ATENUAÇÃO DE RUÍDO EM SINAIS ELETROMIOGRÁFICOS DE SUPERFÍCIE EM MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS PARA MONITORAMENTO DURANTE OXIGENOTERAPIA EM PACIENTES COM COVID-19 NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
Software. Electromyography. Oxygenotherapy. COVID-19.ICU.
Introdução: A Eletromiografia de superfície (EMGs) caracteriza-se por ser uma ferramenta de fácil aplicação e sensível para captação de atividades musculares. Objetivo: Analisar o uso de filtros digitais para melhor condicionamento dos sinais de EMGs, a fim de monitorar os músculos respiratórios em pacientes em oxigenoterapia com COVID-19 internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Metodologia: Analisamos uma coorte de pacientes com COVID-19 submetidos à análise de sEMG respiratória em uso de oxigenoterapia de baixo fluxo, sob registro do clinical trials (NCT05572853). Foram desenvolvidas estratégias para melhor condicionamento dos sinais, em conjuntos de filtros (filtro Notch de 60Hz e filtro passa-banda entre 20-500Hz) através do Software (Scilab 6.1.1). Todos os registros mioelétricos respiratórios foram separados em dois momentos: pré-filtro e pós-filtro, analisados por meio da RMS e EMGmax do esternocleidomastóideo, escalenos, diafragma e reto abdominal. Resultados: Foram incluídos 10 pacientes com idade de 45.3 ± 6.1 anos, sendo 8 do sexo masculino. Ao comparar os valores de RMS e EMGmax em todos os músculos respiratórios avaliados, observamos reduções significativas nos sinais (P < 0.001*). Demonstrados em maiores valores para menores da RMS nos músculos avaliados pré-filtro e pós-filtro, observamos divergências no 2º músculo mais acionado, tornando estes pré-filtro: diafragma e pós-filtro: esternocleidomastóideo. Conclusão: Visando explorar com excelência o drive neural respiratório por meio de sEMG e pretendendo analisar dados qualitativamente confiáveis, observamos que o uso de filtros digitais repercute no melhor condicionamento dos sinais respiratórios de sEMG na UTI.