Representações semióticas como instrumentos para a aprendizagem de funções: uma
análise da gênese instrumental de licenciandos em matemática no ensino remoto
Registros de representação semiótica, função, gênese instrumental.
Analisar as ações e as noções de funções matemáticas que os estudantes mobilizam quando resolvem uma situação-problema é entender os esquemas que estes sujeitos utilizaram para manipular uma determinada ferramenta a fim de resolver a situação-problema. Nesta concepção, a Abordagem Instrumental de Pierre Rabardel (1995) é a teoria que apresenta as relações entre sujeito, esquemas e ferramenta as quais estamos buscando entender. Estas relações ocorrem em processos e estes dependem tanto do sujeito modificar o artefato por meio de esquemas, quanto ao artefato modificar o sujeito, uma vez que o indivíduo irá incorporar esta ferramenta aos seus hábitos de resolução de uma dada situação. Para Rabardel (1995), este conjunto de processos recebe o nome de Gênese Instrumental. Portanto, em nossa pesquisa, investigaremos como o estudante cria os seus esquemas para o uso, em nosso caso com os sistemas de representação semióticos e como esses sistemas vão transformar ou compor sua prática pedagógica futura, de modo a contribuir com a aprendizagem de seus alunos.
Então, para fundamentar nossa pesquisa, organizamos um quadro teórico-metodológico composto pela Teoria dos Registros de Representação Semiótica (DUVAL, 1995; 2003; 2006; 2009; 2011a; 2011b; 2012), por noções de conceitos como Situação e Esquema de Vergnaud (1990; 2003; 2009) e na Abordagem Instrumental de Rabardel (1995). Esta pesquisa tem como aporte metodológico a Orquestração Instrumental On-line (GITIRANA; LUCENA, no prelo), por meio da qual faremos uso para planejar as sessões do experimento. No contexto atual da pandemia, todas as atividades da pesquisa serão realizadas on-line, por meio de encontros remotos síncronos e assíncronos.