PPGEDU PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO - CE DIRETORIA DO CENTRO DE EDUCACAO - CE Telefone/Ramal: Não informado

Banca de DEFESA: EDIMA VERONICA DE MORAIS OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : EDIMA VERONICA DE MORAIS OLIVEIRA
DATA : 31/03/2022
HORA: 14:30
LOCAL: Online
TÍTULO:

DISPUTA DE HEGEMONIA NA POLÍTICA DE ENSINO MÉDIO EM PERNAMBUCO: DO CONTROLE DO TRABALHO DOCENTE, AOS MOVIMENTOS DE CONTESTAÇÃO E RESISTÊNCIA DOS PROFESSORES DA REDE ESTADUAL.


PALAVRAS-CHAVES:

Hegemonia. Intelectuais Orgânicos. Revolução Passiva. Educação Integral. Ensino Médio.


PÁGINAS: 252
RESUMO:

Esta tese de doutorado aborda a disputa de hegemonia nas políticas educacionais para o ensino médio no estado de Pernambuco. O estudo analisa em que medida professores e estudantes das escolas de ensino médio e seus organismos representativos contestam a direção intelectual e moral adotada pelo governo estadual, baseada em modelos advindos dos ambientes empresariais. Nesse sentido, os objetivos específicos são: a) Analisar se as ações desenvolvidas por professores e estudantes, através de seus organismos de classe, se constituem como um movimento orgânico; b) identificar os pontos de tensão existentes entre professores, gestores e estudantes em relação à política estadual para o ensino médio; c) Investigar o nível de participação dos professores e estudantes em seus organismos de classe; d) Analisar a interação entre direção e base, identificando os processos de formação política no interior das organizações de classe de professores e estudantes. Os pressupostos teóricos estão alinhados com os estudos de Gramsci sobre Hegemonia, Estado ampliado, Educação Integral, Revolução Passiva e Intelectual orgânico. Este trabalho também se fundamenta nas contribuições de autoras e autores como: Gramsci (1976;1982;1999; 1984; 1986; 2004;2011);  Marx (1988; 2010); Abílio (2014); Freitas (2018); Dejours (2003); Krupskaya (2017) para compreendermos como a adoção da gestão gerencial, imprime nas escolas a lógica das organizações empresariais, com forte ênfase nos resultados através de avaliações de larga escala e como isso ao longo dos anos vem afetando o trabalho dos docentes e as relações dentro dos espaços escolares promovendo a intensificação, precarização, responsabilização e controle do trabalho docente. Para além, essas autoras e autores, dentre outros, nos ajudam a entender os processos de construção de resistência dos professores, estudantes e gestores das Escolas de Referência em Ensino Médio. Como procedimento de coleta de dados realizamos entrevistas 33 sujeitos, sendo duas estudantes que participaram do movimento de ocupações das escolas em 2015; um representante da entidade representativa dos estudantes secundarista (UESPE e UESC); vinte e sete professoras e professores; três dirigentes sindicais, sendo duas do SINTEPE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco) e um da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação); a pesquisa dos documentos oficiais produzidos pela Secretaria do Estado de Pernambuco; do documento “Seminário Escolas de Referência: Qual escola queremos?” (2015) produzido pelo SINTEPE e a Lei nº 15. 973/2016 que institui o Adicional de Eficiência Gerencial. Com a produção dos dados e a análise foi possível observarmos que os docentes apresentam grande dificuldade de organização coletiva e não conseguem construir um movimento de resistência consistente capaz de fazer frente ao imposto pela política para o ensino médio em Pernambuco. Ora isto acontece devido a diversos fatores e estratégias desenvolvidas pelo Estado com o objetivo de enfraquecer e controlar as sublevações dos trabalhadores da educação.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - RONALDO MARCOS DE LIMA ARAÚJO - UFPA
Interno - 2295606 - JAMERSON ANTONIO DE ALMEIDA DA SILVA
Externo à Instituição - JOSE NILDO ALVES CAU - IFPE
Externa à Instituição - LUCIANA APARECIDA ALIAGA AZARA DE OLIVEIRA - UFPB
Interno - 2133751 - RAMON DE OLIVEIRA
Notícia cadastrada em: 09/03/2022 15:23
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