Interpretação e construção de gráficos de barras: um estudo envolvendo crianças autistas em sala de aula comum
Educação Estatística. criança autista. aprendizagem
Nos últimos anos, temos vivenciado um fenômeno que desperta muitos questionamentos na sociedade: a emergência do Transtorno do Espectro Autista (TEA) como pauta recorrente nos debates do cotidiano. Cada vez mais, as escolas têm recebido matrículas de alunos autistas. O Censo escolar de 2021 apontou um quantitativo de 294.394 alunos autistas na Educação Básica das redes públicas e privada, um crescimento de 280%, se comparado ao ano de 2017 em que haviam 77.102 autistas matriculados no mesmo nível de ensino. Assim, a presente pesquisa terá como objetivo geral analisar a potencialidade de representações visuais (gráficos de barras) como estratégia de apropriação de informações por turmas do 5º ano dos anos iniciais do Ensino Fundamental que tenham estudantes autistas. Especificamente, esta pesquisa buscará investigar o que coordenadores de educação inclusiva de municípios pernambucanos relatam sobre o contexto escolar e o ensino de Estatística para estudantes autistas nos anos iniciais do Ensino Fundamental; analisar o que os sujeitos do contexto escolar (professor do Atendimento Educacional Especializado — AEE, professor da sala de aula comum e profissional de suporte) demonstram saber e avaliar sobre o ensino de Estatística para estudantes autistas nos anos iniciais do Ensino Fundamental; e por fim, elaborar, desenvolver e analisar uma proposta didática de interpretação e construção de gráficos de barras em sala de aula comum que tenha estudantes autistas e neurotípicos.