CENÁRIOS VIRTUAIS DE APRENDIZAGEM, O ENSINO REMOTO E O ENGAJAMENTO ESTUDANTIL NO ENSINO SUPERIOR
cenários virtuais de aprendizagem; engajamento estudantil; ensino superior online.
Este estudo sobre cenários virtuais de aprendizagem, o ensino remoto e o engajamento estudantil no ensino superior pretendeu responder: como os cenários virtuais de aprendizagem elaborados no ensino remoto contribuem no engajamento dos estudantes? Trazemos como objetivo analisar os diferentes cenários virtuais de aprendizagem criados no ensino remoto de emergência, os quais contribuem para promoção do engajamento estudantil no ensino superior. Nossa metodologia foi baseada em um estudo qualitativo, do tipo exploratório, utilizando para as análises o Ciclo de codificação de SALDAÑA (2013). Foram aplicados questionários online com estudantes e professores de uma Instituição do Ensino Superior (IES) privada. Também foi realizado um grupo focal virtual para a realização de entrevista semiestruturada com os estudantes do curso de Pedagogia. Os resultados da pesquisa apontaram para a plataforma do Google Classroom como o ambiente virtual mais utilizado nas aulas, de acordo com os estudantes e professores. Houve uma variação de cenários virtuais utilizados, de acordo com as respostas dos sujeitos, utilizados de forma equilibrada no período remoto, na IES pesquisada. Algumas dificuldades dos estudantes no período remoto foram a conectividade com a internet e a concentração nos estudos. Já para os docentes, a readaptação de suas próprias práticas pedagógicas foi um grande desafio no ensino remoto. Em relação ao engajamento estudantil no cenário virtual, a inter-relação entre as dimensões (comportamental, cognitiva e emocional) e os tipos de engajamento (passivo, independente, colaborativo e intenso) foram praticados diante das atividades elaboradas nos cenários virtuais nesse período. Observamos que o engajamento comportamental de modo passivo foi um dos mais identificados durante a pesquisa. Considerando que a experiência do ensino remoto gerou aprendizagem para o uso de várias ferramentas e a readequação das estratégias de ensino e aprendizagem, consideramos que uma nova cultura curricular foi implementada a partir dessa experiência emergencial. Deve-se seguir com os resultados positivos proporcionados por essas experiências construindo uma recuperação resiliente na educação, com a oportunidade de traçar um caminho que possibilite a todos encarar o futuro com confiança.