os SAF são trazidos como resposta a essa demanda, fundamentada no cultivo de espécies agronômicas em conjunto com a construção de uma floresta, produzindo colheitas de forma sustentável e propõem manejos baseados na sucessão de espécies vegetais. Dessa forma, o presente trabalho teve como objetivo desenvolver um jogo digital que simule o processo de sucessão ecológica em um Sistema Agroflorestal. O game para smartphones “Go.Floresta” foi desenvolvido na plataforma Unity, um software para o desenvolvimento e programação por meio de APIs (Interface de Programação de Aplicações) de códigos abertos e interface baseada em modelos Voxel, atribuindo noções de volume para pixels. Dada a partir da Agroflesta Experimental da UFPE - SAFe UFPE para estudantes do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. Com o intuito de cumprir com o rigor científico que uma investigação exige, a abordagem da pesquisa foi qualitativa e quantitativa, tomando como referência as ideias de Lüdke e os critérios da CAPES. A proposta do jogo com o tema Permacultura e Desenvolvimento Sustentável foi simular o processo de recuperação sustentável de uma área degradada, por meio do plantio adequado de espécies vegetais. Propomos o uso do jogo trazendo princípios da gamificação como proposta para a alfabetização científica e sensibilização com desafios, estratégias e recompensas, onde o jogador recuperava uma área devastada através do plantio de novas espécies controlando a distribuição das plantas, realizando podas e trocas de sementes, assim como em uma agrofloresta. Portanto, consideramos o game Go.Floresta, como um recurso tecnológico de aprendizagem móvel, que oportuniza o docente a interagir com seus estudantes, promovendo o diálogo e engajamento nas atividades do game, que contribuem para o conhecimento sobre sucessão ecológica.

Em meio à ascensão das tecnologias móveis, temos que encontrar práticas pedagógicas inovadoras que dialoguem com a atualidade, rompendo o predomínio da escrita tradicional na construção e transmissão de conhecimento. Assim, foi feita uma coleta de dados com os alunos dos 2° Anos do Ensino Médio do Colégio Imaculado Coração de Maria, onde a pergunta principal era: “Quais problemas são acarretados com os repetidos casos de alagamentos no entorno da Cidade de Olinda?”. A partir do reconhecimento dos contextos da realidade da comunidade escolar e das abordagens observadas e relatadas pelos estudantes em decorrência dos alagamentos, destacam-se as doenças transmitidas em ambientes aquáticos como: leptospirose, esquistossomose, dentre outras. Promovendo não apenas a sensibilização ambiental para conservação do meio ambiente e da saúde coletiva, mas também contribuindo para criação de laços identitários referentes à comunidade, surgiu a ideia de criar um aplicativo on-line para ser usado em smartphones e tablets com o objetivo de relatar, informar, localizar e prevenir a transmissibilidade das infecções. Na produção do mobile app, foi utilizado o aplicativo Thunkable, desenvolvido pelo MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), no qual se utilizam block`s de comando para codar (ato de criar códigos), foi utilizado também o fire base da Google, o qual disponibiliza um banco de dados gratuitos com a parceria do Thunkable. O trabalho foi moldado em uma pesquisa-ação dividida em quatro etapas: 1. Explorativa (identificação dos principais locais de alagamento), 2. Pesquisa (aquisição de conceitos científicos), 3. Ação (elaboração do aplicativo), 4. Qualificação (visa a validar o produto) o produto foi validado por toda a comunidade escolar. Espera-se que o recurso tecnológico contribua de forma expressiva na mudança de hábitos ambientais e no ensinoaprendizagem proporcionando uma mudança de postura da comunidade escolar perante o Meio Ambiente, Saneamento Básico, Saúde Coletiva. O produto educacional digital produzido está disponível nas plataformas para ser baixado gratuitamente. Futuramente, aperfeiçoamentos podem ser realizados com a intenção de inserir outras funcionalidades que reflitam ainda mais em ações de educação em saúde.

Durante o desencadeamento do Trabalho de Construção Profissional (TCP) serão abordados alguns dos aspectos responsáveis pelo processo de degradação socioambiental do Sítio Arqueológico do Arraial do Novo Bom Jesus. Local utilizado como ponto de partida no movimento que promoveu a expulsão dos holandeses da Capitania de Pernambuco no século XVII. O patrimônio está localizado no bairro dos Torrões, zona Oeste da cidade do Recife, em meio a uma praça pública. Na atualidade, ainda é possível visualizar algumas evidências da fortificação, por meio de seus baluartes, onde em um deles encontra-se fincado um monumento de granito criado no ano de 1872 pelo Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano (IAHGP), e uma abertura de um possível fosso. A pesquisa teve como objetivo fomentar ações educativas no sentido de desenvolver ferramentas de proteção ambiental e sustentabilidade, reduzir o uso indevido do espaço a partir do desenvolvimento de uma nova consciência ambiental e resgatar a memória histórica do patrimônio responsável por importante contribuição identitária da sociedade pernambucana. A estrutura metodológica foi pautada seguindo o levantamento de informações por meio das vinte visitas ao sítio, onde os espaços foram mapeados e comparados com dados extraídos de fontes bibliografias e iconográficas, além de entrevistas qualitativas e quantitativas. Diante disso, elaborou-se um livro paradidático como representação do Produto Técnico e Tecnológico (PTT), que será utilizado em escolas das redes particulares e públicas, junto aos estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental, atendendo as referências da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). O produto apresentou ótima aceitação entre os profissionais da educação que participaram da validação, principalmente devido ao seu perfil interdisciplinar e pelo conteúdo narrativo inovador. O conjunto da obra resulta na criação de mecanismos que possibilitam desenvolvimento de uma nova consciência ambiental pautada em práxis, capazes de diminuir os rastros humanos sobre o espaço, valorizando a memória e garantindo sua manutenção para futuras gerações.

Urge a necessidade de encontrar soluções para uma interação menos destrutiva dos seres humanos com o meio ambiente. Formar cidadãos e cidadãs é um dos objetivos da educação. Desenvolver na escola temas voltados à sustentabilidade é uma forma de conscientizar os estudantes quanto à sua participação e responsabilidade no que tange aos problemas ambientais. Utilizar os recursos tecnológicos como ferramentas didáticas para atender os estudantes nativos da internet é um caminho promissor no processo de ensino aprendizagem. Com o crescente uso dos jogos digitais na escola, a integração do conhecimento e o lúdico promove no estudante maior prazer em estudar.  Sendo assim, este projeto objetivou desenvolver um jogo digital, tipo quiz, com a finalidade de propiciar a sensibilização dos estudantes em relação ao descarte incorreto dos resíduos sólidos no rio Capibaribe.  O desenvolvimento da pesquisa foi baseado na Política Nacional dos Resíduos Sólidos, dando enfoque na coletiva seletiva e os 3R’s, como também nas orientações da Base Nacional Comum Curricular e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Esta pesquisa de campo e de abordagem qualitativa foi desenvolvida com os estudantes do segundo ano da Escola de Referência em Ensino Médio Martins Júnior, localizada na região metropolitana do Recife. Para a validação do jogo didático e sua importância no contexto escolar, um questionário foi aplicado com os educadores.  Desta forma, espera-se que o jogo venha contribuir no processo de ensino e aprendizagem como mais uma ferramenta didática que promova o entendimento de temas e práticas que possam proporcionar aos estudantes, um novo olhar sobre os problemas ambientais que os envolvem, e que de forma critica e participativa possam construir uma interação mais harmoniosa com o meio ambiente.